atualidade do direito do trabalho

23
ANAIS ANAIS ANAIS ANAIS ANAIS DA ACADEMIA NACIONAL DE DA ACADEMIA NACIONAL DE DA ACADEMIA NACIONAL DE DA ACADEMIA NACIONAL DE DA ACADEMIA NACIONAL DE DIREITO DO TRABALHO DIREITO DO TRABALHO DIREITO DO TRABALHO DIREITO DO TRABALHO DIREITO DO TRABALHO 2011 2011 2011 2011 2011 ATUALIDADES TUALIDADES TUALIDADES TUALIDADES TUALIDADES DO DO DO DO DO DIREITO IREITO IREITO IREITO IREITO DO DO DO DO DO T T T T TRABALHO RABALHO RABALHO RABALHO RABALHO

Upload: ciadoslivros

Post on 05-Aug-2015

47 views

Category:

Services


4 download

TRANSCRIPT

ANAISANAISANAISANAISANAISDA ACADEMIA NACIONAL DEDA ACADEMIA NACIONAL DEDA ACADEMIA NACIONAL DEDA ACADEMIA NACIONAL DEDA ACADEMIA NACIONAL DE

DIREITO DO TRABALHODIREITO DO TRABALHODIREITO DO TRABALHODIREITO DO TRABALHODIREITO DO TRABALHO20112011201120112011

AAAAATUALIDADESTUALIDADESTUALIDADESTUALIDADESTUALIDADES DODODODODO

DDDDDIREITOIREITOIREITOIREITOIREITO DODODODODO T T T T TRABALHORABALHORABALHORABALHORABALHO

NNNNNELSONELSONELSONELSONELSON M M M M MANNRICHANNRICHANNRICHANNRICHANNRICH — Mestre, Doutor e Livre-Docente em Direito pela Universidadede São Paulo. Professor Titular da Faculdade de Direito da Universidade de SãoPaulo e da Faculdade de Direito da Universidade Mackenzie. Advogado eConsultor Jurídico. Sócio do Escritório de Advocacia Felsberg, Pedretti, Mannriche Aidar Advogados e Consultores Legais. Presidente da Academia Nacional deDireito do Trabalho. Membro do Instituto de Direito Social, filiado à SociétéInternationale de Droit du Travail et de la Sécurité Sociale, da AsociaciónIberoamericana de Derecho del Trabajo y de la Seguridad Social, da Associaçãodos Advogados de São Paulo, da Academia Paulista de Direito e do Instituto dosAdvogados de São Paulo. Autor de livros e artigos.

GGGGGUSTUSTUSTUSTUSTAAAAAVOVOVOVOVO A A A A ADOLPHODOLPHODOLPHODOLPHODOLPHO V V V V VOGELOGELOGELOGELOGEL N N N N NETETETETETOOOOO — — — — — Advogado militante no Rio de Janeiro, commestrado e doutorado em Direito do Trabalho pela Faculdade de Direito daUniversidade Federal do Rio de Janeiro. Professor de Direito e Processo doTrabalho das Faculdades de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiroe da Universidade Estácio de Sá. Membro da Academia Nacional de Direito doTrabalho, ocupando a Cadeira n. 4, do Instituto dos Advogados Brasileiros, doInstituto Brasileiro de Direito Social Cesarino Júnior e do Instituto Brasileiro deDireito Desportivo. Na Academia Nacional de Direito do Trabalho, exerce asfunções de Diretor de Divulgação e Revista. Autor de livros e artigos.

VVVVVALDIRALDIRALDIRALDIRALDIR F F F F FLORINDOLORINDOLORINDOLORINDOLORINDO — — — — — Desembargador do Tribunal Regional do Trabalho de SãoPaulo — 2ª Região; Presidente da SDI-4 — Seção Especializada em DissídiosIndividuais — 4; Presidente da 6ª Turma — 2006/2008 e 2008/2010. Postgradoen Derecho del Trabajo por La Universidad de Castilla — La Mancha, Campusdel Toledo-España. Professor de Direito e Processo do Trabalho do Curso dePós-graduação da Escola Superior de Direito Constitucional e da Escola Paulistade Direito. Membro da Academia Nacional de Direito do Trabalho — Cadeira n.93 e da Asociación Iberoamericana de Derecho del Trabajo y de la SeguridadSocial. Titular da Academia Paulista de Magistrados. Membro convidado doInstituto Brasileiro de Direito Social Cesarino Junior (IBDSCJ) e Membro Honoráriodo IGT — Instituto Goiano de Direito do Trabalho. Integra a Comunidade deJuristas da Língua Portuguesa — CLPJ. Autor de livros e artigos.

YYYYYONEONEONEONEONE F F F F FREDIANIREDIANIREDIANIREDIANIREDIANI — Desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região(aposentada). Mestre em Direito das Relações do Estado PUC/SP. Mestre emDiretos Fundamentais/UNIFIEO. Doutora em Direito do Trabalho PUC/SP.Professora de Direito do Trabalho nos cursos de Graduação e Pós--graduação da FAAP — Fundação Armando Álvares Penteado. Membro daAcademia Nacional de Direito do Trabalho, da Academia Paulista de LetrasJurídicas, do Instituto de Direito do Trabalho do Mercosul e da AsociaciónIberoamericana de Derecho del Trabajo y de la Seguridad Social. ProfessoraVisitante da Universidad Tecnológica del Peru. Autora de livros e artigos.

NNNNNELSONELSONELSONELSONELSON M M M M MANNRICHANNRICHANNRICHANNRICHANNRICH

GGGGGUSTUSTUSTUSTUSTAAAAAVOVOVOVOVO A A A A ADOLPHODOLPHODOLPHODOLPHODOLPHO V V V V VOGELOGELOGELOGELOGEL N N N N NETETETETETOOOOO

VVVVVALDIRALDIRALDIRALDIRALDIR F F F F FLORINDOLORINDOLORINDOLORINDOLORINDO

YYYYYONEONEONEONEONE F F F F FREDIANIREDIANIREDIANIREDIANIREDIANI

coordenadores

ANAISANAISANAISANAISANAISDA ACADEMIA NACIONAL DEDA ACADEMIA NACIONAL DEDA ACADEMIA NACIONAL DEDA ACADEMIA NACIONAL DEDA ACADEMIA NACIONAL DE

DIREITO DO TRABALHODIREITO DO TRABALHODIREITO DO TRABALHODIREITO DO TRABALHODIREITO DO TRABALHO20112011201120112011

AAAAATUALIDADESTUALIDADESTUALIDADESTUALIDADESTUALIDADES DODODODODO

DDDDDIREITOIREITOIREITOIREITOIREITO DODODODODO T T T T TRABALHORABALHORABALHORABALHORABALHO

EDITORA LTDA.

