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MINISTÉRIO PUBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE 47a Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde Pública da Comarca de Natal Avenida Marechal Floriano Peixoto, 550, Tirol - CEP 59020-500 - fone/fax: (84)3232-7180 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 3a VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE NATAL-RN, POR DEPENDÊNCIA. Referente à Ação Civil Pública n.° 0010199-03.2010.8.20.0001. (Execução Provisória de Sentença) O MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL, através de sua representante legal em exercício na 47a Promotoria de Justiça da Comarca de Natal, que ao final subscreve, vem à presença de Vossa Excelência, com fulcro nos arts. 475-I e seguintes do Código de Processo Civil, requerer a EXECUÇÃO DA MULTA COERCITIVA (ASTREINTES) estabelecida na sentença proferida nos autos da Ação Civil Pública acima epigrafada, em face da Secretária Municipal de Saúde, Dr. Maria do Perpétuo Socorro Lima Nogueira, com endereço profissional na Rua Fabrício Pedrosa, 915, Ed. Novotel Ladeira do Sol, 4o andar, salas 460/461, Petrópolis, nesta capital (SMS), de acordo com as razões que passa a expor. -^

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MINISTÉRIO PUBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

47a Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde Pública da Comarca de NatalAvenida Marechal Floriano Peixoto, 550, Tirol - CEP 59020-500 - fone/fax: (84)3232-7180

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 3a VARA DA FAZENDA PÚBLICA DACOMARCA DE NATAL-RN, POR DEPENDÊNCIA.

Referente à Ação Civil Pública n.° 0010199-03.2010.8.20.0001. (Execução Provisória deSentença)

O MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL, através de sua representante legal emexercício na 47a Promotoria de Justiça da Comarca de Natal, que ao final subscreve, vem àpresença de Vossa Excelência, com fulcro nos arts. 475-I e seguintes do Código de ProcessoCivil, requerer a

EXECUÇÃO DA MULTA COERCITIVA (ASTREINTES)

estabelecida na sentença proferida nos autos da Ação Civil Pública acima epigrafada, em faceda Secretária Municipal de Saúde, Dr. Maria do Perpétuo Socorro Lima Nogueira, comendereço profissional na Rua Fabrício Pedrosa, 915, Ed. Novotel Ladeira do Sol, 4o andar, salas460/461, Petrópolis, nesta capital (SMS), de acordo com as razões que passa a expor.

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I - DO DESCUMPRIMENTO DA SENTEÇA E DA DECISÃO HOMOLOGATORIA DE ACORDOCELEBRADO

Abrange o feito em exame Ação Civil Pública, com pedido deantecipação de tutela, voltada a compelir o Município de Natal, por meio de suaSecretaria de Saúde, a garantir e viabilizar o pronto atendimento aos pacientes quenecessitam de cirurgias ortopédicas.

O atendimento deve ser feito com base na ordem de gravidade dos casosexistentes na demanda reprimida identificada pela Unidade de Gerenciamento deVagas do Hospital Walfredo Gurgel, de modo que priorize os pacientescronologicamente mais recentes; inclusive contratando serviços no setor privado desaúde.

Em 02 de julho de 2010 foi concedida a medida de urgência, nos termospleiteados.

Todavia, apesar de devidamente cientificado, o Réu não deucumprimento à determinação judicial. Em conseqüência, o Parquet requereu aexecução provisória da tutela com pedido de bloqueio dos valores em favor dosprestadores (10 de fevereiro de 2011), que ameaçavam suspender os serviços devidoao inadimplemento municipal.

Cumpre destacar que o referido pedido de bloqueio restou deferido pelo Juízona própria sentença, assim como houve a cominação de multa na pessoa do gestorresponsável, in casu, o Secretário Municipal de Saúde, verbis:

"Ante o exposto, julgo parcialmente procedente o pedido,formulado na exordial, confirmando tutela antecipadamentedeferida para condenar o Município de Natal na obrigação degarantir e viabilizar, o imediato atendimento aos pacientes quenecessitem de cirurgias traumato-ortopédicas, devendo o entepúblico, enquanto não dispor de rede própria de atendimento,conveniar hospitais privados para o atendimento. Em caso dedescumprimento desta decisão, fixo multa diária de R$2.000,00 (dois mil reais), a ser paça pessoalmente pelo Sr.Secretário Municipal de Saúde, comprovadas, através de provadocumental, destinaram-se ao atendimento médico para taispacientes, junto à rede conveniada, cuja execução dar-se-áem incidente processual, inclusive com o bloqueio em contacorrente, com autorização em custas e honorários advocatícios.Sentença não sujeita ao reexame necessário, por força dodisposto no art. 475, §2°, do Código de Processo Civil. Publique-se. Registre-se. Intime-se." (grifos acrescidos)

Mesmo estando a Municipalidade perfeitamente ciente da vigência dadecisão, a situação de descumprimento persistiu. Tal contexto impeliu o ParquetEstadual a apresentar nova petição requerendo bloqueio de verbas públicas, o que foideferido pelo Juízo em 28 de junho de 2011.

