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Page 1: Auditoria Alfacastelo _ Moisés Bagagi
Page 2: Auditoria Alfacastelo _ Moisés Bagagi

O objetivo desta matéria é apresentar aos discentes os

fundamentos básicos de auditoria, com a demonstrações das

normas contábeis mais atualizadas, as técnicas aplicáveis e as

questões que envolvem a prevenção de erros e fraudes.

Com aplicação prática, finalmente os discentes estarão

preparados para se situarem e atuarem nas diversas

demandas de auditoria contábil, seja interna ou externa, seja

independente ou não.

Profº Moisés Bagagi

Page 3: Auditoria Alfacastelo _ Moisés Bagagi

I. Fundamentos de auditoria

II. O objeto da auditoria contábil

III. Técnicas de auditoria

IV. Execução das auditorias

V. Finalização da auditoria

Profº Moisés Bagagi

AGENDA

Page 4: Auditoria Alfacastelo _ Moisés Bagagi

4

Auditoria

1. Introdução à auditoria

2. Processo de auditoria

3. Normas de auditoria

4. Parecer de auditoria

I. Fundamentos de auditoria

Page 5: Auditoria Alfacastelo _ Moisés Bagagi

Auditoria

Auditoria é uma especialização contábil voltada a testar a eficiência e

eficácia do controle patrimonial implantado com o objetivo de expressar

uma opinião sobre determinado dado. É uma função independente de

avaliação, estabelecida para examinar e avaliar internamente as atividades

de uma empresa, através de exames minuciosos e sistemático das

atividade desenvolvidas.

O objetivo é aumentar o grau de confiança dos usuários em relação ao

objeto. O objeto, dessa forma, se dará variavelmente conforme o fim a que

se destina ou o que se tem em vista.

Pode ser interna ou externa, contábil, de processos, de gestão, jurídica e

etc.

1. Introdução à auditoria

Page 6: Auditoria Alfacastelo _ Moisés Bagagi

Auditoria

O processo de auditoria precisa seguir uma metodologia rigorosa e ser

executado de maneira sistemática para que o objetivo dos trabalhos

possam ser alcançados.

A partir das afirmações propostas pela empresa, o auditor começa a

trabalhar a análise da afirmação (com revisão analítica, planejamento,

conhecimento e conteúdo do planejamento), seguindo com avaliação da

afirmação (nível de controle interno, subjetividade inerente, integridade,

ponderação da relevância e do risco relativo). Logo adiante, a obtenção

dos elementos comprobatórios (documentos, testes e verificações) e para

poder formar a opinião (parecer) sobre a afirmação.

2. Processo de auditoria

Page 7: Auditoria Alfacastelo _ Moisés Bagagi

Auditoria2. Processo de auditoria

AFIRMAÇÃOANÁLISE DA AFIRMAÇÃO

AVALIAÇÃO DA

AFIRMAÇÃO

OBTENÇÃO DOS ELEMENTOS

COMPROBATÓRIOS

FORMAÇÃO DE OPINIÃO

Page 8: Auditoria Alfacastelo _ Moisés Bagagi

Auditoria

Há padrões técnicos estabelecidos que objetivam qualificação na condução

dos trabalhos de auditoria a fim de garantir atuação consistente

tecnicamente do auditor e de seu parecer, assegurando, a todos aqueles

que dependem de sua opinião, o observação dos requisitos indispensáveis

a um trabalho confiável, rigoroso e ético.

As normas de auditoria (vide bibliografia indicada) diferem dos

procedimentos de auditoria, uma vez que eles se relacionam com as ações

a serem praticadas, conquanto as normas tratam das medidas de

qualidade da execução destas ações e dos objetivos a serem alcançados

através dos procedimentos. As normas dizem respeito não apenas às

qualidades profissionais do auditor, mas também a sua avaliação pessoal

pelo exame efetuado e do relatório emitido.

3. Normas de auditoria

Page 9: Auditoria Alfacastelo _ Moisés Bagagi

Auditoria

1. Ver páginas 55 a 92 do livro Auditoria: Conceito e Aplicações – William

Attie;

2. Ver páginas 243 a 325 do Livro Auditoria Contábil: Teoria e Prática -

Silvio Aparecido Crepaldi;

3. Ver páginas 11 a 35 do livro Fundamentos de Auditoria: Auditoria

Contábil e Outras Aplicações de Auditoria – Ruth Carvalho de Santana

Pinho.