Rua Jaguaribe, 571

CEP 01224-001

São Paulo, SP — Brasil

Fone (11) 2167-1101

www.ltr.com.br

Maio, 2012

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Índices para catálogo sistemático:

Todos os direitos reservados

R

Congresso Internacional Atualidades do Direito do Trabalho (1. : 2011 : SãoPaulo)

Atualidades do direito do trabalho : Anais da Academia Nacionalde Direito do Trabalho / coordenadores Nelson Mannrich...[et al.]. —São Paulo : LTr, 2012.

Outros coordenadores: Gustavo Vogel, Valdir Florindo, YoneFrediani.

1. Direito ao trabalho 2. Direito do trabalho — Congressos I.Mannrich, Nelson. II. Vogel, Gustavo. III. Florindo, Valdir. IV.Frediani,Yone.

12-04103 CDU-34:331:061.3

1. Congressos : Reforma trabalhista : Direito do trabalho 34:331:061.32. Reforma trabalhista : Congressos : Direito do trabalho 34:331:061.3

Versão impressa - LTr 4601.4 - ISBN 978-85-361-2108-6

Versão digital - LTr 7352.4 - ISBN 978-85-361-2199-4

• 5 •

8

RRRRRELAÇÃOELAÇÃOELAÇÃOELAÇÃOELAÇÃO DEDEDEDEDE A A A A ACADÊMICOSCADÊMICOSCADÊMICOSCADÊMICOSCADÊMICOS

Alexandre de Souza Agra Belmonte

Alice Monteiro de Barros

Almir Pazzianotto Pinto

Aloysio Silva Corrêa da Veiga

Aluisio Rodrigues (in memorian)

Amauri Mascaro Nascimento

Anna Britto da Rocha Acker

Antônio Álvares da Silva

Antonio Carlos Bento Ribeiro

Ari Possidônio Beltran

Arion Sayão Romita

Armando Casimiro Costa

Arnaldo Lopes Süssekind

Benedito Calheiros Bomfim

Bento Herculano Duarte Neto

Carlos Alberto Reis de Paula

Carlos Henrique Bezerra Leite

Carlos Moreira de Luca

Cássio de Mesquita Barros Júnior

Christovão Piragibe Tostes Malta

Dirceu de Vasconcelos Horta

Emílio Rothfuchs Neto

Ênio Galarça Lima

Ermes Pedro Pedrassani

Estêvão Mallet

Evaristo de Moraes Filho

Everaldo Gaspar Lopes de Andrade

Fernando José Cunha Belfort

Floriano Correa Vaz da Silva

• 6 •

8

Francisco Antônio de OliveiraFrancisco Fausto Paula de MedeirosGeorgenor de Sousa Franco FilhoGeraldo Machado CarneiroGeraldo Octávio GuimarãesGustavo Adolpho Vogel NetoHylo Bezerra GurgelIrany FerrariIves Gandra da Silva Martins FilhoJoão Batista Brito PereiraJoão de Lima Teixeira FilhoJoão Oreste DalazenJosé Affonso Dallegrave NetoJosé Ajuricaba da Costa e SilvaJosé Alberto Couto MacielJosé Augusto Monteiro Cruz Rodrigues PintoJosé Carlos da Silva AroucaJosé Fernandes da Câmara Canto RufinoJosé Fiorencio JúniorJosé Francisco Siqueira NetoJosé Guedes Correia Gondim FilhoJosé Luiz Ferreira PrunesJosé Maria Quadros de AlencarLélia Guimarães Carvalho RibeiroLuciano Dorea Martinez CarreiroLuiz Carlos Amorim RobortellaLuiz de Pinho Pedreira da SilvaLuiz Eduardo GüntherLuiz Fernando Whitaker da CunhaLuiz José Guimaraes FalcãoManoel Antonio Teixeira FilhoManoel Jorge e Silva NetoManoel Mendes de FreitasMarco Aurélio Mendes de Farias MelloMaria Cristina Irigoyen PeduzziMaria Luiza Gama Lima

Messias Pereira Donato

• 7 •

8

Nelson Mannrich

Ney Prado

Ney José de Freitas

Otávio Augusto Reis de Sousa

Paulo Cardoso de Melo Silva

Paulo Emílio Ribeiro de Vilhena

Pedro Vidal Neto

Pedro Benjamin Vieira

Pedro Paulo Teixeira Manus

Pedro Thaumaturgo Soriano de Melo

Raimundo Simão de Melo

Renato Rua de Almeida

Roberto Araújo de Oliveira Santos

Roberto José Amarante Davis

Roberto Mario Rodrigues Martins

Rodolfo Mário Veiga Pamplona Filho

Ronald Olivar de Amorim e Souza

Rosalvo Octacilio Torres

Rosita de Nazaré Sidrin NassarSebastião Antunes FurtadoSebastião Machado FilhoSebastião Rodrigues LimaSergio FerrazSergio Torres TeixeiraTereza Aparecida Asta GemignaniTarso Fernando Herz GenroUmberto GrilloValdir FlorindoVantuil AbdalaWagner GiglioWalter de Freitas e SilvaWashington Luiz da TrindadeYone FredianiZoraide Amaral de Souza

• 9 •

8

SSSSSUMÁRIOUMÁRIOUMÁRIOUMÁRIOUMÁRIO

AAAAAPRESENTPRESENTPRESENTPRESENTPRESENTAÇÃOAÇÃOAÇÃOAÇÃOAÇÃO DOSDOSDOSDOSDOS A A A A ANAISNAISNAISNAISNAIS ............................................................................................... 13NELSON MANNRICH

RACIONALIDADE E EFETIVIDADE DO DIREITORACIONALIDADE E EFETIVIDADE DO DIREITORACIONALIDADE E EFETIVIDADE DO DIREITORACIONALIDADE E EFETIVIDADE DO DIREITORACIONALIDADE E EFETIVIDADE DO DIREITO

RRRRRACIONALIDADEACIONALIDADEACIONALIDADEACIONALIDADEACIONALIDADE EEEEE E E E E EFETIVIDADEFETIVIDADEFETIVIDADEFETIVIDADEFETIVIDADE DODODODODO D D D D DIREITOIREITOIREITOIREITOIREITO ....................................................................... 19IVES GANDRA DA SILVA MARTINS

A DEFESA DOS INTERESSES DIFUSOS E COLETIVOS:A DEFESA DOS INTERESSES DIFUSOS E COLETIVOS:A DEFESA DOS INTERESSES DIFUSOS E COLETIVOS:A DEFESA DOS INTERESSES DIFUSOS E COLETIVOS:A DEFESA DOS INTERESSES DIFUSOS E COLETIVOS:SINDICASINDICASINDICASINDICASINDICATOS OU MINISTÉRIO PÚBLICO?TOS OU MINISTÉRIO PÚBLICO?TOS OU MINISTÉRIO PÚBLICO?TOS OU MINISTÉRIO PÚBLICO?TOS OU MINISTÉRIO PÚBLICO?

