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ESTUDO TÉCNICO PARA ESTABELECIMENTO DE PROCEDIMENTOS DE ACTUAÇÃO, HIGIENE E SEGURANÇA EM OFICINA METALOMECÂNICA André Filipe Curvelo Tavares Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em Engenharia Mecânica Júri Presidente: Prof. Rui Manuel dos Santos Oliveira Baptista Orientador: Prof. Pedro Alexandre Rodrigues Carvalho Rosa Co-orientador: Prof. Paulo António Firme Martins Vogal: Prof ª. Elsa Maria Pires Henriques Novembro de 2011

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ESTUDO TÉCNICO PARA ESTABELECIMENTO DE

PROCEDIMENTOS DE ACTUAÇÃO, HIGIENE E

SEGURANÇA EM OFICINA METALOMECÂNICA

André Filipe Curvelo Tavares

Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em

Engenharia Mecânica

Júri

Presidente: Prof. Rui Manuel dos Santos Oliveira Baptista

Orientador: Prof. Pedro Alexandre Rodrigues Carvalho Rosa

Co-orientador: Prof. Paulo António Firme Martins

Vogal: Prof ª. Elsa Maria Pires Henriques

Novembro de 2011

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iii

Agradecimentos

Gostaria de agradecer a todos aqueles que contribuíram e tornaram possível a realização da

presente dissertação de mestrado, muito obrigado. Em especial:

Aos meus orientadores, Prof. Pedro Alexandre Rodrigues Rosa e Prof. Paulo António Firme

Martins, pelo inigualável apoio e transmissão de conhecimento, esforço e dedicação.

Ao Mestre Carlos Alves Silva, agradeço a motivação e atenção dada durante o trabalho, foi

essencial e não me esqueço do apoio, amizade e simpatia quando iniciei as primeiras tarefas deste

trabalho, do início ao fim o seu conhecimento foi vital para o resultado final.

Ao Tiago Sousa Amaral, agradeço a motivação e trabalho de equipa durante todo trabalho, não

me esqueço da amizade e apoio que foram essenciais para o resultado final.

À Secção de Tecnologia Mecânica do Instituto Superior Técnico e respectivos membros agradeço

todas as facilidades e meios concedidos que tornaram possível a realização desta dissertação.

Ao Núcleo de Segurança e higiene no trabalho em especial ao Eng. Pedro Duarte, à Engª Rita

Costa e ao Chefe de Segurança Sr. José Magalhães pela sua colaboração e disponibilidade.

Ao Núcleo de manutenção em especial ao Eng. Afonso Franca pelo empréstimo de aparelhos de

medição, que foram importantes para o desenvolvimento desta dissertação.

Ao Núcleo de património, e o Economato da Instituição pela facilitação de documentos e

explicações quando necessárias.

Aos meus amigos João Raposo, Diogo Cabral e Tiago Tavares pela compreensão e apoio

prestado ao longo desta dissertação.

Por fim e como não podia deixar de ser gostaria de agradecer aos meus pais, aos meus irmãos e

amigos por todo o apoio e compreensão, sem o apoio deles teria sido muito complicado acabar esta

etapa da minha vida.

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Resumo

As exigências de mercado promovem uma contínua necessidade de desenvolvimento de novos

produtos. Neste sentido é imperioso que os principais centros de investigação e desenvolvimento

estejam apetrechados com meios apropriados para o apoio às actividades experimentais.

A selecção e a implementação de competências para apoio geral às actividades experimentais

desses centros, apresenta um enunciado de um problema de espectro alargado para o qual nem

sempre existe uma linha clara e objectiva de resolução. Assim, e para a implementação deste tipo de

infra-estrutura é importante o estabelecimento de manuais com procedimentos de actuação, higiene e

segurança, como ferramenta auxiliar importante para as actividades do engenheiro mecânico. Na

literatura da especialidade não é comum a existência de manuais que clarifiquem os procedimentos

de instalação e de actuação das oficinas de mecânica, enquanto pelo oposto existem uma imensidão

de manuais de higiene e segurança, mas que se apresentam de forma genérica não focando os

aspectos específicos da actividade em oficina de mecânica.

A presente tese desenvolve-se num estudo técnico para a implementação de procedimentos de

actuação, higiene e segurança no trabalho que permitam apoiar o trabalho do engenheiro mecânico

no estabelecimento inicial e nas actividades diárias de gestão e execução. A parte teórica apresenta

as actividades de uma oficina, os procedimentos de HST, enquadrados nas exigências legislativas. O

desenvolvimento experimental consiste na aplicação dos conceitos apreendidos na definição e

instalação inicial duma oficina de mecânica no Instituto Superior Técnico, permitindo assim o

estabelecimento de uma infra-estrutura para apoio das actividades experimentais da escola.

Palavras-chave: Oficina de mecânica, Procedimentos de actuação, Higiene e segurança no

trabalho.

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vii

Abstract

Market demands promote a continuous need for developing new products. In this sense it’s

imperative that the main investigation and national development centers are equipped with appropriate

resources to support experimental activities.

The selection and implementation of competencies to provide general support to experimental

activities at I&D centers (teaching institutions and companies), presents a large spectrum problem

enunciation for which there’s not always a clear and objective resolution line. Therefore, and for the

implementation of this type of infrastructure, it’s important to establish operating procedure, hygiene

and security manuals, as an important auxiliary tool for the mechanical engineer activities. However, in

this area’s literature, it’s uncommon to find manuals that clarify installation and action procedures at a

metalworking workshop. On the other hand, there are a large number of hygiene and safety manuals

that present themselves in a generic sense, regardless of specific aspects of the activities inside the

workshop.

The present thesis develops around a technical study to implement action, hygiene and safety

procedures, in order to support the mechanical engineer work in terms of initial set-up and daily

activities of management and execution. The theoretical part briefly presents the workshop activities,

hygiene and safety procedures and frames the actual market and legislative demands. Experimental

development consists in applying all the notions learned, initially defining and installing a

metalworking workshop at the Instituto Superior Técnico, therefore allowing to contribute directly to the

establishment of an infrastructure to support the school’s experimental activities.

Keywords: Metalworking workshop, Operational procedures, Health and Safety at work.

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ix

Índice

AGRADECIMENTOS ............................................................................................................................... III

RESUMO .............................................................................................................................................. V

ABSTRACT .......................................................................................................................................... VII

ÍNDICE .................................................................................................................................................. IX

LISTA DE FIGURAS ................................................................................................................................ XI

LISTA DE TABELAS .............................................................................................................................. XIII

1. INTRODUÇÃO............................................................................................................................... 2

2. OFICINA METALOMECÂNICA ......................................................................................................... 4

2.1. Instalações e Equipamentos .............................................................................................. 4

2.2. Recursos Humanos ........................................................................................................... 5

2.3. Planeamento e Gestão da Produção ................................................................................ 6

3. HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO ......................................................................................... 8

3.1. Breve Visão Estatística ...................................................................................................... 8

3.2. Instalações ....................................................................................................................... 10

3.2.1. Pavimentos Industriais ................................................................................................................... 10

3.2.2. Condições Térmicas ...................................................................................................................... 10

3.2.3. Ruído ............................................................................................................................................. 11

3.2.4. Instalação Eléctrica ........................................................................................................................ 12

3.2.5. Iluminação ...................................................................................................................................... 12

3.2.6. Incêndios ........................................................................................................................................ 13

3.2.7. Sinalização ..................................................................................................................................... 18

3.2.8. Higiene Industrial ........................................................................................................................... 19

3.3. Equipamentos .................................................................................................................. 20

3.3.1. Elementos de Risco ....................................................................................................................... 20

3.3.2. Meios de Protecção ....................................................................................................................... 21

3.4. Protecção Individual ........................................................................................................ 23

3.4.1. Protecção da cabeça ..................................................................................................................... 24

3.4.2. Protecção dos olhos e rosto ........................................................................................................... 24

3.4.3. Protecção auditiva ......................................................................................................................... 24

3.4.4. Protecção do tronco ....................................................................................................................... 25

3.4.5. Protecção dos Pés e das Mãos ..................................................................................................... 25

4. AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO .............................................................................. 26

4.1. Organização..................................................................................................................... 26

4.2. Segurança ........................................................................................................................ 28

4.2.1. Pavimentos industriais ................................................................................................................... 28

4.2.2. Ventilação ...................................................................................................................................... 28

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x

4.2.3. Iluminação ...................................................................................................................................... 29

4.2.4. Sinalização ..................................................................................................................................... 29

4.2.5. Equipamentos ................................................................................................................................ 29

4.2.6. Protecção Individual ....................................................................................................................... 30

4.3. Higiene e Ambiente ......................................................................................................... 30

5. IMPLEMENTAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS DE HST ........................................................................ 32

5.1. Instalações ....................................................................................................................... 32

5.1.1. Pavimentos Industriais ................................................................................................................... 33

5.1.2. Condições Térmicas ...................................................................................................................... 33

5.1.3. Ruído ............................................................................................................................................. 37

5.1.4. Iluminação/Riscos Eléctricos ......................................................................................................... 39

5.1.5. Incêndios ........................................................................................................................................ 41

5.1.6. Sinalização ..................................................................................................................................... 42

5.1.7. Higiene e Ambiente ........................................................................................................................ 42

5.2. Equipamentos .................................................................................................................. 43

5.3. Protecção individual ......................................................................................................... 45

6. IMPLEMENTAÇÃO DE PROCEDIMENTOS DE ACTUAÇÃO ................................................................ 46

6.1. Institucional ...................................................................................................................... 46

6.1.1. Plano Estratégico e Financeiro ...................................................................................................... 46

6.1.2. Obras/ Manutenção das Instalações .............................................................................................. 48

6.1.3. Aquisição de Bens e Serviço ......................................................................................................... 49

6.1.4. Inserção na estrutura da Matéria Patrimonial ................................................................................ 50

6.1.5. Solicitação de acesso ao campus .................................................................................................. 51

6.2. Núcleo de Oficinas ........................................................................................................... 51

6.2.1. Sistema de Apoio à Gestão e Planeamento .................................................................................. 51

6.2.2. Procedimentos Organizacionais .................................................................................................... 52

6.2.3. Procedimentos de Utilização das Máquinas .................................................................................. 54

6.2.4. Procedimentos de Manutenção das Máquinas .............................................................................. 55

6.2.5. Planeamento e Gestão da Produção ............................................................................................. 57

6.2.6. Caderno de Fabrico ....................................................................................................................... 59

7. CONCLUSÃO E TRABALHOS FUTUROS ........................................................................................ 62

BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................................... 64

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Lista de figuras

Figura 2.1 Esquema das actividades comuns numa oficina metalomecânica adaptado [2] .................. 4

Figura 2.2 Esquema das Funções principais da área de Planeamento e Gestão – Produção [6] ......... 6

Figura 3.1 Agentes agressivos comuns em ambiente industrial: a)Gases electro-erosão [14]; b) Gases

Soldadura [15] c) Fumos Têmpera [16] d) Pintura [17] .................................................................. 11

Figura 3.2 Sistema de detecção de incêndios a) Botões de alarme Manual por Quebra de Vidro [24];

b) Detectores automáticos de incêndio [24]; c) Sinalizadores Acústicos [24]. .............................. 16

Figura 3.3 - Extintor Portátil e principais características [8] .................................................................. 17

Figura 3.4 Sistemas de extinção de incêndios a) Boca-de-incêndio e carretel de mangueira semi-

rígida [8]; b) Coluna seca [8] c) Pulverizador automático [25] ....................................................... 17

Figura 3.5 Tipos de sinalização utilizada na indústria metalomecânica; a) Proibição; b) Aviso c)

Obrigação d) salvamento ou saúde e)material de combate a incêndios f)obstáculos e locais

perigosos ........................................................................................................................................ 19

Figura 3.6 Elementos de risco com movimento de rotação [30] .......................................................... 20

Figura 3.7 a) Movimentos de risco alternados [30] a) Rotação e translação; b) Oscilação; c)

Translação. ..................................................................................................................................... 21

Figura 3.8 Resguardos de protecção a) Esmeril [31] b) Torno convencional [32] c) Fresadora [33] d)

Serrote circular [34]. ....................................................................................................................... 22

Figura 3.9 Apara- Corpos a) Esquema de funcionamento [30]; b) Prensa [35]. ................................... 22

Figura 3.10 Dispositivo de: a) comando de duas mãos [36] b) Barra distanciadora [30]; c) Pedal [37].

........................................................................................................................................................ 22

Figura 3.11 Dispositivos sensores de presença [30]: a) Fotoeléctricos]; b) Fotoeléctricos e resguardos

fixos c) Pressão ............................................................................................................................. 23

Figura 3.12 Interruptores de [30]: a) emergência e b) bloqueadores ................................................... 23

Figura 3.13 Equipamentos de protecção: a) Elementos constituintes do capacete de protecção [8] b)

Óculos de protecção contra projecções[40] c) Viseira de protecção de Soldadura [41] ............... 24

Figura 3.14 Equipamentos de protecção: a) Tampão Auditivos [44]; b) Abafador sonoro [45]; c)

Avental de protecção [46]; d) Bota com biqueira de aço [47]; e) Luvas em kevlar [48]. ............... 25

Figura 4.1 Planta da Oficina existente e descrição das diferentes zonas. ........................................... 26

Figura 4.2 Panorama geral da oficina existente; a) e b) zona de fabrico; c) Gabinete de metrologia d)

Zona de recepção de clientes. ....................................................................................................... 27

Figura 4.3 Elementos estruturais a) Acessos (degrau); b) Portas e tubagens c) janelas ..................... 27

Figura 4.4 Arrumação e organização: a) Matéria-prima b) Acessórios das máquinas c) Ferramentas

de Corte. ......................................................................................................................................... 28

Figura 4.5 Pavimentos existentes na Oficina a) zona de fabrico b) Gabinetes. ................................... 28

Figura 4.6 - Diferentes tipos de Ventilação e extracção de ar existentes: a) Ventilador de extracção de

ar; b) Ar condicionado; c) Extracção localizada; d) Zona de soldadura. ....................................... 29

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xii

Figura 4.7 a) Iluminação da Oficina b) e c) Sistema e sinalização de luta contra-incêndio existentes 29

Figura 4.8 Alguns equipamentos existentes na oficina a) Tornos mecânico CAZENEUVE HB 500 b)

Tornos mecânico SCHAUBLIN 125; c) Fresadora SCHAUBLIN 53 d) Engenhos de Furar

MODIG´S; e) Serrote mecânico f) Esmeril. .................................................................................... 30

Figura 4.9 Higiene e protecção da oficina: a) Luvas de protecção; b) Zona de limpeza; c) Depósito de

óleo usado. ..................................................................................................................................... 31

Figura 5.1 Serviços a prestar na Oficina Metalomecânica. ................................................................... 32

Figura 5.2 Implementação do Layout das células da nova oficina adaptado [49] ............................... 32

Figura 5.3 a) Piso Multi-camadas [50] b) Pavimento Epoxy da Oficina ................................................ 33

Figura 5.4 Sistema de ventilaçao e ar condiconado da oficina a) Projecto AVAC; b) Sistema AVAC; c)

Extracção localizada da Oficina ..................................................................................................... 34

Figura 5.5 Mediçao espacial da temperatrura a) Anenometro; b) Exposiçao da oficna ao sol e à

sombra; c)Gráfico da distribuição de temperatura ao longo da oficina. ........................................ 35

Figura 5.6 Gráfico da variação de temperatura ao longo do dia de trabalho ........................................ 36

Figura 5.7 Aplicação do isolamento a) aglomerado de Cortiça; b) Tecto da oficina............................. 37

Figura 5.9 Gráfico da variação do ruído com a variação da frequência da extracção localizada;

Sonómetro modelo SC160 ............................................................................................................. 38

Figura 5.10 Gráfico da distribuição do ruído ao longo da oficina .......................................................... 38

Figura 5.11 Gráfico da variação do ruído ao longo do dia de trabalho ................................................. 39

Figura 5.12 Iluminação do espaço oficinal a) Iluminação geral b) Iluminação de segurança c) Caixa

eléctrica .......................................................................................................................................... 40

Figura 5.13 Medição de luminosidade na oficina: a) Pontos de medição b) Variação da Luminosidade

ao longo da Oficina ........................................................................................................................ 40

Figura 5.14 Disposição dos equipamentos para o combate a incêndios .............................................. 41

Figura 5.15 Sinalização de Segurança na Oficina ................................................................................ 42

Figura 5.16 Higiene e ambiente: a)Recipiente para óleos b) Lavatório. ............................................... 43

Figura 5.17 Localização dos elementos de protecção no torno Cazeneuve HB 725. .......................... 44

Figura 5.18 Protecção no torno Schaublin 125: Resguardo Fixo b) Resguardo Móvel c) Botão de

emergência ..................................................................................................................................... 44

Figura 6.1 Disposição da Oficina por zonas adaptado ......................................................................... 52

Figura 6.2 Organigrama da Oficina ....................................................................................................... 53

Figura 6.3 Template de Ficha Técnica para aplicar nas Máquinas adaptado [52] ............................... 54

Figura 6.4 Disposição da Oficina do IST ............................................................................................... 57

Figura 6.5 Esquema do plano de produção do NOF adaptado [54] ..................................................... 59

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xiii

Lista de tabelas

Tabela 2.1 Características dos sistemas produtivos adaptado [5] ......................................................... 6

Tabela 3.1 Dados Gerais (2001-2003) de acidentes na indústria Metalomecânica em Portugal [9] ...... 8

Tabela 3.2 a) Tipo de máquinas analisadas [10] b) Natureza das Lesões [10] ...................................... 9

Tabela 3.3 Causa de acidentes numa Oficina Metalomecânica [10] ...................................................... 9

Tabela 3.4 Indicações Térmicas segundo os artigos 10º e 11º do Decreto-Lei nº243/86 de 20 de

Agosto ............................................................................................................................................ 10

Tabela 3.5 Intervalo de iluminância recomendados para diferentes tarefas (Norma DIN 5035 – 2

(1990)) ............................................................................................................................................ 13

Tabela 3.6 Medidas Preventivas contra incêndios de Origem Térmica adaptado [8]........................... 14

Tabela 3.7 Medidas Preventivas contra focos de Origem Eléctrica [8] ................................................ 14

Tabela 3.8 Medidas Preventivas contra focos de Origem Mecânica [8] ............................................... 14

Tabela 5.1 Listagem dos equipamentos existentes na oficina.............................................................. 43

Tabela 6.1 Propostas de Gestão da Oficina ......................................................................................... 48

Tabela 6.2 Intervalo entre inspecções de sistemas adaptado [53] ....................................................... 56

Tabela 6.3 a) Operações comuns na fresagem b) Operações comuns no torneamento ..................... 60

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1

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2

1. Introdução

A importância da indústria metalomecânica tem crescido ao longo do século XX, sendo uma das

actividades industriais nacional mais importantes, representando cerca de 90% das pequenas e

médias empresas da indústria a nível nacional. De facto, a indústria metalomecânica representa

cerca de 15% do Produto Interno Bruto nacional [1]. Deste modo, é natural que uma parte significativa

dos desafios de inovação tecnológica sejam colocados aos centros de investigação e

desenvolvimento nacionais, geralmente associado a desenvolvimento de produto, sejam oriundos

deste domínio da indústria. Por essa razão, é imperioso que os principais centros de investigação e

desenvolvimento nacionais estejam apetrechados com meios apropriadas ao apoio das actividades

experimentais inerentes às actividades técnicas e científicas dos seus grupos de investigação e

desenvolvimento.

A selecção e a implementação de competências para apoio geral às actividades experimentais de

centros de I&D, de instituições de ensino ou empresas, apresenta um enunciado de um problema de

espectro alargado para o qual nem sempre existe uma linha clara e objectiva de resolução. No

entanto, estima-se que na maioria das situações estejam envolvidas actividades de fabrico, controlos

de qualidade e integração de componentes mecânicos, ainda que existam necessidades de

instrumentação e controlo, podendo a generalidades destas necessidades ser resolvida por uma

oficina de mecânica com meios adequados e modernos. Assim, e para a implementação deste tipo de

infra-estrutura é importante o estabelecimento de manuais com procedimentos de actuação, higiene e

segurança, como ferramenta auxiliar importante para as actividades do engenheiro mecânico. De

facto, o engenheiro actual encontra-se investido duma missão complexa na sua dualidade: deve pôr

em execução os instrumentos do progresso e ao mesmo tempo proteger os homens e o ambiente de

trabalho contra os efeitos perigosos desse mesmo progresso. A presente dissertação segue esta

filosofia, em que são aplicadas as condicionantes legislativas, sobre a higiene e segurança no

trabalho, na implementação de uma oficina metalomecânica.

Por outro lado, na literatura da especialidade não é comum a existência de manuais que

clarifiquem os procedimentos de instalação e de actuação das oficinas de mecânica, enquanto pelo

oposto existem uma imensidão de manuais de higiene e segurança, mas que se apresentam de

forma genérica não focando geralmente aspectos específicos da actividade em oficina de mecânica.

A própria Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal, não clarifica

a existência dum método ou procedimentos para implementação de oficina de mecânica, indicando

novamente que esta deve cumprir os requisitos legais sobre a higiene e segurança no trabalho.

A presente tese desenvolve-se em torno de um estudo técnico para a implementação de

procedimentos de actuação, higiene e segurança que permitam apoiar o trabalho do engenheiro

mecânico no estabelecimento inicial e nas actividades diárias de gestão e execução. A parte teórica

apresenta sumariamente as actividades de uma oficina, os procedimentos de higiene e segurança,

enquadrada nas exigências legislativas assim como nas exigências actuais do mercado. O

desenvolvimento experimental consiste na aplicação dos conceitos apreendidos na definição e

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3

instalação inicial duma oficina de mecânica no Instituto Superior Técnico, permitindo assim contribuir

para o estabelecimento de uma infra-estrutura para apoio das actividades experimentais da escola.

A intervenção deste estudo, justifica-se com a necessidade de modernizar a oficina existente de

modo a adaptá-la às exigências actuais, para o que foi necessário ampliar a respectiva área – à custa

dos espaços anexos e simultaneamente, renová-la em termos de acabamentos. Um dos aspectos

fundamentais desta dissertação foi perceber e descrever os factores necessários para a colocação

em funcionamento da oficina, quer os requeridos e constrangimentos internos do Instituto Superior

Técnico, quer os requisitos legais necessários para colocar a oficina em funcionamento.

A tese está organizada em sete capítulos incluindo a introdução e uma conclusão, e nove anexos

que resumem as principais contribuições e resultados do trabalho de investigação.

O capítulo 2 começa com uma breve revisão dos conceitos de uma oficina metalomecânica, o seu

significado, que tipo de serviços que podem prestar. È abordado conceitos de planeamento e gestão

de produção de uma oficina, bem como o perfil que os funcionários devem apresentar actualmente

neste tipo de actividade.

No capítulo 3 é apresentado o desenvolvimento teórico, sobre a área mais abordada nesta

dissertação, nomeadamente a descrição dos procedimentos de higiene e segurança no trabalho,

desde a nível da instalação oficinal, dos equipamentos mecânicos, dos equipamentos de protecção

individual e até aborda-se os acidentes mais frequentes neste tipo de indústria de estudo.

No capítulo 4 é realizada uma descrição completa dos problemas encontrados na antiga oficina.

Este desenvolvimento permite determinar os pontos de actuação que o NOF deve ter, de modo a

cumprir a legislação em vigor.

No capítulo 5 é feita a implementação dos procedimentos de higiene e segurança, propondo

alternativas/ soluções, para corrigir e melhor os defeitos demonstrados no capítulo 4. Ainda nesta

secção, houve uma componente dedicada à verificação das condições de trabalho

No capítulo 6 é dividido em duas partes distintas uma em que descreve-se uma panóplia de

procedimentos actuação internos requeridos pelo Instituto Superior Técnico, desde o procedimento

de obras, de compra de máquinas e materiais necessários para o funcionamento da oficina em

implementação.

A segunda parte aborda num modo geral os procedimentos de acção necessários para o

funcionamento da oficina no Instituto Superior Técnico. Nesse sentido divide-se em vários propósitos,

propõe-se modelos de gestão, procedimentos organizacionais, definindo o papel dos funcionários na

oficina, procedimentos de utilização e de manutenção dos equipamentos mecânicos e por último a

estrutura do plano produtivo da oficina.

Por fim, conclusões gerais e trabalhos futuros são apresentados no Capítulo 7.

Espera-se que o presente trabalho contribuía para uma melhor compreensão da envolvência

necessária para a implementação de uma oficina metalomecânica no Instituto Superior Técnico, uma

vez que não existe nada documentado sobre esta matéria.

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4

2. Oficina Metalomecânica Este capítulo serve como base teórica para o desenvolvimento efectuado na presente dissertação.

Para tal descreve-se num modo geral o que é uma oficina metalomecânica, a estrutura de uma

oficina, o perfil dos funcionários e o tipo de formação que devem possuir. Introduz-se ainda conceitos

gerais de Planeamento e Gestão da Produção que visam melhorar a interpretação do trabalho

efectuado nesta dissertação.

2.1. Instalações e Equipamentos

A indústria metalomecânica incorpora todos os segmentos responsáveis pela transformação de

matérias-primas (nomeadamente metais) nos produtos desejados. Permite a produção de bens e

serviços intermediários, como o fabrico de ferramentas, máquinas, equipamentos, veículos etc.

A estrutura básica de uma oficina mecânica é composta basicamente por duas áreas, uma

administrativa e outra referente á zona operacional (execução dos serviços de fabrico). A área

operacional tem como actividades base os processos de preparação de material, maquinagem,

soldadura, tratamento de superfícies, montagem de componentes, metrologia, entre outras. Na Figura

2.1 apresentam-se, com a devida classificação da actividade, os processos habitualmente disponíveis

numa oficina metalomecânica. Estes processos podem ser efectuados por diversas máquinas

convencionais ou de Controlo Numérico Computorizado (CNC), dependendo a sua escolha da

finalidade da oficina, do produto alvo e das exigências do mercado.

Figura 2.1 Esquema das actividades comuns numa oficina metalomecânica adaptado [2]

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5

2.2. Recursos Humanos

Numa oficina metalomecânica, a utilização de máquinas ferramenta é parte fulcral para a obtenção

do produto final. Para tal, há necessidade de traçar um perfil profissional dos funcionários em função

do leque de equipamentos disponíveis, devendo a sua qualificação depender directamente do

equipamento e do sistema de produção (Tabela 2.1). De um modo genérico existem dois tipos de

funcionários, os que possuem formação académica (engenheiros Mecânicos, engenheiros industriais,

etc.), e os funcionários com formação técnica (técnico de máquinas-ferramenta).

As principais competências dos engenheiros mecânicos para o trabalho numa oficina

metalomecânica são [3]:

• Capacidade de conceber, projectar, fabricar e operar equipamentos mecânicos (electro-erosora,

centro de maquinagem convencionais, CNC, etc.) e de novos produtos de engenharia mecânica

de uma forma criativa, crítica, autónoma e interdisciplinar, incorporando as mais recentes

inovações tecnológicas.

• Capacidade de resolução de problemas de engenharia, tanto em situações conhecidas como em

novas situações, em contextos alargados e multidisciplinares, no âmbito da concepção de

produtos sujeitos a condicionalismos tecnológicos, económicos, sociais e ambientais.

• Liderança com problemas complexos, recolhendo, seleccionando e interpretando a informação

relevante, incluindo casos de informação limitada ou incompleta, e integrar conhecimentos de

modo a obter soluções, tendo em conta as implicações e responsabilidades éticas e sociais que

resultem ou condicionem essas soluções.

• Competências de interacção que permitam lidarem o processo produtivo.

