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AUDITORIA INDEPENDENTE: “CAMPO GRANDE OU CAMPO PEQUENO?” Ana Gonçalves de Oliveira * Dr. José Manfroi ** RESUMO Nunca fora dada tanta importância ao papel do auditor independente no Brasil quanto nos últimos anos. Em decorrência do crescimento econômico e da credibilidade alcançada internacionalmente, as portas para os investidores foram abertas e, por essa razão, aumentou-se a necessidade do fornecimento de informações transparentes, através de demonstrações contábeis confiáveis e atestadas pelo auditor, constituindo assim, um mercado promissor para a auditoria. Mediante esse cenário, surge a curiosidade de analisar o mercado campo-grandense, discorrendo sobre seu momento atual, dos problemas que os auditores atravessam para se manter no mercado, as tendências e o que se pode esperar dos futuros profissionais que a cada ano estão sendo lançados no mercado. Para chegar às conclusões mais próximas da realidade, houve a necessidade do uso de métodos de pesquisa bibliográfica. A partir daí, notou-se a inexistência de matérias publicadas que contivessem dados sobre o mercado da auditoria em Campo Grande/MS. Dessa forma, recorreu-se às pesquisas de campo com três grupos: primeiro, entrevistas com profissionais de renome que atuam ou já atuaram na área da auditoria; segundo, junto às universidades através de pesquisas com os acadêmicos que se formaram em 2008 e, em terceiro, com as grandes empresas estabelecidas na cidade. A pesquisa com as empresas foi de certa forma prejudicada, pois a maioria não possuía permissão para responder aos questionários devido a regulamentos internos. Porém, aquelas que responderam, confirmaram as hipóteses levantadas e foram consoantes com as entrevistas dadas pelos profissionais. Palavras-chave: Auditoria Independente, Auditoria Contábil, Campo Grande, mercado. INTRODUÇÃO Com o crescimento econômico e credibilidade no mercado internacional alcançado gradativamente nos últimos anos pelo Brasil, nota-se que a classe empresarial vem transformando seu comportamento passivo para competitivo. * Autora Contadora - sócia da Audita – Auditoria e Contabilidade S/S Ltda. Bacharel em Ciências Contábeis Universidade Católica Dom Bosco – UCDB ** Orientador Professor da Universidade Católica Dom Bosco – UCDB Doutorado em Educação - UNESP

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Page 1: Auditoria Independente Campo Grande(2)

AUDITORIA INDEPENDENTE: “CAMPO GRANDE OU CAMPO PEQUENO?”

Ana Gonçalves de Oliveira* Dr. José Manfroi**

RESUMO Nunca fora dada tanta importância ao papel do auditor independente no Brasil quanto nos últimos anos. Em decorrência do crescimento econômico e da credibilidade alcançada internacionalmente, as portas para os investidores foram abertas e, por essa razão, aumentou-se a necessidade do fornecimento de informações transparentes, através de demonstrações contábeis confiáveis e atestadas pelo auditor, constituindo assim, um mercado promissor para a auditoria. Mediante esse cenário, surge a curiosidade de analisar o mercado campo-grandense, discorrendo sobre seu momento atual, dos problemas que os auditores atravessam para se manter no mercado, as tendências e o que se pode esperar dos futuros profissionais que a cada ano estão sendo lançados no mercado. Para chegar às conclusões mais próximas da realidade, houve a necessidade do uso de métodos de pesquisa bibliográfica. A partir daí, notou-se a inexistência de matérias publicadas que contivessem dados sobre o mercado da auditoria em Campo Grande/MS. Dessa forma, recorreu-se às pesquisas de campo com três grupos: primeiro, entrevistas com profissionais de renome que atuam ou já atuaram na área da auditoria; segundo, junto às universidades através de pesquisas com os acadêmicos que se formaram em 2008 e, em terceiro, com as grandes empresas estabelecidas na cidade. A pesquisa com as empresas foi de certa forma prejudicada, pois a maioria não possuía permissão para responder aos questionários devido a regulamentos internos. Porém, aquelas que responderam, confirmaram as hipóteses levantadas e foram consoantes com as entrevistas dadas pelos profissionais.

Palavras-chave: Auditoria Independente, Auditoria Contábil, Campo Grande,

mercado.

INTRODUÇÃO

Com o crescimento econômico e credibilidade no mercado internacional

alcançado gradativamente nos últimos anos pelo Brasil, nota-se que a classe

empresarial vem transformando seu comportamento passivo para competitivo.

