augusto comte e o positivismo

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AUGUSTO COMTE Profª. – Fatima Freitas

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Biografia, Positivismo, Lei dos três estados, Positivismo no Brasil, Obras de Comte

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Page 1: Augusto comte e o positivismo

AUGUSTO COMTE

Profª. – Fatima Freitas

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Augusto Comte nasceu em Montpellier, no dia 19 de janeiro de 1798.

Em 1807, aos nove anos de idade é internado no Liceu de Montpellier.

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DE 1814 AOS 16 ANOS INGRESSA NA ESCOLA POLITÉCNICA DE PARIS

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Auguste Comte fez seus primeiros estudos em Montpellier, sua cidade natal.

Em Paris, ingressou na Escola Politécnica, mas com o fechamento temporário da escola, em 1816, voltou a Montpellier para continuar seus estudos na faculdade de medicina.

No ano seguinte, voltou a estudar em Paris, mas foi expulso da Escola Politécnica, passando a realizar pequenos trabalhos para sobreviver.

Ainda em 1817, tornou-se secretário do filósofo socialista Saint-Simon, que o apresentou ao mundo intelectual francês.

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A FILOSOFIA POSITIVA

O Positivismo é uma corrente sociológica cujo precursor foi o francês Auguste Comte.

Surgiu com o desenvolvimento sociológico do Iluminismo e das crises social e moral do fim da Idade Média e do nascimento da socidade industrial.

Propõe à existência humana valores completamente humanos, afastando-se radicalmente da teologia ou da metafísica.

Assim, o Positivismo - na versão comteana - associa uma interpretação das ciências e uma classificação do conhecimento a uma ética humana, desenvolvida na segunda fase da carreira de Comte.

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A visão positiva dos fatos abandona a consideração das causas dos fenômenos (deus ou natureza) e torna-se pesquisa em suas leis, vistas como relações abstratas e constantes entre fenômenos observáveis.

Tendo por método dois critérios, o histórico e o sistemático, outras ciências abstratas antes da Sociologia, segundo Comte, haviam atingido a positividade: a Matemática, Astronomia, a Física, a Química e a Biologa.

Comte usaria da observação, da experimentação, da comparação, da classificação e da filiação histórica como método para a obtenção dos dados reais.

O espírito positivo, segundo Comte, tem a Ciência como investigação do real.

O Positivismo teve grande repercussão na segunda metade do século XIX, mas perdeu influência no século XX para outras correntes de pensamento.

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A LEI DOS TRÊS ESTADOS

O alicerce fundamental da obra comtiana é, indiscutivelmente, a "Lei dos Três Estados", tendo como precursores nessa idéia seminal os pensadores Condorcet e, antes dele, Turgot.

Segundo o marquês de Condorcet, a humanidade avança de uma época bárbara e mística para outra civilizada e esclarecida, em melhoramentos contínuos e, em princípio, infindáveis - sendo essa marcha o que explicaria a marcha da história.

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A partir da percepção do progresso

humano, Comte formulou a Lei dos Três Estados. Observando a evolução das concepções intelectuais da humanidade, Comte percebeu que esta evolução passa por três estados teóricos diferentes:

No primeiro, estado 'teológico' ou 'fictício', os fatos observados são explicados pelo sobrenatural, ou seja, as idéias baseadas no sobrenatural são usadas como ciência.

Ainda nesta fase, a sociedade se encontra em uma estrutura militar fundamentada na propriedade e na exploração do solo.

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No segundo, estado metafísico ou abstrato , já se encontram as idéias naturais, mas ainda há a presença do sobrenatural nas ciências.

A indústria já se expandiu mas não totalmente, a sociedade já não é francamente militar. Pode-se dizer que este estado serve apenas de intermediário entre o primeiro e o terceiro.

No terceiro, estado científico ou positivo, em que ocorre o apogeu do que os dois anteriores prepararam progressivamente. Neste, os fatos são explicados segundo leis gerais de ordem inteiramente positiva.

A indústria torna-se preponderante, tendo como atividade única e permanente a produção.

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Auguste Comte preocupou-se com a constituição de um sistema de valores adaptado à civilização industrial, que então começava valorizando o ser humano, a paz e a concórdia universal.