No que toca aos operadores de máquinas ferramentas, os principais objectivos e competências

são [4]:

• Capacidade de analisar desenhos e outras especificações técnicas, a fim de identificar forma,

dimensões e tolerâncias das peças a maquinar, parâmetros de regulação das máquinas

ferramenta e outros dados relativos ao trabalho a realizar.

• Operar máquinas ferramenta para preparação de matéria-prima, designadamente, serrote

mecânico, calandra e serrote de disco.

• Operar máquinas ferramenta de corte, desbaste e acabamento de peças metálicas,

designadamente, tornos, fresadoras, engenhos de furar e rectificadoras.

• Operar com máquinas de soldadura, a fim de obter uma ligação pretendida, com diferentes

processos tecnológicos, nomeadamente soldadura por eléctrodo revestido, Mig-Mag, ou

Oxiacetilénica.

• Efectuar o controlo de dimensões, formas, estados de superfícies e outras características das

peças, utilizando instrumentos de medida apropriados, comparando com os dados contidos nos

desenhos e em outras especificações técnicas.

• Efectuar a limpeza e manutenção das máquinas ferramenta CNC, executando, nomeadamente

lubrificações de rotina, verificações e reposições de óleo.

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6

2.3. Planeamento e Gestão da Produção

Na gestão de uma oficina de mecânica é necessário identificar o tipo de sistema produtivo que se

pretende adoptar. Geralmente os tipos de produção utilizados na indústria dividem-se em três grupos:

produção em linha - contínua, produção intermitente e produção unitária. A Tabela 2.1 apresenta as

principais características dos tipos de produção que se encontram no sector metalomecânico.

Características Produção em linha-

contínua

Produção

intermitente Produção unitária

Produto

Volume da ordem de fabrico

Contínua ou grandes lotes Lotes Unitário

Fluxo do produto Sequencial Desordenado Nenhum

Variedade do produto Baixa Elevada Muito Elevada

Tipo de mercado Massificado Customizado Único

Volume de produção Elevado Médio Unitário Mão-de-obra

Qualificação Baixa Elevada Elevada

Tipo de operações Repetitivas Sem repetição Sem repetição

Custo Baixo Elevado Elevado

Capital

Investimento Elevado Médio Baixo

Inventários Baixo Elevado Elevado

Equipamentos Específicos Universais Universais

Objectivos

Flexibilidade Baixa Média Elevada

Custo Baixo Médio Elevado

Qualidade Consistente Maior Variabilidade Grande Variabilidade Prazos de entrega Elevados Médios Baixos

Planeamento e Controlo

Controlo da produção Fácil Difícil Difícil

Controlo da qualidade Fácil Difícil Difícil

Controlo de Inventários Fácil Difícil Difícil

Tabela 2.1 Características dos sistemas produtivos adaptado [5]

A Figura 2.2 apresenta esquematicamente as áreas de funcionamento da produção numa

metalomecânica, englobando o planeamento/gestão (aceitação de Projectos, planos de fabrico, etc.),

controlo da produção, aprovisionamento de materiais (compras a fornecedores), fabrico do produto e

expedição para o cliente.

Figura 2.2 Esquema das Funções principais da área de Planeamento e Gestão – Produção [6]

Gestão da Produção

Controlo da Produção

Expedição Aprovisionamento

Fabrico

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7

A gestão da produção define-se como a administração dos recursos da empresa, tendo por

finalidade seleccionar, gerir e orientar os colaboradores na direcção dos objectivos estipulados. A sua

dinâmica de operacionalização ocorre através da utilização das funções de gestão (Planear,

Organizar, Comandar, Controlar e Coordenar), com o objectivo de promover com êxito as actividades

inerentes à empresa, definindo assim as tomadas de decisão no planeamento e controlo da produção

desde a fase inicial até à distribuição dos produtos finais.

Relativamente ao planeamento da produção, engloba a organização e elaboração de planos de

actuação que calendarizam as diferentes actividades da empresa e a utilização dos recursos e

capacidades disponíveis. Regula o funcionamento da produção ao nível operacional através de

decisões do tipo “quanto” e “quando” produzir ou comprar.

Associado ao fabrico de produtos numa oficina metalomecânica encontra-se aliado a elaboração

de um caderno de fabrico [7], sendo possível actuar directamente na definição de métodos e

processos necessários ao projecto, nomeadamente o cumprimento e seguimento das seguintes

tarefas:

• Selecção da matéria-prima e método de fabrico.

• Selecção dos processos de maquinagem das superfícies das peças.

• Determinação da sequência de operações.

• Determinação da fixação da peça para cada operação.

• Selecção do equipamento e ferramentas para as operações de maquinagem.

• Determinação das dimensões e tolerâncias operacionais para as operações de maquinagem.

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8

3. Higiene e Segurança no Trabalho

Na actividade industrial está sempre associada a vertente humana, daí a necessidade da

implementação de procedimentos de Higiene e Segurança no Trabalho (HST) de modo a evitar

acidentes de trabalho e condições de trabalho inadequadas [8]. Actualmente em Portugal existe

legislação específica que regulamenta a protecção de quem integra as actividades industriais,

devendo a sua aplicação ser entendida como um melhoramento das condições de trabalho tanto da

entidade empregadora como dos colaboradores. No entanto, todos os requisitos impostos pela

legislação devem salvaguardar aspectos relacionados com as condições ambientais e de segurança

de cada posto de trabalho. Desta forma, a metodologia desenvolvida neste trabalho relativamente a

HST teve como base quatro fases:

1) Breve visão Estatística

2) Instalações Oficinais

3) Equipamentos

4) Protecção Individual

3.1. Breve Visão Estatística

Esta secção, com base em estudos realizados na área de acidentes de trabalho na indústria,

descreve a importância e a necessidade de implementar procedimentos de HST numa oficina

metalomecânica. A tabela 3.1 apresenta o número de acidentes registados desde 2001 em Portugal,

mostrando efectivamente que os trabalhadores estão sujeitos a um risco de morte relativamente

baixo, no entanto, verificasse um valor elevado de acidentes não-mortais. Consequentemente estes

valores originam um decréscimo significativo na produção da empresa devido à incapacidade do

trabalhador [9].

2001 2002 2003 Média

Nº de Acidentes Mortais 17 23 11 17

Nº de Acidentes Não Mortais 21 214 19 692 19 181 20 029

Dias de Trabalho Perdidos 568 052 471 984 400 445 480 160

População exposta ao Risco ou Volume de Emprego 111 600 103 000 102 100 105 567

Taxa de Incidência por 100 000 trabalhadores 19 024 19 139 18 797 18 987

Tabela 3.1 Dados Gerais (2001-2003) de acidentes na indústria Metalomecânica em Portugal [9]

Actualmente a metalomecânica é uma actividade onde as falhas técnicas têm um peso notável

tanto nos acidentes mortais como nos não-mortais, dai a importância dos procedimentos HST na

diminuição do risco de acidentes e consequentemente da quebra de produção.

A Tabela 3.2 descreve o tipo de máquinas e o histórico dos acidentes de trabalho ocorridos numa

oficina metalomecânica, mostrando que os cortes e amputações são as lesões mais frequentes neste

tipo de indústria [10].

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9

a) b)

Tabela 3.2 a) Tipo de máquinas analisadas [10] b) Natureza das Lesões [10]

Perante os tipos de lesões ocorridas na indústria metalomecânica, torna-se importante a avaliação

das condições que originam os acidentes. (Tabela 3.3)

Causa do acidente Nº de Vezes

Causa do acidente Nº de Vezes

Práticas de trabalho incorrectas Factores Pessoais

Trabalhar de forma incorrecta 14 Falta de formação/ conhecimento 14 Devia desligar a máquina 9 Falta de concentração 9 Não usava roupa adequada de protecção 8 Preguiça 5 Mão no local errado 7 Estupidez 4 Uso errado de ferramentas/ equipamentos 7 Negligência 3 Tomou atalhos para acesso de máquinas 5 Cansaço 3 Devia utilizar ferramenta e não as mãos 4 Sem noção do Perigo 3 Contornou o resguardo 3 Descuidos 2 Removeu o resguardo da máquina 2 Perca de tempo 2 Peça não estava fixada 2 Desobediência de ordens 2 Resguardo mal colocado 63 Deveria saber melhor 2 Total Total 59 Condições das Máquinas (outros além dos

resguardos)

Local de trabalho/Questões com tarefas

Máquina não funcionava correctamente 11 Tentou evitar perdas de produção/ pressão de acelerar a produção

11

Máquina/ferramenta mal concebida 9 Roupa/Cabelo agarrado na máquina 7 Máquina com condições más /sujidade 8 Duvidas sobre os materiais 5 Máquinas com congestionamento 7 Desorganização do local de trabalho 4 Inseguro de manter em funcionamento 5 Confusão entre duas pessoas 4 Máquina antiga 4 Não familiarizado com a máquina 2 Ligar acidentalmente 3 Uso de materiais baratos 1 Disco da esmeriladora com defeito 3 Avesso a novos métodos de trabalho 1 Sem manutenção 1 Total 35 Máquina não estava fixada no chão 1 Resguardos Impossibilidade de pagar os equipamentos de segurança

1 Sem resguardos 5

Má visibilidade do processamento 1 Não foi concebida com resguardos 4 Total 54 Resguardos não funcionais 3 Não percebeu que o resguardo estava mal

colocado 2

Total 13

Tabela 3.3 Causa de acidentes numa Oficina Metalomecânica [10]

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10

A partir da análise destes valores é possível delinear uma estratégia de actuação a nível de

higiene e segurança de trabalho nos equipamentos característicos da indústria metalomecânica.

Efectivamente os valores relativos aos acidentes e às condições apresentadas serviram de

orientação para a aplicação dos elementos de segurança nas máquinas-ferramenta existentes na

oficina em estudo, mostrando mais uma vez a importância da implementação de procedimentos HST

para diminuição de risco de acidentes e por consequente a possibilidade de quebras de produção.

3.2. Instalações

Nesta secção serão abordados os aspectos relevantes sobre Higiene e Segurança no Trabalho

que devem ser considerados nas instalações de uma oficina metalomecânica. São abordadas as

condições de segurança dos pavimentos industriais, atmosféricas, de ruído, de riscos eléctricos, de

iluminação, de prevenção e protecção contra incêndios, de sinalização de segurança e de higiene

industrial. [8]

3.2.1. Pavimentos Industriais

É de elevada importância a construção e revestimento do pavimento da oficina devido às

infiltrações que podem ocorrer dos óleos usados, bem como o perigo de escorregamento. Para um

correcto funcionamento das oficinas de acordo com as regras de HST, encontra-se legislado (artigo

10º da Portaria 987/93 de 6 de Outubro) as condições mínimas de segurança no que respeita à

construção do pavimento (impermeável, anti-derrapante, sem inclinações e sem saliências e

cavidades perigosas).

3.2.2. Condições Térmicas

O sector metalomecânico abrange uma diversidade considerável de processos produtivos, os

quais apresentam problemas associados às condições atmosféricas. O melhoramento das condições

de trabalho desempenha um papel fundamental na saúde dos trabalhadores, havendo a necessidade

de garantir as indicações térmicas do ambiente de trabalho apresentadas na Tabela 3.4. Desta forma,

é fundamental adoptar medidas de ventilação e climatização que renovem o ar saturado, recorrendo

geralmente ao uso de janelas/clarabóias e a sistemas de ar condicionado.

Mínimo Máximo Notas

Temperatura do ar 18ºC 22ºC Pode chegar até aos 25ºC

Humidade do ar 50% 70%

Velocidade do ar - - Aprox. 0.12 m/s

Caudal médio de ar 30m3 50m3 -

Tabela 3.4 Indicações Térmicas segundo os artigos 10º e 11º do Decreto-Lei nº243/86 de 20 de Agosto

A ventilação industrial continua a ser a principal medida no controlo de ambientes de trabalho

prejudiciais ao ser humano. No campo da HST, a ventilação tem como finalidade evitar a dispersão

de contaminantes no ambiente industrial, diluir concentrações de gases/vapores e promover o

conforto térmico. O controlo adequado da poluição obriga à implementaçao de sistemas de ventilação

e filtragem especificos consoante os equipamentos e processos industriais utilizados. [13]

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11

As principais fontes de emissões poluentes na atmosfera da metalomecânica estão geralmente

associadas aos processos de pintura, soldadura, tratamento térmico, e todos os processos que

envolvem operações de corte (ex. electro-erosão). As partículas em suspensão de metais pesados,

os óxidos de azoto e os óxidos de enxofre são os principais poluentes provenientes dos processos de

corte. Por outro lado os poluentes mais relevantes oriundos dos processos de pintura e soldadura são

as partículas em suspensão e os compostos orgânicos voláteis. Por ultimo relativamente às

operações de tratamento térmico, o principal factor poluente é a libertação de gases tóxicos. [2]

Quando a ventilação geral da instalação não é suficiente para garantir os níveis de conforto

exigidos, recorre-se a ventilação localizada através da utilização de exautores de extracção de fumos

colocados directamente na fonte poluidora ou no equipamento onde se realiza o processo de fabrico,

(Figura 3.1).

a) b) c) d)

Figura 3.1 Agentes agressivos comuns em ambiente industrial: a)Gases electro-erosão [14]; b) Gases Soldadura [15] c) Fumos Têmpera [16] d) Pintura [17]

3.2.3. Ruído

Do ponto de vista fisiológico, o ruído define-se como todo o fenómeno acústico que produz uma

sensação auditiva desagradável ou incomodativa. O ruído, para além do incómodo que provoca no

ambiente fabril, constitui um obstáculo às comunicações verbais, podendo provocar fadiga ou trauma

auditivo. Estas consequências obrigam a que haja um controlo do ruído através dos níveis sonoros

susceptíveis de provocar dano auditivo. Neste sentido, é comum a utilização de aparelhos portáteis

(sonómetros ou dosímetros) que determinam a dose de ruído a que o operário é exposto, não

podendo exceder os valores diários estipulados pelo Decreto-Lei n.º 182/2006 de 6 de Setembro:

• Valores limites de exposição: Exposição equivalente diária de 87 dB (A), nível de pressão sonora

de pico de 140 dB (C) equivalente a 200 Pa.

• Valores de acção superiores: Exposição equivalente diária de 85 dB (A), nível de pressão sonora

de pico de 137 dB (C) equivalente a 140 Pa.

• Valores de acção inferiores: Exposição equivalente diária de 80 dB (A), nível de pressão sonora

de pico de 135 dB (C) equivalente a 112 Pa

Os valores limite de exposição correspondem ao nível máximo de exposição equivalente diária

que não deve ser ultrapassado. De referir que exposição equivalente diária corresponde ao valor

médio de ruído ao longo de 8 horas. Relativamente aos valores de acção inferior, para dose superior

a 80 dB(A), deverá ser colocado à disposição dos trabalhadores equipamentos de protecção

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12

individual para uso facultativo. Por outro lado, para valores superiores a 85 dB(A) (valores de acção

superior), deverão obrigatoriamente utilizar os equipamentos de protecção. Quando os valores

normalizados são excedidos é fundamental proceder a um controlo da fonte de ruído de modo a

reduzir os níveis verificados. Para tal, deve-se criar um programa em que engloba todos os órgãos da

empresa.

3.2.4. Instalação Eléctrica

Os efeitos fisiológicos mais frequentes e mais importantes que a corrente eléctrica produz no

corpo humano são fundamentalmente a tetanização, paragem respiratória, fibrilação ventricular ou

queimaduras, havendo a necessidade de aplicar medidas rigorosas de prevenção contra esses

riscos. Para tal, de acordo com a legislação (3º artigo da Portaria 987/93 de 6 de Outubro), a

concepção e o material da instalação eléctrica devem respeitar o Regulamento de Segurança de

Instalações de Utilização de Energia Eléctrica (RSIUEE). De acordo com o artigo 597.º do RSIUEE a

protecção contra contactos directos em sistemas eléctricos numa oficina metalomecânica é

assegurada através da implementação das seguintes medidas:

• Afastamento das partes activas: Deve-se colocar uma distância tal que seja impossível um

contacto acidental a partir dos locais onde as pessoas normalmente circulam.

• Interposição de obstáculos: Deve-se impedir, em uso normal, todo o contacto acidental com as

partes activas da instalação.

• Recobrimento das partes activas da instalação, por meio de materiais que são apropriados para

conservar as suas propriedades ao longo do tempo.

• Uso de tensão reduzida de segurança.

3.2.5. Iluminação

Uma iluminação deficiente ou desadequada ao local de trabalho, pode degradar a saúde física ou

psicológica de um trabalhador, para além de afectar o seu rendimento ou até mesmo originar um

acidente de trabalho. Uma iluminação é considerada inapropriada quando apresenta as seguintes

características [20]:

• Níveis de iluminação desadequados do local de trabalho (muito baixos ou muito altos).

• Encadeamentos sucessivos e contínuos.

• Funcionamento deficiente da iluminação (lâmpadas que não mantêm um fluxo luminoso

constante, reflector ou difusores sujos, janelas sujas).

Relativamente a um ambiente industrial, encontram-se legislados no artigo 8º da Portaria nº

987/93 de 6 de Outubro de 20 Agosto, no artigo 14º do DL 243/86 e no artigo 20º da Portaria 53/71 de

3 de Fevereiro os requisitos para a aplicação de uma iluminação adequada. Estes artigos focam

principalmente a necessidade de existir iluminação artificial (complementar ou exclusiva) aquando da

existência de níveis baixos de iluminação natural que não garantam condições de segurança. Por

outro lado a norma DIN 5035 – 2 (1990) descreve os níveis de iluminação adequados para diferentes

as tarefas características da actividade industrial (Tabela 3.5).

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13

Classificação de Tarefas Iluminância

Mínimo para locais de trabalho sem actividade 100 – 150 Lx

Classe I: Tarefas visuais simples 250 – 500 Lx

Classe II: Observação contínua de detalhes médios 500 – 1000 Lx

Classe III: Tarefas visuais contínuas e precisas 1000- 2000 Lx

Classe IV: Tarefas muito precisas >2000 Lx

Tabela 3.5 Intervalo de iluminância recomendados para diferentes tarefas (Norma DIN 5035 – 2 (1990))

Relativamente às actividades da oficina em estudo é possível identificar três classes (I, II e III),

verificadas desde a zona administrativa, onde simplesmente se efectuam tarefas de visualização

simples, até às zonas de elevada precisão, nomeadamente zonas de metrologia e qualidade. Para

além do cumprimento dos valores definidos pela Norma, é fundamental garantir uma perfeita

iluminação do local de trabalho através da aplicação das seguintes condições [20]:

• Sempre que possível aproveitar a iluminação natural.

• As superfícies de iluminação natural devem ser mantidas limpas e desobstruídas.

• Verificar periodicamente (6 em 6 meses) o estado de funcionamento das fontes de iluminação

artificial.

• Proceder à pronta substituição das lâmpadas que se encontram em mau estado.

• Utilizar cores claras nas paredes, tectos ou outras superfícies, para reduzir a absorção da luz.

• Verificar regularmente os balastros das lâmpadas fluorescentes (uma vez por ano).

• Junto a peças móveis rotativas não utilizar apenas uma lâmpada fluorescente, para evitar o efeito

estroboscópico.

• Evitar grandes diferenças de iluminação entre espaços próximos.

• Para reduzir o encadeamento:

– Utilizar vários focos de luz em detrimento de apenas um.

– Proteger as fontes de iluminação com anteparos adequados.

– Posicionar as fontes de iluminação longe da linha de visão.

– Evitar superfícies reflectoras

3.2.6. Incêndios

Os incêndios provocam anualmente enormes prejuízos materiais e um elevado número de vítimas,

quer por queimaduras e ferimentos, sobretudo por intoxicação (Legislado pela Portaria n.º 1532/2008,

de 29 de Dezembro). Habitualmente os acidentes pessoais não são provocados directamente pelos

incêndios, no entanto, a maioria das situações resulta na privação do local de trabalho durante um

período de tempo considerável. É então necessário assegurar medidas de prevenção que diminuam

a probabilidade de ocorrência de incêndios, medidas de protecção que impeçam a propagação do

fogo e medidas de intervenção que permitam eliminar rapidamente o foco de incêndio.

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14

Medidas Preventivas

As diferentes medidas de prevenção de incêndios utilizadas em ambientes industriais são

geralmente classificados de acordo com o foco de origem (Tabela 3.6,Tabela 3.7 e Tabela 3.8),

sendo a medida de prevenção mais frequente a eliminação do foco de ignição, independentemente

da sua origem.

Origem Térmica Medidas preventivas

Fumar e foguear

Proibição correspondente utilizando sinais de proibição (prevendo,

contudo, medidas sensibilizadoras e mais tarde, apresentar locais

alternativos onde o fumo seja autorizado).

Condições térmicas ambientais Câmaras isolantes, ventilação, refrigeração

Soldadura

Têmpera de metais

Electroerosão

Verificação de ausência de atmosferas inflamáveis, protecção de

combustíveis nas proximidades, impressos de autorização de fogo

(autorização expressa para soldar ou realizar trabalhos a quente em

determinadas zonas).

Tabela 3.6 Medidas Preventivas contra incêndios de Origem Térmica adaptado [8]

Origem Eléctrica Medidas preventivas

Faíscas provocados por interruptores,

lâmpadas fluorescentes, etc.

Instalações eléctricas de segurança de acordo com o Regulamento de

segurança de instalações de utilização de energia eléctrica (Portaria

987/93 de 6 de Outubro).

Curto-circuitos causados por

instalações eléctricas e deterioradas

ou sobrecarregadas

Dimensionamento da instalação, utilização de disjuntores magneto

térmicos e de disjuntores diferenciais.

Tabela 3.7 Medidas Preventivas contra focos de Origem Eléctrica [8]

Origem Mecânica Medidas preventivas

Faíscas Utilização de ferramentas antideflagrantes

Atritos mecânicos Lubrificação

Tabela 3.8 Medidas Preventivas contra focos de Origem Mecânica [8]

Medidas de Protecção

Quando as medidas de prevenção não são suficientes para garantir a inexistência de um foco de

incêndio, é necessário aplicar medidas de protecção estruturais que não permitam a propagação do

fogo. A protecção estrutural define-se como o conjunto de elementos construtivos de um edifício, os

quais sob a forma de controlo passivo (não há qualquer acção directa sobre o fogo), funcionam como

uma barreira ao avanço do fogo.

Relativamente aos materiais de construção, estes devem ser classificados de acordo com a sua

reacção ao fogo, tendo como base resultados de ensaios realizados de acordo com as normas

portuguesas aplicáveis ou, segundo especificações estabelecidas pelo Laboratório Nacional de

Engenharia Civil, nomeadamente [8]:

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15

• Classe M0 - materiais não combustíveis;

• Classe M1 - materiais não inflamáveis;

• Classe M2 - materiais dificilmente inflamáveis;

• Classe M3 - materiais moderadamente inflamáveis;

• Classe M4 - materiais facilmente inflamáveis.

De acordo com as diferentes classes de materiais, o revestimento dos pavimentos deverá ser de

Classe M3, o revestimento das paredes M2 e o revestimento dos tectos M1.

Para além dos materiais de construção, os elementos construtivos de protecção são também

factor importante no controlo da propagação de incêndios, sendo classificados em três grupos:

• Protecção contra a Propagação Horizontal do Incêndio

• Protecção contra a Propagação Vertical do Incêndio

• Evacuação

A Propagação Horizontal do Incêndio define-se como a propagação ao mesmo nível do foco,

sendo determinada pelas condições estruturais do local, tais como muros, portas,

compartimentações, janelas, etc. Os métodos amplamente utilizados para eliminação deste tipo de

propagação são:

• Separação por distância: Permite reduzir o fluxo de calor por radiação e condução de combustível

para combustível ou entre edifícios, limitando assim a propagação do incêndio.

• Paredes contra-fogo: Resiste ao fogo e às diferenças de pressão geradas. São portas ou cortinas

que asseguram um isolamento térmico suficiente para retardar a transmissão de calor e evitar a

inflamação de produtos nas proximidades.

• Bacias de retenção: Têm como objectivo conter um líquido inflamável derramado numa rotura ou

fuga do correspondente depósito, impedindo o seu alastramento.

A propagação vertical do incêndio ocorre para níveis diferentes do foco, e tal como em condições

horizontais propaga-se pelas janelas, bem como pelas condutas de ar condicionado, cavidades de

elevadores e de serviço, escadas, etc. Estes elementos estruturais devem ser construídos com

materiais de classe M0 e comportar dispositivos que permitam o isolamento do local onde se deflagra

o incêndio.

As vias de evacuação são um ponto de grande interesse, devido á obstrução das vias de

circulação comuns. A evacuação deve ser programada e inserida no plano geral de emergência do

estabelecimento, onde a disposição das saídas e os caminhos de evacuação devem cumprir as

seguintes condições:

• Cada piso deverá ter pelo menos duas saídas suficientemente grandes e protegidas contra

chamas e o fumo;

• As saídas deverão estar marcadas e bem iluminadas, e o seu acesso deverá manter-se sem

obstruções;

• As portas que dão acesso a uma via de evacuação devem abrir sempre no sentido da fuga;

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16

• A distância máxima a percorrer segundo o caminho de evacuação até á saída não pode ser

superior a 30 m;

• Os materiais de revestimento dos caminhos de evacuação deverão corresponder nível mínimo de

segurança, para não por em risco a integridade física dos trabalhadores. Para os pavimentos

material de classe M3, para as paredes classe M2 e para o revestimento dos tectos M1.

Medidas de Intervenção

Uma análise adequada das medidas de intervenção requer inicialmente a classificação dos

diversos tipos de fogos de acordo com o combustível que origina a deflagração, divididos nas

seguintes classes:

• Classe A: Fogos de materiais sólidos comuns, geralmente do tipo orgânico, cuja combustão tem

lugar normalmente com formação de brasas.

• Classe B: Fogos de líquidos e sólidos de baixo ponto de fusão.

• Classe C: Fogos de gases.

• Classe D: Fogos de metais e compostos químicos reactivos.

No que diz respeito ao combate a incêndios é necessária uma actuação rápida e eficaz, o que

implica a criação de um plano de actuação, o qual deverá englobar:

• Meios para detecção do fogo e alerta dos bombeiros;

• Material de extinção apropriado;

• Formação dos colaboradores relativamente a medidas de protecção e combate a incêndios.

Sistemas de detecção de incêndios

Os sistemas de alerta contra incêndio permitem a detecção e localização do mesmo, assim como

o accionamento do plano de emergência (Figura 3.2). Existem dispositivos manuais, dotados de um

accionador tipo interruptor e ligados à central de controlo, permitem a activação do plano de

emergência quando accionados manualmente. Por outro lado, existem os sistemas de detecção

automática de incêndios que permitem:

• Detectar a presença de um contacto de incêndio com rapidez, sinalizando-o de forma óptica e

acústica numa central de controlo;

• Localizar o incêndio;

• Executar o plano de alarme, caso exista;

• Realizar funções auxiliares: transmissão automática de alarmes à distância, fecho de portas e

estores, actuação de instalações fixas de extinção, paragem das máquinas.

a) b) c)

Figura 3.2 Sistema de detecção de incêndios a) Botões de alarme Manual por Quebra de Vidro [24]; b) Detectores automáticos de incêndio [24]; c) Sinalizadores Acústicos [24].

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Sistemas de extinção de incêndios

Para atacar eficazmente o início de um incêndio

apropriado, existindo diversos equipamentos (extintores, bocas de incêndio, colunas secas,

Sprinklers, etc).

Os extintores são objectos de manuseamento que permitem projectar e dirigir um agente extintor

sobre um fogo, e podem utilizar praticamente

de areia (Figura 3.3). Os extintores devem ser colocados nos pilares ou nas

amplos e bem sinalizados. Diferenciam

nomeadamente o conteúdo do agente extintor,

descarga e o alcance.