Com o intuito de viabilizar a operacionalização do bloqueio e seresguardar os interesses públicos tutelados por meio da presente Ação Civil Pública,foi realizada Audiência Judicial em 11 de julho de 2011.

Da leitura do Acordo Judicial mencionado acima, resta claro que o Município deNatal acordou em adimplir as dívidas contraídas com os prestadores privados, nos prazos eformas judicialmente estipulados, em atenção aos contratos estabelecidos.

Com o descumprimento dos termos fixados em audiência, o Parquet Estadualajuizou novas petições apresentando documentos emitidos pelas direções dos Hospitaisparticulares contratados nos quais era demonstrado o incremento das dívidas e o risco deparalisação dos serviço.

Como decorrência, restou determinada em 14 de outubro de 2011 a expediçãode alvará para liberação do valor de R$ 1.686.209,35, sendo R$ 1.261.097,26 em favor doHospital Memorial e R$ 425.112,00 em favor do Hospital Médico Cirúrgico.

Posteriormente, o Juízo deferiu a participação dos hospitais privadosprestadores de serviço (Médico-Cirúrgico e Memorial) como assistentes litisconsorciais, osquais passaram a pleitear de maneira independente o pagamento pelos serviços prestados.

Com efeito, desde então, a circunstância que se evidenciou na prática, foi ototal descaso do Ente público para manter a continuidade dos serviço de saúde na área decirurgias ortopédicas, tendo em vista que somente mediante reiterados pedidos de bloqueiosde verbas é que o pagamento foi feito aos hospitais privados.

Diante desse quadro, inúmeras foram as vezes, desde o início do ano de 2012,em que o serviço realizado pelo hospitais Médico-Cirúrgico e Memorial esteve sob a ameaçade ser totalmente paralisado em face do inadimplemento municipal, culminando com aefetiva paralisação dos serviços a partir dos atrasos das faturas do mês de maio do correnteano.

Cumpre rememorar que, em face dessa situação, mais pedidos de bloqueioforam realizados, entretanto, todos indeferidos pelo Juízo, decisão confirmada em sederecursal pelo Egrégio Tribunal de Justiça do Estado.

Em apertada síntese, o fundamento das decisões a quo e ad quem, seria o deque a forma de se executar a obrigação de fazer imposta na sentença, por meio de bloqueiosde verbas públicas deveria ser uma exceção, e não uma regra, como vinha ocorrendo no casoconcreto.

Trasmudando-se a natureza da execução de uma obrigação de fazer para umaexecução por quantia certa(com percepção imediata), haja vista os reiterados pedidosrealizados pelos hospitais privados, os quais terminavam por receber seus créditos contra oMunicípio de Natal sem a devida submissão aos procedimentos estabelecidos nos artigos 730,e seguintes, da Lei Adjetiva Civil.

Todavia, em que pese o entendimento exposto pelo Poder Judiciário, a situaçãoconcreto, calha frisar, é que um serviço essencial aos usuários do SUS municipal encontra-setotalmente paralisado em face da incúria apresentada pelo Executado em cumprir umaobrigação que deveria ser adimplida espontaneamente.

Em recente levantamento realizado pela Unidade de Gerenciamento de Vagasdo Hospital Walfredo Gurgel (03.09.12), constatou-se o tétrico quadro de que 76 (setenta eseis pessoas) aguardavam a realização de uma cirurgia ortopedica. Números que apenastendem a aumentar de maneira vertiginosa, haja vista a crescente demanda e a paralisaçãodo suporte assistencial cirúrgico que era oferecido pelos hospitais privados.

Veja-se, nesse passo, que diante da alegada impossibilidade do manejo dobloqueio de verbas como uma ferramenta para promover a execução da sentença proferida,mister se faz a adoção de um outro meio idôneo a se perseguir essa finalidade, haja vista opoder geral de cautela conferido ao Magistrado, e a atipicidade dos meios executivos.

// - Da responsabilidade do gestor público pelo descumprimento da decisão judicial

Cumpre ressaltar a responsabilidade PESSOAL da Secretária Municipal de Saúdepelo descumprimento da decisão judicial, em função do disposto no art. 14, caput, do CPCe da intimação pessoal do Gestor Público, com cominação expressa de pena de multacoercitiva.

