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ESTUDO TÉCNICO PARA ESTABELECIMENTO DE
PROCEDIMENTOS DE ACTUAÇÃO, HIGIENE E
SEGURANÇA EM OFICINA METALOMECÂNICA
André Filipe Curvelo Tavares
Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em
Engenharia Mecânica
Júri
Presidente: Prof. Rui Manuel dos Santos Oliveira Baptista
Orientador: Prof. Pedro Alexandre Rodrigues Carvalho Rosa
Co-orientador: Prof. Paulo António Firme Martins
Vogal: Prof ª. Elsa Maria Pires Henriques
Novembro de 2011
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Agradecimentos
Gostaria de agradecer a todos aqueles que contribuíram e tornaram possível a realização da
presente dissertação de mestrado, muito obrigado. Em especial:
Aos meus orientadores, Prof. Pedro Alexandre Rodrigues Rosa e Prof. Paulo António Firme
Martins, pelo inigualável apoio e transmissão de conhecimento, esforço e dedicação.
Ao Mestre Carlos Alves Silva, agradeço a motivação e atenção dada durante o trabalho, foi
essencial e não me esqueço do apoio, amizade e simpatia quando iniciei as primeiras tarefas deste
trabalho, do início ao fim o seu conhecimento foi vital para o resultado final.
Ao Tiago Sousa Amaral, agradeço a motivação e trabalho de equipa durante todo trabalho, não
me esqueço da amizade e apoio que foram essenciais para o resultado final.
À Secção de Tecnologia Mecânica do Instituto Superior Técnico e respectivos membros agradeço
todas as facilidades e meios concedidos que tornaram possível a realização desta dissertação.
Ao Núcleo de Segurança e higiene no trabalho em especial ao Eng. Pedro Duarte, à Engª Rita
Costa e ao Chefe de Segurança Sr. José Magalhães pela sua colaboração e disponibilidade.
Ao Núcleo de manutenção em especial ao Eng. Afonso Franca pelo empréstimo de aparelhos de
medição, que foram importantes para o desenvolvimento desta dissertação.
Ao Núcleo de património, e o Economato da Instituição pela facilitação de documentos e
explicações quando necessárias.
Aos meus amigos João Raposo, Diogo Cabral e Tiago Tavares pela compreensão e apoio
prestado ao longo desta dissertação.
Por fim e como não podia deixar de ser gostaria de agradecer aos meus pais, aos meus irmãos e
amigos por todo o apoio e compreensão, sem o apoio deles teria sido muito complicado acabar esta
etapa da minha vida.
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v
Resumo
As exigências de mercado promovem uma contínua necessidade de desenvolvimento de novos
produtos. Neste sentido é imperioso que os principais centros de investigação e desenvolvimento
estejam apetrechados com meios apropriados para o apoio às actividades experimentais.
A selecção e a implementação de competências para apoio geral às actividades experimentais
desses centros, apresenta um enunciado de um problema de espectro alargado para o qual nem
sempre existe uma linha clara e objectiva de resolução. Assim, e para a implementação deste tipo de
infra-estrutura é importante o estabelecimento de manuais com procedimentos de actuação, higiene e
segurança, como ferramenta auxiliar importante para as actividades do engenheiro mecânico. Na
literatura da especialidade não é comum a existência de manuais que clarifiquem os procedimentos
de instalação e de actuação das oficinas de mecânica, enquanto pelo oposto existem uma imensidão
de manuais de higiene e segurança, mas que se apresentam de forma genérica não focando os
aspectos específicos da actividade em oficina de mecânica.
A presente tese desenvolve-se num estudo técnico para a implementação de procedimentos de
actuação, higiene e segurança no trabalho que permitam apoiar o trabalho do engenheiro mecânico
no estabelecimento inicial e nas actividades diárias de gestão e execução. A parte teórica apresenta
as actividades de uma oficina, os procedimentos de HST, enquadrados nas exigências legislativas. O
desenvolvimento experimental consiste na aplicação dos conceitos apreendidos na definição e
instalação inicial duma oficina de mecânica no Instituto Superior Técnico, permitindo assim o
estabelecimento de uma infra-estrutura para apoio das actividades experimentais da escola.
Palavras-chave: Oficina de mecânica, Procedimentos de actuação, Higiene e segurança no
trabalho.
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vii
Abstract
Market demands promote a continuous need for developing new products. In this sense it’s
imperative that the main investigation and national development centers are equipped with appropriate
resources to support experimental activities.
The selection and implementation of competencies to provide general support to experimental
activities at I&D centers (teaching institutions and companies), presents a large spectrum problem
enunciation for which there’s not always a clear and objective resolution line. Therefore, and for the
implementation of this type of infrastructure, it’s important to establish operating procedure, hygiene
and security manuals, as an important auxiliary tool for the mechanical engineer activities. However, in
this area’s literature, it’s uncommon to find manuals that clarify installation and action procedures at a
metalworking workshop. On the other hand, there are a large number of hygiene and safety manuals
that present themselves in a generic sense, regardless of specific aspects of the activities inside the
workshop.
The present thesis develops around a technical study to implement action, hygiene and safety
procedures, in order to support the mechanical engineer work in terms of initial set-up and daily
activities of management and execution. The theoretical part briefly presents the workshop activities,
hygiene and safety procedures and frames the actual market and legislative demands. Experimental
development consists in applying all the notions learned, initially defining and installing a
metalworking workshop at the Instituto Superior Técnico, therefore allowing to contribute directly to the
establishment of an infrastructure to support the school’s experimental activities.
Keywords: Metalworking workshop, Operational procedures, Health and Safety at work.
viii
ix
Índice
AGRADECIMENTOS ............................................................................................................................... III
RESUMO .............................................................................................................................................. V
ABSTRACT .......................................................................................................................................... VII
ÍNDICE .................................................................................................................................................. IX
LISTA DE FIGURAS ................................................................................................................................ XI
LISTA DE TABELAS .............................................................................................................................. XIII
1. INTRODUÇÃO............................................................................................................................... 2
2. OFICINA METALOMECÂNICA ......................................................................................................... 4
2.1. Instalações e Equipamentos .............................................................................................. 4
2.2. Recursos Humanos ........................................................................................................... 5
2.3. Planeamento e Gestão da Produção ................................................................................ 6
3. HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO ......................................................................................... 8
3.1. Breve Visão Estatística ...................................................................................................... 8
3.2. Instalações ....................................................................................................................... 10
3.2.1. Pavimentos Industriais ................................................................................................................... 10
3.2.2. Condições Térmicas ...................................................................................................................... 10
3.2.3. Ruído ............................................................................................................................................. 11
3.2.4. Instalação Eléctrica ........................................................................................................................ 12
3.2.5. Iluminação ...................................................................................................................................... 12
3.2.6. Incêndios ........................................................................................................................................ 13
3.2.7. Sinalização ..................................................................................................................................... 18
3.2.8. Higiene Industrial ........................................................................................................................... 19
3.3. Equipamentos .................................................................................................................. 20
3.3.1. Elementos de Risco ....................................................................................................................... 20
3.3.2. Meios de Protecção ....................................................................................................................... 21
3.4. Protecção Individual ........................................................................................................ 23
3.4.1. Protecção da cabeça ..................................................................................................................... 24
3.4.2. Protecção dos olhos e rosto ........................................................................................................... 24
3.4.3. Protecção auditiva ......................................................................................................................... 24
3.4.4. Protecção do tronco ....................................................................................................................... 25
3.4.5. Protecção dos Pés e das Mãos ..................................................................................................... 25
4. AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO .............................................................................. 26
4.1. Organização..................................................................................................................... 26
4.2. Segurança ........................................................................................................................ 28
4.2.1. Pavimentos industriais ................................................................................................................... 28
4.2.2. Ventilação ...................................................................................................................................... 28
x
4.2.3. Iluminação ...................................................................................................................................... 29
4.2.4. Sinalização ..................................................................................................................................... 29
4.2.5. Equipamentos ................................................................................................................................ 29
4.2.6. Protecção Individual ....................................................................................................................... 30
4.3. Higiene e Ambiente ......................................................................................................... 30
5. IMPLEMENTAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS DE HST ........................................................................ 32
5.1. Instalações ....................................................................................................................... 32
5.1.1. Pavimentos Industriais ................................................................................................................... 33
5.1.2. Condições Térmicas ...................................................................................................................... 33
5.1.3. Ruído ............................................................................................................................................. 37
5.1.4. Iluminação/Riscos Eléctricos ......................................................................................................... 39
5.1.5. Incêndios ........................................................................................................................................ 41
5.1.6. Sinalização ..................................................................................................................................... 42
5.1.7. Higiene e Ambiente ........................................................................................................................ 42
5.2. Equipamentos .................................................................................................................. 43
5.3. Protecção individual ......................................................................................................... 45
6. IMPLEMENTAÇÃO DE PROCEDIMENTOS DE ACTUAÇÃO ................................................................ 46
6.1. Institucional ...................................................................................................................... 46
6.1.1. Plano Estratégico e Financeiro ...................................................................................................... 46
6.1.2. Obras/ Manutenção das Instalações .............................................................................................. 48
6.1.3. Aquisição de Bens e Serviço ......................................................................................................... 49
6.1.4. Inserção na estrutura da Matéria Patrimonial ................................................................................ 50
6.1.5. Solicitação de acesso ao campus .................................................................................................. 51
6.2. Núcleo de Oficinas ........................................................................................................... 51
6.2.1. Sistema de Apoio à Gestão e Planeamento .................................................................................. 51
6.2.2. Procedimentos Organizacionais .................................................................................................... 52
6.2.3. Procedimentos de Utilização das Máquinas .................................................................................. 54
6.2.4. Procedimentos de Manutenção das Máquinas .............................................................................. 55
6.2.5. Planeamento e Gestão da Produção ............................................................................................. 57
6.2.6. Caderno de Fabrico ....................................................................................................................... 59
7. CONCLUSÃO E TRABALHOS FUTUROS ........................................................................................ 62
BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................................... 64
xi
Lista de figuras
Figura 2.1 Esquema das actividades comuns numa oficina metalomecânica adaptado [2] .................. 4
Figura 2.2 Esquema das Funções principais da área de Planeamento e Gestão – Produção [6] ......... 6
Figura 3.1 Agentes agressivos comuns em ambiente industrial: a)Gases electro-erosão [14]; b) Gases
Soldadura [15] c) Fumos Têmpera [16] d) Pintura [17] .................................................................. 11
Figura 3.2 Sistema de detecção de incêndios a) Botões de alarme Manual por Quebra de Vidro [24];
b) Detectores automáticos de incêndio [24]; c) Sinalizadores Acústicos [24]. .............................. 16
Figura 3.3 - Extintor Portátil e principais características [8] .................................................................. 17
Figura 3.4 Sistemas de extinção de incêndios a) Boca-de-incêndio e carretel de mangueira semi-
rígida [8]; b) Coluna seca [8] c) Pulverizador automático [25] ....................................................... 17
Figura 3.5 Tipos de sinalização utilizada na indústria metalomecânica; a) Proibição; b) Aviso c)
Obrigação d) salvamento ou saúde e)material de combate a incêndios f)obstáculos e locais
perigosos ........................................................................................................................................ 19
Figura 3.6 Elementos de risco com movimento de rotação [30] .......................................................... 20
Figura 3.7 a) Movimentos de risco alternados [30] a) Rotação e translação; b) Oscilação; c)
Translação. ..................................................................................................................................... 21
Figura 3.8 Resguardos de protecção a) Esmeril [31] b) Torno convencional [32] c) Fresadora [33] d)
Serrote circular [34]. ....................................................................................................................... 22
Figura 3.9 Apara- Corpos a) Esquema de funcionamento [30]; b) Prensa [35]. ................................... 22
Figura 3.10 Dispositivo de: a) comando de duas mãos [36] b) Barra distanciadora [30]; c) Pedal [37].
........................................................................................................................................................ 22
Figura 3.11 Dispositivos sensores de presença [30]: a) Fotoeléctricos]; b) Fotoeléctricos e resguardos
fixos c) Pressão ............................................................................................................................. 23
Figura 3.12 Interruptores de [30]: a) emergência e b) bloqueadores ................................................... 23
Figura 3.13 Equipamentos de protecção: a) Elementos constituintes do capacete de protecção [8] b)
Óculos de protecção contra projecções[40] c) Viseira de protecção de Soldadura [41] ............... 24
Figura 3.14 Equipamentos de protecção: a) Tampão Auditivos [44]; b) Abafador sonoro [45]; c)
Avental de protecção [46]; d) Bota com biqueira de aço [47]; e) Luvas em kevlar [48]. ............... 25
Figura 4.1 Planta da Oficina existente e descrição das diferentes zonas. ........................................... 26
Figura 4.2 Panorama geral da oficina existente; a) e b) zona de fabrico; c) Gabinete de metrologia d)
Zona de recepção de clientes. ....................................................................................................... 27
Figura 4.3 Elementos estruturais a) Acessos (degrau); b) Portas e tubagens c) janelas ..................... 27
Figura 4.4 Arrumação e organização: a) Matéria-prima b) Acessórios das máquinas c) Ferramentas
de Corte. ......................................................................................................................................... 28
Figura 4.5 Pavimentos existentes na Oficina a) zona de fabrico b) Gabinetes. ................................... 28
Figura 4.6 - Diferentes tipos de Ventilação e extracção de ar existentes: a) Ventilador de extracção de
ar; b) Ar condicionado; c) Extracção localizada; d) Zona de soldadura. ....................................... 29
xii
Figura 4.7 a) Iluminação da Oficina b) e c) Sistema e sinalização de luta contra-incêndio existentes 29
Figura 4.8 Alguns equipamentos existentes na oficina a) Tornos mecânico CAZENEUVE HB 500 b)
Tornos mecânico SCHAUBLIN 125; c) Fresadora SCHAUBLIN 53 d) Engenhos de Furar
MODIG´S; e) Serrote mecânico f) Esmeril. .................................................................................... 30
Figura 4.9 Higiene e protecção da oficina: a) Luvas de protecção; b) Zona de limpeza; c) Depósito de
óleo usado. ..................................................................................................................................... 31
Figura 5.1 Serviços a prestar na Oficina Metalomecânica. ................................................................... 32
Figura 5.2 Implementação do Layout das células da nova oficina adaptado [49] ............................... 32
Figura 5.3 a) Piso Multi-camadas [50] b) Pavimento Epoxy da Oficina ................................................ 33
Figura 5.4 Sistema de ventilaçao e ar condiconado da oficina a) Projecto AVAC; b) Sistema AVAC; c)
Extracção localizada da Oficina ..................................................................................................... 34
Figura 5.5 Mediçao espacial da temperatrura a) Anenometro; b) Exposiçao da oficna ao sol e à
sombra; c)Gráfico da distribuição de temperatura ao longo da oficina. ........................................ 35
Figura 5.6 Gráfico da variação de temperatura ao longo do dia de trabalho ........................................ 36
Figura 5.7 Aplicação do isolamento a) aglomerado de Cortiça; b) Tecto da oficina............................. 37
Figura 5.9 Gráfico da variação do ruído com a variação da frequência da extracção localizada;
Sonómetro modelo SC160 ............................................................................................................. 38
Figura 5.10 Gráfico da distribuição do ruído ao longo da oficina .......................................................... 38
Figura 5.11 Gráfico da variação do ruído ao longo do dia de trabalho ................................................. 39
Figura 5.12 Iluminação do espaço oficinal a) Iluminação geral b) Iluminação de segurança c) Caixa
eléctrica .......................................................................................................................................... 40
Figura 5.13 Medição de luminosidade na oficina: a) Pontos de medição b) Variação da Luminosidade
ao longo da Oficina ........................................................................................................................ 40
Figura 5.14 Disposição dos equipamentos para o combate a incêndios .............................................. 41
Figura 5.15 Sinalização de Segurança na Oficina ................................................................................ 42
Figura 5.16 Higiene e ambiente: a)Recipiente para óleos b) Lavatório. ............................................... 43
Figura 5.17 Localização dos elementos de protecção no torno Cazeneuve HB 725. .......................... 44
Figura 5.18 Protecção no torno Schaublin 125: Resguardo Fixo b) Resguardo Móvel c) Botão de
emergência ..................................................................................................................................... 44
Figura 6.1 Disposição da Oficina por zonas adaptado ......................................................................... 52
Figura 6.2 Organigrama da Oficina ....................................................................................................... 53
Figura 6.3 Template de Ficha Técnica para aplicar nas Máquinas adaptado [52] ............................... 54
Figura 6.4 Disposição da Oficina do IST ............................................................................................... 57
Figura 6.5 Esquema do plano de produção do NOF adaptado [54] ..................................................... 59
xiii
Lista de tabelas
Tabela 2.1 Características dos sistemas produtivos adaptado [5] ......................................................... 6
Tabela 3.1 Dados Gerais (2001-2003) de acidentes na indústria Metalomecânica em Portugal [9] ...... 8
Tabela 3.2 a) Tipo de máquinas analisadas [10] b) Natureza das Lesões [10] ...................................... 9
Tabela 3.3 Causa de acidentes numa Oficina Metalomecânica [10] ...................................................... 9
Tabela 3.4 Indicações Térmicas segundo os artigos 10º e 11º do Decreto-Lei nº243/86 de 20 de
Agosto ............................................................................................................................................ 10
Tabela 3.5 Intervalo de iluminância recomendados para diferentes tarefas (Norma DIN 5035 – 2
(1990)) ............................................................................................................................................ 13
Tabela 3.6 Medidas Preventivas contra incêndios de Origem Térmica adaptado [8]........................... 14
Tabela 3.7 Medidas Preventivas contra focos de Origem Eléctrica [8] ................................................ 14
Tabela 3.8 Medidas Preventivas contra focos de Origem Mecânica [8] ............................................... 14
Tabela 5.1 Listagem dos equipamentos existentes na oficina.............................................................. 43
Tabela 6.1 Propostas de Gestão da Oficina ......................................................................................... 48
Tabela 6.2 Intervalo entre inspecções de sistemas adaptado [53] ....................................................... 56
Tabela 6.3 a) Operações comuns na fresagem b) Operações comuns no torneamento ..................... 60
1
2
1. Introdução
A importância da indústria metalomecânica tem crescido ao longo do século XX, sendo uma das
actividades industriais nacional mais importantes, representando cerca de 90% das pequenas e
médias empresas da indústria a nível nacional. De facto, a indústria metalomecânica representa
cerca de 15% do Produto Interno Bruto nacional [1]. Deste modo, é natural que uma parte significativa
dos desafios de inovação tecnológica sejam colocados aos centros de investigação e
desenvolvimento nacionais, geralmente associado a desenvolvimento de produto, sejam oriundos
deste domínio da indústria. Por essa razão, é imperioso que os principais centros de investigação e
desenvolvimento nacionais estejam apetrechados com meios apropriadas ao apoio das actividades
experimentais inerentes às actividades técnicas e científicas dos seus grupos de investigação e
desenvolvimento.
A selecção e a implementação de competências para apoio geral às actividades experimentais de
centros de I&D, de instituições de ensino ou empresas, apresenta um enunciado de um problema de
espectro alargado para o qual nem sempre existe uma linha clara e objectiva de resolução. No
entanto, estima-se que na maioria das situações estejam envolvidas actividades de fabrico, controlos
de qualidade e integração de componentes mecânicos, ainda que existam necessidades de
instrumentação e controlo, podendo a generalidades destas necessidades ser resolvida por uma
oficina de mecânica com meios adequados e modernos. Assim, e para a implementação deste tipo de
infra-estrutura é importante o estabelecimento de manuais com procedimentos de actuação, higiene e
segurança, como ferramenta auxiliar importante para as actividades do engenheiro mecânico. De
facto, o engenheiro actual encontra-se investido duma missão complexa na sua dualidade: deve pôr
em execução os instrumentos do progresso e ao mesmo tempo proteger os homens e o ambiente de
trabalho contra os efeitos perigosos desse mesmo progresso. A presente dissertação segue esta
filosofia, em que são aplicadas as condicionantes legislativas, sobre a higiene e segurança no
trabalho, na implementação de uma oficina metalomecânica.
Por outro lado, na literatura da especialidade não é comum a existência de manuais que
clarifiquem os procedimentos de instalação e de actuação das oficinas de mecânica, enquanto pelo
oposto existem uma imensidão de manuais de higiene e segurança, mas que se apresentam de
forma genérica não focando geralmente aspectos específicos da actividade em oficina de mecânica.
A própria Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal, não clarifica
a existência dum método ou procedimentos para implementação de oficina de mecânica, indicando
novamente que esta deve cumprir os requisitos legais sobre a higiene e segurança no trabalho.
A presente tese desenvolve-se em torno de um estudo técnico para a implementação de
procedimentos de actuação, higiene e segurança que permitam apoiar o trabalho do engenheiro
mecânico no estabelecimento inicial e nas actividades diárias de gestão e execução. A parte teórica
apresenta sumariamente as actividades de uma oficina, os procedimentos de higiene e segurança,
enquadrada nas exigências legislativas assim como nas exigências actuais do mercado. O
desenvolvimento experimental consiste na aplicação dos conceitos apreendidos na definição e
3
instalação inicial duma oficina de mecânica no Instituto Superior Técnico, permitindo assim contribuir
para o estabelecimento de uma infra-estrutura para apoio das actividades experimentais da escola.
A intervenção deste estudo, justifica-se com a necessidade de modernizar a oficina existente de
modo a adaptá-la às exigências actuais, para o que foi necessário ampliar a respectiva área – à custa
dos espaços anexos e simultaneamente, renová-la em termos de acabamentos. Um dos aspectos
fundamentais desta dissertação foi perceber e descrever os factores necessários para a colocação
em funcionamento da oficina, quer os requeridos e constrangimentos internos do Instituto Superior
Técnico, quer os requisitos legais necessários para colocar a oficina em funcionamento.
A tese está organizada em sete capítulos incluindo a introdução e uma conclusão, e nove anexos
que resumem as principais contribuições e resultados do trabalho de investigação.
O capítulo 2 começa com uma breve revisão dos conceitos de uma oficina metalomecânica, o seu
significado, que tipo de serviços que podem prestar. È abordado conceitos de planeamento e gestão
de produção de uma oficina, bem como o perfil que os funcionários devem apresentar actualmente
neste tipo de actividade.
No capítulo 3 é apresentado o desenvolvimento teórico, sobre a área mais abordada nesta
dissertação, nomeadamente a descrição dos procedimentos de higiene e segurança no trabalho,
desde a nível da instalação oficinal, dos equipamentos mecânicos, dos equipamentos de protecção
individual e até aborda-se os acidentes mais frequentes neste tipo de indústria de estudo.
No capítulo 4 é realizada uma descrição completa dos problemas encontrados na antiga oficina.
Este desenvolvimento permite determinar os pontos de actuação que o NOF deve ter, de modo a
cumprir a legislação em vigor.
No capítulo 5 é feita a implementação dos procedimentos de higiene e segurança, propondo
alternativas/ soluções, para corrigir e melhor os defeitos demonstrados no capítulo 4. Ainda nesta
secção, houve uma componente dedicada à verificação das condições de trabalho
No capítulo 6 é dividido em duas partes distintas uma em que descreve-se uma panóplia de
procedimentos actuação internos requeridos pelo Instituto Superior Técnico, desde o procedimento
de obras, de compra de máquinas e materiais necessários para o funcionamento da oficina em
implementação.
A segunda parte aborda num modo geral os procedimentos de acção necessários para o
funcionamento da oficina no Instituto Superior Técnico. Nesse sentido divide-se em vários propósitos,
propõe-se modelos de gestão, procedimentos organizacionais, definindo o papel dos funcionários na
oficina, procedimentos de utilização e de manutenção dos equipamentos mecânicos e por último a
estrutura do plano produtivo da oficina.
Por fim, conclusões gerais e trabalhos futuros são apresentados no Capítulo 7.
Espera-se que o presente trabalho contribuía para uma melhor compreensão da envolvência
necessária para a implementação de uma oficina metalomecânica no Instituto Superior Técnico, uma
vez que não existe nada documentado sobre esta matéria.
4
2. Oficina Metalomecânica Este capítulo serve como base teórica para o desenvolvimento efectuado na presente dissertação.
Para tal descreve-se num modo geral o que é uma oficina metalomecânica, a estrutura de uma
oficina, o perfil dos funcionários e o tipo de formação que devem possuir. Introduz-se ainda conceitos
gerais de Planeamento e Gestão da Produção que visam melhorar a interpretação do trabalho
efectuado nesta dissertação.
2.1. Instalações e Equipamentos
A indústria metalomecânica incorpora todos os segmentos responsáveis pela transformação de
matérias-primas (nomeadamente metais) nos produtos desejados. Permite a produção de bens e
serviços intermediários, como o fabrico de ferramentas, máquinas, equipamentos, veículos etc.
A estrutura básica de uma oficina mecânica é composta basicamente por duas áreas, uma
administrativa e outra referente á zona operacional (execução dos serviços de fabrico). A área
operacional tem como actividades base os processos de preparação de material, maquinagem,
soldadura, tratamento de superfícies, montagem de componentes, metrologia, entre outras. Na Figura
2.1 apresentam-se, com a devida classificação da actividade, os processos habitualmente disponíveis
numa oficina metalomecânica. Estes processos podem ser efectuados por diversas máquinas
convencionais ou de Controlo Numérico Computorizado (CNC), dependendo a sua escolha da
finalidade da oficina, do produto alvo e das exigências do mercado.
Figura 2.1 Esquema das actividades comuns numa oficina metalomecânica adaptado [2]
5
2.2. Recursos Humanos
Numa oficina metalomecânica, a utilização de máquinas ferramenta é parte fulcral para a obtenção
do produto final. Para tal, há necessidade de traçar um perfil profissional dos funcionários em função
do leque de equipamentos disponíveis, devendo a sua qualificação depender directamente do
equipamento e do sistema de produção (Tabela 2.1). De um modo genérico existem dois tipos de
funcionários, os que possuem formação académica (engenheiros Mecânicos, engenheiros industriais,
etc.), e os funcionários com formação técnica (técnico de máquinas-ferramenta).
As principais competências dos engenheiros mecânicos para o trabalho numa oficina
metalomecânica são [3]:
• Capacidade de conceber, projectar, fabricar e operar equipamentos mecânicos (electro-erosora,
centro de maquinagem convencionais, CNC, etc.) e de novos produtos de engenharia mecânica
de uma forma criativa, crítica, autónoma e interdisciplinar, incorporando as mais recentes
inovações tecnológicas.
• Capacidade de resolução de problemas de engenharia, tanto em situações conhecidas como em
novas situações, em contextos alargados e multidisciplinares, no âmbito da concepção de
produtos sujeitos a condicionalismos tecnológicos, económicos, sociais e ambientais.
• Liderança com problemas complexos, recolhendo, seleccionando e interpretando a informação
relevante, incluindo casos de informação limitada ou incompleta, e integrar conhecimentos de
modo a obter soluções, tendo em conta as implicações e responsabilidades éticas e sociais que
resultem ou condicionem essas soluções.
• Competências de interacção que permitam lidarem o processo produtivo.
No que toca aos operadores de máquinas ferramentas, os principais objectivos e competências
são [4]:
• Capacidade de analisar desenhos e outras especificações técnicas, a fim de identificar forma,
dimensões e tolerâncias das peças a maquinar, parâmetros de regulação das máquinas
ferramenta e outros dados relativos ao trabalho a realizar.