A DA DA DA DA DEFESAEFESAEFESAEFESAEFESA DOSDOSDOSDOSDOS I I I I INTERESSESNTERESSESNTERESSESNTERESSESNTERESSES D D D D DIFUSOSIFUSOSIFUSOSIFUSOSIFUSOS EEEEE C C C C COLETIVOSOLETIVOSOLETIVOSOLETIVOSOLETIVOS: S: S: S: S: SINDICAINDICAINDICAINDICAINDICATOSTOSTOSTOSTOS OUOUOUOUOU M M M M MINISTÉRIOINISTÉRIOINISTÉRIOINISTÉRIOINISTÉRIO P P P P PÚBLICOÚBLICOÚBLICOÚBLICOÚBLICO????? ......... 33IVES GANDRA DA SILVA MARTINS FILHO

A DA DA DA DA DEEEEEFESAFESAFESAFESAFESA DOSDOSDOSDOSDOS I I I I INTERESSESNTERESSESNTERESSESNTERESSESNTERESSES D D D D DIFUSOSIFUSOSIFUSOSIFUSOSIFUSOS EEEEE C C C C COLETIVOSOLETIVOSOLETIVOSOLETIVOSOLETIVOS: S: S: S: S: SINDICAINDICAINDICAINDICAINDICATOSTOSTOSTOSTOS OUOUOUOUOU M M M M MINISTÉRIOINISTÉRIOINISTÉRIOINISTÉRIOINISTÉRIO P P P P PÚBLICOÚBLICOÚBLICOÚBLICOÚBLICO DODODODODO

TTTTTRABALHORABALHORABALHORABALHORABALHO????? .............................................................................................................. 39ALEXANDRE AGRA BELMONTE

A DA DA DA DA DEFESAEFESAEFESAEFESAEFESA DOSDOSDOSDOSDOS I I I I INTERESSESNTERESSESNTERESSESNTERESSESNTERESSES D D D D DIFUSOSIFUSOSIFUSOSIFUSOSIFUSOS EEEEE C C C C COLETIVOSOLETIVOSOLETIVOSOLETIVOSOLETIVOS ............................................................... 52RAIMUNDO SIMÃO DE MELO

GRUPOS DE EMPRESAS POR PRESUNÇÃO E POR CONTRAGRUPOS DE EMPRESAS POR PRESUNÇÃO E POR CONTRAGRUPOS DE EMPRESAS POR PRESUNÇÃO E POR CONTRAGRUPOS DE EMPRESAS POR PRESUNÇÃO E POR CONTRAGRUPOS DE EMPRESAS POR PRESUNÇÃO E POR CONTRATOTOTOTOTO

GGGGGRUPOSRUPOSRUPOSRUPOSRUPOS DEDEDEDEDE E E E E EMPRESASMPRESASMPRESASMPRESASMPRESAS ..................................................................................................... 75JOSÉ AUGUSTO RODRIGUES PINTO

GGGGGRUPOSRUPOSRUPOSRUPOSRUPOS DEDEDEDEDE E E E E EMPRESASMPRESASMPRESASMPRESASMPRESAS ..................................................................................................... 87MARIA CRISTINA IRIGOYEN PEDUZZI

• 10 •

8

NOVNOVNOVNOVNOVAS DIMENSÕES DA SUCESSÃO NOAS DIMENSÕES DA SUCESSÃO NOAS DIMENSÕES DA SUCESSÃO NOAS DIMENSÕES DA SUCESSÃO NOAS DIMENSÕES DA SUCESSÃO NOCONTRACONTRACONTRACONTRACONTRATO DE TRABALHOTO DE TRABALHOTO DE TRABALHOTO DE TRABALHOTO DE TRABALHO

NNNNNOVOVOVOVOVASASASASAS D D D D DIMENSÕESIMENSÕESIMENSÕESIMENSÕESIMENSÕES DADADADADA S S S S SUCESSÃOUCESSÃOUCESSÃOUCESSÃOUCESSÃO NONONONONO C C C C CONTRAONTRAONTRAONTRAONTRATOTOTOTOTO DEDEDEDEDE T T T T TRABALHORABALHORABALHORABALHORABALHO ........................................... 111ARI POSSIDÔNIO BELTRAN

AAAAANOTNOTNOTNOTNOTAÇÕESAÇÕESAÇÕESAÇÕESAÇÕES EMEMEMEMEM T T T T TORNOORNOORNOORNOORNO DADADADADA S S S S SUCESSÃOUCESSÃOUCESSÃOUCESSÃOUCESSÃO DEDEDEDEDE E E E E EMPRESASMPRESASMPRESASMPRESASMPRESAS NONONONONO D D D D DIREITOIREITOIREITOIREITOIREITO DODODODODO T T T T TRABALHORABALHORABALHORABALHORABALHO ..................... 122ESTÊVÃO MALLET

A SA SA SA SA SUCESSÃOUCESSÃOUCESSÃOUCESSÃOUCESSÃO NONONONONO C C C C CONTRAONTRAONTRAONTRAONTRATOTOTOTOTO DEDEDEDEDE T T T T TRRRRRABALHOABALHOABALHOABALHOABALHO ....................................................................... 149ALBERTO LEVI

O DIREITO DO TRABALHO E A ECONOMIA INFORMAL:O DIREITO DO TRABALHO E A ECONOMIA INFORMAL:O DIREITO DO TRABALHO E A ECONOMIA INFORMAL:O DIREITO DO TRABALHO E A ECONOMIA INFORMAL:O DIREITO DO TRABALHO E A ECONOMIA INFORMAL:IMPIMPIMPIMPIMPACTOS NA RACIONALIDADE E EFETIVIDADEACTOS NA RACIONALIDADE E EFETIVIDADEACTOS NA RACIONALIDADE E EFETIVIDADEACTOS NA RACIONALIDADE E EFETIVIDADEACTOS NA RACIONALIDADE E EFETIVIDADE

