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Acesse www.baixarveloz.net Legislação Especial p/ Polícia Federal Teoria e exercícios Prof Fernando Barletta – Aula 01 Prof. Fernano Barletta www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 44 SUMÁRIO PÁGINA 1. Apresentação 01 2. Cronograma 02 3. Conceitos iniciais 03 4. Art. 1º Constitui crime de tortura 04 5. Do direito de representação - petição 05 6. Constituição de abuso 07 7. Conceito de Autoridade 18 8. Resumo 34 9. Exercícios 35 APRESENTAÇÃO Olá caro Aluno, Saiu nosso esperado edital!!! É uma grande satisfação poder ministrar para vocês o curso de Legislação especial – Lei nº 4.898/1965 para o concurso da Polícia Federal. Houve um acréscimo de conteúdo em relação ao concurso anterior. Vamos abordar tudo aqui neste curso do Estratégia Concursos! Antes de tudo, gostaria de me apresentar. Sou Fernando Barletta, formado pela Escola Naval, tendo permanecido nas fileiras militares até o posto de Capitão-Tenente durante 14 anos. Hoje, sou Policial Federal, e desde então um admirador do Direito Penal, Processual e de Legislação Especial, atuando em outros cursos como, por exemplo, o Mestre dos concursos. Nossa corrida pelo melhor resultado não só dependerá de mim mais também de você, meu Aluno. E inserido nesse contexto de profunda relação acadêmica, lutaremos juntos para atingirmos o fim maior: SUA APROVAÇÃO!!! O último concurso foi realizado em 2009, para agente e escrivão. O concurso recebeu 114.738 inscrições. O cargo de agente recebeu 63.294 inscrições para 200 vagas (316,47 por vaga); e o de escrivão, 51.444 para 400 vagas (128,61 por vaga). Bom, trabalharei como se estivesse ministrando uma aula presencial para vocês, sem muita formalidade e longe dos exageros formais do Direito. Aqui serei bem claro, direto e objetivo. AULA 01: Lei nº 4.898/1965

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SUMÁRIO PÁGINA

1. Apresentação 01

2. Cronograma 02

3. Conceitos iniciais 03

4. Art. 1º Constitui crime de tortura 04

5. Do direito de representação - petição 05

6. Constituição de abuso 07

7. Conceito de Autoridade 18

8. Resumo 34

9. Exercícios 35

APRESENTAÇÃO

Olá caro Aluno,

Saiu nosso esperado edital!!! É uma grande satisfação poder

ministrar para vocês o curso de Legislação especial – Lei nº

4.898/1965 para o concurso da Polícia Federal. Houve um acréscimo de

conteúdo em relação ao concurso anterior. Vamos abordar tudo aqui

neste curso do Estratégia Concursos!

Antes de tudo, gostaria de me apresentar. Sou Fernando Barletta, formado pela Escola Naval, tendo permanecido nas fileiras militares até o

posto de Capitão-Tenente durante 14 anos. Hoje, sou Policial Federal, e

desde então um admirador do Direito Penal, Processual e de Legislação

Especial, atuando em outros cursos como, por exemplo, o Mestre dos

concursos.

Nossa corrida pelo melhor resultado não só dependerá de mim mais

também de você, meu Aluno. E inserido nesse contexto de profunda

relação acadêmica, lutaremos juntos para atingirmos o fim maior: SUA APROVAÇÃO!!!

O último concurso foi realizado em 2009, para agente e escrivão. O

concurso recebeu 114.738 inscrições. O cargo de agente recebeu 63.294 inscrições para 200 vagas (316,47 por vaga); e o de escrivão, 51.444

para 400 vagas (128,61 por vaga).

Bom, trabalharei como se estivesse ministrando uma aula

presencial para vocês, sem muita formalidade e longe dos exageros formais do Direito. Aqui serei bem claro, direto e objetivo.

AULA 01: Lei nº 4.898/1965

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Nosso curso conterá exercícios, focando logicamente a banca

CESPE.

CRONOGRAMA

Nosso cronograma já está pronto e será o seguinte:

Aula Demonstrativa – Já disponível

Tráfico ilícito e uso indevido de substâncias entorpecentes (Lei nº

11.343/06).

Aula 01 - Já disponível

O direito de representação e o processo de responsabilidade

administrativa civil e penal, nos casos de abuso de autoridade (Lei

nº 4.898/1965).

Aula 02 - Já disponível

Definição dos crimes de tortura (Lei nº 9.455/1965).

Aula 03 - Já disponível

Estatuto do Desarmamento (Lei nº10.826/2003).

Aula 04 - Já disponível

Crimes Ambientais (Lei 9.605/98).

Aula 05 - Já disponível

Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/1970).

Aula 06 – 20/03/2012

Lei nº 8.072/1990: Lei dos Crimes Hediondos.

Lei nº 10.446/2002: infrações penais de repercussão interestadual

ou internacional que exigem repressão uniforme.

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Aula 07 – 30/03/2012

Lei nº 7.102/1983: dispõe sobre segurança para estabelecimentos financeiros, estabelece normas para constituição e funcionamento

das empresas particulares que exploram serviços de vigilância e de

transporte de valores, e dá outras providências.

Aula 08 – 13/04/2012

Lei nº 10.357/2001: estabelece normas de controle e fiscalização

sobre produtos químicos que direta ou indiretamente possam ser destinados à elaboração ilícita de substâncias entorpecentes,

psicotrópicas ou que determinem dependência física ou psíquica, e

dá outras providências.

Aula 09 – 22/04/2012

Lei nº 6.815/1980: define a situação jurídica do estrangeiro no

Brasil, cria o Conselho Nacional de Imigração.

CONCEITOS INICIAIS

Dando início a nossa aula propriamente dita, vou lhe fazer uma

pergunta, meu Aluno...

O que você entende por abuso?

Já está sofrendo...rsrs...Calma estou aqui para isso!!!

Abuso, na sua origem do latim, “abusus”, confirma uma atitude fora do comum e eivada de excesso por parte do agente. Tal agente se vale do

poder exercido em cima da pessoa que está sofrendo o abuso, sendo que

esta não reage por motivos intimidatórios diversos.

Assim, abuso de autoridade constitui-se pelas condutas ilícitas

originadas do mau uso do poder pertencente aos servidores civis ou

militares, tendo em seu núcleo a prática com dolo.

Então, caro Aluno, a referida lei regula o direito de representação e o processo de responsabilidade Administrativa, Civil e Penal, nos casos de

abuso de autoridade.

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Devemos inicialmente saber que a conseqüência em função do

abuso traz ao agente responsabilidade nas três esferas, administrativa,

civil e penal.

Constatado o abuso, este será apurado nas três esferas da seguinte

forma:

Responsabilidade administrativa – Será instaurado um procedimento interno administrativo, por exemplo sindicância,

para avaliar a conduta funcional do agente;

Responsabilidade Civil – Será instaurada uma ação civil; e

Responsabilidade Criminal – Inquérito Policial, esta como foco

principal do nosso estudo.

O sujeito ativo do crime de abuso é a autoridade, que para os fins

legais, é aquele que exerce cargo emprego ou função pública, de natureza

civil ou militar, como previsto no art. 327 Código Penal.

Funcionário público

Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.

Qual a diferença entre ABUSO DE PODER e ABUSO DE

AUTORIDADE?

Vou falar rapidamente tal diferença só para ter sedimentado a

idéia...

O abuso de poder é gênero, resultando no excesso de poder ou o no

desvio de poder(finalidade).

EXCESSO DE PODER ABUSO DE PODER

DESVIO DE PODER

Este pode aparecer como excesso de poder no momento em que o agente público atua além da competência que lhe é determinada. Já no

desvio de poder o agente vai de encontro ao interesse público, desviando-

se da finalidade pública.

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Agora, no abuso de autoridade, percebemos o previsto nas

condutas abusivas de poder constituídos na lei 4898/65 (art. 3º e 4º)

sendo este previsto em norma penal.

Art. 1º O direito de representação e o processo de responsabilidade administrativa civil e penal, contra as autoridades que,

no exercício de suas funções, cometerem abusos, são regulados pela

presente lei.

A representação elencada no caput do art. 1º desta lei, já é prevista

nas escritas da Constituição Federal em seu art. 5º XXXIV, a:

Art. 5º XXXIV CF - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:

a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso

de poder;

Tal direito de representação é não mais que a formalização da

comunicação do fato acontecido à autoridade responsável pela apuração

da responsabilidade administrativa, civil ou penal.

Agora preste atenção!!!

A representação tratada no caput do art. 1º jamais pode ser confundida com a representação feita por qualquer ofendido nos crimes

de ação pública condicionada à representação. Digo isso, pois, o crime de

abuso de autoridade é de ação pública incondicionada.

A sanção pode ir desde advertência até exoneração das funções, de

acordo com a gravidade do ato praticado pela autoridade.

Art. 2º O direito de representação será exercido por meio de petição:

a) dirigida à autoridade superior que tiver competência legal para

aplicar, à autoridade civil ou militar culpada, a respectiva sanção;

b) dirigida ao órgão do Ministério Público que tiver competência para

iniciar processo-crime contra a autoridade culpada.

Parágrafo único. A representação será feita em duas vias e conterá

a exposição do fato constitutivo do abuso de autoridade, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado e o rol de testemunhas, no

máximo de três, se as houver.

O que seria a petição, professor, nunca tive aula de Direito...

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Calma meu Aluno...é fácil...

É um pedido formal dirigido a determinada autoridade desde que

possa ser identificado o interessado. E tal direito de petição já fora mostrado quando conversamos sobre o art. 1º desta lei.

Direito de Representação

Através de Petição

À autoridade superior que tiver competência legal;ou

Dirigida

Ao órgão do Ministério Público.

O STJ sobre o tema, afirmou que “Em se tratando de crime de abuso de autoridade – Lei nº 4.898/65 – eventual falha na representação, ou mesmo sua falta, não obsta a instauração da ação penal. Isso nos exatos termos do art. 1º da Lei n° 5.249/67, que prevê, expressamente, não existir, quanto aos delitos de que trata, qualquer condição de procedibilidade (Precedentes do STF e do STJ)”

Será dirigida à autoridade superior do acusado de abuso com

competência suficiente para lhe aplicar, através de um procedimento

administrativo, uma sanção correspondente a gravidade do fato.

Ex:No casos dos órgãos de polícia, existe as Corregedorias.

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Quando dirigida ao MP, é para a instauração do processo-crime

contra a autoridade culpada. Porém vítima ou terceiro não fica impedido

de enviar a representação, através de petição, diretamente ao Juiz ou à

polícia.