* Autora Contadora - sócia da Audita – Auditoria e Contabilidade S/S Ltda. Bacharel em Ciências Contábeis Universidade Católica Dom Bosco – UCDB ** Orientador Professor da Universidade Católica Dom Bosco – UCDB Doutorado em Educação - UNESP

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2

Essa mudança de visão requer cada vez mais informações confiáveis

para tomadas de decisões por parte das empresas. Essas informações são obtidas

através das demonstrações financeiras, que por sua vez, necessitam de

profissionais competentes para atestá-las. Esse profissional é o auditor.

Os rumores é que em nosso país o mercado para o auditor independente

é promissor. Para o professor José Rojo Alonso1, do escritório de auditoria Alonso,

Barretto & Cia. – Auditores Independentes, a Auditoria Independente é “uma

atividade que se tem expandido em função do crescimento das companhias abertas,

do aumento de investidores estrangeiros e da atuação de órgãos reguladores de

valores mobiliários”.

Porém, esse mercado é realmente promissor em todo o país? O Brasil é

um país imenso, com grandes contrastes, quer seja a nível cultural quanto

econômico. As grandes empresas, que são as principais interessadas no serviço da

auditoria independente, se aglomeram em determinadas regiões. Dessa forma, o

campo promissor para o auditor independente não deve ser tão uniforme em todo o

país.

O Estado de Mato Grosso do Sul, especificadamente a cidade de Campo

Grande, é o objeto dessa análise. Campo Grande é a capital do Estado e vem

crescendo a passos largos: população crescente e respectivamente o números de

empresas e investidores. Essas rápidas e grandes transformações têm tomado os

profissionais da cidade desprevenidos, tendo que enfrentar vários problemas para

acompanhar essa evolução e atender a demanda.

1 A IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA INDEPENDENTE

William Attie2, em seu livro “Auditoria – Conceitos e Aplicações” relata

sobre a evolução e importância da auditoria em nosso país. O autor diz que:

A evolução da auditoria no Brasil está primariamente relacionada com a instalação de empresas internacionais de auditoria independente, uma vez que investimentos também internacionais foram aqui implantados e compulsoriamente tiveram de ter suas demonstrações financeiras auditadas.

1 ALONSO, José Rojo. Exame do CFC qualifica auditores independentes. Disponível em: <http:// www. cenofisco.com.br/otributario/default.asp?ediçao_id=15&edição_numero=15&noticia_id=133>. Acesso em 18 de junho de 2008. 2 ATTIE, Willianm. Auditoria – Conceitos e Aplicações. 3. ed. São Paulo: Editora Atlas S/A, 2000.

Page 3: Auditoria Independente Campo Grande(2)

3

Assim, ele afirma que as principais influências para o desenvolvimento da

auditoria no Brasil, foram os investimentos de capitais estrangeiros, o crescimento

das empresas brasileiras, evolução do mercado de capitais e a criação da Lei das

Sociedades Anônimas em 1976.

Esses foram alguns dos fatores relevantes para a valorização do auditor

independente no Brasil.

Atualmente, o papel do auditor não se limita apenas em expressar uma

opinião sobre as demonstrações financeiras da empresa através do parecer. O

mercado atual espera um desempenho mais acentuado do profissional, de certa

forma que venha a contribuir mais diretamente com as tomadas das decisões das

empresas. Essa necessidade se deve aos seguintes fatores:

1.1 Transparência e veracidade das informações da situação econômico-

financeira divulgadas pelas empresas.

As companhias de capital aberto, chamadas S/A, possuem a necessidade

de pleitear recursos junto a investidores. Por essa razão, elas são obrigadas a

divulgarem anualmente as suas demonstrações contábeis.

Outros tipos de entidades divulgam suas demonstrações com o parecer

do auditor independente por outras razões. É o caso do Terceiro Setor, que precisa

divulgá-las e encaminhá-las aos órgãos públicos visando atender as normas para

que continuem figurando como entidades sem fins lucrativos e, conseqüentemente,

permanecendo com os benefícios fiscais a elas oferecidos pela legislação.

Neste cenário, aparece a figura do contador e do auditor. O contador

prepara as demonstrações dentro dos princípios e normas contábeis, enquanto que

o auditor se certifica da veracidade das mesmas através de determinadas técnicas e

procedimentos.

As demonstrações contábeis constituem em informações de suma

importância. São elas que dão para os investidores, o diagnóstico preciso da

situação patrimonial e financeira da empresa na hora de tomarem suas decisões,

prenunciando inclusive o seu futuro: sucesso ou fracasso. No caso das entidades do

Terceiro Setor, o auditor pode atestar se os recursos disponibilizados estão sendo

investidos realmente nos objetivos propostos.