• Operar máquinas ferramenta para preparação de matéria-prima, designadamente, serrote
mecânico, calandra e serrote de disco.
• Operar máquinas ferramenta de corte, desbaste e acabamento de peças metálicas,
designadamente, tornos, fresadoras, engenhos de furar e rectificadoras.
• Operar com máquinas de soldadura, a fim de obter uma ligação pretendida, com diferentes
processos tecnológicos, nomeadamente soldadura por eléctrodo revestido, Mig-Mag, ou
Oxiacetilénica.
• Efectuar o controlo de dimensões, formas, estados de superfícies e outras características das
peças, utilizando instrumentos de medida apropriados, comparando com os dados contidos nos
desenhos e em outras especificações técnicas.
• Efectuar a limpeza e manutenção das máquinas ferramenta CNC, executando, nomeadamente
lubrificações de rotina, verificações e reposições de óleo.
6
2.3. Planeamento e Gestão da Produção
Na gestão de uma oficina de mecânica é necessário identificar o tipo de sistema produtivo que se
pretende adoptar. Geralmente os tipos de produção utilizados na indústria dividem-se em três grupos:
produção em linha - contínua, produção intermitente e produção unitária. A Tabela 2.1 apresenta as
principais características dos tipos de produção que se encontram no sector metalomecânico.
Características Produção em linha-
contínua
Produção
intermitente Produção unitária
Produto
Volume da ordem de fabrico
Contínua ou grandes lotes Lotes Unitário
Fluxo do produto Sequencial Desordenado Nenhum
Variedade do produto Baixa Elevada Muito Elevada
Tipo de mercado Massificado Customizado Único
Volume de produção Elevado Médio Unitário Mão-de-obra
Qualificação Baixa Elevada Elevada
Tipo de operações Repetitivas Sem repetição Sem repetição
Custo Baixo Elevado Elevado
Capital
Investimento Elevado Médio Baixo
Inventários Baixo Elevado Elevado
Equipamentos Específicos Universais Universais
Objectivos
Flexibilidade Baixa Média Elevada
Custo Baixo Médio Elevado
Qualidade Consistente Maior Variabilidade Grande Variabilidade Prazos de entrega Elevados Médios Baixos
Planeamento e Controlo
Controlo da produção Fácil Difícil Difícil
Controlo da qualidade Fácil Difícil Difícil
Controlo de Inventários Fácil Difícil Difícil
Tabela 2.1 Características dos sistemas produtivos adaptado [5]
A Figura 2.2 apresenta esquematicamente as áreas de funcionamento da produção numa
metalomecânica, englobando o planeamento/gestão (aceitação de Projectos, planos de fabrico, etc.),
controlo da produção, aprovisionamento de materiais (compras a fornecedores), fabrico do produto e
expedição para o cliente.
Figura 2.2 Esquema das Funções principais da área de Planeamento e Gestão – Produção [6]
Gestão da Produção
Controlo da Produção
Expedição Aprovisionamento
Fabrico
7
A gestão da produção define-se como a administração dos recursos da empresa, tendo por
finalidade seleccionar, gerir e orientar os colaboradores na direcção dos objectivos estipulados. A sua
dinâmica de operacionalização ocorre através da utilização das funções de gestão (Planear,
Organizar, Comandar, Controlar e Coordenar), com o objectivo de promover com êxito as actividades
inerentes à empresa, definindo assim as tomadas de decisão no planeamento e controlo da produção
desde a fase inicial até à distribuição dos produtos finais.
Relativamente ao planeamento da produção, engloba a organização e elaboração de planos de
actuação que calendarizam as diferentes actividades da empresa e a utilização dos recursos e
capacidades disponíveis. Regula o funcionamento da produção ao nível operacional através de
decisões do tipo “quanto” e “quando” produzir ou comprar.
Associado ao fabrico de produtos numa oficina metalomecânica encontra-se aliado a elaboração
de um caderno de fabrico [7], sendo possível actuar directamente na definição de métodos e
processos necessários ao projecto, nomeadamente o cumprimento e seguimento das seguintes
tarefas:
• Selecção da matéria-prima e método de fabrico.
• Selecção dos processos de maquinagem das superfícies das peças.
• Determinação da sequência de operações.
• Determinação da fixação da peça para cada operação.
• Selecção do equipamento e ferramentas para as operações de maquinagem.
• Determinação das dimensões e tolerâncias operacionais para as operações de maquinagem.
8
3. Higiene e Segurança no Trabalho
Na actividade industrial está sempre associada a vertente humana, daí a necessidade da
implementação de procedimentos de Higiene e Segurança no Trabalho (HST) de modo a evitar
acidentes de trabalho e condições de trabalho inadequadas [8]. Actualmente em Portugal existe
legislação específica que regulamenta a protecção de quem integra as actividades industriais,
devendo a sua aplicação ser entendida como um melhoramento das condições de trabalho tanto da
entidade empregadora como dos colaboradores. No entanto, todos os requisitos impostos pela
legislação devem salvaguardar aspectos relacionados com as condições ambientais e de segurança
de cada posto de trabalho. Desta forma, a metodologia desenvolvida neste trabalho relativamente a
HST teve como base quatro fases:
1) Breve visão Estatística
2) Instalações Oficinais
3) Equipamentos
4) Protecção Individual
3.1. Breve Visão Estatística
Esta secção, com base em estudos realizados na área de acidentes de trabalho na indústria,
descreve a importância e a necessidade de implementar procedimentos de HST numa oficina
metalomecânica. A tabela 3.1 apresenta o número de acidentes registados desde 2001 em Portugal,
mostrando efectivamente que os trabalhadores estão sujeitos a um risco de morte relativamente
baixo, no entanto, verificasse um valor elevado de acidentes não-mortais. Consequentemente estes
valores originam um decréscimo significativo na produção da empresa devido à incapacidade do
trabalhador [9].
2001 2002 2003 Média
Nº de Acidentes Mortais 17 23 11 17
Nº de Acidentes Não Mortais 21 214 19 692 19 181 20 029
Dias de Trabalho Perdidos 568 052 471 984 400 445 480 160
População exposta ao Risco ou Volume de Emprego 111 600 103 000 102 100 105 567
Taxa de Incidência por 100 000 trabalhadores 19 024 19 139 18 797 18 987
Tabela 3.1 Dados Gerais (2001-2003) de acidentes na indústria Metalomecânica em Portugal [9]
Actualmente a metalomecânica é uma actividade onde as falhas técnicas têm um peso notável
tanto nos acidentes mortais como nos não-mortais, dai a importância dos procedimentos HST na
diminuição do risco de acidentes e consequentemente da quebra de produção.
A Tabela 3.2 descreve o tipo de máquinas e o histórico dos acidentes de trabalho ocorridos numa
oficina metalomecânica, mostrando que os cortes e amputações são as lesões mais frequentes neste
tipo de indústria [10].
9
a) b)
Tabela 3.2 a) Tipo de máquinas analisadas [10] b) Natureza das Lesões [10]
Perante os tipos de lesões ocorridas na indústria metalomecânica, torna-se importante a avaliação
das condições que originam os acidentes. (Tabela 3.3)
Causa do acidente Nº de Vezes
Causa do acidente Nº de Vezes
Práticas de trabalho incorrectas Factores Pessoais
Trabalhar de forma incorrecta 14 Falta de formação/ conhecimento 14 Devia desligar a máquina 9 Falta de concentração 9 Não usava roupa adequada de protecção 8 Preguiça 5 Mão no local errado 7 Estupidez 4 Uso errado de ferramentas/ equipamentos 7 Negligência 3 Tomou atalhos para acesso de máquinas 5 Cansaço 3 Devia utilizar ferramenta e não as mãos 4 Sem noção do Perigo 3 Contornou o resguardo 3 Descuidos 2 Removeu o resguardo da máquina 2 Perca de tempo 2 Peça não estava fixada 2 Desobediência de ordens 2 Resguardo mal colocado 63 Deveria saber melhor 2 Total Total 59 Condições das Máquinas (outros além dos
resguardos)
Local de trabalho/Questões com tarefas
Máquina não funcionava correctamente 11 Tentou evitar perdas de produção/ pressão de acelerar a produção
11
Máquina/ferramenta mal concebida 9 Roupa/Cabelo agarrado na máquina 7 Máquina com condições más /sujidade 8 Duvidas sobre os materiais 5 Máquinas com congestionamento 7 Desorganização do local de trabalho 4 Inseguro de manter em funcionamento 5 Confusão entre duas pessoas 4 Máquina antiga 4 Não familiarizado com a máquina 2 Ligar acidentalmente 3 Uso de materiais baratos 1 Disco da esmeriladora com defeito 3 Avesso a novos métodos de trabalho 1 Sem manutenção 1 Total 35 Máquina não estava fixada no chão 1 Resguardos Impossibilidade de pagar os equipamentos de segurança
1 Sem resguardos 5
Má visibilidade do processamento 1 Não foi concebida com resguardos 4 Total 54 Resguardos não funcionais 3 Não percebeu que o resguardo estava mal
colocado 2
Total 13
Tabela 3.3 Causa de acidentes numa Oficina Metalomecânica [10]
10
A partir da análise destes valores é possível delinear uma estratégia de actuação a nível de
higiene e segurança de trabalho nos equipamentos característicos da indústria metalomecânica.
Efectivamente os valores relativos aos acidentes e às condições apresentadas serviram de
orientação para a aplicação dos elementos de segurança nas máquinas-ferramenta existentes na
oficina em estudo, mostrando mais uma vez a importância da implementação de procedimentos HST
para diminuição de risco de acidentes e por consequente a possibilidade de quebras de produção.
3.2. Instalações
Nesta secção serão abordados os aspectos relevantes sobre Higiene e Segurança no Trabalho
que devem ser considerados nas instalações de uma oficina metalomecânica. São abordadas as
condições de segurança dos pavimentos industriais, atmosféricas, de ruído, de riscos eléctricos, de
iluminação, de prevenção e protecção contra incêndios, de sinalização de segurança e de higiene
industrial. [8]
3.2.1. Pavimentos Industriais
É de elevada importância a construção e revestimento do pavimento da oficina devido às
infiltrações que podem ocorrer dos óleos usados, bem como o perigo de escorregamento. Para um
correcto funcionamento das oficinas de acordo com as regras de HST, encontra-se legislado (artigo
10º da Portaria 987/93 de 6 de Outubro) as condições mínimas de segurança no que respeita à
construção do pavimento (impermeável, anti-derrapante, sem inclinações e sem saliências e
cavidades perigosas).
3.2.2. Condições Térmicas
O sector metalomecânico abrange uma diversidade considerável de processos produtivos, os
quais apresentam problemas associados às condições atmosféricas. O melhoramento das condições
de trabalho desempenha um papel fundamental na saúde dos trabalhadores, havendo a necessidade
de garantir as indicações térmicas do ambiente de trabalho apresentadas na Tabela 3.4. Desta forma,
é fundamental adoptar medidas de ventilação e climatização que renovem o ar saturado, recorrendo
geralmente ao uso de janelas/clarabóias e a sistemas de ar condicionado.
Mínimo Máximo Notas
Temperatura do ar 18ºC 22ºC Pode chegar até aos 25ºC
Humidade do ar 50% 70%
Velocidade do ar - - Aprox. 0.12 m/s
Caudal médio de ar 30m3 50m3 -
Tabela 3.4 Indicações Térmicas segundo os artigos 10º e 11º do Decreto-Lei nº243/86 de 20 de Agosto
A ventilação industrial continua a ser a principal medida no controlo de ambientes de trabalho
prejudiciais ao ser humano. No campo da HST, a ventilação tem como finalidade evitar a dispersão
de contaminantes no ambiente industrial, diluir concentrações de gases/vapores e promover o
conforto térmico. O controlo adequado da poluição obriga à implementaçao de sistemas de ventilação
e filtragem especificos consoante os equipamentos e processos industriais utilizados. [13]
11
As principais fontes de emissões poluentes na atmosfera da metalomecânica estão geralmente
associadas aos processos de pintura, soldadura, tratamento térmico, e todos os processos que
envolvem operações de corte (ex. electro-erosão). As partículas em suspensão de metais pesados,
os óxidos de azoto e os óxidos de enxofre são os principais poluentes provenientes dos processos de
corte. Por outro lado os poluentes mais relevantes oriundos dos processos de pintura e soldadura são
as partículas em suspensão e os compostos orgânicos voláteis. Por ultimo relativamente às
operações de tratamento térmico, o principal factor poluente é a libertação de gases tóxicos. [2]
Quando a ventilação geral da instalação não é suficiente para garantir os níveis de conforto
exigidos, recorre-se a ventilação localizada através da utilização de exautores de extracção de fumos
colocados directamente na fonte poluidora ou no equipamento onde se realiza o processo de fabrico,
(Figura 3.1).
a) b) c) d)
Figura 3.1 Agentes agressivos comuns em ambiente industrial: a)Gases electro-erosão [14]; b) Gases Soldadura [15] c) Fumos Têmpera [16] d) Pintura [17]
3.2.3. Ruído
Do ponto de vista fisiológico, o ruído define-se como todo o fenómeno acústico que produz uma
sensação auditiva desagradável ou incomodativa. O ruído, para além do incómodo que provoca no
ambiente fabril, constitui um obstáculo às comunicações verbais, podendo provocar fadiga ou trauma
auditivo. Estas consequências obrigam a que haja um controlo do ruído através dos níveis sonoros
susceptíveis de provocar dano auditivo. Neste sentido, é comum a utilização de aparelhos portáteis
(sonómetros ou dosímetros) que determinam a dose de ruído a que o operário é exposto, não
podendo exceder os valores diários estipulados pelo Decreto-Lei n.º 182/2006 de 6 de Setembro:
• Valores limites de exposição: Exposição equivalente diária de 87 dB (A), nível de pressão sonora
de pico de 140 dB (C) equivalente a 200 Pa.
• Valores de acção superiores: Exposição equivalente diária de 85 dB (A), nível de pressão sonora
de pico de 137 dB (C) equivalente a 140 Pa.
• Valores de acção inferiores: Exposição equivalente diária de 80 dB (A), nível de pressão sonora
de pico de 135 dB (C) equivalente a 112 Pa
Os valores limite de exposição correspondem ao nível máximo de exposição equivalente diária
que não deve ser ultrapassado. De referir que exposição equivalente diária corresponde ao valor
médio de ruído ao longo de 8 horas. Relativamente aos valores de acção inferior, para dose superior
a 80 dB(A), deverá ser colocado à disposição dos trabalhadores equipamentos de protecção
12
individual para uso facultativo. Por outro lado, para valores superiores a 85 dB(A) (valores de acção
superior), deverão obrigatoriamente utilizar os equipamentos de protecção. Quando os valores
normalizados são excedidos é fundamental proceder a um controlo da fonte de ruído de modo a
reduzir os níveis verificados. Para tal, deve-se criar um programa em que engloba todos os órgãos da
empresa.
3.2.4. Instalação Eléctrica
Os efeitos fisiológicos mais frequentes e mais importantes que a corrente eléctrica produz no
corpo humano são fundamentalmente a tetanização, paragem respiratória, fibrilação ventricular ou
queimaduras, havendo a necessidade de aplicar medidas rigorosas de prevenção contra esses
riscos. Para tal, de acordo com a legislação (3º artigo da Portaria 987/93 de 6 de Outubro), a
concepção e o material da instalação eléctrica devem respeitar o Regulamento de Segurança de
Instalações de Utilização de Energia Eléctrica (RSIUEE). De acordo com o artigo 597.º do RSIUEE a
protecção contra contactos directos em sistemas eléctricos numa oficina metalomecânica é
assegurada através da implementação das seguintes medidas:
• Afastamento das partes activas: Deve-se colocar uma distância tal que seja impossível um
contacto acidental a partir dos locais onde as pessoas normalmente circulam.
• Interposição de obstáculos: Deve-se impedir, em uso normal, todo o contacto acidental com as
partes activas da instalação.
• Recobrimento das partes activas da instalação, por meio de materiais que são apropriados para
conservar as suas propriedades ao longo do tempo.
• Uso de tensão reduzida de segurança.
3.2.5. Iluminação
Uma iluminação deficiente ou desadequada ao local de trabalho, pode degradar a saúde física ou
psicológica de um trabalhador, para além de afectar o seu rendimento ou até mesmo originar um
acidente de trabalho. Uma iluminação é considerada inapropriada quando apresenta as seguintes
características [20]:
• Níveis de iluminação desadequados do local de trabalho (muito baixos ou muito altos).
• Encadeamentos sucessivos e contínuos.
• Funcionamento deficiente da iluminação (lâmpadas que não mantêm um fluxo luminoso
constante, reflector ou difusores sujos, janelas sujas).
Relativamente a um ambiente industrial, encontram-se legislados no artigo 8º da Portaria nº
987/93 de 6 de Outubro de 20 Agosto, no artigo 14º do DL 243/86 e no artigo 20º da Portaria 53/71 de
3 de Fevereiro os requisitos para a aplicação de uma iluminação adequada. Estes artigos focam
principalmente a necessidade de existir iluminação artificial (complementar ou exclusiva) aquando da
existência de níveis baixos de iluminação natural que não garantam condições de segurança. Por
outro lado a norma DIN 5035 – 2 (1990) descreve os níveis de iluminação adequados para diferentes
as tarefas características da actividade industrial (Tabela 3.5).
13
Classificação de Tarefas Iluminância
Mínimo para locais de trabalho sem actividade 100 – 150 Lx
Classe I: Tarefas visuais simples 250 – 500 Lx
Classe II: Observação contínua de detalhes médios 500 – 1000 Lx
Classe III: Tarefas visuais contínuas e precisas 1000- 2000 Lx
Classe IV: Tarefas muito precisas >2000 Lx
Tabela 3.5 Intervalo de iluminância recomendados para diferentes tarefas (Norma DIN 5035 – 2 (1990))
Relativamente às actividades da oficina em estudo é possível identificar três classes (I, II e III),
verificadas desde a zona administrativa, onde simplesmente se efectuam tarefas de visualização
simples, até às zonas de elevada precisão, nomeadamente zonas de metrologia e qualidade. Para
além do cumprimento dos valores definidos pela Norma, é fundamental garantir uma perfeita
iluminação do local de trabalho através da aplicação das seguintes condições [20]:
• Sempre que possível aproveitar a iluminação natural.
• As superfícies de iluminação natural devem ser mantidas limpas e desobstruídas.
• Verificar periodicamente (6 em 6 meses) o estado de funcionamento das fontes de iluminação
artificial.
• Proceder à pronta substituição das lâmpadas que se encontram em mau estado.
• Utilizar cores claras nas paredes, tectos ou outras superfícies, para reduzir a absorção da luz.
• Verificar regularmente os balastros das lâmpadas fluorescentes (uma vez por ano).
• Junto a peças móveis rotativas não utilizar apenas uma lâmpada fluorescente, para evitar o efeito
estroboscópico.
• Evitar grandes diferenças de iluminação entre espaços próximos.
• Para reduzir o encadeamento:
– Utilizar vários focos de luz em detrimento de apenas um.
– Proteger as fontes de iluminação com anteparos adequados.
– Posicionar as fontes de iluminação longe da linha de visão.
– Evitar superfícies reflectoras
3.2.6. Incêndios
Os incêndios provocam anualmente enormes prejuízos materiais e um elevado número de vítimas,
quer por queimaduras e ferimentos, sobretudo por intoxicação (Legislado pela Portaria n.º 1532/2008,
de 29 de Dezembro). Habitualmente os acidentes pessoais não são provocados directamente pelos
incêndios, no entanto, a maioria das situações resulta na privação do local de trabalho durante um
período de tempo considerável. É então necessário assegurar medidas de prevenção que diminuam
a probabilidade de ocorrência de incêndios, medidas de protecção que impeçam a propagação do
fogo e medidas de intervenção que permitam eliminar rapidamente o foco de incêndio.
14
Medidas Preventivas
As diferentes medidas de prevenção de incêndios utilizadas em ambientes industriais são
geralmente classificados de acordo com o foco de origem (Tabela 3.6,Tabela 3.7 e Tabela 3.8),
sendo a medida de prevenção mais frequente a eliminação do foco de ignição, independentemente
da sua origem.
Origem Térmica Medidas preventivas
Fumar e foguear
Proibição correspondente utilizando sinais de proibição (prevendo,
contudo, medidas sensibilizadoras e mais tarde, apresentar locais
alternativos onde o fumo seja autorizado).
Condições térmicas ambientais Câmaras isolantes, ventilação, refrigeração
Soldadura
Têmpera de metais
Electroerosão
Verificação de ausência de atmosferas inflamáveis, protecção de
combustíveis nas proximidades, impressos de autorização de fogo
(autorização expressa para soldar ou realizar trabalhos a quente em
determinadas zonas).
Tabela 3.6 Medidas Preventivas contra incêndios de Origem Térmica adaptado [8]
Origem Eléctrica Medidas preventivas
Faíscas provocados por interruptores,
lâmpadas fluorescentes, etc.
Instalações eléctricas de segurança de acordo com o Regulamento de
segurança de instalações de utilização de energia eléctrica (Portaria
987/93 de 6 de Outubro).
Curto-circuitos causados por
instalações eléctricas e deterioradas
ou sobrecarregadas
Dimensionamento da instalação, utilização de disjuntores magneto
térmicos e de disjuntores diferenciais.
Tabela 3.7 Medidas Preventivas contra focos de Origem Eléctrica [8]
Origem Mecânica Medidas preventivas
Faíscas Utilização de ferramentas antideflagrantes
Atritos mecânicos Lubrificação
Tabela 3.8 Medidas Preventivas contra focos de Origem Mecânica [8]
Medidas de Protecção
Quando as medidas de prevenção não são suficientes para garantir a inexistência de um foco de
incêndio, é necessário aplicar medidas de protecção estruturais que não permitam a propagação do
fogo. A protecção estrutural define-se como o conjunto de elementos construtivos de um edifício, os
quais sob a forma de controlo passivo (não há qualquer acção directa sobre o fogo), funcionam como
uma barreira ao avanço do fogo.
Relativamente aos materiais de construção, estes devem ser classificados de acordo com a sua
reacção ao fogo, tendo como base resultados de ensaios realizados de acordo com as normas
portuguesas aplicáveis ou, segundo especificações estabelecidas pelo Laboratório Nacional de
Engenharia Civil, nomeadamente [8]:
15
• Classe M0 - materiais não combustíveis;
• Classe M1 - materiais não inflamáveis;
• Classe M2 - materiais dificilmente inflamáveis;
• Classe M3 - materiais moderadamente inflamáveis;
• Classe M4 - materiais facilmente inflamáveis.
De acordo com as diferentes classes de materiais, o revestimento dos pavimentos deverá ser de
Classe M3, o revestimento das paredes M2 e o revestimento dos tectos M1.
Para além dos materiais de construção, os elementos construtivos de protecção são também
factor importante no controlo da propagação de incêndios, sendo classificados em três grupos:
• Protecção contra a Propagação Horizontal do Incêndio
• Protecção contra a Propagação Vertical do Incêndio
• Evacuação
A Propagação Horizontal do Incêndio define-se como a propagação ao mesmo nível do foco,
sendo determinada pelas condições estruturais do local, tais como muros, portas,
compartimentações, janelas, etc. Os métodos amplamente utilizados para eliminação deste tipo de
propagação são:
• Separação por distância: Permite reduzir o fluxo de calor por radiação e condução de combustível
para combustível ou entre edifícios, limitando assim a propagação do incêndio.
• Paredes contra-fogo: Resiste ao fogo e às diferenças de pressão geradas. São portas ou cortinas
que asseguram um isolamento térmico suficiente para retardar a transmissão de calor e evitar a
inflamação de produtos nas proximidades.
• Bacias de retenção: Têm como objectivo conter um líquido inflamável derramado numa rotura ou
fuga do correspondente depósito, impedindo o seu alastramento.
A propagação vertical do incêndio ocorre para níveis diferentes do foco, e tal como em condições
horizontais propaga-se pelas janelas, bem como pelas condutas de ar condicionado, cavidades de
elevadores e de serviço, escadas, etc. Estes elementos estruturais devem ser construídos com
materiais de classe M0 e comportar dispositivos que permitam o isolamento do local onde se deflagra
o incêndio.
As vias de evacuação são um ponto de grande interesse, devido á obstrução das vias de
circulação comuns. A evacuação deve ser programada e inserida no plano geral de emergência do
estabelecimento, onde a disposição das saídas e os caminhos de evacuação devem cumprir as
seguintes condições:
• Cada piso deverá ter pelo menos duas saídas suficientemente grandes e protegidas contra
chamas e o fumo;
• As saídas deverão estar marcadas e bem iluminadas, e o seu acesso deverá manter-se sem
obstruções;
• As portas que dão acesso a uma via de evacuação devem abrir sempre no sentido da fuga;
16
• A distância máxima a percorrer segundo o caminho de evacuação até á saída não pode ser
superior a 30 m;
• Os materiais de revestimento dos caminhos de evacuação deverão corresponder nível mínimo de
segurança, para não por em risco a integridade física dos trabalhadores. Para os pavimentos
material de classe M3, para as paredes classe M2 e para o revestimento dos tectos M1.
Medidas de Intervenção
Uma análise adequada das medidas de intervenção requer inicialmente a classificação dos
diversos tipos de fogos de acordo com o combustível que origina a deflagração, divididos nas
seguintes classes:
• Classe A: Fogos de materiais sólidos comuns, geralmente do tipo orgânico, cuja combustão tem
lugar normalmente com formação de brasas.
• Classe B: Fogos de líquidos e sólidos de baixo ponto de fusão.
• Classe C: Fogos de gases.
• Classe D: Fogos de metais e compostos químicos reactivos.
No que diz respeito ao combate a incêndios é necessária uma actuação rápida e eficaz, o que
implica a criação de um plano de actuação, o qual deverá englobar:
• Meios para detecção do fogo e alerta dos bombeiros;
• Material de extinção apropriado;
• Formação dos colaboradores relativamente a medidas de protecção e combate a incêndios.
Sistemas de detecção de incêndios
Os sistemas de alerta contra incêndio permitem a detecção e localização do mesmo, assim como
o accionamento do plano de emergência (Figura 3.2). Existem dispositivos manuais, dotados de um
accionador tipo interruptor e ligados à central de controlo, permitem a activação do plano de
emergência quando accionados manualmente. Por outro lado, existem os sistemas de detecção
automática de incêndios que permitem:
• Detectar a presença de um contacto de incêndio com rapidez, sinalizando-o de forma óptica e
acústica numa central de controlo;
• Localizar o incêndio;
• Executar o plano de alarme, caso exista;
• Realizar funções auxiliares: transmissão automática de alarmes à distância, fecho de portas e
estores, actuação de instalações fixas de extinção, paragem das máquinas.
a) b) c)
Figura 3.2 Sistema de detecção de incêndios a) Botões de alarme Manual por Quebra de Vidro [24]; b) Detectores automáticos de incêndio [24]; c) Sinalizadores Acústicos [24].
Sistemas de extinção de incêndios
Para atacar eficazmente o início de um incêndio
apropriado, existindo diversos equipamentos (extintores, bocas de incêndio, colunas secas,
Sprinklers, etc).
Os extintores são objectos de manuseamento que permitem projectar e dirigir um agente extintor
sobre um fogo, e podem utilizar praticamente
de areia (Figura 3.3). Os extintores devem ser colocados nos pilares ou nas
amplos e bem sinalizados. Diferenciam
nomeadamente o conteúdo do agente extintor,
descarga e o alcance.