3. Normas de auditoria

Page 10: Auditoria Alfacastelo _ Moisés Bagagi

Auditoria

O processo de auditoria culmina na expressão de um parecer pelo auditor.

O parecer da auditoria é o instrumento pela qual o auditor expressa sua

opinião, com observância às normas de auditoria, após a realização de

todo o trabalho de campo.

A emissão do parecer reflete o entendimento do auditor acerca dos dados

em exame, de uma forma padrão e resumida que dê, aos leitores, em

geral, uma noção exata dos trabalhos que realizou e o que concluiu.

O parecer do auditor pode ser de concordância sem ressalvas, de

concordância com ressalvas, de parecer adverso e abstenção de opinião,

conforme as normas e resoluções do CFC.

4. Parecer de auditoria

Page 11: Auditoria Alfacastelo _ Moisés Bagagi

11

Auditoria

1. Demonstrações contábeis

2. Princípios de contabilidade

3. Controles internos

II. O objeto da auditoria contábil

Page 12: Auditoria Alfacastelo _ Moisés Bagagi

Auditoria

O objeto da auditoria é o conjunto de todos os elementos de controle do

patrimônio administrado, os quais compreendem registros contábeis,

papéis, documentos, fichas, arquivos e anotações que comprovem a

legitimidade dos autos da administração, bem como sua sinceridade na

defesa dos interesses patrimoniais.

Pode inclusive, ter por objeto fatos não registrados documentalmente, além

de informações obtidas fora da empresa, como contas de terceiros e

saldos bancários, desde que, estas informações estejam relacionadas

àqueles que exercem administração do patrimônio e mereçam confiança

por parte dos auditores por apresentar-se como evidências seguras e

relevantes ao trabalho da auditoria.

II. O objeto da auditoria contábil

Page 13: Auditoria Alfacastelo _ Moisés Bagagi

Auditoria

São uma representação estruturada da posição patrimonial e financeira

O objeto das DC é proporcionar informações às partes interessadas

Apresentam os resultados da atuação da administração na gestão da

entidade acercado dos ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas,

despesas, ganhos, perdas, alterações na estrutura de capital e fluxo de

caixa.

Sendo assim, a Deliberação CVM nº 595, orientando as demonstrações

contábeis* determina que o conjunto completo de demonstrações contábeis

inclua:

* Ver Lei nº 6.404/76 e Lei nº 11.638/07

1. Demonstrações contábeis

Page 14: Auditoria Alfacastelo _ Moisés Bagagi

Auditoria

Balanço Patrimonial ao final do período (BP);

Demonstração do Resultado ao final do período (DRE);

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL);

Demonstração dos resultado abrangente (podendo ser apresentado em

quadro demonstrativo próprio ou como parte integrante do DMPL);

Demonstração do Valor Adicionado (DVA), conforme CPC 09;

Notas Explicativas, contendo resumo das políticas contábeis

significativas e outras informações explanatórias;

OBS: É imprescindível considerar a Lei nº 6.404/76 e Lei nº 11.638/07, os

Pronunciamentos Técnicos do CPC, além das Deliberações da CVM.

1. Demonstrações contábeis

Page 15: Auditoria Alfacastelo _ Moisés Bagagi

Auditoria

Os princípios de contabilidade geralmente aceitos são os preceitos

resultantes do desenvolvimento da aplicação prática dos princípios técnicos

emanados da Contabilidade, de uso predominante no meio em que se

aplicam, proporcionando interpretação uniforme das demonstrações

financeiras.

Esses princípios permitem aos usuários fixar padrões de comparação e de

credibilidade, aumentando a utilidade dos dados e facilitando sua

interpretação.

Assim como toda vertente da ciência, além das funções técnico-

profissionais, alguns princípios são definidos para servirem da base

fundamental para orientação e condução de determinados eventos.

2. Princípios de contabilidade

Page 16: Auditoria Alfacastelo _ Moisés Bagagi

Auditoria

Princípio da entidade;

Princípio da continuidade;

Princípio da oportunidade;

Princípio do registro pelo valor original;

Princípio da competência; e,

Princípio da prudência.

Os trabalhos de auditoria devem ser feitos em conformidade aos princípios

contábeis, já que uma das preocupações da auditoria é verificar, de um

lado, a adesão, e, por outro lado, a uniformidade na aplicação dos

princípios de contabilidade.