DDDDDIREITOIREITOIREITOIREITOIREITO DODODODODO T T T T TRABALHORABALHORABALHORABALHORABALHO EEEEE E E E E ECONOMIACONOMIACONOMIACONOMIACONOMIA I I I I INFORMALNFORMALNFORMALNFORMALNFORMAL: I: I: I: I: IMPMPMPMPMPACTOSACTOSACTOSACTOSACTOS NANANANANA R R R R RACIONALIDADEACIONALIDADEACIONALIDADEACIONALIDADEACIONALIDADE EEEEE E E E E EFETIVIDADEFETIVIDADEFETIVIDADEFETIVIDADEFETIVIDADE ...... 155NEY PRADO

A RESPONSABILIDADE DE DIRIGENTES,A RESPONSABILIDADE DE DIRIGENTES,A RESPONSABILIDADE DE DIRIGENTES,A RESPONSABILIDADE DE DIRIGENTES,A RESPONSABILIDADE DE DIRIGENTES,SÓCIOS E EX-SÓCIOSSÓCIOS E EX-SÓCIOSSÓCIOS E EX-SÓCIOSSÓCIOS E EX-SÓCIOSSÓCIOS E EX-SÓCIOS

A RA RA RA RA RESPONSABILIDADEESPONSABILIDADEESPONSABILIDADEESPONSABILIDADEESPONSABILIDADE DOSDOSDOSDOSDOS D D D D DIRIGENTESIRIGENTESIRIGENTESIRIGENTESIRIGENTES, S, S, S, S, SÓCIOSÓCIOSÓCIOSÓCIOSÓCIOS EEEEE E E E E EXXXXX-S-S-S-S-SÓCIOSÓCIOSÓCIOSÓCIOSÓCIOS PELOSPELOSPELOSPELOSPELOS C C C C CRÉDITOSRÉDITOSRÉDITOSRÉDITOSRÉDITOS L L L L LABORAISABORAISABORAISABORAISABORAIS ......... 177CATARINA DE OLIVEIRA CARVALHO

QQQQQUESTÕESUESTÕESUESTÕESUESTÕESUESTÕES C C C C CONTROVERONTROVERONTROVERONTROVERONTROVERTIDASTIDASTIDASTIDASTIDAS SOBRESOBRESOBRESOBRESOBRE AAAAA R R R R RESPONSABILIDADEESPONSABILIDADEESPONSABILIDADEESPONSABILIDADEESPONSABILIDADE DODODODODO S S S S SÓCIOÓCIOÓCIOÓCIOÓCIO EEEEE DODODODODO E E E E EXXXXX-S-S-S-S-SÓCIOÓCIOÓCIOÓCIOÓCIO NONONONONO

PPPPPROCESSOROCESSOROCESSOROCESSOROCESSO DODODODODO T T T T TRABALHORABALHORABALHORABALHORABALHO .......................................................................................... 203HOMERO BATISTA MATEUS DA SILVA

A RA RA RA RA RESPONSABILIDADEESPONSABILIDADEESPONSABILIDADEESPONSABILIDADEESPONSABILIDADE DEDEDEDEDE D D D D DIRIGENTESIRIGENTESIRIGENTESIRIGENTESIRIGENTES, S, S, S, S, SÓCÓCÓCÓCÓCIOSIOSIOSIOSIOS EEEEE E E E E EXXXXX-S-S-S-S-SÓCIOSÓCIOSÓCIOSÓCIOSÓCIOS (B (B (B (B (BREVESREVESREVESREVESREVES O O O O OBSERBSERBSERBSERBSERVVVVVAÇÕESAÇÕESAÇÕESAÇÕESAÇÕES))))) .............. 222SERGIO FERRAZ

O PROBLEMA DAS PRESTO PROBLEMA DAS PRESTO PROBLEMA DAS PRESTO PROBLEMA DAS PRESTO PROBLEMA DAS PRESTADORAS DE SERADORAS DE SERADORAS DE SERADORAS DE SERADORAS DE SERVIÇOS PVIÇOS PVIÇOS PVIÇOS PVIÇOS PARAARAARAARAARAFINANCEIRAS E GRUPOS ECONÔMICOS BANCÁRIOSFINANCEIRAS E GRUPOS ECONÔMICOS BANCÁRIOSFINANCEIRAS E GRUPOS ECONÔMICOS BANCÁRIOSFINANCEIRAS E GRUPOS ECONÔMICOS BANCÁRIOSFINANCEIRAS E GRUPOS ECONÔMICOS BANCÁRIOS

O PO PO PO PO PROBLEMAROBLEMAROBLEMAROBLEMAROBLEMA DASDASDASDASDAS P P P P PRESTRESTRESTRESTRESTADORASADORASADORASADORASADORAS DEDEDEDEDE S S S S SERERERERERVIÇOVIÇOVIÇOVIÇOVIÇO PPPPPARAARAARAARAARA F F F F FINANCEIRASINANCEIRASINANCEIRASINANCEIRASINANCEIRAS EEEEE G G G G GRUPOSRUPOSRUPOSRUPOSRUPOS E E E E ECONÔMICONÔMICONÔMICONÔMICONÔMICOSCOSCOSCOSCOS

BBBBBANCÁRIOSANCÁRIOSANCÁRIOSANCÁRIOSANCÁRIOS ............................................................................................................. 229GEORGENOR DE SOUSA FRANCO FILHO

• 11 •

8

O PO PO PO PO PROBLEMAROBLEMAROBLEMAROBLEMAROBLEMA DASDASDASDASDAS P P P P PRESTRESTRESTRESTRESTADORASADORASADORASADORASADORAS DEDEDEDEDE S S S S SERERERERERVIÇOSVIÇOSVIÇOSVIÇOSVIÇOS PPPPPARAARAARAARAARA F F F F FINANCEIRASINANCEIRASINANCEIRASINANCEIRASINANCEIRAS EEEEE G G G G GRUPOSRUPOSRUPOSRUPOSRUPOS E E E E ECONÔCONÔCONÔCONÔCONÔMICOSMICOSMICOSMICOSMICOS

BBBBBANCÁRIOSANCÁRIOSANCÁRIOSANCÁRIOSANCÁRIOS ............................................................................................................. 234ARION SAYÃO ROMITA; GUSTAVO ADOLPHO VOGEL NETO