Figura 3.3 - Extintor Portátil e principais
As Bocas-de-incêndio são um meio
num ponto fixo da rede de incêndios.
serviço público de extinção, e está constituída por uma conduta vazia, que funciona ao compr
vertical do edifício, prevista de bocas de ligação
para ligação dos equipamentos de serviço público de extinção,
caudal de água necessário. (Figura
Os Pulverizadores automáticos (Sprinklers) são
alarme e extinguem-no. Este sistema está ligado a uma rede de água s
quer em estabelecimentos comerciais (grandes armazéns, hotéis, etc.), quer em estabelecimentos
industriais (fabricas de pneus, armazéns têxteis, metalomecânica etc.).
tendo alta percentagem de sucesso
a)
Figura 3.4- Sistemas de extinção de incêndiosColuna seca [8] c) Pulverizador automático
17
ício de um incêndio é necessário dispor de sistemas de extinção
, existindo diversos equipamentos (extintores, bocas de incêndio, colunas secas,
objectos de manuseamento que permitem projectar e dirigir um agente extintor
sobre um fogo, e podem utilizar praticamente todos os agentes de extinção de incêndios
Os extintores devem ser colocados nos pilares ou nas paredes e em locais
Diferenciam-se uns dos outros através de uma série de características,
o conteúdo do agente extintor, o sistema de funcionamento, a eficácia,
e principais características [8]
um meio de primeira intervenção formada por uma tomada de água
num ponto fixo da rede de incêndios. Por outro lado uma Coluna seca é uma instalação para o uso de
serviço público de extinção, e está constituída por uma conduta vazia, que funciona ao compr
vertical do edifício, prevista de bocas de ligação nos pisos e de tomadas de alimentação na fachada
para ligação dos equipamentos de serviço público de extinção, originando a condução de pressão e
Figura 3.4-b)
Pulverizadores automáticos (Sprinklers) são dispositivos que detectam o fogo, dispara
o. Este sistema está ligado a uma rede de água sob pressão, sendo aplicável
quer em estabelecimentos comerciais (grandes armazéns, hotéis, etc.), quer em estabelecimentos
industriais (fabricas de pneus, armazéns têxteis, metalomecânica etc.). É um sistema bastante fiável,
so (Figura 3.4-c).
b) c)
Sistemas de extinção de incêndios a) Boca-de-incêndio e carretel de mangueira semiColuna seca [8] c) Pulverizador automático [25]
1- Cavilha de Segurança
2 - Dispositivo de
accionamento
3 - Percurtor
4 - Tubo de saída de CO
5 - Tubo de descarga de pó
6 - Encaixe da pistola de
controlo de descarga
7- Pistola de controlo de
descarga
é necessário dispor de sistemas de extinção
, existindo diversos equipamentos (extintores, bocas de incêndio, colunas secas,
objectos de manuseamento que permitem projectar e dirigir um agente extintor
os agentes de extinção de incêndios, à excepção
paredes e em locais
uma série de características,
eficácia, o tempo de
primeira intervenção formada por uma tomada de água
uma instalação para o uso de
serviço público de extinção, e está constituída por uma conduta vazia, que funciona ao comprimento
pisos e de tomadas de alimentação na fachada
a condução de pressão e
o fogo, disparam o
ob pressão, sendo aplicável
quer em estabelecimentos comerciais (grandes armazéns, hotéis, etc.), quer em estabelecimentos
É um sistema bastante fiável,
c)
arretel de mangueira semi-rígida [8]; b)
Cavilha de Segurança
Tubo de saída de CO2
Tubo de descarga de pó
Encaixe da pistola de
controlo de descarga
controlo de
18
Agentes de extinção de incêndios
Para que a utilização de um sistema de extinção de incêndios tenha o efeito desejado, é
necessário conhecer as propriedades e características dos diversos agentes de extinção de acordo
as classes de fogos [8]. Os agentes de extinção que mais se utilizam no combate directo aos
incêndios são:
• Água: Utiliza-se fundamentalmente para a extinção de fogos da classe A e para o controlo de fogo
das classes A, B e C.
• Espumas: Aplicam-se para combater fogos da classe A e B. e podem actuar de duas formas
diferentes: mecanicamente (espuma física) e quimicamente (espuma química).
• Hidrocarbonetos halogéneos (Halons): São aplicados por meios fixos ou portáteis, para fogos de
classe A, B e C.
• Dióxido de carbono: São empregues através de meios de extinção portáteis ou fixos, sendo eficaz
na maioria dos fogos de classe A e não danifica material eléctrico. Por vezes é aplicável a
combustíveis líquidos e gasosos.
• Pós químicos secos: Classificados em função da sua composição e capacidade de extinção:
Pó seco (pó BC): Apresenta grande efectividade contra fogos de combustíveis líquidos e
gasosos (fogos classe B e C), sendo o seu componente básico bicarbonato.
Pó polivalente (ABC): A principal diferença relativamente ao pó seco é sua eficácia contra
fogos de classe A para além da classe B e C. O seu componente básico é o fosfato de amónio.
Pós especiais: Utilizam-se em fogos de metais (classe D) e podem ser constituídos por grafite,
cloreto de sódio e carbonato de sódio hidrofugados e fluidificados, variando consoante a aplicação.
• Areias: Age por abafamento e pode ser utilizado em todas as classes de fogos.
3.2.7. Sinalização
A sinalização define-se como um conjunto de estímulos que informam um indivíduo acerca da
melhor conduta a seguir, devendo cumprir os seguintes tópicos:
• Chamar a atenção
• Dar a conhecer a mensagem
• Ser clara e de interpretação única
• Informar sobre a conduta a seguir
• Deve existir uma possibilidade real de cumprir as indicações
A sinalização assinala ou salienta um risco, nunca previne um acidente de trabalho e, portanto,
nunca dá segurança efectiva ou real. Em consequência, deve empregar-se como uma técnica auxiliar
que complementa o resto das medidas de segurança a tomar nas seguintes situações:
• Quando não for possível eliminar todos os perigos no projecto da instalação
• Quando não se podem instalar sistemas de defesa ou resguardo adequados
• Quando não for possível utilizar meios de protecção pessoal
• Como complemento a qualquer outro sistema de segurança
19
Numa oficina metalomecânica deve-se assegurar a existência de sinalização de seguranças que
se dividem em diferentes categorias de acordo com a norma NP-2980 (1986):
• Sinais de Proibição
• Sinais de Aviso
• Sinais de Obrigação
• Sinais de Salvamento ou de Saúde
• Sinais Relativos a Material de Combate a Incêndios
• Sinal de Obstáculo e Locais Perigosos
a) b) c) d) e) F9
Figura 3.5 – Tipos de sinalização utilizada na indústria metalomecânica; a) Proibição; b) Aviso c) Obrigação d) salvamento ou saúde e)material de combate a incêndios f)obstáculos e locais perigosos
No anexo A1 encontra-se todo o tipo de sinalização de segurança que se pode encontrar na
indústria metalomecânica de acordo com a portaria nº1456-A/95, de 11 de Dezembro.
3.2.8. Higiene Industrial
A higiene industrial define-se como uma técnica de actuação sobre contaminantes/poluentes
derivados das actividades de produção, prevenindo doenças dos indivíduos a eles expostos e para
um correcto funcionamento da entidade fabril. Os agentes agressivos do ambiente que podem afectar
a saúde dos trabalhadores são geralmente produtos químicos, poeiras, fumos, gases e vapores,
havendo a necessidade de criar um programa de Higiene Industrial, que de acordo com o comité da
Organização Mundial de Saúde (O.M.S.) tem como objectivo:
• Determinar e combater, nos locais de trabalho, todos os factores químicos, físicos, mecânicos,
biológicos e psicossociais que sejam nocivos.
• Adoptar medidas eficazes para proteger as pessoas que estejam especialmente vulneráveis às
condições prejudiciais do meio laboral e reforçar a sua capacidade de resistência.
• Descobrir e corrigir as condições de trabalho que possam deteriorar a saúde dos trabalhadores, a
fim de corrigir a tempo sem prejuízo.
• Informar os trabalhadores da empresa do cumprimento das suas obrigações no que respeita à
protecção e fomento da saúde.
• Aplicar, nas empresas, programas de acção sanitária que englobem todos os aspectos da saúde,
os quais ajudarão os serviços de saúde pública a elevar o nível sanitário da colectividade.
Um dos aspectos da indústria metalomecânica mais preocupante a nível do ambiente é a lavagem
de peças, realizada normalmente através de jactos de materiais abrasivos, água ou produtos
químicos. A utilização de água misturada com querosene em pisos desapropriados, poderá originar
infiltrações e consequente contaminação do lençol freático e do ambiente envolvente. Os jactos com
20
materiais abrasivos produzem resíduos que além de sujarem a indústria, poluem o ar com sílica. Esta
sílica ameaça a saúde dos operários e também causa desgaste prematuro em equipamentos, como
engrenagem de máquinas. [2]
Outro factor importante a ter em conta numa metalomecânica é a utilização e reciclagem dos óleos
de lubrificação e manutenção. As entidades empresariais devem armazenar o óleo em recipientes
adequados para que sejam levados por empresas recicladoras, havendo a necessidade de criar
procedimentos de higiene industrial que vão desde a separação de resíduos dos materiais até á sua
reciclagem (Decreto-Lei nº 366-A/97, 20 Dezembro).
3.3. Equipamentos
Numa oficina metalomecânica, a maioria dos processos produtivos dependem da utilização de
máquina-ferramenta, pelo que é importante o cumprimento dos requisitos de segurança de
funcionamento (DL 50/2005, 25 Fevereiro), de modo a minimizar a projecção de material bem como a
interacção do operador com os elementos de risco da máquina e do material. O não cumprimento das
regras de utilização dos sistemas de protecção existentes, para além de uma incorrecta regulação,
manutenção e reparação dos equipamentos poderá originar diversos acidentes.
3.3.1. Elementos de Risco
Perante a importância das máquinas-ferramentas na elaboração dos planos de segurança, existe
a necessidade de classificar todos os elementos perigosos, geralmente identificados de acordo com a
cinemática de funcionamento (movimentos de rotação, alternados, translação, rotação e oscilação).
[30]
São identificados como elementos de rotação todo o tipo de veios, brocas, sem-fim, mandris, veios
de motores, transmissões e todo o tipo de elementos que para além da sua função de suporte
possuem movimento rotativo. A existência de saliências e aberturas neste tipo de elementos origina
uma diversidade de pontos de risco, onde se englobam as engrenagens, polias, etc. Para além
destes componentes de transmissão, são igualmente identificados como elementos de riscos as
ferramentas de corte e de polimento (Figura 3.6).
Figura 3.6 – Elementos de risco com movimento de rotação [30]
A combinação de movimentos de rotação, translação, oscilação em conjunto com elementos fixos,
é característica de alguns sistemas mecânicos, nomeadamente, engenho de furar, prensas, serrotes
fita, etc. Como é evidente, no caso das prensas, o movimento alternado das ferramentas apresentam
elevado risco. O mesmo sucede para o caso dos serrotes, aquando do movimento rotativo da serra
em conjunto com a translação da peça ou da própria ferramenta de corte (Figura 3.7).
a)
Figura 3.7 – a) Movimentos de risco alternados
A existência de diversos elementos de risco associados ao seu movimento,
diversidade de acidentes, nomeadamente
ou mais veios que giram em sentidos opostos
Igualmente ocorre acidentes entre
cremalheiras/pinhões. Outra situação muito comum entre os acidentes industriais diz respeito ao
corte e escoriação do operador através de partículas abrasivas, dentes de serras, gumes das
ferramentas, etc.
3.3.2. Meios de Protecção
Perante a diversidade de riscos inerentes aos equipamentos utilizados numa oficina
metalomecânica, são utilizados inúmeros sistemas de protecção activa e passiva, os quais garantem
uma correcta protecção do operador. Embora os meios de protecção sofram ev
equipamento a que se destinam, são classificados geralmente como resguardos (fixos, reguláveis e
auto-reguláveis), detectores de presença (fotoeléctricos, pressão, etc
duas mãos e dispositivos de paragem de
Resguardos de Protecção
Os resguardos de protecção dividem
reguláveis). Os resguardos fixos não dispõe
máquina ou do seu funcionamento e, qu
ou zona de perigo. São utilizados
máquina durante o seu funcionamento normal.
efectuar uma abertura no seu desenho, quando for necessário
fixação deverá ser efectuada ao corpo da máquina, sendo impossível abri
ferramentas adequadas. Por outro lado, os
encontra incorporado um sistema de ajuste, o qual
nova regulação. O seu princípio de funcionamento consiste em proteger a zona de
que fica a descoberto durante uma det
21
b) c)
de risco alternados [30] a) Rotação e translação; b) Oscilação; c) Translação.
elementos de risco associados ao seu movimento,
acidentes, nomeadamente através da prisão ou esmagamento do operador entre
giram em sentidos opostos (laminadoras, rolos de misturadores, calandra, etc).
acidentes entre correias e polias, correntes e rodas dentadas, engrenage
s/pinhões. Outra situação muito comum entre os acidentes industriais diz respeito ao
corte e escoriação do operador através de partículas abrasivas, dentes de serras, gumes das
Perante a diversidade de riscos inerentes aos equipamentos utilizados numa oficina
são utilizados inúmeros sistemas de protecção activa e passiva, os quais garantem
uma correcta protecção do operador. Embora os meios de protecção sofram evoluções consoante o
equipamento a que se destinam, são classificados geralmente como resguardos (fixos, reguláveis e
reguláveis), detectores de presença (fotoeléctricos, pressão, etc.), dispositivos de comando de
duas mãos e dispositivos de paragem de emergência.
Os resguardos de protecção dividem-se geralmente em três grupos (fixos, reguláveis e auto
não dispõem de partes móveis dependentes dos mecanismos da
seu funcionamento e, quando colocados correctamente, impedem o acesso ao ponto
São utilizados sempre que não é necessário o acesso às partes perigosas da
ante o seu funcionamento normal. Os resguardos fixos contemplam a possibilidade de se
uma abertura no seu desenho, quando for necessário, por exemplo, efectuar manutenção
corpo da máquina, sendo impossível abri-la ou retirá-la sem o uso de
Por outro lado, os resguardos reguláveis são elementos
sistema de ajuste, o qual permanece nessa posição até que se efectue uma
O seu princípio de funcionamento consiste em proteger a zona de processamento
que fica a descoberto durante uma determinada operação. É igualmente utilizado em
Rotação e translação; b) Oscilação; c) Translação.
elementos de risco associados ao seu movimento, origina uma
através da prisão ou esmagamento do operador entre dois
, rolos de misturadores, calandra, etc).
, engrenagens e
s/pinhões. Outra situação muito comum entre os acidentes industriais diz respeito ao
corte e escoriação do operador através de partículas abrasivas, dentes de serras, gumes das
Perante a diversidade de riscos inerentes aos equipamentos utilizados numa oficina
são utilizados inúmeros sistemas de protecção activa e passiva, os quais garantem
oluções consoante o
equipamento a que se destinam, são classificados geralmente como resguardos (fixos, reguláveis e
), dispositivos de comando de
reguláveis e auto
os mecanismos da
o acesso ao ponto
necessário o acesso às partes perigosas da
Os resguardos fixos contemplam a possibilidade de se
, efectuar manutenção. A
la sem o uso de
nos quais se
permanece nessa posição até que se efectue uma
processamento
máquinas que
apresentem uma área de perigo que não pode ser
resguardos auto-reguláveis, são
protegem a área de perigo. São accionados
posição inicial no final da operação (
a)
Figura 3.8 Resguardos de protecção: a) Esmerilfixo) [32] c) Fresadora (Resguardo regulável)
Apara Corpos e Apara Mãos e Barra distanciadora
Os apara corpos, apara mãos e a barra distanciadora
aos elementos móveis das máquinas que não precis
funcionamento, mas por outro lado
para alimentar e/ou extrair a peça (Figura
a)
Figura 3.9 - Apara- Corpos a) Esquema de funcionamento
Dispositivo de comando de duas mãos
O duplo comando é um dispositivo de segurança que normalmente
apresentam um elevado risco de prisão das
Desta forma, uma das soluções é
operário estão ocupadas com o accionamento
deste sistema, é muito frequente a utilização de sistemas de comando através dos pés
a)
Figura 3.10 Dispositivo de: a) comando de duas mãos22
m uma área de perigo que não pode ser protegida por completo. Relativamente aos
igualmente elementos móveis, que em posição de repouso,
ão accionados quando se inicia o processo de fabrico, retomando a
inicial no final da operação (Figura 3.8).
b) c)
a) Esmeril (Resguardo regulável) [31] b) Torno convencional(Resguardo regulável) [33] d) Serrote circular (Resguardo auto-regulável) [34]
e Barra distanciadora
e a barra distanciadora utilizam-se para garantir a inacessibilidade
aos elementos móveis das máquinas que não precisam da intervenção do operário durante o seu
outro lado necessitam que o operário tenha acesso ao ponto de operação
Figura 3.9)
b)
a) Esquema de funcionamento [30]; b) Prensa [35].
Dispositivo de comando de duas mãos
é um dispositivo de segurança que normalmente se utiliza em prensas
apresentam um elevado risco de prisão das mãos do operador entre as partes activas da máquina.
garantir que durante a acção perigosa da máquina, as mãos do
operário estão ocupadas com o accionamento do dispositivo longe da zona de perigo.
deste sistema, é muito frequente a utilização de sistemas de comando através dos pés
b) c)
a) comando de duas mãos [36] b) Barra distanciadora [30]; c) Pedal [37]
Relativamente aos
que em posição de repouso,
quando se inicia o processo de fabrico, retomando a
d)
b) Torno convencional (Resguardo [34].
se para garantir a inacessibilidade
rio durante o seu
necessitam que o operário tenha acesso ao ponto de operação
utiliza em prensas, as quais
re as partes activas da máquina.
garantir que durante a acção perigosa da máquina, as mãos do
longe da zona de perigo. Para além
(Figura 3.10).
[37].
23
Sensores De Presença
Os detectores de presença são meios de segurança que preestabelecem um limite de
aproximação com a zona de perigo da máquina em funcionamento, e que, uma vez ultrapassado o
dito limite, actua de várias formas (parando a máquina, parando os elementos perigosos da máquina
e invertendo, se necessário, o movimento). Na colocação de um dispositivo sensor, deve-se guardar
uma distância suficiente da zona perigosa, de modo a ter em conta a inércia dos órgãos móveis
perigosos e a velocidade de aproximação da pessoa exposta. (Figura 3.11).Este tipo de dispositivo é
geralmente identificado como um detector fotoeléctrico ou um actuador sensível à pressão.
a) b) c)
Figura 3.11 - Dispositivos sensores de presença [30]: a) Fotoeléctricos]; b) Fotoeléctricos e resguardos fixos c) Pressão
Interruptores de emergência e de bloqueio
Sempre que exista perigo para o operador, deve existir um dispositivo de paragem de emergência,
o qual accionado deverá parar todo o processo de funcionamento da máquina pare [25]. Por outro
lado, existem bloqueadores que se encontram interligados com as partes móveis de protecção da
máquina, que não estando na posição de segurança, impedem o funcionamento do equipamento.
a) b)
Figura 3.12 - Interruptores de [30]: a) emergência e b) bloqueadores
3.4. Protecção Individual
Ao longo dos tempos têm sido desenvolvidos e seleccionados equipamentos de protecção
individual (EPI) capazes de evitar diversos acidentes de trabalho, devendo estes estar de acordo com
o Artigo 5º do Decreto de Lei 348/93 de 1 de Outubro. Para selecção de EPI´s é necessário avaliar
inicialmente os riscos a que o trabalhador está exposto, as condições de trabalho e as partes do
corpo a proteger tendo em conta as características do trabalhador.
3.4.1. Protecção da cabeça
A cabeça é uma zona importante
de partículas. Para tal são utilizados
resistência ao impacto e á penetração de partículas.
duas partes, pelo casco e pelo arnês (
portuguesa NP-1526 (1977). O material do capacete, deve ser um
resistentes a baixa temperatura.
metalomecânica, devendo ser aplicada quando
3.4.2. Protecção dos olhos e rosto
Os olhos são muito sensíveis, e
poeiras, de projecção de partículas ou aparas resultantes do processo de fabrico.
frequente nos olhos a destacar é no envolvimento do processo de
necessidade de proteger essas áreas
principalmente quando o funcionário
utilizar óculos de segurança contra projecções de material
geralmente produzidos em vidro te
obrigatório em operações tais como
operário necessite de efectuar um
vidros coloridos, de efeito filtrante contra acções ópticas (
a)
Figura 3.13 – Equipamentos de protecção:protecção contra projecções[40] c) Viseira de protecção
3.4.3. Protecção auditiva
A protecção individual auditiva deve ser implementada em locais onde a exposição pessoal diária
for susceptível de exceder 80 dB (A) e d
protecção auditiva utilizam-se dispositivos classificados
quais podem ser tampões auditivos e abafadores. Relativamente aos tampões auditivos, são
introduzidos no canal auditivo externo e visam a diminuição da intensidade das variações de pressão
que alcançam o tímpano. Normalmente são feitos d
de insonorização aceitável. (Figura
rígido com um revestido interno em
indivíduo, sendo por isso um sistema mais efic
24
nte a proteger, devido ao risco de queda de objectos e de projecção
são utilizados capacetes de protecção que devem apresentar elevada
resistência ao impacto e á penetração de partículas. O capacete é essencialmente composto por
s partes, pelo casco e pelo arnês (Figura 3.13 a)), onde a sua concepção segue a
material do capacete, deve ser um termoplástico, pois são muito
resistentes a baixa temperatura. Todavia a sua utilização não é frequente na indústria
ser aplicada quando esta parte do corpo está em perigo.
Protecção dos olhos e rosto
geralmente num ambiente industrial as lesões ocorrem
poeiras, de projecção de partículas ou aparas resultantes do processo de fabrico. Outro tipo de lesão
a destacar é no envolvimento do processo de soldadura. Deste modo
necessidade de proteger essas áreas através da utilização de óculos e viseiras de protecção
funcionário estiver a efectuar operações em que envolve aparas,
contra projecções de material transparente. Estes equipamentos são
temperado ou termoplásticos (Figura 3.13 b)), e o
tais como fresagem, torneamento, rectificação, etc. Por outro lado, caso o
e efectuar um processo de soldadura, deve utilizar viseiras de protecção, em
vidros coloridos, de efeito filtrante contra acções ópticas (Figura 3.13 c)).
b)
Equipamentos de protecção: a) Elementos constituintes do capacete de protecção [8]Viseira de protecção de Soldadura [41]
A protecção individual auditiva deve ser implementada em locais onde a exposição pessoal diária
exceder 80 dB (A) e de uso obrigatório para valores superiores a 85 dB (A)
dispositivos classificados segundo a Norma NP EN 458
quais podem ser tampões auditivos e abafadores. Relativamente aos tampões auditivos, são
no canal auditivo externo e visam a diminuição da intensidade das variações de pressão
que alcançam o tímpano. Normalmente são feitos de borracha, plásticos ou algodão e têm um poder
Figura 3.14 a)). Quanto aos abafadores, são concebidos
em material flexível, o qual envolve todo o sistema auditivo do
, sendo por isso um sistema mais eficaz que os tampões (Figura 3.14 b)).
os e de projecção
capacetes de protecção que devem apresentar elevada
O capacete é essencialmente composto por
sua concepção segue a norma
termoplástico, pois são muito
não é frequente na indústria
geralmente num ambiente industrial as lesões ocorrem através de
Outro tipo de lesão
Deste modo há
e viseiras de protecção,
estiver a efectuar operações em que envolve aparas, deve
. Estes equipamentos são
e o seu uso é
torneamento, rectificação, etc. Por outro lado, caso o
viseiras de protecção, em
c)
protecção [8] b) Óculos de
A protecção individual auditiva deve ser implementada em locais onde a exposição pessoal diária
e uso obrigatório para valores superiores a 85 dB (A). Para
segundo a Norma NP EN 458 (1996), os
quais podem ser tampões auditivos e abafadores. Relativamente aos tampões auditivos, são
no canal auditivo externo e visam a diminuição da intensidade das variações de pressão
e borracha, plásticos ou algodão e têm um poder
concebidos em material
todo o sistema auditivo do
25
3.4.4. Protecção do tronco
Este tipo de protecção é adequado, quando o operador está envolvido em trabalhos de soldar,
bem como qualquer outro tipo de trabalho onde possa haver projecção de material. Devem-se utilizar
aventais de couro ou batas em substituição de roupa larga comum, porque este EPI para além de
proteger contra óleos e queimaduras, diminui a probabilidade do operador ficar preso na máquina
(Figura 3.14 c)).
3.4.5. Protecção dos Pés e das Mãos
A protecção dos pés deve ser cumprida de acordo com a possibilidade de existirem lesões a partir
de efeitos mecânicos, térmicos, químicos ou eléctricos. Para evitar lesões devido a quedas de
materiais devem-se utilizar botas que respeitem a norma NP-2190 (1986), produzidas normalmente
em couro, borracha ou material plástico e biqueira de aço (Figura 3.14 d)).
Relativamente aos acidentes com as mãos (mais frequentes na indústria), são utilizadas para
minimizar o risco de lesão diversos tipos de luvas de protecção, geralmente em couro, pois
apresentam uma boa resistência mecânica e resistência térmica aceitável (Figura 3.14 d)).
a) b) c) d) e)
Figura 3.14 – Equipamentos de protecção: a) Tampão Auditivos [44]; b) Abafador sonoro [45]; c) Avental de protecção [46]; d) Bota com biqueira de aço [47]; e) Luvas em kevlar [48].
26
4. Avaliação das Condições de Trabalho Este capítulo, tem como objectivo relatar o “antes” e o “porquê” da intervenção do Núcleo de
Oficinas. Numa primeira abordagem foi necessário delinear uma estratégia de planeamento de modo
a perceber qual as maiores deficiências e necessidades na estrutura oficinal. Para tal, efectuou-se
uma visita às instalações com o intuito de elaborar o registo de todas as estruturas e equipamentos
existentes, para além de todos os aspectos que apresentavam deficiências ou imperfeições para um
normal funcionamento da oficina. Para análise das condições de trabalhão existentes foi elaborado o
seguinte plano de verificação:
• Organização.
• Segurança.
• Higiene e Ambiente.
4.1. Organização
A Figura 4.1 apresenta a estruturação do espaço oficinal existente, encontrando-se organizada em
6 zonas (zona de fabrico, gabinete de metrologia, gabinete do torneiro, gabinete do fresador e
gabinete do gestor). Para além destas zonas de acesso directo á produção, existia ainda um pequeno
hall para a oficina junto à entrada do edifício. Esta estrutura apresenta algumas desvantagens
relativamente ao aproveitamento de espaços, muito devido á utilização de aproximadamente 50% do
espaço oficinal em gabinetes, os quais não fazem sentido numa oficina metalomecânica onde a
maioria dos equipamentos são máquinas ferramenta convencionais. Na realidade, bastaria um único
gabinete para elaborar o plano de trabalho de todos os equipamentos disponíveis, uma vez que se
trata de uma tarefa correspondente a uma percentagem reduzida do tempo total de fabrico Figura 4.1.
Figura 4.1 Planta da Oficina existente e descrição das diferentes zonas.
Na Figura 4.2 constata-se que o gabinete de metrologia
servir de armazenamento de material. Relativamente à
de organização do escritório, de inform
de documentaçao da máquinas para além de
a)
Figura 4.2 Panorama geral da oficina existenterecepção de clientes.