2. Princípios de contabilidade

Page 17: Auditoria Alfacastelo _ Moisés Bagagi

Auditoria

De uma forma cada vez mais crescente, começamos a dar a devida

importância aos métodos científicos de administração, embora seja

praticamente desconhecida uma acepção clara de controle interno. Às

vezes, de maneira equivocada, imagina-se ser o controle interno sinônimo

de auditoria interna. A auditoria interna equivale a um trabalho organizado

de revisão e apreciação dos controles internos, pois, segundo o Comitê de

Procedimentos de Auditoria do Instituto Americano de Contadores Públicos

Certificados (AICPA) dos Estado Unidos, “o controle interno compreende o

plano de organização e o conjunto coordenado dos métodos e medidas,

adotados pela empresa, para proteger seu patrimônio, verificar a exatidão

e a fidedignidade de seus dados contábeis, promover a eficiência

operacional e encorajar a adesão à política traçada pela administração.”

3. Controles internos

Page 18: Auditoria Alfacastelo _ Moisés Bagagi

18

Auditoria

1. Procedimentos de auditoria

2. Papéis de trabalho

3. Planejamento de auditoria

4. Avaliação dos controles internos

III. Técnicas de auditoria

Page 19: Auditoria Alfacastelo _ Moisés Bagagi

Auditoria

O desempenho da atividade de auditoria requer, como em qualquer outra

função, a utilização de ferramentas de trabalho que possibilitem formar

uma opinião. Geralmente, o objetivo da auditoria é fundamentar seu ponto

de vista com fatos, evidências e informações possíveis, necessárias e

materiais.

É prerrogativa do auditor identificar e atestar a validade de qualquer

afirmação, aplicando os procedimentos adequados a cada caso. A

aplicação dos procedimentos de auditoria precisa estar atrelada ao objetivo

que se quer atingir. O objetivo é a meta a ser alcançada. Os procedimentos

são os caminhos que levam a consecução do objetivo.

1. Procedimentos de auditoria

Page 20: Auditoria Alfacastelo _ Moisés Bagagi

Auditoria

Procedimentos de auditoria são as investigações técnicas que, tomadas

em conjunto, permitem a formação fundamentada da opinião do auditor

sobre as demonstrações contábeis ou sobre o trabalho realizado.

Logo, os procedimentos de auditoria são as ferramentas técnicas, das

quais o auditor se utiliza para a realização do seu trabalho, consistindo na

reunião das informações possíveis e necessárias e avaliação das

informações obtidas, para a formação de sua opinião imparcial.

A seguir, vamos brevemente citar os procedimentos de auditoria.

1. Procedimentos de auditoria

Page 21: Auditoria Alfacastelo _ Moisés Bagagi

Auditoria

Bases sólidas. É nisto que precisa estar fundamentada o parecer do

auditor. O que garante este alicerce são os fatos comprovados, evidências

factuais e informações irrefutáveis.

O auditor é um elemento ligado a investigações minuciosas que lhe dêem a

certeza de que os dados submetidos a exame são, ou não, exatos. O

auditor atua como o fiel da balança, não se permitindo chegar a conclusões

precipitadas ou dar vazão a interferências e ponto de vistas não técnicos.

Logo, cada prova precisa ser adequadamente pesada. Todo ponto de vista

deve ser analisado.

1. Procedimentos de auditoria

Page 22: Auditoria Alfacastelo _ Moisés Bagagi

Auditoria

Por causa da complexidade e do volume das operações realizadas pelas

empresas, os procedimentos de auditoria são aplicadas por meio de provas

seletivas, testes e amostragem. A aplicação de amostragem estatística tem

sido vantajoso e, não restringe o julgamento do auditor.

A oportunidade com que se aplicam os procedimentos de auditoria implica

a fixação de época apropriada a sua realização.

Por isso, a oportunidade deve ser vista e perseguida permanentemente,

sempre baseada em fatos, evidências e informações, com a extensão e

profundidade adequadas.

1. Procedimentos de auditoria

Page 23: Auditoria Alfacastelo _ Moisés Bagagi

Auditoria

Exame Físico:

O exame físico é a verificação in loco, e deverá proporcionar ao auditor a

formação quanto a existência física do objeto ou item examinado. O exame

físico realizado pelo auditor deve conter as seguintes características:

Identificação: comprovação através do exame visual do examinado;

Existência física: comprovação visual de que o objeto examinado existe;

Autenticidade: discernimento de que o objeto examinado é fidedigno;

Quantidade: dar-se por satisfeito somente quando a apuração

comprovar a existência das quantidades reais;

Qualidade: exame visual de que o objeto examinado permanece em

uso, não deteriorado e merecedor de fé.