A imposição de multa contra os gestores, no caso a titular da SecretariaMunicipal de Saúde Pública, é medida oportunizada pelo moderno processo civil comomecanismo coercitivo, a fim de salvaguardar o cumprimento da tutela específica. Busca-sepressionar a vontade do Réu para que o mesmo cumpra o mandamento jurisdicional.

Neste sentido, cumpre invocar as palavras de FREDIE DIDIER JR.:

"De qualquer sorte, para evitar a renitência dos maus gestores, nada impedeque o magistrado, no exercício do seu poder geral de efetivação, imponha asastreintes diretamente ao agente público (pessoa física) responsável por tomara providência necessária ao cumprimento da prestação. Tendo em vista oobjetivo da cominação (viabilizar a efetivação da decisãojudicial), decerto queaí a ameaça vai mostrar-se bem mais séria e, por isso mesmo, a satisfação docredor poderá ser maisfacilmente alcançada" '.

A responsabilização pessoal da própria Secretária de Saúde do Municípioencontra fundamento legal no disposto no art. 14 do Código de Processo Civil:

1Curso de Direito Processual Civil. Execução. Salvador: EditoraJuspodivm, 2009, V. 5, p. 449.

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"Art. 14. São deveres das partes e de todos aqueles que de qualquer formaparticipam do processo: (Redação dada pela Lei n° 10.358, de 27.12.2001)

(...)

V - cumprir com exatidão os provimentos mandamentais e não criar embaraçosà efetivação de provimentos judiciais, de natureza antecipatória ou final.(Incluído pela Lei n° 10.358, de 27.12.2001)

Parágrafo único. Ressalvados os advogados que se sujeitam exclusivamente aosestatutos da OAB, a violação do disposto no inciso V deste artigo constitui atoatentatório ao exercício da jurisdição, podendo o juiz, sem prejuízo dassanções criminais, civis e processuais cabíveis, aplicar ao responsável multa emmontante a ser fixado de acordo com a gravidade da conduta e não superior avinte por cento do valor da causa; não sendo paga no prazo estabelecido,contado do trânsito em julgado da decisão final da causa, a multa será inscritasempre como dívida ativa da União ou do Estado. (Incluído pela Lei n° 10.358,de 27.12.2001).

Da leitura do dispositivo acima, destacam-se os deveres de probidade, quegravam não só as partes e seus procuradores, mas "TODOS AQUELES QUE DE QUALQUERFORMA PARTICIPAM DO PROCESSO". A regra da cooperação retira do contraditório anecessidade de um permanente diálogo entre o juiz e todos aqueles que de qualquer formaparticipam do processo, a fim de que se construa um processo justo e efetivo.

Nesse sentido, o inciso V do art. 14 do Código de Processo Civil fixa o dever deexato cumprimento das decisões judiciais, determinando às partes "cumprir com exatidãoos provimentos mandamentais e não criar embaraços à efetivação de provimentosjudiciais, de natureza antecipatória ou final", com vistas a dotar o órgão jurisdicional deexpedientes que tornem o processo cada vez mais efetivo, estimulando o atendimento adeterminações judiciais2.

Isso porque o agente público tem dever de cooperar com o regularprocessamento da demanda, inclusive de "cumprir com exatidão os provimentosmandamentais e não criar embaraços à efetivação de provimentos judiciais, de naturezaantecipatória ou final", notadamente quando intimados pessoalmente de decisão queimpõe multa coercitiva.

No caso, o Douto Magistrado determinou a notificação pessoal da Titular daPasta da Saúde para garantir e viabilizar, o imediato atendimento aos pacientes quenecessitem de cirurgias traumato-ortopédicas, devendo conveniar hospitais privadospara o atendimento, enquanto o Ente Público não seja dotado de rede própria, sobpena da incidência pessoal, à citada gestora, de multa diária no valor de R$2.000,00( dois mil reais).

Acrescentou, ainda, a determinação de bloqueio das quantias que,efetivamente comprovadas, através de prova documental, destinaram-se aoatendimento médico, junto à rede conveniada. Algo que não vem mais ocorrendo tendoem vista as circunstâncias mencionadas alhures.

2MARINONI, Luiz Guilherme; AAITIDIERO, Daniel. Código de processo civil: comentado artigo por artigo. São Paulo: Revista dosTribunais, 2008, p. 112.

*

Destarte, considerando a juntada do competente mandado de intimação (em

anexo) da atual Secretária Municipal de Saúde em 26.10.2011, e o fato dos pagamentosdos Hospitais Médico-Cirúrgico e Memorial já possuírem parcelas em atraso queremontam ao início do ano de 2012, ocasionado a paralisação do serviço, conclui-seque, a Gestora Municipal já encontra-se mora.