Existem inúmeros aspectos estr
funcionameno da oficina, onde:
• Os acessos à oficina não são os mais adequados
que poderá originar entraves à movimentação de equipamentos
• As portas apresentavam empeno para além da degradação do seu material de fabrico (madeira)
(Figura 4.3 b)).
• As janelas antigas são constituídas por caixilharia de alumínio instável e
de apresentarem alguns vidros partidos e estores em mau funcionamento.
isolamento térmico da oficina poderá não ser
• As tubagens não são diferenciadas por cor,
11 de Dezembro que possibilita identificar o seu conteúdo.
• O sistema de esgotos se encontrava
a)
Figura 4.3 Elementos estruturais a) Acessos (degrau); b) Portas e
A arrumação das ferramentas,
mais apropriada, encontrando-se ferramentas espalhadas pelo chão
identificação. Não existia nenhuma
máquina a que pertence. Na verdade, apenas o operador do posto de trabalho respectivo tinha
conhecimento dos acessórios e da sua função, levando limitações aos restantes na sua ausência
Para além da arrumação, não existia nem organização (falta de inventário) nem estandardização das
ferramentas (gamas incompletas), nem das matérias
27
se que o gabinete de metrologia, que em vez de funcionar como tal, está a
r de armazenamento de material. Relativamente à zona de recepção, é igualmente
organização do escritório, de informatização dos projectos/máquinas, de histórico dos projectos
ntaçao da máquinas para além de excesso de papeis e de lixo.
b) c)
existente; a) e b) zona de fabrico; c) Gabinete de metrologia
estruturais que se consideram inadequados para o
não são os mais adequados, devido à existencia de um degrau
movimentação de equipamentos (Figura 4.3 a)).
apresentavam empeno para além da degradação do seu material de fabrico (madeira)
são constituídas por caixilharia de alumínio instável e vidro simples
vidros partidos e estores em mau funcionamento. Como consequência,
poderá não ser o mais adequado (Figura 4.3 c)).
não são diferenciadas por cor, não estando de acordo com Portaria n.º 1456
que possibilita identificar o seu conteúdo.
encontrava em mau estado, entupidos e sem manutenção.
b) c)
Acessos (degrau); b) Portas e tubagens c) janelas
dos acessórios, das máquinas e das matérias-primas
se ferramentas espalhadas pelo chão, sem qualquer indicação
Não existia nenhuma informação relativa à função dos acessórios existentes nem da
máquina a que pertence. Na verdade, apenas o operador do posto de trabalho respectivo tinha
conhecimento dos acessórios e da sua função, levando limitações aos restantes na sua ausência
ação, não existia nem organização (falta de inventário) nem estandardização das
ferramentas (gamas incompletas), nem das matérias-primas, para além da maioria das ferramentas
que em vez de funcionar como tal, está a
mente notória a falta
de histórico dos projectos,
d)
c) Gabinete de metrologia d) Zona de
inadequados para o correcto
um degrau no portão
apresentavam empeno para além da degradação do seu material de fabrico (madeira)
vidro simples para além
Como consequência, o
não estando de acordo com Portaria n.º 1456-A/95 de
e sem manutenção.
c)
primas não era a
, sem qualquer indicação ou
relativa à função dos acessórios existentes nem da
máquina a que pertence. Na verdade, apenas o operador do posto de trabalho respectivo tinha
conhecimento dos acessórios e da sua função, levando limitações aos restantes na sua ausência.
ação, não existia nem organização (falta de inventário) nem estandardização das
primas, para além da maioria das ferramentas
serem obsoletas. Foi igualmente verificada a
acção de protecção dos riscos associados a esta oficina
a)
Figura 4.4 Arrumação e organização: a)
4.2. Segurança
Uma vez que se trata do tema principal deste trabalho, f
condições de segurança do pavimento
equipamentos mecânicos e dos elementos de protecção individual
adequadas às exigências actuais.
4.2.1. Pavimentos industriais
Como já foi referido, os pavimentos
Portaria 987/93 de 6 de Outubro, o qual impõe que deve ser anti
não se verificou no espaço oficinal existente
madeira e mosaico, os quais são susceptíveis de infiltração. Além
via de circulação não correspondia ao
1,00m de largura para além do mau estado da
a)
Figura 4.5 Pavimentos existentes na Oficina
4.2.2. Ventilação
O sistema de ventilação não se encontrava
garantir as condições atmosféricas estipuladas pelo
sistemas (ar condicionado, ventiladores, extractores, etc
para além de serem obsoletos. Um
1,00 m
28
serem obsoletas. Foi igualmente verificada a inexistência de históricos de acidentes, o que dificulta a
acção de protecção dos riscos associados a esta oficina (Figura 4.4)
b) c)
a) Matéria-prima b) Acessórios das máquinas c) Ferramentas de Corte.
Uma vez que se trata do tema principal deste trabalho, foram abordadas e identificadas as
condições de segurança do pavimento, da ventilação, da iluminação, da sinalização
elementos de protecção individual, de modo a propor
Pavimentos industriais
referido, os pavimentos industriais têm que seguir o legislado pelo artigo 10º da
Portaria 987/93 de 6 de Outubro, o qual impõe que deve ser anti-derrapante e impermeável, o que
existente (Figura 4.5). Concretamente, existiam dois tipos de piso,
madeira e mosaico, os quais são susceptíveis de infiltração. Além disso, a largura das marcações da
não correspondia ao valor mínimo obrigatório de 1,20m, apresentando apenas
para além do mau estado da marcação da via.
b)
na Oficina a) zona de fabrico b) Gabinetes.
O sistema de ventilação não se encontrava adequado, não cumprindo os requisitos que pudessem
garantir as condições atmosféricas estipuladas pelo Decreto-Lei nº243/86 de 20 Agosto
sistemas (ar condicionado, ventiladores, extractores, etc.) apresentavam anomalias de funcionamento
dos principais aspectos negativo é a inexistência de extracção de
1,00 m
o que dificulta a
c)
áquinas c) Ferramentas de Corte.
oram abordadas e identificadas as
a sinalização, dos
, de modo a propor soluções
têm que seguir o legislado pelo artigo 10º da
e impermeável, o que
Concretamente, existiam dois tipos de piso,
as marcações da
de 1,20m, apresentando apenas
não cumprindo os requisitos que pudessem
Lei nº243/86 de 20 Agosto. Todos os
de funcionamento
a inexistência de extracção de
29
fumos localizada na zona de soldadura, em conjunto com a falta de organização, segurança das
botijas e dos acessórios para a operação de soldadura (Figura 4.6).
a) b) c) d)
Figura 4.6 - Diferentes tipos de Ventilação e extracção de ar existentes: a) Ventilador de extracção de ar; b) Ar condicionado; c) Extracção localizada; d) Zona de soldadura.
4.2.3. Iluminação
Através de uma análise visual e de uma abordagem os funcionários da oficina, constatou-se que a
iluminação era insuficiente, que para além de não ser uniforme, a maioria dos componentes
correspondentes á iluminação encontravam-se em muito mau estado. Verificou-se igualmente a
inexistência de caixilhos de protecção das luminárias, o que constitui incumprimento da legislação
nomeadamente do artigo 8º, da Portaria n.º 987/93, de 6 de Outubro. (Figura 4.7)
4.2.4. Sinalização
A sinalização existente apenas dizia respeito ao sistema de luta contra incêndios, faltando toda a
sinalização de proibição (fumar, entrada de pessoas não autorizadas, etc.), sinalização de aviso
(perigo de electrocussão no quadro eléctrico), sinalização de salvamento e saúde (saída de 1ºs
socorros) e também inexistência de sinalização de obrigação (equipamentos de protecção
individuais). Outro aspecto que não cumpre os requisitos mínimos da legislação refere-se à
inexistência de sistema de detecção de incêndios. (Figura 4.7)
a) b) c)
Figura 4.7 a) Iluminação da Oficina b) e c) Sistema e sinalização de luta contra-incêndio existentes
4.2.5. Equipamentos
A protecção dos equipamentos é de facto um dos aspectos mais importantes no que se refere a
segurança, apresentando-se como a principal causadora de acidentes de trabalho. Verificou-se que a
maioria das máquinas disponíveis na oficina não respeitava os requisitos mínimos de segurança, não
tendo sofrido modificações desde a sua aquisição (década de 70). Os tornos mecânicos, fresadoras,
engenhos de furar, serrotes e esmeriladoras além de necessitarem de total recondicionamento,
30
apresentavam diversos aspectos negativos relativos à protecção contra projecções de apara e
elementos da máquina em conjunto com a falta de botões de emergência. No que diz respeito ao
correcto funcionamento dos equipamentos, apresentavam necessidade de recondicionamento,
nomeadamente troca de óleos dos sistemas de engrenagens, correcção das folgas, pintura, ajustes,
etc. (Figura 4.8)
a) b) c)
d) e) f)
Figura 4.8 – Alguns equipamentos existentes na oficina a) Tornos mecânico CAZENEUVE HB 500 b) Tornos mecânico SCHAUBLIN 125; c) Fresadora SCHAUBLIN 53 d) Engenhos de Furar MODIG´S; e) Serrote mecânico f) Esmeril.
4.2.6. Protecção Individual
Como referido anteriormente, deve existir uma diversidade de EPI´s que permitam trabalhar em
segurança com um nivel considerável de conforto. A análise efectuada à oficina permitiu concluir que
de acordo com a Portaria nº 988/93 de 6 de Outubro não existia qualquer equipamento de protecção
auricular e de tronco para processos de soldadura. Embora cada operador possuisse vestuário de
segurança (Bata e botas), óculos de protecção para projecções de aparas e óculos para protecção de
soldadura, o seu estado de conservação não garantia a total segurança dos operadores, havendo a
necessidade de proceder á requalificação dos EPI´s através da compra de novos equipamentos.
4.3. Higiene e Ambiente
Relativamente á zona de limpeza, para além de difícil acesso, apresentava condições de higiene
inapropriadas com um lavatório em louça em estado degradado. De uma forma geral todo o
pavimento e até mesmo as paredes se encontravam em péssimas condições de limpeza.
Relativamente à separação de resíduos (líquidos e sólidos), não existia nenhum procedimento de
separação nem de reciclagem. (Figura 4.9)
a)
Figura 4.9 – Higiene e protecção da oficina: a) Luvas de protecção; b) Zona de limpeza; c) Depósito de óleo usado.
.
31
b) c)
Higiene e protecção da oficina: a) Luvas de protecção; b) Zona de limpeza; c) Depósito de óleo
Higiene e protecção da oficina: a) Luvas de protecção; b) Zona de limpeza; c) Depósito de óleo
5. Implementação dos ProcedimentosEste capítulo apresenta as soluções adoptadas para implementação da nova oficina, tendo como
objectivo adequar todo a instalação oficinal às exigências actuais
decretos-lei e normas. As três áreas de actuação dizem respeito às
equipamentos e aos operários (EPI’s
condições de trabalho na oficina cumprem o estipulado pela legislação (Anexo A2).
importante deste trabalho, está no facto d
HST não serem da responsabilidade financeira do NOF, ou seja, o núcleo apenas informa
organismos responsáveis (Núcleos)
materializar os objectivos.
Tendo em conta o conceito de metalomecânica, a implementação dos conceitos de HST da oficina
deverá estar de acordo com os serviços que
Corte (Preparação da matCorte Mecânico Corte de chapa
Deformação PlásticaCalandragem
Quinagem Corte por arranque de ap
Torneamento Fresagem Furação
Rectificação Electro-erosão
Figura 5.1 Serviços a prestar na Oficina Metalomecânica
5.1. Instalações
Esta secção apresenta todas as soluções técnicas que
oficina de modo a cumprir a legislação em vigor
pavimento, as condições atmosféricas
protecção contra incêndios, a sinalização de segurança e por fim
que as medidas adoptadas para implementação da oficina ser
definição do layout das células e dos equipamentos da nova oficina.
Figura 5.2 - Implementação do layout das
32
Procedimentos de HST apresenta as soluções adoptadas para implementação da nova oficina, tendo como
adequar todo a instalação oficinal às exigências actuais de acordo com os respectivos
três áreas de actuação dizem respeito às instalações
EPI’s), tendo sido elaborada uma check-list que permite verificar se as
condições de trabalho na oficina cumprem o estipulado pela legislação (Anexo A2).
importante deste trabalho, está no facto de alguns processos de implementação de procedimentos de
da responsabilidade financeira do NOF, ou seja, o núcleo apenas informa
organismos responsáveis (Núcleos) o que pretende para a oficina, encarregando
Tendo em conta o conceito de metalomecânica, a implementação dos conceitos de HST da oficina
deverá estar de acordo com os serviços que se pretendem prestar na oficina.
téria) Soldadura Eléctrodo - Revestido
Oxiacetilénica ca TIG
MIG - MAG Preparação e Tratamento da Superfície
apara Mecânica (Lixagem e PolimDesengorduramento Pintura da Superfície
Oficina Metalomecânica.
todas as soluções técnicas que se devem aplicar para a implementação da
legislação em vigor. A intervenção aborda as características do
pavimento, as condições atmosféricas, o ruído, os riscos eléctricos, a iluminação, a prevenção e
protecção contra incêndios, a sinalização de segurança e por fim a higiene e ambiente
que as medidas adoptadas para implementação da oficina serviram de base de apoio para a
das células e dos equipamentos da nova oficina.
das células da nova oficina adaptado [49]
apresenta as soluções adoptadas para implementação da nova oficina, tendo como
de acordo com os respectivos
instalações oficinais, aos
list que permite verificar se as
condições de trabalho na oficina cumprem o estipulado pela legislação (Anexo A2). Um aspecto
de procedimentos de
da responsabilidade financeira do NOF, ou seja, o núcleo apenas informa aos
na, encarregando-se estes de
Tendo em conta o conceito de metalomecânica, a implementação dos conceitos de HST da oficina
ido
Superfície mento)
Superfície
a implementação da
as características do
iluminação, a prevenção e
e ambiente. De salientar
de apoio para a
33
5.1.1. Pavimentos Industriais
O pavimento aplicado na oficina corresponde a um piso com várias camadas, impermeável e
antiderrapante conforme exigido na legislação. Um piso multi-camadas apresenta alta resistência
mecânica e, devido ao seu processo de aplicação, permite corrigir deficiências e deformações de
médio e pequeno porte, com a vantagem de criar uma estrutura de grande confiabilidade.
O procedimento de implementação do piso efectuou-se em conjunto com o Núcleo de obras,
informando esta entidade o nosso propósito para o pavimento. O revestimento do pavimento utilizado
foi um sistema Epoxy tipo Stonhard (Figura 5.3), composto por:
• Primário de adesão tipo Standard Primer;
• Primário de regularização tipo Stonset Primer;
• Argamassa Epoxy tipo Stonclad GS 4 mm, de cor Pewter;
• Pintura de acabamento com tinta Epoxy tipo Stonkote GS4 textura #2;
• Isolamento com produto tipo Stonflex MP7, da mesma cor do pavimento.
a) b)
Figura 5.3 a) Piso Multi-camadas [50] b) Pavimento Epoxy da Oficina
5.1.2. Condições Térmicas
O estudo dos sistemas de ventilação instalados na nova oficina foi efectuado entre o Núcleo de
Oficinas (NOF) e o Núcleo de Manutenção (NM), através do estabelecimento de requisitos que
cumprissem os valores de temperatura e renovação de ar referidos pelo decreto-lei. Os requisitos
inicialmente estipulados em conjunto com o núcleo de manutenção apresentavam as seguintes
características:
• A Oficina irá funcionar com aproximadamente 5 funcionários, o que origina um caudal mínimo de
renovação de ar (insuflação) a rondar os 250 m�/Hora.
• O sistema de ar condicionado deverá ser capaz de manter a temperatura da oficina nos intervalos
pré-estabelecidos pela Tabela 3.4.
• Deverá existir extracção localizada na zona de soldadura e de electro-erosão, podendo ser
instalados sistemas de extracção fica ou móvel.
34
Depois de estipuladas as condições a ser cumpridas, foi proposto pelo Núcleo de Manutenção o
projecto para os sistemas de Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado (AVAC), o qual apresenta
as seguintes características:
• Renovação do ar (insuflação) 520
�� �;
• O ar condicionado instalado tem uma capacidade de arrefecimento de 10.0kW e de
aquecimento de 11.2kW;
• O ruído máximo provocado pelo sistema do ar condicionado é 38dB(A);
• Sistema de extracção localizada, com três pontos de extracção por braços extensíveis, com
uma capacidade de aproximadamente 3500
�� � de caudal total de ar extraído, com o
objectivo de promover a extracção de pontos especiais a instalar na oficina (soldadura,
electro-erosão).
a)
b) c) d)
Figura 5.4 – Sistema de ventilaçao e ar condiconado da oficina a) Projecto AVAC; b) Sistema AVAC; c) Extracção localizada da Oficina
Após instalação do sistema AVAC e do sistema de extracção localizada, foram efectuadas
medições espaciais e temporais da temperatura com recursos a um anemómetro (Kimo VT200) de
modo a verificar as condições atmosféricas do espaço oficinal. Este aparelho é capaz de efectuar
simultaneamente medições de temperatura e de velocidade de ar (caudal) num determinado instante.
35
As medições espaciais consistiram na avaliação da temperatura em diversos pontos de leitura da
oficina num intervalo de tempo muito pequeno, de acordo com as seguintes condições:
• Ensaio realizado às 14h
• Temperatura exterior 30,5ºC
• Estores abertos e janelas fechadas
• Ar condicionado programado para 21ºC
O gráfico da Figura 5.5 representa a distribuição da temperatura no espaço oficinal, podendo ser
identificadas duas zonas distintas. Uma zona que está exposta à sombra devido à proximidade com o
edifício da secção de tecnologia mecânica e outra exposta directamente ao sol, daí o máximo de
temperatura nessa zona (linha a vermelho). É possível que o sistema AVAC consegue baixar a
temperatura da oficina para os intervalos de valores pré-estabelecidos pela legislação, sendo o ponto
central da oficina correspondente ao ponto de temperatura média (24,4ºC).
a) b)
c)
Figura 5.5- Medição espacial da temperatura a) Anemómetro; b) Exposição da oficina ao sol e à sombra; c) Gráfico da distribuição de temperatura ao longo da oficina.
Sombra Sol
36
Relativamente às medições temporais, foi efectuada a leitura da temperatura no ponto central da
oficina (temperatura média) em três situações distintas. Cada medição foi realizada ao longo de 10
horas, simulando um dia de trabalho oficinal. (Figura 5.6)
A primeira situação de estudo (curva azul), realizou-se nas seguintes condições:
• Ar condicionado ligado, estores abertos e janelas fechadas;
• Ar condicionado programado para 21ºC
• Previsão meteorológica máxima de 30ºC e mínima de 18ºC.
A segunda situação de estudo (curva vermelha), teve como realizou-se nas seguintes condições:
• Ar condicionado ligado, estores fechados e janelas fechadas;
• Ar condicionado programado para 21ºC
• Previsão meteorológica máxima de 30ºC e mínima de 19ºC.
Uma vez que os estores nunca estarão fechados ao longo do dia de trabalho, este ensaio serve
simplesmente para, de um modo aproximado, simular as janelas de vidro duplo, criando assim um
ambiente em que as condições propícias à troca de calor com o exterior são menores.
A terceira situação de estudo (curva verde), realizou-se nas seguintes condições:
• Ar condicionado desligado, estores abertos e janelas fechadas;
• Previsão meteorológica máxima de 32ºC e mínima de 21ºC.
Figura 5.6 Gráfico da variação de temperatura ao longo do dia de trabalho
Como primeira análise da Figura 5.6, é possível concluir que é imprescindível a utilização de ar
condicionado na oficina, uma vez que os níveis de temperatura sem nenhum sistema de AVAC
apresentam valores altíssimos (curva verde), longe das condições recomendadas. Por outro lado, os
ensaios seguintes, demonstraram que as propriedades de isolamento térmico das janelas (vidros
mais caixilharia de alumínio) não são as mais adequadas, devido às diferenças de temperatura
obtidas entre a curva azul e curva vermelha. De salientar que a curva a vermelho tem como objectivo
simular as propriedades de janelas com um isolamento térmico superior ao existente. É possível
concluir que para baixar a temperatura da oficina até níveis de conforto térmico aconselháveis,
22
23
24
25
26
27
28
29
8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
Tem
pe
ratu
ra º
C
Horas
AC_ON_EA
AC_ON_EF
AC_OFF_EA
37
definidos na Tabela 3.4, basta programar o ar condicionado para ligar uma hora antes do início do dia
de trabalho. No entanto, um aspecto importante na programação do ar condicionado até 21º C (valor
mínimo), está relacionado com a incapacidade do sistema atingir o valor pretendido, muito por culpa
do isolamento térmico da oficina.
Da comparação destas duas curvas (azul e vermelha), verifica-se que o máximo de diferença de
temperaturas é de 1,4 ºC.
5.1.3. Ruído
Como a oficina se encontra integrada num meio escolar é importante implementar medidas no
sentido de minimizar o ruído provocado pela oficina para as instalações adjacentes. Para tal foi
estabelecido no plano de obra a instalação sistemas de isolamento acústico de modo a minimizar o
ruído. Esta medida foi exigida ao Núcleo de Obras, o qual estabeleceu a instalação de aglomerados
de cortiça no tecto da Oficina no plano de obras. (Figura 5.7).
a) b)
Figura 5.7 Aplicação do isolamento a) aglomerado de Cortiça; b) Tecto da oficina.
Após a instalação dos sistemas de isolamento acústico e do sistema de AVAC, procedeu-se à
medição dos valores de ruído provenientes do sistema de extracção localizada e do ar condicionado,
para além da quantificação do isolamento acústico que as janelas promovem, de modo a estabelecer
medidas de minimização de ruído. Para tal, foram efectuadas três medições de ruído, onde a primeira
medição foi efectuada com o intuito de definir o valor da frequência do variador de frequências do
sistema de extracção localizada para funcionamento em condições estacionárias. As outras medições
consistiram em avaliações espaciais e temporais do ruído da oficina com o sistema de AVAC em
funcionamento.
Como resultado da primeira medição, foi possível definir os valores de frequência que apresentam
níveis de ruído mais baixos. Através da análise da Figura 5.8, consegue-se definir que até uma
frequência de 25 Hz, o ruído medido na zona de extracção localizada (junto ao variador de
frequência) varia suavemente, aumentando bastante para valores superiores de frequência. Deste
modo, propõe-se uma frequência de 25 Hz para o funcionamento da extracção localizada, o que
corresponde um valor de ruído de valor 60,7 dB (A). Caso seja necessário maior poder de extracção,
basta aumentar a frequência, devendo apenas funcionar num curto intervalo de tempo devido ao
elevado ruído que provoca em conjunto com o resto dos equipamentos da oficina.
38
Figura 5.8 Gráfico da variação do ruído com a variação da frequência da extracção localizada; Sonómetro modelo SC160
Como referido, a medição espacial do ruído foi efectuada com o ar condicionado ligado e o
sistema de extracção localizada a uma frequência de 25 Hz.
Da análise do gráfico obtido é possível concluir que os níveis de ruído encontram-se dentro dos
valores aceitáveis definidos por lei. Conclui-se ainda que o ruído é maior no fundo da oficina (zona do
variador de frequência), e a de menor ruído no canto inferior esquerdo (Figura 5.9). Desta forma, uma
proposta de definição do layout, seria criar uma zona administrativa e de metrologia onde o valor de
ruído é menor. Como o variador de frequências é uma fonte provocadora de ruído considerável,
propõe-se a instalação de uma caixa isolante para minimizar o ruído.
Figura 5.9 Gráfico da distribuição do ruído ao longo da oficina
Por último, a terceira medição consistiu na obtenção do valor de ruído no ponto central da oficina
ao longo de 10 horas, em três condições distintas. De referir que estas medições foram efectuadas
com o sistema de extracção localizada desligado, permitindo assim avaliar principalmente a
capacidade de isolamento acústico (Figura 5.10).
A primeira situação corresponde á medição do ruído no mesmo ponto durante um dia de trabalho,
com estores aberto, janelas abertas e o ar condicionado ligado (curva verde).
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
ruid
o d
B(A
)
Frequência (Hz)
Leq-dB(A)
39
A segunda situação corresponde á medição do ruído no mesmo ponto durante um dia de trabalho,
com estores aberto, janelas fechadas e ar condicionado ligado (curva a vermelho)
A última situação corresponde á medição do ruído no mesmo ponto durante um dia de trabalho,
com estores fechados, janelas fechados e ar condicionado ligado (curva a azul). Uma vez que os
estores nunca estarão fechados ao longo do dia de trabalho, este ensaio serve simplesmente para,
de um modo aproximado, simular as janelas de vidro duplo. Criando assim um ambiente em que as
condições de trocas de ruído com o exterior são menores.
Figura 5.10 Gráfico da variação do ruído ao longo do dia de trabalho
Através da comparação das condições de estores abertos e fechados (curva vermelha e azul) é
possível concluir que as janelas têm um poder de isolamento acústico baixo (vidros simples). Verifica-
se também que o pico de ruído ocorre por volta do meio-dia, devido ao aumento do trânsito no
exterior.
Perante as condições térmicas e de ruído verificadas na oficina, propõe-se a implementação de
novas janelas, com vidro duplo e caixilharia de alumínio mais adequadas, apresentando esta medida
um investimento relativamente baixo e que consequentemente iria permitir a redução de gastos
energéticos.
5.1.4. Iluminação/Riscos Eléctricos
Como referido, o nível adequado de iluminância deve estar compreendida entre 500 a 2000Lux de
acordo com a norma. Deverá existir iluminação de emergência (iluminação autónoma), que no caso
da electricidade do edifício falhar, iluminará todos os caminhos de evacuação (corredores e portas).
Para além destes requisitos, todos os quadros eléctricos bem como as luminárias deverão possuir
elementos de protecção para evitar acidentes (Portaria n.º 987/93, de 6 de Outubro)
Estes foram os requisitos propostos ao Núcleo de Obra, o qual aconselhou a instalação de 10
blocos autónomos de iluminação de emergência ao longo das calhas técnicas de passagem de cabos
eléctricos. Foram também colocados blocos de iluminação de emergência em cada uma das portas.
43
45
47
49
51
53
55
57
59
8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
Ru
ido
dB
(A)
Horas
EF_JF
EA_JF
EA_JA
40
Relativamente aos quadros eléctricos, foram instalados sistemas de protecção contra o contacto
directo com as tomadas de corrente e os próprios disjuntores. (Figura 5.11)
a) b) c)
Figura 5.11 – Iluminação do espaço oficinal a) Iluminação geral b) Iluminação de segurança c) Caixa eléctrica
Para verificação da intensidade de luminosidade da oficina recorreu-se à utilização de um
Luxímetro, cedido pelo Núcleo de Segurança e Higiene no Trabalho (NSHT). As medições foram
efectuadas em diferentes pontos da oficina (Figura 5.12 a)), entre as 10h e as 11h, com os estores
abertos e a iluminação artificial ligada. Embora a zona junto á janela apresente maiores níveis de
luminosidade, como demonstra a Figura 5.12 b), todos os valores estão dentro dos limites estipulados
pela Norma DIN 5035. Desta forma, é aconselhável a colocação das máquinas que necessitam de
trabalho minucioso junto às janelas.
a)
b)
Figura 5.12- Medição de luminosidade na oficina: a) Pontos de medição b) Variação da Luminosidade ao longo da Oficina
41
5.1.5. Incêndios
Relativamente à segurança contra incêndios, importa referir que segundo a Portaria n.º
1532/2008, de 29 de Dezembro, não é necessário um plano específico de segurança contra
incêndios, desde que a zona oficinal esteja incorporada no plano do edifício. No entanto, a oficina em
causa não dispõe de sistema de segurança, havendo assim a necessidade de a incorporar no plano
de segurança contra incêndios já existente no edifício.