1. Procedimentos de auditoria

Page 24: Auditoria Alfacastelo _ Moisés Bagagi

Auditoria

Confirmação:

A confirmação implica a obtenção de declaração formal e imparcial de

pessoas independentes à empresas e que estejam habilitadas para tal.

Para ser competente, a prova deve ser tanto válida quanto relevante. A

validade do elemento comprobatório é tão dependente das circunstâncias

em que é obtida, que generalizações sobre a confiança nos vários tipos de

provas estão sujeitos a sérias restrições.

Uma vez determinada a aplicação do procedimento de confirmação ara o

item em exame, deve-se levar em consideração:

• Data-base de confirmação;

• Amplitude do teste de confirmação; e,

• Tipo de confirmação a ser empregado.

1. Procedimentos de auditoria

Page 25: Auditoria Alfacastelo _ Moisés Bagagi

Auditoria

Documentos originais:

Procedimento voltado para o exame de documentos que comprovem

transações comerciais ou de controle, que compreendem o repasse de

bens ou serviços prestados. Acompanha e atesta a idoneidade de sua

realização e documentação, sendo a base para as ocorrências contábeis.

Quando o auditor realizar os exames dos documentos originais, é prudente

e de bom grado que siga por este caminho:

Autenticidade: poder de discernimento (experiência) para verificar se a

documentação é fidedigna e merece fé;

Continua...

1. Procedimentos de auditoria

Page 26: Auditoria Alfacastelo _ Moisés Bagagi

Auditoria

Normalidade: determinação de que a transação realizada é adequada

em função da atividade da empresa;

Aprovação: verificação de que a transação e a documentação-suporte

foram efetivamente aprovadas por pessoas em níveis adequados e

responsáveis;

Registro: comprovação de que o registro das operações é adequado

em função da documentação examinada e de que está refletida

contabilmente em contas apropriadas.

1. Procedimentos de auditoria

Page 27: Auditoria Alfacastelo _ Moisés Bagagi

Auditoria

Conferência de cálculos:

Procedimento voltado para a constatação da adequação das operações

aritméticas e financeiras. Embora seja este o procedimento de auditoria

mais simples e completo por si mesmo, é a única forma de constatação

das várias operações que envolvam somas e cálculos.

Esta técnica é amplamente utilizada em virtude de a quase totalidade das

operações dentro da empresa estar voltada para este processo contábil.

Não se deve, em qualquer que seja a situação, subestimar esta técnica,

que pode revelar as situações em que erros possam ter sido cometidos e

que levaram, consequentemente, a distorções nas demonstrações

contábeis.

1. Procedimentos de auditoria

Page 28: Auditoria Alfacastelo _ Moisés Bagagi

Auditoria

Exame da escrituração:

Técnica de auditoria utilizada para a constatação da veracidade das

informações contábeis. É o procedimento de auditoria usado para o

levantamento de análises, composições de saldo, conciliações e etc.

Investigação minuciosa:

Nada mais é que o exame em profundidade da matéria, que pode ser um

documento, uma análise, uma informação obtida, entre outras. Quando

esta técnica é colocada em prática, tem por objetivo certificar que o objeto

auditado, no momento, realmente é fidedigno, devendo o auditor, para

tanto, ter os conhecimentos necessários para detectar a existência de

quaisquer anomalias.

1. Procedimentos de auditoria

Page 29: Auditoria Alfacastelo _ Moisés Bagagi

Auditoria

Inquérito:

Procedimento que consiste na formulação de perguntas e obtenção de

respostas satisfatórias. É o método de que os auditores provavelmente

mais aplicam, já que pode ser utilizado através de declarações formais,

conversações normais ou sem compromisso. .

Exame de registros auxiliares:

O uso desta técnica deve ser sempre conjugada com o uso de outras, já

que, os registros auxiliares constituem, em verdade, suporte da

autenticidade dos registros principais. Pode-se aplicar em controles

internos, gerenciais e contábeis, que detalham ou complementam os

registros principais.