Figura 3.3 - Extintor Portátil e principais

As Bocas-de-incêndio são um meio

num ponto fixo da rede de incêndios.

serviço público de extinção, e está constituída por uma conduta vazia, que funciona ao compr

vertical do edifício, prevista de bocas de ligação

para ligação dos equipamentos de serviço público de extinção,

caudal de água necessário. (Figura

Os Pulverizadores automáticos (Sprinklers) são

alarme e extinguem-no. Este sistema está ligado a uma rede de água s

quer em estabelecimentos comerciais (grandes armazéns, hotéis, etc.), quer em estabelecimentos

industriais (fabricas de pneus, armazéns têxteis, metalomecânica etc.).

tendo alta percentagem de sucesso

a)

Figura 3.4- Sistemas de extinção de incêndiosColuna seca [8] c) Pulverizador automático

17

ício de um incêndio é necessário dispor de sistemas de extinção

, existindo diversos equipamentos (extintores, bocas de incêndio, colunas secas,

objectos de manuseamento que permitem projectar e dirigir um agente extintor

sobre um fogo, e podem utilizar praticamente todos os agentes de extinção de incêndios

Os extintores devem ser colocados nos pilares ou nas paredes e em locais

Diferenciam-se uns dos outros através de uma série de características,

o conteúdo do agente extintor, o sistema de funcionamento, a eficácia,

e principais características [8]

um meio de primeira intervenção formada por uma tomada de água

num ponto fixo da rede de incêndios. Por outro lado uma Coluna seca é uma instalação para o uso de

serviço público de extinção, e está constituída por uma conduta vazia, que funciona ao compr

vertical do edifício, prevista de bocas de ligação nos pisos e de tomadas de alimentação na fachada

para ligação dos equipamentos de serviço público de extinção, originando a condução de pressão e

Figura 3.4-b)

Pulverizadores automáticos (Sprinklers) são dispositivos que detectam o fogo, dispara

o. Este sistema está ligado a uma rede de água sob pressão, sendo aplicável

quer em estabelecimentos comerciais (grandes armazéns, hotéis, etc.), quer em estabelecimentos

industriais (fabricas de pneus, armazéns têxteis, metalomecânica etc.). É um sistema bastante fiável,

so (Figura 3.4-c).

b) c)

Sistemas de extinção de incêndios a) Boca-de-incêndio e carretel de mangueira semiColuna seca [8] c) Pulverizador automático [25]

1- Cavilha de Segurança

2 - Dispositivo de

accionamento

3 - Percurtor

4 - Tubo de saída de CO

5 - Tubo de descarga de pó

6 - Encaixe da pistola de

controlo de descarga

7- Pistola de controlo de

descarga

é necessário dispor de sistemas de extinção

, existindo diversos equipamentos (extintores, bocas de incêndio, colunas secas,

objectos de manuseamento que permitem projectar e dirigir um agente extintor

os agentes de extinção de incêndios, à excepção

paredes e em locais

uma série de características,

eficácia, o tempo de

primeira intervenção formada por uma tomada de água

uma instalação para o uso de

serviço público de extinção, e está constituída por uma conduta vazia, que funciona ao comprimento

pisos e de tomadas de alimentação na fachada

a condução de pressão e

o fogo, disparam o

ob pressão, sendo aplicável

quer em estabelecimentos comerciais (grandes armazéns, hotéis, etc.), quer em estabelecimentos

É um sistema bastante fiável,

c)

arretel de mangueira semi-rígida [8]; b)

Cavilha de Segurança

Tubo de saída de CO2

Tubo de descarga de pó

Encaixe da pistola de

controlo de descarga

controlo de

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18

Agentes de extinção de incêndios

Para que a utilização de um sistema de extinção de incêndios tenha o efeito desejado, é

necessário conhecer as propriedades e características dos diversos agentes de extinção de acordo

as classes de fogos [8]. Os agentes de extinção que mais se utilizam no combate directo aos

incêndios são:

• Água: Utiliza-se fundamentalmente para a extinção de fogos da classe A e para o controlo de fogo

das classes A, B e C.

• Espumas: Aplicam-se para combater fogos da classe A e B. e podem actuar de duas formas

diferentes: mecanicamente (espuma física) e quimicamente (espuma química).

• Hidrocarbonetos halogéneos (Halons): São aplicados por meios fixos ou portáteis, para fogos de

classe A, B e C.

• Dióxido de carbono: São empregues através de meios de extinção portáteis ou fixos, sendo eficaz

na maioria dos fogos de classe A e não danifica material eléctrico. Por vezes é aplicável a

combustíveis líquidos e gasosos.

• Pós químicos secos: Classificados em função da sua composição e capacidade de extinção:

Pó seco (pó BC): Apresenta grande efectividade contra fogos de combustíveis líquidos e

gasosos (fogos classe B e C), sendo o seu componente básico bicarbonato.

Pó polivalente (ABC): A principal diferença relativamente ao pó seco é sua eficácia contra

fogos de classe A para além da classe B e C. O seu componente básico é o fosfato de amónio.

Pós especiais: Utilizam-se em fogos de metais (classe D) e podem ser constituídos por grafite,

cloreto de sódio e carbonato de sódio hidrofugados e fluidificados, variando consoante a aplicação.

• Areias: Age por abafamento e pode ser utilizado em todas as classes de fogos.

3.2.7. Sinalização

A sinalização define-se como um conjunto de estímulos que informam um indivíduo acerca da

melhor conduta a seguir, devendo cumprir os seguintes tópicos:

• Chamar a atenção

• Dar a conhecer a mensagem

• Ser clara e de interpretação única

• Informar sobre a conduta a seguir

• Deve existir uma possibilidade real de cumprir as indicações

A sinalização assinala ou salienta um risco, nunca previne um acidente de trabalho e, portanto,

nunca dá segurança efectiva ou real. Em consequência, deve empregar-se como uma técnica auxiliar

que complementa o resto das medidas de segurança a tomar nas seguintes situações:

• Quando não for possível eliminar todos os perigos no projecto da instalação

• Quando não se podem instalar sistemas de defesa ou resguardo adequados

• Quando não for possível utilizar meios de protecção pessoal

• Como complemento a qualquer outro sistema de segurança

Page 33: Attachment

19

Numa oficina metalomecânica deve-se assegurar a existência de sinalização de seguranças que

se dividem em diferentes categorias de acordo com a norma NP-2980 (1986):

• Sinais de Proibição

• Sinais de Aviso

• Sinais de Obrigação

• Sinais de Salvamento ou de Saúde

• Sinais Relativos a Material de Combate a Incêndios

• Sinal de Obstáculo e Locais Perigosos

a) b) c) d) e) F9

Figura 3.5 – Tipos de sinalização utilizada na indústria metalomecânica; a) Proibição; b) Aviso c) Obrigação d) salvamento ou saúde e)material de combate a incêndios f)obstáculos e locais perigosos

No anexo A1 encontra-se todo o tipo de sinalização de segurança que se pode encontrar na

indústria metalomecânica de acordo com a portaria nº1456-A/95, de 11 de Dezembro.

3.2.8. Higiene Industrial

A higiene industrial define-se como uma técnica de actuação sobre contaminantes/poluentes

derivados das actividades de produção, prevenindo doenças dos indivíduos a eles expostos e para

um correcto funcionamento da entidade fabril. Os agentes agressivos do ambiente que podem afectar

a saúde dos trabalhadores são geralmente produtos químicos, poeiras, fumos, gases e vapores,

havendo a necessidade de criar um programa de Higiene Industrial, que de acordo com o comité da

Organização Mundial de Saúde (O.M.S.) tem como objectivo:

• Determinar e combater, nos locais de trabalho, todos os factores químicos, físicos, mecânicos,

biológicos e psicossociais que sejam nocivos.

• Adoptar medidas eficazes para proteger as pessoas que estejam especialmente vulneráveis às

condições prejudiciais do meio laboral e reforçar a sua capacidade de resistência.

• Descobrir e corrigir as condições de trabalho que possam deteriorar a saúde dos trabalhadores, a

fim de corrigir a tempo sem prejuízo.

• Informar os trabalhadores da empresa do cumprimento das suas obrigações no que respeita à

protecção e fomento da saúde.

• Aplicar, nas empresas, programas de acção sanitária que englobem todos os aspectos da saúde,

os quais ajudarão os serviços de saúde pública a elevar o nível sanitário da colectividade.

Um dos aspectos da indústria metalomecânica mais preocupante a nível do ambiente é a lavagem

de peças, realizada normalmente através de jactos de materiais abrasivos, água ou produtos

químicos. A utilização de água misturada com querosene em pisos desapropriados, poderá originar

infiltrações e consequente contaminação do lençol freático e do ambiente envolvente. Os jactos com

Page 34: Attachment

20

materiais abrasivos produzem resíduos que além de sujarem a indústria, poluem o ar com sílica. Esta

sílica ameaça a saúde dos operários e também causa desgaste prematuro em equipamentos, como

engrenagem de máquinas. [2]

Outro factor importante a ter em conta numa metalomecânica é a utilização e reciclagem dos óleos

de lubrificação e manutenção. As entidades empresariais devem armazenar o óleo em recipientes

adequados para que sejam levados por empresas recicladoras, havendo a necessidade de criar

procedimentos de higiene industrial que vão desde a separação de resíduos dos materiais até á sua

reciclagem (Decreto-Lei nº 366-A/97, 20 Dezembro).

3.3. Equipamentos

Numa oficina metalomecânica, a maioria dos processos produtivos dependem da utilização de

máquina-ferramenta, pelo que é importante o cumprimento dos requisitos de segurança de

funcionamento (DL 50/2005, 25 Fevereiro), de modo a minimizar a projecção de material bem como a

interacção do operador com os elementos de risco da máquina e do material. O não cumprimento das

regras de utilização dos sistemas de protecção existentes, para além de uma incorrecta regulação,

manutenção e reparação dos equipamentos poderá originar diversos acidentes.

3.3.1. Elementos de Risco

Perante a importância das máquinas-ferramentas na elaboração dos planos de segurança, existe

a necessidade de classificar todos os elementos perigosos, geralmente identificados de acordo com a

cinemática de funcionamento (movimentos de rotação, alternados, translação, rotação e oscilação).

[30]

São identificados como elementos de rotação todo o tipo de veios, brocas, sem-fim, mandris, veios

de motores, transmissões e todo o tipo de elementos que para além da sua função de suporte

possuem movimento rotativo. A existência de saliências e aberturas neste tipo de elementos origina

uma diversidade de pontos de risco, onde se englobam as engrenagens, polias, etc. Para além

destes componentes de transmissão, são igualmente identificados como elementos de riscos as

ferramentas de corte e de polimento (Figura 3.6).

Figura 3.6 – Elementos de risco com movimento de rotação [30]

A combinação de movimentos de rotação, translação, oscilação em conjunto com elementos fixos,

é característica de alguns sistemas mecânicos, nomeadamente, engenho de furar, prensas, serrotes

fita, etc. Como é evidente, no caso das prensas, o movimento alternado das ferramentas apresentam

elevado risco. O mesmo sucede para o caso dos serrotes, aquando do movimento rotativo da serra

em conjunto com a translação da peça ou da própria ferramenta de corte (Figura 3.7).

Page 35: Attachment

a)

Figura 3.7 – a) Movimentos de risco alternados

A existência de diversos elementos de risco associados ao seu movimento,

diversidade de acidentes, nomeadamente

ou mais veios que giram em sentidos opostos

Igualmente ocorre acidentes entre

cremalheiras/pinhões. Outra situação muito comum entre os acidentes industriais diz respeito ao

corte e escoriação do operador através de partículas abrasivas, dentes de serras, gumes das

ferramentas, etc.

3.3.2. Meios de Protecção

Perante a diversidade de riscos inerentes aos equipamentos utilizados numa oficina

metalomecânica, são utilizados inúmeros sistemas de protecção activa e passiva, os quais garantem

uma correcta protecção do operador. Embora os meios de protecção sofram ev

equipamento a que se destinam, são classificados geralmente como resguardos (fixos, reguláveis e

auto-reguláveis), detectores de presença (fotoeléctricos, pressão, etc

duas mãos e dispositivos de paragem de

Resguardos de Protecção

Os resguardos de protecção dividem

reguláveis). Os resguardos fixos não dispõe

máquina ou do seu funcionamento e, qu

ou zona de perigo. São utilizados

máquina durante o seu funcionamento normal.

efectuar uma abertura no seu desenho, quando for necessário

fixação deverá ser efectuada ao corpo da máquina, sendo impossível abri

ferramentas adequadas. Por outro lado, os

encontra incorporado um sistema de ajuste, o qual

nova regulação. O seu princípio de funcionamento consiste em proteger a zona de

que fica a descoberto durante uma det

21

b) c)

de risco alternados [30] a) Rotação e translação; b) Oscilação; c) Translação.

elementos de risco associados ao seu movimento,

acidentes, nomeadamente através da prisão ou esmagamento do operador entre

giram em sentidos opostos (laminadoras, rolos de misturadores, calandra, etc).

acidentes entre correias e polias, correntes e rodas dentadas, engrenage

s/pinhões. Outra situação muito comum entre os acidentes industriais diz respeito ao

corte e escoriação do operador através de partículas abrasivas, dentes de serras, gumes das

Perante a diversidade de riscos inerentes aos equipamentos utilizados numa oficina

são utilizados inúmeros sistemas de protecção activa e passiva, os quais garantem

uma correcta protecção do operador. Embora os meios de protecção sofram evoluções consoante o

equipamento a que se destinam, são classificados geralmente como resguardos (fixos, reguláveis e

reguláveis), detectores de presença (fotoeléctricos, pressão, etc.), dispositivos de comando de

duas mãos e dispositivos de paragem de emergência.

Os resguardos de protecção dividem-se geralmente em três grupos (fixos, reguláveis e auto

não dispõem de partes móveis dependentes dos mecanismos da

seu funcionamento e, quando colocados correctamente, impedem o acesso ao ponto

São utilizados sempre que não é necessário o acesso às partes perigosas da

ante o seu funcionamento normal. Os resguardos fixos contemplam a possibilidade de se

uma abertura no seu desenho, quando for necessário, por exemplo, efectuar manutenção

corpo da máquina, sendo impossível abri-la ou retirá-la sem o uso de

Por outro lado, os resguardos reguláveis são elementos

sistema de ajuste, o qual permanece nessa posição até que se efectue uma

O seu princípio de funcionamento consiste em proteger a zona de processamento

que fica a descoberto durante uma determinada operação. É igualmente utilizado em

Rotação e translação; b) Oscilação; c) Translação.

elementos de risco associados ao seu movimento, origina uma

através da prisão ou esmagamento do operador entre dois

, rolos de misturadores, calandra, etc).

, engrenagens e

s/pinhões. Outra situação muito comum entre os acidentes industriais diz respeito ao

corte e escoriação do operador através de partículas abrasivas, dentes de serras, gumes das

Perante a diversidade de riscos inerentes aos equipamentos utilizados numa oficina

são utilizados inúmeros sistemas de protecção activa e passiva, os quais garantem

oluções consoante o

equipamento a que se destinam, são classificados geralmente como resguardos (fixos, reguláveis e

), dispositivos de comando de

reguláveis e auto

os mecanismos da

o acesso ao ponto

necessário o acesso às partes perigosas da

Os resguardos fixos contemplam a possibilidade de se

, efectuar manutenção. A

la sem o uso de

nos quais se

permanece nessa posição até que se efectue uma

processamento

máquinas que

Page 36: Attachment

apresentem uma área de perigo que não pode ser

resguardos auto-reguláveis, são

protegem a área de perigo. São accionados

posição inicial no final da operação (

a)

Figura 3.8 Resguardos de protecção: a) Esmerilfixo) [32] c) Fresadora (Resguardo regulável)

Apara Corpos e Apara Mãos e Barra distanciadora

Os apara corpos, apara mãos e a barra distanciadora

aos elementos móveis das máquinas que não precis

funcionamento, mas por outro lado

para alimentar e/ou extrair a peça (Figura

a)

Figura 3.9 - Apara- Corpos a) Esquema de funcionamento

Dispositivo de comando de duas mãos

O duplo comando é um dispositivo de segurança que normalmente

apresentam um elevado risco de prisão das

Desta forma, uma das soluções é

operário estão ocupadas com o accionamento

deste sistema, é muito frequente a utilização de sistemas de comando através dos pés

a)

Figura 3.10 Dispositivo de: a) comando de duas mãos22

m uma área de perigo que não pode ser protegida por completo. Relativamente aos

igualmente elementos móveis, que em posição de repouso,

ão accionados quando se inicia o processo de fabrico, retomando a

inicial no final da operação (Figura 3.8).

b) c)

a) Esmeril (Resguardo regulável) [31] b) Torno convencional(Resguardo regulável) [33] d) Serrote circular (Resguardo auto-regulável) [34]

e Barra distanciadora

e a barra distanciadora utilizam-se para garantir a inacessibilidade

aos elementos móveis das máquinas que não precisam da intervenção do operário durante o seu

outro lado necessitam que o operário tenha acesso ao ponto de operação

Figura 3.9)

b)

a) Esquema de funcionamento [30]; b) Prensa [35].

Dispositivo de comando de duas mãos

é um dispositivo de segurança que normalmente se utiliza em prensas

apresentam um elevado risco de prisão das mãos do operador entre as partes activas da máquina.

garantir que durante a acção perigosa da máquina, as mãos do

operário estão ocupadas com o accionamento do dispositivo longe da zona de perigo.

deste sistema, é muito frequente a utilização de sistemas de comando através dos pés

b) c)

a) comando de duas mãos [36] b) Barra distanciadora [30]; c) Pedal [37]

Relativamente aos

que em posição de repouso,

quando se inicia o processo de fabrico, retomando a

d)

b) Torno convencional (Resguardo [34].

se para garantir a inacessibilidade

rio durante o seu

necessitam que o operário tenha acesso ao ponto de operação

utiliza em prensas, as quais

re as partes activas da máquina.

garantir que durante a acção perigosa da máquina, as mãos do

longe da zona de perigo. Para além

(Figura 3.10).

[37].

Page 37: Attachment

23

Sensores De Presença

Os detectores de presença são meios de segurança que preestabelecem um limite de

aproximação com a zona de perigo da máquina em funcionamento, e que, uma vez ultrapassado o

dito limite, actua de várias formas (parando a máquina, parando os elementos perigosos da máquina

e invertendo, se necessário, o movimento). Na colocação de um dispositivo sensor, deve-se guardar

uma distância suficiente da zona perigosa, de modo a ter em conta a inércia dos órgãos móveis

perigosos e a velocidade de aproximação da pessoa exposta. (Figura 3.11).Este tipo de dispositivo é

geralmente identificado como um detector fotoeléctrico ou um actuador sensível à pressão.

a) b) c)

Figura 3.11 - Dispositivos sensores de presença [30]: a) Fotoeléctricos]; b) Fotoeléctricos e resguardos fixos c) Pressão

Interruptores de emergência e de bloqueio

Sempre que exista perigo para o operador, deve existir um dispositivo de paragem de emergência,

o qual accionado deverá parar todo o processo de funcionamento da máquina pare [25]. Por outro

lado, existem bloqueadores que se encontram interligados com as partes móveis de protecção da

máquina, que não estando na posição de segurança, impedem o funcionamento do equipamento.

a) b)

Figura 3.12 - Interruptores de [30]: a) emergência e b) bloqueadores

3.4. Protecção Individual

Ao longo dos tempos têm sido desenvolvidos e seleccionados equipamentos de protecção

individual (EPI) capazes de evitar diversos acidentes de trabalho, devendo estes estar de acordo com

o Artigo 5º do Decreto de Lei 348/93 de 1 de Outubro. Para selecção de EPI´s é necessário avaliar

inicialmente os riscos a que o trabalhador está exposto, as condições de trabalho e as partes do

corpo a proteger tendo em conta as características do trabalhador.

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3.4.1. Protecção da cabeça

A cabeça é uma zona importante

de partículas. Para tal são utilizados

resistência ao impacto e á penetração de partículas.

duas partes, pelo casco e pelo arnês (

portuguesa NP-1526 (1977). O material do capacete, deve ser um

resistentes a baixa temperatura.

metalomecânica, devendo ser aplicada quando

3.4.2. Protecção dos olhos e rosto

Os olhos são muito sensíveis, e

poeiras, de projecção de partículas ou aparas resultantes do processo de fabrico.

frequente nos olhos a destacar é no envolvimento do processo de

necessidade de proteger essas áreas

principalmente quando o funcionário

utilizar óculos de segurança contra projecções de material

geralmente produzidos em vidro te

obrigatório em operações tais como

operário necessite de efectuar um

vidros coloridos, de efeito filtrante contra acções ópticas (

a)

Figura 3.13 – Equipamentos de protecção:protecção contra projecções[40] c) Viseira de protecção

3.4.3. Protecção auditiva

A protecção individual auditiva deve ser implementada em locais onde a exposição pessoal diária

for susceptível de exceder 80 dB (A) e d

protecção auditiva utilizam-se dispositivos classificados

quais podem ser tampões auditivos e abafadores. Relativamente aos tampões auditivos, são

introduzidos no canal auditivo externo e visam a diminuição da intensidade das variações de pressão

que alcançam o tímpano. Normalmente são feitos d

de insonorização aceitável. (Figura

rígido com um revestido interno em

indivíduo, sendo por isso um sistema mais efic

24

nte a proteger, devido ao risco de queda de objectos e de projecção

são utilizados capacetes de protecção que devem apresentar elevada

resistência ao impacto e á penetração de partículas. O capacete é essencialmente composto por

s partes, pelo casco e pelo arnês (Figura 3.13 a)), onde a sua concepção segue a

material do capacete, deve ser um termoplástico, pois são muito

resistentes a baixa temperatura. Todavia a sua utilização não é frequente na indústria

ser aplicada quando esta parte do corpo está em perigo.

Protecção dos olhos e rosto

geralmente num ambiente industrial as lesões ocorrem

poeiras, de projecção de partículas ou aparas resultantes do processo de fabrico. Outro tipo de lesão

a destacar é no envolvimento do processo de soldadura. Deste modo

necessidade de proteger essas áreas através da utilização de óculos e viseiras de protecção

funcionário estiver a efectuar operações em que envolve aparas,

contra projecções de material transparente. Estes equipamentos são

temperado ou termoplásticos (Figura 3.13 b)), e o

tais como fresagem, torneamento, rectificação, etc. Por outro lado, caso o

e efectuar um processo de soldadura, deve utilizar viseiras de protecção, em

vidros coloridos, de efeito filtrante contra acções ópticas (Figura 3.13 c)).

b)

Equipamentos de protecção: a) Elementos constituintes do capacete de protecção [8]Viseira de protecção de Soldadura [41]

A protecção individual auditiva deve ser implementada em locais onde a exposição pessoal diária

exceder 80 dB (A) e de uso obrigatório para valores superiores a 85 dB (A)

dispositivos classificados segundo a Norma NP EN 458

quais podem ser tampões auditivos e abafadores. Relativamente aos tampões auditivos, são

no canal auditivo externo e visam a diminuição da intensidade das variações de pressão

que alcançam o tímpano. Normalmente são feitos de borracha, plásticos ou algodão e têm um poder

Figura 3.14 a)). Quanto aos abafadores, são concebidos

em material flexível, o qual envolve todo o sistema auditivo do

, sendo por isso um sistema mais eficaz que os tampões (Figura 3.14 b)).

os e de projecção

capacetes de protecção que devem apresentar elevada

O capacete é essencialmente composto por

sua concepção segue a norma

termoplástico, pois são muito

não é frequente na indústria

geralmente num ambiente industrial as lesões ocorrem através de

Outro tipo de lesão

Deste modo há

e viseiras de protecção,

estiver a efectuar operações em que envolve aparas, deve

. Estes equipamentos são

e o seu uso é

torneamento, rectificação, etc. Por outro lado, caso o

viseiras de protecção, em

c)

protecção [8] b) Óculos de

A protecção individual auditiva deve ser implementada em locais onde a exposição pessoal diária

e uso obrigatório para valores superiores a 85 dB (A). Para

segundo a Norma NP EN 458 (1996), os

quais podem ser tampões auditivos e abafadores. Relativamente aos tampões auditivos, são

no canal auditivo externo e visam a diminuição da intensidade das variações de pressão

e borracha, plásticos ou algodão e têm um poder

concebidos em material

todo o sistema auditivo do

Page 39: Attachment

25

3.4.4. Protecção do tronco

Este tipo de protecção é adequado, quando o operador está envolvido em trabalhos de soldar,

bem como qualquer outro tipo de trabalho onde possa haver projecção de material. Devem-se utilizar

aventais de couro ou batas em substituição de roupa larga comum, porque este EPI para além de

proteger contra óleos e queimaduras, diminui a probabilidade do operador ficar preso na máquina

(Figura 3.14 c)).

3.4.5. Protecção dos Pés e das Mãos

A protecção dos pés deve ser cumprida de acordo com a possibilidade de existirem lesões a partir

de efeitos mecânicos, térmicos, químicos ou eléctricos. Para evitar lesões devido a quedas de

materiais devem-se utilizar botas que respeitem a norma NP-2190 (1986), produzidas normalmente

em couro, borracha ou material plástico e biqueira de aço (Figura 3.14 d)).

Relativamente aos acidentes com as mãos (mais frequentes na indústria), são utilizadas para

minimizar o risco de lesão diversos tipos de luvas de protecção, geralmente em couro, pois

apresentam uma boa resistência mecânica e resistência térmica aceitável (Figura 3.14 d)).

a) b) c) d) e)

Figura 3.14 – Equipamentos de protecção: a) Tampão Auditivos [44]; b) Abafador sonoro [45]; c) Avental de protecção [46]; d) Bota com biqueira de aço [47]; e) Luvas em kevlar [48].

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26

4. Avaliação das Condições de Trabalho Este capítulo, tem como objectivo relatar o “antes” e o “porquê” da intervenção do Núcleo de

Oficinas. Numa primeira abordagem foi necessário delinear uma estratégia de planeamento de modo

a perceber qual as maiores deficiências e necessidades na estrutura oficinal. Para tal, efectuou-se

uma visita às instalações com o intuito de elaborar o registo de todas as estruturas e equipamentos

existentes, para além de todos os aspectos que apresentavam deficiências ou imperfeições para um

normal funcionamento da oficina. Para análise das condições de trabalhão existentes foi elaborado o

seguinte plano de verificação:

• Organização.

• Segurança.

• Higiene e Ambiente.

4.1. Organização

A Figura 4.1 apresenta a estruturação do espaço oficinal existente, encontrando-se organizada em

6 zonas (zona de fabrico, gabinete de metrologia, gabinete do torneiro, gabinete do fresador e

gabinete do gestor). Para além destas zonas de acesso directo á produção, existia ainda um pequeno

hall para a oficina junto à entrada do edifício. Esta estrutura apresenta algumas desvantagens

relativamente ao aproveitamento de espaços, muito devido á utilização de aproximadamente 50% do

espaço oficinal em gabinetes, os quais não fazem sentido numa oficina metalomecânica onde a

maioria dos equipamentos são máquinas ferramenta convencionais. Na realidade, bastaria um único

gabinete para elaborar o plano de trabalho de todos os equipamentos disponíveis, uma vez que se

trata de uma tarefa correspondente a uma percentagem reduzida do tempo total de fabrico Figura 4.1.

Figura 4.1 Planta da Oficina existente e descrição das diferentes zonas.

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Na Figura 4.2 constata-se que o gabinete de metrologia

servir de armazenamento de material. Relativamente à

de organização do escritório, de inform

de documentaçao da máquinas para além de

a)

Figura 4.2 Panorama geral da oficina existenterecepção de clientes.