Os usuários das demonstrações contábeis podem ser internos ou

externos à entidade e com interesses diversificados, porém, é no mercado de ações

Page 4: Auditoria Independente Campo Grande(2)

4

que um parecer de auditoria incorreto pode provocar os maiores estragos na

estrutura econômica até mesmo em escala mundial.

De um modo geral pode-se pensar que o serviço do auditor é

essencialmente técnico, burocrático e capitalista pelo fato de estar relacionado com

entidades que visam riquezas, lucros e competitividade. Porém, basta recordarmos

da crise de 1929, com a quebra da bolsa de valores de Nova Iorque, para saber da

responsabilidade do trabalho do auditor junto à sociedade. A crise refletiu

diretamente e duramente na vida das pessoas. Ocasionou desempregos, fome,

agrediu a saúde, moradia, educação e, principalmente, o estado de espírito delas,

sua dignidade, refletindo nos seus alicerces, mudando vidas e desfazendo sonhos.

Todo esse estrago foi ocasionado simplesmente pela falta de diagnósticos claros e

consistentes das demonstrações financeiras das entidades.

Evidentemente não se pode culpar exclusivamente os auditores pelo

ocorrido em 1929, mas fica claro que a classe contábil estava desestruturada e

despreparada para acompanhar a evolução econômica que se fazia na época. Foi a

partir desta crise que a classe começou a correr atrás do prejuízo, procurando

aprimorar o sistema contábil para atender com mais precisão os usuários das

informações e foi onde a auditoria independente tornou-se obrigatória. Porém, se

realmente tivesse havido um diagnóstico preciso, claro e real das empresas e sua

respectiva divulgação, com certeza poderia ter sido evitado muitos males.

Os erros do passado podem servir para prevenir erros do futuro.

Entretanto, parece que não é isso o que tem acontecido. Escândalos envolvendo

grandes empresas, tais como WorldCom, Parmalat e Bombril, contribuíram para a

perda da credibilidade das informações contábeis. O caso Enron3 é outro exemplo. A

empresa forneceu informações irreais aos seus investidores, ocasionando a sua

falência e refletindo, no mínimo, na vida de seus 21.000 empregados. Pergunta-se:

aprendemos?

1.2 Cenário evolutivo nas transações entre as entidades

Com a mesma rapidez que o mundo vem passando por grandes

transformações nas últimas décadas, seja na área cultural, comportamental ou

3 A Enron Corporation ficava no Texas e era uma grande companhia de energia. A empresa pediu concordata em dezembro de 2001 com uma dívida de 13 bilhões. Ela havia sido alvo de denúncias de fraudes contábeis e com isso levou consigo a Arthur Andersen que fazia a sua auditoria. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Enron>. Acesso em 31 de janeiro de 2009.

Page 5: Auditoria Independente Campo Grande(2)

5

estrutural, o reino econômico vem evoluindo nas transações entre as entidades.

Esse cenário requer adequações da área contábil no Brasil visando uma

padronização internacional para atender aos usuários externos que procuram

investir no país.

Com a globalização e o dinamismo existente no mundo, as relações

comerciais quebram as barreiras culturais exigindo rapidez e agilidade nas

informações e decisões. Sílvio Aparecido Crepaldi4 afirma que “as organizações

passaram por três fases durante o século XX: a era industrial clássica, a era

industrial neoclássica a era da informação”. Assim, o mercado navega na alta

tecnologia, rapidez e informação.

O Brasil encontra-se na tendência do mercado, abrindo suas portas e

expandindo-se. Dessa forma, torna-se necessário a adequação de informações para

suprir as exigências dos investidores externos. O passo importante e inevitável tem

sido a adequação às Normas Internacionais de Contabilidade.

As transformações para essas adequações já são uma realidade no

Brasil. Em 28 de dezembro de 2007, entrou em vigor a Lei n°. 11.6385, que provocou

alterações na Lei n°. 6.404/76 (Lei das Sociedades Anônimas)6.

Essas alterações, não apenas trouxeram transformações na forma

tradicional da apresentação das demonstrações contábeis, como também ampliou o

mercado para o auditor independente devido às novas exigências.

Apesar de saber que essas transformações eram imprescindíveis, o que

se nota é que elas vieram com uma rapidez não esperada. Assim, o contador e o

auditor estão correndo atrás para acompanhar essas evoluções, contudo, fica

evidente a carência de auditores capacitados no mercado.

1.3 Exigências da nova Lei 11.638 de 28/12/2007

Mas o que realmente tem de tão inovador na Lei 11.638/2007?