O que deve conter na Representação: EM 2 VIAS

Exposição do fato constitutivo do abuso;

Qualificação do acusado; e

Rol de testemunhas, no máximo de três

De acordo com o previsto no art. 1º da Lei 5.249/67:

LEI Nº 5.249, DE 9 DE FEVEREIRO DE 1967

Dispõe sobre a Ação Pública de Crimes de Responsabilidade

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o CONGRESSO NACIONAL decreta e

eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º A falta de representação do ofendido, nos casos de abusos previstos na Lei nº 4.898,

de 9 de dezembro de 1965, não obsta a iniciativa ou o curso de ação pública.

Ou seja, a falta de representação do ofendido não impede de

maneira alguma a iniciativa ou o curso da ação penal.

Uma Súmula importante do STJ quanto a competência:

STJ Súmula nº 172 - 23/10/1996 - DJ 31.10.1996

Competência - Militar - Abuso de Autoridade - Processo e Julgamento

Compete à Justiça Federal processar e julgar militar por crime de abuso de autoridade,

ainda que praticado em serviço.

Art. 3º. Constitui abuso de autoridade qualquer atentado:

Não existe tentativa neste parágrafo uma vez que não há tentativa

de crime de atentado.

a) à liberdade de locomoção;

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XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;

Art.5º LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;

Necessita somente da privação ao direito de locomoção ou de

permanência em determinado lugar para a caracterização.

a) à inviolabilidade do domicílio;

O código penal preceitua o conceito de casa:

§ 4º - A expressão "casa" compreende:

I - qualquer compartimento habitado;

II - aposento ocupado de habitação coletiva;

III - compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade.

§ 5º - Não se compreendem na expressão "casa":

I - hospedaria, estalagem ou qualquer outra habitação coletiva, enquanto aberta, salvo a restrição do n.º II do parágrafo anterior;

II - taverna, casa de jogo e outras do mesmo gênero.

Art. 5º XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;

As autoridades devem respeitar a casa de qualquer pessoa como

asilo inviolável; sendo esta inviolabilidade prevista também no art. 150 do

Código Penal.

Violação de domicílio

Art. 150 - Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências:

Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.

Quando houver violação de domicílio por uma pessoa comum, esta arcará com as conseqüências previstas no art. 150 do Código Penal,

enquanto que se o invasor for funcionário público será atingido pelo art.

3º desta lei em função do princípio da especialidade.

Professor, tenho uma dúvida...

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E no caso de uma busca e apreensão realizada pela polícia?

Então, nesse contexto, mesmo com a autorização judicial de busca, os

policiais devem respeitar o previsto no art. 245 do Código de Processo

Penal...

Art. 245 CPP. As buscas domiciliares serão executadas de dia, salvo se o morador consentir que se realizem à noite, e, antes de penetrarem na casa, os executores mostrarão e lerão o mandado ao morador, ou a quem o represente, intimando-o, em seguida, a abrir a porta.

b) ao sigilo da correspondência;

Art. 5º XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal; (Vide Lei nº 9.296, de 1996)

No mesmo entendimento da letra anterior, se um particular violar a

correspondência de um terceiro, estará submetido às conseqüências do

art. 151 e 152 do CP; porém como estamos tratando de funcionários

públicos, será este submetido ao artigo ora estudado.

c) à liberdade de consciência e de crença;

Alguns detalhes previstos em nosso texto Constitucional...

Art. 5º VIII CP - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-

se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;

d) ao livre exercício do culto religioso;

Art. 5º VI CP - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias.

f) à liberdade de associação;

Pode ser pessoa física ou até jurídica

Art. 5º XVII CF - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar

e) aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício do voto;

Art. 14 CF. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:

I - plebiscito;

II - referendo;

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III - iniciativa popular.

f) ao direito de reunião;

Art.5º XVI CF- todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;

g) à incolumidade física do indivíduo;

Art. 5º CAPUT Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

j) aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício

profissional. (Incluído pela Lei nº 6.657,de 05/06/79)

Art. 5º XIII CF- é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer;

Art. 4º Constitui também abuso de autoridade:

a) ordenar ou executar medida privativa da liberdade individual,

sem as formalidades legais ou com abuso de poder;

Art. 5º LXI CF- ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei;

Esse item vale tanto para quem ordena quanto para quem executa

a prisão sem os critérios previstos em Lei, ou parcialmente em alguma

etapa da prisão em que necessite algum tipo de formalidade.

Tais formalidades que evidenciei no parágrafo acima estão previstas

no Código de Processo Penal nos art. 282 ao 300.

DA PRISÃO, DAS MEDIDAS CAUTELARES E DA LIBERDADE PROVISÓRIA (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).

CÓDIGO DE PROCESSO PENAL

Art. 282. As medidas cautelares previstas neste Título deverão ser aplicadas observando-se a: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).

I - necessidade para aplicação da lei penal, para a investigação ou a instrução criminal e, nos casos

expressamente previstos, para evitar a prática de infrações penais; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).

II - adequação da medida à gravidade do crime, circunstâncias do fato e condições pessoais do indiciado

ou acusado. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).

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§ 1o As medidas cautelares poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente. (Incluído pela Lei nº

12.403, de 2011).

§ 2o As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz, de ofício ou a requerimento das partes ou, quando no curso da investigação criminal, por representação da autoridade policial ou mediante requerimento do

Ministério Público. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).

§ 3o Ressalvados os casos de urgência ou de perigo de ineficácia da medida, o juiz, ao receber o pedido

de medida cautelar, determinará a intimação da parte contrária, acompanhada de cópia do requerimento e das peças necessárias, permanecendo os autos em juízo. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).

§ 4o No caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas, o juiz, de ofício ou mediante

requerimento do Ministério Público, de seu assistente ou do querelante, poderá substituir a medida, impor outra em cumulação, ou, em último caso, decretar a prisão preventiva (art. 312, parágrafo único). (Incluído

pela Lei nº 12.403, de 2011).

§ 5o O juiz poderá revogar a medida cautelar ou substituí-la quando verificar a falta de motivo para que subsista, bem como voltar a decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem. (Incluído pela Lei nº 12.403,

de 2011).

§ 6o A prisão preventiva será determinada quando não for cabível a sua substituição por outra medida cautelar (art. 319). (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).

Art. 283. Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, em decorrência de sentença condenatória transitada em julgado ou, no curso

da investigação ou do processo, em virtude de prisão temporária ou prisão preventiva. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).

§ 1o As medidas cautelares previstas neste Título não se aplicam à infração a que não for isolada,

cumulativa ou alternativamente cominada pena privativa de liberdade. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).

§ 2o A prisão poderá ser efetuada em qualquer dia e a qualquer hora, respeitadas as restrições relativas à inviolabilidade do domicílio. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).

Art. 284. Não será permitido o emprego de força, salvo a indispensável no caso de resistência ou de tentativa de fuga do preso.

Art. 285. A autoridade que ordenar a prisão fará expedir o respectivo mandado.

Parágrafo único. O mandado de prisão:

a) será lavrado pelo escrivão e assinado pela autoridade;

b) designará a pessoa, que tiver de ser presa, por seu nome, alcunha ou sinais característicos;

c) mencionará a infração penal que motivar a prisão;

d) declarará o valor da fiança arbitrada, quando afiançável a infração;

e) será dirigido a quem tiver qualidade para dar-lhe execução.

Art. 286. O mandado será passado em duplicata, e o executor entregará ao preso, logo depois da prisão,

um dos exemplares com declaração do dia, hora e lugar da diligência. Da entrega deverá o preso passar recibo no outro exemplar; se recusar, não souber ou não puder escrever, o fato será mencionado em declaração,

assinada por duas testemunhas.

Art. 287. Se a infração for inafiançável, a falta de exibição do mandado não obstará à prisão, e o preso, em tal caso, será imediatamente apresentado ao juiz que tiver expedido o mandado.

Art. 288. Ninguém será recolhido à prisão, sem que seja exibido o mandado ao respectivo diretor ou carcereiro, a quem será entregue cópia assinada pelo executor ou apresentada a guia expedida pela autoridade

competente, devendo ser passado recibo da entrega do preso, com declaração de dia e hora.

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Parágrafo único. O recibo poderá ser passado no próprio exemplar do mandado, se este for o documento

exibido.

Art. 289. Quando o réu estiver no território nacional, em lugar estranho ao da jurisdição, será deprecada a sua prisão, devendo constar da precatória o inteiro teor do mandado.

Parágrafo único. Havendo urgência, o juiz poderá requisitar a prisão por telegrama, do qual deverá

constar o motivo da prisão, bem como, se afiançável a infração, o valor da fiança. No original levado à agência

telegráfica será autenticada a firma do juiz, o que se mencionará no telegrama.

Art. 289. Quando o acusado estiver no território nacional, fora da jurisdição do juiz processante, será

deprecada a sua prisão, devendo constar da precatória o inteiro teor do mandado. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).

§ 1o Havendo urgência, o juiz poderá requisitar a prisão por qualquer meio de comunicação, do qual

deverá constar o motivo da prisão, bem como o valor da fiança se arbitrada. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).

§ 2o A autoridade a quem se fizer a requisição tomará as precauções necessárias para averiguar a

autenticidade da comunicação. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).

§ 3o O juiz processante deverá providenciar a remoção do preso no prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da efetivação da medida. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).

Art. 289-A. O juiz competente providenciará o imediato registro do mandado de prisão em banco de dados mantido pelo Conselho Nacional de Justiça para essa finalidade. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).

§ 1o Qualquer agente policial poderá efetuar a prisão determinada no mandado de prisão registrado no

Conselho Nacional de Justiça, ainda que fora da competência territorial do juiz que o expediu. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).

§ 2o Qualquer agente policial poderá efetuar a prisão decretada, ainda que sem registro no Conselho

Nacional de Justiça, adotando as precauções necessárias para averiguar a autenticidade do mandado e comunicando ao juiz que a decretou, devendo este providenciar, em seguida, o registro do mandado na forma

do caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).

§ 3o A prisão será imediatamente comunicada ao juiz do local de cumprimento da medida o qual

providenciará a certidão extraída do registro do Conselho Nacional de Justiça e informará ao juízo que a

decretou. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).

§ 4o O preso será informado de seus direitos, nos termos do inciso LXIII do art. 5o da Constituição

Federal e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado, será comunicado à Defensoria Pública. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).