Para desenvolver esse sistema procurou fundar a Sociologia e, para tanto estudou as ciências "abstratas".

Já imerso na elaboração da doutrina do positivismo, Comte publicou em 1822 seu "Plano de trabalhos científicos necessários para reorganizar a sociedade".

Dois anos mais tarde, rompeu com Saint-Simon, pois as doutrinas dos dois eram incompatíveis. Neste período casou-se com Caroline Massin, de quem se divorciaria em 1842.

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Em 1826: Comte tenta o suicídio e foi internado numa clínica de saúde mental, para tratar-se de problemas psiquiátricos.

Em 1830 iniciou a publicação de seu "Curso de Filosofia Positiva", que seria concluída doze anos mais tarde.

Em 1844 publica o “Discurso sobre o Espírito Positivo”, e conhece seu grande amor e musainspiradora Clotilde de Vaux.

Em1846 com a morte de Clotilde e Comte a transforma no gênioinspirador de uma nova religião.

Clotilde de Vaux

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Segundo Comte, o ser humano é

"total", isto é, uma realidade completa e o seu sistema deve referir-se à totalidade humana: afetiva, intelectual e prática, individual e coletiva etc.

Comte concluiu - na obra Sistema de Política Positiva (1851-1854) - que deveria criar uma religião: afinal, para ele, as religiões não se caracterizam pelo sobrenatural, pelos "deuses", mas sim pela busca da unidade moral humana.

Daí o surgimento de uma religião agnóstica ou sem deus, a Religião da Humanidade.

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O POSITIVISMO NO BRASIL

O positivismo teve influência fundamental nos eventos que levaram à Proclamação da República no Brasil, destacando-se o Coronel Benjamim Constant.

A conformação atual da bandeira do Brasil é um reflexo dessa influência na política nacional, procura indicar ao mesmo tempo a continuidade social do Brasil (o retângulo verde e o rombo amarelo) e a mudança (ou seja, o avanço) de regime político que então se operava no país (a esfera armilar).

Na bandeira lê-se a máxima política positivista Ordem e Progresso, surgida a partir da divisa comteana O Amor por princípio e a Ordem por base, e o Progresso por fim.

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Houve no Brasil dois tipos de positivismo: um positivismo ortodoxo, mais conhecido, ligado à Religião da Humanidade e apoiado pelo discípulo de Comte Pierre Laffitte, e um positivismo heterodoxo, que se aproximava mais dos estudos primeiros de Augusto Comte que criaram a disciplina da Sociologia e apoiado pelo discípulo de Comte Émile Littré.

Hoje os positivistas são em número reduzido, mas se reúnem no Clube Positivista no Rio de Janeiro, no Templo da Religião da Humanidade no bairro da Glória, na rua Benjamim Constant, e ainda está sendo reativada a Capela no Rio Grande do Sul.

A Igreja e o Clube são dirigidas pelo engenheiro Danton Voltaire Pereira de Souza, e tem experimentado um momento de reavivamento do interesse, na imprensa, revistas e comunidades acadêmicas.

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No Brasil a influência do positivismo de Comte traduziu-se não só no ideário de nossos republicanos, mas nas ações políticas que acompanharam a Proclamação da República. Entre elas citamos:

a separação entre igreja e Estado, o estabelecimento do casamento civil, o fim do anonimato na imprensa e a reforma educacional proposta por

Benjamin Constant, um dos mais influentes positivistas brasileiros.

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Principais Obras Curso de Filosofia Positiva, em 6 volumes

(1830-1842) (em 1848 foi renomeado para Sistema de Filosofia Positiva) Opúsculos de Filosofia Social (1816-1828)

Sistema de Política Positiva, em 4 volumes (1851- 1854)

Discurso sobre o conjunto do Positivismo (1848)

Catecismo Positivista (1852) Apelo aos Conservadores (1855) Síntese Subjetiva (1856) Correspondência, em 8 volumes (1816-1857)

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Dia 5 de setembro de 1857 faleceu em Paris

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Sociologia para o ensino médio – Dácio Tomazzi.

Introdução à Sociologia – Pérsio Santos Oliveira.