A primeira abordagem consistiu na consulta de uma empresa especializada em sistemas de HST
(Etnimanual), a fim de efectuar um levantamento das necessidades relativas à segurança contra
incêndios (Anexo A6). Embora a proposta parecesse bastante completa, apresentava diversos
tópicos que não correspondiam às necessidades de uma oficina metalomecânica, nomeadamente a
instalação de centrais de água e de um valor excessivo de dispositivos de detecção de incêndios
(sprinklers). Na verdade, deverá ser evitada a utilização de água na extinção de incêndios devido aos
inúmeros equipamentos eléctricos instalados. A análise efectuada por esta empresa permitiu
perceber não só as necessidades da oficina, bem como do edifício interdisciplinar onde está inserida.
A segunda abordagem, consistiu em procurar junto ao núcleo SHT uma solução para a
implementação de sistemas de segurança relativos a incêndios. A proposta consistia na colocação de
um extintor de CO2 de 10Kg e de 4 detectores fumos, sendo esta solução muito mais económica que
a apresentada pela empresa Etnimanual. No entanto, no caso de ocorrência de um fogo de classe B
ou C, o extintor de CO2 não seria eficaz.
Legenda do Sistema de combate a Incêndios
Detecção térmico de Incêndios
Extintor Portátil ABC 2Kg
Extintor Portátil CO2 5Kg
Alarme Manual
Figura 5.13 Disposição dos equipamentos para o combate a incêndios
Com base nas duas opções apresentadas, foi possível estabelecer uma proposta para segurança
contra incêndios, onde se englobam os dispositivos de detecção e combate a fogos. (Figura 5.13). A
escolha de detectores térmicos em vez dos detectores de fumo apresentados pelo Núcleo SHT, deve-
se ao facto deste tipo de oficina envolver processos de soldadura e de electro-erosão (libertação de
fumos). Uma vez que a área da oficina é de aproximadamente 200m2, e que cada detector de
incêndio térmico abrange aproximadamente 50m2, há a necessidade de aplicar pelo menos 4
sensores. Propõe-se também a colocação de um botão de alarme manual para accionamento em
caso de emergência junto à porta principal.
No que diz respeito aos sistemas de combate, propõe-se a aplicação de dois extintores de 5Kg de
CO2 e um ABC de 2Kg. Os extintores de CO2 permitem extinguir fogos de classe A, não danificando
os equipamentos eléctricos. Por outro lado os extintores para fogos ABC não poderão ser utilizados
directamente nas máquinas, pois danificam os equipamentos eléctricos, existindo a necessidade de
colocar sinal de informação.
5.1.6. Sinalização
A sinalização de segurança está fortemente dependente da disposição dos equipamentos e das
condições de funcionamento. Embora não esteja ainda estipulado o
elaborada uma proposta geral que não depende da disposição dos equipamentos. De acordo com a
legislação, a sinalização necessária abrange os sistemas de obrigatoriedade do uso de óculos e
protectores auditivos, os sinais de combate a incêndios, os sinais de proibição de fumar e acess
sinais de aviso de perigo, os sinais relativos a evacuação. (
Legenda da Sinalização de Segurança:
Sinal de extintor
Sinal de
Sinal de saída de emergência
Sinal de perigo eléctrico
Sinal de proibição a pessoas estranhas
Sinal de proibição de fumar
Sinal de uso obrigatório de óculos de protecção
Sinal de uso obrigatório de auscultadores
Fita
Figura 5.14 Sinalização de Segurança na Oficina
5.1.7. Higiene e Ambiente
Relativamente à higiene, foi implementad
apresenta boa resistência à corrosão
Outubro). (Figura 5.15-b). A zona de limpeza deverá
óleos e sujidades características numa metalomecânica, nomeadamente c
detergente esfoliante para as mãos.
42
A sinalização de segurança está fortemente dependente da disposição dos equipamentos e das
condições de funcionamento. Embora não esteja ainda estipulado o layout para a oficina, foi
ue não depende da disposição dos equipamentos. De acordo com a
legislação, a sinalização necessária abrange os sistemas de obrigatoriedade do uso de óculos e
protectores auditivos, os sinais de combate a incêndios, os sinais de proibição de fumar e acess
os sinais relativos a evacuação. (Figura 5.14)
Legenda da Sinalização de Segurança:
Sinal de extintor
Sinal de botão de alarme
Sinal de saída de emergência
Sinal de perigo eléctrico
Sinal de proibição a pessoas estranhas
Sinal de proibição de fumar
Sinal de uso obrigatório de óculos de protecção
Sinal de uso obrigatório de auscultadores
Fita reflectora
Sinalização de Segurança na Oficina
foi implementada uma zona de limpeza com um lavatório em Inox
resistência à corrosão e boas propriedades higiénicas (Portaria n.º 987/93
. A zona de limpeza deverá conter detergentes apropriados para limpeza
características numa metalomecânica, nomeadamente creme de protecção
.
A sinalização de segurança está fortemente dependente da disposição dos equipamentos e das
para a oficina, foi
ue não depende da disposição dos equipamentos. De acordo com a
legislação, a sinalização necessária abrange os sistemas de obrigatoriedade do uso de óculos e
protectores auditivos, os sinais de combate a incêndios, os sinais de proibição de fumar e acesso, os
lavatório em Inox que
Portaria n.º 987/93 de 6
para limpeza de
reme de protecção e
43
A separação/tratamento de resíduos industriais deve ser efectuada tendo em conta o tipo de
material (metais ferrosos, Ligas de Alumínio, Ligas de Cobre, Madeiras e Polímeros, óleos de corte,
óleos dieléctricos, óleos lubrificantes, etc). Existe então a necessidade de adquirir recipientes
adequados para o armazenamento e tratamento de resíduos, os quais devem requisitados ao núcleo
de NHS.
a) b)
Figura 5.15 Higiene e ambiente: a)Recipiente para óleos b) Lavatório.
5.2. Equipamentos
Os elementos de protecção necessários no cumprimento da legislação relativa aos requisitos
mínimos de segurança e saúde foram tomados em conta nos seguintes equipamentos:
Torno Cazeneuve HB 725 Serrote vertical Torno Cazeneuve HB 500 Serrote horizontal Neoril Torno Schaublin 125 Punçonadora Pullmax Fresadora Schaublin 53 Calandra Engenho de furar Ixion Esmeriladora Engenho de furar Modigs
Tabela 5.1 Listagem dos equipamentos existentes na oficina.
O estudo dos sistemas de segurança a implementar nas máquinas incidiu na protecção do
utilizador de modo a minimizar ou mesmo eliminar os riscos apresentados nos capítulos anteriores.
Convém frisar que a intervenção a efectuar nos equipamentos deverá ter em conta as características
da máquina e o número de acessórios de segurança que poderão ser acoplados, o que poderia tornar
o processo de utilização das máquinas pouco funcional e de difícil execução.
As principais lacunas nos sistemas de segurança das máquinas descritas anteriormente estão
relacionadas com a falta de sistemas de protecção contra projecção de aparas, de elementos de
protecção de componentes rotativos (ex: bucha) e de botões de emergência (Figura 5.16). A título de
exemplo, e uma vez que a maioria dos equipamentos necessitava dos mesmos elementos de
protecção, os sistemas a implementar no torno convencional Cazeneuve HB 725 deverão ser um
resguardo fixo, um resguardo regulável e um botão de paragem de emergência. A aplicação de um
resguardo fixo e de um móvel garante que o operário não se encoste inadvertidamente aos
barramentos e à bucha do torno respectivamente, para além de evitar projecções de apara. A
inserção do botão de emergência permite desligar o equipamento quando ocorre alguma anomalia.
Este procedimento deve ser efectuado em todas as máquinas, uma vez que os problemas
associados à segurança das máquinas são muito idênticos. É possível concluir que com a aplicação
destes elementos de segurança todas as máquinas cumprem os requisitos mínimos de segurança do
Decreto-lei 50/2005 de 25 de Fevereiro. O incumprimento de qualquer legislação em vigor implica a
aplicação de uma coima com possibilidade de fecho da actividade no IST.
44
Figura 5.16 Localização dos elementos de protecção no torno Cazeneuve HB 725.
Na prática, o processo de recondicionamento das máquinas foi dividido em duas fases. A primeira
consistiu na verificação e reparação das máquinas e a segunda na inserção dos elementos de
segurança recomendados anteriormente. Embora os planos de acção tenham sido definidos neste
trabalho, a reparação das máquinas (limpeza do equipamento, substituição de óleos, a substituição
de correias, etc.) e a implementação dos elementos de protecção foram realizadas através de uma
empresa certificada para o serviço (Tecmill). Embora não seja possível mostrar a aplicação dos
elementos de segurança no torno Cazeneuve HB 725 por ainda se encontrar na empresa de
manutenção, podemos verificar a sua aplicação no torno Schaublin 125.
a) b) c)
Figura 5.17 Protecção no torno Schaublin 125: Resguardo Fixo b) Resguardo Móvel c) Botão de emergência
Relativamente à compra de equipamentos, o responsável do NOF deve ter em consideração o
Decreto-Lei n.º 103/2008 de 12 Dezembro, o qual apresenta as seguintes exigências:
• Verificar nas máquinas que adquire se são "intrinsecamente seguras" (a sua adaptação às
exigências legais pela marca CE).
• Verificar se traz o Manual de Instruções que, obrigatoriamente, deve acompanhar a máquina.
• Verificar se a máquina pode efectuar sem risco todas e cada uma das operações usuais ou
ocasionais: regulação, utilização, limpeza, manutenção.
• Redigir e dar a conhecer as normas de trabalho que permitem incrementar ou optimizar as
medidas de segurança que se tenham de tomar nas diferentes operações.
Falta protecção da
árvore rotativa
Inexistência de
botão de
emergência
Falta de
protecção das
costas
45
5.3. Protecção individual
De acordo com a legislação DL 988/93, de 6 de Outubro, e tendo em conta que o numero de
funcionários, deverão ser adquiridos óculos de protecção contra projecções de aparas e óculos de
soldadura, os quais garantem a protecção dos olhos e do rosto. A nível auditivo, propõe-se a compra
de tampões para todos os funcionários e na zona de maior ruído, onde exista sinal de obrigação de
uso de protecção auricular, abafadores. Para a protecção do tronco, sugere-se a compra de batas de
trabalho para cada funcionário para além de um casaco de soldadura colocado na zona respectiva.
Por ultimo, a compra de botas de biqueira de aço para proteger de uma eventual queda de material, e
luvas kevlar para evitar cortes e queimaduras associadas aos processos de fabrico. Após a análise
das necessidades de equipamentos de protecção individuais (Anexo A3) e de modo a estabelecer
uma parceria na sua, efectuou-se um estudo de mercado através da realização de reuniões com duas
empresas (Manuntan, e Tecniquitel).
46
6. Implementação de Procedimentos de Actuação Este capítulo apresenta um conjunto de procedimentos de actuação para as actividades diárias da
oficina, ao nível institucional para a interacção da oficina com a escola ou com entidades exteriores, e
ao nível local tratando de questões relacionadas com o seu funcionamento interno. Os procedimentos
descritos neste capítulo foram elaborados com base na experiência prática do desmantelamento da
oficina antiga, na preparação e realização das obras de beneficiação, na aquisição de bens e serviços
e no início do estabelecimento da oficina.
Para permitir implementar o espaço oficinal foi necessário realizar um conjunto de procedimentos
internos do IST, tais como, procedimentos de obras e manutenção da infra-estrutura, procedimentos
de aquisições de bens e serviços, procedimentos de inserção na estrutura organizacional da matéria
patrimonial e procedimentos de solicitação de acesso ao campus para transporte de material. A
experiência breve que este trabalho de mestrado proporcionou permitiu estabelecer uma base de
trabalho para um futuro manual de procedimento de actuação do Núcleo de Oficinas do IST (NOF).
6.1. Institucional
O Núcleo de Oficinas encontra-se sob a alçada do Conselho de Gestão do IST (CG), tendo sido
nomeado um Director-Adjunto (DA) para acautelar a sua instalação e o arranque em funcionamento.
Este núcleo pertencente à unidade orgânica do IST seguindo os regulamentos internos da escola
para as demais actividades onde existe interacção com outras unidades orgânicas do IST ou
exteriores à instituição. Os procedimentos de actuação apresentados nesta secção são
acompanhados de casos de estudo desenvolvidos durante a tese de forma a permitir validar a
estrutura do procedimento.
6.1.1. Plano Estratégico e Financeiro
O plano estratégico e financeiro é definido pelo CG tendo como principal objectivo o
estabelecimento de uma estrutura oficinal que no curto espaço de tempo possa ser auto-sustentável,
sendo este aspecto tão mais importante na medida do enquadramento sócio-económico que se vive
actualmente. De igual forma é o CG que faz a gestão dos espaços no IST e assim definiu a instalação
da oficina de mecânica num espaço localizado no edifício do Complexo Interdisciplinar, local que
junta um conjunto de oficinas com diferentes especialidades (mecânica, vidro, electricidade,
manutenção, etc.)
O NOF ocupa um espaço pertencente à orgânica do IST pelo que a sua manutenção é da
responsabilidade conjunta do Núcleo de Obras (NO) e do Núcleo de Manutenção (NM). Deste modo
as obras de beneficiação do espaço foram solicitadas pelo NOF e planeadas e asseguradas pelo NO
e NM. As despesas associadas com as obras de beneficiação ficaram a cargo do CG do IST
(construção civil, AVAC, instalação eléctrica, AC).
A instalação de um NOF é uma actividade de estabelecimento de competências tecnológicas e de
formação de recursos humanos que tem uma duração significativa, pelo que foi definido a existência
de dois períodos, um primeiro período transitório de instalação do espaço e das competências e um
segundo período de funcionamento em regime estacionário e auto-sustentável.
47
O primeiro período teve início em 2011 com a duração de 5 anos, durante o período com o apoio
financeiro do CG. Este apoio financeiro é definido e atribuído anualmente pelo Vice-Presidente do IST
(VP). A gestão dessa verba é da responsabilidade do NOF, respeitando o estabelecido no RCIST
e/ou no CCP para a aquisição de bens e de serviços. As verbas atribuídas ao NOF são destinadas
apenas para a aquisição de bens e serviços necessários para o bom funcionamento da oficina. Ainda
não está estabelecido qual a estrutura orgânica que suportará o vencimento dos futuros funcionários
do NOF.
Nas estruturas oficinais um dos aspectos mais importantes é a qualificação e competências dos
seus funcionários, apoiados ao nível motivacional e de autonomia funcional. Apesar do IST ter tido no
passado os melhores grupos técnicos essa não é a realidade actual pois observou-se durante as
últimas duas décadas um desinvestimento ao nível dos equipamentos e dos recursos humanos.
Actualmente já não existem no IST técnicos com especialização em fabrico de componentes
mecânicos. Deste modo, aliando o leque de equipamentos existente na nova oficina será necessária
a colocação de cerca de 4 jovens técnicos e 2 jovens engenheiros para dar corpo ao NOF. Esta
proposta do número de funcionários deverá ser revisto no âmbito da procura deste tipo de serviço
prestado pela oficina em análise.
Para apoiar a formação deste grupo de jovens funcionários a estratégia do NOF passará pela
contratação por períodos pequenos de formadores com vasta experiência em ambiente industrial
(chefes de oficina seniores e reformados).
As competências a instalar no NOF procuram alcançar um espectro largo das necessidades do
IST através da combinação de tecnologias tradicionais como o torneamento e a fresagem
convencional, combinadas com tecnologias de controlo numérico aplicadas à fresagem e ao
torneamento multi-eixo, à electro-erosão por fio e penetração, a rectificação, a maquinagem laser
entre outras tecnologias. A instalação de competências de engenharia inversa, o fabrico rápido, a
integração de sistemas de instrumentação e controlo também fará parte da abrangência do NOF. No
entanto, e apesar do espectro de competências não é nunca possível responder por completo ao
espectro das necessidades, por essa razão está-se a procurar estabelecer parcerias privilegiadas
com empresas de competências complementares para assegurar a capacidade de resposta do NOF.
Os processos de aquisição de ferramentas e materiais apresentam em geral a necessidade de um
funcionário especialidade com os procedimentos burocráticos. Este é um aspecto que muitas vezes
tem levantado problemas na compra de matérias-primas por incumprimento dos pagamentos que por
se tratar de valores reduzidos são conduzidos sem grande rigor, levando as empresas fornecedoras a
recusar vender ao IST. Desta forma, é objectivo do NOF auxiliar o Núcleo de Compras e
Aprovisionamento (NCA) nos processos de aquisição de ferramentas e matérias-primas de utilização
em oficina para os restantes espaços oficinais do IST. Será assim possível melhorar a imagem do IST
perante as empresas e a indústria em geral, e igualmente negociar preços mais vantajosos para a
instituição.
Um último aspecto que importa definir está associado ao modelo de gestão, seguindo uma
estratégia empresarial ou uma estratégia de órgão central do IST (Tabela 6.2). Ao efectuar uma
análise sobre estas duas estratégias relativas ao funcionamento do NOF, pode-se constatar que
48
qualquer uma das hipóteses cumpre o objectivo primordial desta implementação da oficina, redução
de custos na obtenção de produto. No entanto a primeira análise apresenta vantagens sobre a
segunda, nomeadamente a sua característica dinâmica, ou seja, exige que o gestor do NOF procure
um contínuo melhoramento da produção, da compra de materiais (em busca dos preços mais baixos),
Por outro lado, a segunda proposta apresenta limitações nas funções do gestor, nomeadamente na
flexibilidade em efectuar aquisições e consequentemente melhoramento do espaço oficinal e
processo operativo. A principal desvantagem para a estratégia 1 está associada à necessidade dos
docentes, investigadores e funcionários terem a necessidade de desenvolverem uma actividade
financiada para possibilitar a utilização dos recursos do NOF.
Funcionamento da Oficina
Estratégia Financeira 1 Estratégia Financeira 2
A Oficina funciona como órgão independente, ou seja, gera receitas e despesas com o objectivo de ser rentável.
A Oficina funciona com órgão que é gerido pelo organismo central do IST.
IST fornece um financiamento durante um período de anos, para a partir daí a oficina funcionar independente.
IST responsável por todas as despesas dos operários.
Criação de um centro de resultados. Despesas de material (Brutos de maquinagem, ferramentas de corte etc.) a cargo do IST.
Cobrança de cada pedido efectuado pelas outras Entidades (departamentos), daí a necessidade de criação de facturação interna.
A oficina não cobra por cada encomenda efectuada por parte de outra.
Tabela 6.1 Propostas de Gestão da Oficina
6.1.2. Obras/ Manutenção das Instalações
O procedimento a seguir no caso de se pretender a realização de obras de beneficiação ou
manutenção dum espaço segue as seguintes fases:
• O utente do espaço, coadjuvado pelo Gestor do Edifício (GE), identifica a necessidade de obras;
• Obtém a aprovação, por escrito, do DA do NOF, como vai ser solicitada comparticipação dos
órgãos centrais esse pedido deve ser enviado directamente ao Conselho de Gestão;
• Segue-se a apreciação técnica (e de custos) e, em caso afirmativo, a obra é programada.
No caso das obras de beneficiação do NOF foram identificadas e formalizadas as necessidades
com o GE do edifício do Complexo Interdisciplinar e posteriormente solicitada autorização do DA do
NOF. Este levantamento consistia numa planta pretendida para a infra-estrutura e num documento
detalhando as necessidades para a remodelação da oficina. Estes documentos foram posteriormente
entregues ao conselho de Gestão.
Depois da aceitação do conselho de Gestão, este Órgão Central informou o Núcleo de Obras a
necessidade de se efectuar obras no local da oficina. Este núcleo juntamente com o responsável do
NOF, desenvolveram um caderno de encargos para a instalação da oficina, que englobou todo o
plano construtivo (Obras), as instalações eléctricas, sistema AVAC (Aquecimento, Ventilação e Ar
Condicionado), o sistema de Ar Comprimido e a distribuição de água. De certa forma, pode-se afirmar
que o NOF funciona como cliente e o NO como fornecedor de um serviço (responsáveis pela obras,
49
planeamento, orçamentação, e adjudicação das obras a efectuar), daí a importância da interacção
entre ambas as partes. Todos estes procedimentos encontram-se na página do conselho de gestão
do IST, na secção de Assuntos de Espaços, Obras e Manutenção, onde se encontra explicitado as
normas para a realização de Obras e Manutenção.
6.1.3. Aquisição de Bens e Serviço
A actividade financeira pública consubstancia-se na arrecadação de receitas e na afectação das
mesmas, a despesas necessárias à realização dos fins do estado, portanto é de extrema importância
que exista um sistema de controlo interno adequado, no sentido de seguir:
• As regras consideradas no Decreto-Lei 197/99 de 8 de Junho, que estabelece o regime da
realização de despesas públicas com a aquisição de bens e serviços
• As regras internas do IST no que se refere à autonomia das Unidades de Exploração, delegação
de competências e limites de autorização;
Este procedimento é um dos mais importantes do ponto de vista do Eng. Mecânico, pois em
qualquer indústria o engenheiro poderá deparar-se com a necessidade de compra de máquinas e
aquisição de serviços de outras empresas como por exemplo a manutenção das máquinas, daí a
necessidade de se criar um conjunto de passos de acção de modo a ser bem-sucedido. Ora no IST,
existe dois tipos de aquisições, as aquisições internas e as aquisições externas.
As aquisições internas são aplicáveis no caso de se encontrar disponível, na instituição, os
materiais/produtos necessários, procedendo-se do seguinte modo:
• Ver lista de Stocks disponibilizados pelo Núcleo de Economato a fim de verificar se existe em
stock os materiais necessários.
• Preencher e emitir uma Requisição Interna (RI), que encontra-se no anexo A3, para a entidade
fornecedora, que verifica a conformidade, e regista a entrada da RI e a saída do material.
• A requisição deve indicar o centro de custo (doravante CC), que paga o produto.
• Pode-se encontrar no link da pagina WEB do IST
Por outro lado ste procedimento é aplicável a qualquer aquisição que internamente não existe ou
não tem disponível, e deve-se actuar seguindo procedimentos adequados á sua aquisição.
Para tal, existe na instituição uma plataforma de aplicações centrais do IST que contém uma
aplicação para aquisições de bens e serviços, e aí deparámos com dois métodos de compras, o
primeiro ao abrigo do código de compras Publicas (doravante CCP) e o segundo ao abrigo da Ciência
e Tecnologia (Regulamento de compras do Instituto Superior Técnico - RCIST1).
O processo de compras divide-se:
• Regime Simplificado (até 5000 euros), para a formação de um contracto de aquisição de bens
ou aquisição de serviços cujo preço contratual não seja superior a 5000 euros.
1 O RCIST é uma simplificação do CCP, no qual não se aplica a parte II
50
• Regime Geral (até 75 000 euros), para a para a formação de um contracto de aquisição de bens
ou aquisição de serviços cujo preço contratual não seja superior a 75000 euros.
Para compras até 5000 euros, ou seja, regime simplificado segue-se o seguinte procedimento:
• O responsável efectua um Pedido de cotação, ou seja, pede orçamentação do que pretende seja
um bem ou um serviço, e deve exigir ao fornecedor os dados apresentados no anexo A5.
• Segue-se a proposta da empresa, que é inserida na central de compras do IST
(compras.ist.utl.pt), pelo responsável do NOF.
• Quando a proposta for aprovada pelo responsável da compra, após aprovação técnica (núcleo de
contabilidade), o IST envia uma nota de encomenda para a empresa.
• A empresa entrega o material encomendado, que é verificado se está em condições, sendo
confirmado na plataforma das compras pelo responsável do NOF que encontra-se tudo conforme
pedido.
• O último passo consiste na emissão da factura da empresa, para o núcleo de contabilidade.
Para compras até 75 000 euros, ou seja, regime geral segue-se o seguinte procedimento:
• Preenchimento do impresso de proposta para aquisição de bens e serviços
- Carta de motivação da compra;
- Documento com os dados das empresas a convidar (nome, morada, nº de
contribuinte);
- Documento com as especificações técnicas do bem ou serviço pretendido.
No anexo A4 apresenta-se o processo de compra do centro de maquinagem, em que demonstro
os passos a realizar utilizando o processo de compras até 75 000 euros.
6.1.4. Inserção na estrutura da Matéria Patrimonial
O cumprimento da legislação, em matéria patrimonial, especificamente a Portaria 671/2000 de 17
de Abril, obriga a manter, em dia, o cadastro dos bens móveis, do domínio privado, com a sua
identificação, no caso em particular todos estes procedimentos burocráticos dizem respeito à compra
de máquinas e todo o material necessário para o funcionamento da oficina.
Nesse sentido, apresenta-se os procedimentos para inserir os equipamentos ou materiais no IST,
após efectuada a compra, ainda descreve os procedimentos no caso de pretender mudar a
localização de determinado equipamento, de guia de transporte no caso de necessitar de um
equipamento sair do IST, por exemplo, uma fresadora necessita de manutenção, e este serviço é
efectuado na sede da empresa prestadora do serviço, preenche-se esse documento, e por ultimo
aborda-se os procedimentos no caso de algum equipamento ou material for para ser abatido.
Detalhadamente expõem-se os procedimentos de actuação:
• O responsável por qualquer aquisição de equipamento, deverá entregar no Núcleo do
Patrimónios original do Impresso Auto de Entrega, após ter submetido na plataforma
(Procedimento aquisições de Bens - RCIST), devidamente preenchido com toda a informação
solicitada, identificando o número de processo de compra da “Plataforma de Compras”, o nº da
51
nota de encomenda, identificação do NIF do fornecedor e nº da factura, bem como indicar a
pessoa responsável pelo bem e sua localização.
• Sempre que se quiser mudar de localização de bens móveis entre espaços da mesma instituição,
deverá este facto ser comunicado por escrito ao Núcleo do Património, para actualização de
dados, utilizando o Impresso de Mudança de Localização .
• Sempre que se quiser transportar os bens móveis para espaços exteriores da instituição, como,
por exemplo, transportar máquinas para manutenção, deve-se preencher o Impresso de Guia de
Transporte.
• Nos casos em que os bens se encontrem em mau estado de conservação e não se justifique a
sua reparação, deverá o mesmo ser comunicado ao Gestor do Pavilhão através do Impresso de
Auto de Verificação de Incapacidade/Proposta de Abate, a fim de se proceder ao "Auto de Abate"
onde deve constar o número de inventário, descrição do bem e localização. O Gestor do espaço
deverá elaborar um relatório justificando o abate.
No anexo A4 encontram-se os documentos/Impressos necessários e no A4 apresenta-se um
exemplo realizado de abate de duas bancadas de trabalho.