1. Procedimentos de auditoria

Page 30: Auditoria Alfacastelo _ Moisés Bagagi

Auditoria

Exame da escrituração:

Técnica de auditoria utilizada para a constatação da veracidade das

informações contábeis. É o procedimento de auditoria usado para o

levantamento de análises, composições de saldo, conciliações e etc.

Investigação minuciosa:

Nada mais é que o exame em profundidade da matéria, que pode ser um

documento, uma análise, uma informação obtida, entre outras. Quando

esta técnica é colocada em prática, tem por objetivo certificar que o objeto

auditado, no momento, realmente é fidedigno, devendo o auditor, para

tanto, ter os conhecimentos necessários para detectar a existência de

quaisquer anomalias.

1. Procedimentos de auditoria

Page 31: Auditoria Alfacastelo _ Moisés Bagagi

Auditoria

Observação:

Indispensável à auditoria!

Pode revelar erros, problemas e deficiências através de exame, e é uma

técnica dependente da argúcia, dos conhecimentos e da experiência do

auditor, que colocada em prática, possibilitará que sejam identificados

quaisquer problemas no item em exame.

Exige senso crítico do auditor, e tal postura crítica o diferenciará das

demais profissões ligadas à contabilidade.

1. Procedimentos de auditoria

Page 32: Auditoria Alfacastelo _ Moisés Bagagi

Auditoria

Além disso, aplica-se a correlação das informações obtidas que, nada mais

é do que o relacionamento harmônico do sistema contábil de partidas

dobradas.

A utilização dos procedimentos de auditoria e a sua conjugação aos

objetivos a serem atingidos formularão o programa de trabalho de auditoria

por área ou tarefa, a serem utilizados de acordo com os objetivos traçados

e a segurança fornecida pelo controle interno.

1. Procedimentos de auditoria

Page 33: Auditoria Alfacastelo _ Moisés Bagagi

Auditoria

Os papéis de trabalho formam o conjunto de formulários e documentos que

contém as informações e apontamentos obtidos pelo auditor durante seu

exame, bem como as provas e descrições dessas realizações.

Constituem a evidência do trabalho executado e o fundamento de sua

opinião.

Geralmente os papéis de trabalho são padronizados para facilitar seu uso,

entendimento, arquivo e sobretudo a arquitetura da evidência do exame

praticado.

2. Papéis de trabalho

Page 34: Auditoria Alfacastelo _ Moisés Bagagi

Auditoria

O layout dos papéis de trabalho deve incluir, obrigatoriamente, espaço que

determine o nome da unidade, departamento, empresa ou área a que se

refere; espaço para a codificação do papel de trabalho; espeço para a

evidenciação de quem o preparou, revisou, aprovou; e datas.

Deve manter aspectos fundamentais como completabilidade (os

papéis necessitam ser completos por si só), objetividade (necessitam ser

objetivos e demonstrarem os caminhos trilhados), concisão (claro de

maneira que todos entendam e auto suficientes), lógica (elaborados de

acordo com o raciocínio lógico e de sequência natural) e serem limpos

(esmerados e livres de todas e quaisquer imperfeições e incorreções).

2. Papéis de trabalho

Page 35: Auditoria Alfacastelo _ Moisés Bagagi

Auditoria

Nas bibliografias citadas ao final deste roteiro, há diversos modelos de

papéis de trabalho que podem, e devem, ser consultados e aplicados.

É importante destacar que, não há regra sobre os mesmo, mas que, para

um bom processo de auditoria é imprescindível que estes papéis sejam

bem organizados, claros, objetivos e de fácil entendimento, pois, são frutos

das evidências que os auditores colheram e que sustentará os pareceres

ao final dos trabalhos.

2. Papéis de trabalho

Page 36: Auditoria Alfacastelo _ Moisés Bagagi

Auditoria

O planejamento de auditoria envolve a definição de estratégia global para o

trabalho e o desenvolvimento de plano de auditoria. Um planejamento

adequado é benéfico para a auditoria das demonstrações contábeis de

várias maneiras, inclusive para:

Auxiliar o auditor a dedicar atenção apropriada às áreas importantes da

auditoria;

Auxiliar o auditor a identificar e resolver tempestivamente problemas

potenciais;

Auxiliar o auditor a organizar adequadamente o trabalho de auditoria

para que seja realizado de forma eficaz e eficiente;

3. Planejamento da auditoria

Page 37: Auditoria Alfacastelo _ Moisés Bagagi

Auditoria

Auxiliar na seleção dos membros da equipe de trabalho com níveis

apropriados de capacidade e competência para responderem aos riscos

esperados e na alocação apropriada de tarefas;

Facilitar a direção e a supervisão dos membros da equipe de trabalho e

a revisão do seu trabalho;

Auxiliar, se for o caso, na coordenação do trabalho realizado por outros

auditores e especialistas.