§ 5o Havendo dúvidas das autoridades locais sobre a legitimidade da pessoa do executor ou sobre a

identidade do preso, aplica-se o disposto no § 2o do art. 290 deste Código. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).

§ 6o O Conselho Nacional de Justiça regulamentará o registro do mandado de prisão a que se refere o

caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).

Art. 290. Se o réu, sendo perseguido, passar ao território de outro município ou comarca, o executor

poderá efetuar-lhe a prisão no lugar onde o alcançar, apresentando-o imediatamente à autoridade local, que, depois de lavrado, se for o caso, o auto de flagrante, providenciará para a remoção do preso.

§ 1o - Entender-se-á que o executor vai em perseguição do réu, quando:

a) tendo-o avistado, for perseguindo-o sem interrupção, embora depois o tenha perdido de vista;

b) sabendo, por indícios ou informações fidedignas, que o réu tenha passado, há pouco tempo, em tal ou

qual direção, pelo lugar em que o procure, for no seu encalço.

§ 2o Quando as autoridades locais tiverem fundadas razões para duvidar da legitimidade da pessoa do

executor ou da legalidade do mandado que apresentar, poderão pôr em custódia o réu, até que fique

esclarecida a dúvida.

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Art. 291. A prisão em virtude de mandado entender-se-á feita desde que o executor, fazendo-se

conhecer do réu, Ihe apresente o mandado e o intime a acompanhá-lo.

Art. 292. Se houver, ainda que por parte de terceiros, resistência à prisão em flagrante ou à determinada por autoridade competente, o executor e as pessoas que o auxiliarem poderão usar dos meios necessários para

defender-se ou para vencer a resistência, do que tudo se lavrará auto subscrito também por duas

testemunhas.

Art. 293. Se o executor do mandado verificar, com segurança, que o réu entrou ou se encontra em alguma casa, o morador será intimado a entregá-lo, à vista da ordem de prisão. Se não for obedecido

imediatamente, o executor convocará duas testemunhas e, sendo dia, entrará à força na casa, arrombando as portas, se preciso; sendo noite, o executor, depois da intimação ao morador, se não for atendido, fará guardar

todas as saídas, tornando a casa incomunicável, e, logo que amanheça, arrombará as portas e efetuará a prisão.

Parágrafo único. O morador que se recusar a entregar o réu oculto em sua casa será levado à presença

da autoridade, para que se proceda contra ele como for de direito.

Art. 294. No caso de prisão em flagrante, observar-se-á o disposto no artigo anterior, no que for aplicável.

Art. 295. Serão recolhidos a quartéis ou a prisão especial, à disposição da autoridade competente,

quando sujeitos a prisão antes de condenação definitiva:

I - os ministros de Estado;

II – os governadores ou interventores de Estados, ou Territórios, o prefeito do Distrito Federal, seus

respectivos secretários e chefes de Polícia;

II - os governadores ou interventores de Estados ou Territórios, o prefeito do Distrito Federal, seus respectivos secretários, os prefeitos municipais, os vereadores e os chefes de Polícia; (Redação dada pela Lei

nº 3.181, de 11.6.1957)

III - os membros do Parlamento Nacional, do Conselho de Economia Nacional e das Assembléias

Legislativas dos Estados;

IV - os cidadãos inscritos no "Livro de Mérito";

V - os oficiais das Forças Armadas e do Corpo de Bombeiros;

V – os oficiais das Forças Armadas e os militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios; (Redação dada pela Lei nº 10.258, de 11.7.2001)

VI - os magistrados;

VII - os diplomados por qualquer das faculdades superiores da República;

VIII - os ministros de confissão religiosa;

IX - os ministros do Tribunal de Contas;

X - os cidadãos que já tiverem exercido efetivamente a função de jurado, salvo quando excluídos da lista

por motivo de incapacidade para o exercício daquela função;

XI - os guardas-civis dos Estados e Territórios, ativos ou inativos. (Incluído pela Lei nº 4.760, de 1965)

XI - os delegados de polícia e os guardas-civis dos Estados e Territórios, ativos e inativos. (Redação dada

pela Lei nº 5.126, de 20.9.1966)

§ 1o A prisão especial, prevista neste Código ou em outras leis, consiste exclusivamente no recolhimento em local distinto da prisão comum. (Incluído pela Lei nº 10.258, de 11.7.2001)

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§ 2o Não havendo estabelecimento específico para o preso especial, este será recolhido em cela distinta

do mesmo estabelecimento. (Incluído pela Lei nº 10.258, de 11.7.2001)

§ 3o A cela especial poderá consistir em alojamento coletivo, atendidos os requisitos de salubridade do ambiente, pela concorrência dos fatores de aeração, insolação e condicionamento térmico adequados à

existência humana. (Incluído pela Lei nº 10.258, de 11.7.2001)

§ 4o O preso especial não será transportado juntamente com o preso comum. (Incluído pela Lei nº

10.258, de 11.7.2001)

§ 5o Os demais direitos e deveres do preso especial serão os mesmos do preso comum. (Incluído pela Lei nº 10.258, de 11.7.2001)

Art. 296. Os inferiores e praças de pré, onde for possível, serão recolhidos à prisão, em estabelecimentos

militares, de acordo com os respectivos regulamentos.

Art. 297. Para o cumprimento de mandado expedido pela autoridade judiciária, a autoridade policial

poderá expedir tantos outros quantos necessários às diligências, devendo neles ser fielmente reproduzido o

teor do mandado original.

Art. 298. Se a autoridade tiver conhecimento de que o réu se acha em território estranho ao da sua

jurisdição, poderá, por via postal ou telegráfica, requisitar a sua captura, declarando o motivo da prisão e, se

afiançável a infração, o valor da fiança. (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011).

Art. 299. Se a infração for inafiançável, a captura poderá ser requisitada, à vista de mandado judicial, por

via telefônica, tomadas pela autoridade, a quem se fizer a requisição, as precauções necessárias para averiguar a autenticidade desta.

Art. 300. Sempre que possível, as pessoas presas provisoriamente ficarão separadas das que já estiverem definitivamente condenadas.

Art. 299. A captura poderá ser requisitada, à vista de mandado judicial, por qualquer meio de

comunicação, tomadas pela autoridade, a quem se fizer a requisição, as precauções necessárias para averiguar a autenticidade desta. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).

Art. 300. As pessoas presas provisoriamente ficarão separadas das que já estiverem definitivamente condenadas, nos termos da lei de execução penal. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).

Parágrafo único. O militar preso em flagrante delito, após a lavratura dos procedimentos legais, será

recolhido a quartel da instituição a que pertencer, onde ficará preso à disposição das autoridades competentes. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).

Ainda continuando a falar de prisão, é sabido que qualquer do povo

poderá prender quem estiver em flagrante delito conforme o artigo abaixo

do CPP.

Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito.

Assim, depreendemos do artigo acima que qualquer cidadão poderá

prender, como por exemplo, desde um mendigo até uma autoridade que

esteja passando no momento de cometimento de um delito.

Mas professor...uma dúvida!!!

O Guarda Municipal, que não tem poder de polícia, entra no

contexto da prisão como se fosse um do povo?

Claro, esse é o entendimento!!!Muito bom!!!

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Mais uma dúvida Professor...

“diga meu aluno”...

E o uso das algemas?

Essa matéria é um pouco delicada, pois se levarmos ao pé da letra, deve as autoridades policiais fazer uso em respeito ao que está descrito

no art. 284 CPP:

Art. 284. Não será permitido o emprego de força, salvo a indispensável no caso de resistência ou de tentativa de fuga do preso.

Porém, há um entendimento que para a preservação da integridade

física do próprio preso e da equipe policial responsável por sua prisão,

faz-se necessário o uso da algema.

Ex: Pare evitar que o preso, em seu estado de desespero, por

exemplo, atravesse uma avenida em fuga e morra atropelado; ou até

tirar uma arma de um policial e matar um terceiro.

OBS IMPORTANTE:

Se a prática do “abuso” for a criança ou de adolescente, não há que se falar em abuso de autoridade, mas sim do crime previsto no artigo 230 da Lei 8.069/90. Portanto, diante do princípio da especialidade, este prevalecerá sobre o crime do do artigo 4º, “a”,da Lei 4.898/65. Lei 8.069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente. Art. 230. Privar a criança ou o adolescente de sua liberdade, procedendo à sua apreensão sem estar em flagrante de ato infracional ou inexistindo ordem escrita da autoridade judiciária competente: Pena - detenção de seis meses a dois anos. Parágrafo único. Incide na mesma pena aquele que procede à apreensão sem observância das formalidades legais.

b) submeter pessoa sob sua guarda ou custódia a vexame ou a

constrangimento não autorizado em lei;

Também está previsto no texto constitucional...

Art. 5º CF

III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;

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XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;

c) deixar de comunicar, imediatamente, ao juiz competente a prisão

ou detenção de qualquer pessoa;

No caso de prisão em flagrante deve-se comunicar imediatamente

ao juízo competente e também ao Ministério Público e à Defensoria

Pública do Estado ou da União, a depender da Polícia que efetuou a

prisão.

LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;

d) deixar o Juiz de ordenar o relaxamento de prisão ou detenção

ilegal que lhe seja comunicada;

LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;

e) levar à prisão e nela deter quem quer que se proponha a prestar

fiança, permitida em lei;

A fiança é permitida aos agentes que estão inseridos no ar. 323, 324

do CPP e os que não pratiquem crimes hediondos.

Art. 323 CPP. Não será concedida fiança: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).

I - nos crimes de racismo; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).

II - nos crimes de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, terrorismo e nos definidos como crimes hediondos; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).

III - nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).

IV - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011).

V - (revogado). (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011).

Art. 324 CPP. Não será, igualmente, concedida fiança: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).

I - aos que, no mesmo processo, tiverem quebrado fiança anteriormente concedida ou infringido, sem

motivo justo, qualquer das obrigações a que se referem os arts. 327 e 328 deste Código; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).

II - em caso de prisão civil ou militar; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).

III - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011).

IV - quando presentes os motivos que autorizam a decretação da prisão preventiva (art. 312). (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).

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f) cobrar o carcereiro ou agente de autoridade policial carceragem,

custas, emolumentos ou qualquer outra despesa, desde que a cobrança

não tenha apoio em lei, quer quanto à espécie quer quanto ao seu valor;

O agente que fizer cobrança de custas estará inserido no crime do

art. 316 ou 317 do CP, a depender do caso concreto.

Concussão

Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida:

Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.