Uma das grandes novidades e que tem aberto muito mais o mercado para

os auditores, é que antes da nova Lei, apenas as sociedades anônimas tinham a

4 CREPALDI, Sílvio Aparecido. Contabilidade – Auditoria: Origem, evolução e desenvolvimento da auditoria. Disponível em: <http://www.netlegis.com.br/indexRC.jsp?arquivo=/Destaquesjsp&cod = 8157> Acesso em 20 de agosto de 2008. 5 BRASIL. Lei n°. 11.638, de 28 de dezembro de 2007. Altera e revoga dispositivos da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e da Lei no 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e estende às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e divulgação de demonstrações financeiras. 6 ______. Lei n°. 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações.

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6

obrigatoriedade de divulgar as demonstrações contábeis com o respectivo parecer

do auditor independente. Agora, as empresas limitadas também passaram a ter a

obrigatoriedade de se submeter à auditoria e de divulgar as suas demonstrações

contábeis.

Pela nova lei, as companhias limitadas que possuem ativos acima de R$

240 milhões ou receitas acima de R$ 300 milhões, estão obrigadas a preparar

demonstrações contábeis da mesma forma das sociedades anônimas.

Outra mudança importante da Lei 11.638/2007 é que ela vem quebrar

aquele conceito tradicional e de visão pequena de que a contabilidade era feita

pensando muito mais em atender ao Fisco e, em segundo plano, para ser usada

como ferramenta gerencial e tomada de decisões.

O momento é de adaptação à nova Lei, tanto por parte dos contadores,

como dos auditores e Fisco. Nesse período surgirão vários questionamentos quanto

à nova estrutura das demonstrações contábeis, mas a intenção primordial é a de

suprir os usuários com informações claras, precisas, confiáveis e nos moldes

internacionais, de tal forma que qualquer usuário, esteja onde estiver, possa tomar

suas decisões entendendo as demonstrações das empresas brasileiras.

2. O MERCADO DA AUDITORIA INDEPENDENTE NO BRASIL

É final de 2008 e uma senhora comenta na fila do caixa de um grande

supermercado: “Vim comprar uma televisão e eles pediram a minha Declaração de

Imposto de Renda. Liguei para o meu “Guarda-Livros” para que providenciasse “... O

Brasil é assim, um contraste! As transformações ocorrendo de forma rápida, o

mercado para o profissional contábil pedindo contadores participativos, consultores e

assessores contábeis, controller e auditores e, enquanto isso, alguns ainda estão

com a visão do contador “guarda-livros”!

Com tantas mudanças ocorrendo em território brasileiro na área

econômica e legislativa é certo afirmar que o mercado para o auditor independente

está em alta e a mão-de-obra qualificada escassa.

As coisas acontecem de forma tão inesperada no mundo globalizado que

até setembro/2008 podíamos afirmar que o crescimento mundial e do Brasil teria

reflexos positivos para a auditoria. Hoje, após quatro meses, devido à crise que se

rompeu nos EUA afetando todas as economias do mundo, não se pode afirmar qual

Page 7: Auditoria Independente Campo Grande(2)

7

será o quadro: de retração, paralisação ou avanço para as empresas e

respectivamente para os profissionais.

Mas ainda assim, nessa incerteza econômica, as tendências para o

mercado da auditoria são boas. Seja qual for à situação, economia crescente ou

estagnada, ainda assim as informações confiáveis e atestadas por um auditor são

necessárias para que os investidores e empresas tomem posições e reajam. Com

relação ao mercado da auditoria, o auditor da BDO Trevisan e diretor de

Desenvolvimento Profissional do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil

(Ibracon), Paulo Ricardo Alaniz7 afirma: "Nos últimos anos, tivemos um crescimento

de demanda muito forte por auditores. As empresas precisam investir em

treinamento para suprir essa carência."

Em pesquisa recente, a RCS Brasil, empresa especializada em

consultoria e auditoria, “constatou que o país conta com apenas um auditor para

cada 24.600 pessoas”. Para se ter uma idéia, ela compara que na Holanda, “a

relação é de um para cada 900”8. A oferta de auditores não acompanha a demanda.

A idéia que se tem é de que nas grandes e ricas regiões econômicas do

Brasil, mais precisamente nas regiões Sul e Sudeste, os formandos em Ciências

Contábeis são atraídos para a área da auditoria devido às grandes possibilidades de

crescimento na carreira. É nessas regiões também que se concentram as grandes

empresas de auditoria do país com abrangência à nível nacional e internacional.

O mercado requer muitos profissionais e a mão de obra qualificada é

escassa para atender a demanda, porém, quais são as características que o

mercado exige para que um auditor seja bem sucedido nessa carreira?