A RECONSTRUÇÃO DO CONCEITO DE SUBORDINAÇÃOA RECONSTRUÇÃO DO CONCEITO DE SUBORDINAÇÃOA RECONSTRUÇÃO DO CONCEITO DE SUBORDINAÇÃOA RECONSTRUÇÃO DO CONCEITO DE SUBORDINAÇÃOA RECONSTRUÇÃO DO CONCEITO DE SUBORDINAÇÃO

A RA RA RA RA RECONSTRUÇÃOECONSTRUÇÃOECONSTRUÇÃOECONSTRUÇÃOECONSTRUÇÃO DADADADADA S S S S SUBORDINAÇÃOUBORDINAÇÃOUBORDINAÇÃOUBORDINAÇÃOUBORDINAÇÃO ............................................................................. 255TATIANA SACHS

A RA RA RA RA RECONSTRUÇÃOECONSTRUÇÃOECONSTRUÇÃOECONSTRUÇÃOECONSTRUÇÃO DODODODODO C C C C CONCEITOONCEITOONCEITOONCEITOONCEITO DEDEDEDEDE S S S S SUBORDINAÇÃOUBORDINAÇÃOUBORDINAÇÃOUBORDINAÇÃOUBORDINAÇÃO ......................................................... 268LUIZ CARLOS AMORIM ROBORTELLA

A RA RA RA RA RECONSTRUÇÃOECONSTRUÇÃOECONSTRUÇÃOECONSTRUÇÃOECONSTRUÇÃO DODODODODO C C C C CONCEITOONCEITOONCEITOONCEITOONCEITO DEDEDEDEDE S S S S SUBORDINAÇÃOUBORDINAÇÃOUBORDINAÇÃOUBORDINAÇÃOUBORDINAÇÃO ......................................................... 287LUISA GALANTINO

CRITÉRIOS DO MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO PCRITÉRIOS DO MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO PCRITÉRIOS DO MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO PCRITÉRIOS DO MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO PCRITÉRIOS DO MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO PARAARAARAARAARACONCESSÃO DE REGISTRO DE ENTIDADE SINDICALCONCESSÃO DE REGISTRO DE ENTIDADE SINDICALCONCESSÃO DE REGISTRO DE ENTIDADE SINDICALCONCESSÃO DE REGISTRO DE ENTIDADE SINDICALCONCESSÃO DE REGISTRO DE ENTIDADE SINDICAL

RRRRREGISTROEGISTROEGISTROEGISTROEGISTRO DEDEDEDEDE E E E E ENTIDADENTIDADENTIDADENTIDADENTIDADE S S S S SINDICALINDICALINDICALINDICALINDICAL ................................................................................... 309CASSIO DE MESQUITA BARROS JUNIOR

CCCCCRRRRRITÉRIITÉRIITÉRIITÉRIITÉRIOSOSOSOSOS DODODODODO M M M M MINISTÉRIOINISTÉRIOINISTÉRIOINISTÉRIOINISTÉRIO DODODODODO T T T T TRABALHORABALHORABALHORABALHORABALHO EEEEE E E E E EMPREGOMPREGOMPREGOMPREGOMPREGO PPPPPARAARAARAARAARA C C C C CONCESSÃOONCESSÃOONCESSÃOONCESSÃOONCESSÃO DEDEDEDEDE R R R R REGISTROEGISTROEGISTROEGISTROEGISTRO DDDDDEEEEE

EEEEENTIDADENTIDADENTIDADENTIDADENTIDADE S S S S SINDICALINDICALINDICALINDICALINDICAL ................................................................................................. 321SERGIO PINTO MARTINS

AAAAATUAÇÃOTUAÇÃOTUAÇÃOTUAÇÃOTUAÇÃO DODODODODO M M M M MINISTÉRIOINISTÉRIOINISTÉRIOINISTÉRIOINISTÉRIO DODODODODO T T T T TRABALHORABALHORABALHORABALHORABALHO EEEEE E E E E EMPREGOMPREGOMPREGOMPREGOMPREGO NANANANANA O O O O ORGANIZAÇÃORGANIZAÇÃORGANIZAÇÃORGANIZAÇÃORGANIZAÇÃO S S S S SINDICALINDICALINDICALINDICALINDICAL .................. 337ZILMARA DAVID DE ALENCAR E AYLZA GREDIU

RRRRRACIONALIDADEACIONALIDADEACIONALIDADEACIONALIDADEACIONALIDADE EEEEE EEEEEFETIVIDADEFETIVIDADEFETIVIDADEFETIVIDADEFETIVIDADE DODODODODO D D D D DIREITOIREITOIREITOIREITOIREITO P P P P PROCESSUALROCESSUALROCESSUALROCESSUALROCESSUAL C C C C CIVILIVILIVILIVILIVIL — C — C — C — C — CONSIONSIONSIONSIONSIDERAÇÕESDERAÇÕESDERAÇÕESDERAÇÕESDERAÇÕES SOBRESOBRESOBRESOBRESOBRE AAAAACCCCCRISERISERISERISERISE DADADADADA J J J J JUSTIÇAUSTIÇAUSTIÇAUSTIÇAUSTIÇA .................................................................................................... 340ANTONIO CARLOS MARCATO

• 13 •

8

AAAAAPRESENTPRESENTPRESENTPRESENTPRESENTAÇÃOAÇÃOAÇÃOAÇÃOAÇÃO DOSDOSDOSDOSDOS A A A A ANAISNAISNAISNAISNAIS(*)

Nelson Mannrich(**)

Recebi o honroso encargo de fazer a apresentação deste livro, oque faço com muita satisfação, em nome dos eminentes membros daAcademia, da Diretoria e da Comissão Organizadora, integrada por mime pelos Acadêmicos Yone Frediani e Valdir Florindo. Trata-se de maisuma iniciativa da Academia Nacional de Direito do Trabalho e de suadiretoria, para perpetuar a memória do Congresso Internacional Atuali-dades do Direito do Trabalho, ocorrido em São Paulo, no Teatro Maksoud.

Assumimos, durante o congresso, o compromisso de publicar asconferências e as palestras em forma de Anais, como agora fazemos,graças ao apoio da nossa parceira de sempre, a LTr Editora.

Dessa forma, a Academia cumpre uma de suas missões institucio-nais, a de divulgar o Direito do Trabalho por meio de Congressos, apresen-tando-se como centro de debate plural das grandes questões envolvendorelações de trabalho. Com isso, acreditamos que, por meio do diálogosocial, haverá espaço para o trabalho digno do homem cidadão.