Corrupção passiva

Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 10.763, de 12.11.2003)

A diferença está entre a solicitação e a exigência.

g) recusar o carcereiro ou agente de autoridade policial recibo de

importância recebida a título de carceragem, custas, emolumentos ou de

qualquer outra despesa;

h) o ato lesivo da honra ou do patrimônio de pessoa natural ou

jurídica, quando praticado com abuso ou desvio de poder ou sem

competência legal;

h) prolongar a execução de prisão temporária, de pena ou de medida de segurança, deixando de expedir em tempo oportuno

ou de cumprir imediatamente ordem de liberdade. (Incluído pela

Lei nº 7.960, de 21/12/89)

Agora Professor....

E quanto os atos forem praticados contra criança ou adolescente?

O entendimento é o seguinte: O descumprimento de prazo em favor

de adolescente privado de liberdade, cumprindo medida de interdição pelo

cometimento de ato infracional, em face do princípio da especialidade,

não configura crime de abuso de autoridade, mas sim CRIME CONTRA A

CRIANÇA E O ADOLESCENTE, previsto no art. 235 da lei n.º 8.069/90.

Mas professor,

E quanto a prescrição do crime de abuso?

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Sobre o tema, o STJ manifestou assim: “A pena de detenção, porque privativa de liberdade, é a sanção de natureza penal mais grave cominada aos crimes de abuso de autoridade. A prescrição da pretensão punitiva, para os crimes previstos na Lei nº 4.898/65, ocorre, in abstrato, em 2 anos, à luz do que determina o artigo 109, inciso VI, da lei material penal. A pena de perda do cargo e inabilitação para o exercício de função pública, prevista no artigo 6º, parágrafo 3º, alínea "c", da Lei nº 4.898/65, é de natureza principal, assim como as penas de multa e detenção, previstas, respectivamente, nas alíneas "a" e "b" do mesmo dispositivo, em nada se confundindo com a perda do cargo ou função pública, prevista no artigo 92, inciso I, do Código Penal, como efeito da condenação”.

Art. 5º Considera-se autoridade, para os efeitos desta lei, quem exerce cargo, emprego ou função pública, de natureza civil, ou militar, ainda que

transitoriamente e sem remuneração.

Vou conceituar rapidamente:

Cargo Público – é criado por lei dentro da estrutura hierárquica da

Administração, com vencimentos próprios, ocupado por servidor

estatutário.

Ex: Agente / Escrivão de Polícia Federal

Emprego Público – a diferença é que será regido pela CLT, por regime

de contrato.

Função Pública – são os que não estão inseridos em cargo ou emprego

público.

Ex: cargo de confiança de uma pessoa não concursada

Agora uma coisa IMPORTANTE!!!

O Código Penal apresenta um “plus” ao conceituar funcionário público

para fins penais de acordo com o art. 327 CP...

Funcionário público

Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.

§ 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

Só que no § 1º, o artigo alarga o conceito abrangendo mais

pessoas; assim, como a Legislação especial sobre o assunto prevalece

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VI - em 3 (três) anos, se o máximo da pena é inferior a 1 (um) ano. (Redação dada pela Lei nº 12.234, de 2010).
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sobre a norma geral, para o crime de abuso de autoridade, devemos

considerar, como funcionário público, o art. 5º desta Lei.

EX: O MESÁRIO DA ELEIÇÃO MUNICIPAL...este para o Código Penal,

art. 327, é funcionário público. Porém para a Lei de Abuso não é

considerado como tal.

Art. 6º O abuso de autoridade sujeitará o seu autor à sanção

administrativa civil e penal.

As sanções para os autores de abuso de autoridade, que

responderão civil, administrativamente e penalmente; podem ocasionar

em penas que serão aplicadas sozinhas ou cumulativamente.

No caso da Polícia Federal, por exemplo, a sanção administrativa é apurada pela Corregedoria de Polícia. Na esfera administrativa, a sanção

é apurada pela através de Ação Civil Pública.

Na mais gravosa que é a esfera penal a ação penal é fomentada

pelo Ministério Público por denúncia.

Fiz questão de mostrar para vocês que apesar da apuração ser em

esferas diferentes, o autor do abuso poderá responder nas três

cumulativamente.

§ 1º A sanção administrativa será aplicada de acordo com a gravidade do

abuso cometido e consistirá em:

a) advertência;

b) repreensão;

c) suspensão do cargo, função ou posto por prazo de cinco a cento e

oitenta dias, com perda de vencimentos e vantagens;

d) destituição de função;

e) demissão;

f) demissão, a bem do serviço público.

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§ 2º A sanção civil, caso não seja possível fixar o valor do dano, consistirá

no pagamento de uma indenização de quinhentos a dez mil cruzeiros.

Tal sanção hoje em dia não é posta em prática com esses valores

que estão prescritos, pois a moeda não mais existe no Brasil. O que o

juízo Cível faz é estipular um valor pelos danos morais com um valor

correspondente ao dano.

§ 3º A sanção penal será aplicada de acordo com as regras dos artigos 42

a 56 do Código Penal e consistirá em:

a) multa de cem a cinco mil cruzeiros;

b) detenção por dez dias a seis meses;

c) perda do cargo e a inabilitação para o exercício de qualquer outra

função pública por prazo até três anos.

Os artigos nos quais estão apresentados no § 3º são os recentes

artigos do código penal 59 ao 76.

CAPÍTULO III

DA APLICAÇÃO DA PENA

Fixação da pena

Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e conseqüências do crime, bem como ao comportamento da vítima,

estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

I - as penas aplicáveis dentre as cominadas;(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

II - a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites previstos;(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

III - o regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade;(Redação dada pela Lei nº 7.209, de

11.7.1984)

IV - a substituição da pena privativa da liberdade aplicada, por outra espécie de pena, se cabível. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Critérios especiais da pena de multa

Art. 60 - Na fixação da pena de multa o juiz deve atender, principalmente, à situação econômica do réu. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

§ 1º - A multa pode ser aumentada até o triplo, se o juiz considerar que, em virtude da situação

econômica do réu, é ineficaz, embora aplicada no máximo. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Multa substitutiva

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§ 2º - A pena privativa de liberdade aplicada, não superior a 6 (seis) meses, pode ser substituída pela de

multa, observados os critérios dos incisos II e III do art. 44 deste Código.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Circunstâncias agravantes

Art. 61 - São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime:(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

I - a reincidência; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

II - ter o agente cometido o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

a) por motivo fútil ou torpe;

b) para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime;

c) à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa do ofendido;

d) com emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que podia

resultar perigo comum;

e) contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge;

f) com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de

hospitalidade, ou com violência contra a mulher na forma da lei específica; (Redação dada pela Lei nº 11.340, de 2006)

g) com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão;

h) contra criança, maior de 60 (sessenta) anos, enfermo ou mulher grávida; (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003)

i) quando o ofendido estava sob a imediata proteção da autoridade;

j) em ocasião de incêndio, naufrágio, inundação ou qualquer calamidade pública, ou de desgraça

particular do ofendido;

l) em estado de embriaguez preordenada.

Agravantes no caso de concurso de pessoas

Art. 62 - A pena será ainda agravada em relação ao agente que: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de

11.7.1984)

I - promove, ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos demais agentes; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

II - coage ou induz outrem à execução material do crime; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

III - instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito à sua autoridade ou não-punível em virtude

de condição ou qualidade pessoal; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

IV - executa o crime, ou nele participa, mediante paga ou promessa de recompensa.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Reincidência

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Art. 63 - Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois de transitar em julgado a

sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Art. 64 - Para efeito de reincidência: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

I - não prevalece a condenação anterior, se entre a data do cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido período de tempo superior a 5 (cinco) anos, computado o período de prova da

suspensão ou do livramento condicional, se não ocorrer revogação; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

II - não se consideram os crimes militares próprios e políticos.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de

11.7.1984)

Circunstâncias atenuantes

Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de

11.7.1984)

I - ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70 (setenta) anos, na data da sentença; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

II - o desconhecimento da lei; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

III - ter o agente:(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

a) cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral;

b) procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as conseqüências, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano;

c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de autoridade

superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima;

d) confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime;

e) cometido o crime sob a influência de multidão em tumulto, se não o provocou.

Art. 66 - A pena poderá ser ainda atenuada em razão de circunstância relevante, anterior ou posterior ao

crime, embora não prevista expressamente em lei. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Concurso de circunstâncias agravantes e atenuantes

Art. 67 - No concurso de agravantes e atenuantes, a pena deve aproximar-se do limite indicado pelas

circunstâncias preponderantes, entendendo-se como tais as que resultam dos motivos determinantes do crime,

da personalidade do agente e da reincidência. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Cálculo da pena

Art. 68 - A pena-base será fixada atendendo-se ao critério do art. 59 deste Código; em seguida serão

consideradas as circunstâncias atenuantes e agravantes; por último, as causas de diminuição e de aumento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Parágrafo único - No concurso de causas de aumento ou de diminuição previstas na parte especial, pode o juiz limitar-se a um só aumento ou a uma só diminuição, prevalecendo, todavia, a causa que mais aumente

ou diminua.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Concurso material

Art. 69 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicam-se cumulativamente as penas privativas de liberdade em que haja incorrido. No caso

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de aplicação cumulativa de penas de reclusão e de detenção, executa-se primeiro aquela. (Redação dada pela

Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

§ 1º - Na hipótese deste artigo, quando ao agente tiver sido aplicada pena privativa de liberdade, não suspensa, por um dos crimes, para os demais será incabível a substituição de que trata o art. 44 deste Código.

(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

§ 2º - Quando forem aplicadas penas restritivas de direitos, o condenado cumprirá simultaneamente as

que forem compatíveis entre si e sucessivamente as demais. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Concurso formal

Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em

qualquer caso, de um sexto até metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo

anterior.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Parágrafo único - Não poderá a pena exceder a que seria cabível pela regra do art. 69 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Crime continuado

Art. 71 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os

subseqüentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços. (Redação

dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Parágrafo único - Nos crimes dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa, poderá o juiz, considerando a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a

personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, aumentar a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, até o triplo, observadas as regras do parágrafo único do art. 70 e do

art. 75 deste Código.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Multas no concurso de crimes

Art. 72 - No concurso de crimes, as penas de multa são aplicadas distinta e integralmente. (Redação

dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Erro na execução

Art. 73 - Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, ao invés de atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse praticado o crime contra

aquela, atendendo-se ao disposto no § 3º do art. 20 deste Código. No caso de ser também atingida a pessoa que o agente pretendia ofender, aplica-se a regra do art. 70 deste Código.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de

11.7.1984)

Resultado diverso do pretendido

Art. 74 - Fora dos casos do artigo anterior, quando, por acidente ou erro na execução do crime,

sobrevém resultado diverso do pretendido, o agente responde por culpa, se o fato é previsto como crime culposo; se ocorre também o resultado pretendido, aplica-se a regra do art. 70 deste Código. (Redação dada

pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Limite das penas

Art. 75 - O tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade não pode ser superior a 30 (trinta)

anos. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

§ 1º - Quando o agente for condenado a penas privativas de liberdade cuja soma seja superior a 30 (trinta) anos, devem elas ser unificadas para atender ao limite máximo deste artigo. (Redação dada pela Lei nº

7.209, de 11.7.1984)

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§ 2º - Sobrevindo condenação por fato posterior ao início do cumprimento da pena, far-se-á nova

unificação, desprezando-se, para esse fim, o período de pena já cumprido.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Concurso de infrações

Art. 76 - No concurso de infrações, executar-se-á primeiramente a pena mais grave. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

§ 4º As penas previstas no parágrafo anterior poderão ser aplicadas

autônoma ou cumulativamente.