As características básicas são: ser observador, cuidadoso, cumpridor de

regras, disciplinado, desinibido, senso crítico, segurança, estar sempre atualizado

com o mercado e legislação, possuir registro no CRC, (Conselho Regional de

Contabilidade), CNAI (Cadastro Nacional de Auditores Independentes) e no caso de

realização de auditoria em companhias abertas, ter o registro na CVM (Comissão de

Valores Mobiliários). Para atuar em auditorias de grandes empresas é imprescindível

falar inglês fluentemente.

7 JORNAL DO COMÉRCIO. Informações Contábeis são raio-x da empresa. Disponível na internet: <http://www.sesconms.org.br/not_ler.asp?codcat=2&codigo=3063>. Acesso em 24 de janeiro de 2009. 8 ARECHAVALETA, Fernanda. Nova Lei das S/A gera oportunidades para carreira de auditor. Notícias de 04 de julho de 2008. Disponível em: <http://www.sesconms.org.br/not ler.asp?codcat=2& Código=3228>. Acesso em 10 de outubro de 2008.

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8

O campo da auditoria procura também profissionais éticos e versáteis,

que tenham uma visão de conjunto cultural-profissional. As expectativas técnicas

esperadas pelo profissional é a informação direta e objetiva dos riscos para o

investidor.

O grande filé da auditoria está voltado para as companhias de capital

aberto, porém, há outros segmentos que necessitam de auditores independentes:

Administração Direta, Prefeituras, Universidades, Clubes Esportivos e Sociais,

Fundações e Associações sem fins lucrativos, Hospitais, Estatais Estaduais. Os

grandes usuários não se resumem apenas aos investidores. O leque é mais

abrangente: executivos das empresas, financiadores, fornecedores, o Fisco e o

Poder Público.

Ao que tudo indica o campo para a área da Auditoria Independente no

Brasil está aberta e expansiva, mas, o que dizer de Mato Grosso do Sul?

Precisamente em nossa cidade Campo Grande? O Campo é grande mesmo ou

pequeno?

3. O MERCADO DA AUDITORIA INDEPENDENTE EM CAMPO GRANDE (MS)

Campo Grande tem sido considerada uma das capitais que mais cresce

no país. Para se ter uma idéia, segundo dados do IBGE, a população que era de

291.777 habitantes em 1980, passou para 724.524 em 2007. Em menos de três

décadas aumentou 148,3%, conforme gráfico abaixo:

Gráfico 1: Evolução Populacional

Fonte: IBGE

0

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

800000

1940 1950 1960 1970 1980 1991 1996 2000 2007

49.629

57.033

73.258

140.233

291.777

526.126

600.069

663.621

724.524

Page 9: Auditoria Independente Campo Grande(2)

9

A cidade deu uma guinada na década de 80 devido ao desmembramento

do Estado de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, em 11 de outubro de 1977,

tornando assim a capital do recém criado estado de Mato Grosso do Sul.

Dessa forma, Campo Grande passou a apresentar expansões e

progressos nas mais diversas áreas. Com o aumento do número de habitantes,

houve a necessidade de melhorar a sua infra-estrutura, construindo avenidas largas,

praças, melhorando bairros, transportes, a saúde, construindo escolas, e atraindo a

atenção de grandes empresas.

Pode-se dizer que Campo Grande está em fase de expansão e

transformação. Mesmo ainda predominando a atividade de serviços, o comércio tem

se destacado com a vinda de filiais de empresas reconhecidas nacionalmente e até

internacionalmente.

É nesse quadro progressivo que é feita a análise do mercado da auditoria

independente.

Seguindo a lógica, o número de empresas também aumenta para saciar a

demanda da crescente população, porém, a capital não possui muitas indústrias,

segmento esse que comporta as grandes empresas no país. Sobram-se algumas

auditorias que são disputadas pelos poucos profissionais que trabalham nessa área.

Então, qual o panorama do mercado da auditoria independente em

Campo Grande? Os profissionais da área estão estruturados para absorver as

necessidades dessas empresas? As pequenas e médias empresas de nossa cidade

têm acompanhado essa visão de competitividade ao ponto de darem importância a

esse tipo de ferramenta gerencial? As empresas de grande porte ou aquelas que

são obrigadas por força da lei a exibir o parecer do auditor independente buscam

profissionais externos ou de Campo Grande? Essas foram às indagações feitas a

profissionais conceituados da área contábil da cidade.

Os profissionais selecionados para entrevista, foram unânimes em afirmar

que o quadro atual do mercado da auditoria independente em Campo Grande não

tem acompanhado essa positividade vista e sentida pelos grandes centros

econômicos do país. Dessa forma, eles apontam vários problemas enfrentados

pelos auditores locais, tais como:

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10

3.1 Concorrência desleal

Um dos grandes problemas enfrentados pelos auditores de Campo

Grande se deve a concorrência desleal entre os próprios colegas.