Existem inúmeros aspectos estr

funcionameno da oficina, onde:

• Os acessos à oficina não são os mais adequados

que poderá originar entraves à movimentação de equipamentos

• As portas apresentavam empeno para além da degradação do seu material de fabrico (madeira)

(Figura 4.3 b)).

• As janelas antigas são constituídas por caixilharia de alumínio instável e

de apresentarem alguns vidros partidos e estores em mau funcionamento.

isolamento térmico da oficina poderá não ser

• As tubagens não são diferenciadas por cor,

11 de Dezembro que possibilita identificar o seu conteúdo.

• O sistema de esgotos se encontrava

a)

Figura 4.3 Elementos estruturais a) Acessos (degrau); b) Portas e

A arrumação das ferramentas,

mais apropriada, encontrando-se ferramentas espalhadas pelo chão

identificação. Não existia nenhuma

máquina a que pertence. Na verdade, apenas o operador do posto de trabalho respectivo tinha

conhecimento dos acessórios e da sua função, levando limitações aos restantes na sua ausência

Para além da arrumação, não existia nem organização (falta de inventário) nem estandardização das

ferramentas (gamas incompletas), nem das matérias

27

se que o gabinete de metrologia, que em vez de funcionar como tal, está a

r de armazenamento de material. Relativamente à zona de recepção, é igualmente

organização do escritório, de informatização dos projectos/máquinas, de histórico dos projectos

ntaçao da máquinas para além de excesso de papeis e de lixo.

b) c)

existente; a) e b) zona de fabrico; c) Gabinete de metrologia

estruturais que se consideram inadequados para o

não são os mais adequados, devido à existencia de um degrau

movimentação de equipamentos (Figura 4.3 a)).

apresentavam empeno para além da degradação do seu material de fabrico (madeira)

são constituídas por caixilharia de alumínio instável e vidro simples

vidros partidos e estores em mau funcionamento. Como consequência,

poderá não ser o mais adequado (Figura 4.3 c)).

não são diferenciadas por cor, não estando de acordo com Portaria n.º 1456

que possibilita identificar o seu conteúdo.

encontrava em mau estado, entupidos e sem manutenção.

b) c)

Acessos (degrau); b) Portas e tubagens c) janelas

dos acessórios, das máquinas e das matérias-primas

se ferramentas espalhadas pelo chão, sem qualquer indicação

Não existia nenhuma informação relativa à função dos acessórios existentes nem da

máquina a que pertence. Na verdade, apenas o operador do posto de trabalho respectivo tinha

conhecimento dos acessórios e da sua função, levando limitações aos restantes na sua ausência

ação, não existia nem organização (falta de inventário) nem estandardização das

ferramentas (gamas incompletas), nem das matérias-primas, para além da maioria das ferramentas

que em vez de funcionar como tal, está a

mente notória a falta

de histórico dos projectos,

d)

c) Gabinete de metrologia d) Zona de

inadequados para o correcto

um degrau no portão

apresentavam empeno para além da degradação do seu material de fabrico (madeira)

vidro simples para além

Como consequência, o

não estando de acordo com Portaria n.º 1456-A/95 de

e sem manutenção.

c)

primas não era a

, sem qualquer indicação ou

relativa à função dos acessórios existentes nem da

máquina a que pertence. Na verdade, apenas o operador do posto de trabalho respectivo tinha

conhecimento dos acessórios e da sua função, levando limitações aos restantes na sua ausência.

ação, não existia nem organização (falta de inventário) nem estandardização das

primas, para além da maioria das ferramentas

Page 42: Attachment

serem obsoletas. Foi igualmente verificada a

acção de protecção dos riscos associados a esta oficina

a)

Figura 4.4 Arrumação e organização: a)

4.2. Segurança

Uma vez que se trata do tema principal deste trabalho, f

condições de segurança do pavimento

equipamentos mecânicos e dos elementos de protecção individual

adequadas às exigências actuais.

4.2.1. Pavimentos industriais

Como já foi referido, os pavimentos

Portaria 987/93 de 6 de Outubro, o qual impõe que deve ser anti

não se verificou no espaço oficinal existente

madeira e mosaico, os quais são susceptíveis de infiltração. Além

via de circulação não correspondia ao

1,00m de largura para além do mau estado da

a)

Figura 4.5 Pavimentos existentes na Oficina

4.2.2. Ventilação

O sistema de ventilação não se encontrava

garantir as condições atmosféricas estipuladas pelo

sistemas (ar condicionado, ventiladores, extractores, etc

para além de serem obsoletos. Um

1,00 m

28

serem obsoletas. Foi igualmente verificada a inexistência de históricos de acidentes, o que dificulta a

acção de protecção dos riscos associados a esta oficina (Figura 4.4)

b) c)

a) Matéria-prima b) Acessórios das máquinas c) Ferramentas de Corte.

Uma vez que se trata do tema principal deste trabalho, foram abordadas e identificadas as

condições de segurança do pavimento, da ventilação, da iluminação, da sinalização

elementos de protecção individual, de modo a propor

Pavimentos industriais

referido, os pavimentos industriais têm que seguir o legislado pelo artigo 10º da

Portaria 987/93 de 6 de Outubro, o qual impõe que deve ser anti-derrapante e impermeável, o que

existente (Figura 4.5). Concretamente, existiam dois tipos de piso,

madeira e mosaico, os quais são susceptíveis de infiltração. Além disso, a largura das marcações da

não correspondia ao valor mínimo obrigatório de 1,20m, apresentando apenas

para além do mau estado da marcação da via.

b)

na Oficina a) zona de fabrico b) Gabinetes.

O sistema de ventilação não se encontrava adequado, não cumprindo os requisitos que pudessem

garantir as condições atmosféricas estipuladas pelo Decreto-Lei nº243/86 de 20 Agosto

sistemas (ar condicionado, ventiladores, extractores, etc.) apresentavam anomalias de funcionamento

dos principais aspectos negativo é a inexistência de extracção de

1,00 m

o que dificulta a

c)

áquinas c) Ferramentas de Corte.

oram abordadas e identificadas as

a sinalização, dos

, de modo a propor soluções

têm que seguir o legislado pelo artigo 10º da

e impermeável, o que

Concretamente, existiam dois tipos de piso,

as marcações da

de 1,20m, apresentando apenas

não cumprindo os requisitos que pudessem

Lei nº243/86 de 20 Agosto. Todos os

de funcionamento

a inexistência de extracção de

Page 43: Attachment

29

fumos localizada na zona de soldadura, em conjunto com a falta de organização, segurança das

botijas e dos acessórios para a operação de soldadura (Figura 4.6).

a) b) c) d)

Figura 4.6 - Diferentes tipos de Ventilação e extracção de ar existentes: a) Ventilador de extracção de ar; b) Ar condicionado; c) Extracção localizada; d) Zona de soldadura.

4.2.3. Iluminação

Através de uma análise visual e de uma abordagem os funcionários da oficina, constatou-se que a

iluminação era insuficiente, que para além de não ser uniforme, a maioria dos componentes

correspondentes á iluminação encontravam-se em muito mau estado. Verificou-se igualmente a

inexistência de caixilhos de protecção das luminárias, o que constitui incumprimento da legislação

nomeadamente do artigo 8º, da Portaria n.º 987/93, de 6 de Outubro. (Figura 4.7)

4.2.4. Sinalização

A sinalização existente apenas dizia respeito ao sistema de luta contra incêndios, faltando toda a

sinalização de proibição (fumar, entrada de pessoas não autorizadas, etc.), sinalização de aviso

(perigo de electrocussão no quadro eléctrico), sinalização de salvamento e saúde (saída de 1ºs

socorros) e também inexistência de sinalização de obrigação (equipamentos de protecção

individuais). Outro aspecto que não cumpre os requisitos mínimos da legislação refere-se à

inexistência de sistema de detecção de incêndios. (Figura 4.7)

a) b) c)

Figura 4.7 a) Iluminação da Oficina b) e c) Sistema e sinalização de luta contra-incêndio existentes

4.2.5. Equipamentos

A protecção dos equipamentos é de facto um dos aspectos mais importantes no que se refere a

segurança, apresentando-se como a principal causadora de acidentes de trabalho. Verificou-se que a

maioria das máquinas disponíveis na oficina não respeitava os requisitos mínimos de segurança, não

tendo sofrido modificações desde a sua aquisição (década de 70). Os tornos mecânicos, fresadoras,

engenhos de furar, serrotes e esmeriladoras além de necessitarem de total recondicionamento,

Page 44: Attachment

30

apresentavam diversos aspectos negativos relativos à protecção contra projecções de apara e

elementos da máquina em conjunto com a falta de botões de emergência. No que diz respeito ao

correcto funcionamento dos equipamentos, apresentavam necessidade de recondicionamento,

nomeadamente troca de óleos dos sistemas de engrenagens, correcção das folgas, pintura, ajustes,

etc. (Figura 4.8)

a) b) c)

d) e) f)

Figura 4.8 – Alguns equipamentos existentes na oficina a) Tornos mecânico CAZENEUVE HB 500 b) Tornos mecânico SCHAUBLIN 125; c) Fresadora SCHAUBLIN 53 d) Engenhos de Furar MODIG´S; e) Serrote mecânico f) Esmeril.

4.2.6. Protecção Individual

Como referido anteriormente, deve existir uma diversidade de EPI´s que permitam trabalhar em

segurança com um nivel considerável de conforto. A análise efectuada à oficina permitiu concluir que

de acordo com a Portaria nº 988/93 de 6 de Outubro não existia qualquer equipamento de protecção

auricular e de tronco para processos de soldadura. Embora cada operador possuisse vestuário de

segurança (Bata e botas), óculos de protecção para projecções de aparas e óculos para protecção de

soldadura, o seu estado de conservação não garantia a total segurança dos operadores, havendo a

necessidade de proceder á requalificação dos EPI´s através da compra de novos equipamentos.

4.3. Higiene e Ambiente

Relativamente á zona de limpeza, para além de difícil acesso, apresentava condições de higiene

inapropriadas com um lavatório em louça em estado degradado. De uma forma geral todo o

pavimento e até mesmo as paredes se encontravam em péssimas condições de limpeza.

Relativamente à separação de resíduos (líquidos e sólidos), não existia nenhum procedimento de

separação nem de reciclagem. (Figura 4.9)

Page 45: Attachment

a)

Figura 4.9 – Higiene e protecção da oficina: a) Luvas de protecção; b) Zona de limpeza; c) Depósito de óleo usado.

.

31

b) c)

Higiene e protecção da oficina: a) Luvas de protecção; b) Zona de limpeza; c) Depósito de óleo

Higiene e protecção da oficina: a) Luvas de protecção; b) Zona de limpeza; c) Depósito de óleo

Page 46: Attachment

5. Implementação dos ProcedimentosEste capítulo apresenta as soluções adoptadas para implementação da nova oficina, tendo como

objectivo adequar todo a instalação oficinal às exigências actuais

decretos-lei e normas. As três áreas de actuação dizem respeito às

equipamentos e aos operários (EPI’s

condições de trabalho na oficina cumprem o estipulado pela legislação (Anexo A2).

importante deste trabalho, está no facto d

HST não serem da responsabilidade financeira do NOF, ou seja, o núcleo apenas informa

organismos responsáveis (Núcleos)

materializar os objectivos.

Tendo em conta o conceito de metalomecânica, a implementação dos conceitos de HST da oficina

deverá estar de acordo com os serviços que

Corte (Preparação da matCorte Mecânico Corte de chapa

Deformação PlásticaCalandragem

Quinagem Corte por arranque de ap

Torneamento Fresagem Furação

Rectificação Electro-erosão

Figura 5.1 Serviços a prestar na Oficina Metalomecânica

5.1. Instalações

Esta secção apresenta todas as soluções técnicas que

oficina de modo a cumprir a legislação em vigor

pavimento, as condições atmosféricas

protecção contra incêndios, a sinalização de segurança e por fim

que as medidas adoptadas para implementação da oficina ser

definição do layout das células e dos equipamentos da nova oficina.

Figura 5.2 - Implementação do layout das

32

Procedimentos de HST apresenta as soluções adoptadas para implementação da nova oficina, tendo como

adequar todo a instalação oficinal às exigências actuais de acordo com os respectivos

três áreas de actuação dizem respeito às instalações

EPI’s), tendo sido elaborada uma check-list que permite verificar se as

condições de trabalho na oficina cumprem o estipulado pela legislação (Anexo A2).

importante deste trabalho, está no facto de alguns processos de implementação de procedimentos de

da responsabilidade financeira do NOF, ou seja, o núcleo apenas informa

organismos responsáveis (Núcleos) o que pretende para a oficina, encarregando

Tendo em conta o conceito de metalomecânica, a implementação dos conceitos de HST da oficina

deverá estar de acordo com os serviços que se pretendem prestar na oficina.

téria) Soldadura Eléctrodo - Revestido

Oxiacetilénica ca TIG

MIG - MAG Preparação e Tratamento da Superfície

apara Mecânica (Lixagem e PolimDesengorduramento Pintura da Superfície

Oficina Metalomecânica.

todas as soluções técnicas que se devem aplicar para a implementação da

legislação em vigor. A intervenção aborda as características do

pavimento, as condições atmosféricas, o ruído, os riscos eléctricos, a iluminação, a prevenção e

protecção contra incêndios, a sinalização de segurança e por fim a higiene e ambiente

que as medidas adoptadas para implementação da oficina serviram de base de apoio para a

das células e dos equipamentos da nova oficina.

das células da nova oficina adaptado [49]

apresenta as soluções adoptadas para implementação da nova oficina, tendo como

de acordo com os respectivos

instalações oficinais, aos

list que permite verificar se as

condições de trabalho na oficina cumprem o estipulado pela legislação (Anexo A2). Um aspecto

de procedimentos de

da responsabilidade financeira do NOF, ou seja, o núcleo apenas informa aos

na, encarregando-se estes de

Tendo em conta o conceito de metalomecânica, a implementação dos conceitos de HST da oficina

ido

Superfície mento)

Superfície

a implementação da

as características do

iluminação, a prevenção e

e ambiente. De salientar

de apoio para a

Page 47: Attachment

33

5.1.1. Pavimentos Industriais

O pavimento aplicado na oficina corresponde a um piso com várias camadas, impermeável e

antiderrapante conforme exigido na legislação. Um piso multi-camadas apresenta alta resistência

mecânica e, devido ao seu processo de aplicação, permite corrigir deficiências e deformações de

médio e pequeno porte, com a vantagem de criar uma estrutura de grande confiabilidade.

O procedimento de implementação do piso efectuou-se em conjunto com o Núcleo de obras,

informando esta entidade o nosso propósito para o pavimento. O revestimento do pavimento utilizado

foi um sistema Epoxy tipo Stonhard (Figura 5.3), composto por:

• Primário de adesão tipo Standard Primer;

• Primário de regularização tipo Stonset Primer;

• Argamassa Epoxy tipo Stonclad GS 4 mm, de cor Pewter;

• Pintura de acabamento com tinta Epoxy tipo Stonkote GS4 textura #2;

• Isolamento com produto tipo Stonflex MP7, da mesma cor do pavimento.

a) b)

Figura 5.3 a) Piso Multi-camadas [50] b) Pavimento Epoxy da Oficina

5.1.2. Condições Térmicas

O estudo dos sistemas de ventilação instalados na nova oficina foi efectuado entre o Núcleo de

Oficinas (NOF) e o Núcleo de Manutenção (NM), através do estabelecimento de requisitos que

cumprissem os valores de temperatura e renovação de ar referidos pelo decreto-lei. Os requisitos

inicialmente estipulados em conjunto com o núcleo de manutenção apresentavam as seguintes

características:

• A Oficina irá funcionar com aproximadamente 5 funcionários, o que origina um caudal mínimo de

renovação de ar (insuflação) a rondar os 250 m�/Hora.

• O sistema de ar condicionado deverá ser capaz de manter a temperatura da oficina nos intervalos

pré-estabelecidos pela Tabela 3.4.

• Deverá existir extracção localizada na zona de soldadura e de electro-erosão, podendo ser

instalados sistemas de extracção fica ou móvel.

Page 48: Attachment

34

Depois de estipuladas as condições a ser cumpridas, foi proposto pelo Núcleo de Manutenção o

projecto para os sistemas de Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado (AVAC), o qual apresenta

as seguintes características:

• Renovação do ar (insuflação) 520

�� �;

• O ar condicionado instalado tem uma capacidade de arrefecimento de 10.0kW e de

aquecimento de 11.2kW;

• O ruído máximo provocado pelo sistema do ar condicionado é 38dB(A);

• Sistema de extracção localizada, com três pontos de extracção por braços extensíveis, com

uma capacidade de aproximadamente 3500

�� � de caudal total de ar extraído, com o

objectivo de promover a extracção de pontos especiais a instalar na oficina (soldadura,

electro-erosão).

a)

b) c) d)

Figura 5.4 – Sistema de ventilaçao e ar condiconado da oficina a) Projecto AVAC; b) Sistema AVAC; c) Extracção localizada da Oficina

Após instalação do sistema AVAC e do sistema de extracção localizada, foram efectuadas

medições espaciais e temporais da temperatura com recursos a um anemómetro (Kimo VT200) de

modo a verificar as condições atmosféricas do espaço oficinal. Este aparelho é capaz de efectuar

simultaneamente medições de temperatura e de velocidade de ar (caudal) num determinado instante.

Page 49: Attachment

35

As medições espaciais consistiram na avaliação da temperatura em diversos pontos de leitura da

oficina num intervalo de tempo muito pequeno, de acordo com as seguintes condições:

• Ensaio realizado às 14h

• Temperatura exterior 30,5ºC

• Estores abertos e janelas fechadas

• Ar condicionado programado para 21ºC

O gráfico da Figura 5.5 representa a distribuição da temperatura no espaço oficinal, podendo ser

identificadas duas zonas distintas. Uma zona que está exposta à sombra devido à proximidade com o

edifício da secção de tecnologia mecânica e outra exposta directamente ao sol, daí o máximo de

temperatura nessa zona (linha a vermelho). É possível que o sistema AVAC consegue baixar a

temperatura da oficina para os intervalos de valores pré-estabelecidos pela legislação, sendo o ponto

central da oficina correspondente ao ponto de temperatura média (24,4ºC).

a) b)

c)

Figura 5.5- Medição espacial da temperatura a) Anemómetro; b) Exposição da oficina ao sol e à sombra; c) Gráfico da distribuição de temperatura ao longo da oficina.

Sombra Sol

Page 50: Attachment

36

Relativamente às medições temporais, foi efectuada a leitura da temperatura no ponto central da

oficina (temperatura média) em três situações distintas. Cada medição foi realizada ao longo de 10

horas, simulando um dia de trabalho oficinal. (Figura 5.6)

A primeira situação de estudo (curva azul), realizou-se nas seguintes condições:

• Ar condicionado ligado, estores abertos e janelas fechadas;

• Ar condicionado programado para 21ºC

• Previsão meteorológica máxima de 30ºC e mínima de 18ºC.

A segunda situação de estudo (curva vermelha), teve como realizou-se nas seguintes condições:

• Ar condicionado ligado, estores fechados e janelas fechadas;

• Ar condicionado programado para 21ºC

• Previsão meteorológica máxima de 30ºC e mínima de 19ºC.

Uma vez que os estores nunca estarão fechados ao longo do dia de trabalho, este ensaio serve

simplesmente para, de um modo aproximado, simular as janelas de vidro duplo, criando assim um

ambiente em que as condições propícias à troca de calor com o exterior são menores.

A terceira situação de estudo (curva verde), realizou-se nas seguintes condições:

• Ar condicionado desligado, estores abertos e janelas fechadas;

• Previsão meteorológica máxima de 32ºC e mínima de 21ºC.

Figura 5.6 Gráfico da variação de temperatura ao longo do dia de trabalho

Como primeira análise da Figura 5.6, é possível concluir que é imprescindível a utilização de ar

condicionado na oficina, uma vez que os níveis de temperatura sem nenhum sistema de AVAC

apresentam valores altíssimos (curva verde), longe das condições recomendadas. Por outro lado, os

ensaios seguintes, demonstraram que as propriedades de isolamento térmico das janelas (vidros

mais caixilharia de alumínio) não são as mais adequadas, devido às diferenças de temperatura

obtidas entre a curva azul e curva vermelha. De salientar que a curva a vermelho tem como objectivo

simular as propriedades de janelas com um isolamento térmico superior ao existente. É possível

concluir que para baixar a temperatura da oficina até níveis de conforto térmico aconselháveis,

22

23

24

25

26

27

28

29

8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18

Tem

pe

ratu

ra º

C

Horas

AC_ON_EA

AC_ON_EF

AC_OFF_EA

Page 51: Attachment

37

definidos na Tabela 3.4, basta programar o ar condicionado para ligar uma hora antes do início do dia

de trabalho. No entanto, um aspecto importante na programação do ar condicionado até 21º C (valor

mínimo), está relacionado com a incapacidade do sistema atingir o valor pretendido, muito por culpa

do isolamento térmico da oficina.

Da comparação destas duas curvas (azul e vermelha), verifica-se que o máximo de diferença de

temperaturas é de 1,4 ºC.

5.1.3. Ruído

Como a oficina se encontra integrada num meio escolar é importante implementar medidas no

sentido de minimizar o ruído provocado pela oficina para as instalações adjacentes. Para tal foi

estabelecido no plano de obra a instalação sistemas de isolamento acústico de modo a minimizar o

ruído. Esta medida foi exigida ao Núcleo de Obras, o qual estabeleceu a instalação de aglomerados

de cortiça no tecto da Oficina no plano de obras. (Figura 5.7).

a) b)

Figura 5.7 Aplicação do isolamento a) aglomerado de Cortiça; b) Tecto da oficina.

Após a instalação dos sistemas de isolamento acústico e do sistema de AVAC, procedeu-se à

medição dos valores de ruído provenientes do sistema de extracção localizada e do ar condicionado,

para além da quantificação do isolamento acústico que as janelas promovem, de modo a estabelecer

medidas de minimização de ruído. Para tal, foram efectuadas três medições de ruído, onde a primeira

medição foi efectuada com o intuito de definir o valor da frequência do variador de frequências do

sistema de extracção localizada para funcionamento em condições estacionárias. As outras medições

consistiram em avaliações espaciais e temporais do ruído da oficina com o sistema de AVAC em

funcionamento.

Como resultado da primeira medição, foi possível definir os valores de frequência que apresentam

níveis de ruído mais baixos. Através da análise da Figura 5.8, consegue-se definir que até uma

frequência de 25 Hz, o ruído medido na zona de extracção localizada (junto ao variador de

frequência) varia suavemente, aumentando bastante para valores superiores de frequência. Deste

modo, propõe-se uma frequência de 25 Hz para o funcionamento da extracção localizada, o que

corresponde um valor de ruído de valor 60,7 dB (A). Caso seja necessário maior poder de extracção,

basta aumentar a frequência, devendo apenas funcionar num curto intervalo de tempo devido ao

elevado ruído que provoca em conjunto com o resto dos equipamentos da oficina.

Page 52: Attachment

38

Figura 5.8 Gráfico da variação do ruído com a variação da frequência da extracção localizada; Sonómetro modelo SC160

Como referido, a medição espacial do ruído foi efectuada com o ar condicionado ligado e o

sistema de extracção localizada a uma frequência de 25 Hz.

Da análise do gráfico obtido é possível concluir que os níveis de ruído encontram-se dentro dos

valores aceitáveis definidos por lei. Conclui-se ainda que o ruído é maior no fundo da oficina (zona do

variador de frequência), e a de menor ruído no canto inferior esquerdo (Figura 5.9). Desta forma, uma

proposta de definição do layout, seria criar uma zona administrativa e de metrologia onde o valor de

ruído é menor. Como o variador de frequências é uma fonte provocadora de ruído considerável,

propõe-se a instalação de uma caixa isolante para minimizar o ruído.

Figura 5.9 Gráfico da distribuição do ruído ao longo da oficina

Por último, a terceira medição consistiu na obtenção do valor de ruído no ponto central da oficina

ao longo de 10 horas, em três condições distintas. De referir que estas medições foram efectuadas

com o sistema de extracção localizada desligado, permitindo assim avaliar principalmente a

capacidade de isolamento acústico (Figura 5.10).

A primeira situação corresponde á medição do ruído no mesmo ponto durante um dia de trabalho,

com estores aberto, janelas abertas e o ar condicionado ligado (curva verde).

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50

ruid

o d

B(A

)

Frequência (Hz)

Leq-dB(A)

Page 53: Attachment

39

A segunda situação corresponde á medição do ruído no mesmo ponto durante um dia de trabalho,

com estores aberto, janelas fechadas e ar condicionado ligado (curva a vermelho)

A última situação corresponde á medição do ruído no mesmo ponto durante um dia de trabalho,

com estores fechados, janelas fechados e ar condicionado ligado (curva a azul). Uma vez que os

estores nunca estarão fechados ao longo do dia de trabalho, este ensaio serve simplesmente para,

de um modo aproximado, simular as janelas de vidro duplo. Criando assim um ambiente em que as

condições de trocas de ruído com o exterior são menores.

Figura 5.10 Gráfico da variação do ruído ao longo do dia de trabalho

Através da comparação das condições de estores abertos e fechados (curva vermelha e azul) é

possível concluir que as janelas têm um poder de isolamento acústico baixo (vidros simples). Verifica-

se também que o pico de ruído ocorre por volta do meio-dia, devido ao aumento do trânsito no

exterior.

Perante as condições térmicas e de ruído verificadas na oficina, propõe-se a implementação de

novas janelas, com vidro duplo e caixilharia de alumínio mais adequadas, apresentando esta medida

um investimento relativamente baixo e que consequentemente iria permitir a redução de gastos

energéticos.

5.1.4. Iluminação/Riscos Eléctricos

Como referido, o nível adequado de iluminância deve estar compreendida entre 500 a 2000Lux de

acordo com a norma. Deverá existir iluminação de emergência (iluminação autónoma), que no caso

da electricidade do edifício falhar, iluminará todos os caminhos de evacuação (corredores e portas).

Para além destes requisitos, todos os quadros eléctricos bem como as luminárias deverão possuir

elementos de protecção para evitar acidentes (Portaria n.º 987/93, de 6 de Outubro)

Estes foram os requisitos propostos ao Núcleo de Obra, o qual aconselhou a instalação de 10

blocos autónomos de iluminação de emergência ao longo das calhas técnicas de passagem de cabos

eléctricos. Foram também colocados blocos de iluminação de emergência em cada uma das portas.

43

45

47

49

51

53

55

57

59

8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18

Ru

ido

dB

(A)

Horas

EF_JF

EA_JF

EA_JA

Page 54: Attachment

40

Relativamente aos quadros eléctricos, foram instalados sistemas de protecção contra o contacto

directo com as tomadas de corrente e os próprios disjuntores. (Figura 5.11)

a) b) c)

Figura 5.11 – Iluminação do espaço oficinal a) Iluminação geral b) Iluminação de segurança c) Caixa eléctrica

Para verificação da intensidade de luminosidade da oficina recorreu-se à utilização de um

Luxímetro, cedido pelo Núcleo de Segurança e Higiene no Trabalho (NSHT). As medições foram

efectuadas em diferentes pontos da oficina (Figura 5.12 a)), entre as 10h e as 11h, com os estores

abertos e a iluminação artificial ligada. Embora a zona junto á janela apresente maiores níveis de

luminosidade, como demonstra a Figura 5.12 b), todos os valores estão dentro dos limites estipulados

pela Norma DIN 5035. Desta forma, é aconselhável a colocação das máquinas que necessitam de

trabalho minucioso junto às janelas.

a)

b)

Figura 5.12- Medição de luminosidade na oficina: a) Pontos de medição b) Variação da Luminosidade ao longo da Oficina

Page 55: Attachment

41

5.1.5. Incêndios

Relativamente à segurança contra incêndios, importa referir que segundo a Portaria n.º

1532/2008, de 29 de Dezembro, não é necessário um plano específico de segurança contra

incêndios, desde que a zona oficinal esteja incorporada no plano do edifício. No entanto, a oficina em

causa não dispõe de sistema de segurança, havendo assim a necessidade de a incorporar no plano

de segurança contra incêndios já existente no edifício.