6.1.5. Solicitação de acesso ao campus
Para o processo de requisitar acessos ou lugares do parque de estacionamento do IST, deve-se
enviar um e-mail para [email protected] a solicitar o acesso ou a reserva desse local, no
caso de camiões pesados, em que as vias de circulação não são suficientes para a circulação destes
veículos. No anexo A4 demonstra-se um exemplo de um pedido para o acesso ao campus do IST, da
equipa responsável pela manutenção das máquinas que já existiam na oficina. Na remodelação da
oficina, surgiu inúmeras necessidades de entrada de empresas exteriores ao IST.
6.2. Núcleo de Oficinas
Esta secção propõe um conjunto de procedimentos de actuação, um sistema de gestão para o
funcionamento da oficina e um conjunto de procedimentos organizacionais inerentes á função dos
funcionários. Posteriormente, aborda-se todo o processo relacionado com equipamentos,
nomeadamente procedimentos de utilização e manutenção. Por último apresentam-se duas secções
relacionadas com o processo produtivo, onde se aborda o sistema de planeamento e gestão da
produção e o plano de fabrico.
6.2.1. Sistema de Apoio à Gestão e Planeamento
Atendendo à escolha do modelo de gestão, há necessidade da criação de uma facturação interna,
efectuada através do template proposto para organização dos serviços requeridos ao núcleo de
oficinas (anexo A5). Devido às vantagens dos sistemas informáticos (eliminação de ocupações de
espaço, papéis, capas, projectos, entre outros), é proposta a implementação de um sistema
informatizado para a oficina. Na verdade, existem no mercado diversos programas de gestão para
aplicação em Oficinas deste tipo que estamos a estudar, para tal, apresenta-se as características
principais baseadas num programa comercial [51].
Os programas de apoio à gestão
gestão de fornecedores, gestão de clientes, gestão de stocks, gestão de facturação, gestão de
despesas da oficina, gestão de funcionários/ folhas de ponto / controlo de tempos e gestão da agenda
telefónica. As principais características desses tipos
fornecedores para entrada de material em stock
de clientes, contas correntes de facturação
pode-se ter acesso são: artigos e respectivos preços de venda
prima, preços mão de obra e preços de utilização de máquinas), i
movimentação de artigos, listagem de c
Stock.
Demonstradas as potencialidades deste tipo de software propõe
suporte de gestão de uma oficina, em que a pessoa responsável pela Oficina, consegue através da
sua utilização efectuar uma gestão de todos os pa
6.2.2. Procedimentos Organizacionais
Em primeiro lugar, importa definir o número de funcionários necessários para o funcionamento
adequado da oficina, bem como a hierarquia dos cargos
oficina dividida em várias áreas distintas
de material, uma de fabrico não - convencional, u
ajuste e por último de uma área destinada ao
Figura 6.1 Disposição da Oficina por zonas
Para tal a proposta de escolha é de
de dois engenheiros mecânicos e de três operadores de máquinas ferramentas.
• 2 Engenheiros mecânicos, que ficam responsáveis pela gestão da Oficina, ambos devem ser
capazes da aceitação de project
conformidade através da metrologia das peças fabricadas. Qualquer um destes engenheiros
elabora e processa o fabrico de peças, na zona de CNC e na Zona de fabrico não
convencional (electro-erosão
52
de apoio à gestão apresentam como principais módulos de gestão os segu
gestão de fornecedores, gestão de clientes, gestão de stocks, gestão de facturação, gestão de
despesas da oficina, gestão de funcionários/ folhas de ponto / controlo de tempos e gestão da agenda
aracterísticas desses tipos de software são: entrada de facturas de
ornecedores para entrada de material em stock, atribuição de preços de artigos a determinado tipo
acturação, e análise de informação. As principais
rtigos e respectivos preços de venda (onde se incluem preços da matéria
prima, preços mão de obra e preços de utilização de máquinas), inventário
, listagem de clientes / fornecedores, de contas correntes
Demonstradas as potencialidades deste tipo de software propõe-se a sua utilização como principal
suporte de gestão de uma oficina, em que a pessoa responsável pela Oficina, consegue através da
sua utilização efectuar uma gestão de todos os parâmetros necessários para um bom funcionamento.
Procedimentos Organizacionais
definir o número de funcionários necessários para o funcionamento
a hierarquia dos cargos. Na Figura 6.1 verifica-se a disposição da
várias áreas distintas: Quatro zonas de fabrico convencional, uma de preparação
convencional, uma de fabrico computorizado, uma de montagem e
uma área destinada ao planeamento e metrologia.
Disposição da Oficina por zonas adaptado
Para tal a proposta de escolha é de 6 funcionários com diferentes cargos, e remete
de dois engenheiros mecânicos e de três operadores de máquinas ferramentas.
2 Engenheiros mecânicos, que ficam responsáveis pela gestão da Oficina, ambos devem ser
capazes da aceitação de projectos, efectuar o planeamento da produção, e verifica a
conformidade através da metrologia das peças fabricadas. Qualquer um destes engenheiros
elabora e processa o fabrico de peças, na zona de CNC e na Zona de fabrico não
erosão)
como principais módulos de gestão os seguintes:
gestão de fornecedores, gestão de clientes, gestão de stocks, gestão de facturação, gestão de
despesas da oficina, gestão de funcionários/ folhas de ponto / controlo de tempos e gestão da agenda
ntrada de facturas de
a determinado tipo
rincipais listagens que
(onde se incluem preços da matéria
e análise de
e listagens de
se a sua utilização como principal
suporte de gestão de uma oficina, em que a pessoa responsável pela Oficina, consegue através da
râmetros necessários para um bom funcionamento.
definir o número de funcionários necessários para o funcionamento
a disposição da
uma de preparação
de montagem e
funcionários com diferentes cargos, e remete-se á selecção
2 Engenheiros mecânicos, que ficam responsáveis pela gestão da Oficina, ambos devem ser
os, efectuar o planeamento da produção, e verifica a
conformidade através da metrologia das peças fabricadas. Qualquer um destes engenheiros
elabora e processa o fabrico de peças, na zona de CNC e na Zona de fabrico não
• 4 Operários técnicos de máquinas
convencional, de preparação do material e de montagem de componentes
Para melhor compreensão da hierarquia dos cargos da Oficina
retrata a hierarquia dos cargos que deve ter na Oficina (
Figura 6.2 Organigrama da Oficina
Na indústria comum dos dias de hoje, processa
fabricar o produto pretendido, entregando aos responsáveis da produção o desenho técnico do que
pretendem. Este procedimento é dificultado na medida que
Instituto superior técnico, o que implica que os “clientes” (departamentos ou outras entidades do IST)
sejam das mais variadas áreas, desde a engenharia mecânica, civil, até á engenharia electrotécnica,
química, e biológica o que leva a que algumas destas entidades (Engenharia Biologia, química, etc.)
não tenham conhecimentos de desenho técnico, o que dificulta o planeamento produtivo do projecto.
Para tal, o Engenheiro que entra em contacto com o cliente deve ser uma pessoa, com u
destreza, e flexibilidade mental (como é descrito na
para um plano de produtivo, que chegue ao
planeamento da produção após a aceitação do projecto e que efectua a verificação das
especificações do produto usando instrumentos adequados.
Os Engenheiros, são ainda os responsáveis pelo processo de fab
programas para o fabrico de um determinado projecto e acompanha o processo de fabrico nas
máquinas CNC e nas máquinas de electro
ambos os engenheiros conseguirem trabalhar
metrologia, CNC e de fabrico não convencional), faz com que se algum destes engenheiros faltar o
outro consegue desempenhar o papel, fazendo com que a oficina nunca pare o funcionamento.
Os operários de um modo geral devem ser capazes de produzir as peças pretendidas operando
tornos convencionais, fresadoras convencionais, engenho de furar, rectificadora, esmeriladoras
Devem ser capazes de preparar o material (corte no serrote mecânico), para a produção de p
capazes de efectuar soldadura em projectos que seja requerido ou necessário.
A zona de fabrico convencional
uma zona onde o fabrico se faz para peças muito grandes (torno convencional
será menor comparativamente às outras células
efectuar a preparação da matéria-prima para os outros
Operário 1
53
ários técnicos de máquinas-ferramentas de que irão trabalhar nas zonas de fabrico
convencional, de preparação do material e de montagem de componentes
hierarquia dos cargos da Oficina propôs-se um organigrama que
hierarquia dos cargos que deve ter na Oficina (Figura 6.2).
indústria comum dos dias de hoje, processa-se com o cliente dirigir-se á entidade que vai
fabricar o produto pretendido, entregando aos responsáveis da produção o desenho técnico do que
Este procedimento é dificultado na medida que a oficina dará apoio á investigação do
Instituto superior técnico, o que implica que os “clientes” (departamentos ou outras entidades do IST)
sejam das mais variadas áreas, desde a engenharia mecânica, civil, até á engenharia electrotécnica,
leva a que algumas destas entidades (Engenharia Biologia, química, etc.)
não tenham conhecimentos de desenho técnico, o que dificulta o planeamento produtivo do projecto.
Para tal, o Engenheiro que entra em contacto com o cliente deve ser uma pessoa, com u
destreza, e flexibilidade mental (como é descrito na Tabela 2.1) para traduzir o que o cliente pretende,
para um plano de produtivo, que chegue ao produto final. È este engenheiro que efectua todo o
planeamento da produção após a aceitação do projecto e que efectua a verificação das
especificações do produto usando instrumentos adequados.
Os Engenheiros, são ainda os responsáveis pelo processo de fabrico computorizado, efectua os
programas para o fabrico de um determinado projecto e acompanha o processo de fabrico nas
máquinas CNC e nas máquinas de electro-erosão. Um ponto importante a referir, é o facto dos
ambos os engenheiros conseguirem trabalhar nas mesmas áreas de trabalho (planeamento e
metrologia, CNC e de fabrico não convencional), faz com que se algum destes engenheiros faltar o
outro consegue desempenhar o papel, fazendo com que a oficina nunca pare o funcionamento.
eral devem ser capazes de produzir as peças pretendidas operando
tornos convencionais, fresadoras convencionais, engenho de furar, rectificadora, esmeriladoras
Devem ser capazes de preparar o material (corte no serrote mecânico), para a produção de p
capazes de efectuar soldadura em projectos que seja requerido ou necessário.
abrico convencional 3 destaca-se porque nunca estará sempre ocupado,
se faz para peças muito grandes (torno convencional HB 725
será menor comparativamente às outras células, para tal propõe-se operário deste posto que trate de
prima para os outros funcionários.
Engenheiro
Adjunto
Operário 2 Operário 3 Operário 4
Engenheiro
Responsável
ferramentas de que irão trabalhar nas zonas de fabrico
um organigrama que
se á entidade que vai
fabricar o produto pretendido, entregando aos responsáveis da produção o desenho técnico do que
á apoio á investigação do
Instituto superior técnico, o que implica que os “clientes” (departamentos ou outras entidades do IST)
sejam das mais variadas áreas, desde a engenharia mecânica, civil, até á engenharia electrotécnica,
leva a que algumas destas entidades (Engenharia Biologia, química, etc.)
não tenham conhecimentos de desenho técnico, o que dificulta o planeamento produtivo do projecto.
Para tal, o Engenheiro que entra em contacto com o cliente deve ser uma pessoa, com uma
) para traduzir o que o cliente pretende,
produto final. È este engenheiro que efectua todo o
planeamento da produção após a aceitação do projecto e que efectua a verificação das
rico computorizado, efectua os
programas para o fabrico de um determinado projecto e acompanha o processo de fabrico nas
Um ponto importante a referir, é o facto dos
nas mesmas áreas de trabalho (planeamento e
metrologia, CNC e de fabrico não convencional), faz com que se algum destes engenheiros faltar o
outro consegue desempenhar o papel, fazendo com que a oficina nunca pare o funcionamento.
eral devem ser capazes de produzir as peças pretendidas operando
tornos convencionais, fresadoras convencionais, engenho de furar, rectificadora, esmeriladoras, etc.
Devem ser capazes de preparar o material (corte no serrote mecânico), para a produção de peças e
nunca estará sempre ocupado, devido a ser
725), a procura
se operário deste posto que trate de
54
6.2.3. Procedimentos de Utilização das Máquinas
Este procedimento consiste na implementação de um manual de utilização das máquinas
existentes no NOF, em cada máquina, devidamente preenchido.
Nesse Manual de Utilização da Máquina apresenta-se dois templates:
• Fichas Técnica da Máquina
• Instalação e Funcionamento
Convêm realçar que o Manual de utilização pode diferir de máquina para máquina, apenas
deverão respeitar os parâmetros que propõe-se para tornar a utilização estandardizada.
Na ficha técnica, que funciona como a ficha de apresentação da máquina, deve conter informação
das características principais das máquinas.
Figura 6.3 Template de Ficha Técnica para aplicar nas Máquinas adaptado [52]
O template proposto neste estudo da, instalação e funcionamento, é tal que deve englobar quatro
aspectos fundamentais, a descrição dos elementos da máquina, os procedimentos de arranque e
funcionamento da máquina, uma secção de segurança a ter na utilização e por último um plano de
manutenção preventiva.
Na descrição dos elementos da máquina, deve conter como o próprio nome indica a descrição de
todos os elementos da máquina, explicando a funcionalidade de cada botão ou elemento, recorrendo
a fotos.
Nos procedimentos de arranque e funcionamento, deve conter os seguintes procedimentos:
- Arranque da máquina, ou seja como ligar todos os componentes da máquina geradores,
qual a tomada eléctrica necessária, etc.
- Realização da operação de zero, ou seja regular todos os carros móveis de modo a
obtermos um ponto de referência.
- Controlo dos circuitos hidráulicos, eléctricos (gerador), e caso aplicável fluidos que
auxiliam o processamento dos materiais (por exemplo fluidos de corte, dieléctricos)
- Controlo das caixas de velocidades caso aplicável (tornos)
Núcleo de Oficinas
IdentificaçãoDesignação:
Marca:
Modelo:
Nº de Série:
Data de aquisição:
Software:
Acessórios e Consumíveis Orgão
Caixa de Velocidades
Circuito Hidráulico
Lubrificação Centralizada
Fluído de corte
Plano de Manuntenção Preventiva Acções
Inspecção e Lubrificação
Nivelamento
Revisão Geral 365 (dias)
Observações
30 (dias)
365 (dias)
Periocidade
Ficha Técnica de Máquina
______________
Consumíveis Observações
Máximas -
Potência:
- Vertical eixo Z ---------
- transversal eixo Y -----
Cursos: - longitudinal eixo X ---
Dimensões: Minímas -
55
- Funcionamento do processo, para o fabrico pretendido (furação, facejamento, abertura de
caixa, etc.)
- Procedimentos de desligar a máquina
Nas Medidas de segurança: Engloba as principais medidas e EPI´s obrigatórios para a utilização
da máquina.
No Plano de manutenção Preventiva deve conter uma lista de procedimentos de actuação
recomendados pelo fabricante, dos elementos e componentes da máquina, propondo até um registo
periódico quer seja para a substituição de filtros, ou para limpeza das guias do equipamento. Este
ponto será detalhado na secção que se segue.
Para exemplificar elaborou-se um Manual de utilização da electro-erosora Charmilles D10 (anexo
A6), equipamento este patrocinado pela empresa MCG.
6.2.4. Procedimentos de Manutenção das Máquinas
Um aspecto importante numa oficina metalomecânica é a manutenção das máquinas, pois é onde
advém grande parcela de despesas (reparação) para tal deve se incorporar, em cada máquina, ou
em conjuntos de máquinas (Tornos CNC; Tornos Convencionais; Centro de maquinagem;
Fresadoras; Engenhos de Furar; Rectificadora e Electro-erosora) um plano de manutenção que
promove a eficácia e que reduz custos de reparação e custos por paragens não previstas. Existem
dois tipos de manutenção [52]:
• Manutenção Preventiva, como o próprio nome indica, consiste num trabalho de prevenção de
defeitos que possam originar a paragem ou um baixo rendimento dos equipamentos em
operação. Esta prevenção é feita baseada no estado do equipamento, local de instalação,
condições eléctricas que o suprem, dados fornecidos pelo fabricante.
• Manutenção correctiva é a forma mais óbvia e mais primária de manutenção, pode sintetizar-se
pelo ciclo "avaria-repara", ou seja, a reparação dos equipamentos é feita depois de ocorrer a
avaria. É a forma mais cara de manutenção quando encarada do ponto de vista total do sistema.
Propõe-se em cada máquina deve conter uma pasta em formato digital de manutenção e deve
conter os seguintes ficheiros:
• Fichas históricas dos equipamentos, contendo registo das manutenções efectuadas e defeitos
encontrados;
• Fichas de manutenção Preventiva;
• Fichas de tempos de reparação, com cálculo actualizado de valores médios;
• Fichas de planeamento prévio, normalizado, dos trabalhos repetitivos de manutenção. Nestas
fichas constam: Materiais, peças de reposição e ferramentas;
• Fichas de “causas – avaria”, ou seja, manutenção correctiva, que deve conter possíveis soluções
em caso de avaria.
Na antiga oficina, não existia dados sobre o histórico das máquinas, por isso deve ser
implementado no decorrer desta intervenção, para tal, uma vez que foi analisado a electro-erosora
56
D10, elaborou-se um plano de manutenção preventiva que encontra-se junto ao manual de utilização
da máquina, no anexo A6.
Na parte de planeamento prévio, deve conter um plano periódico das intervenções efectuadas
(manutenção preventiva), para a electro-erosora e encontra-se representado no anexo A8. Num torno
CNC os procedimentos de actuação de manutenção preventiva [53], diferem de máquina para
máquina mas no geral os aspectos mais importantes a ter em consideração são:
• Limpeza das guias dos carros que se movimentam;
• Lubrificação das guias dos carros que se movimentam, de forma a promover um deslocamento
suave e evitar a corrosão do material;
• Verificação do alinhamento das guias ao fim de x horas de operação;
• Controlo do alinhamento do cabeçote da máquina;
• Verificação da lubrificação de todos os pontos oleados;
• Controlo da pressão do óleo (nível do óleo);
• Verificação da pressão hidráulica de aperto das garras do cabeçote;
• Limpeza das partes lubrificadas;
• Verificação da temperatura, do filtro e do recipiente do óleo;
• Determinação da viscosidade do óleo;
• Limpeza e lubrificação do Porta - Ferramentas;
• Substituição de peças que se desgastam (por ex: ferramentas).
Estes pequenos cuidados faz com que a durabilidade da máquina aumente [53]. Na Tabela 6.2
apresenta-se um plano de verificações periódicas que variam desde diária, semanal, mensal,
semestral e ou anual, normalmente esta listagem vem recomendado pelo fabricante da máquina, do
mesmo género que se aplicou na electro-erosora.
Diário Semanal Mensal Semestral Anual Óleo hidráulico
Nível � � � �
Temperatura � � � �
Condição (amostras) � �
Mudança � �
Filtro
Mudança � � �
Verificação do nível de colmatação
�
Limpeza dos filtros � � �
Verificações de valores
Verificação e reguladores �
Outros controlos
Fugas externas �
Sujidades �
Danos �
Barulhos � Instrumentos de medida �
Tabela 6.2 Intervalo entre inspecções de sistemas adaptado [53]
57
Posto isto, nesta dissertação tentou-se realizar um plano de resolução de avarias mais comuns, ou
seja, em analogia com o dia-a-dia é o mesmo princípio de uma impressora, se o papel encravar, esta
diz-nos o procedimento para a sua reparação, são reparações simples que os próprios funcionários
podem realizar, seguindo uma lista que é feita por especialistas de manutenção de máquinas.
Um exemplo prático de manutenção correctiva efectuado consistiu na elaboração de um plano que
contém uma lista de causa de avaria e o seu possível solucionamento, realizado pelo instituto de
soldadura e Qualidade [53] para um torno CNC, o qual este encontra no anexo A7. Este Plano de
Manutenção deverá estar dentro da pasta de manutenção de cada máquina.
Com esta aplicação de procedimentos de manutenção das máquinas espera-se que diminuía as
avarias nas máquinas, por consequente diminuía a produtividade da oficina.
No anexo A7 apresenta-se uma lista de “Causa - avarias” que podem ser detectadas nas
máquinas CNC.
6.2.5. Planeamento e Gestão da Produção
Neste ponto de estudo, demonstra-se o processamento desde a entrada do pedido do cliente até á
saída do produto final.
Para tal apresenta-se a disposição da oficina (Figura 6.4) de modo facilitar a compreensão todo o
planeamento da produção.
Figura 6.4 Disposição da Oficina do IST
A oficina divide-se em várias áreas tal qual demonstradas na Figura 6.4, com a zona 1
corresponder á zona onde se recebe os clientes, onde se efectua todo o planeamento e também a
zona de metrologia a fim de verificar as especificações do cliente. A zona 2 corresponde á zona de
preparação de material e de soldadura, que servirá de apoio a todas as outras zonas da oficina.
Depois existem duas grandes áreas, uma destinada ao fabrico de produtos simples (3, 4, 5, 6), zona
convencional, e outra área destinada ao fabrico de peças em série e de geometria complexa (7 e 8).
Destaca-se para o fabrico de grandes séries, a produção de provetes e de geometrias complexas
destaca-se como o fabrico de micro componentes, estruturas que necessitam de furação profunda,
1 2
3 4 5 6
7
8 9
58
câmaras de vácuo, antenas etc. Na área destinada ao fabrico de produtos simples ainda está
vocacionada de acordo com o tamanho das peças, a zona 3 para peças de dimensões pequenas, e a
zona 4 e 5 para peças de dimensões médias e grandes.
O processo funciona do seguinte modo, o pedido surge por parte do cliente, que em conjunto com
o engenheiro discutem todos os aspectos relevantes do produto que pretende e se é possível realizar
com as condições presentes na oficina.
De seguida o engenheiro tem que elaborar um orçamento, que deve contabilizar quatro parcelas
segundo o que se propõe:
• Custos associados às matérias-primas (���);
• Custos associados às horas de Trabalho das Máquinas (����);
• Custos associados à mão de obra do trabalhador (���);
• Margem de lucro (������).
Pode-se calcular o preço que a peça irá custar utilizando a equação seguinte:
���ç� �!�" = $��� + &º(��)* ∗ ���� + &º(��)* ∗ ���, ∗ (1 + ������)
Um aspecto, importante dividir é o custo de utilização das máquinas, pois a oficina tem diferentes
tipos de máquinas, logo custos diferentes de utilização.
Propõe-se preços distintos para cada hora de utilização de máquina, um preço mais baixo no caso
de se utilizar máquinas convencionais (torno, fresadora, engenhos de furar, etc.), que até entre si
devem diferir, outro tipo de preço no caso de se utilizar máquinas CNC (centro de maquinagem e o
torno CNC) e por último se necessário recorrer ao fabrico não convencional (electro-erosão)
As horas de trabalho são estipuladas, pelo preparador/planeador de trabalho (Engenheiro), que
com a sua experiencia consegue estipular as horas de utilização de cada máquina para o fabrico de
um determinado componente.
Concluída esta fase de orçamentação caso o cliente aceitar a proposta, o engenheiro elabora um
procedimento para a produção mais propriamente dita, ao qual denomina-se caderno de fabrico.
Esquematicamente, apresenta-se uma proposta para o plano de produção do NOF, apartir da
aceitação da encomenda do NOF na Figura 6.5. Assim que é aceite a encomenda o engenheiro
transforma o pedido num plano de produção, que fica na lista de produção de encomendas a fabricar,
daí a ordem de produção 1, 2 e 3.
De seguida, o planeador efectua um plano a que denomina-se por gerar necessidades, em que
consulta a existência de materia-prima e de materiais necessarios á execução da encomenda, caso
não, exista verifica se já foi encomendado por algum colega (não é uma única pessoa a trabalhar), e
caso afirmativo, procede á produção do componente desejado.
É atribuido aos funcionários, o trabalho que contêm todas as especificições necessárias (caderno
de fabrico), desde o tipo de operação a efectuar (torneamento, fresagem,etc) até ás especificaçoes
das velocidades de rotação das ferramentas e das velocidades de avanço caso seja aplicavél.
Quando a encomenda estiver concluida, coloca-se em stock até que o cliente vá levantar o seu
pedido.Por fim é emitido uma factura, com os custos do fabrico da encomenda, de acordo com o
modelo de facturação do anexo A5.
59
Figura 6.5 Esquema do plano de produção do NOF adaptado [54]
6.2.6. Caderno de Fabrico
Um aspecto importante a abordar é a preparação e a elaboração do plano de fabrico, sendo o
ponto no qual a encomenda se transforma num caderno de fabrico que irá ser utilizado para o fabrico.
O engenheiro elabora o caderno, que serve também de apoio, para a orçamentação da encomenda,
e entrega aos funcionários para o fabrico do produto.
Este caderno tem como principal objectivo a estandardização de trabalho, em que o preparador
com ele consegue efectuar um plano de fabrico muito mais rapidamente.
Nesse caderno de fabrico deve conter toda a informação, desde a selecção da matéria-prima e
seu método de fabricação, selecção dos processos de maquinagem das superfícies das peças,
determinação da sequência de operações, determinação da fixação da peça para cada operação,
selecção do equipamento e ferramentas para as operações de maquinagem e por ultimo a
determinação das dimensões e tolerâncias operacionais para as operações de maquinagem.
Todas estas decisões devem ser optimizadas pelo responsável do planeamento da produção, de
modo a produzir com melhor qualidade e menores tempos por operação, ou seja, é uma melhoria
contínua de modo a optimizar todo o processo produtivo.
Nesta ordem de ideias, propõe-se um procedimento de actuação para quando a encomenda seja
aceite para o fabrico na Oficina, elaborando-se um caderno de fabrico. Esse caderno irá variar de
projecto para projecto, devendo apenas utilizar o template como base para o planeamento.
60
O Caderno de fabrico proposto é composto por 4 fichas baseado [43]:
• Ficha Preparação do Bruto de maquinagem
• Ficha de Ferramentas
• Ficha Gama
• Ficha de progressão
A ficha de preparação do bruto de maquinagem consiste, na preparação do bruto recorrendo ao
corte de material de modo a obter umas dimensões semelhantes às necessárias do produto
encomendado. O Valor será superior para compensar efeitos de inclinação do serrote mecânico e de
qualquer outro tipo de problema que poderá surgir.
Esta peça deverá ser facejada de modo a ficar com uma superfície plana, que a partir daí,
consegue-se referenciar para proceder ao resto do processo de fabricação da peça.
È nesta ficha que se selecciona o equipamento para a maquinagem das peças, determina-se a
sequência de operações, determina-se qual o dispositivo de fixação da peça para cada operação, e
ferramentas para as operações de maquinagem bem como toda a informação dos parâmetros de
maquinagem máximos das ferramentas para o não danificar a mesma (recomendado pelo fabricante
da ferramenta).
Portanto nesta ficha de ferramentas, é um dos pontos mais importantes a estandardizar, ou seja
propõe-se que se proceda á elaboração para cada máquina, uma ficha e que nelas estão já definidas
as posições das ferramentas de utilização mais frequentes.
Importa referir que deve ser aplicada essa estandardização para os tornos convencionais, o CNC
e para o centro de maquinagem, pois para todas as outras máquinas só pode estar acoplada uma
ferramenta de cada vez.
Deste modo apresenta-se na Tabela 6.3 uma lista com as posições das ferramentas para as
operações mais comuns de maquinagem quer de torneamento quer de fresagem.