O auditor deve planejar seu trabalho consoante as Normas Profissionais de

Auditor Independente, de acordo com os prazos e os demais

compromissos contratualmente assumidos com a entidade, no caso de

auditores externos e independentes.

3. Planejamento da auditoria

Page 38: Auditoria Alfacastelo _ Moisés Bagagi

Auditoria

O planejamento deve considerar todos os fatores relevantes na execução

dos trabalhos, especialmente os citados a seguir:

O conhecimento detalhado das práticas contábeis adotadas pela

entidade e as alterações procedidas em relação ao exercício anterior;

O conhecimento detalhado do sistema contábil e de controles internos

da entidade e seu grau de confiabilidade;

Os riscos de auditoria e a identificação das áreas importantes da

entidade, quer pelo volume de transações, quer pela complexibilidade

de suas atividades;

A natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos de auditoria

a serem aplicados;

3. Planejamento da auditoria

Page 39: Auditoria Alfacastelo _ Moisés Bagagi

Auditoria

A existência de entidades associadas, filiais e partes relacionadas;

O usos de trabalhos de outros auditores independentes, especialistas e

auditores internos;

A natureza o conteúdo e a oportunidade dos pareceres, relatórios e

outros informes a serem entregues à entidade; e,

A necessidade de atender a prazos estabelecidos por entidades

reguladoras ou fiscalizadoras e para a entidade prestar informações aos

demais usuários externos.

O auditor deve documentar seu planejamento geral e preparar programas

de trabalho por escrito e prever utilização de equipe técnica quando for

preciso.

3. Planejamento da auditoria

Page 40: Auditoria Alfacastelo _ Moisés Bagagi

Auditoria

É imprescindíveis às atividades de auditoria!

Isso sintetiza o que são os controles internos. Eles estão presentes em

todas as áreas, e cada procedimento praticado dentre de uma área

compreende uma parte do conjunto.

Analogamente podemos comprar os controles internos ao motor de um

automóvel: sem ele, o carro não anda. Mas, há outro detalhe importante: o

motor é composto de inúmeras peças (algumas grandes e outras,

minúsculas) de igual importância para seu funcionamento.

Ou seja, parte a parte é pouco importante mas, quando analisado

conjuntamente é uma matéria essencial à auditoria.

4. Avaliação dos controles internos

Page 41: Auditoria Alfacastelo _ Moisés Bagagi

Auditoria

Deve-se analisar se são adequados, se são completos, se tem rigor em

sua utilização e se são fidedignos, afim de evidenciarem a real situação da

empresa ou área analisada.

O auditor deve se utilizar das técnicas e procedimentos – sempre

observando as normas – de auditoria para verificarem e assim, dar

andamento ao trabalho que culminará em um parecer do auditor.

Avaliar os controles internos é parte importante do trabalho do auditor e –

podemos afirmar com segurança – que é a base para uma auditoria bem

estruturada e executada.

4. Avaliação dos controles internos

Page 42: Auditoria Alfacastelo _ Moisés Bagagi

42

Auditoria

1. Auditoria das demonstrações contábeis.

A execução da auditoria das demonstrações contábeis envolve não só o

conhecimento dos fundamentos, objeto e técnicas de auditoria, mas

também a colocação em prática de todo o aprendizado obtido pela feitura

de trabalhos anteriores e a aplicação destes conhecimentos pelos diversos

segmentos auditados.

Trabalhos de campo, observância das normas de contabilidade e auditoria,

mensuração dos riscos e equipe envolvida é apenas uma parte do todo.