A primeira abordagem consistiu na consulta de uma empresa especializada em sistemas de HST

(Etnimanual), a fim de efectuar um levantamento das necessidades relativas à segurança contra

incêndios (Anexo A6). Embora a proposta parecesse bastante completa, apresentava diversos

tópicos que não correspondiam às necessidades de uma oficina metalomecânica, nomeadamente a

instalação de centrais de água e de um valor excessivo de dispositivos de detecção de incêndios

(sprinklers). Na verdade, deverá ser evitada a utilização de água na extinção de incêndios devido aos

inúmeros equipamentos eléctricos instalados. A análise efectuada por esta empresa permitiu

perceber não só as necessidades da oficina, bem como do edifício interdisciplinar onde está inserida.

A segunda abordagem, consistiu em procurar junto ao núcleo SHT uma solução para a

implementação de sistemas de segurança relativos a incêndios. A proposta consistia na colocação de

um extintor de CO2 de 10Kg e de 4 detectores fumos, sendo esta solução muito mais económica que

a apresentada pela empresa Etnimanual. No entanto, no caso de ocorrência de um fogo de classe B

ou C, o extintor de CO2 não seria eficaz.

Legenda do Sistema de combate a Incêndios

Detecção térmico de Incêndios

Extintor Portátil ABC 2Kg

Extintor Portátil CO2 5Kg

Alarme Manual

Figura 5.13 Disposição dos equipamentos para o combate a incêndios

Com base nas duas opções apresentadas, foi possível estabelecer uma proposta para segurança

contra incêndios, onde se englobam os dispositivos de detecção e combate a fogos. (Figura 5.13). A

escolha de detectores térmicos em vez dos detectores de fumo apresentados pelo Núcleo SHT, deve-

se ao facto deste tipo de oficina envolver processos de soldadura e de electro-erosão (libertação de

fumos). Uma vez que a área da oficina é de aproximadamente 200m2, e que cada detector de

incêndio térmico abrange aproximadamente 50m2, há a necessidade de aplicar pelo menos 4

sensores. Propõe-se também a colocação de um botão de alarme manual para accionamento em

caso de emergência junto à porta principal.

No que diz respeito aos sistemas de combate, propõe-se a aplicação de dois extintores de 5Kg de

CO2 e um ABC de 2Kg. Os extintores de CO2 permitem extinguir fogos de classe A, não danificando

os equipamentos eléctricos. Por outro lado os extintores para fogos ABC não poderão ser utilizados

directamente nas máquinas, pois danificam os equipamentos eléctricos, existindo a necessidade de

colocar sinal de informação.

Page 56: Attachment

5.1.6. Sinalização

A sinalização de segurança está fortemente dependente da disposição dos equipamentos e das

condições de funcionamento. Embora não esteja ainda estipulado o

elaborada uma proposta geral que não depende da disposição dos equipamentos. De acordo com a

legislação, a sinalização necessária abrange os sistemas de obrigatoriedade do uso de óculos e

protectores auditivos, os sinais de combate a incêndios, os sinais de proibição de fumar e acess

sinais de aviso de perigo, os sinais relativos a evacuação. (

Legenda da Sinalização de Segurança:

Sinal de extintor

Sinal de

Sinal de saída de emergência

Sinal de perigo eléctrico

Sinal de proibição a pessoas estranhas

Sinal de proibição de fumar

Sinal de uso obrigatório de óculos de protecção

Sinal de uso obrigatório de auscultadores

Fita

Figura 5.14 Sinalização de Segurança na Oficina

5.1.7. Higiene e Ambiente

Relativamente à higiene, foi implementad

apresenta boa resistência à corrosão

Outubro). (Figura 5.15-b). A zona de limpeza deverá

óleos e sujidades características numa metalomecânica, nomeadamente c

detergente esfoliante para as mãos.

42

A sinalização de segurança está fortemente dependente da disposição dos equipamentos e das

condições de funcionamento. Embora não esteja ainda estipulado o layout para a oficina, foi

ue não depende da disposição dos equipamentos. De acordo com a

legislação, a sinalização necessária abrange os sistemas de obrigatoriedade do uso de óculos e

protectores auditivos, os sinais de combate a incêndios, os sinais de proibição de fumar e acess

os sinais relativos a evacuação. (Figura 5.14)

Legenda da Sinalização de Segurança:

Sinal de extintor

Sinal de botão de alarme

Sinal de saída de emergência

Sinal de perigo eléctrico

Sinal de proibição a pessoas estranhas

Sinal de proibição de fumar

Sinal de uso obrigatório de óculos de protecção

Sinal de uso obrigatório de auscultadores

Fita reflectora

Sinalização de Segurança na Oficina

foi implementada uma zona de limpeza com um lavatório em Inox

resistência à corrosão e boas propriedades higiénicas (Portaria n.º 987/93

. A zona de limpeza deverá conter detergentes apropriados para limpeza

características numa metalomecânica, nomeadamente creme de protecção

.

A sinalização de segurança está fortemente dependente da disposição dos equipamentos e das

para a oficina, foi

ue não depende da disposição dos equipamentos. De acordo com a

legislação, a sinalização necessária abrange os sistemas de obrigatoriedade do uso de óculos e

protectores auditivos, os sinais de combate a incêndios, os sinais de proibição de fumar e acesso, os

lavatório em Inox que

Portaria n.º 987/93 de 6

para limpeza de

reme de protecção e

Page 57: Attachment

43

A separação/tratamento de resíduos industriais deve ser efectuada tendo em conta o tipo de

material (metais ferrosos, Ligas de Alumínio, Ligas de Cobre, Madeiras e Polímeros, óleos de corte,

óleos dieléctricos, óleos lubrificantes, etc). Existe então a necessidade de adquirir recipientes

adequados para o armazenamento e tratamento de resíduos, os quais devem requisitados ao núcleo

de NHS.

a) b)

Figura 5.15 Higiene e ambiente: a)Recipiente para óleos b) Lavatório.

5.2. Equipamentos

Os elementos de protecção necessários no cumprimento da legislação relativa aos requisitos

mínimos de segurança e saúde foram tomados em conta nos seguintes equipamentos:

Torno Cazeneuve HB 725 Serrote vertical Torno Cazeneuve HB 500 Serrote horizontal Neoril Torno Schaublin 125 Punçonadora Pullmax Fresadora Schaublin 53 Calandra Engenho de furar Ixion Esmeriladora Engenho de furar Modigs

Tabela 5.1 Listagem dos equipamentos existentes na oficina.

O estudo dos sistemas de segurança a implementar nas máquinas incidiu na protecção do

utilizador de modo a minimizar ou mesmo eliminar os riscos apresentados nos capítulos anteriores.

Convém frisar que a intervenção a efectuar nos equipamentos deverá ter em conta as características

da máquina e o número de acessórios de segurança que poderão ser acoplados, o que poderia tornar

o processo de utilização das máquinas pouco funcional e de difícil execução.

As principais lacunas nos sistemas de segurança das máquinas descritas anteriormente estão

relacionadas com a falta de sistemas de protecção contra projecção de aparas, de elementos de

protecção de componentes rotativos (ex: bucha) e de botões de emergência (Figura 5.16). A título de

exemplo, e uma vez que a maioria dos equipamentos necessitava dos mesmos elementos de

protecção, os sistemas a implementar no torno convencional Cazeneuve HB 725 deverão ser um

resguardo fixo, um resguardo regulável e um botão de paragem de emergência. A aplicação de um

resguardo fixo e de um móvel garante que o operário não se encoste inadvertidamente aos

barramentos e à bucha do torno respectivamente, para além de evitar projecções de apara. A

inserção do botão de emergência permite desligar o equipamento quando ocorre alguma anomalia.

Este procedimento deve ser efectuado em todas as máquinas, uma vez que os problemas

associados à segurança das máquinas são muito idênticos. É possível concluir que com a aplicação

destes elementos de segurança todas as máquinas cumprem os requisitos mínimos de segurança do

Decreto-lei 50/2005 de 25 de Fevereiro. O incumprimento de qualquer legislação em vigor implica a

aplicação de uma coima com possibilidade de fecho da actividade no IST.

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44

Figura 5.16 Localização dos elementos de protecção no torno Cazeneuve HB 725.

Na prática, o processo de recondicionamento das máquinas foi dividido em duas fases. A primeira

consistiu na verificação e reparação das máquinas e a segunda na inserção dos elementos de

segurança recomendados anteriormente. Embora os planos de acção tenham sido definidos neste

trabalho, a reparação das máquinas (limpeza do equipamento, substituição de óleos, a substituição

de correias, etc.) e a implementação dos elementos de protecção foram realizadas através de uma

empresa certificada para o serviço (Tecmill). Embora não seja possível mostrar a aplicação dos

elementos de segurança no torno Cazeneuve HB 725 por ainda se encontrar na empresa de

manutenção, podemos verificar a sua aplicação no torno Schaublin 125.

a) b) c)

Figura 5.17 Protecção no torno Schaublin 125: Resguardo Fixo b) Resguardo Móvel c) Botão de emergência

Relativamente à compra de equipamentos, o responsável do NOF deve ter em consideração o

Decreto-Lei n.º 103/2008 de 12 Dezembro, o qual apresenta as seguintes exigências:

• Verificar nas máquinas que adquire se são "intrinsecamente seguras" (a sua adaptação às

exigências legais pela marca CE).

• Verificar se traz o Manual de Instruções que, obrigatoriamente, deve acompanhar a máquina.

• Verificar se a máquina pode efectuar sem risco todas e cada uma das operações usuais ou

ocasionais: regulação, utilização, limpeza, manutenção.

• Redigir e dar a conhecer as normas de trabalho que permitem incrementar ou optimizar as

medidas de segurança que se tenham de tomar nas diferentes operações.

Falta protecção da

árvore rotativa

Inexistência de

botão de

emergência

Falta de

protecção das

costas

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45

5.3. Protecção individual

De acordo com a legislação DL 988/93, de 6 de Outubro, e tendo em conta que o numero de

funcionários, deverão ser adquiridos óculos de protecção contra projecções de aparas e óculos de

soldadura, os quais garantem a protecção dos olhos e do rosto. A nível auditivo, propõe-se a compra

de tampões para todos os funcionários e na zona de maior ruído, onde exista sinal de obrigação de

uso de protecção auricular, abafadores. Para a protecção do tronco, sugere-se a compra de batas de

trabalho para cada funcionário para além de um casaco de soldadura colocado na zona respectiva.

Por ultimo, a compra de botas de biqueira de aço para proteger de uma eventual queda de material, e

luvas kevlar para evitar cortes e queimaduras associadas aos processos de fabrico. Após a análise

das necessidades de equipamentos de protecção individuais (Anexo A3) e de modo a estabelecer

uma parceria na sua, efectuou-se um estudo de mercado através da realização de reuniões com duas

empresas (Manuntan, e Tecniquitel).

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46

6. Implementação de Procedimentos de Actuação Este capítulo apresenta um conjunto de procedimentos de actuação para as actividades diárias da

oficina, ao nível institucional para a interacção da oficina com a escola ou com entidades exteriores, e

ao nível local tratando de questões relacionadas com o seu funcionamento interno. Os procedimentos

descritos neste capítulo foram elaborados com base na experiência prática do desmantelamento da

oficina antiga, na preparação e realização das obras de beneficiação, na aquisição de bens e serviços

e no início do estabelecimento da oficina.

Para permitir implementar o espaço oficinal foi necessário realizar um conjunto de procedimentos

internos do IST, tais como, procedimentos de obras e manutenção da infra-estrutura, procedimentos

de aquisições de bens e serviços, procedimentos de inserção na estrutura organizacional da matéria

patrimonial e procedimentos de solicitação de acesso ao campus para transporte de material. A

experiência breve que este trabalho de mestrado proporcionou permitiu estabelecer uma base de

trabalho para um futuro manual de procedimento de actuação do Núcleo de Oficinas do IST (NOF).

6.1. Institucional

O Núcleo de Oficinas encontra-se sob a alçada do Conselho de Gestão do IST (CG), tendo sido

nomeado um Director-Adjunto (DA) para acautelar a sua instalação e o arranque em funcionamento.

Este núcleo pertencente à unidade orgânica do IST seguindo os regulamentos internos da escola

para as demais actividades onde existe interacção com outras unidades orgânicas do IST ou

exteriores à instituição. Os procedimentos de actuação apresentados nesta secção são

acompanhados de casos de estudo desenvolvidos durante a tese de forma a permitir validar a

estrutura do procedimento.

6.1.1. Plano Estratégico e Financeiro

O plano estratégico e financeiro é definido pelo CG tendo como principal objectivo o

estabelecimento de uma estrutura oficinal que no curto espaço de tempo possa ser auto-sustentável,

sendo este aspecto tão mais importante na medida do enquadramento sócio-económico que se vive

actualmente. De igual forma é o CG que faz a gestão dos espaços no IST e assim definiu a instalação

da oficina de mecânica num espaço localizado no edifício do Complexo Interdisciplinar, local que

junta um conjunto de oficinas com diferentes especialidades (mecânica, vidro, electricidade,

manutenção, etc.)

O NOF ocupa um espaço pertencente à orgânica do IST pelo que a sua manutenção é da

responsabilidade conjunta do Núcleo de Obras (NO) e do Núcleo de Manutenção (NM). Deste modo

as obras de beneficiação do espaço foram solicitadas pelo NOF e planeadas e asseguradas pelo NO

e NM. As despesas associadas com as obras de beneficiação ficaram a cargo do CG do IST

(construção civil, AVAC, instalação eléctrica, AC).

A instalação de um NOF é uma actividade de estabelecimento de competências tecnológicas e de

formação de recursos humanos que tem uma duração significativa, pelo que foi definido a existência

de dois períodos, um primeiro período transitório de instalação do espaço e das competências e um

segundo período de funcionamento em regime estacionário e auto-sustentável.

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47

O primeiro período teve início em 2011 com a duração de 5 anos, durante o período com o apoio

financeiro do CG. Este apoio financeiro é definido e atribuído anualmente pelo Vice-Presidente do IST

(VP). A gestão dessa verba é da responsabilidade do NOF, respeitando o estabelecido no RCIST

e/ou no CCP para a aquisição de bens e de serviços. As verbas atribuídas ao NOF são destinadas

apenas para a aquisição de bens e serviços necessários para o bom funcionamento da oficina. Ainda

não está estabelecido qual a estrutura orgânica que suportará o vencimento dos futuros funcionários

do NOF.

Nas estruturas oficinais um dos aspectos mais importantes é a qualificação e competências dos

seus funcionários, apoiados ao nível motivacional e de autonomia funcional. Apesar do IST ter tido no

passado os melhores grupos técnicos essa não é a realidade actual pois observou-se durante as

últimas duas décadas um desinvestimento ao nível dos equipamentos e dos recursos humanos.

Actualmente já não existem no IST técnicos com especialização em fabrico de componentes

mecânicos. Deste modo, aliando o leque de equipamentos existente na nova oficina será necessária

a colocação de cerca de 4 jovens técnicos e 2 jovens engenheiros para dar corpo ao NOF. Esta

proposta do número de funcionários deverá ser revisto no âmbito da procura deste tipo de serviço

prestado pela oficina em análise.

Para apoiar a formação deste grupo de jovens funcionários a estratégia do NOF passará pela

contratação por períodos pequenos de formadores com vasta experiência em ambiente industrial

(chefes de oficina seniores e reformados).

As competências a instalar no NOF procuram alcançar um espectro largo das necessidades do

IST através da combinação de tecnologias tradicionais como o torneamento e a fresagem

convencional, combinadas com tecnologias de controlo numérico aplicadas à fresagem e ao

torneamento multi-eixo, à electro-erosão por fio e penetração, a rectificação, a maquinagem laser

entre outras tecnologias. A instalação de competências de engenharia inversa, o fabrico rápido, a

integração de sistemas de instrumentação e controlo também fará parte da abrangência do NOF. No

entanto, e apesar do espectro de competências não é nunca possível responder por completo ao

espectro das necessidades, por essa razão está-se a procurar estabelecer parcerias privilegiadas

com empresas de competências complementares para assegurar a capacidade de resposta do NOF.

Os processos de aquisição de ferramentas e materiais apresentam em geral a necessidade de um

funcionário especialidade com os procedimentos burocráticos. Este é um aspecto que muitas vezes

tem levantado problemas na compra de matérias-primas por incumprimento dos pagamentos que por

se tratar de valores reduzidos são conduzidos sem grande rigor, levando as empresas fornecedoras a

recusar vender ao IST. Desta forma, é objectivo do NOF auxiliar o Núcleo de Compras e

Aprovisionamento (NCA) nos processos de aquisição de ferramentas e matérias-primas de utilização

em oficina para os restantes espaços oficinais do IST. Será assim possível melhorar a imagem do IST

perante as empresas e a indústria em geral, e igualmente negociar preços mais vantajosos para a

instituição.

Um último aspecto que importa definir está associado ao modelo de gestão, seguindo uma

estratégia empresarial ou uma estratégia de órgão central do IST (Tabela 6.2). Ao efectuar uma

análise sobre estas duas estratégias relativas ao funcionamento do NOF, pode-se constatar que

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48

qualquer uma das hipóteses cumpre o objectivo primordial desta implementação da oficina, redução

de custos na obtenção de produto. No entanto a primeira análise apresenta vantagens sobre a

segunda, nomeadamente a sua característica dinâmica, ou seja, exige que o gestor do NOF procure

um contínuo melhoramento da produção, da compra de materiais (em busca dos preços mais baixos),

Por outro lado, a segunda proposta apresenta limitações nas funções do gestor, nomeadamente na

flexibilidade em efectuar aquisições e consequentemente melhoramento do espaço oficinal e

processo operativo. A principal desvantagem para a estratégia 1 está associada à necessidade dos

docentes, investigadores e funcionários terem a necessidade de desenvolverem uma actividade

financiada para possibilitar a utilização dos recursos do NOF.

Funcionamento da Oficina

Estratégia Financeira 1 Estratégia Financeira 2

A Oficina funciona como órgão independente, ou seja, gera receitas e despesas com o objectivo de ser rentável.

A Oficina funciona com órgão que é gerido pelo organismo central do IST.

IST fornece um financiamento durante um período de anos, para a partir daí a oficina funcionar independente.

IST responsável por todas as despesas dos operários.

Criação de um centro de resultados. Despesas de material (Brutos de maquinagem, ferramentas de corte etc.) a cargo do IST.

Cobrança de cada pedido efectuado pelas outras Entidades (departamentos), daí a necessidade de criação de facturação interna.

A oficina não cobra por cada encomenda efectuada por parte de outra.

Tabela 6.1 Propostas de Gestão da Oficina

6.1.2. Obras/ Manutenção das Instalações

O procedimento a seguir no caso de se pretender a realização de obras de beneficiação ou

manutenção dum espaço segue as seguintes fases:

• O utente do espaço, coadjuvado pelo Gestor do Edifício (GE), identifica a necessidade de obras;

• Obtém a aprovação, por escrito, do DA do NOF, como vai ser solicitada comparticipação dos

órgãos centrais esse pedido deve ser enviado directamente ao Conselho de Gestão;

• Segue-se a apreciação técnica (e de custos) e, em caso afirmativo, a obra é programada.

No caso das obras de beneficiação do NOF foram identificadas e formalizadas as necessidades

com o GE do edifício do Complexo Interdisciplinar e posteriormente solicitada autorização do DA do

NOF. Este levantamento consistia numa planta pretendida para a infra-estrutura e num documento

detalhando as necessidades para a remodelação da oficina. Estes documentos foram posteriormente

entregues ao conselho de Gestão.

Depois da aceitação do conselho de Gestão, este Órgão Central informou o Núcleo de Obras a

necessidade de se efectuar obras no local da oficina. Este núcleo juntamente com o responsável do

NOF, desenvolveram um caderno de encargos para a instalação da oficina, que englobou todo o

plano construtivo (Obras), as instalações eléctricas, sistema AVAC (Aquecimento, Ventilação e Ar

Condicionado), o sistema de Ar Comprimido e a distribuição de água. De certa forma, pode-se afirmar

que o NOF funciona como cliente e o NO como fornecedor de um serviço (responsáveis pela obras,

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49

planeamento, orçamentação, e adjudicação das obras a efectuar), daí a importância da interacção

entre ambas as partes. Todos estes procedimentos encontram-se na página do conselho de gestão

do IST, na secção de Assuntos de Espaços, Obras e Manutenção, onde se encontra explicitado as

normas para a realização de Obras e Manutenção.

6.1.3. Aquisição de Bens e Serviço

A actividade financeira pública consubstancia-se na arrecadação de receitas e na afectação das

mesmas, a despesas necessárias à realização dos fins do estado, portanto é de extrema importância

que exista um sistema de controlo interno adequado, no sentido de seguir:

• As regras consideradas no Decreto-Lei 197/99 de 8 de Junho, que estabelece o regime da

realização de despesas públicas com a aquisição de bens e serviços

• As regras internas do IST no que se refere à autonomia das Unidades de Exploração, delegação

de competências e limites de autorização;

Este procedimento é um dos mais importantes do ponto de vista do Eng. Mecânico, pois em

qualquer indústria o engenheiro poderá deparar-se com a necessidade de compra de máquinas e

aquisição de serviços de outras empresas como por exemplo a manutenção das máquinas, daí a

necessidade de se criar um conjunto de passos de acção de modo a ser bem-sucedido. Ora no IST,

existe dois tipos de aquisições, as aquisições internas e as aquisições externas.

As aquisições internas são aplicáveis no caso de se encontrar disponível, na instituição, os

materiais/produtos necessários, procedendo-se do seguinte modo:

• Ver lista de Stocks disponibilizados pelo Núcleo de Economato a fim de verificar se existe em

stock os materiais necessários.

• Preencher e emitir uma Requisição Interna (RI), que encontra-se no anexo A3, para a entidade

fornecedora, que verifica a conformidade, e regista a entrada da RI e a saída do material.

• A requisição deve indicar o centro de custo (doravante CC), que paga o produto.

• Pode-se encontrar no link da pagina WEB do IST

Por outro lado ste procedimento é aplicável a qualquer aquisição que internamente não existe ou

não tem disponível, e deve-se actuar seguindo procedimentos adequados á sua aquisição.

Para tal, existe na instituição uma plataforma de aplicações centrais do IST que contém uma

aplicação para aquisições de bens e serviços, e aí deparámos com dois métodos de compras, o

primeiro ao abrigo do código de compras Publicas (doravante CCP) e o segundo ao abrigo da Ciência

e Tecnologia (Regulamento de compras do Instituto Superior Técnico - RCIST1).

O processo de compras divide-se:

• Regime Simplificado (até 5000 euros), para a formação de um contracto de aquisição de bens

ou aquisição de serviços cujo preço contratual não seja superior a 5000 euros.

1 O RCIST é uma simplificação do CCP, no qual não se aplica a parte II

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50

• Regime Geral (até 75 000 euros), para a para a formação de um contracto de aquisição de bens

ou aquisição de serviços cujo preço contratual não seja superior a 75000 euros.

Para compras até 5000 euros, ou seja, regime simplificado segue-se o seguinte procedimento:

• O responsável efectua um Pedido de cotação, ou seja, pede orçamentação do que pretende seja

um bem ou um serviço, e deve exigir ao fornecedor os dados apresentados no anexo A5.

• Segue-se a proposta da empresa, que é inserida na central de compras do IST

(compras.ist.utl.pt), pelo responsável do NOF.

• Quando a proposta for aprovada pelo responsável da compra, após aprovação técnica (núcleo de

contabilidade), o IST envia uma nota de encomenda para a empresa.

• A empresa entrega o material encomendado, que é verificado se está em condições, sendo

confirmado na plataforma das compras pelo responsável do NOF que encontra-se tudo conforme

pedido.

• O último passo consiste na emissão da factura da empresa, para o núcleo de contabilidade.

Para compras até 75 000 euros, ou seja, regime geral segue-se o seguinte procedimento:

• Preenchimento do impresso de proposta para aquisição de bens e serviços

- Carta de motivação da compra;

- Documento com os dados das empresas a convidar (nome, morada, nº de

contribuinte);

- Documento com as especificações técnicas do bem ou serviço pretendido.

No anexo A4 apresenta-se o processo de compra do centro de maquinagem, em que demonstro

os passos a realizar utilizando o processo de compras até 75 000 euros.

6.1.4. Inserção na estrutura da Matéria Patrimonial

O cumprimento da legislação, em matéria patrimonial, especificamente a Portaria 671/2000 de 17

de Abril, obriga a manter, em dia, o cadastro dos bens móveis, do domínio privado, com a sua

identificação, no caso em particular todos estes procedimentos burocráticos dizem respeito à compra

de máquinas e todo o material necessário para o funcionamento da oficina.

Nesse sentido, apresenta-se os procedimentos para inserir os equipamentos ou materiais no IST,

após efectuada a compra, ainda descreve os procedimentos no caso de pretender mudar a

localização de determinado equipamento, de guia de transporte no caso de necessitar de um

equipamento sair do IST, por exemplo, uma fresadora necessita de manutenção, e este serviço é

efectuado na sede da empresa prestadora do serviço, preenche-se esse documento, e por ultimo

aborda-se os procedimentos no caso de algum equipamento ou material for para ser abatido.

Detalhadamente expõem-se os procedimentos de actuação:

• O responsável por qualquer aquisição de equipamento, deverá entregar no Núcleo do

Patrimónios original do Impresso Auto de Entrega, após ter submetido na plataforma

(Procedimento aquisições de Bens - RCIST), devidamente preenchido com toda a informação

solicitada, identificando o número de processo de compra da “Plataforma de Compras”, o nº da

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51

nota de encomenda, identificação do NIF do fornecedor e nº da factura, bem como indicar a

pessoa responsável pelo bem e sua localização.

• Sempre que se quiser mudar de localização de bens móveis entre espaços da mesma instituição,

deverá este facto ser comunicado por escrito ao Núcleo do Património, para actualização de

dados, utilizando o Impresso de Mudança de Localização .

• Sempre que se quiser transportar os bens móveis para espaços exteriores da instituição, como,

por exemplo, transportar máquinas para manutenção, deve-se preencher o Impresso de Guia de

Transporte.

• Nos casos em que os bens se encontrem em mau estado de conservação e não se justifique a

sua reparação, deverá o mesmo ser comunicado ao Gestor do Pavilhão através do Impresso de

Auto de Verificação de Incapacidade/Proposta de Abate, a fim de se proceder ao "Auto de Abate"

onde deve constar o número de inventário, descrição do bem e localização. O Gestor do espaço

deverá elaborar um relatório justificando o abate.

No anexo A4 encontram-se os documentos/Impressos necessários e no A4 apresenta-se um

exemplo realizado de abate de duas bancadas de trabalho.

6.1.5. Solicitação de acesso ao campus

Para o processo de requisitar acessos ou lugares do parque de estacionamento do IST, deve-se

enviar um e-mail para [email protected] a solicitar o acesso ou a reserva desse local, no

caso de camiões pesados, em que as vias de circulação não são suficientes para a circulação destes

veículos. No anexo A4 demonstra-se um exemplo de um pedido para o acesso ao campus do IST, da

equipa responsável pela manutenção das máquinas que já existiam na oficina. Na remodelação da

oficina, surgiu inúmeras necessidades de entrada de empresas exteriores ao IST.