Posição Operação Posição Operação
1 Facejamento 1 Facejamento 2 Desbaste 2 Desbaste (Compensação de raio á
direita) 3 Pré-Acabamento 3 Acabamento (Compensação de
raio á direita) 4 Abertura de Caixa 4 Desbaste (Compensação de raio á
esquerda) 5 Furação 5 Acabamento (Compensação de
raio á esquerda) 6 Acabamento 6 Abertura de caixa 7 Chanframento 7 Furação 8 Roscagem Exterior 9 Roscagem interior 10 Sangramento
a) b)
Tabela 6.3 a) Operações comuns na fresagem b) Operações comuns no torneamento
61
Como é sabido além destas posições de colocação das ferramentas existe mais posições, por
exemplo o centro de maquinagem consegue armazenar 16 ferramentas, para tal as outras posições
poderão ser ocupadas para necessidades produtivas mais específicas, que difere de produto para
produto. Aplica-se também para o torno CNC.
Com esta aplicação das ferramentas nas posições, consegue-se uma estandardização de
utilização e redução de tempos de preparação do processo, o que diminui custos associado á
produção de um determinado produto.
Na ficha Gama, apresenta-se a descrição da operação, e que ferramenta se utiliza é ainda nesta
secção que apresenta-se as velocidades de corte, as velocidades de avanço e a remoção de apara
por cada passagem recomendadas para efectuar o produto pretendido. È aqui que consegue-se
determinar tempos de utilização das máquinas, factor muito importante para a realização de
orçamentos para o cliente.
Por último e não menos importante a ficha de progressão, é esta que dita a orientação do fabrico
da peça, ou seja, para fabricar um produto este passa por várias etapas, sendo esta ficha a
responsável pela ordenação do processo.
62
7. Conclusão e Trabalhos Futuros
Uma empresa ou serviço sem condições de trabalho, seja ao nível da organização, da higiene ou
da segurança, sem os meios adequados para responder às solicitações é um ambiente propício à
promoção de um trabalho excessivo onde impera a falta de motivação, o aumento da fadiga e a
probabilidade de acidentes. Neste sentido a organização e o planeamento é a estratégia acertada
para promover a motivação da equipa de trabalho, assim como, a autonomia é um mecanismo de
integração do trabalhador na solução das questões diárias e na promoção das condições de trabalho.
A presente tese procurou abordar três questões fundamentais para o funcionamento de uma
oficina de mecânica, que passam desde a higiene e segurança no trabalho, ao estabelecimento de
procedimentos de actuação e à implementação do espaço oficinal. O ponto de partida para a
realização destas actividades teve por base uma antiga oficina existente no Instituto Superior
Técnico, sendo o objectivo o estudo e a implementação de acções para a sua modernização
enquadrada nos objectivos de apoio à actividade experimental da escola.
A oficina que serviu de base ao trabalho não tinha procedimentos de segurança, de organização,
de higiene e segurança, de facto, foram encontrados equipamentos, que na generalidade estavam
obsoletos e a precisar de intervenção de manutenção e/ou reparação. A maioria desses
equipamentos, não continha elementos de segurança para a sua utilização, sendo por isso importante
a aplicação de procedimentos de higiene e segurança no trabalho. O resultado deste levantamento
inicial resultou na necessidade em realizar uma intervenção geral ao nível da instalação oficinal e dos
equipamentos. Para a instalação oficinal foi definida e realizada uma obra de beneficiação do espaço,
envolvendo o alargamento do espaço através da demolição de gabinetes circundantes e um profundo
recondicionamento da estrutura do edifício, da rede eléctrica, da rede de ar comprimido, da rede de
águas e esgotos, dos sistemas de ar condicionado e dos acessos ao espaço. Quanto aos
equipamentos foi necessária a sua remoção para a realização das obras de beneficiação do espaço
oficinal, o qual foi aproveitado para simultaneamente realizar a selecção dos equipamentos em
condições de serem recondicionados e novamente integrados na nova oficina.
A aplicação dos procedimentos de higiene e segurança, não só garantiu que a oficina cumpre os
requisitos legais impostos a esta actividade, como beneficia um conjunto de pontos que promovem a
diminuição de acidentes de trabalhos bem como a consequente diminuição de perdas de
produtividade devido aos acidentes. A criação dum manual de procedimentos de actuação permitiu
ajudar clarificar as acções que os trabalhadores devem executar para o funcionamento normal da
oficina, assim como, estruturar as acções administrativas que o chefe de oficina deverá realizar para
a instalação inicial e a gestão diária. Este último aspecto, e apesar de não interferir directamente nas
actividades diárias da oficina de mecânica, representa muitas horas despendidas quando os
procedimentos a seguir não são claros. Alguns destes procedimentos são complexos, nomeadamente
para aquisição de bens e de serviços acima de determinados valores indicados no RCIST, assim
como o fundo de maneio é totalmente desajustado para as necessidades diárias de uma oficina. Os
processos de adjudicação são lentos e promovem atrasos na execução dos trabalhos.
63
Depois de concluído o plano de beneficiação da instalação oficinal, efectuou-se medições de
variáveis ambientais (ruído, luminosidade, temperatura, etc) e a sua variação ao longo do dia, os
quais apresentaram valores aceitáveis dentro dos regulamentos específicos, excepção a variação da
temperatura local junto às janelas. Essas dezoito janelas têm quatro décadas de utilização e
apresentam um mau funcionamento sendo constituídas em alumínio sem isolamento térmico e vidro
simples, tornando imperioso a sua substituição por outras com maior isolamento térmico e sonoro.
A introdução de procedimentos de actuação a nível do núcleo de oficina, leva a que consiga obter
um bom funcionamento da oficina, de modo organizado e eficaz. Foram apresentadas soluções para
a manutenção que minimiza o tempo de paragem das máquinas e maximizar o tempo de
operacionalidade de cada máquina
Como perspectiva de futuro apontam-se a continuação do desenvolvimento dos procedimentos de
higiene e segurança no trabalho, só que agora do ponto de vista do operário (medições de ruído e de
iluminação no posto de trabalho), bem como terminar a aplicação dos elementos de segurança
colectivos e individuais que ainda não foram colocadas. Recomenda-se efectuar um estudo de
procura deste tipo de serviço a fim de quantificarmos o número necessário para o funcionamento da
oficina no dia-a-dia. Por último propõem-se estabelecer procedimentos para contactos com empresas
externas de modo a criar futuras parcerias para efectuar as encomendas que não são realizáveis na
oficina implementada.
64
Bibliografia
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[18] Decreto-Lei 182/2006 de & de Setembro.
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[21] Portaria 53/71, 3 de Fevereiro.
[22] Norma DIN 5035 – 2 (1990).
[23] Portaria 1532/2008 de 29 de Dezembro.
[24]http://products.boschsecurity.com.ar/pt/LATIN/products/bxp/CATM66493f62e08061d5b4e2e3ab5
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[25] http://www.argus-engenharia.com.br/sistema-contra-incendio/2/9/sistema-de-sprinklers.
[26] Norma Portuguesa NP- 2980 (1986).
65
[27] Portaria nº 1456-A/95 de 11 de Dezembro.
[28] Decreto-Lei nº 366-A/97 de 20 de Dezembro.
[29] Decreto-Lei nº50/2005 de 25 de Fevereiro.
[30] LIMA, F.A; Santos M; MORGADO M. Criação e Implementação de Procedimentos de Segurança
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de 2004.
[31] http://www.manutan.pt/protectores-para-esmeriladoras_M382-41.html.
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[33] http://www.donghaimt.com.pt/2-a4-cnc-milling-machine.html.
[34] http://zedaagua.blogspot.com/2009/01/serrote-macc-250.html.
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[37] http://www.instrutech.com.br/kitautom.htm
[38] Decreto-Lei 348/93, 1 de Outubro
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[40] http://www.manutan.pt/Oculos-de-proteccao_MDL58-63.html.
[41] http://www.manutan.pt/mascara-com-capuz_MDL1738-18.html.
[42] Norma EN 458 (1996)
[43] Norma Portuguesa NP-2190 (1986)
[44]http://www.manutan.pt/tampoes-auriculares-reutilizaveis-30-db_O-03010-750.html
[45]http://www.equipamentodeprotecaoindividual.com/epi/abafador-de-ruido/abafadores-de-som-
tipoconha-3m.
[46] http://www.mgcinto.com.br/produtos/DetalheProduto.asp?categoria=18&codigo=86
[47] http://www.solostocks.pt/venda-produtos/seguranca-protecao/epi-seguranca-trabalho/bota-preta-
work-c-biqueira-de-aco-01-501-5815-304515
[48] http://www.manutan.pt/luvas-powerflex-plus-80-602-tamanho-9_980Y646.html
[49] AMARAL, Tiago, Estudo para implementação de oficinas metalomecânica, IST, Lisboa, 2011
[50] http://www.polipox.com.br/piso_polipox_multilayer.htm
[51] http://www.winoficinas.com, Software de Gestão WinOficinas.
[52] SANTOS, Mário J.M.F. Relatório do projecto final, Gestão de Manutenção do Equipamento,
FEUP, Porto, Fevereiro 2009
[53] RODRIGUES, Alexandra. Guia CNC Avançado ISQ, Lisboa, Setembro de 1999
[54] Alidata software, controlo de produção, indústria metalomecânica
Anexos
1
2
A1 – Sinalização de Segurança
Sinais de Proibição:
Sinais Relativos a material de combate a Incêndios:
Sinal de Obstáculos e locais Perigosos:
Sinais de Aviso:
3
Sinais de Obrigação:
Sinais de Salvamento ou de Saúde:
4
A2 – Check-List de Procedimentos de HST
Higiene e Segurança no Trabalho IST-HST-2011 Elaborado Por:_____ Aprovado Por:_____ Data:
Lista de Verificação das Condições de Trabalho
(C) Conforme - (NC) Não Conformidade - (OM)
Oportunidade de Melhoria – (NA) Não Aplicável
Referência
Legislativa C NC OM NA
ILUMINAÇÃO
1. Os locais de trabalho e vias de circulação são iluminados com luz natural complementados com luz artificial quando aquela é insuficiente?
Port.987/93 Art.º 8º
2. A iluminação é adequada ao tipo de tarefas? DL 243/86 Art.º 14º
3. Nos locais de trabalho, os níveis de iluminação mínimos atingem os valores recomendados?
DL 243/86 Art.º 14º
4. Nos locais onde existe perigo é intensificada a iluminação?
Port.987/93 Art.º 8º
5. Existem dispositivos destinados a evitar encandeamentos?
DL 243/86 Art.º 14º
6. Os meios de iluminação artificial são mantidos em boas condições de funcionamento e limpeza?
Port.53/71 Art.º 20º
7. A iluminação Artificial é de modo a evitar o efeito estroboscópico?
Port.987/93 Art.º 8º
8. As janelas e outras superfícies vidradas são mantidas limpas?
CONDIÇÕES ATMOSFÉRICAS NOS LOCAIS DE TRABALHO
1. A temperatura/humidade relativa são mantidos dentro dos níveis de conforto usuais (18 a 25º C e 50 a 70%)?
Port. 53/71 Art.º 24º
2. Havendo postos de trabalho onde não seja possível reunir condições de conforto, existem meios de minimizar esta situação, nomeadamente por medidas técnicas localizadas ou pelo uso de EPI´s?
Port.987/93 Art.º 7º
3. Os postos de trabalho encontram-se afastados de instalações que emitam radiações térmicas elevadas ou um arrefecimento intenso?
Port.987/93 Art.º 7º
1C. EXPOSIÇÃO AO RUÍDO
1. São colocados à disposição dos trabalhadores os dispositivos de protecção individual adequados, nos locais onde o ruído é superior a 80 dB(A)?
DL 182/2006 Art.º 7º
2. Os dispositivos de protecção são utilizados por todos os trabalhadores em que se registe ruído superior a 85 dB(A)?
DL 182/2006 Art.º 9º
3. Estas áreas estão perfeitamente identificadas e sinalizadas quanto ao risco e ao EPI a utilizar?
DL 348/93
4. Os trabalhadores expostos a níveis de ruído iguais ou acima dos valores de acção inferiores (80 dB(A)), assim como aos seus representantes para a segurança, higiene e saúde no trabalho, recebem informação/formação?
DL 182/2006 Art.º 9º
GASES E VAPORES – VENTILAÇÃO E EXTRACÇÃO
1. Os gases, vapores e poeiras são captados no ponto da formação?
Port.987/93 Art.º 6º
5
2. Os locais de trabalho e espaços comuns têm meios que permitam a renovação natural e permanente do ar sem correntes incómodas e prejudiciais?
Port.987/93 Art.º 6º
3. Recorre-se à ventilação forçada quando a ventilação natural é insuficiente?
Port.987/93 Art.º 6º
4. É assegurado o caudal suficiente de ar fresco e puro para todos os locais de trabalho?
Port.987/93 Art.º 6º
5. Os meios de renovação de ar, natural ou forçada, são de molde a não produzirem nem admitirem na atmosfera de trabalho substâncias incómodas, tóxicas ou perigosas?
Port.987/93 Art.º 6º
EQUIPAMENTO DE PROTECÇÃO INDIVIDUAL (EPI)
1. Os EPI estão conforme com as normas aplicáveis à sua concepção e fabrico?
DL 348/93 Art.º 5º
2. Os EPI são suficientes e adequados aos riscos a prevenir e às condições existentes no local de trabalho?
DL 348/93 Art.º 5º
3. Os EPI atendem às exigências ergonómicas e de saúde do trabalhador?
DL 348/93 Art.º 5º
4. Os EPI são adequados ao seu utilizador? DL 348/93 Art.º 5º
5. Os EPI utilizados em simultâneo são compatíveis entre si e mantêm a sua eficácia relativamente aos riscos contra os quais se visa proteger o trabalhador?
DL 348/93 Art.º 5º
6. Os EPI são de uso pessoal? DL 348/93 Art.º 5º
7. Nos caos em que, o EPI tem de ser utilizado por mais que um trabalhador, são tomadas medidas apropriadas para salvaguarda das condições de higiene e de saúde dos diferentes utilizadores?
DL 348/93 Art.º 5º
8. As condições de utilização do EPI, nomeadamente quanto à sua duração, são determinadas em função da gravidade do risco, da frequência de exposição e da característica do posto de trabalho?
DL 348/93 Art.º 5º
9. Os EPI são devidamente mantidos e substituídos quando necessários?
DL 348/93 Art.º 6º
10. Os trabalhadores estão informados dos riscos contra os quais o EPI os visa proteger?
DL 348/93 Art.º 6º
11. Os equipamentos de protecção individual são monitorizados regularmente?
SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA
1. Existe um sistema de sinalização de riscos adequados que inclui a afixação de sinais de aviso para riscos de proibição, de informação e de obrigação?
Port. 1456-A95 Art.º 5º
2. Os sinais utilizados correspondem ás cores e dimensões definidas na legislação/normas?
Port. 1456-A95 Art.º 5º
PAVIMENTOS
1. Os pavimentos destinados à passagem de pessoas/veículos estão isentos de cavidades e de saliências e livres de obstáculos?
Port.987/93 Art.º 10º
6
2. As vias de circulação, bem como os espaços destinados a máquinas, armazenagem, estão devidamente demarcados? E esta demarcação é respeitada?
Port.987/93 Art.º 10º
3. Os pavimentos encontram-se limpos e em boas condições de higiene?
Port.987/93 Art.º 10º
4. Os pavimentos e logradouros são convenientemente drenados?
Port.987/93 Art.º 10º
5. Os pavimentos são de superfície antiderrapante? Port.987/93 Art.º 10º
6. Em zonas escorregadias é utilizado calçado antiderrapante?
Port.987/93 Art.º 10º
7. As aberturas nos pavimentos e nos locais de passagem estão devidamente resguardadas?
Port.987/93 Art.º 10º
8. Os resguardos/coberturas são suficientemente resistentes e os guarda-corpos colocados à altura regulamentada?
Port.987/93 Art.º 10º
9. Os locais de trabalho são mantido limpos, ordenados, livres de obstáculos e com equipamentos necessários para manter a limpeza e a sua organização?
SEGURANÇA NAS MÁQUINAS (ASPECTOS GERAIS)
1. O estado geral das máquinas é adequado (danos visíveis, limpas, protecções colocadas)?
DL 50/2005
2. O manual de operação de máquinas está disponível nos locais de operação e é legível?
DL 50/2005
3. Os regimes de funcionamento das máquinas respeitam os limites de construção?
DL 50/2005
4. Os dispositivos de paragem de emergência estão em local facilmente acessível e claramente identificados e assinalados?
DL 50/2005
5. Os comandos das máquinas estão protegidos quando accionados inadvertidamente?
DL 50/2005
6. Existe dispositivo de bloqueamento de paragem que iniba o arranque inadvertido?
DL 50/2005
SEGURANÇA NAS MÁQUINAS (EM USO OU FORA DE SERVIÇO)
1. As máquinas são providas de protectores ou resguardos que asseguram uma protecção eficaz interditando o acesso a zonas perigosas?
DL 50/2005
2. As protecções são solidamente fixas à máquina, pavimento, parede ou tecto?
DL 50/2005
3.As protecções das máquinas mantêm-se colocadas na máquina durante a laboração da máquina?
DL 50/2005
4. As protecções protegem o operador da projecção de partículas, faíscas, contacto de peças móveis ou de solavancos?
DL 50/2005
5. Foram instaladas protecções onde a retirada das mesmas iniba o funcionamento das máquinas?
DL 50/2005
6. Existe sinalização eficaz nas máquinas paradas quando é necessário: fazer a manutenção, proibir ligar, obrigar parar antes de intervir?
DL 50/2005
7
7. Existe um sistema de bloqueamento de fornecimento de força motriz para quando as máquinas se encontram em manutenção?
DL 50/2005
8. Todos os trabalhadores encarregados de proceder a manutenções nas máquinas têm formação adequada relativamente aos riscos que essas tarefas significam para si e para os restantes trabalhadores?
DL 50/2005
9. As avarias e deficiências em máquinas e sistemas de protecção são imediatamente denunciadas pelo operador?
DL 50/2005
SISTEMAS DE ALARME
1. Os dispositivos de alerta do equipamento de trabalho podem ser ouvidos e compreendidos facilmente sem ambiguidades?
Port. 53/71 Art.º 31º
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
1. Tubos, ligações e outros dispositivos sob pressão estão livres de danos observáveis?
Port. 53/71 Art.º 84º
2. As tubagens estão devidamente fixadas ao local? Port. 53/71 Art.º 82º
GASES COMPRIMIDOS
1. Os cilindros são protegidos do calor, do sol e intempéries?
Port. 53/71 Art.º 34º
2.Os cilindros são colocados em locais afastados de escadas, saídas, vias de circulação?
Port. 53/71 Art.º 34º
VÁLVULAS E CONTROLOS MECÂNICOS
1. As válvulas e controlos mais importantes estão identificados e rotulados?
Port. 1456-A/95 Art.º 7º
2. As válvulas e controlos estão completamente operacionais e facilmente visíveis e operáveis?
Port. 341/97
SISTEMAS DE ALARME
1. Existem sistemas de alarme de sobre-pressões? Port. 53/71 Art.º 31º
2. Existem sistemas de alarme de temperatura excessiva em todos os equipamentos sob pressão sujeitos a aquecimento?
Port. 53/71 Secção VI
EQUIPAMENOS DOTADOS DE VISOR
1. As secretárias têm as dimensões necessárias para proporcionar conforto e flexibilidade na colocação do equipamento?
Port. 989/93 Art.º 2º
2. As cadeiras são sólidas e do tipo adequado? Port. 989/93 Art.º 2º
3. As cadeiras permitem facilidade de movimentos? Port. 989/93 Art.º 3º
4. As alturas das cadeiras são ajustáveis? Port. 989/93 Art.º 2º
8
5. A imagem do monitor é estável? Port. 989/93 Art.º 1º
6. Uma vez ajustada, a imagem do monitor é nítida e aceitável?
Port. 989/93 Art.º 1º
7. Há apoios enfrente aos teclados para as mãos? Port. 989/93 Art.º 1º
8. Os símbolos das teclas são legíveis? Port. 989/93 Art.º 1º
9. Os postos de trabalho dispõem porta documentos para os casos em que tal são necessários?
Port. 989/93 Art.º 2º
10. O espaço disponível sobre as secretárias é suficiente para se trabalhar com conforto?
Port. 989/93 Art.º 3º
11. As zonas de trabalho estão protegidas contra reflexos?
Port. 989/93 Art.º 3º
SISTEMAS ELÉCTRICOS DE POTÊNCIA
1. Os painéis de controlo (quadros) de alta tensão são mantidos enclausurados e fora do alcance?
D 42895º Art.º 71º
2. Os quadros estão identificados, marcados e acessíveis em determinadas condições de segurança?
DL 56/85 Art.º 34º
4. As condições à massa são regularmente medidas e encontram-se em boas condições?
D 42895º
5. Os equipamentos eléctricos encontram-se protegidos quanto ao risco de Curto-Circuito?
DR 56/85 Art.º 62º
6. Os interuptores estão facilmente visíveis, se estão ligados ou não?
D 42895º Art.º 69º
7. Existem terras em todas as instalaçoes? D 42895º 2.2
8. Existe iluminação de emergência? DR 56/85 Art.º 42º
9. As tomadas eléctricas são suficientes para cada posto de trabalho e estão instaladas de modo a garantir o número e tipo de ligações necessárias, e a impedir o desgaste dos seus componentes?
FERRAMENTAS PORTÁTEIS A MOTOR
1.São usados os EPI’s correctos nas ferramentas portáteis?
Por. 53/71 Art.º 100º
2. As ferramentas a motor são periodicamente inspeccionadas?
Por. 53/71 Art.º 100º
3.As ferramentas são utilizadas somente para o fim que foram concebidas?
Por. 53/71 Art.º 99º
SISTEMAS DE CORTE DE ENERGIA
1. Todos os circuitos e equipamentos têm dispositivos de corte de energia?
D 4289 Art.º 5º
9
ARMAZENAGEM E ARRUMAÇÃO
1. Os pavimentos são estáveis e estão fixas? Por. 987/93 Art.º 10º
2. Estão marcadas as cargas máximas admissíveis para as estantes e prateleiras?
Por. 987/93 Art.º 1º
2.1 Estes limites são respeitados? Por. 987/93
4. É evitado o empilhamento de cargas em alturas excessivas?
DL 320/2001
5. As passagens e vias de circulação são mantidas limpas e desimpedidas?
Por. 987/93
6. Os espaços de armazenagem e restante equipamento encontram-se em boas condições de limpeza, arrumação e conservação?
Por. 987/93
MOVIMENTAÇÃO MANUAL DE CARGAS
1. Sempre que é possível é utilizada a movimentação mecânica de cargas em detrimento da movimentação manual?
DL 330/93 Art.º 4º
2. As cargas são reduzidas em termos de dimensão e de peso sempre que exequível?
DL 330/93 Art.º 4º
3. Existe o cuidado de conceber as tarefas de modo que não sejam exigidos esforços e posicionamento incorrectos dos trabalhadores?
DL 330/93 Art.º 6º
4. Nos meios de elevação verifica-se boa coordenação entre os intervenientes?
DL 330/93 Art.º 4º
ARMAZENAGEM E RETENÇÃO DE QUÍMICOS E COMBUSTÍVEIS
1. As quantidades de produtos químicos e combustíveis limitam-se às estritamente necessárias?
DL 139/2002
2. Existem zonas exclusivas de armazenagem para estes produtos com resistência ao fogo
DL 139/2002
3. Os reservatórios, tambores e outros recipientes estão adequados para receberem estes produtos?
DL 139/2002
4. Os reservatórios dispõem de válvulas de segurança? DL 139/2002
5. Os reservatórios dispõem de ligação à terra e estão devidamente apoiados?
DL 139/2002
6. Estão instalados dispositivos anti-estáticos onde necessário?
DL 139/2002
7. Os locais onde se encontram os reservatórios dispõem de capacidade de retenção de fugas, possibilidade de drenagem e material absorvente?
DL 139/2002
8. Existem reservatórios portáteis resistentes ao fogo? DL 139/2002
9. As zonas onde é proibido foguear estão demarcadas e assinaladas?
DL 139/2002
10. Todos os produtos químicos estão devidamente identificados?
DL 290/2001 Art.º 4º
10
MANUSEAMENTO DE SUBSTÂNCIAS TÓXICAS OU CORROSIVAS
1. Todos os produtos químicos têm fichas técnicas de segurança?
Por.732-A/96 Art.º 1º
1.1 Estas fichas técnicas de segurança estão em local acessível para a consulta dos trabalhadores?
DL 311/95 Art.º 3º
2. Existem procedimentos de segurança implementados para a utilização, decantação e movimentação destas substâncias?
Por.732-A/96
3. Existem procedimentos de segurança implementados para o manuseamento de baterias?
Por.732-A/96
REMOÇÃO DE RESÍDUOS
1. Existem contentores em número e em locais adequados para a remoção de resíduos?
Por. 53/71 Art.º 38º
2. O material e as dimensões dos contentores são adequados aos resíduos a que se destinam?
Por. 53/71 Art.º 38º
3. Os resíduos são retirados do local de trabalho segundo as instruções de segurança designadas para o efeito?
Por. 53/71 Art.º 38º
ROTULAGEM E SINALIZAÇÃO
1. Existe um sistema coerente e adequado de sinalização para a proibição, obrigação e aviso nos locais de armazenagem, manipulação e transporte das substâncias químicas?
DL 69/2005 Art.º 6º
2. Os produtos químicos estão devidamente rotulados? DL 69/2005 Art.º 6º
3. Todos os reservatórios de produtos químicos, válvulas e outros acessórios estão devidamente marcados e rotulados?
DL 35/2004 Art.º 48º
TRABALHADORES (Luta contra Incêndios)
1. Existe equipamento de protecção individual e é utilizado de acordo com as normas de segurança da empresa?
DL 348/93 Art.º 5º/6º
2. Os EPI´s são adequados às funções e substâncias manuseadas em cada tarefa?
DL 348/93 Art.º 5º
3. Os EPI`s são adequadamente armazenados, mantidos e limpos?
Lei nº35/2004 Art.º 55º
4. A recolha de EPI`s contaminados é feita de acordo com o respectivo procedimento?
Lei nº35/2004 Art.º 55º
SAÍDAS DE EMERGÊNCIA
1. Existem saídas de emergência em número suficiente e de dimensões adequadas?
Port.987/93 Art.º 4º
2. Estas saídas de emergência dão para locais seguros?
Port.987/93 Art.º 4º
3. Em cada local existem pelo menos duas saídas de emergência (excepto em locais de pequena dimensão)?
Port.987/93
11
4. As vias que conduzem às saídas de emergência encontram-se claramente assinaladas e sinalizadas?
Port.987/93 Art.º 4º
5. As vias de evacuação dispõem de iluminação de emergência?
Port.987/93 Art.º 4º
6. As portas dos caminhos de evacuação abrem no sentido da fuga?
Port.987/93 Art.º 4º
7. São efectuados revisões periódicas ao funcionamento das portas de emergência, dos caminhos estabelecidos em situação de emergência e ao estado de conservação do mesmo?
Port.987/93
PROTECÇÃO AO FOGO
1. Existe um número adequado de extintores portáteis e/ou mangueiras de incêndios?
Port.987/93 Art.º 5º
2. Os extintores de incêndio são adequados, encontram-se operacionais e estão distribuídos de forma a serem facilmente utilizados pelos trabalhadores?