Os temas escolhidos refletem essa preocupação. É verdade queinicialmente o título sugerido para o Congresso foi Racionalidade eEfetividade do Direito do Trabalho. No entanto, quando discutia essetítulo com o professor Amauri Mascaro Nascimento, por ocasião doCongresso dos Advogados Trabalhistas, no ano passado, na cidade de

(*) Foi promovido pela Academia Nacional de Direito do Trabalho e ocorreu em São Paulo,nos dias 10 e 11 de agosto, de 2011.(**) Professor e Advogado, em São Paulo. Presidente da Academia Nacional de Direito doTrabalho.

• 14 •

8

Itu, ele argumentou sabiamente que nem sempre a racionalidade implicaefetividade. Participou desse debate informal o inesquecível e saudosoprofessor Oscar Ermida Uriarte. O professor uruguaio ficou tão entusias-mado com essa ideia que acabou aceitando o convite para participar donosso Congresso — mas, infelizmente, como todos sabem, isso não foipossível, pois a doença fatal que o acometeu o retirou de nosso convívio.

Aproveito para manifestar, com emoção, nossa homenagem a esseexpoente do Direito do Trabalho. Como dizia nosso Confrade João deLima Teixeira, em mensagem que circulou entre os acadêmicos,

“A perda não é só do grande amigo, mas do notável jurista einstigante conferencista. Sua inteligência rútila e devoçãoinfinda ao Direito do Trabalho deixa uma obra riquíssima, lúcidae à frente de seu tempo, que, por certo, alimentará muitasgerações de laboralistas.”

Os temas escolhidos para serem debatidos no Congresso refletema preocupação da Academia com sua missão institucional. Nessa esteira,foram discutidos os seguintes relevantes temas:

— Racionalidade e efetividade do Direito, conferência deabertura, a cargo do Acadêmico Ives Gandra da Silva Martins;

— A defesa dos interesses difusos e coletivos: sindicatos ouMinistério do Trabalho?, tendo participado desse painel osAcadêmicos Ives Gandra da Silva Martins Filho, Alexandrede Souza Agra Belmonte e Raimundo Simão de Melo;

— Grupos de empresas por presunção e por contrato, tendoparticipado desse painel os Acadêmicos Maria Cristina IrigoyenPeduzzi e José Augusto Rodrigues Pinto;

— O futuro Código de Processo Civil e sua repercussão noProcesso do Trabalho, conferência a cargo do AcadêmicoManoel Antônio Teixeira da Silva;

— Novas dimensões da sucessão no contrato de trabalho,tendo participado desse painel os Acadêmicos Ari PossidônioBeltran, Estêvão Mallet e Alberto Levi, da Universidade deMódena;

— O direito do trabalho e a economia informal: impactos naracionalidade e efetividade, conferência de encerramento doprimeiro dia, a cargo do Acadêmico Ney Prado;

• 15 •

8

— Centrais sindicais e os rumos do sindicalismo brasileiro,conferência de abertura do segundo dia, a cargo do AcadêmicoAmauri Mascaro Nascimento. No mesmo horário e na sequên-cia, tivemos a participação especial do sindicalista SérgioNobre, que abordou o projeto do Acordo Coletivo com propó-sito específico;

— A responsabilidade de dirigentes, sócios e ex-sócios, tendoparticipado desse painel os Acadêmicos Catarina de OliveiraCarvalho, da Universidade Católica do Porto, Homero BatistaMateus da Silva e Sérgio Ferraz;

— O problema das prestadoras de serviços para financeirase grupos econômicos bancários, tendo participado dessepainel os Acadêmicos Georgenor de Souza Franco Filho, ArionSayão Romita e Renato Rua de Almeida;

— A Reconstrução do conceito de subordinação, tendoparticipado desse painel os Acadêmicos Tatiana Sachs, daUniversidade de Nancy 2, França, Luiz Carlos AmorimRobortella e Luisa Galantino, da Universidade de Módena;

— Critérios do Ministério do Trabalho e Emprego paraconcessão de registro de entidade sindical, tendo participadodesse painel os Acadêmicos Sérgio Pinto Martins, CássioMesquita Barros Jr. e José Francisco Siqueira Neto;

— Racionalidade e Efetividade do Direito Processual Civil,conferência de encerramento do Congresso a cargo doAcadêmico Antonio Carlos Marcato.

A Academia promoveu o Congresso em parceria com o IICS —Instituto Internacional de Ciências Sociais, com a importante colaboraçãodo Ministro Ives Gandra da Silva Martins Filho e fomos apoiados pordiversas entidades coirmãs, destacando-se a AMATRA-SP, Associaçãodos Magistrados do Trabalho, da Segunda Região, representada pelasua presidente dra. Sônia Lacerda; a AASP — Associação dosAdvogados de São Paulo, representada pelo dr. Roberto Parayba deArruda Pinto; a AATSP — Associação dos Advogados Trabalhistas deSão Paulo, representada pelo dr. Cláudio Peron Ferraz; o IASP — Institutodos Advogados de São Paulo, representado pelo dr. Euclydes Mendonça;o CESA — Centro de Estudo das Sociedades de Advogados e SINSA —

• 16 •

8

Sindicato das Sociedades de Advogados do Estado de São Paulo e Riode Janeiro, representado por Felipe Patah; a APD — Academia Paulistade Direito, representada pelo dr. Rogério Donini.

Cumprimentamos os conferencistas e os painelistas que tanto contri-buíram, seja quando fizeram sua exposição por ocasião do Congresso,seja pelo que agora fica registrado nesses Anais. A eles, devemos osucesso deste livro e a eles rendemos nossas homenagens e nossosagradecimentos. Aqueles que não enviaram, por motivos justos, o texto,mesmo assim, fica nossa homenagem e nosso agradecimento.

Tomo a liberdade de registrar o profundo reconhecimento da Acade-mia pelo imprescindível apoio que recebemos de nossos patrocinadores,destacando-se a Volkswagen, o Bradesco, a Gol, o Itaú, a LTr, o SETPESP— Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado deSão Paulo, o Sindicato dos Comerciários de São Paulo e Maksoud Plaza.À Editora Lex Magister, com quem a Academia vem estreitando parceriasimportantes, nosso agradecimento pelo apoio especial.