O mercado local anda corrompido através de disputas desleais. O

profissional competente faz a proposta de seus serviços e então, outro colega

fornece outra proposta para o cliente com o preço irrisório, sendo que às vezes o

valor dos honorários cobrados é menos da metade daquele cobrado pelo outro

profissional. Dessa forma desvaloriza-se o trabalho.

Esse processo acaba desqualificando os profissionais da região. O

contador Mário Ney Corrêa Anastácio9, ex-presidente do CRC/MS – Gestão 2000 a

2001, perito contábil e professor da Universidade Católica Dom Bosco - UCDB,

afirma que:

O mercado pode vir a ser favorável na medida em que as novas normas, mecanismos legais e as próprias exigências do Fisco venham a fortalecer a nossa profissão, porque o contador não conseguiu demonstrar para a sociedade a sua importância; falhou nesse aspecto. Nós falhamos, por quê? Por conta da falta de lealdade entre os parceiros, entre os colegas.

Ele ainda afirma que o profissional que realiza o serviço de auditoria por

honorários ínfimos, não consegue manter a qualidade, pois uma auditoria não se faz

sozinho. É necessário equipe, custos, estrutura e, cobrando um honorário abaixo do

valor, provavelmente esse profissional fará uma auditoria fora dos padrões, então é

onde aparecem os pareceres de auditores que fingem fazer auditoria.

3.2 Concorrências com grandes empresas de auditoria de outros Estados

Outra “pedra no caminho” que impede o fortalecimento do mercado da

auditoria independente em Campo Grande encontra-se na concorrência dos

profissionais locais com as empresas de auditoria dos grandes centros econômicos.

As grandes entidades locais que poderiam contratar os profissionais da

cidade preferem contratar os profissionais de fora, tais como: Trevisan, Price, etc.

Segundo o contador André Lebarbenchon10, professor, conferencista, conselheiro e

membro do grupo de estudos de perícia contábil do Conselho Federal de

Contabilidade - CFC no período de 1998-2004, diz que: 9 Entrevista exclusiva concedida para o presente artigo em 14/01/2009. 10 Entrevista exclusiva concedida para o presente artigo em 19/01/2009.

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11

[...] as empresas preferem contratar de fora, pagando altos custos por uma marca: PriceWaterhoseCoopers, DirectaBDOTrevisan, entre outras. Além disso, existem algumas associações com escritórios de contabilidade local que se associam com empresas médias de auditoria e disputam mercado aqui no Estado.

A realidade é que a cultura das grandes empresas locais é a procura por

profissionais externos. Um dos fatores que tem contribuído para essa atitude é a de

que suas matrizes localizam-se fora de Campo Grande. Dessa forma, os

encarregados responsáveis pela contratação são da sede, que ficam fora do Estado

ou até mesmo fora do país.

Esse fato restou comprovado através do questionário aplicado junto à

empresa de telecomunicação11 estabelecida na capital, a qual informou que a

contratação dos auditores é realizada pela matriz no estado do Rio de Janeiro e

assim abrange as filiais. A opção pelos profissionais externos também se deve ao

fato dessas empresas de auditoria transmitir maior credibilidade devido a sua

abrangência nacional.

Assim, a grande fatia do mercado fica com as grandes empresas de

auditoria que são muito bem estruturadas, possuem abrangência nacional e que tem

capacidade de invadir mercados.

3.3 Profissionais desestruturados

Os problemas enfrentados pelos profissionais locais dificultam a

estruturação dos serviços de auditoria. Com a fatia mínima do mercado local,

precisam arranjar outras formas de sobrevivência, e assim, a maioria precisa manter

os serviços em outros segmentos da área contábil.

É difícil para uma empresa de contabilidade viver apenas da auditoria.

Fazer investimentos para competir com as grandes e estruturadas empresas de fora

envolve um alto custo e grande risco, porque o retorno pode ser demorado até que

alcance a credibilidade e reconhecimento das entidades.

As grandes empresas que necessitam dos serviços do auditor

independente estão vindo para Campo Grande, porém, o caminho a ser percorrido

pelos profissionais locais é longo.

11 Pesquisa realizada em 20/01/2009.

Page 12: Auditoria Independente Campo Grande(2)

12

Os profissionais ainda precisam se estruturar com relação a sistemas

apropriados para a execução da auditoria e formar equipes técnicas qualificando a

mão de obra.

No mercado local, existe escassez de mão de obra qualificada e as

faculdades não têm preparado esses profissionais à altura do exigente mercado.