Uma coisa importante desse parágrafo é que se o juiz determinar a

perda do cargo ao autor do abuso, não se faz necessário a pena de multa.

Digo isso, pois, o parágrafo enfatiza o critério autônomo ou cumulativo. Não faria sentido o servidor perder o cargo e ainda ter que pagar uma

multa. A pena de multa vem cumulada com a de privação de liberdade,

enquanto a perda do cargo aparece autônoma.

§ 5º Quando o abuso for cometido por agente de autoridade policial,

civil ou militar, de qualquer categoria, poderá ser cominada a pena

autônoma ou acessória, de não poder o acusado exercer funções de natureza policial ou militar no município da culpa, por prazo de um a

cinco anos.

Esta é uma aplicação específica do agente policial. Ele poderá ter as

seguintes penas:

Detenção + perda do cargo (não podendo exercer no município a função policial de 1 a 5 anos);

Detenção + sem perda do cargo + inabilitado pelo período acima;

Somente a inabilitação por esse período.

Art. 7º recebida a representação em que for solicitada a aplicação de sanção administrativa, a autoridade civil ou militar competente

determinará a instauração de inquérito para apurar o fato.

Recebida através da vítima do abuso a representação para a

apuração do abuso, caberá a autoridade superior a instauração de

sindicância para fazer os levantamentos possíveis. Após a conclusão da sindicância poderá esta ser arquivada ou transformada em processo

administrativo ou inquérito administrativo.

§ 1º O inquérito administrativo obedecerá às normas estabelecidas nas

leis municipais, estaduais ou federais, civis ou militares, que estabeleçam

o respectivo processo.

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O parágrafo primeiro é muito específico de cada carreira, pois cada

uma detém legislação específica quanto ao procedimento dos processos

administrativos.

EX: MILITARES (ESTATUTO DOS MILITARES)

§ 2º não existindo no município no Estado ou na legislação militar normas

reguladoras do inquérito administrativo serão aplicadas supletivamente, as disposições dos arts. 219 a 225 da Lei nº 1.711, de 28 de outubro de

1952 (Estatuto dos Funcionários Públicos Civis da União).

Esse parágrafo diz respeito a lacuna existente em lei específica da

carreira do autor do abuso. Em caso de omissão, aplicar-se-á a lei 8112 –

Estatuto dos Funcionários Públicos da União.

Então professor....se a estatuto militar de uma determinada polícia

estadual não prever regras para o estabelecimento de inquérito

administrativo, levará em consideração o previsto na Lei 8112?

É esse o entendimento, meu Aluno!!! Muito bom.

§ 3º O processo administrativo não poderá ser sobrestado para o fim de

aguardar a decisão da ação penal ou civil.

O processo administrativo não necessitará esperar o encerramento

na esfera criminal para ter início ou conclusão.

Art. 8º A sanção aplicada será anotada na ficha funcional da autoridade

civil ou militar.

Art. 9º Simultaneamente com a representação dirigida à autoridade

administrativa ou independentemente dela, poderá ser promovida pela

vítima do abuso, a responsabilidade civil ou penal ou ambas, da

autoridade culpada.

Já é sabido por nós que as apurações nas 3 esferas: administrativa,

civil e penal, são independentes podendo ser autônomas ou cumulativas.

Art. 10. Vetado

Art. 11. À ação civil serão aplicáveis as normas do Código de Processo

Civil.

Só poderão ser aplicadas as normas do Código de Processo Civil no

caso de ação civil.

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Art. 12. A ação penal será iniciada, independentemente de inquérito

policial ou justificação por denúncia do Ministério Público, instruída com a

representação da vítima do abuso.

É o seguinte: o MP, diante do conhecimento do abuso, não

necessitará da representação da vítima para ingressar com uma ação penal. Ela é pública incondicionada, e tampouco dependerá da conclusão

do inquérito policial para fomentar a ação penal.

Para que o inquérito seja dispensável, a vítima terá que instruir e

fundamentar a representação feita ao MP para que este ofereça a

denúncia; pois se simplesmente a vítima narrar os fatos sem provas, não

caberá denuncia.

Art. 13. Apresentada ao Ministério Público a representação da vítima, aquele, no prazo de quarenta e oito horas, denunciará o réu, desde que

o fato narrado constitua abuso de autoridade, e requererá ao Juiz a sua

citação, e, bem assim, a designação de audiência de instrução e

julgamento.

Se o MP, com a representação da vítima, ficar inerte, poderá a

vítima entrar com uma queixa-crime, sendo essa precursora da ação penal privada subsidiária da pública, conforme você estudou em Processo

Penal.

§ 1º A denúncia do Ministério Público será apresentada em duas vias.

DENÚNCIA EM 02 VIAS

Art. 14. Se a ato ou fato constitutivo do abuso de autoridade houver

deixado vestígios o ofendido ou o acusado poderá:

No momento em que o artigo 14 prescreve “deixar vestígios” não

podemos esquecer de mencionar o art. 158 do Código de Processo Penal:

DO EXAME DO CORPO DE DELITO, E DAS PERÍCIAS EM GERAL

Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito,

direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.

Nesta Lei em estudo perceberemos que na letra “a” bastará, para a

comprovação dos vestígios, duas testemunhas qualificadas; não

necessitando para a Lei do abuso o exame de corpo de delito.

a) promover a comprovação da existência de tais vestígios, por meio

de duas testemunhas qualificadas;

Mas professor...

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O que seriam as testemunhas qualificadas?

Então, qualificadas no sentido de possuir habilitação compatível com

o tipo de vestígio deixado.

Ex: Algum prejuízo contábil – necessitará de profissional da área de

Ciências Contábeis;

Ex: Um corte na vítima provocado pelo abusador – profissional da saúde

Uma decisão recente proferida pelo STJ...

Denúncia por abuso de autoridade pode se embasar apenas em depoimento da vítima

Um delegado de polícia de Itacaré (BA) seguirá respondendo à acusação de abuso de autoridade. A Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) entendeu cabível a denúncia embasada apenas no depoimento da vítima. O delegado, um policial e um terceiro teriam realizado buscas na casa da vítima e a deixado presa por uma noite, tudo sem inquérito, mandado ou flagrante formal. A vítima era empregada doméstica do terceiro, e estaria sendo investigada por furto na residência dele. Conforme a ministra Maria Thereza de Assis Moura, a denúncia do Ministério Público (MP), recebida pelo juiz, descreve apropriadamente as ações delituosas atribuídas aos

réus, que teriam cometido abuso de autoridade ao atentar contra a liberdade de locomoção e a inviolabilidade de domicilio da vítima. A relatora também afirmou que a inexistência de inquérito policial anterior à denúncia

não leva à falta de justa causa para a ação. Para a ministra, o inquérito sempre foi dispensável, principalmente no caso de denúncia contra o delegado de polícia da cidade e um de seus agentes. Em relação ao abuso de autoridade, a própria lei dispensa claramente a peça, determinando que a ação penal seja iniciada independentemente de inquérito policial, por denúncia do MP instruída com a representação da vítima. A denúncia deve ser apresentada em 48 horas do depoimento, desde que os fatos constituam em tese caso de abuso de autoridade. A ministra conclui afirmando que, conforme manifestou-se o Ministério Público Federal, não seria conveniente esperar que a autoridade policial produzisse prova contra si, mesmo que se designassem para o inquérito outros agentes não diretamente envolvidos na situação. A Sexta Turma também rejeitou o argumento de que o julgamento do habeas corpus, no tribunal de origem, teria sido nulo por erro induzido pela secretaria do órgão julgador. A defesa alegava que, apesar de oficialmente pautado, na data e hora prevista um funcionário do tribunal informou que a relatora estaria em férias no período e que o processo não seria julgado. Posteriormente, o funcionário informou, por telefone, que ela voltou antecipada e inesperadamente das férias, levando o caso a julgamento.

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b) requerer ao Juiz, até setenta e duas horas antes da audiência de instrução e julgamento, a designação de um perito para fazer as

verificações necessárias.

§ 1º O perito ou as testemunhas farão o seu relatório e prestarão seus

depoimentos verbalmente, ou o apresentarão por escrito, querendo, na

audiência de instrução e julgamento.

§ 2º No caso previsto na letra a deste artigo a representação poderá

conter a indicação de mais duas testemunhas.

O máximo são 4 pessoas!!!

Art. 15. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a

denúncia requerer o arquivamento da representação, o Juiz, no caso de

considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa da

representação ao Procurador-Geral e este oferecerá a denúncia, ou

designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-la ou insistirá no

arquivamento, ao qual só então deverá o Juiz atender.

Esse artigo está previsto da mesma forma no Código de Processo

Penal em seu art. 28:

Art. 28 CPP. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de informação ao procurador-geral, e este oferecerá a denúncia, designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender.

Quando o MP requerer o arquivamento da representação, o faz por

está convicto da falta de provas para proceder com a ação penal. Assim, o

juiz poderá colher o pedido de arquivamento, encerrando o causo; ou

discordar. Se assim o fizer, remeterá os autos ao PGJ.

O PGJ acolhendo as razões do Juiz, designará outro promotor para

oferecer a denúncia.

Art. 16. Se o órgão do Ministério Público não oferecer a denúncia no prazo

fixado nesta lei, será admitida ação privada. O órgão do Ministério Público

poderá, porém, aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia

substitutiva e intervir em todos os termos do processo, interpor recursos e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação

como parte principal.

A inércia do MP faz com que surja a AÇÃO PENAL PRIVADA

SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA, como previsto no Art. 29 do CPP.