Este livro é fruto do trabalho de Acadêmicos que honram as letrasjurídicas trabalhistas e como tais são reconhecidos nacional e interna-cionalmente — sem eles e sem o sacrifício e a dedicação deles, nãopoderíamos brindar nossos leitores com esse presente especial. Elesforam o centro das atenções, dos aplausos e do carinho durante os doisdias do Congresso. A eles devemos o sucesso, por todos comentado, àunanimidade. Além desse destaque, outro merece nosso registro, o quefaço com a devida autorização dos demais — cumprimentar carinho-samente o professor Amauri Mascaro Nascimento, não apenas peloesforço pessoal de comparecer, como pela sua conferência, que comoveua todos.

Por fim, faço especial menção à importante colaboração dos Aca-dêmicos que integraram a Comissão organizadora, Dra. Yone Frediani eDr. Valdir Florindo, cuja dedicação foi testemunhada por todos, tendo-sedestacado, ainda, para o sucesso do evento e consolidação deste livro,Denise Borba Ataide.

RRRRRACIONALIDADEACIONALIDADEACIONALIDADEACIONALIDADEACIONALIDADE EEEEE

EEEEEFETIVIDADEFETIVIDADEFETIVIDADEFETIVIDADEFETIVIDADE DODODODODO D D D D DIREITOIREITOIREITOIREITOIREITO

• 19 •

8

RRRRRACIONALIDADEACIONALIDADEACIONALIDADEACIONALIDADEACIONALIDADE EEEEE E E E E EFETIVIDADEFETIVIDADEFETIVIDADEFETIVIDADEFETIVIDADE DODODODODO D D D D DIREITOIREITOIREITOIREITOIREITO

Ives Gandra da Silva Martins(*)

Em palestra para especialistas em direito trabalhista, magistrados,professores, membros do Ministério Público e advogados, este velhoadvogado provinciano, que, desde que seu filho, há 12 anos, foi nomeadoMinistro do Tribunal Superior do Trabalho, comprometeu-se a nunca maiscuidar de questões trabalhistas, para não constrangê-lo no exercício desuas funções, sente-se apreensivo e convencido de que aceitar o convitefoi uma temeridade.

Para falar sobre racionalidade e efetividade do Direito, decidi dividira palestra em dois grandes blocos, o primeiro dedicado à evolução doDireito, a partir do direito romano, em que a racionalidade ganhou a con-formação, antes intuída pelos povos, nos seus ordenamentos costumeirosou escritos, e a efetividade do direito atual no país, a carga dos poderese principalmente do Poder Judiciário, não me esquivando de trazer minhasapreensões aos senhores e às senhoras sobre um certo ativismo judicialque começa a contaminar os brilhantes magistrados na Suprema CorteBrasileira.

No momento em que os grandes pensadores da antiguidade, naChina, na Índia, na Pérsia e na Grécia, passaram a penetrar na

(*) Professor Emérito das Universidades Mackenzie, UNIP, UNIFIEO, UNIFMU, do CIEE/O Estado de São Paulo, das Escolas de Comando e Estado Maior do Exército — ECEME,Superior de Guerra — ESG e da Magistratura do Tribunal Regional Federal 1ª Região.Professor Honorário das Universidades Austral (Argentina), San Matin de Porres (Peru) eVasili Goldis (Romênia). Doutor Honoris Causa das Universidades de Craiova (Romênia)e da PUC-Paraná e Catedrático da Universidade do Minho (Portugal). Presidente doConselho Superior de Direito da Fecomercio-SP. Fundador e Presidente do Centro deExtensão Universitária — CEU/Instituto Internacional de Ciências Sociais — IICS.

• 20 •

8

profundeza da “psique” humana e a indagar-se sobre questões até hojenão resolvidas, à luz exclusiva da razão — a saber: por que existimos,qual é a nossa origem, qual é o nosso destino, por que existe o Universo,qual será o fim dele, por que o poder está no âmago do homem social—, ficou claro que a regulação do domínio entre os detentores do podere o povo não poderia ser mais baseada exclusivamente na força. Teriade haver um elemento de convicção a mais, para justificar as regras deconvivência sob a tutela de um soberano.

Creio que o grande gênio romano foi não o de se ombrear com asconquistas decorrentes das especulações filosóficas e culturais dos povosantigos, mas, principalmente, instrumentalizar a regulação como mecanismode poder. A força, de um lado, mais a manipulação das convicções, deoutro, passaram a formatar as normas internas e externas de seu domínio.

O mérito do direito romano — e aqui o trato como mera regulaçãoconvivencial — está em terem percebido, os seus fundadores, desde amonarquia, passando pela república e chegando ao império, que, paraconseguir aliados, principalmente entre os povos conquistados, erafundamental que o povo acreditasse na força e na eficácia convivencialde sua regulação, ou seja, de seu estatuto jurídico.

A medida que os povos iam sendo conquistados, em função dalealdade que passassem a demonstrar aos vencedores, os vencidospodiam galgar a cidadania romana, com as garantias inerentes a seudireito. Tal regulação passou a ser a melhor segurança da conquista,regendo as relações internas e externas (jus civile et jus gentiumromanorum), com garantias nunca vistas anteriormente, em quaisquerdas codificações mencionadas no capítulo anterior.

A humanidade, à luz do direito romano, ingressou num outro patamarde regulação convivencial, ao ponto de Antonino Caracala, em 212 d.C,ao estender a todo o império romano a cidadania de Roma e a garantiade seus direitos, ter atrasado, a meu ver, em 250 anos, a queda do Im-pério, que já no século III sofria abalos quase cotidianos na sua estruturade poder.

Tal regulação, ofertada pelos romanos para a convivência entre ospovos e as nações, manteve-se até o presente, como se vê nas institui-ções de direito civil de todos os países civilizados. Influenciou aformulação de legislações no período conturbado da Idade Média —mas de indiscutível evolução, em que, graças à Igreja Católica, surge a

• 21 •

8

luz da cultura moderna, ou seja, a criação da Universidade — como asOrdenações Afonsinas, em Portugal.

A influência, todavia, faz-se sentir também na conformação dosEstados, fenômeno jurídico moderno, após a regulação romana. O EstadoModerno diferencia-se do Estado anterior ao direito romano, por já contarcom uma maior participação popular. Como agente, o povo passou aintervir com mais intensidade nos centros do poder.

Assim é que a “Magna Carta Baronorum” dá início ao Constituciona-lismo da atualidade, em 1215, com a submissão de João Sem Terra aosbarões ingleses. Esse movimento se aperfeiçoa depois da Renascençae do período das Monarquias Absolutas, com as duas Constituições: aamericana, de 1787, e a francesa, de 1791. Com os dois “Bill of Rights”do século XVII, na Inglaterra, houve, inclusive, uma profunda evolução,tendo o último, com os Orange, principiado o mais democrático dossistemas de governo representativo, o sistema parlamentar inglês (1688).