O problema da desestrutura das empresas de auditoria da cidade é

confirmado na pesquisa realizada junto à empresa de energia elétrica12 da região.

Questionada sobre qual o motivo que leva a contratar os profissionais de fora, a

mesma respondeu que possui dificuldades em encontrar auditores qualificados e

estruturados em Campo Grande.

Uma grande instituição de saúde13, estabelecida na cidade, também

prefere a contratação de empresa de auditoria de outro Estado.

Outro detalhe a ser verificado é que no estado de Mato Grosso do Sul,

apenas cinco profissionais possuem o registro na Comissão de Valores Mobiliários -

CVM, estando aptos para auditar as companhias abertas, afirma o contador André

Lebarbenchon. Os demais profissionais não buscam esse registro devido ao custo

elevado das taxas anuais e trimestrais e que na maioria das vezes não existe

retorno.

As pequenas e médias empresas não são obrigadas a realizar auditorias,

por isso não fazem uso dessa ferramenta, até porque o custo seria inviável levando-

se em conta a estrutura do negócio. Aqueles que possuem uma visão mais ampla

sobre o mercado, optam pelos serviços de consultores e, geralmente, recorrem ao

SEBRAE. A diferença dos serviços de consultor e auditor, é que o primeiro

apresenta soluções, enquanto que o segundo levanta os problemas e a empresa é

quem as resolve.

Algumas empresas de médio porte, que até teriam condições de contratar

uma auditoria usando essas informações à nível gerencial, muita das vezes

possuem uma visão equivocada dos auditores de que pressupõe uma fiscalização e

com isso surge mais uma barreira.

O contador Wilson Marques Barbosa14, auditor independente, mestre em

contabilidade pela Fundação Getúlio Vargas – FGV, membro do Instituto Brasileiro

de Contadores – IBRACOM, sendo seu delegado em Mato Grosso do Sul,

comentando sobre o assunto, diz que:

12 Pesquisa de campo realizada em 16/01/2009. 13 Pesquisa de campo realizada em 16/01/2009. 14 Entrevista exclusiva para o presente artigo concedida em 25/01/2009.

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13

Para a grande e significativa parcela do empresariado, não conhecem este importante instrumental de gestão. A auditoria para grande parte deste grupamento está vinculada à missão policial, de procurar e provar fraudes, mal versação de recursos e até mesmo nos confundindo com investigadores contratados para investigar crimes pessoais, ou algo que o valha.

Assim, o que fica para o mercado local são as empresas que devem ser

auditadas por alguma razão (obrigação legal, ferramenta gerencial ou as limitadas

enquadradas na Lei 11.638/2007), mas que não há exigência do profissional ser

registrado na Comissão de Valores Mobiliários - CVM. Inclusive em questionários

realizados junto a algumas empresas, a maioria só contrata auditores em virtude de

obrigação legal e não para ser usada como ferramenta gerencial.

4. AS TENDÊNCIAS DO MERCADO DA AUDITORIA INDEPENDENTE EM

CAMPO GRANDE (MS)

Nota-se que o quadro atual da auditoria independente para os

profissionais de Campo Grande não está assim tão colorido como nos grandes

centros econômicos do país.

Muitos profissionais ficaram decepcionados com a auditoria e assim

resolveram lançarem-se em outras áreas do mercado, também sedentas de

profissionais qualificados, tais como: consultoria, assessoria e perícia contábil.

Porém, o que pode ser feito para reverter esse quadro negativo da

auditoria independente em Campo Grande? Quais as perspectivas e tendências?

O primeiro passo já está sendo feito. Reconhecer que os profissionais da

região precisam melhorar em vários pontos.

Um dos problemas reclamados pelos profissionais entrevistados está

localizado na dificuldade encontrada na formação de uma equipe. O mercado tem

carência de mão de obra especializada. Então, o que esperar da nova geração de

formandos 2008 que estão sendo lançados no mercado?

Se levarmos em conta a pesquisa realizada nas universidades de Campo

Grande junto aos acadêmicos formandos 2008, o cenário não é tão positivo para a

auditoria independente.

Campo Grande tem três universidades/faculdade que estavam formando

acadêmicos em Bacharel de Ciências Contábeis em 2008. As pesquisas foram

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14

realizadas nas duas maiores universidades e 61% dos acadêmicos responderam o

questionário.

Atualmente, 63% dos acadêmicos já trabalham na área contábil e desse

total, 72,5% trabalham com a contabilidade de empresas privadas. Apenas 2,5%

atuam no segmento da auditoria.