Se passar daquelas 48 horas para a apresentação da denúncia pelo

MP, o defensor da vítima poderá fomentar a queixa-crime; assim nesse

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Normalmente, o depoimento das testemunhas é oral (sendo possível a consulta a apontamentos – CPP art. 204)
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momento, o MP somente fiscalizará intervindo ou não em todos os termos

do processo e até podendo retomar a ação em caso de negligência.

Art. 29 CPP. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal.

Art. 17. Recebidos os autos, o Juiz, dentro do prazo de quarenta e oito

horas, proferirá despacho, recebendo ou rejeitando a denúncia.

Como em tudo no nosso ordenamento jurídico, a rejeição deverá

ser fundamentada pelo juízo.

§ 1º No despacho em que receber a denúncia, o Juiz designará, desde

logo, dia e hora para a audiência de instrução e julgamento, que deverá

ser realizada, improrrogavelmente dentro de cinco dias.

É isso mesmo Aluno, cinco dias depois de recebida a denúncia já

terá audiência...

§ 2º A citação do réu para se ver processar, até julgamento final e para comparecer à audiência de instrução e julgamento, será feita por

mandado sucinto que, será acompanhado da segunda via da

representação e da denúncia.

O réu deverá ser citado por mandado.

Art. 18. As testemunhas de acusação e defesa poderão ser apresentada

em juízo, independentemente de intimação.

As testemunhas não precisarão de mandado, podendo ser

apresentadas no dia da audiência de instrução e julgamento.

Parágrafo único. Não serão deferidos pedidos de precatória para a

audiência ou a intimação de testemunhas ou, salvo o caso previsto no artigo 14, letra "b", requerimentos para a realização de diligências,

perícias ou exames, a não ser que o Juiz, em despacho motivado,

considere indispensáveis tais providências.

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Art. 19. A hora marcada, o Juiz mandará que o porteiro dos auditórios ou

o oficial de justiça declare aberta a audiência, apregoando em seguida o

réu, as testemunhas, o perito, o representante do Ministério Público ou o

advogado que tenha subscrito a queixa e o advogado ou defensor do réu.

Parágrafo único. A audiência somente deixará de realizar-se se ausente o

Juiz.

A letra da lei diz que somente na falta do juiz não haverá audiência.

Mas na prática também pode-se dizer que na falta do membro do MP a

audiência fica sem movimento, pois não existe promotor “ad hoc”.

Art. 20. Se até meia hora depois da hora marcada o Juiz não houver

comparecido, os presentes poderão retirar-se, devendo o ocorrido constar

do livro de termos de audiência.

O prazo máximo para o magistrado comparecer em audiência é de

até 30 minutos depois do horário para seu início.

Art. 21. A audiência de instrução e julgamento será pública, se contrariamente não dispuser o Juiz, e realizar-se-á em dia útil, entre dez

(10) e dezoito (18) horas, na sede do Juízo ou, excepcionalmente, no

local que o Juiz designar.

Perante o princípio da publicidade dos atos públicos, as audiências

ocorrerão com as “portas abertas”, em dia útil, das 10 às 18 horas. Caso

o sigilo da audiência seja necessário em função da preservação da intimidade, ordem ou segurança será esta realizada no mais absoluto

sigilo.

Art. 22. Aberta a audiência o Juiz fará a qualificação e o interrogatório do

réu, se estiver presente.

Parágrafo único. Não comparecendo o réu nem seu advogado, o Juiz

nomeará imediatamente defensor para funcionar na audiência e nos

ulteriores termos do processo.

Aqui cabe colocar o previsto no CPP quanto ao interrogatório do acusado:

CPP

DO INTERROGATÓRIO DO ACUSADO

Art. 185. O acusado que comparecer perante a autoridade judiciária, no curso do processo penal, será

qualificado e interrogado na presença de seu defensor, constituído ou nomeado. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)

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§ 1o O interrogatório do réu preso será realizado, em sala própria, no estabelecimento em que estiver

recolhido, desde que estejam garantidas a segurança do juiz, do membro do Ministério Público e dos auxiliares bem como a presença do defensor e a publicidade do ato. (Redação dada pela Lei nº 11.900, de 2009)

§ 2o Excepcionalmente, o juiz, por decisão fundamentada, de ofício ou a requerimento das partes,

poderá realizar o interrogatório do réu preso por sistema de videoconferência ou outro recurso tecnológico de

transmissão de sons e imagens em tempo real, desde que a medida seja necessária para atender a uma das

seguintes finalidades: (Redação dada pela Lei nº 11.900, de 2009)

I - prevenir risco à segurança pública, quando exista fundada suspeita de que o preso integre

organização criminosa ou de que, por outra razão, possa fugir durante o deslocamento; (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009)

II - viabilizar a participação do réu no referido ato processual, quando haja relevante dificuldade para seu

comparecimento em juízo, por enfermidade ou outra circunstância pessoal; (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009)

III - impedir a influência do réu no ânimo de testemunha ou da vítima, desde que não seja possível

colher o depoimento destas por videoconferência, nos termos do art. 217 deste Código; (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009)

IV - responder à gravíssima questão de ordem pública. (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009)

§ 3o Da decisão que determinar a realização de interrogatório por videoconferência, as partes serão intimadas com 10 (dez) dias de antecedência. (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009)

§ 4o Antes do interrogatório por videoconferência, o preso poderá acompanhar, pelo mesmo sistema

tecnológico, a realização de todos os atos da audiência única de instrução e julgamento de que tratam os arts. 400, 411 e 531 deste Código. (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009)

§ 5o Em qualquer modalidade de interrogatório, o juiz garantirá ao réu o direito de entrevista prévia e

reservada com o seu defensor; se realizado por videoconferência, fica também garantido o acesso a canais telefônicos reservados para comunicação entre o defensor que esteja no presídio e o advogado presente na

sala de audiência do Fórum, e entre este e o preso. (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009)

§ 6o A sala reservada no estabelecimento prisional para a realização de atos processuais por sistema de

videoconferência será fiscalizada pelos corregedores e pelo juiz de cada causa, como também pelo Ministério

Público e pela Ordem dos Advogados do Brasil. (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009)

§ 7o Será requisitada a apresentação do réu preso em juízo nas hipóteses em que o interrogatório não se

realizar na forma prevista nos §§ 1o e 2o deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009)

§ 8o Aplica-se o disposto nos §§ 2o, 3o, 4o e 5o deste artigo, no que couber, à realização de outros atos processuais que dependam da participação de pessoa que esteja presa, como acareação, reconhecimento de

pessoas e coisas, e inquirição de testemunha ou tomada de declarações do ofendido. (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009)

§ 9o Na hipótese do § 8o deste artigo, fica garantido o acompanhamento do ato processual pelo acusado

e seu defensor. (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009)

Art. 186. Depois de devidamente qualificado e cientificado do inteiro teor da acusação, o acusado será

informado pelo juiz, antes de iniciar o interrogatório, do seu direito de permanecer calado e de não responder perguntas que lhe forem formuladas. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)

Parágrafo único. O silêncio, que não importará em confissão, não poderá ser interpretado em prejuízo da

defesa. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)

Art. 187. O interrogatório será constituído de duas partes: sobre a pessoa do acusado e sobre os fatos. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)

§ 1o Na primeira parte o interrogando será perguntado sobre a residência, meios de vida ou profissão,

oportunidades sociais, lugar onde exerce a sua atividade, vida pregressa, notadamente se foi preso ou processado alguma vez e, em caso afirmativo, qual o juízo do processo, se houve suspensão condicional ou

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condenação, qual a pena imposta, se a cumpriu e outros dados familiares e sociais. (Incluído pela Lei nº

10.792, de 1º.12.2003)

§ 2o Na segunda parte será perguntado sobre: (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)

I - ser verdadeira a acusação que lhe é feita; (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)

II - não sendo verdadeira a acusação, se tem algum motivo particular a que atribuí-la, se conhece a

pessoa ou pessoas a quem deva ser imputada a prática do crime, e quais sejam, e se com elas esteve antes da prática da infração ou depois dela; (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)

III - onde estava ao tempo em que foi cometida a infração e se teve notícia desta; (Incluído pela Lei nº

10.792, de 1º.12.2003)

IV - as provas já apuradas; (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)

V - se conhece as vítimas e testemunhas já inquiridas ou por inquirir, e desde quando, e se tem o que

alegar contra elas; (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)

VI - se conhece o instrumento com que foi praticada a infração, ou qualquer objeto que com esta se relacione e tenha sido apreendido; (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)

VII - todos os demais fatos e pormenores que conduzam à elucidação dos antecedentes e circunstâncias

da infração; (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)

VIII - se tem algo mais a alegar em sua defesa. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)

Art. 188. Após proceder ao interrogatório, o juiz indagará das partes se restou algum fato para ser

esclarecido, formulando as perguntas correspondentes se o entender pertinente e relevante. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)

Art. 189. Se o interrogando negar a acusação, no todo ou em parte, poderá prestar esclarecimentos e

indicar provas. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)

Art. 190. Se confessar a autoria, será perguntado sobre os motivos e circunstâncias do fato e se outras

pessoas concorreram para a infração, e quais sejam. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)

Art. 191. Consignar-se-ão as perguntas que o réu deixar de responder e as razões que invocar para não fazê-lo.

Art. 191. Havendo mais de um acusado, serão interrogados separadamente. (Redação dada pela Lei nº

10.792, de 1º.12.2003)

Art. 192. O interrogatório do mudo, do surdo ou do surdo-mudo será feito pela forma seguinte: (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)

I - ao surdo serão apresentadas por escrito as perguntas, que ele responderá oralmente; (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)

II - ao mudo as perguntas serão feitas oralmente, respondendo-as por escrito; (Redação dada pela Lei nº

10.792, de 1º.12.2003)

III - ao surdo-mudo as perguntas serão formuladas por escrito e do mesmo modo dará as respostas. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)

Parágrafo único. Caso o interrogando não saiba ler ou escrever, intervirá no ato, como intérprete e sob compromisso, pessoa habilitada a entendê-lo. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)

Art. 193. Quando o interrogando não falar a língua nacional, o interrogatório será feito por meio de

intérprete. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)

Art. 194. (Revogado pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)

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Art. 195. Se o interrogado não souber escrever, não puder ou não quiser assinar, tal fato será

consignado no termo. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)

Art. 196. A todo tempo o juiz poderá proceder a novo interrogatório de ofício ou a pedido fundamentado de qualquer das partes. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)

Art. 23. Depois de ouvidas as testemunhas e o perito, o Juiz dará a

palavra sucessivamente, ao Ministério Público ou ao advogado que houver

subscrito a queixa e ao advogado ou defensor do réu, pelo prazo de quinze minutos para cada um, prorrogável por mais dez (10), a critério do

Juiz.