6.2. Núcleo de Oficinas

Esta secção propõe um conjunto de procedimentos de actuação, um sistema de gestão para o

funcionamento da oficina e um conjunto de procedimentos organizacionais inerentes á função dos

funcionários. Posteriormente, aborda-se todo o processo relacionado com equipamentos,

nomeadamente procedimentos de utilização e manutenção. Por último apresentam-se duas secções

relacionadas com o processo produtivo, onde se aborda o sistema de planeamento e gestão da

produção e o plano de fabrico.

6.2.1. Sistema de Apoio à Gestão e Planeamento

Atendendo à escolha do modelo de gestão, há necessidade da criação de uma facturação interna,

efectuada através do template proposto para organização dos serviços requeridos ao núcleo de

oficinas (anexo A5). Devido às vantagens dos sistemas informáticos (eliminação de ocupações de

espaço, papéis, capas, projectos, entre outros), é proposta a implementação de um sistema

informatizado para a oficina. Na verdade, existem no mercado diversos programas de gestão para

aplicação em Oficinas deste tipo que estamos a estudar, para tal, apresenta-se as características

principais baseadas num programa comercial [51].

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Os programas de apoio à gestão

gestão de fornecedores, gestão de clientes, gestão de stocks, gestão de facturação, gestão de

despesas da oficina, gestão de funcionários/ folhas de ponto / controlo de tempos e gestão da agenda

telefónica. As principais características desses tipos

fornecedores para entrada de material em stock

de clientes, contas correntes de facturação

pode-se ter acesso são: artigos e respectivos preços de venda

prima, preços mão de obra e preços de utilização de máquinas), i

movimentação de artigos, listagem de c

Stock.

Demonstradas as potencialidades deste tipo de software propõe

suporte de gestão de uma oficina, em que a pessoa responsável pela Oficina, consegue através da

sua utilização efectuar uma gestão de todos os pa

6.2.2. Procedimentos Organizacionais

Em primeiro lugar, importa definir o número de funcionários necessários para o funcionamento

adequado da oficina, bem como a hierarquia dos cargos

oficina dividida em várias áreas distintas

de material, uma de fabrico não - convencional, u

ajuste e por último de uma área destinada ao

Figura 6.1 Disposição da Oficina por zonas

Para tal a proposta de escolha é de

de dois engenheiros mecânicos e de três operadores de máquinas ferramentas.

• 2 Engenheiros mecânicos, que ficam responsáveis pela gestão da Oficina, ambos devem ser

capazes da aceitação de project

conformidade através da metrologia das peças fabricadas. Qualquer um destes engenheiros

elabora e processa o fabrico de peças, na zona de CNC e na Zona de fabrico não

convencional (electro-erosão

52

de apoio à gestão apresentam como principais módulos de gestão os segu

gestão de fornecedores, gestão de clientes, gestão de stocks, gestão de facturação, gestão de

despesas da oficina, gestão de funcionários/ folhas de ponto / controlo de tempos e gestão da agenda

aracterísticas desses tipos de software são: entrada de facturas de

ornecedores para entrada de material em stock, atribuição de preços de artigos a determinado tipo

acturação, e análise de informação. As principais

rtigos e respectivos preços de venda (onde se incluem preços da matéria

prima, preços mão de obra e preços de utilização de máquinas), inventário

, listagem de clientes / fornecedores, de contas correntes

Demonstradas as potencialidades deste tipo de software propõe-se a sua utilização como principal

suporte de gestão de uma oficina, em que a pessoa responsável pela Oficina, consegue através da

sua utilização efectuar uma gestão de todos os parâmetros necessários para um bom funcionamento.

Procedimentos Organizacionais

definir o número de funcionários necessários para o funcionamento

a hierarquia dos cargos. Na Figura 6.1 verifica-se a disposição da

várias áreas distintas: Quatro zonas de fabrico convencional, uma de preparação

convencional, uma de fabrico computorizado, uma de montagem e

uma área destinada ao planeamento e metrologia.

Disposição da Oficina por zonas adaptado

Para tal a proposta de escolha é de 6 funcionários com diferentes cargos, e remete

de dois engenheiros mecânicos e de três operadores de máquinas ferramentas.

2 Engenheiros mecânicos, que ficam responsáveis pela gestão da Oficina, ambos devem ser

capazes da aceitação de projectos, efectuar o planeamento da produção, e verifica a

conformidade através da metrologia das peças fabricadas. Qualquer um destes engenheiros

elabora e processa o fabrico de peças, na zona de CNC e na Zona de fabrico não

erosão)

como principais módulos de gestão os seguintes:

gestão de fornecedores, gestão de clientes, gestão de stocks, gestão de facturação, gestão de

despesas da oficina, gestão de funcionários/ folhas de ponto / controlo de tempos e gestão da agenda

ntrada de facturas de

a determinado tipo

rincipais listagens que

(onde se incluem preços da matéria

e análise de

e listagens de

se a sua utilização como principal

suporte de gestão de uma oficina, em que a pessoa responsável pela Oficina, consegue através da

râmetros necessários para um bom funcionamento.

definir o número de funcionários necessários para o funcionamento

a disposição da

uma de preparação

de montagem e

funcionários com diferentes cargos, e remete-se á selecção

2 Engenheiros mecânicos, que ficam responsáveis pela gestão da Oficina, ambos devem ser

os, efectuar o planeamento da produção, e verifica a

conformidade através da metrologia das peças fabricadas. Qualquer um destes engenheiros

elabora e processa o fabrico de peças, na zona de CNC e na Zona de fabrico não

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• 4 Operários técnicos de máquinas

convencional, de preparação do material e de montagem de componentes

Para melhor compreensão da hierarquia dos cargos da Oficina

retrata a hierarquia dos cargos que deve ter na Oficina (

Figura 6.2 Organigrama da Oficina

Na indústria comum dos dias de hoje, processa

fabricar o produto pretendido, entregando aos responsáveis da produção o desenho técnico do que

pretendem. Este procedimento é dificultado na medida que

Instituto superior técnico, o que implica que os “clientes” (departamentos ou outras entidades do IST)

sejam das mais variadas áreas, desde a engenharia mecânica, civil, até á engenharia electrotécnica,

química, e biológica o que leva a que algumas destas entidades (Engenharia Biologia, química, etc.)

não tenham conhecimentos de desenho técnico, o que dificulta o planeamento produtivo do projecto.

Para tal, o Engenheiro que entra em contacto com o cliente deve ser uma pessoa, com u

destreza, e flexibilidade mental (como é descrito na

para um plano de produtivo, que chegue ao

planeamento da produção após a aceitação do projecto e que efectua a verificação das

especificações do produto usando instrumentos adequados.

Os Engenheiros, são ainda os responsáveis pelo processo de fab

programas para o fabrico de um determinado projecto e acompanha o processo de fabrico nas

máquinas CNC e nas máquinas de electro

ambos os engenheiros conseguirem trabalhar

metrologia, CNC e de fabrico não convencional), faz com que se algum destes engenheiros faltar o

outro consegue desempenhar o papel, fazendo com que a oficina nunca pare o funcionamento.

Os operários de um modo geral devem ser capazes de produzir as peças pretendidas operando

tornos convencionais, fresadoras convencionais, engenho de furar, rectificadora, esmeriladoras

Devem ser capazes de preparar o material (corte no serrote mecânico), para a produção de p

capazes de efectuar soldadura em projectos que seja requerido ou necessário.

A zona de fabrico convencional

uma zona onde o fabrico se faz para peças muito grandes (torno convencional

será menor comparativamente às outras células

efectuar a preparação da matéria-prima para os outros

Operário 1

53

ários técnicos de máquinas-ferramentas de que irão trabalhar nas zonas de fabrico

convencional, de preparação do material e de montagem de componentes

hierarquia dos cargos da Oficina propôs-se um organigrama que

hierarquia dos cargos que deve ter na Oficina (Figura 6.2).

indústria comum dos dias de hoje, processa-se com o cliente dirigir-se á entidade que vai

fabricar o produto pretendido, entregando aos responsáveis da produção o desenho técnico do que

Este procedimento é dificultado na medida que a oficina dará apoio á investigação do

Instituto superior técnico, o que implica que os “clientes” (departamentos ou outras entidades do IST)

sejam das mais variadas áreas, desde a engenharia mecânica, civil, até á engenharia electrotécnica,

leva a que algumas destas entidades (Engenharia Biologia, química, etc.)

não tenham conhecimentos de desenho técnico, o que dificulta o planeamento produtivo do projecto.

Para tal, o Engenheiro que entra em contacto com o cliente deve ser uma pessoa, com u

destreza, e flexibilidade mental (como é descrito na Tabela 2.1) para traduzir o que o cliente pretende,

para um plano de produtivo, que chegue ao produto final. È este engenheiro que efectua todo o

planeamento da produção após a aceitação do projecto e que efectua a verificação das

especificações do produto usando instrumentos adequados.

Os Engenheiros, são ainda os responsáveis pelo processo de fabrico computorizado, efectua os

programas para o fabrico de um determinado projecto e acompanha o processo de fabrico nas

máquinas CNC e nas máquinas de electro-erosão. Um ponto importante a referir, é o facto dos

ambos os engenheiros conseguirem trabalhar nas mesmas áreas de trabalho (planeamento e

metrologia, CNC e de fabrico não convencional), faz com que se algum destes engenheiros faltar o

outro consegue desempenhar o papel, fazendo com que a oficina nunca pare o funcionamento.

eral devem ser capazes de produzir as peças pretendidas operando

tornos convencionais, fresadoras convencionais, engenho de furar, rectificadora, esmeriladoras

Devem ser capazes de preparar o material (corte no serrote mecânico), para a produção de p

capazes de efectuar soldadura em projectos que seja requerido ou necessário.

abrico convencional 3 destaca-se porque nunca estará sempre ocupado,

se faz para peças muito grandes (torno convencional HB 725

será menor comparativamente às outras células, para tal propõe-se operário deste posto que trate de

prima para os outros funcionários.

Engenheiro

Adjunto

Operário 2 Operário 3 Operário 4

Engenheiro

Responsável

ferramentas de que irão trabalhar nas zonas de fabrico

um organigrama que

se á entidade que vai

fabricar o produto pretendido, entregando aos responsáveis da produção o desenho técnico do que

á apoio á investigação do

Instituto superior técnico, o que implica que os “clientes” (departamentos ou outras entidades do IST)

sejam das mais variadas áreas, desde a engenharia mecânica, civil, até á engenharia electrotécnica,

leva a que algumas destas entidades (Engenharia Biologia, química, etc.)

não tenham conhecimentos de desenho técnico, o que dificulta o planeamento produtivo do projecto.

Para tal, o Engenheiro que entra em contacto com o cliente deve ser uma pessoa, com uma

) para traduzir o que o cliente pretende,

produto final. È este engenheiro que efectua todo o

planeamento da produção após a aceitação do projecto e que efectua a verificação das

rico computorizado, efectua os

programas para o fabrico de um determinado projecto e acompanha o processo de fabrico nas

Um ponto importante a referir, é o facto dos

nas mesmas áreas de trabalho (planeamento e

metrologia, CNC e de fabrico não convencional), faz com que se algum destes engenheiros faltar o

outro consegue desempenhar o papel, fazendo com que a oficina nunca pare o funcionamento.

eral devem ser capazes de produzir as peças pretendidas operando

tornos convencionais, fresadoras convencionais, engenho de furar, rectificadora, esmeriladoras, etc.

Devem ser capazes de preparar o material (corte no serrote mecânico), para a produção de peças e

nunca estará sempre ocupado, devido a ser

725), a procura

se operário deste posto que trate de

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54

6.2.3. Procedimentos de Utilização das Máquinas

Este procedimento consiste na implementação de um manual de utilização das máquinas

existentes no NOF, em cada máquina, devidamente preenchido.

Nesse Manual de Utilização da Máquina apresenta-se dois templates:

• Fichas Técnica da Máquina

• Instalação e Funcionamento

Convêm realçar que o Manual de utilização pode diferir de máquina para máquina, apenas

deverão respeitar os parâmetros que propõe-se para tornar a utilização estandardizada.

Na ficha técnica, que funciona como a ficha de apresentação da máquina, deve conter informação

das características principais das máquinas.

Figura 6.3 Template de Ficha Técnica para aplicar nas Máquinas adaptado [52]

O template proposto neste estudo da, instalação e funcionamento, é tal que deve englobar quatro

aspectos fundamentais, a descrição dos elementos da máquina, os procedimentos de arranque e

funcionamento da máquina, uma secção de segurança a ter na utilização e por último um plano de

manutenção preventiva.

Na descrição dos elementos da máquina, deve conter como o próprio nome indica a descrição de

todos os elementos da máquina, explicando a funcionalidade de cada botão ou elemento, recorrendo

a fotos.

Nos procedimentos de arranque e funcionamento, deve conter os seguintes procedimentos:

- Arranque da máquina, ou seja como ligar todos os componentes da máquina geradores,

qual a tomada eléctrica necessária, etc.

- Realização da operação de zero, ou seja regular todos os carros móveis de modo a

obtermos um ponto de referência.

- Controlo dos circuitos hidráulicos, eléctricos (gerador), e caso aplicável fluidos que

auxiliam o processamento dos materiais (por exemplo fluidos de corte, dieléctricos)

- Controlo das caixas de velocidades caso aplicável (tornos)

Núcleo de Oficinas

IdentificaçãoDesignação:

Marca:

Modelo:

Nº de Série:

Data de aquisição:

Software:

Acessórios e Consumíveis Orgão

Caixa de Velocidades

Circuito Hidráulico

Lubrificação Centralizada

Fluído de corte

Plano de Manuntenção Preventiva Acções

Inspecção e Lubrificação

Nivelamento

Revisão Geral 365 (dias)

Observações

30 (dias)

365 (dias)

Periocidade

Ficha Técnica de Máquina

______________

Consumíveis Observações

Máximas -

Potência:

- Vertical eixo Z ---------

- transversal eixo Y -----

Cursos: - longitudinal eixo X ---

Dimensões: Minímas -

Page 69: Attachment

55

- Funcionamento do processo, para o fabrico pretendido (furação, facejamento, abertura de

caixa, etc.)

- Procedimentos de desligar a máquina

Nas Medidas de segurança: Engloba as principais medidas e EPI´s obrigatórios para a utilização

da máquina.

No Plano de manutenção Preventiva deve conter uma lista de procedimentos de actuação

recomendados pelo fabricante, dos elementos e componentes da máquina, propondo até um registo

periódico quer seja para a substituição de filtros, ou para limpeza das guias do equipamento. Este

ponto será detalhado na secção que se segue.

Para exemplificar elaborou-se um Manual de utilização da electro-erosora Charmilles D10 (anexo

A6), equipamento este patrocinado pela empresa MCG.

6.2.4. Procedimentos de Manutenção das Máquinas

Um aspecto importante numa oficina metalomecânica é a manutenção das máquinas, pois é onde

advém grande parcela de despesas (reparação) para tal deve se incorporar, em cada máquina, ou

em conjuntos de máquinas (Tornos CNC; Tornos Convencionais; Centro de maquinagem;

Fresadoras; Engenhos de Furar; Rectificadora e Electro-erosora) um plano de manutenção que

promove a eficácia e que reduz custos de reparação e custos por paragens não previstas. Existem

dois tipos de manutenção [52]:

• Manutenção Preventiva, como o próprio nome indica, consiste num trabalho de prevenção de

defeitos que possam originar a paragem ou um baixo rendimento dos equipamentos em

operação. Esta prevenção é feita baseada no estado do equipamento, local de instalação,

condições eléctricas que o suprem, dados fornecidos pelo fabricante.

• Manutenção correctiva é a forma mais óbvia e mais primária de manutenção, pode sintetizar-se

pelo ciclo "avaria-repara", ou seja, a reparação dos equipamentos é feita depois de ocorrer a

avaria. É a forma mais cara de manutenção quando encarada do ponto de vista total do sistema.

Propõe-se em cada máquina deve conter uma pasta em formato digital de manutenção e deve

conter os seguintes ficheiros:

• Fichas históricas dos equipamentos, contendo registo das manutenções efectuadas e defeitos

encontrados;

• Fichas de manutenção Preventiva;

• Fichas de tempos de reparação, com cálculo actualizado de valores médios;

• Fichas de planeamento prévio, normalizado, dos trabalhos repetitivos de manutenção. Nestas

fichas constam: Materiais, peças de reposição e ferramentas;

• Fichas de “causas – avaria”, ou seja, manutenção correctiva, que deve conter possíveis soluções

em caso de avaria.

Na antiga oficina, não existia dados sobre o histórico das máquinas, por isso deve ser

implementado no decorrer desta intervenção, para tal, uma vez que foi analisado a electro-erosora

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56

D10, elaborou-se um plano de manutenção preventiva que encontra-se junto ao manual de utilização

da máquina, no anexo A6.

Na parte de planeamento prévio, deve conter um plano periódico das intervenções efectuadas

(manutenção preventiva), para a electro-erosora e encontra-se representado no anexo A8. Num torno

CNC os procedimentos de actuação de manutenção preventiva [53], diferem de máquina para

máquina mas no geral os aspectos mais importantes a ter em consideração são:

• Limpeza das guias dos carros que se movimentam;

• Lubrificação das guias dos carros que se movimentam, de forma a promover um deslocamento

suave e evitar a corrosão do material;

• Verificação do alinhamento das guias ao fim de x horas de operação;

• Controlo do alinhamento do cabeçote da máquina;

• Verificação da lubrificação de todos os pontos oleados;

• Controlo da pressão do óleo (nível do óleo);

• Verificação da pressão hidráulica de aperto das garras do cabeçote;

• Limpeza das partes lubrificadas;

• Verificação da temperatura, do filtro e do recipiente do óleo;

• Determinação da viscosidade do óleo;

• Limpeza e lubrificação do Porta - Ferramentas;

• Substituição de peças que se desgastam (por ex: ferramentas).

Estes pequenos cuidados faz com que a durabilidade da máquina aumente [53]. Na Tabela 6.2

apresenta-se um plano de verificações periódicas que variam desde diária, semanal, mensal,

semestral e ou anual, normalmente esta listagem vem recomendado pelo fabricante da máquina, do

mesmo género que se aplicou na electro-erosora.

Diário Semanal Mensal Semestral Anual Óleo hidráulico

Nível � � � �

Temperatura � � � �

Condição (amostras) � �

Mudança � �

Filtro

Mudança � � �

Verificação do nível de colmatação

Limpeza dos filtros � � �

Verificações de valores

Verificação e reguladores �

Outros controlos

Fugas externas �

Sujidades �

Danos �

Barulhos � Instrumentos de medida �

Tabela 6.2 Intervalo entre inspecções de sistemas adaptado [53]

Page 71: Attachment

57

Posto isto, nesta dissertação tentou-se realizar um plano de resolução de avarias mais comuns, ou

seja, em analogia com o dia-a-dia é o mesmo princípio de uma impressora, se o papel encravar, esta

diz-nos o procedimento para a sua reparação, são reparações simples que os próprios funcionários

podem realizar, seguindo uma lista que é feita por especialistas de manutenção de máquinas.

Um exemplo prático de manutenção correctiva efectuado consistiu na elaboração de um plano que

contém uma lista de causa de avaria e o seu possível solucionamento, realizado pelo instituto de

soldadura e Qualidade [53] para um torno CNC, o qual este encontra no anexo A7. Este Plano de

Manutenção deverá estar dentro da pasta de manutenção de cada máquina.

Com esta aplicação de procedimentos de manutenção das máquinas espera-se que diminuía as

avarias nas máquinas, por consequente diminuía a produtividade da oficina.

No anexo A7 apresenta-se uma lista de “Causa - avarias” que podem ser detectadas nas

máquinas CNC.

6.2.5. Planeamento e Gestão da Produção

Neste ponto de estudo, demonstra-se o processamento desde a entrada do pedido do cliente até á

saída do produto final.

Para tal apresenta-se a disposição da oficina (Figura 6.4) de modo facilitar a compreensão todo o

planeamento da produção.

Figura 6.4 Disposição da Oficina do IST

A oficina divide-se em várias áreas tal qual demonstradas na Figura 6.4, com a zona 1

corresponder á zona onde se recebe os clientes, onde se efectua todo o planeamento e também a

zona de metrologia a fim de verificar as especificações do cliente. A zona 2 corresponde á zona de

preparação de material e de soldadura, que servirá de apoio a todas as outras zonas da oficina.

Depois existem duas grandes áreas, uma destinada ao fabrico de produtos simples (3, 4, 5, 6), zona

convencional, e outra área destinada ao fabrico de peças em série e de geometria complexa (7 e 8).

Destaca-se para o fabrico de grandes séries, a produção de provetes e de geometrias complexas

destaca-se como o fabrico de micro componentes, estruturas que necessitam de furação profunda,

1 2

3 4 5 6

7

8 9

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58

câmaras de vácuo, antenas etc. Na área destinada ao fabrico de produtos simples ainda está

vocacionada de acordo com o tamanho das peças, a zona 3 para peças de dimensões pequenas, e a

zona 4 e 5 para peças de dimensões médias e grandes.

O processo funciona do seguinte modo, o pedido surge por parte do cliente, que em conjunto com

o engenheiro discutem todos os aspectos relevantes do produto que pretende e se é possível realizar

com as condições presentes na oficina.

De seguida o engenheiro tem que elaborar um orçamento, que deve contabilizar quatro parcelas

segundo o que se propõe:

• Custos associados às matérias-primas (���);

• Custos associados às horas de Trabalho das Máquinas (����);

• Custos associados à mão de obra do trabalhador (���);

• Margem de lucro (������).

Pode-se calcular o preço que a peça irá custar utilizando a equação seguinte:

���ç� �!�" = $��� + &º(��)* ∗ ���� + &º(��)* ∗ ���, ∗ (1 + ������)

Um aspecto, importante dividir é o custo de utilização das máquinas, pois a oficina tem diferentes

tipos de máquinas, logo custos diferentes de utilização.

Propõe-se preços distintos para cada hora de utilização de máquina, um preço mais baixo no caso

de se utilizar máquinas convencionais (torno, fresadora, engenhos de furar, etc.), que até entre si

devem diferir, outro tipo de preço no caso de se utilizar máquinas CNC (centro de maquinagem e o

torno CNC) e por último se necessário recorrer ao fabrico não convencional (electro-erosão)

As horas de trabalho são estipuladas, pelo preparador/planeador de trabalho (Engenheiro), que

com a sua experiencia consegue estipular as horas de utilização de cada máquina para o fabrico de

um determinado componente.

Concluída esta fase de orçamentação caso o cliente aceitar a proposta, o engenheiro elabora um

procedimento para a produção mais propriamente dita, ao qual denomina-se caderno de fabrico.

Esquematicamente, apresenta-se uma proposta para o plano de produção do NOF, apartir da

aceitação da encomenda do NOF na Figura 6.5. Assim que é aceite a encomenda o engenheiro

transforma o pedido num plano de produção, que fica na lista de produção de encomendas a fabricar,

daí a ordem de produção 1, 2 e 3.

De seguida, o planeador efectua um plano a que denomina-se por gerar necessidades, em que

consulta a existência de materia-prima e de materiais necessarios á execução da encomenda, caso

não, exista verifica se já foi encomendado por algum colega (não é uma única pessoa a trabalhar), e

caso afirmativo, procede á produção do componente desejado.

É atribuido aos funcionários, o trabalho que contêm todas as especificições necessárias (caderno

de fabrico), desde o tipo de operação a efectuar (torneamento, fresagem,etc) até ás especificaçoes

das velocidades de rotação das ferramentas e das velocidades de avanço caso seja aplicavél.

Quando a encomenda estiver concluida, coloca-se em stock até que o cliente vá levantar o seu

pedido.Por fim é emitido uma factura, com os custos do fabrico da encomenda, de acordo com o

modelo de facturação do anexo A5.

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59

Figura 6.5 Esquema do plano de produção do NOF adaptado [54]

6.2.6. Caderno de Fabrico

Um aspecto importante a abordar é a preparação e a elaboração do plano de fabrico, sendo o

ponto no qual a encomenda se transforma num caderno de fabrico que irá ser utilizado para o fabrico.

O engenheiro elabora o caderno, que serve também de apoio, para a orçamentação da encomenda,

e entrega aos funcionários para o fabrico do produto.

Este caderno tem como principal objectivo a estandardização de trabalho, em que o preparador

com ele consegue efectuar um plano de fabrico muito mais rapidamente.

Nesse caderno de fabrico deve conter toda a informação, desde a selecção da matéria-prima e

seu método de fabricação, selecção dos processos de maquinagem das superfícies das peças,

determinação da sequência de operações, determinação da fixação da peça para cada operação,

selecção do equipamento e ferramentas para as operações de maquinagem e por ultimo a

determinação das dimensões e tolerâncias operacionais para as operações de maquinagem.

Todas estas decisões devem ser optimizadas pelo responsável do planeamento da produção, de

modo a produzir com melhor qualidade e menores tempos por operação, ou seja, é uma melhoria

contínua de modo a optimizar todo o processo produtivo.

Nesta ordem de ideias, propõe-se um procedimento de actuação para quando a encomenda seja

aceite para o fabrico na Oficina, elaborando-se um caderno de fabrico. Esse caderno irá variar de

projecto para projecto, devendo apenas utilizar o template como base para o planeamento.

Page 74: Attachment

60

O Caderno de fabrico proposto é composto por 4 fichas baseado [43]:

• Ficha Preparação do Bruto de maquinagem

• Ficha de Ferramentas

• Ficha Gama

• Ficha de progressão

A ficha de preparação do bruto de maquinagem consiste, na preparação do bruto recorrendo ao

corte de material de modo a obter umas dimensões semelhantes às necessárias do produto

encomendado. O Valor será superior para compensar efeitos de inclinação do serrote mecânico e de

qualquer outro tipo de problema que poderá surgir.

Esta peça deverá ser facejada de modo a ficar com uma superfície plana, que a partir daí,

consegue-se referenciar para proceder ao resto do processo de fabricação da peça.

È nesta ficha que se selecciona o equipamento para a maquinagem das peças, determina-se a

sequência de operações, determina-se qual o dispositivo de fixação da peça para cada operação, e

ferramentas para as operações de maquinagem bem como toda a informação dos parâmetros de

maquinagem máximos das ferramentas para o não danificar a mesma (recomendado pelo fabricante

da ferramenta).

Portanto nesta ficha de ferramentas, é um dos pontos mais importantes a estandardizar, ou seja

propõe-se que se proceda á elaboração para cada máquina, uma ficha e que nelas estão já definidas

as posições das ferramentas de utilização mais frequentes.

Importa referir que deve ser aplicada essa estandardização para os tornos convencionais, o CNC

e para o centro de maquinagem, pois para todas as outras máquinas só pode estar acoplada uma

ferramenta de cada vez.

Deste modo apresenta-se na Tabela 6.3 uma lista com as posições das ferramentas para as

operações mais comuns de maquinagem quer de torneamento quer de fresagem.

Posição Operação Posição Operação

1 Facejamento 1 Facejamento 2 Desbaste 2 Desbaste (Compensação de raio á

direita) 3 Pré-Acabamento 3 Acabamento (Compensação de

raio á direita) 4 Abertura de Caixa 4 Desbaste (Compensação de raio á

esquerda) 5 Furação 5 Acabamento (Compensação de

raio á esquerda) 6 Acabamento 6 Abertura de caixa 7 Chanframento 7 Furação 8 Roscagem Exterior 9 Roscagem interior 10 Sangramento

a) b)

Tabela 6.3 a) Operações comuns na fresagem b) Operações comuns no torneamento

Page 75: Attachment

61

Como é sabido além destas posições de colocação das ferramentas existe mais posições, por

exemplo o centro de maquinagem consegue armazenar 16 ferramentas, para tal as outras posições

poderão ser ocupadas para necessidades produtivas mais específicas, que difere de produto para

produto. Aplica-se também para o torno CNC.

