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A Primavera Árabe “Quando a liberdade eclode no espírito de um homem, dez não
podem nada contra esse um” (Jean-Paul Sartre, As Moscas)
Prof. Alan Carlos Ghedini www.inventandohistoria.com
Por que “primavera”?
• Jornalistas no mundo todo,
passaram a designar o
movimento de Primavera
Árabe, em referência à
Primavera dos Povos (1848)
• Também o nome primavera
tem sido associado a um
“despertar” do mundo árabe
para a sua condição social e
política atual
Quais as causas?
• Entre as causas da Primavera Árabe podemos citar:
• Altos índices de desemprego na região
• Crise econômica
• Pouca ou nenhuma representação política da população
• Ditaduras
• Pouca liberdade de expressão
Qual o tipo do
movimento?
• Se é possível tipificar a Primavera Árabe, podemos situar
ela entre os seguintes pontos:
• Movimentos de caráter laico (inicialmente)
• Liberalizantes
• Pró-democracia
• Populares
As Redes Sociais na
Primavera Árabe...
• Alguns tem se referido à Primavera Árabe como uma
“Revolução 2.0”, porque:
• Uso de redes sociais na organização dos protestos
• Participação da rede de TV Al Jazeera, na cobertura dos
movimentos;
• Uso, pelos regimes em crise, de sistemas de telefonia
celular para a delação dos envolvidos nos protestos
Liberdade
Reunidos aqui com minha família
... Os meus vizinhos e meus amigos
Firmes juntos contra a opressão de mãos dadas
Não importa de onde você é
Ou se você é jovem, velho, mulher ou homem
Nós estamos aqui pela mesma razão, queremos ter de volta a nossa terra
Oh deus obrigado
Por nos dar a força para segurar
E agora estamos aqui juntos
Chamando-o para a liberdade, a liberdade
Nós sabemos que você pode ouvir o nosso apelo ooh
Nós estamos chamando para a liberdade, lutando pela liberdade
Sabemos que não nos deixará cair oh
Sabemos que você está aqui conosco
Não sendo mais prisioneiros em nossas casas
Não mais ter medo de falar
Nosso sonho é apenas ser livre, apenas para ser livre
Agora, quando temos de tomar o nosso primeiro passo
Rumo a uma vida de completa liberdade
Podemos ver o nosso sonho cada vez mais perto, estamos quase lá
Oh deus obrigado
Por nos dar a força para segurar
E agora estamos aqui juntos
Chamando-o para a liberdade, a liberdade
Nós sabemos que você pode ouvir o nosso apelo ooh
Nós estamos chamando para a liberdade, lutando pela liberdade
Sabemos que não nos deixará cair oh
Sabemos que você está aqui conosco
Eu posso sentir o orgulho no ar
E isso faz-me forte para ver todos
De pé juntos de mãos dadas na unidade
Gritando carga exigindo o seu direito de liberdade
É isso e não estamos apoio de
Oh Deus nós sabemos que você ouve o nosso apelo
E nós estamos chamando você para a liberdade, a liberdade
Nós sabemos que você pode ouvir o nosso apelo ooh
Estamos pedindo a liberdade, apelando para a liberdade
Sabemos que não nos deixará cair oh
Sabemos que você está aqui conosco
Delenda est Carthago: a
Tunísia em revolta
• O estopim da Primavera Árabe,
foi a autoimolação, na Tunísia, de
Mohamed Bouazizi fato que, logo
após, foi seguido das primeiras
manifestações.
• Os protestos promoveram uma
Revolução que derrubou o regime
de Ben Ali
E assim o foi...
• Após a Tunísia, foram verificados levantes em:
• Argélia (governada até hoje sob estado de Emergência)
• Líbia (Ditadura de Muammar Khadafi)
• Jordânia
• Iêmen (Presidente Saleh é ferido gravemente)
• Arábia Saudita
• Líbano
• Egito (então governado por Hosni Mubarak)
• Síria (O governo de Bashar al-Assad promove dura repressão)
• Também houve revoltas na Palestina, Omã, Mauritânia, Marrocos, Djibuti, Barein, Iraque e Kuwait
O Mapa da Primavera
Revolução
Mudanças no governo
Conflito armado
Grandes protestos
Pequenos protestos
A herança colonialista
• A Primavera Árabe também tem suas bases mais antigas,
na dominação imperialista e neocolonialista da Região,
pelas potências europeias.
• A França, na sua dominação no Saara marcou o
“desmantelamento das províncias árabes do Império
Otomano”
• Com a Inglaterra, a França atuou no controle do Canal de
Suez, no Egito
• Alemanha e Itália, após suas unificações, também partiram
à conquista
A herança colonialista
• “Na Palestina, quando da declaração de Balfour foi
integrada à carta do mandato – apesar dos fortes protestos
árabes -, a Grã-Bretanha confrontou-se com graves
contradições que a interpretação sutil da declaração não
conseguiria mais atenuar” (Revista Dossiê 06)
• A herança colonialista desorganizou o mundo árabe,
fragmentando-o em estados instáveis.
Os Árabes e o Islã
• Antes de mais nada, vale a regra: “Nem todo muçulmano
é árabe, e nem todo árabe é muçulmano”
• Ao contrário do que se pode supor, o Islã não é uma
unidade.
• Como outras religiões, também o Islamismo possui diferentes
correntes
As 3 grandes divisões do
Islã: OS SUNITAS
• Os Sunitas compreendem a maioria do mundo
muçulmano, compreendendo algo próximo a 84% do total
• Aceitam não apenas o Corão como livro sagrado, mas
também a Sunna
As 3 grandes divisões do
Islã: OS XIITAS
• Os Xiitas são o segundo maior ramo do Islã.
• Países que tem a maior parte da população Xiita:
• Irã, Iraque, Azerbaijão e Bahrein
• Os Xiitas consideram apenas o Corão como livro sagrado
do Islã.
• São considerados apóstatas pelos Sunitas
As 3 grandes divisões do
Islã: OS KHARIJITAS
• Os Kharijitas respondem pela menor parte do mundo
islâmico.
• Defendiam que qualquer homem, mesmo um escravo,
poderia ser um Califa
• Foram bastante populares entre os Beduínos
Movimentos do Islã:
SALAFISMO
• Foi um movimento reformista, islâmico, surgido no
século XIX no Egito
Movimentos do Islã:
WAHHABISMO
• Defendiam o governo através da Shariah (a lei
muçulmana)
• Foram fundamentais na divulgação e crescimento do Islã