Art. 24. Encerrado o debate, o Juiz proferirá imediatamente a sentença.

É de costume e conforme o caso concreto, o juiz após a audiência

levar os autos para serem conclusos depois e assim a sentença será

proferida mais tarde. Mas para a banca CESPE vale o a letra da lei na sua

maioria – A SENTENÇA SERÁ PROFERIDA IMEDIATAMENTE.

Art. 25. Do ocorrido na audiência o escrivão lavrará no livro próprio,

ditado pelo Juiz, termo que conterá, em resumo, os depoimentos e as alegações da acusação e da defesa, os requerimentos e, por extenso, os

despachos e a sentença.

Art. 26. Subscreverão o termo o Juiz, o representante do Ministério

Público ou o advogado que houver subscrito a queixa, o advogado ou

defensor do réu e o escrivão.

Art. 27. Nas comarcas onde os meios de transporte forem difíceis e não

permitirem a observância dos prazos fixados nesta lei, o juiz poderá

aumentá-las, sempre motivadamente, até o dobro.

Será dobrado para o prazo de 10 dias.

Art. 28. Nos casos omissos, serão aplicáveis as normas do Código de

Processo Penal, sempre que compatíveis com o sistema de instrução e

julgamento regulado por esta lei.

Trata-se do caso de inércia da Lei Especial, aplicando-as neste

momento a Lei Processual Penal no que couber.

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Parágrafo único. Das decisões, despachos e sentenças, caberão os

recursos e apelações previstas no Código de Processo Penal.

QUADRO RESUMO DE ABUSO DE AUTORIDADE!!!

RESUMÃO!!! Abuso for cometido por agente de autoridade policial, civil ou militar, poderá ser

cominada a pena autônoma ou acessória, de não exercer funções de natureza policial

ou militar no município da culpa, por prazo de um a cinco anos.

A Lei de Abuso não alcança os que exercem cargo, emprego ou função em entidade

paraestatal, nem os que trabalham para a empresa prestadora de serviço contratada ou

conveniada para a execução de atividade típica da Administração.

O processo administrativo não poderá ser sobrestado para o fim de aguardar a decisão

da ação penal ou civil, faz-se normalmente sem esperar a decisão do criminal.

A audiência de instrução e julgamento será pública, realizar-se-á em dia útil, entre dez

(10) e dezoito (18) horas, na sede do Juízo.

Os crimes de abuso de autoridade são de ação pública incondicionada. A

representação não constitui condição de procedibilidade para a ação penal, que é

pública incondicionada, não podendo ser obstada pela ausência de representação.

Inexiste tentativa nos crimes do art. 3°, posto que não há tentativa de crime de

atentado.

Nos crimes do art. 4° admite-se tentativa.

Súmula 172, STJ: COMPETE A JUSTIÇA COMUM PROCESSAR E JULGAR

MILITAR POR CRIME DE ABUSO DE AUTORIDADE, AINDA QUE

PRATICADO EM SERVIÇO.

Não podemos dizer que qualquer ato abusivo será considerado abuso de autoridade,

pois a conduta deve estar prevista no art. 3.º ou 4.º da lei n.º 4898/65 (crimes de abuso

de autoridade).

Em se tratando de crime de abuso de autoridade, eventual falha na representação, ou

mesmo sua falta, não obsta a instauração da ação penal. Isso nos exatos termos do art.

1º da Lei n° 5.249/67, que prevê, expressamente, não existir, quanto aos delitos de

que trata, qualquer condição de procedibilidade (Precedentes do STF e do STJ).

O particular pode ser sujeito ativo do crime de abuso de autoridade, desde pratique a

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conduta em concurso com a autoridade pública.

Haverá crime de abuso de autoridade ainda que o agente esteja fora de suas funções

(ex.: férias), DESDE QUE INVOQUE A FUNÇÃO.

NÃO EXISTE abuso de autoridade na FORMA CULPOSA.

É crime de ABUSO DE AUTORIDADE realizar prisão para qualquer tipo de prisão

para averiguação.

STF regulou o seguinte: A administração penitenciária, embasada no fundamento da

segurança pública, poderá proceder à interceptação da correspondência remetida dos

presos, pois a inviolabilidade do sigilo não poderá constituir instrumento de

salvaguarda de práticas ilícitas.

O crime de abuso poderá aparecer em concurso com outros crimes desde que as

condutas sejam distintas.

Agora vamos exercitar o conteúdo!!!

“tudo que somos emerge de nossos pensamentos”

BATERIA DE EXERCÍCIOS

1 - (CESPE/PC/ES/AGENTE/2009) - À luz da jurisprudência e doutrina dominantes, julgue o item. Se um delegado de polícia, mediante fundadas suspeitas de que um motorista esteja transportando em seu caminhão certa quantidade de substância entorpecente para fins de comercialização, determinar a execução de busca no veículo, sem autorização judicial, resultando infrutíferas as diligências, uma vez que nada tenha sido encontrado, essa conduta da autoridade policial caracterizará o crime de abuso de autoridade, pois, conforme entendimento doutrinário dominante, o veículo automotor onde se exerce profissão ou atividade lícita é considerado domicílio. () CERTO ()ERRADO

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Segundo a doutrina, para exista o crime de abuso de autoridade, necessário é que o sujeito tenha o objetivo de abusar do poder que detém em nome do Estado. No caso específico, o Delegado agiu mediante fundadas suspeitas de que um motorista esteja transportando em seu caminhão substância entorpecente para fins de comercialização. Assim, realizou a busca. No caso de busca domiciliar, exceto flagrante delito, depende de ordem judicial, e caminhão, segundo a jurisprudência, não é considerado domicílio. Assim, a busca em veículo passa a ser busca pessoal, o que independe de ordem judicial, exceto quando o veículo é a habitação do indivíduo. ERRADO

2 - (Prova: CESPE - 2009 - TCE-ES - Procurador Especial de Contas /

Direito Penal / Lei nº 4.898-1965 - abuso de autoridade; )

Em relação aos crimes de abuso de autoridade previstos na Lei n.º

4.898/1965, assinale a opção correta.

a) Para que o agente do fato delituoso seja punido pelo crime de abuso de

autoridade, faz-se indispensável responder, em concurso material, pelos

outros delitos que poderão resultar de sua ação.

b) A lei de regência dos crimes de abuso de autoridade estabeleceu

normas prescricionais específicas em razão das quais se afastam as

regras gerais previstas no CP.

c) A lei de abuso de autoridade definiu, caso a caso, as sanções de

natureza administrativa, civil e penal aplicáveis, de acordo com a

gravidade da violação cometida pelo agente público. A representação da vítima ou do ofendido estabelece condição de procedibilidade da ação

penal.

d) Pratica crime de abuso de autoridade, por atentado ao sigilo de

correspondência, servidor municipal que, por culpa, viola o sigilo de

correspondência dirigida ao presidente da Câmara Municipal.

e) O crime de abuso de autoridade é crime próprio. O particular que não

exerça função pública poderá ser responsabilizado na condição de

partícipe.

Letra E

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3 - ( Prova: CESPE - 2009 - PC-RN - Delegado de Polícia / Direito Penal /

Lei nº 4.898-1965 - abuso de autoridade; )

Acerca do direito de representação e do processo de responsabilidade administrativa civil e penal, nos casos de abuso de autoridade, assinale a

opção incorreta.

a) O direito de representação será dirigido ao MP competente para dar

início à ação penal contra a autoridade apontada como culpada, não

podendo ser dirigido ao juiz ou à polícia.

b) A representação será encaminhada à autoridade superior àquela

acusada de ter cometido o abuso, com competência legal para aplicar a

sanção necessária, se for o caso.

c) Caso um policial e outra pessoa, não pertencente aos quadros da

administração pública e com conhecimento da condição de autoridade do

policial, efetuem, juntos, uma prisão ilegal, responderão ambos por abuso

de autoridade.

d) É admissível a participação, ou seja, o auxílio de terceiro para o

cometimento do delito de abuso de autoridade, sem que o terceiro

pratique, diretamente, a figura típica.

e) O autor do abuso de autoridade está sujeito a responder pelo ato nas esferas administrativa, civil e penal. A sanção civil depende do

ajuizamento da ação correspondente a ser proposta pela vítima.

Letra A

4 - (CESPE/PC/ES/AGENTE/2009) - À luz da jurisprudência e doutrina dominantes, julgue o item. Considerando que determinada autoridade policial execute a prisão em flagrante de um autor de furto, lavrando, logo após, o respectivo auto de prisão, a partir de então, essa autoridade policial deverá, entre outras providências, comunicar a prisão ao juiz competente, dentro de 24 horas, sob pena de incorrer em abuso de autoridade. () CERTO () ERRADO

Art. 4º LEI 4898 Constitui também abuso de autoridade: b) deixar de comunicar, imediatamente, ao juiz competente a prisão ou detenção de qualquer pessoa;

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Código de Processo Penal Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou a pessoa por ele indicada. § 1o Dentro em 24h (vinte e quatro horas) depois da prisão, será encaminhado ao juiz competente o auto de prisão em flagrante acompanhado de todas as oitivas colhidas e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado, cópia integral para a Defensoria Pública. § 2o No mesmo prazo, será entregue ao preso, mediante recibo, a nota de culpa, assinada pela autoridade, com o motivo da prisão, o nome do condutor e o das testemunhas.

CERTO

5 - (Prova: CESPE - 2008 - MPE-RO - Promotor de Justiça / Direito Penal /

Crimes de Imprensa; Lei nº 4.898-1965 - abuso de autoridade; Lei nº 9.613-1998 - Crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos e

valores; )

Acerca das leis penais especiais, julgue os seguintes itens.

I É pacífico que o reconhecimento da precedência da corrupção do menor não descaracteriza o crime de corrupção de menores, previsto no art. 1.º

da Lei n.º 2.252/1954, pois se trata de crime de evento, de natureza

formal, bastando a prova da participação do inimputável na empreitada

criminosa, na companhia de agente maior de 18 anos.

II Segundo a jurisprudência dominante, o autor de crime de abuso de

autoridade não poderá beneficiar-se com a transação penal, tendo em

vista que a perda do cargo e a inabilitação para o exercício de qualquer

outra função pública por prazo de até três anos é efeito automático e principal da prática do delito.