Com esta aplicação das ferramentas nas posições, consegue-se uma estandardização de

utilização e redução de tempos de preparação do processo, o que diminui custos associado á

produção de um determinado produto.

Na ficha Gama, apresenta-se a descrição da operação, e que ferramenta se utiliza é ainda nesta

secção que apresenta-se as velocidades de corte, as velocidades de avanço e a remoção de apara

por cada passagem recomendadas para efectuar o produto pretendido. È aqui que consegue-se

determinar tempos de utilização das máquinas, factor muito importante para a realização de

orçamentos para o cliente.

Por último e não menos importante a ficha de progressão, é esta que dita a orientação do fabrico

da peça, ou seja, para fabricar um produto este passa por várias etapas, sendo esta ficha a

responsável pela ordenação do processo.

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62

7. Conclusão e Trabalhos Futuros

Uma empresa ou serviço sem condições de trabalho, seja ao nível da organização, da higiene ou

da segurança, sem os meios adequados para responder às solicitações é um ambiente propício à

promoção de um trabalho excessivo onde impera a falta de motivação, o aumento da fadiga e a

probabilidade de acidentes. Neste sentido a organização e o planeamento é a estratégia acertada

para promover a motivação da equipa de trabalho, assim como, a autonomia é um mecanismo de

integração do trabalhador na solução das questões diárias e na promoção das condições de trabalho.

A presente tese procurou abordar três questões fundamentais para o funcionamento de uma

oficina de mecânica, que passam desde a higiene e segurança no trabalho, ao estabelecimento de

procedimentos de actuação e à implementação do espaço oficinal. O ponto de partida para a

realização destas actividades teve por base uma antiga oficina existente no Instituto Superior

Técnico, sendo o objectivo o estudo e a implementação de acções para a sua modernização

enquadrada nos objectivos de apoio à actividade experimental da escola.

A oficina que serviu de base ao trabalho não tinha procedimentos de segurança, de organização,

de higiene e segurança, de facto, foram encontrados equipamentos, que na generalidade estavam

obsoletos e a precisar de intervenção de manutenção e/ou reparação. A maioria desses

equipamentos, não continha elementos de segurança para a sua utilização, sendo por isso importante

a aplicação de procedimentos de higiene e segurança no trabalho. O resultado deste levantamento

inicial resultou na necessidade em realizar uma intervenção geral ao nível da instalação oficinal e dos

equipamentos. Para a instalação oficinal foi definida e realizada uma obra de beneficiação do espaço,

envolvendo o alargamento do espaço através da demolição de gabinetes circundantes e um profundo

recondicionamento da estrutura do edifício, da rede eléctrica, da rede de ar comprimido, da rede de

águas e esgotos, dos sistemas de ar condicionado e dos acessos ao espaço. Quanto aos

equipamentos foi necessária a sua remoção para a realização das obras de beneficiação do espaço

oficinal, o qual foi aproveitado para simultaneamente realizar a selecção dos equipamentos em

condições de serem recondicionados e novamente integrados na nova oficina.

A aplicação dos procedimentos de higiene e segurança, não só garantiu que a oficina cumpre os

requisitos legais impostos a esta actividade, como beneficia um conjunto de pontos que promovem a

diminuição de acidentes de trabalhos bem como a consequente diminuição de perdas de

produtividade devido aos acidentes. A criação dum manual de procedimentos de actuação permitiu

ajudar clarificar as acções que os trabalhadores devem executar para o funcionamento normal da

oficina, assim como, estruturar as acções administrativas que o chefe de oficina deverá realizar para

a instalação inicial e a gestão diária. Este último aspecto, e apesar de não interferir directamente nas

actividades diárias da oficina de mecânica, representa muitas horas despendidas quando os

procedimentos a seguir não são claros. Alguns destes procedimentos são complexos, nomeadamente

para aquisição de bens e de serviços acima de determinados valores indicados no RCIST, assim

como o fundo de maneio é totalmente desajustado para as necessidades diárias de uma oficina. Os

processos de adjudicação são lentos e promovem atrasos na execução dos trabalhos.

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63

Depois de concluído o plano de beneficiação da instalação oficinal, efectuou-se medições de

variáveis ambientais (ruído, luminosidade, temperatura, etc) e a sua variação ao longo do dia, os

quais apresentaram valores aceitáveis dentro dos regulamentos específicos, excepção a variação da

temperatura local junto às janelas. Essas dezoito janelas têm quatro décadas de utilização e

apresentam um mau funcionamento sendo constituídas em alumínio sem isolamento térmico e vidro

simples, tornando imperioso a sua substituição por outras com maior isolamento térmico e sonoro.

A introdução de procedimentos de actuação a nível do núcleo de oficina, leva a que consiga obter

um bom funcionamento da oficina, de modo organizado e eficaz. Foram apresentadas soluções para

a manutenção que minimiza o tempo de paragem das máquinas e maximizar o tempo de

operacionalidade de cada máquina

Como perspectiva de futuro apontam-se a continuação do desenvolvimento dos procedimentos de

higiene e segurança no trabalho, só que agora do ponto de vista do operário (medições de ruído e de

iluminação no posto de trabalho), bem como terminar a aplicação dos elementos de segurança

colectivos e individuais que ainda não foram colocadas. Recomenda-se efectuar um estudo de

procura deste tipo de serviço a fim de quantificarmos o número necessário para o funcionamento da

oficina no dia-a-dia. Por último propõem-se estabelecer procedimentos para contactos com empresas

externas de modo a criar futuras parcerias para efectuar as encomendas que não são realizáveis na

oficina implementada.

Page 78: Attachment

64

Bibliografia

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[2] FIGUEIREDO, José M. Guia Técnico Sectorial, Sector da Metalurgia e metalomecânica, PNAPRI,

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[21] Portaria 53/71, 3 de Fevereiro.

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[23] Portaria 1532/2008 de 29 de Dezembro.

[24]http://products.boschsecurity.com.ar/pt/LATIN/products/bxp/CATM66493f62e08061d5b4e2e3ab5

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[25] http://www.argus-engenharia.com.br/sistema-contra-incendio/2/9/sistema-de-sprinklers.

[26] Norma Portuguesa NP- 2980 (1986).

Page 79: Attachment

65

[27] Portaria nº 1456-A/95 de 11 de Dezembro.

[28] Decreto-Lei nº 366-A/97 de 20 de Dezembro.

[29] Decreto-Lei nº50/2005 de 25 de Fevereiro.

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[31] http://www.manutan.pt/protectores-para-esmeriladoras_M382-41.html.

[32] http://www.northeastprecision.com/Victor1600BSeriesEngineLathes.html.

[33] http://www.donghaimt.com.pt/2-a4-cnc-milling-machine.html.

[34] http://zedaagua.blogspot.com/2009/01/serrote-macc-250.html.

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[36] http://www.nei.com.br/produto/2008/04/comando+bimanual+isotron+ltda.html.

[37] http://www.instrutech.com.br/kitautom.htm

[38] Decreto-Lei 348/93, 1 de Outubro

[39] Norma Portuguesa NP 1526 (1977)

[40] http://www.manutan.pt/Oculos-de-proteccao_MDL58-63.html.

[41] http://www.manutan.pt/mascara-com-capuz_MDL1738-18.html.

[42] Norma EN 458 (1996)

[43] Norma Portuguesa NP-2190 (1986)

[44]http://www.manutan.pt/tampoes-auriculares-reutilizaveis-30-db_O-03010-750.html

[45]http://www.equipamentodeprotecaoindividual.com/epi/abafador-de-ruido/abafadores-de-som-

tipoconha-3m.

[46] http://www.mgcinto.com.br/produtos/DetalheProduto.asp?categoria=18&codigo=86

[47] http://www.solostocks.pt/venda-produtos/seguranca-protecao/epi-seguranca-trabalho/bota-preta-

work-c-biqueira-de-aco-01-501-5815-304515

[48] http://www.manutan.pt/luvas-powerflex-plus-80-602-tamanho-9_980Y646.html

[49] AMARAL, Tiago, Estudo para implementação de oficinas metalomecânica, IST, Lisboa, 2011

[50] http://www.polipox.com.br/piso_polipox_multilayer.htm

[51] http://www.winoficinas.com, Software de Gestão WinOficinas.

[52] SANTOS, Mário J.M.F. Relatório do projecto final, Gestão de Manutenção do Equipamento,

FEUP, Porto, Fevereiro 2009

[53] RODRIGUES, Alexandra. Guia CNC Avançado ISQ, Lisboa, Setembro de 1999

[54] Alidata software, controlo de produção, indústria metalomecânica

Page 80: Attachment

Anexos

Page 81: Attachment

1

Page 82: Attachment

2

A1 – Sinalização de Segurança

Sinais de Proibição:

Sinais Relativos a material de combate a Incêndios:

Sinal de Obstáculos e locais Perigosos:

Sinais de Aviso:

Page 83: Attachment

3

Sinais de Obrigação:

Sinais de Salvamento ou de Saúde:

Page 84: Attachment

4

A2 – Check-List de Procedimentos de HST

Higiene e Segurança no Trabalho IST-HST-2011 Elaborado Por:_____ Aprovado Por:_____ Data:

Lista de Verificação das Condições de Trabalho

(C) Conforme - (NC) Não Conformidade - (OM)

Oportunidade de Melhoria – (NA) Não Aplicável

Referência

Legislativa C NC OM NA

ILUMINAÇÃO

1. Os locais de trabalho e vias de circulação são iluminados com luz natural complementados com luz artificial quando aquela é insuficiente?

Port.987/93 Art.º 8º

2. A iluminação é adequada ao tipo de tarefas? DL 243/86 Art.º 14º

3. Nos locais de trabalho, os níveis de iluminação mínimos atingem os valores recomendados?

DL 243/86 Art.º 14º

4. Nos locais onde existe perigo é intensificada a iluminação?

Port.987/93 Art.º 8º

5. Existem dispositivos destinados a evitar encandeamentos?

DL 243/86 Art.º 14º

6. Os meios de iluminação artificial são mantidos em boas condições de funcionamento e limpeza?

Port.53/71 Art.º 20º

7. A iluminação Artificial é de modo a evitar o efeito estroboscópico?

Port.987/93 Art.º 8º

8. As janelas e outras superfícies vidradas são mantidas limpas?

CONDIÇÕES ATMOSFÉRICAS NOS LOCAIS DE TRABALHO

1. A temperatura/humidade relativa são mantidos dentro dos níveis de conforto usuais (18 a 25º C e 50 a 70%)?

Port. 53/71 Art.º 24º

2. Havendo postos de trabalho onde não seja possível reunir condições de conforto, existem meios de minimizar esta situação, nomeadamente por medidas técnicas localizadas ou pelo uso de EPI´s?

Port.987/93 Art.º 7º

3. Os postos de trabalho encontram-se afastados de instalações que emitam radiações térmicas elevadas ou um arrefecimento intenso?

Port.987/93 Art.º 7º

1C. EXPOSIÇÃO AO RUÍDO

1. São colocados à disposição dos trabalhadores os dispositivos de protecção individual adequados, nos locais onde o ruído é superior a 80 dB(A)?

DL 182/2006 Art.º 7º

2. Os dispositivos de protecção são utilizados por todos os trabalhadores em que se registe ruído superior a 85 dB(A)?

DL 182/2006 Art.º 9º

3. Estas áreas estão perfeitamente identificadas e sinalizadas quanto ao risco e ao EPI a utilizar?

DL 348/93

4. Os trabalhadores expostos a níveis de ruído iguais ou acima dos valores de acção inferiores (80 dB(A)), assim como aos seus representantes para a segurança, higiene e saúde no trabalho, recebem informação/formação?

DL 182/2006 Art.º 9º

GASES E VAPORES – VENTILAÇÃO E EXTRACÇÃO

1. Os gases, vapores e poeiras são captados no ponto da formação?

Port.987/93 Art.º 6º

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5

2. Os locais de trabalho e espaços comuns têm meios que permitam a renovação natural e permanente do ar sem correntes incómodas e prejudiciais?

Port.987/93 Art.º 6º

3. Recorre-se à ventilação forçada quando a ventilação natural é insuficiente?

Port.987/93 Art.º 6º

4. É assegurado o caudal suficiente de ar fresco e puro para todos os locais de trabalho?

Port.987/93 Art.º 6º

5. Os meios de renovação de ar, natural ou forçada, são de molde a não produzirem nem admitirem na atmosfera de trabalho substâncias incómodas, tóxicas ou perigosas?

Port.987/93 Art.º 6º

EQUIPAMENTO DE PROTECÇÃO INDIVIDUAL (EPI)

1. Os EPI estão conforme com as normas aplicáveis à sua concepção e fabrico?

DL 348/93 Art.º 5º

2. Os EPI são suficientes e adequados aos riscos a prevenir e às condições existentes no local de trabalho?

DL 348/93 Art.º 5º

3. Os EPI atendem às exigências ergonómicas e de saúde do trabalhador?

DL 348/93 Art.º 5º

4. Os EPI são adequados ao seu utilizador? DL 348/93 Art.º 5º

5. Os EPI utilizados em simultâneo são compatíveis entre si e mantêm a sua eficácia relativamente aos riscos contra os quais se visa proteger o trabalhador?

DL 348/93 Art.º 5º

6. Os EPI são de uso pessoal? DL 348/93 Art.º 5º

7. Nos caos em que, o EPI tem de ser utilizado por mais que um trabalhador, são tomadas medidas apropriadas para salvaguarda das condições de higiene e de saúde dos diferentes utilizadores?

DL 348/93 Art.º 5º

8. As condições de utilização do EPI, nomeadamente quanto à sua duração, são determinadas em função da gravidade do risco, da frequência de exposição e da característica do posto de trabalho?

DL 348/93 Art.º 5º

9. Os EPI são devidamente mantidos e substituídos quando necessários?

DL 348/93 Art.º 6º

10. Os trabalhadores estão informados dos riscos contra os quais o EPI os visa proteger?

DL 348/93 Art.º 6º

11. Os equipamentos de protecção individual são monitorizados regularmente?

SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

1. Existe um sistema de sinalização de riscos adequados que inclui a afixação de sinais de aviso para riscos de proibição, de informação e de obrigação?

Port. 1456-A95 Art.º 5º

2. Os sinais utilizados correspondem ás cores e dimensões definidas na legislação/normas?

Port. 1456-A95 Art.º 5º

PAVIMENTOS

1. Os pavimentos destinados à passagem de pessoas/veículos estão isentos de cavidades e de saliências e livres de obstáculos?

Port.987/93 Art.º 10º

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6

2. As vias de circulação, bem como os espaços destinados a máquinas, armazenagem, estão devidamente demarcados? E esta demarcação é respeitada?

Port.987/93 Art.º 10º

3. Os pavimentos encontram-se limpos e em boas condições de higiene?

Port.987/93 Art.º 10º

4. Os pavimentos e logradouros são convenientemente drenados?

Port.987/93 Art.º 10º

5. Os pavimentos são de superfície antiderrapante? Port.987/93 Art.º 10º

6. Em zonas escorregadias é utilizado calçado antiderrapante?

Port.987/93 Art.º 10º

7. As aberturas nos pavimentos e nos locais de passagem estão devidamente resguardadas?

Port.987/93 Art.º 10º

8. Os resguardos/coberturas são suficientemente resistentes e os guarda-corpos colocados à altura regulamentada?

Port.987/93 Art.º 10º

9. Os locais de trabalho são mantido limpos, ordenados, livres de obstáculos e com equipamentos necessários para manter a limpeza e a sua organização?

SEGURANÇA NAS MÁQUINAS (ASPECTOS GERAIS)

1. O estado geral das máquinas é adequado (danos visíveis, limpas, protecções colocadas)?

DL 50/2005

2. O manual de operação de máquinas está disponível nos locais de operação e é legível?

DL 50/2005

3. Os regimes de funcionamento das máquinas respeitam os limites de construção?

DL 50/2005

4. Os dispositivos de paragem de emergência estão em local facilmente acessível e claramente identificados e assinalados?

DL 50/2005

5. Os comandos das máquinas estão protegidos quando accionados inadvertidamente?

DL 50/2005

6. Existe dispositivo de bloqueamento de paragem que iniba o arranque inadvertido?

DL 50/2005

SEGURANÇA NAS MÁQUINAS (EM USO OU FORA DE SERVIÇO)

1. As máquinas são providas de protectores ou resguardos que asseguram uma protecção eficaz interditando o acesso a zonas perigosas?

DL 50/2005

2. As protecções são solidamente fixas à máquina, pavimento, parede ou tecto?

DL 50/2005

3.As protecções das máquinas mantêm-se colocadas na máquina durante a laboração da máquina?

DL 50/2005

4. As protecções protegem o operador da projecção de partículas, faíscas, contacto de peças móveis ou de solavancos?

DL 50/2005

5. Foram instaladas protecções onde a retirada das mesmas iniba o funcionamento das máquinas?

DL 50/2005

6. Existe sinalização eficaz nas máquinas paradas quando é necessário: fazer a manutenção, proibir ligar, obrigar parar antes de intervir?

DL 50/2005

Page 87: Attachment

7

7. Existe um sistema de bloqueamento de fornecimento de força motriz para quando as máquinas se encontram em manutenção?

DL 50/2005

8. Todos os trabalhadores encarregados de proceder a manutenções nas máquinas têm formação adequada relativamente aos riscos que essas tarefas significam para si e para os restantes trabalhadores?

DL 50/2005

9. As avarias e deficiências em máquinas e sistemas de protecção são imediatamente denunciadas pelo operador?

DL 50/2005

SISTEMAS DE ALARME

1. Os dispositivos de alerta do equipamento de trabalho podem ser ouvidos e compreendidos facilmente sem ambiguidades?

Port. 53/71 Art.º 31º

EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO

1. Tubos, ligações e outros dispositivos sob pressão estão livres de danos observáveis?

Port. 53/71 Art.º 84º

2. As tubagens estão devidamente fixadas ao local? Port. 53/71 Art.º 82º

GASES COMPRIMIDOS

1. Os cilindros são protegidos do calor, do sol e intempéries?

Port. 53/71 Art.º 34º

2.Os cilindros são colocados em locais afastados de escadas, saídas, vias de circulação?

Port. 53/71 Art.º 34º

VÁLVULAS E CONTROLOS MECÂNICOS

1. As válvulas e controlos mais importantes estão identificados e rotulados?

Port. 1456-A/95 Art.º 7º

2. As válvulas e controlos estão completamente operacionais e facilmente visíveis e operáveis?

Port. 341/97

SISTEMAS DE ALARME

1. Existem sistemas de alarme de sobre-pressões? Port. 53/71 Art.º 31º

2. Existem sistemas de alarme de temperatura excessiva em todos os equipamentos sob pressão sujeitos a aquecimento?

Port. 53/71 Secção VI

EQUIPAMENOS DOTADOS DE VISOR

1. As secretárias têm as dimensões necessárias para proporcionar conforto e flexibilidade na colocação do equipamento?

Port. 989/93 Art.º 2º

2. As cadeiras são sólidas e do tipo adequado? Port. 989/93 Art.º 2º

3. As cadeiras permitem facilidade de movimentos? Port. 989/93 Art.º 3º

4. As alturas das cadeiras são ajustáveis? Port. 989/93 Art.º 2º

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8

5. A imagem do monitor é estável? Port. 989/93 Art.º 1º

6. Uma vez ajustada, a imagem do monitor é nítida e aceitável?

Port. 989/93 Art.º 1º

7. Há apoios enfrente aos teclados para as mãos? Port. 989/93 Art.º 1º

8. Os símbolos das teclas são legíveis? Port. 989/93 Art.º 1º

9. Os postos de trabalho dispõem porta documentos para os casos em que tal são necessários?

Port. 989/93 Art.º 2º

10. O espaço disponível sobre as secretárias é suficiente para se trabalhar com conforto?

Port. 989/93 Art.º 3º

11. As zonas de trabalho estão protegidas contra reflexos?

Port. 989/93 Art.º 3º

SISTEMAS ELÉCTRICOS DE POTÊNCIA

1. Os painéis de controlo (quadros) de alta tensão são mantidos enclausurados e fora do alcance?

D 42895º Art.º 71º

2. Os quadros estão identificados, marcados e acessíveis em determinadas condições de segurança?

DL 56/85 Art.º 34º

4. As condições à massa são regularmente medidas e encontram-se em boas condições?

D 42895º

5. Os equipamentos eléctricos encontram-se protegidos quanto ao risco de Curto-Circuito?

DR 56/85 Art.º 62º

6. Os interuptores estão facilmente visíveis, se estão ligados ou não?

D 42895º Art.º 69º

7. Existem terras em todas as instalaçoes? D 42895º 2.2

8. Existe iluminação de emergência? DR 56/85 Art.º 42º

9. As tomadas eléctricas são suficientes para cada posto de trabalho e estão instaladas de modo a garantir o número e tipo de ligações necessárias, e a impedir o desgaste dos seus componentes?

FERRAMENTAS PORTÁTEIS A MOTOR

1.São usados os EPI’s correctos nas ferramentas portáteis?

Por. 53/71 Art.º 100º

2. As ferramentas a motor são periodicamente inspeccionadas?

Por. 53/71 Art.º 100º

3.As ferramentas são utilizadas somente para o fim que foram concebidas?

Por. 53/71 Art.º 99º

SISTEMAS DE CORTE DE ENERGIA

1. Todos os circuitos e equipamentos têm dispositivos de corte de energia?

D 4289 Art.º 5º

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9

ARMAZENAGEM E ARRUMAÇÃO

1. Os pavimentos são estáveis e estão fixas? Por. 987/93 Art.º 10º

2. Estão marcadas as cargas máximas admissíveis para as estantes e prateleiras?

Por. 987/93 Art.º 1º

2.1 Estes limites são respeitados? Por. 987/93

4. É evitado o empilhamento de cargas em alturas excessivas?

DL 320/2001

5. As passagens e vias de circulação são mantidas limpas e desimpedidas?

Por. 987/93

6. Os espaços de armazenagem e restante equipamento encontram-se em boas condições de limpeza, arrumação e conservação?

Por. 987/93

MOVIMENTAÇÃO MANUAL DE CARGAS

1. Sempre que é possível é utilizada a movimentação mecânica de cargas em detrimento da movimentação manual?

DL 330/93 Art.º 4º

2. As cargas são reduzidas em termos de dimensão e de peso sempre que exequível?

DL 330/93 Art.º 4º

3. Existe o cuidado de conceber as tarefas de modo que não sejam exigidos esforços e posicionamento incorrectos dos trabalhadores?

DL 330/93 Art.º 6º

4. Nos meios de elevação verifica-se boa coordenação entre os intervenientes?

DL 330/93 Art.º 4º

ARMAZENAGEM E RETENÇÃO DE QUÍMICOS E COMBUSTÍVEIS

1. As quantidades de produtos químicos e combustíveis limitam-se às estritamente necessárias?

DL 139/2002

2. Existem zonas exclusivas de armazenagem para estes produtos com resistência ao fogo

DL 139/2002

3. Os reservatórios, tambores e outros recipientes estão adequados para receberem estes produtos?

DL 139/2002

4. Os reservatórios dispõem de válvulas de segurança? DL 139/2002

5. Os reservatórios dispõem de ligação à terra e estão devidamente apoiados?

DL 139/2002

6. Estão instalados dispositivos anti-estáticos onde necessário?

DL 139/2002

7. Os locais onde se encontram os reservatórios dispõem de capacidade de retenção de fugas, possibilidade de drenagem e material absorvente?

DL 139/2002

8. Existem reservatórios portáteis resistentes ao fogo? DL 139/2002

9. As zonas onde é proibido foguear estão demarcadas e assinaladas?

DL 139/2002

10. Todos os produtos químicos estão devidamente identificados?

DL 290/2001 Art.º 4º

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10

MANUSEAMENTO DE SUBSTÂNCIAS TÓXICAS OU CORROSIVAS

1. Todos os produtos químicos têm fichas técnicas de segurança?

Por.732-A/96 Art.º 1º

1.1 Estas fichas técnicas de segurança estão em local acessível para a consulta dos trabalhadores?

DL 311/95 Art.º 3º

2. Existem procedimentos de segurança implementados para a utilização, decantação e movimentação destas substâncias?

Por.732-A/96

3. Existem procedimentos de segurança implementados para o manuseamento de baterias?

Por.732-A/96

REMOÇÃO DE RESÍDUOS

1. Existem contentores em número e em locais adequados para a remoção de resíduos?

Por. 53/71 Art.º 38º

2. O material e as dimensões dos contentores são adequados aos resíduos a que se destinam?

Por. 53/71 Art.º 38º

3. Os resíduos são retirados do local de trabalho segundo as instruções de segurança designadas para o efeito?

Por. 53/71 Art.º 38º

ROTULAGEM E SINALIZAÇÃO

1. Existe um sistema coerente e adequado de sinalização para a proibição, obrigação e aviso nos locais de armazenagem, manipulação e transporte das substâncias químicas?

DL 69/2005 Art.º 6º

2. Os produtos químicos estão devidamente rotulados? DL 69/2005 Art.º 6º

3. Todos os reservatórios de produtos químicos, válvulas e outros acessórios estão devidamente marcados e rotulados?

DL 35/2004 Art.º 48º

TRABALHADORES (Luta contra Incêndios)

1. Existe equipamento de protecção individual e é utilizado de acordo com as normas de segurança da empresa?

DL 348/93 Art.º 5º/6º

2. Os EPI´s são adequados às funções e substâncias manuseadas em cada tarefa?

DL 348/93 Art.º 5º

3. Os EPI`s são adequadamente armazenados, mantidos e limpos?

Lei nº35/2004 Art.º 55º

4. A recolha de EPI`s contaminados é feita de acordo com o respectivo procedimento?

Lei nº35/2004 Art.º 55º

SAÍDAS DE EMERGÊNCIA

1. Existem saídas de emergência em número suficiente e de dimensões adequadas?

Port.987/93 Art.º 4º

2. Estas saídas de emergência dão para locais seguros?

Port.987/93 Art.º 4º

3. Em cada local existem pelo menos duas saídas de emergência (excepto em locais de pequena dimensão)?

Port.987/93

Page 91: Attachment

11

4. As vias que conduzem às saídas de emergência encontram-se claramente assinaladas e sinalizadas?

Port.987/93 Art.º 4º

5. As vias de evacuação dispõem de iluminação de emergência?

Port.987/93 Art.º 4º

6. As portas dos caminhos de evacuação abrem no sentido da fuga?

Port.987/93 Art.º 4º

7. São efectuados revisões periódicas ao funcionamento das portas de emergência, dos caminhos estabelecidos em situação de emergência e ao estado de conservação do mesmo?

Port.987/93

PROTECÇÃO AO FOGO

1. Existe um número adequado de extintores portáteis e/ou mangueiras de incêndios?

Port.987/93 Art.º 5º

2. Os extintores de incêndio são adequados, encontram-se operacionais e estão distribuídos de forma a serem facilmente utilizados pelos trabalhadores?