Aos três modelos constitucionais de regulação dos povos e entreos povos — em que o conceito de soberania ainda não vivia sua relati-vização, como na segunda metade do século XX —, seguem-se as Cons-tituições sociais (México — 1917 e Alemanha — 1919). Os diversosmodelos influenciaram a participação popular nos governos, com indis-cutível fortalecimento dos regimes democráticos, que principiam a espo-car em todos os cantos do mundo, a partir de meados do século XVIII.

A regulação ganha dimensões mais abrangentes a partir da criaçãoda ONU, projeto mais bem-sucedido que a “Liga das Nações”, e da forma-ção de blocos regionais, que, na busca de assegurar direitos humanos edireitos fundamentais, permitem evolução pacífica entre os povos. Aformação de blocos passou a ser o caminho que as nações começam atrilhar para alcançar o desenvolvimento, sendo o mais bem-sucedidodeles a União Europeia, já com seus contornos definitivos, após o Tratadode Lisboa.

Nessa regulação convivencial na sociedade e entre sociedades,além dos direitos individuais e sociais, outros ganharam particulardimensão e importância. Os direitos e interesses difusos, o acesso àtecnologia, ao bem-estar social, a uma sociedade sustentável e, por sero mais relevante para a sobrevivência, o direito à preservação do meioambiente, o qual diz respeito à própria permanência da humanidade, notempo e no espaço. Comparado a outras espécies, o homem conquistou,com sua presença, num planeta que é apenas um pequeno ponto do

• 22 •

8

Universo, patamares de evolução em progressão geométrica, que,certamente, levarão a regulações convivenciais cada dia mais complexas,para sua sobrevivência. Essa matéria, todavia, pertence ao campo dosestudos antecipatórios, que foge aos estritos limites desta breveintrodução sobre racionalidade.

Sobre efetividade, decidi, nessa palestra, enfrentar questão que,de algum tempo para cá, têm me preocupado sobremaneira, à luz doque os constituintes deliberaram e produziram como norma e das deci-sões conflitantes da Suprema Corte, que vêm desconhecendo aquelaintenção, claramente exposta em normas da lei suprema de 5.10.1988.

Minha preocupação maior reside no fato de que o Supremo TribunalFederal, pelo art. 102, caput, da Constituição Federal, é o “guardião” daLei Suprema, e não um constituinte derivado, capaz de gerar princípios,normas e regras novas, revogando aqueles que o legislador supremo,eleito pelo povo, houve por bem produzir.

Refiro-me ao ativismo judicial, que tem levado a Suprema Corte aelaborar leis no lugar do Poder Legislativo, inclusive normas de naturezaconstitucional, como se constituinte derivado fosse, embora não eleitos,os seus 11 membros, pelo povo, mas por um homem só, com o poderdecisório absoluto de nomeá-los, sem necessidade de consultar ninguém.

Nos Comentários à Constituição que escrevi com Celso Bastos,em 15 volumes, pela Editora Saraiva, sustentamos que a lei pode sermais inteligente que o legislador, ou seja, deve-se interpretar a lei peloque nela está escrito, e não de acordo com a vontade do legislador, aqual é condicionada pela sua antecedente maior, a Carta Magna. AConstituição é que serve de base para interpretar a lei, e não a vontadedo legislador, muito embora esta deva ser também levada em con-sideração.

Já em relação à Constituição, não há outro antecedente imediatoque não a vontade do constituinte eleito pelo povo para produzir a primeiradas leis, razão pela qual Celso e eu afirmamos, na introdução daquelesComentários, que, se a lei é mais inteligente que o legislador, a Consti-tuição não é mais inteligente que o constituinte.

Em recente tese de doutoramento aprovada, com distinção, pelaBanca Examinadora (Presidente: Alexandre de Moraes, Fernanda Diasde Menezes Almeida, Manoel Gonçalves Ferreira Filho, Ives Gandra daSilva Martins, Gianpaolo Poggio Smanio e José Levy Melo do Amaral

• 23 •

8

Jr.), na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, seu autor, oprofessor Cesar Mecchi Morales, demonstrou que a afirmação minha ede Celso corresponde à melhor tradição dos direitos americano, europeu,e até mesmo japonês, no sentido de que o “originalismo” dos constituintesé que deve orientar a interpretação dos magistrados e doutrinadores.

Assim é que, perante todos os integrantes da Banca Examinadora— originalistas em matéria constitucional, porque prestigiam a vontadedo legislador supremo sobre os modismos ou as acomodaçõesconvenientes e coniventes de intérpretes interessados em ser legisla-dores positivos — Cesar Morales claramente defendeu, com profusãode dados colhidos no direito comparado, a tese de que a Constituiçãonão é mais inteligente que o constituinte. A origem da vontade doconstituinte é que deve condicionar a ação do intérprete.

Ora, durante os trabalhos constituintes, discutiu-se qual deveriaser a atuação do Poder Judiciário, tendo ficado claro que, por serem ospoderes harmônicos e independentes, não poderia um poder invadir aárea de atuação de outro, a não ser em claras hipóteses definidas na leimaior. Entre essas hipóteses, destacam-se os arts. 62 e 68 da CF, noconcernente à delegação da função legislativa ao poder executivo, sem-pre com a aprovação prévia ou sujeita à aceitação posterior do parla-mento, por medidas provisórias e leis delegadas.

Lembro-me de um jantar, em Brasília, para discutir, com o relatorda Constituinte, Senador Bernardo Cabral, o papel do Poder Judiciário.Participaram, além do relator, o Min. Sydney Sanches, pelo STF, o Desem-bargador Odyr Porto, presidente da Associação dos MagistradosBrasileiros, e eu.

Concordaram todos os presentes que não deveria jamais caber aoPoder Judiciário legislar, mesmo no caso de ações diretas de incons-titucionalidade por omissão.

Essa é a razão pela qual o § 2º, do art. 103, da Lei Suprema con-formou a seguinte redação:

“§ 2º Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornarefetiva norma constitucional, será dada ciência ao Poder competente paraa adoção das providências necessárias e, em se tratando de órgãoadministrativo, para fazê-lo em trinta dias.” (grifos meus).

Segundo essa norma, declarada a inconstitucionalidade por omis-são do congresso nacional, cabe à Suprema Corte comunicá-la aoParlamento sem