III Em relação aos crimes previstos na Lei de Imprensa, a prescrição da

pretensão punitiva ocorre em dois anos após a data da publicação ou transmissão incriminada, independentemente do quantum fixado em

abstrato ou da pena concretamente aplicada.

IV A denúncia pelo crime de lavagem de dinheiro independe do processamento do acusado pela infração que a antecede, mostrando-se

possível, em princípio, a deflagração da ação penal tão-somente em

relação àquele delito, desde que a peça acusatória esteja instruída com

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indícios suficientes da existência do crime antecedente.

V Nos crimes de injúria preconceituosa, a finalidade do agente, ao fazer

uso de elementos ligados a raça, cor, etnia, origem e outros, é atingir a honra subjetiva da vítima, enquanto que no crime de racismo há

manifestação de sentimento em relação a toda uma raça, cor, etnia,

religião ou procedência nacional, não havendo uma vítima determinada.

A quantidade de itens certos é igual a

a) 1.

b) 2.

c) 3.

d) 4.

e) 5.

Letra C

6 - (CESPE/PC/ES/AGENTE/2009) - À luz da jurisprudência e doutrina dominantes, julgue o item. Nos termos da lei que incrimina o abuso de autoridade, o sujeito ativo do crime é aquele que exerce cargo, emprego ou função pública, de natureza civil ou militar, ainda que transitoriamente e sem remuneração. À vista disso, afasta-se a possibilidade de concurso de pessoas em tais delitos, quando o co-autor ou partícipe for um particular. () certo () errado

Art. 5º Considera-se autoridade, para os efeitos desta lei, quem exerce cargo, emprego ou função pública, de natureza civil, ou militar, ainda que transitoriamente e sem remuneração. No artigo 5º da Lei 4.898/65, há a definição legal do sujeito ativo do crime de abuso de autoridade. É certo, no entanto, que, apesar de ser crime próprio, o abuso de autoridade admite a co-autoria e a participação de terceiro que não detenha a

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qualidade de autoridade, porém é necessário que o terceiro conheça a condição de autoridade do autor.

errado

7 -(Prova: CESPE - 2009 - PC-PB - Agente de Investigação e Agente de

Polícia / Direito Penal / Lei nº 4.898-1965 - abuso de autoridade; )

Considerando que um cidadão, vítima de prisão abusiva, tenha apresentado sua representação, na Corregedoria da Polícia Civil, contra o

delegado que a realizou, assinale a opção correta quanto ao direito de representação e ao processo de responsabilidade administrativa, civil e

penal no caso de crime de abuso de autoridade.

a) Eventual falha na representação obsta a instauração da ação penal.

b) A ação penal é pública incondicionada.

c) A representação é condição de procedibilidade para a ação penal.

d) A referida representação deveria ter sido necessariamente dirigida ao

Ministério Público (MP).

e) Se a representação apresentar qualquer falha, a autoridade que a

recebeu não poderá providenciar, por outros meios, a apuração do fato.

Letra B

8 - (Prova: CESPE - 2009 - TRE-MA - Analista Judiciário - Área Judiciária / Direito Penal / Lei nº 4.898-1965 - abuso de autoridade; Lei nº 7.492-

1986 - Crimes contra o sistema financeiro nacional; )

Com respeito aos crimes de abuso de autoridade e contra as finanças

públicas, assinale a opção correta.

a) Constitui abuso de autoridade qualquer atentado ao sigilo de

correspondência, ao livre exercício de culto religioso e à liberdade de

associação.

b) Compete à justiça militar processar e julgar militar por crime de abuso

de autoridade, quando praticado em serviço.

c) Constitui conduta típica autorizar a assunção de obrigação, nos dois últimos quadrimestres do último ano do mandato ou legislatura, ainda

que a despesa possa ser paga no mesmo exercício financeiro.

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d) No delito de prestação de garantia graciosa, o sujeito passivo é apenas

a União, uma vez que, no âmbito das demais unidades da Federação,

inexiste possibilidade de prestar essa garantia.

e) Ordenar a colocação, no mercado financeiro, de títulos da dívida

pública, devidamente criados por lei, mas sem registro no sistema centralizado de liquidação e de custódia, não constitui crime, mas mera

infração administrativa.

Letra A

9 - (Prova: CESPE - 2009 - DPE-ES - Defensor Público / Direito Penal / Lei

nº 4.898-1965 - abuso de autoridade; )

A respeito do crime impossível, da execução da pena e dos

delitos em espécie, julgue os itens subsequentes.

O delegado de polícia que efetua a prisão de determinado cidadão e não a

comunica ao juiz competente comete o delito de abuso de autoridade. No

entanto, a autoridade judicial que não ordena o relaxamento de prisão ou detenção ilegal que lhe tenha sido comunicada pratica apenas infração

administrativa.

( ) Certo ( ) Errado

Letra E

10 - (Prova: CESPE - 2007 - TSE - Analista Judiciário - Área Judiciária /

Direito Penal / Lei nº 4.898-1965 - abuso de autoridade; )

Determinado juiz foi denunciado perante o tribunal de justiça por prática do crime de abuso de autoridade. De acordo com a denúncia, o juiz

invadiu a sala de aula do colégio de seu filho e ofendeu a professora por

ter retirado a criança da sala de aula. No momento da invasão, afirmou

que a professora não poderia retirar o filho de um juiz e, portanto, de uma autoridade da sala de aula. A professora, então, tentou explicar os

procedimentos da escola, mas o juiz, proferindo palavras de baixo calão,

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mandou-a calar a boca, sob pena de prisão em flagrante delito. A

denúncia contra o juiz foi oferecida um ano e três meses após o

cometimento do delito, e a pena máxima a que ele pode ficar submetido,

de acordo com a lei, é de 6 meses de detenção. Considerando a situação hipotética acima e a legislação e doutrina sobre o crime de abuso de

autoridade, assinale a opção correta.

a) O delito cometido tem duplo sujeito passivo: o sujeito passivo imediato

- a professora - e o sujeito passivo mediato - o Estado, titular da

administração pública.

b) O delito de abuso de autoridade cometido é crime ao qual se aplicam

os institutos despenalizadores como a transação penal, razão pela qual tal

benefício deve ser oferecido ao juiz antes do recebimento da denúncia.

c) Como a lei que prevê os crimes de abuso de autoridade fez expressa

referência ao prazo prescricional de um ano, não se aplica ao caso o prazo

do Código Penal, estando, portanto, prescrita a pretensão punitiva do

Estado.

d) É possível punir o juiz pela prática do crime culposo de abuso de

autoridade.

Letra A

11 - (Prova: CESPE - 2011 - PC-ES - Delegado de Polícia - Específicos /

Direito Penal / Lei nº 4.898-1965 - abuso de autoridade; )

Com relação às legislações pertinentes aos crimes de abuso de autoridade, lavagem de capitais e tortura, bem como à lei que disciplina os procedimentos relativos às infrações de menor

potencial ofensivo, julgue os itens :

Considere a seguinte situação hipotética. As enfermeiras Alda e Alice foram apontadas como autoras de uma

omissão de socorro na forma prevista na parte especial do Código Penal.

Ao receber o termo circunstanciado, o promotor de justiça ofereceu propostas de transação penal para cada uma das profissionais. Apenas

Alda aceitou a proposta e cumpriu as obrigações impostas. Alice alegou

que era inocente e não aceitou a transação penal. Oferecida a denúncia e

proposta a suspensão condicional do processo, sob o mesmo argumento, Alice não aceitou o benefício. Concluída a instrução criminal em relação a

esta, colheram-se provas suficientes da culpabilidade das duas

enfermeiras em relação ao crime de omissão de socorro.

Nessa situação hipotética, somente caberá a condenação a Alice, sendo que em relação Alda, que concordou com a transação penal, não se

imporá qualquer sanção.

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( ) Certo ( ) Errado

Letra C

12 - CESPE - A lei nº 4.898 de 9 de dezembro de 1965, regula o Direito

de Representação e o processo de Responsabilidade Administrativa Civil e

Penal, nos casos de abuso de autoridade. Assim, o direito de

representação e o processo de responsabilidade administrativa civil e

penal, contra as autoridades que, no exercício de suas funções,

cometerem abusos, são regulados pela presente lei. Dessa forma,

constitui abuso de autoridade qualquer atentado:

A) à violabilidade do domicílio.

B) à liberdade de locomoção.

C) aos direitos e garantias sociais assegurados ao exercício do voto

indireto.

D) aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício profissional,

mediante autorização legal.

E) à liberdade de associação e a obrigatoriedade de manter-se associado.

Letra B

13 - (CESPE/ESCRIVÃO/TOCANTINS/2008)

A prática de um crime definido como abuso de autoridade sujeitará o seu

autor à sanção administrativa, civil e penal, aplicadas, cumulativamente,

pelo juiz que presidiu o processo de natureza criminal.

() certo () errado

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As sanções para os autores de abuso de autoridade, que responderão civil, administrativamente e

penalmente; podem ocasionar em penas que serão aplicadas sozinhas ou cumulativamente.

No caso da Polícia Federal, por exemplo, a sanção administrativa é apurada pela Corregedoria de Polícia. Na esfera administrativa, a sanção é apurada pela através de Ação Civil Pública.

Na mais gravosa que é a esfera penal a ação penal é fomentada pelo Ministério Público por denúncia.

Fiz questão de mostrar para vocês que apesar da apuração ser em esferas diferentes, o autor do abuso poderá responder nas três cumulativamente.

§ 1º A sanção administrativa será aplicada de acordo com a gravidade do abuso cometido e consistirá em:

a) advertência;

b) repreensão;

c) suspensão do cargo, função ou posto por prazo de cinco a cento e oitenta dias, com perda de

vencimentos e vantagens;

d) destituição de função;

e) demissão;

f) demissão, a bem do serviço público.

§ 2º A sanção civil, caso não seja possível fixar o valor do dano, consistirá no pagamento de uma indenização

de quinhentos a dez mil cruzeiros.

Tal sanção hoje em dia não é posta em prática com esses valores que estão prescritos, pois a moeda não mais existe no Brasil. O que o juízo Cível faz é estipular um valor pelos danos morais com um valor

correspondente ao dano.

§ 3º A sanção penal será aplicada de acordo com as regras dos artigos 42 a 56 do Código Penal e consistirá

em:

a) multa de cem a cinco mil cruzeiros;

b) detenção por dez dias a seis meses;

c) perda do cargo e a inabilitação para o exercício de qualquer outra função pública por prazo até três

anos.

Errado

BOM ESTUDO!!!