Port.987/93 Art.º 5º

2.1. Os trabalhadores sabem utilizar os extintores de incêndio?

3. Existe espaço suficiente para uma intervenção correcta dos bombeiros nas instalações, no caso e imergência?

DL 410/98 Art.º 14º

4. Os meios de isolamento de espaços encontram-se operacionais?

DL 410/98 Art.º 16º

5. Os caminhos de evacuação tem a largura mínima regulamentada?

DL 410/98 Art.º 54º

6. As portas de saída (de emergência) abrem no sentido de evacuação?

DL 410/98 Art.º 55º

7. Existe sinalização de emergência adequada? DL 66/95 Art.º 20º

SISTEMAS DE ALARME E EQUIPAMENTO DE EMERGÊNCIA

1. O sistema automático de detecção de incêndios encontra-se operacional e é testado periodicamente?

DL 368/99 Anexo (9)

INSTRUÇÕES DE EMERGÊNGIA

1. Existem instruções afixadas com as acções a tomar em caso de emergência?

DL 368/99 Anexo (11)

2. Existem sinais e instruções de actuação junto a comandos e controlos de emergência (i.e. fecho de circuitos de gases, quadros de sinalização, armário s dos extintores)?

DL 368/99 Anexo (11)

3. Existem instruções de emergência junto aos telefones dos locais de trabalho?

DL 368/99 Anexo (11)

4. Existem instruções afixadas sobre acções a tomar em caso de emergência junto a locais onde existem substâncias perigosas?

DL 368/99 Anexo (11)

Page 92: Attachment

12

PRIMEIROS SOCORROS

1. Existem locais estrategicamente colocados em número suficiente para a prestação de 1º. Socorros?

DL n.º347/93, de 1-10 nº 5, Portª n.º 987/93, de 6-10 Artº 6º, DL n.º141/95, de 14-6 Portªn.º1456-A/95 Art.º 273º/2-i-l do CT Artº 275º/1-b-c-9 do CT

1.1 Estes locais dispõem de equipamentos adequados aos socorros a prestar?

INSTALAÇÕES SOCIAIS E BEM-ESTAR

1. As instalações sanitárias estão perto dos locais de trabalho e são limpas regularmente?

3. Existem instalações de vestiário para mudança e guarda da roupa e de outros pertences pessoais?

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13

A3 – Procedimentos Técnicos HST

Lista de necessidades:

• 2 Caixas de primeiros socorros simples;

• 1 Caixa de primeiros socorros completa;

• 1 Detergente esfoliante;

• 5 Óculos de Protecção contra projecção

de aparas mais caixa sinalizada de uso

obrigatório;

• 1 Máscara de protecção para soldadura;

• 5 Auriculares de protecção auditiva;

• 1 Abafador de ruído;

• 5 Pares de luvas Kevlar (anti-cortes);

• 1 Par de luva para soldar

• 5 Botas de uso industrial (biqueira de

aço);

• 5 Fatos ou batas de trabalho;

• 1 Casaco de soldador

• 1 Fato para pintura;

• 1 Mascara de protecção respiratória

para Pintura com filtro incorporado;

• 50 Metros de Fita Reflectora;

• 6x2m Tapetes “ergonómicos;”

• 3 Sinais de extintor

• 1 Sinal botão de alarme

• 3 Sinais de saida

• 1 Sinal de Proibição de acesso;

• 1 Sinal de Proibição de fumar;

• 1 Sinal de perigo eléctrico;

• 2 Sinais de Uso obrigação de Protecção

auditiva;

• 5 Sinais de Uso obrigação de Protecção

das mãos, luvas e botas;

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14

Page 95: Attachment

15

A4 – Impressos Administrativos

Requisição Interna:

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16

AUTO DE ENTREGA Nº ____/____________AUTO DE ENTREGA Nº ____/____________AUTO DE ENTREGA Nº ____/____________AUTO DE ENTREGA Nº ____/____________

Procedeu-se no dia __/__/____, pelas _________ horas à recepção dos seguintes bens:

Finalidade a que se destina o bem: Ensino Investigação Prestação de Serviços Gestão Recebido por: ___________________________________________ Nº Mec.:______ Categoria:_________________________

Assinatura do responsável pelo bem ou bens___________________________________Nº. Mec:_______

Nota importante: O nome, nº mecanográfico e categoria do funcionário que recebe o material deve ficar legível, bem como a assinatura da pessoa responsável pelo bem. Anexos: Guia de Remessa. (1) Serviço requisitante (2)Este nº serve para ajudar a identificar o bem até à etiquetagem (3) A Atribuir pelo Núcleo do Património (4) Local onde o bem ficará instalado (edifício, piso, sala )

PROCESSO(S) DA PLATAFORMA Nº._______________________________________

NIF FORNECEDOR:___________________Nota Encom. Nº._________________

Nº(s). DE FACTURA:_________________________________________________

RESPONSÁVEL PELO BEM:____________________________________

Nº. Mec._________________________EXT._________________________

Edifício____________________Piso______________Sala___________

Departº/Secção______________________________________ C.Custos ________________Projecto(s) ________________

(2)

Número De Ordem

(3)

Número de Inventário

Descrição Detalhada do Bem Valor (4) Local

Responsável pelo bem

Observações Designação

Modelo Referência

Marca Nº Série Material/Côr

Núcleo do património

Impresso de Auto de Entrega:

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17

Facturação interna do Núcleo de Oficinas:

Facturação Interna

Núcleo de Oficinas Factura nº.

Complexo Interdisciplinar Cobrar a

Lisboa

Ext: 1919 Nº:[email protected] Telefone

Correio electrónico

Data Descrição Quantidade Montante

09-06-2011 Peça torneada 50,00 €

Subtotal 50,00 €Imposto 12,00 €

Total 62,00 €

Agradecidos por o poder servir!Produtos sujeitos a iva de 23%

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18

A5 – Exemplos de Procedimentos de actuação

Pedido de cotação:

- Lista detalhada dos produtos com os preços;

- Identificação da unidade receptora, ou seja, NOF (Nome, Núcleo, morada, nº

de contribuinte);

- Condições de pagamento;

- Validade da proposta (66 dias úteis);

- Prazo de entrega;

- Se houver portes de envio por conta do NOF, deverão ser mencionados;

- Que a proposta seja emitida em papel timbrado da empresa Vendedora,

devendo conter a respectiva identificação (nome, morada, nº de contribuinte).

Exemplo de compra até 5000 euros:

Venho por este meio solicitar a V/ melhor proposta para o seguinte material:

5 Rolos de fita amarela 1247Y33709

1 Linga em poliéster 371Y1362

2 Lingas em poliéster 2070Y11

1 Tapete para entrada 2054Y280

2 Rolo (18 metros cada) Tapete anti-fadiga 2054Y82

3 Carros para arrumar ferramentas 123Y7098

A proposta deve ser emitida em nome de:

IST

Núcleo de Oficinas

Avª Rovisco Pais

1049-001 Lisboa

Nº. De contribuinte: 501507930

Deve conter os seguintes Items:

Condições de pagamento

Validade da proposta: 66 dias (por lei para o estado são sempre 66 dias úteis, nunca inferior a isto)

Prazo de entrega

Se houver portes de envio por nossa conta devem vir mencionados.

A proposta é sempre emitida em papel timbrado da empresa, devendo conter a respectiva morada e

número de contribuinte.

O resto do processo da aquisição é efectuado na plataforma da central de compras do IST.

(compras.ist.utl.pt), como demonstrou-se na secção de aquisições de bens e serviços.

Page 99: Attachment

19

Exemplo de compra até 75000 euros:

Carta de Motivação de compra do centro de maquinagem CNC:

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20

Documento com os dados das empresas a convidar

DADOS DA EMPRESA 1:

Nome: Deckel Maho Gildemeister Ibérica, S.L.

Contacto: Eng. Paulo Lourenço

Morada: Avenida Torre Mateu 2-8 Nave 1

ES-08291 Ripollet, Barcelona

Espanha

Telefone: +351 214951877

Fax: +351 214964673

E-mail: [email protected]

DADOS DA EMPRESA 2:

Nome: TecMill, Lda.

Contacto: Eng. Jorge Gonçalves

Morada: E.N. 356,Nº18 - Casais dos Ledos

2440- 017 Batalha

Portugal

Telefone: +351 244766155

Fax: +351 244766520

E-mail: [email protected]

DADOS DA EMPRESA 3:

Nome: SPEQ, Lda.

Contacto: Eng. Nuno Póvoa

Morada: Rua Luísa Neto Jorge, Loja 7 B/C

Carnaxide

Portugal

Telefone: +351 21 438 2709

Fax: +351 21 437 4386

E-mail: [email protected]

Page 101: Attachment

21

Documento com as especificações técnicas da máquina pretendida

Especificações técnicas para aquisição de 1 centro de maquinagem com

5 eixos de mesa giratória basculante

Área de trabalho

Nº de eixos controláveis: 5

Cadeia cinemática: Mesa giratória basculante

Curso de deslocamento X / Y / Z [mm]: ≥ 400 / 400 / 400

Curso de basculamento / rotação [º] ≥ 110 / 360

Dimensões da mesa de trabalho [mm]: ≥ ∅500

Carga máxima sobre a mesa de trabalho [kg]: ≥ 200

Accionamentos

Velocidade de rotação do fuso [rpm]: ≥ 7500

Potência do fuso [kW]: ≥ 8

Velocidade de avanço rápido X / Y / Z [m/min]: ≥ 10

Armazém de ferramentas

Posições no armazém [Nº/kg]: ≥ 15 / 5

Comprimento máximo das ferramentas [mm]: ≥ 300

Diâmetro máximo das ferramentas [mm]: ≥ 60

Comando: SIEMENS 810D (c/ Powerline e ShopMill) ou Heidenhain TNC 620

Dimensões e Peso

Altura máxima em transporte [mm]: ≤ 2200

Altura máxima em funcionamento [mm]: ≤ 2600

Largura máxima em transporte [mm]: ≤ 2200

Peso máximo em transporte [kg]: ≤ 5000

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22

Exemplo de abate de material

Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior

Instituto Superior Técnico

Auto de Verificação de Incapacidade/Proposta de Abate

Aos 14 dias do mês de Junho do ano de 2011 no Instituto Superior Técnico, Edifício

interdisciplinar, área oficina mecânica, tendo-se procedido a rigoroso exame do estado de

conservação actual do(s) bem(s) abaixo referido(s), verificou-se que o(s) mesmo(s) se

encontra(m):

- Muito deteriorado(s) pelo muito uso e/ou tempo de serviço, estando já obsoleto(s) e

sem qualquer utilidade para o Serviço.

Em face do exposto, venho propor que o(s) bem(s) referido(s) nesta proposta seja(m)

abatido(s),

Número de Inventário

Nº Código de Barras

Descrição do(s) Bem(s)

Ano de Aquisição

Custo de Aquisição

Valor Liquido Imobilizado

Motivo do Abate 1

000063463 000062350 Bancadas

Bens para

destruição ou

demolição,

por serem

insusceptíveis

de

reutilização;

1- Ver Notas Explicativas em anexo.

Por ser verdade e a fim de ser enviado ao Conselho de Gestão, se lavrou o presente

auto que depois de lido e achado em conformidade, vai ser assinado pelos intervenientes,

dando fé que tudo se passou como nele consta.

Responsável pelo Projecto/Unidade Operacional/Unidade Académica: Pedro Rosa

Categoria Profissional Prof. Ass.:_____________________________

Responsável pelo Bem: Pedro Rosa

Categoria Profissional Prof. Ass.:_____________________________

Despacho do Conselho de Gestão ____________________________________________ _____________________________________________ Lisboa, __ de ___________ de ______

Page 103: Attachment

23

Auto de Verificação de Incapacidade/Proposta de Abate

Notas Explicativas

Neste tipo de auto deve ter-se em atenção alguns pontos:

1. A «Descrição dos Bens» deve ser completa e igual à que consta dos mapas de registo

e inventariação.

2. Convém referenciar no auto o destino a dar aos bens para os quais se solicita o

abate, tais como, por exemplo:

a) Alienação, a título oneroso; b) Alienação a título gratuito c) Furto/Roubo d) Bens para destruição ou demolição, por serem insusceptíveis de reutilização; e) Transferência, troca ou permuta; f) Devolução ou reversão; g) Sinistro e incêndio h) Outros:

• Para desmantelamento, tendo em vista o aproveitamento de peças; • Disponibilização, tendo em vista a sua reafectação a outros serviços; • Entrega por conta de outro bem semelhante; • Cessão definitiva e indicação do destinatário e utilização que este lhe terá de

dar; • Permanência no serviço, por ter interesse artístico, histórico ou outro.

Page 104: Attachment

24

A6 – Manual de utilização da Electro-erosora Charmilles D-10

MANUAL DE UTILIZAÇÃO

Page 105: Attachment

25

Núcleo de Oficinas

IdentificaçãoDesignação: Electro-erosora

Marca: Charmilles

Modelo: D-10

Nº de Série:

Data de aquisição:

Software: Não aplicável

Acessórios e Consumíveis Orgão

Caixa de Velocidades

Circuito Hidráulico

Lubrificação Centralizada

Fluído de trabalho

Plano de Manuntenção Preventiva Acções

Inspecção e Lubrificação

Nivelamento

Revisão Geral 365 (dias)

Observações

30 (dias)

365 (dias)

Periocidade

Não aplicável

Fluido dieléctrico - Castrol

Ficha Técnica de Máquina

Electro-Erosora Charmilles D-10

Consumíveis Observações

Não aplicável

Refrigeração por água

Profundidade Máxima de Penetração -160 mm

Potência: 25 A

- Vertical eixo Z ---------

- transversal eixo Y ----- 120 mm

Cursos: - longitudinal eixo X --- 220 mm

Dimensões: Minímas -

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26

INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO

DESCRIÇÃO DOS ELEMENTOS DA MÁQUINA

Isopulse P25

1 Interruptor geral Liga e desliga a máquina

2 Interruptor de alimentação

Liga e desliga a alimentação do gerador

3 Interruptor da bomba hidráulica

Liga e desliga a bomba hidráulica

4 Interruptor da bomba do dieléctrico

Liga e desliga a bomba do dieléctrico

5 Selector de subida e descida

Comando manual da subida e descida do porta -eléctrodos

6 Comando de injecção Selecciona injecção contínua ou pulsada

7 Botão vermelho Liga a fixação magnética da bucha

8 Botão verde Desliga a fixação magnética da bucha

9 Botão On Liga a corrente de trabalho

10 Botão Off Desliga a corrente de trabalho

11 Amperímetro Indica a corrente média de maquinagem

12 Luz piloto de segurança

Apaga luz vermelha se o nível de dieléctrico for mínimo e a temperatura for inferior ao limite

13 Luz piloto Acende quando termina a profundidade

14 Luz piloto Acende quando o eléctrodo toca lateralmente na peça

15 Luz de corrente Acende luz quando a máquina tem corrente

16 Potenciómetro Tempo de retracção do eléctrodo

17 Potenciómetro Tempo de trabalho do eléctrodo

18 Selector de polaridade e regime

Selecciona a polaridade e o regime

19 Servomecanismo Selecciona a velocidade de subida e descida do porta eléctrodos

20 Selector A Selecciona o tempo de descarga

21 Selector B Selecciona o tempo de intervalo

Page 107: Attachment

27

Heidenhain VRZ 710

Interruptor geral Liga e desliga o módulo

CE Selecciona o parâmetro

INCH Escolhe unidades imperiais

REF Faz referência de posição

ENT Armazena os valores dos parâmetros

+/- Selecciona opções dos parâmetros

Isocut E-20

22 Interruptor principal

Liga e desliga o módulo

23 Luz de corrente Acende quando o módulo está ligado

24 Potenciómetro - Ponto de comutação entre velocidade lenta e rápida do movimento de translação

- Ponto de ligação do motor de paragem móvel

25 Interruptor rotação Liga o modo de rotação

26 Luz de rotação Acende quando o modo de rotação está activo

27 Selector de velocidade

Selecciona a velocidade de rotação

28 Interruptor rotação Liga o modo de translação

29 Luz de translação Acende quando o modo de translação está activo

30 Selector de velocidade

Selecciona a velocidade de translação

Indicador Indica translação no fim de curso

Eleroda 110

31 Comporta de saída

Controla o enchimento e vazamento do tanque

32 Comporta de recolha

Controla o nível de dieléctrico do tanque

33 Torneira Injecção Controla o fluxo de injecção

34 Torneira Aspiração

Aspira fluído no tanque

35 Torneira de enchimento

Controla o fluxo de dieléctrico

Page 108: Attachment

28

ARRANQUE E FUNCIONAMENTO

Arranque e montagem da peça:

• Ligar a ficha à tomada trifásica de 32 A.

• Verificar o nível do fluído dieléctrico no reservatório.

• Ligar o gerador ISOPULSE P25 no interruptor geral 1 .

• Ligar o módulo ISOCUT E-20 no interruptor 22 .

• Ligar o módulo de posicionamento Heidenhain VRZ-710.

• Montar o suporte do eléctrodo no cabeçote e fixar a peça à mesa.

• Escolher entre recirculação interior o exterior ao eléctrodo.

• Ligar alimentação do gerador ISOPULSE P25 2 .

Realizar a operação de zero:

• Colocar régua em zero.

• Colocar micrómetro com a

profundidade pretendida.

Controlo do circuito hidráulico:

• Ligar bomba hidráulica ISOPULSE P25 3 verificando se não existem fugas.

• Colocar o selector de regime na posição indicada da Fig. 1.

• Colocar o selector de subida e descida manual do porta-eléctrodos na posição intermédia, Fig.2.

• Rodar totalmente para a direita o manípulo do controlo da sensibilidade do servo-mecanismo (movimento lento/rápido), Fig. 3.

• Rodar o selector de subida e descida manual para a esquerda e verificar se o porta-eléctrodos desce, Fig. 2.

Page 109: Attachment

29

Figura 1 Figura 2 Figura 3

Controlo do circuito dieléctrico:

Fechar as portas do tanque de maquinagem Fig. 4.

Fechar comporta de saída 31 , Fig 5.

Colocar comporta de recolha de dieléctrico 32 no nível pretendido, Fig. 5.

Seleccionar a opção pretendida: injecção 33 ou aspiração 34 , Fig. 6.

Ligar bomba do dieléctrico e verificar se não existem fugas, Fig. 7.

Abrir a torneira, encher totalmente o tanque e verificar se existem fugas, Fig. 8.

Rodar o selector para a direita e verificar que, abrindo a torneira de injecção, o tanque enche, Fig 9.

Figura 4 Figura 5 Figura 6 Figura 7 Figura 8 Figura 9

Controlo do gerador

Encher totalmente o tanque, mantendo aberta a torneira de admissão do dieléctrico, Fig. 8.

Colocar a cabeça de maquinagem no topo do seu curso, Fig. 10.

Colocar o selector de regime na posição indicada (seleccionar polaridade e intensidade máxima),

Fig.11.

Posição 1/32 1/16 1/8 1/4 1/2 1 Intensidade [A] 0,75 1,5 3 6,26 12,5 25

Page 110: Attachment

30

Colocar o selector B (tempo de intervalo) na posição 12, Fig. 12.

Posição 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Duração - Tempo Tb

[µs] 2 3 4 6 12 25 50 100 200 400 800 1600

Colocar o selector A (tempo de descarga) na posição 6, Fig. 13.

Posição 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Duração - Tempo Ta

[µs] 2 3 4 6 12 25 50 100 200 400 800 1600

Figura 10 Figura 11 Figura 12 Figura 13

Furação:

Ligar o botão da corrente de maquinagem 9 do gerador ISOPULSE P25 .

Verificar que a luz verde 15 do gerador ISOPULSE P25 acende.

Verificar que a luz vermelha 12 do gerador ISOPULSE P25 apaga.

Rodar o selector A, Fig.13 da posição 6 para a posição 12 e verificar que se amperímetro indica 20 A.

Ao terminar, a máquina pára sozinha.

Procedimento para desligar:

Fechar a torneira, Fig. 8.

Desligar bomba do dieléctrico, Fig 7.

Abrir a torneira de aspiração 34 , Fig 6.

Abrir comporta de saída 31 e puxar para baixo a comporta de recolha de dieléctrico 32, Figura 5.

Verificar se o tanque de trabalho ficou vazio.

Colocar a cabeça de maquinagem no topo do seu curso, Fig. 10.

Deixar porta do tanque aberta (quando o tanque estiver vazio) e arrumar as ferramentas utilizadas.

Page 111: Attachment

31

Medidas de Segurança:

• Equipamento de protecção:

- Óculos;

- Luvas;

- Bata.

• Zona ventilada, com boa iluminação

PLANO MANUTENÇÃO PREVENTIVA

Frequência Componente Acção preventiva

Semanal Filtros do dieléctrico Substituir a cada 200h de uso ou quando

necessário

Semanal Bucha de fixação Lubrificação

Semanal Parafuso do eixo Z e das corrediças Lubrificação

Mensal Fluído dieléctrico Verificação do nível e temperatura

Mensal Arrefecedor Verificação do nível da água

Mensal Tanque de trabalho Limpeza com um desengordurante genérico

6 Meses Substituição do óleo pneumático Substituir a cada 2000h

6 Meses Reservatório do óleo pneumático Drenar a água

6 Meses Reservatório do óleo pneumático Encher com óleo

6 Meses Reservatório central Verificar o nível de lubrificante

6 Meses Correia Verificar a correia de transmissão do eixo Z

Anual Vedantes da porta e tanque Limpeza e inspecção

Anual Fluído dieléctrico Substituição

Page 112: Attachment

32

A7 – Plano de Manuntenção

Registo das Manutenções periodicas da Electro-erosora Charmilles D10:

,

MANUTENÇÃO SEMANAL

Substituição dos filtros do dieléctrico a cada 200h de uso ou quando necessário

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52

Lubrificação da bucha de fixação

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52

Lubrificação do parafuso do eixo Z e das corrediças

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52

MANUTENÇÃO MENSAL

Verificação do nível e temperatura do fluído dieléctrico

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Verificação do nível da água no arrefecedor

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Limpeza do tanque de trabalho com um desengordurante genérico

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

MANUTENÇÃO A CADA 6 MESES 1ºSem 2ºSem

Drenar a água do reservatório do óleo pneumático

Encher com óleo o reservatório do óleo pneumático

Verificar o nível de lubrificante do reservatório central

Verificar a correia de transmissão do eixo Z

MANUTENÇÃO ANUAL

Limpeza e inspecção dos vedantes da porta e tanque

Substituição do fluído dieléctrico

Page 113: Attachment

33

Tabelas de Causa de avarias mais comuns nos tornos CNC:

Efeito 1.Transmissão

Mecânica

2.Aspiração 3.Bomba 4.Linha de

Pressão

5.Linha de

retorno

6.Válvulas

De Pressão

7. Válvulas

de Fluxo

8. Válvulas de

Controlo

9. Fluido

Hidráulico

10.

Potência

11. Diversos

A Ruídos

estranhos

1.Acoplamentos

desalinhados

2.Acoplamentos

com folgas

3.Apoios do

motor ou da

bomba soltos

4.Bomba ou

motor avariado

5.Sentido de

rotação

incorrecto

Resistência

excessiva na

aspiração,

que pode ser:

1.Aspiração

bloqueada ou

com fugas

2.Nivel do

óleo muito

baixo

1.Velocidade

excessiva da

bomba

2.Pressão da

bomba

excedida

3. Vedantes

da bomba da

aspiração

deteriorados

4.Bomba

danificada

5.Tubos das

linhas de

pressão e

retorno

trocados

6. Oscilação

do regulador

1. Tubos

desapertados

2.Ver 4.C

Ver 4. A

1.Tubo da linha

de retorno

incorrectamente

montado no

depósito

2.Filtro de

retorno

colmatado

1. Válvula

com

movimento

irregular

devido a

desgaste ou

sujidade nas

sedes

2. Cavitação

1.Vibração

das válvulas

2.Cavitação

1. Válvula com

movimento

irregular devido

a deficiência da

válvula

solenóide ou a

baixa voltagem

2.Válvula

deficiente

devido a

desgaste ou

sujidade

3.Flutuações da

pressão

4.Válvula

desajustada

5.Verificar

elementos de

controlo

1.Dificuldade

de sucção

devido a:

- Nível de fluido

demasiado

baixo

- Viscosidade

muito elevada

(temperatura

muito baixa)

2.Fluido com

impurezas

provocando

danos e

bloqueamento

das unidades

3. Fluido com

espuma

1.Desgaste

dos apoios

B Pressão

insuficiente

1.Transmissão

defeituosa

2.Sentido de

rotação

incorrecto

3.Motor

danificado

Ver 2.A 1.Fugas

internas

devido a

desgaste

2.Bomba

danificada

3.Pressão do

sistema ou

regulador

bloqueado

1.Fugas

2.Grandes

dificuldades

na passagem

do óleo

3.Filtro de

pressão

bloqueado

1.Grandes

dificuldades na

passagem do

óleo

1. Baixa

pressão do

sistema

2.Fugas

internas

devido a

desgaste

3. Sede da

válvula suja

ou danificada

4.Mola

partida

1.Perdas de

pressão

2.Afinação

incorrecta

3.Deficiência

da válvula

1.Função do

interruptor

incorrecta

2.Válvula

solenóide

estragada

3. Fugas

internas devido

a desgaste

4.Resistência

excessiva no

escoamento

5.Válvula presa

1. Viscosidade

muito baixa

implicando

fugas elevadas

2. Viscosidade

muito elevada:

Resistência

excessiva ao

escoamento

3.Fluido com

espuma

1.Fugas

internas

(vedantes

com

cilindros)

2.Ver 10. A

3. Excessiva

fricção

interna

(perda de

eficiência)

1.Falha na

regulação

2.Deficiência do

painel

instrumental

Page 114: Attachment

34

C Movimentos

bruscos do

cilindro

Ver 1. A 1. Ver 2.A 1.Regulador

da bomba

avariado

2.Bomba

danificada

1. Sistema

não purgado

Ver 5. B Ver 6. A 1. E

2.

1.Sujidade

das válvulas

2.ver 7. A 1.

Ver 8. A 1.Fluido

hidráulico com

impurezas

2.Fluido

hidráulico com

espuma

Fricção

excessiva

dos

vedantes

dos cilindros

D Falta de

potência

Ver 1. A 1. 1.Fugas

internas

devido a

desgaste

2.Bomba

danificada

3.Aspiração e

retorno mal

ligados

Ver 4.B Ver 5. B Ver 6. B 1.Caudal

muito

pequeno

2. Válvula

bloqueada

(suja)

Ver 8. B

1.Válvula presa

Ver 9. B Ver 10. B

1.Motor

gripado

Regulador

deficiente.

Interruptor de

pressão

deficiente.

Interruptor de

limites não

actuado.

E Temperatura

de

funcionamento

elevada

1.Perda de

rendimento

devido a

desgaste

2.Regulador

da bomba

avariado

3.Caudal ou

velocidade

excessiva

1.Filtro de

pressão

colmatado

Ver 4. E 1.Caudal

excessivo

2. Pressão

excessiva

3.Tempo de

resposta

demasiado

longo

1.

Escoamento

muito baixo

2. Válvula

estragada

1. Grandes

fugas

2.Pressão

baixa

3. Válvula

presa

Ver 9.B 1.Perda de

eficiência

devido a

desgaste

2.Excessiva

fricção

interna

(perda de

eficiência)

3.Fugas

internas

1.Fluido

hidráulico

insuficiente

2.Temperatura

ambiente muito

elevada

F Óleo hidráulico

com espuma

1.Fuga na

linha de

aspiração

1. Vedantes

do veio ou da

aspiração

deteriorados

Ver 5. A 1. 1.Tipo de óleo

não adequado

G Tubos com

vibrações

cíclicas

Ver 4.A

1.Tubagem

demasiado

comprida

Perdas 1.Mudanças

demasiado

rápidas

2.Regulador

ou

diafragmas

danificados

1.Fluido

hidráulico com

espuma

1.Forças

excessivas

Page 115: Attachment

35