Com relação ao futuro, os resultados não foram animadores e revelou que

apenas 5% dos acadêmicos têm a intenção de seguir a carreira da auditoria

independente. A maioria, 37%, optou por trabalhar na Contabilidade de empresas

privadas.

Gráfico 2: Perspectiva profissional15

Fonte: Pesquisa realizada com os Formandos/2008 nos dias 10 e 11/11/2008.

Perguntados sobre a pretensão de realizar alguma especialização após o

curso, apenas 16% optaram pela Pós Graduação em Auditoria. Veja o gráfico:

15

C.E.P. Contabilidade Empresas Privadas – 37% A.Ind. Auditoria Independente – 5%

C.B. Contabilidade Bancária – 2% A.I. Auditoria Interna – 5%

C.P. Contabilidade Pública – 13% P.C. Perícia Contábil – 8%

Contr. Controladoia – 10% Cons. Consultoria – 5%

Outros – 15%

C.E.P.37%

C.B.2%C.P.

13%A.In.5%

A.I.5%

P.C.8%

Contr.10%

Cons.5%

Outros15%

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15

Gráfico 3: Áreas de especialização pretendidas16

Fonte: Pesquisa realizada com os Formandos/08 nos dias 10 e 11/11/2008.

Fica claro que a auditoria não atrai os acadêmicos campo-grandenses

recém-formados.

Porém, como o “brasileiro nunca desiste” e já está no sangue à tendência

positiva perante os desafios da vida, há esperança que esse quadro se reverta,

afinal, tudo pode acontecer. Nada é permanente no mundo globalizado.

Para o contador Odácio Pereira Moreira17, presidente do CRCMS na

gestão 2000-2003, ex-presidente do SESCONMS e atual vice-presidente estadual

da Federação de Contabilidade do Centro-Oeste, o futuro pode ser positivo. Ele

prevê que o mercado a cada dia que passa torna-se mais promissor em função da

promulgação da Lei 11.638/2007, a qual abre o leque de empresas que precisarão

serem auditadas. Há também as entidades sem fins lucrativos que possuem o

certificado de filantropia, Terceiro Setor, ONGs, OSCIPs. Todas elas são obrigadas a

contratar os serviços de um auditor independente. O contador Odácio também prevê

que, não só Campo Grande, mas o Estado como um todo será o que mais se

desenvolverá nos próximos dez anos.

16

G.F. Gestão Financeira – 14% P.C. Perícia Contábil – 16%

Cont. Controladoria – 17% Trib. Área Tributária – 30%

Aud. Auditoria – 16% Outros Outros – 7%

17 Entrevista exclusiva concedida para o presente artigo em 20/01/2009.

14

1716 16

30

7

0

5

10

15

20

25

30

G.F. Cont Aud. P.C. Trib. Outros

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16

Outro aspecto importante é que o auditor local precisa saber vender o seu

trabalho, divulgando sua existência, podendo dessa forma, mudar a opção dos

empresários na hora da contratação.

Será um árduo trabalho para os pioneiros, mas o campo poderá ser

preparado para que os profissionais de auditoria de Campo Grande entrem

definitivamente para o rol dos seletos do mercado nacional.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O papel do auditor independente é de suma importância para a

sociedade. Decisões importantes no mercado acontecem com base no seu trabalho.

Essas decisões podem refletir de forma significativa na vida das pessoas e mudar o

cenário a níveis mundiais.

O Brasil está aberto para os investidores externos e devido a vários

fatores, como a promulgação da Lei 11.638/2007, abre-se um mercado cada vez

maior para os auditores independentes.

Campo Grande não tem acompanhado essa tendência de sucesso do

segmento da auditoria. As hipóteses de que os profissionais não estão estruturados

é uma certeza e realidade. O crescimento econômico da cidade, com a vinda de

grandes empresas, bem como as mudanças ocorridas na legislação, pegou os

profissionais locais despreparados para concorrer com as grandes empresas de

auditoria das regiões onde se localizam os grandes centros econômicos.

Fica comprovado que a auditoria independente de Campo Grande

precisa: melhorar, investir, superar, mostrar que tem qualidade, para que a cultura

da procura de profissionais externos efetuados pelas empresas seja mudada.

Dessa forma o mercado poderá tornar-se atraente também para as novas

gerações, que a cada ano se formam e que não vêem futuro promissor no ramo da

auditoria local.

Infelizmente, o atual campo da auditoria independente em Campo Grande

é pequeno, mas existe a esperança, que em um futuro bem próximo, o mercado fará

“jus” ao nome da cidade e será um CAMPO GRANDE!

Page 17: Auditoria Independente Campo Grande(2)

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REFERÊNCIAS

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