Port.987/93 Art.º 5º
2.1. Os trabalhadores sabem utilizar os extintores de incêndio?
3. Existe espaço suficiente para uma intervenção correcta dos bombeiros nas instalações, no caso e imergência?
DL 410/98 Art.º 14º
4. Os meios de isolamento de espaços encontram-se operacionais?
DL 410/98 Art.º 16º
5. Os caminhos de evacuação tem a largura mínima regulamentada?
DL 410/98 Art.º 54º
6. As portas de saída (de emergência) abrem no sentido de evacuação?
DL 410/98 Art.º 55º
7. Existe sinalização de emergência adequada? DL 66/95 Art.º 20º
SISTEMAS DE ALARME E EQUIPAMENTO DE EMERGÊNCIA
1. O sistema automático de detecção de incêndios encontra-se operacional e é testado periodicamente?
DL 368/99 Anexo (9)
INSTRUÇÕES DE EMERGÊNGIA
1. Existem instruções afixadas com as acções a tomar em caso de emergência?
DL 368/99 Anexo (11)
2. Existem sinais e instruções de actuação junto a comandos e controlos de emergência (i.e. fecho de circuitos de gases, quadros de sinalização, armário s dos extintores)?
DL 368/99 Anexo (11)
3. Existem instruções de emergência junto aos telefones dos locais de trabalho?
DL 368/99 Anexo (11)
4. Existem instruções afixadas sobre acções a tomar em caso de emergência junto a locais onde existem substâncias perigosas?
DL 368/99 Anexo (11)
12
PRIMEIROS SOCORROS
1. Existem locais estrategicamente colocados em número suficiente para a prestação de 1º. Socorros?
DL n.º347/93, de 1-10 nº 5, Portª n.º 987/93, de 6-10 Artº 6º, DL n.º141/95, de 14-6 Portªn.º1456-A/95 Art.º 273º/2-i-l do CT Artº 275º/1-b-c-9 do CT
1.1 Estes locais dispõem de equipamentos adequados aos socorros a prestar?
INSTALAÇÕES SOCIAIS E BEM-ESTAR
1. As instalações sanitárias estão perto dos locais de trabalho e são limpas regularmente?
3. Existem instalações de vestiário para mudança e guarda da roupa e de outros pertences pessoais?
13
A3 – Procedimentos Técnicos HST
Lista de necessidades:
• 2 Caixas de primeiros socorros simples;
• 1 Caixa de primeiros socorros completa;
• 1 Detergente esfoliante;
• 5 Óculos de Protecção contra projecção
de aparas mais caixa sinalizada de uso
obrigatório;
• 1 Máscara de protecção para soldadura;
• 5 Auriculares de protecção auditiva;
• 1 Abafador de ruído;
• 5 Pares de luvas Kevlar (anti-cortes);
• 1 Par de luva para soldar
• 5 Botas de uso industrial (biqueira de
aço);
• 5 Fatos ou batas de trabalho;
• 1 Casaco de soldador
• 1 Fato para pintura;
• 1 Mascara de protecção respiratória
para Pintura com filtro incorporado;
• 50 Metros de Fita Reflectora;
• 6x2m Tapetes “ergonómicos;”
• 3 Sinais de extintor
• 1 Sinal botão de alarme
• 3 Sinais de saida
• 1 Sinal de Proibição de acesso;
• 1 Sinal de Proibição de fumar;
• 1 Sinal de perigo eléctrico;
• 2 Sinais de Uso obrigação de Protecção
auditiva;
• 5 Sinais de Uso obrigação de Protecção
das mãos, luvas e botas;
14
15
A4 – Impressos Administrativos
Requisição Interna:
16
AUTO DE ENTREGA Nº ____/____________AUTO DE ENTREGA Nº ____/____________AUTO DE ENTREGA Nº ____/____________AUTO DE ENTREGA Nº ____/____________
Procedeu-se no dia __/__/____, pelas _________ horas à recepção dos seguintes bens:
Finalidade a que se destina o bem: Ensino Investigação Prestação de Serviços Gestão Recebido por: ___________________________________________ Nº Mec.:______ Categoria:_________________________
Assinatura do responsável pelo bem ou bens___________________________________Nº. Mec:_______
Nota importante: O nome, nº mecanográfico e categoria do funcionário que recebe o material deve ficar legível, bem como a assinatura da pessoa responsável pelo bem. Anexos: Guia de Remessa. (1) Serviço requisitante (2)Este nº serve para ajudar a identificar o bem até à etiquetagem (3) A Atribuir pelo Núcleo do Património (4) Local onde o bem ficará instalado (edifício, piso, sala )
PROCESSO(S) DA PLATAFORMA Nº._______________________________________
NIF FORNECEDOR:___________________Nota Encom. Nº._________________
Nº(s). DE FACTURA:_________________________________________________
RESPONSÁVEL PELO BEM:____________________________________
Nº. Mec._________________________EXT._________________________
Edifício____________________Piso______________Sala___________
Departº/Secção______________________________________ C.Custos ________________Projecto(s) ________________
(2)
Número De Ordem
(3)
Número de Inventário
Descrição Detalhada do Bem Valor (4) Local
Responsável pelo bem
Observações Designação
Modelo Referência
Marca Nº Série Material/Côr
Núcleo do património
Impresso de Auto de Entrega:
17
Facturação interna do Núcleo de Oficinas:
Facturação Interna
Núcleo de Oficinas Factura nº.
Complexo Interdisciplinar Cobrar a
Lisboa
Ext: 1919 Nº:[email protected] Telefone
Correio electrónico
Data Descrição Quantidade Montante
09-06-2011 Peça torneada 50,00 €
Subtotal 50,00 €Imposto 12,00 €
Total 62,00 €
Agradecidos por o poder servir!Produtos sujeitos a iva de 23%
18
A5 – Exemplos de Procedimentos de actuação
Pedido de cotação:
- Lista detalhada dos produtos com os preços;
- Identificação da unidade receptora, ou seja, NOF (Nome, Núcleo, morada, nº
de contribuinte);
- Condições de pagamento;
- Validade da proposta (66 dias úteis);
- Prazo de entrega;
- Se houver portes de envio por conta do NOF, deverão ser mencionados;
- Que a proposta seja emitida em papel timbrado da empresa Vendedora,
devendo conter a respectiva identificação (nome, morada, nº de contribuinte).
Exemplo de compra até 5000 euros:
Venho por este meio solicitar a V/ melhor proposta para o seguinte material:
5 Rolos de fita amarela 1247Y33709
1 Linga em poliéster 371Y1362
2 Lingas em poliéster 2070Y11
1 Tapete para entrada 2054Y280
2 Rolo (18 metros cada) Tapete anti-fadiga 2054Y82
3 Carros para arrumar ferramentas 123Y7098
A proposta deve ser emitida em nome de:
IST
Núcleo de Oficinas
Avª Rovisco Pais
1049-001 Lisboa
Nº. De contribuinte: 501507930
Deve conter os seguintes Items:
Condições de pagamento
Validade da proposta: 66 dias (por lei para o estado são sempre 66 dias úteis, nunca inferior a isto)
Prazo de entrega
Se houver portes de envio por nossa conta devem vir mencionados.
A proposta é sempre emitida em papel timbrado da empresa, devendo conter a respectiva morada e
número de contribuinte.
O resto do processo da aquisição é efectuado na plataforma da central de compras do IST.
(compras.ist.utl.pt), como demonstrou-se na secção de aquisições de bens e serviços.
19
Exemplo de compra até 75000 euros:
Carta de Motivação de compra do centro de maquinagem CNC:
20
Documento com os dados das empresas a convidar
DADOS DA EMPRESA 1:
Nome: Deckel Maho Gildemeister Ibérica, S.L.
Contacto: Eng. Paulo Lourenço
Morada: Avenida Torre Mateu 2-8 Nave 1
ES-08291 Ripollet, Barcelona
Espanha
Telefone: +351 214951877
Fax: +351 214964673
E-mail: [email protected]
DADOS DA EMPRESA 2:
Nome: TecMill, Lda.
Contacto: Eng. Jorge Gonçalves
Morada: E.N. 356,Nº18 - Casais dos Ledos
2440- 017 Batalha
Portugal
Telefone: +351 244766155
Fax: +351 244766520
E-mail: [email protected]
DADOS DA EMPRESA 3:
Nome: SPEQ, Lda.
Contacto: Eng. Nuno Póvoa
Morada: Rua Luísa Neto Jorge, Loja 7 B/C
Carnaxide
Portugal
Telefone: +351 21 438 2709
Fax: +351 21 437 4386
E-mail: [email protected]
21
Documento com as especificações técnicas da máquina pretendida
Especificações técnicas para aquisição de 1 centro de maquinagem com
5 eixos de mesa giratória basculante
Área de trabalho
Nº de eixos controláveis: 5
Cadeia cinemática: Mesa giratória basculante
Curso de deslocamento X / Y / Z [mm]: ≥ 400 / 400 / 400
Curso de basculamento / rotação [º] ≥ 110 / 360
Dimensões da mesa de trabalho [mm]: ≥ ∅500
Carga máxima sobre a mesa de trabalho [kg]: ≥ 200
Accionamentos
Velocidade de rotação do fuso [rpm]: ≥ 7500
Potência do fuso [kW]: ≥ 8
Velocidade de avanço rápido X / Y / Z [m/min]: ≥ 10
Armazém de ferramentas
Posições no armazém [Nº/kg]: ≥ 15 / 5
Comprimento máximo das ferramentas [mm]: ≥ 300
Diâmetro máximo das ferramentas [mm]: ≥ 60
Comando: SIEMENS 810D (c/ Powerline e ShopMill) ou Heidenhain TNC 620
Dimensões e Peso
Altura máxima em transporte [mm]: ≤ 2200
Altura máxima em funcionamento [mm]: ≤ 2600
Largura máxima em transporte [mm]: ≤ 2200
Peso máximo em transporte [kg]: ≤ 5000
22
Exemplo de abate de material
Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
Instituto Superior Técnico
Auto de Verificação de Incapacidade/Proposta de Abate
Aos 14 dias do mês de Junho do ano de 2011 no Instituto Superior Técnico, Edifício
interdisciplinar, área oficina mecânica, tendo-se procedido a rigoroso exame do estado de
conservação actual do(s) bem(s) abaixo referido(s), verificou-se que o(s) mesmo(s) se
encontra(m):
- Muito deteriorado(s) pelo muito uso e/ou tempo de serviço, estando já obsoleto(s) e
sem qualquer utilidade para o Serviço.
Em face do exposto, venho propor que o(s) bem(s) referido(s) nesta proposta seja(m)
abatido(s),
Número de Inventário
Nº Código de Barras
Descrição do(s) Bem(s)
Ano de Aquisição
Custo de Aquisição
Valor Liquido Imobilizado
Motivo do Abate 1
000063463 000062350 Bancadas
Bens para
destruição ou
demolição,
por serem
insusceptíveis
de
reutilização;
1- Ver Notas Explicativas em anexo.
Por ser verdade e a fim de ser enviado ao Conselho de Gestão, se lavrou o presente
auto que depois de lido e achado em conformidade, vai ser assinado pelos intervenientes,
dando fé que tudo se passou como nele consta.
Responsável pelo Projecto/Unidade Operacional/Unidade Académica: Pedro Rosa
Categoria Profissional Prof. Ass.:_____________________________
Responsável pelo Bem: Pedro Rosa
Categoria Profissional Prof. Ass.:_____________________________
Despacho do Conselho de Gestão ____________________________________________ _____________________________________________ Lisboa, __ de ___________ de ______
23
Auto de Verificação de Incapacidade/Proposta de Abate
Notas Explicativas
Neste tipo de auto deve ter-se em atenção alguns pontos:
1. A «Descrição dos Bens» deve ser completa e igual à que consta dos mapas de registo
e inventariação.
2. Convém referenciar no auto o destino a dar aos bens para os quais se solicita o
abate, tais como, por exemplo:
a) Alienação, a título oneroso; b) Alienação a título gratuito c) Furto/Roubo d) Bens para destruição ou demolição, por serem insusceptíveis de reutilização; e) Transferência, troca ou permuta; f) Devolução ou reversão; g) Sinistro e incêndio h) Outros:
• Para desmantelamento, tendo em vista o aproveitamento de peças; • Disponibilização, tendo em vista a sua reafectação a outros serviços; • Entrega por conta de outro bem semelhante; • Cessão definitiva e indicação do destinatário e utilização que este lhe terá de
dar; • Permanência no serviço, por ter interesse artístico, histórico ou outro.
24
A6 – Manual de utilização da Electro-erosora Charmilles D-10
MANUAL DE UTILIZAÇÃO
25
Núcleo de Oficinas
IdentificaçãoDesignação: Electro-erosora
Marca: Charmilles
Modelo: D-10
Nº de Série:
Data de aquisição:
Software: Não aplicável
Acessórios e Consumíveis Orgão
Caixa de Velocidades
Circuito Hidráulico
Lubrificação Centralizada
Fluído de trabalho
Plano de Manuntenção Preventiva Acções
Inspecção e Lubrificação
Nivelamento
Revisão Geral 365 (dias)
Observações
30 (dias)
365 (dias)
Periocidade
Não aplicável
Fluido dieléctrico - Castrol
Ficha Técnica de Máquina
Electro-Erosora Charmilles D-10
Consumíveis Observações
Não aplicável
Refrigeração por água
Profundidade Máxima de Penetração -160 mm
Potência: 25 A
- Vertical eixo Z ---------
- transversal eixo Y ----- 120 mm
Cursos: - longitudinal eixo X --- 220 mm
Dimensões: Minímas -
26
INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO
DESCRIÇÃO DOS ELEMENTOS DA MÁQUINA
Isopulse P25
1 Interruptor geral Liga e desliga a máquina
2 Interruptor de alimentação
Liga e desliga a alimentação do gerador
3 Interruptor da bomba hidráulica
Liga e desliga a bomba hidráulica
4 Interruptor da bomba do dieléctrico
Liga e desliga a bomba do dieléctrico
5 Selector de subida e descida
Comando manual da subida e descida do porta -eléctrodos
6 Comando de injecção Selecciona injecção contínua ou pulsada
7 Botão vermelho Liga a fixação magnética da bucha
8 Botão verde Desliga a fixação magnética da bucha
9 Botão On Liga a corrente de trabalho
10 Botão Off Desliga a corrente de trabalho
11 Amperímetro Indica a corrente média de maquinagem
12 Luz piloto de segurança
Apaga luz vermelha se o nível de dieléctrico for mínimo e a temperatura for inferior ao limite
13 Luz piloto Acende quando termina a profundidade
14 Luz piloto Acende quando o eléctrodo toca lateralmente na peça
15 Luz de corrente Acende luz quando a máquina tem corrente
16 Potenciómetro Tempo de retracção do eléctrodo
17 Potenciómetro Tempo de trabalho do eléctrodo
18 Selector de polaridade e regime
Selecciona a polaridade e o regime
19 Servomecanismo Selecciona a velocidade de subida e descida do porta eléctrodos
20 Selector A Selecciona o tempo de descarga
21 Selector B Selecciona o tempo de intervalo
27
Heidenhain VRZ 710
Interruptor geral Liga e desliga o módulo
CE Selecciona o parâmetro
INCH Escolhe unidades imperiais
REF Faz referência de posição
ENT Armazena os valores dos parâmetros
+/- Selecciona opções dos parâmetros
Isocut E-20
22 Interruptor principal
Liga e desliga o módulo
23 Luz de corrente Acende quando o módulo está ligado
24 Potenciómetro - Ponto de comutação entre velocidade lenta e rápida do movimento de translação
- Ponto de ligação do motor de paragem móvel
25 Interruptor rotação Liga o modo de rotação
26 Luz de rotação Acende quando o modo de rotação está activo
27 Selector de velocidade
Selecciona a velocidade de rotação
28 Interruptor rotação Liga o modo de translação
29 Luz de translação Acende quando o modo de translação está activo
30 Selector de velocidade
Selecciona a velocidade de translação
Indicador Indica translação no fim de curso
Eleroda 110
31 Comporta de saída
Controla o enchimento e vazamento do tanque
32 Comporta de recolha
Controla o nível de dieléctrico do tanque
33 Torneira Injecção Controla o fluxo de injecção
34 Torneira Aspiração
Aspira fluído no tanque
35 Torneira de enchimento
Controla o fluxo de dieléctrico
28
ARRANQUE E FUNCIONAMENTO
Arranque e montagem da peça:
• Ligar a ficha à tomada trifásica de 32 A.
• Verificar o nível do fluído dieléctrico no reservatório.
• Ligar o gerador ISOPULSE P25 no interruptor geral 1 .
• Ligar o módulo ISOCUT E-20 no interruptor 22 .
• Ligar o módulo de posicionamento Heidenhain VRZ-710.
• Montar o suporte do eléctrodo no cabeçote e fixar a peça à mesa.
• Escolher entre recirculação interior o exterior ao eléctrodo.
• Ligar alimentação do gerador ISOPULSE P25 2 .
Realizar a operação de zero:
• Colocar régua em zero.
• Colocar micrómetro com a
profundidade pretendida.
Controlo do circuito hidráulico:
• Ligar bomba hidráulica ISOPULSE P25 3 verificando se não existem fugas.
• Colocar o selector de regime na posição indicada da Fig. 1.
• Colocar o selector de subida e descida manual do porta-eléctrodos na posição intermédia, Fig.2.
• Rodar totalmente para a direita o manípulo do controlo da sensibilidade do servo-mecanismo (movimento lento/rápido), Fig. 3.
• Rodar o selector de subida e descida manual para a esquerda e verificar se o porta-eléctrodos desce, Fig. 2.
29
Figura 1 Figura 2 Figura 3
Controlo do circuito dieléctrico:
Fechar as portas do tanque de maquinagem Fig. 4.
Fechar comporta de saída 31 , Fig 5.
Colocar comporta de recolha de dieléctrico 32 no nível pretendido, Fig. 5.
Seleccionar a opção pretendida: injecção 33 ou aspiração 34 , Fig. 6.
Ligar bomba do dieléctrico e verificar se não existem fugas, Fig. 7.
Abrir a torneira, encher totalmente o tanque e verificar se existem fugas, Fig. 8.
Rodar o selector para a direita e verificar que, abrindo a torneira de injecção, o tanque enche, Fig 9.
Figura 4 Figura 5 Figura 6 Figura 7 Figura 8 Figura 9
Controlo do gerador
Encher totalmente o tanque, mantendo aberta a torneira de admissão do dieléctrico, Fig. 8.
Colocar a cabeça de maquinagem no topo do seu curso, Fig. 10.
Colocar o selector de regime na posição indicada (seleccionar polaridade e intensidade máxima),
Fig.11.
Posição 1/32 1/16 1/8 1/4 1/2 1 Intensidade [A] 0,75 1,5 3 6,26 12,5 25
30
Colocar o selector B (tempo de intervalo) na posição 12, Fig. 12.
Posição 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Duração - Tempo Tb
[µs] 2 3 4 6 12 25 50 100 200 400 800 1600
Colocar o selector A (tempo de descarga) na posição 6, Fig. 13.
Posição 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Duração - Tempo Ta
[µs] 2 3 4 6 12 25 50 100 200 400 800 1600
Figura 10 Figura 11 Figura 12 Figura 13
Furação:
Ligar o botão da corrente de maquinagem 9 do gerador ISOPULSE P25 .
Verificar que a luz verde 15 do gerador ISOPULSE P25 acende.
Verificar que a luz vermelha 12 do gerador ISOPULSE P25 apaga.
Rodar o selector A, Fig.13 da posição 6 para a posição 12 e verificar que se amperímetro indica 20 A.
Ao terminar, a máquina pára sozinha.
Procedimento para desligar:
Fechar a torneira, Fig. 8.
Desligar bomba do dieléctrico, Fig 7.
Abrir a torneira de aspiração 34 , Fig 6.
Abrir comporta de saída 31 e puxar para baixo a comporta de recolha de dieléctrico 32, Figura 5.
Verificar se o tanque de trabalho ficou vazio.
Colocar a cabeça de maquinagem no topo do seu curso, Fig. 10.
Deixar porta do tanque aberta (quando o tanque estiver vazio) e arrumar as ferramentas utilizadas.
31
Medidas de Segurança:
• Equipamento de protecção:
- Óculos;
- Luvas;
- Bata.
• Zona ventilada, com boa iluminação
PLANO MANUTENÇÃO PREVENTIVA
Frequência Componente Acção preventiva
Semanal Filtros do dieléctrico Substituir a cada 200h de uso ou quando
necessário
Semanal Bucha de fixação Lubrificação
Semanal Parafuso do eixo Z e das corrediças Lubrificação
Mensal Fluído dieléctrico Verificação do nível e temperatura
Mensal Arrefecedor Verificação do nível da água
Mensal Tanque de trabalho Limpeza com um desengordurante genérico
6 Meses Substituição do óleo pneumático Substituir a cada 2000h
6 Meses Reservatório do óleo pneumático Drenar a água
6 Meses Reservatório do óleo pneumático Encher com óleo
6 Meses Reservatório central Verificar o nível de lubrificante
6 Meses Correia Verificar a correia de transmissão do eixo Z
Anual Vedantes da porta e tanque Limpeza e inspecção
Anual Fluído dieléctrico Substituição
32
A7 – Plano de Manuntenção
Registo das Manutenções periodicas da Electro-erosora Charmilles D10:
,
MANUTENÇÃO SEMANAL
Substituição dos filtros do dieléctrico a cada 200h de uso ou quando necessário
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52
Lubrificação da bucha de fixação
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52
Lubrificação do parafuso do eixo Z e das corrediças
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52
MANUTENÇÃO MENSAL
Verificação do nível e temperatura do fluído dieléctrico
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Verificação do nível da água no arrefecedor
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Limpeza do tanque de trabalho com um desengordurante genérico
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
MANUTENÇÃO A CADA 6 MESES 1ºSem 2ºSem
Drenar a água do reservatório do óleo pneumático
Encher com óleo o reservatório do óleo pneumático
Verificar o nível de lubrificante do reservatório central
Verificar a correia de transmissão do eixo Z
MANUTENÇÃO ANUAL
Limpeza e inspecção dos vedantes da porta e tanque
Substituição do fluído dieléctrico
33
Tabelas de Causa de avarias mais comuns nos tornos CNC:
Efeito 1.Transmissão
Mecânica
2.Aspiração 3.Bomba 4.Linha de
Pressão
5.Linha de
retorno
6.Válvulas
De Pressão
7. Válvulas
de Fluxo
8. Válvulas de
Controlo
9. Fluido
Hidráulico
10.
Potência
11. Diversos
A Ruídos
estranhos
1.Acoplamentos
desalinhados
2.Acoplamentos
com folgas
3.Apoios do
motor ou da
bomba soltos
4.Bomba ou
motor avariado
5.Sentido de
rotação
incorrecto
Resistência
excessiva na
aspiração,
que pode ser:
1.Aspiração
bloqueada ou
com fugas
2.Nivel do
óleo muito
baixo
1.Velocidade
excessiva da
bomba
2.Pressão da
bomba
excedida
3. Vedantes
da bomba da
aspiração
deteriorados
4.Bomba
danificada
5.Tubos das
linhas de
pressão e
retorno
trocados
6. Oscilação
do regulador
1. Tubos
desapertados
2.Ver 4.C
Ver 4. A
1.Tubo da linha
de retorno
incorrectamente
montado no
depósito
2.Filtro de
retorno
colmatado
1. Válvula
com
movimento
irregular
devido a
desgaste ou
sujidade nas
sedes
2. Cavitação
1.Vibração
das válvulas
2.Cavitação
1. Válvula com
movimento
irregular devido
a deficiência da
válvula
solenóide ou a
baixa voltagem
2.Válvula
deficiente
devido a
desgaste ou
sujidade
3.Flutuações da
pressão
4.Válvula
desajustada
5.Verificar
elementos de
controlo
1.Dificuldade
de sucção
devido a:
- Nível de fluido
demasiado
baixo
- Viscosidade
muito elevada
(temperatura
muito baixa)
2.Fluido com
impurezas
provocando
danos e
bloqueamento
das unidades
3. Fluido com
espuma
1.Desgaste
dos apoios
B Pressão
insuficiente
1.Transmissão
defeituosa
2.Sentido de
rotação
incorrecto
3.Motor
danificado
Ver 2.A 1.Fugas
internas
devido a
desgaste
2.Bomba
danificada
3.Pressão do
sistema ou
regulador
bloqueado
1.Fugas
2.Grandes
dificuldades
na passagem
do óleo
3.Filtro de
pressão
bloqueado
1.Grandes
dificuldades na
passagem do
óleo
1. Baixa
pressão do
sistema
2.Fugas
internas
devido a
desgaste
3. Sede da
válvula suja
ou danificada
4.Mola
partida
1.Perdas de
pressão
2.Afinação
incorrecta
3.Deficiência
da válvula
1.Função do
interruptor
incorrecta
2.Válvula
solenóide
estragada
3. Fugas
internas devido
a desgaste
4.Resistência
excessiva no
escoamento
5.Válvula presa
1. Viscosidade
muito baixa
implicando
fugas elevadas
2. Viscosidade
muito elevada:
Resistência
excessiva ao
escoamento
3.Fluido com
espuma
1.Fugas
internas
(vedantes
com
cilindros)
2.Ver 10. A
3. Excessiva
fricção
interna
(perda de
eficiência)
1.Falha na
regulação
2.Deficiência do
painel
instrumental
34
C Movimentos
bruscos do
cilindro
Ver 1. A 1. Ver 2.A 1.Regulador
da bomba
avariado
2.Bomba
danificada
1. Sistema
não purgado
Ver 5. B Ver 6. A 1. E
2.
1.Sujidade
das válvulas
2.ver 7. A 1.
Ver 8. A 1.Fluido
hidráulico com
impurezas
2.Fluido
hidráulico com
espuma
Fricção
excessiva
dos
vedantes
dos cilindros
D Falta de
potência
Ver 1. A 1. 1.Fugas
internas
devido a
desgaste
2.Bomba
danificada
3.Aspiração e
retorno mal
ligados
Ver 4.B Ver 5. B Ver 6. B 1.Caudal
muito
pequeno
2. Válvula
bloqueada
(suja)
Ver 8. B
1.Válvula presa
Ver 9. B Ver 10. B
1.Motor
gripado
Regulador
deficiente.
Interruptor de
pressão
deficiente.
Interruptor de
limites não
actuado.
E Temperatura
de
funcionamento
elevada
1.Perda de
rendimento
devido a
desgaste
2.Regulador
da bomba
avariado
3.Caudal ou
velocidade
excessiva
1.Filtro de
pressão
colmatado
Ver 4. E 1.Caudal
excessivo
2. Pressão
excessiva
3.Tempo de
resposta
demasiado
longo
1.
Escoamento
muito baixo
2. Válvula
estragada
1. Grandes
fugas
2.Pressão
baixa
3. Válvula
presa
Ver 9.B 1.Perda de
eficiência
devido a
desgaste
2.Excessiva
fricção
interna
(perda de
eficiência)
3.Fugas
internas
1.Fluido
hidráulico
insuficiente
2.Temperatura
ambiente muito
elevada
F Óleo hidráulico
com espuma
1.Fuga na
linha de
aspiração
1. Vedantes
do veio ou da
aspiração
deteriorados
Ver 5. A 1. 1.Tipo de óleo
não adequado
G Tubos com
vibrações
cíclicas
Ver 4.A
1.Tubagem
demasiado
comprida
Perdas 1.Mudanças
demasiado
rápidas
2.Regulador
ou
diafragmas
danificados
1.Fluido
hidráulico com
espuma
1.Forças
excessivas
35