IV. Execução das auditorias

Page 43: Auditoria Alfacastelo _ Moisés Bagagi

Auditoria

A auditoria do disponível tem a finalidade de:

Determinar sua existência, que poderá estar na empresa, em bancos ou

com terceiros;

Determinar se é pertencente à empresa;

Determinar se foram utilizados os princípios de contabilidade;

Determinar a existência de restrições de uso ou de vinculações em

garantia; e,

Determinar se está corretamente classificado no balanço patrimonial e

se as divulgações cabíveis foram expostas por notas explicativas.

a) Disponibilidades

Page 44: Auditoria Alfacastelo _ Moisés Bagagi

Auditoria

A auditoria das contas a receber tem a finalidade de

Determinar sua existência e representatividade contra os devedores

envolvidos;

Determinar se é de propriedade da empresa;

Determinar se foram utilizados os princípios de contabilidade;

Determinar a existência de restrições de uso ou de vinculações em

garantia ou de contingências; e,

Determinar se está corretamente classificado no balanço patrimonial e

que as divulgações aplicáveis foram expostas por notas explicativas.

b) Contas a Receber

Page 45: Auditoria Alfacastelo _ Moisés Bagagi

Auditoria

A auditoria dos estoques tem a finalidade de

Determinar sua existência, que poderá estar na empresa, em custódia

com terceiros ou em trânsito;

Determinar se é pertencente à empresa;

Determinar se foram utilizados os princípios de contabilidade;

Determinar a existência de estoques penhorados ou dados em garantia;

e,

Determinar se está corretamente classificado no balanço patrimonial e

se as divulgações cabíveis foram expostas por notas explicativas.

c) Estoques

Page 46: Auditoria Alfacastelo _ Moisés Bagagi

Auditoria

A auditoria das despesas antecipadas, classificáveis como ativo circulante,

tem a finalidade de:

Determinar que representam gastos efetivos da empresa que irão

beneficiar o período subsequente;

Determinar se foram utilizados em bases uniformes os princípios de

contabilidade;

Determinar se estão corretamente classificadas no balanço patrimonial e

se as divulgações cabíveis foram expostas nas notas explicativas.

d) Despesas Antecipadas

Page 47: Auditoria Alfacastelo _ Moisés Bagagi

Auditoria

A Lei das Sociedades por Ações determina a classificação como realizável

a longo prazo para os direitos após o término do exercício seguinte, assim

como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a

sociedades coligadas ou controladas, diretores, acionistas ou participantes

no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na

exploração do objeto da companhia.

Como essas contas tem a mesma natureza das contas de disponível e

despesas antecipadas, diferenciando-se apenas quanto à realização, são

aplicáveis as mesmas regras.

e) Realizável a Longo Prazo

Page 48: Auditoria Alfacastelo _ Moisés Bagagi

Auditoria

A auditoria dos investimentos classificáveis no ativo não circulante tem a

finalidade de:

Determinar sua existência em poder da empresa ou em custódia com

terceiros;

Determinar se é de propriedade da empresa;

Determinar se foram utilizados os princípios de contabilidade;

Determinar a existência de vinculações em garantia;

Determinar se a receita ou o prejuízo apropriável ao período foram

adequadamente contabilizados; e,

Determinar se estão corretamente classificados no balanço patrimonial e

se as divulgações cabíveis foram expostas por notas explicativas.

f) Investimentos

Page 49: Auditoria Alfacastelo _ Moisés Bagagi

Auditoria

A auditoria do imobilizado tem as seguintes finalidades:

Determinar sua existência física e a permanência em uso;

Determinar se pertence à empresa;

Determinar se foram utilizados os princípios de contabilidade;

Determinar se o imobilizado não contém despesas capitalizadas e, por

outro lado, as despesas não contém itens capitalizáveis;

Determinar se os bens do imobilizado foram adequadamente

depreciados e atualizados em bases aceitáveis;

Determinar a existência de imobilizado penhorado, dado em garantia ou

com restrição de uso; e,

Determinar se estão corretamente classificados no balanço patrimonial e

se as divulgações cabíveis foram expostas por notas explicativas.

g) Imobilizado

Page 50: Auditoria Alfacastelo _ Moisés Bagagi

Auditoria

A auditoria dos passivos tem a finalidade de:

Determinar se são pertencentes à empresa

Determinar se foram utilizados os princípios de contabilidade;

Determinar a existência de ativos dados em garantia ou vinculações aos

passivos; e,

Determinar se estão corretamente classificados no balanço patrimonial e

se as divulgações cabíveis foram expostas por notas explicativas.

h) Passivos

Page 51: Auditoria Alfacastelo _ Moisés Bagagi

Auditoria

A auditoria do patrimônio líquido tem as seguintes finalidades:

Determinar se todas as receitas, custos e despesas atribuídos ao

período estão devidamente comprovados e contabilizados;

Determinar se todas as receitas, custos e despesas não atribuídos ao

período ou que beneficiem exercícios futuros estão corretamente

diferidos;

