atualização penal pol federal-2p3ed.pdf

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Direito Penal para concurso Parte Geral e Especial – Polícia Federal Série Concursos Públicos Emerson Castelo Branco 2ª para 3ª edição, 2012 p. 78 No último parágrafo do item 6.3, excluir a seguinte parte: Dessa forma, as descriminantes putativas constituem erro sobre a ilicitude do fato (erro de proibição). p. 78 – Acrescentar ao final do item 6.3, o que segue: Nos três exemplos citados, a descriminante putativa configura erro de tipo permissivo, porque o agente teve falsa percepção da realidade, errando sobre os pressupostos de fato das causas de exclusão da antijuridicidade. p. 165 – Substituir a dica 5 do item 12.2.12 por: Recentemente, no julgamento da ADI 4424, o STF considerou que a ação penal é pública incondicionada na lesão corporal cometida mediante violência doméstica ou familiar contra a mulher nas hipóteses da Lei Maria da Penha, ainda que a lesão seja de natureza leve. Neste tipo de crime, a ação era condicionada a representação, em face do art. 88 da Lei 9.099/95 – “Além das hipóteses do Código Penal e da legislação especial, dependerá de representação a ação penal relativa aos crimes de lesões corporais leves e lesões culposas”. Como a Lei Maria da Penha excluiu a aplicação das disposições da Lei 9.099/95, o crime de lesão corporal leve passou a ser de ação penal pública incondicionada, nos casos de violência contra a mulher previstos na Lei. p. 261/262 – Substituir o item 13.7.10 por: 13.7.10 Fraudes em certames de interesse público Questão muito debatida é a situação denominada “cola eletrônica” em concurso. Configura crime de estelionato? O golpe da “cola eletrônica” em concursos é aquele aplicado durante a realização de um determinado concurso (ex.: vestibular), por meio de escuta eletrônica, utilizada por candidato. As respostas são passadas por pessoas com vasto conhecimento, contratadas para esse objetivo. A orientação vencedora do STF e do STJ era a de que a “cola eletrônica” era fato atípico. Seus argumentos eram os seguintes: a) Impossibilidade de enquadramento da conduta na estrutura típica do delito de estelionato; b) embora evidente a obtenção da aprovação por meio reprovável, isto é, pelo emprego de fraude, não há como classificar a conduta como estelionato, por não ser direcionada a atingir o bem patrimônio; c) a taxatividade da norma

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    2para3edio,2012p.78Noltimopargrafodoitem6.3,excluiraseguinteparte:Dessa forma,asdescriminantesputativasconstituemerro sobrea ilicitudedo fato (errodeproibio).p.78Acrescentaraofinaldoitem6.3,oquesegue:Nostrsexemploscitados,adescriminanteputativaconfiguraerrodetipopermissivo,porque

    oagentetevefalsapercepodarealidade,errandosobreospressupostosdefatodascausas

    deexclusodaantijuridicidade.

    p.165Substituiradica5doitem12.2.12por:

    Recentemente, no julgamento da ADI 4424, o STF considerou que a ao penal pblicaincondicionadanalesocorporalcometidamedianteviolnciadomsticaoufamiliarcontraamulhernashiptesesdaLeiMariadaPenha,aindaquea lesosejadenatureza leve.Nestetipodecrime,aaoeracondicionadaarepresentao,emfacedoart.88daLei9.099/95AlmdashiptesesdoCdigoPenaledalegislaoespecial,dependerderepresentaoaaopenalrelativaaoscrimesdelesescorporaisleveselesesculposas.ComoaLeiMariadaPenhaexcluiuaaplicaodasdisposiesdaLei9.099/95,ocrimede lesocorporal levepassou a ser de ao penal pblica incondicionada, nos casos de violncia contra amulherprevistosnaLei.

    p.261/262Substituiroitem13.7.10por:

    13.7.10Fraudesemcertamesdeinteressepblico

    Questo muito debatida a situao denominada cola eletrnica em concurso.Configuracrimedeestelionato?Ogolpedacolaeletrnicaemconcursosaqueleaplicadodurante a realizao de um determinado concurso (ex.: vestibular), por meio de escutaeletrnica, utilizada por candidato. As respostas so passadas por pessoas com vastoconhecimento,contratadasparaesseobjetivo.

    AorientaovencedoradoSTFedoSTJeraadequeacolaeletrnicaerafatoatpico.Seus argumentos eram os seguintes: a) Impossibilidade de enquadramento da conduta naestrutura tpicadodelitodeestelionato;b)emboraevidenteaobtenodaaprovaopormeio reprovvel, isto ,pelo empregode fraude,noh como classificar a conduta comoestelionato,pornoserdirecionadaaatingirobempatrimnio;c)ataxatividadedanorma

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    2para3edio,2012penal, decorrente do princpio da reserva legal, impondo a exata descrio da conduta naestruturadescritivadotipopenal.aorientaodoSTJ(RHC22.898/RS04.08.2008)edoSTF(HC88.967/AC06.02.2007).

    Contudo,frisesequeocenriosealterou,umavezqueaLei12.550/2011crioufiguratpicaparaessaconduta,agoraprevistanoart.311AdoCP,nosseguintestermos:

    Art. 311A. Utilizar ou divulgar, indevidamente, com o fim de beneficiar a si ou aoutrem,oudecomprometeracredibilidadedocertame,contedosigilosode:

    Iconcursopblico;

    IIavaliaoouexamepblicos;

    IIIprocessoseletivoparaingressonoensinosuperior;ou

    IVexameouprocessoseletivoprevistosemlei:

    Penarecluso,de1(um)a4(quatro)anos,emulta.

    1oNasmesmaspenasincorrequempermiteoufacilita,porqualquermeio,oacessodepessoasnoautorizadassinformaesmencionadasnocaput.

    2oSedaaoouomissoresultadanoadministraopblica:

    Penarecluso,de2(dois)a6(seis)anos,emulta.

    3o Aumentase a pena de 1/3 (um tero) se o fato cometido por funcionriopblico.

    p.361Alterargabaritodaseguintequesto:

    3. TEORIA GERAL DO CRIME

    4. Certo