Determinar se os custos e despesas estão corretamente contrapostos

às receitas devidas;

Determinar se as receitas, custos e despesas estão contabilizados de

acordo com os princípios de contabilidade; e

Se estão corretamente classificadas na DRE e nas notas explicativas.

i) Patrimônio Líquido

Page 52: Auditoria Alfacastelo _ Moisés Bagagi

Auditoria

A auditoria do resultado tem como finalidades:

Determinar as ações ou o título de propriedade do capital social foram

adequadamente autorizados e emitidos;

Determinar se todas as normas descritas nos estatutos sociais, as

obrigações sociais e legais foram cumpridas;

Determinar se foram utilizados os princípios de contabilidade;

Determinar a existência de restrições de uso das contas patrimoniais; e,

Determinar se estão corretamente classificados no balanço patrimonial e

se as divulgações cabíveis foram expostas por notas explicativas.

j) Resultado

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Auditoria

1. Programas de auditoria para verificação complementar

2. Auditoria dos eventos subsequentes

3. Programa de revisão final

4. Conclusão dos trabalhos

V. Finalização da auditoria

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Auditoria

O objetivo deste programa é verificar aquelas contas, sejam patrimoniais

ou de resultados, que não tenham sido abrangidas nos exames feitos por

meio dos outros programas.

Com essa verificação, fica completo o quadro, alcançando todas as contas

registradas na contabilidade da empresa.

1. Programas de auditoria para verificação complementar

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Auditoria

O auditor deve considerar em seu parecer os efeitos decorrentes de

transações e eventos subsequentes relevantes ao exame das

Demonstrações Contábeis, mencionando-os como ressalva ou em

parágrafo de ênfase, quando não ajustadas ou reveladas adequadamente.

Deve o auditor considerar três eventos dessa natureza:

Os ocorridos entre a data do término do exercício social e a data da

emissão do parecer;

Os ocorridos depois do término do trabalho de campo e da emissão do

parecer e antes da divulgação das demonstrações contábeis; e,

Os conhecidos após a divulgação das demonstrações contábeis.

2. Eventos subsequentes

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Auditoria

Após todos os trabalhos, deve-se analisar os fatos subsequentes e, ainda

em campo de trabalho gerar um trabalho de revisão final, constituindo por

fim uma etapa após o término operacional da auditoria.

Busca garantir que nenhum detalhe ou fator crítico para a emissão do

parecer tenha sido negligenciado, comprovando a idoneidade, veracidade e

segurança do que foi auditado.

3. Programa de revisão final

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Auditoria

Para que o objeto seja alcançado, é evidente que as normas usuais de

auditoria devem praticadas, utilizando o auditor todos os procedimentos de

auditoria aplicáveis nas circunstâncias, de forma que lhe permitam a

formação de opinião fundamentada.

Logo, é necessário que sejam observados e providenciados os

lançamentos de ajustes e reclassificação, o parecer de auditoria e os

pontos de recomendação.

4. Conclusão dos trabalhos

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Auditoria

As informações contidas neste material foram retiradas dos livros indicados na bibliografia a seguir.

Esse material é um guia para os alunos acompanharem as aulas e estudarem e não substitui – em hipótese alguma – a leitura dos livros sugeridos. Ou seja, é apenas um roteiro de aula.

Professor Moisés Bagagi.

Observação do professor:

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Auditoria

Básica:

MELHEM, Marcel Gulin; Rosenei Novochadlo da Costa. Auditoria Contábil e Tributária. Ibpex, 2011. (Virtual)

PEREZ, José Hernandez. Auditoria de Demonstrações Contábeis: Normas e Procedimentos. São Paulo: Atlas, 2012.

PINHO, Ruth C. S. Fundamentos de Auditoria - auditoria contábil - outras aplicações de auditoria. Atlas, 2007.

Bibliografia:

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Complementar:

ATTIE. William. Auditoria – Conceitos e Aplicações. 6ªed. Editora Atlas, 2011.

CREPALDI, Silvio Aparecido. Auditoria contábil: teoria e prática. 8. ed. Atlas, 2012.

PEREIRA, Alexandre. Auditoria das Demonstrações Contábeis - uma abordagem jurídica e contábil. Atlas, 2011.

RIBEIRO, Osni M. Auditoria Fácil. Saraiva, 2011.

Bibliografia:

Auditoria