De fato, a execução da multa está voltada àquele que tinha o poder paracumprir a decisão judicial, tinha conhecimento da decisão e não o fez, ou, em outraspalavras, aquela que está à frente da Secretaria Municipal de Saúde gerando odescumprimento. Por tal razão, perfeitamente cabível a execução da multa contra apessoa da Secretária atual que ocasionou o descumprimento.

Na jurisprudência, o E. Superior Tribunal de Justiça admite a responsabilizaçãopessoal do agente público, consoante o seguinte precedente oriundo deste EstadoFederativo:

"Como anotado no acórdão embargado, o art. 11 da Lei n° 7.347/85 autoriza odirecionamento da multa cominatória destinada a promover o cumprimento deobrigação de fazer ou não fazer estipulada no bojo de ação civil pública nãoapenas ao ente estatal, mas também pessoalmente às autoridades ou aosagentes públicos responsáveis pela efetivação das determinações judiciais,superando-se, assim, a deletéria ineficiência que adviria da imposição destamedida exclusivamente à pessoa jurídica de direito público". (STJ, EDcl noResp 1111562/RN, Rei. Min. Castro Meira, 2a Turma, julg. 01.06.2010, DJe16.06.2010).

Além disso, cabe ao Município responsabilizar civil, penal eadministrativamente o agente que deixa de cumprir obrigação proveniente dedeterminação judicial, de acordo com a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça(Resp 738511/RS, Rei. Min. Franciulli Netto, 2a Turma, jul. 06.09.2005, DJ 21.03.2006, p.117).

Por fim, vale lembrar que, "tendo em vista a distinta finalidade coercitiva damulta prevista nos arts. 461, § 4o, 621, parágrafo único, e 645, caput, e o escoporeparatório das demais verbas previstas no art. 18, caput, é possível a cumulação com amulta do art. 14, parágrafo único"2.

III - Da liquidação por cálculo

Inobstante a decisão judicial, o cenário atual sobre sua execução é de absolutodescumprimento, uma vez que não houve nenhuma prova de execução de providênciasaptas a garantir e viabilizar o imediato atendimento aos pacientes que necessitem decirurgias traumato-ortopédicas de forma integral, satisfatória e suficiente.

Note-se, que a gestão atual da Secretaria Municipal de Saúde foi cientificadaPESSOALMENTE do teor da sentença proferida nos autos no dia 26.10.2011, para darcumprimento imediato ao decisium, circunstância que restou satisfeita enquanto forampromovidos os bloqueios de verbas pleiteados.

5NEGRÀO, Theotônio; GOUVÊA, José Roberto. Código de processo civil e legislação processual em vigor. 39 ed.São Paulo: Saraiva, 2007, p. 139.

o

TODAVIA, cumpre ressaltar, que diante da situação apresentada realizou-seaudiência de conciliação no dia 29.05.12, na qual, restou confirmado um acordo emrelação a parte do débito junto ao Hospital Médico-Cirúrgico, e a não realização deconciliação quanto ao montante devido ao Hospital Memorial.

No ato judicial sub examine, ainda houve a advertência de que ficariaestabelecida a multa diária de R$ 2.000,00 (dois mil reais) a ser paga pela autoridaderenitente, não somente em relação ao compromisso ora firmado, bem como, emrelação a toda e qualquer obrigação descumprida nesse processo, conforme disposto naparte dispositiva da sentença.

Portanto, considerando-se que desde então não foram mais efetuadospagamentos pelo Município de Natal em favor dos hospitais privados e, consequentemente,houve a paralisação do atendimento na área de cirurgias ortopédicas do SUS municipal,conclui-se que o termo inicial para incidência da multa em desfavor do gestor público seriao dia 30.05.2012, tendo em vista que o cumprimento das obrigações assumidas deveria terocorrido de maneira imediata.

Mediante simples cálculo aritmético, verifica-se que o valor a ser executadocontra a atual Secretária de Saúde, Maria do Perpétuo Socorro Lima Nogueira, importa,em R$ 208.00,00 (duzentos e oito mil reais), correspondentes a 104 dias dedescumprimento (30.05.12 a 10.09.12), com multa diária de R$ 2.000,00(dois mil reais),devidamente atualizado e com juros de 1% ao mês.

IV - DO PEDIDO

Ante o exposto, requer-se a Vossa Excelência:

a) seja recebida a presente petição, mediante autuação em apartado, a fim de viabilizar aexecução por quantia certa de astreinte;

b) a citação da Secretária Municipal de Saúde, Sra. Maria do Perpétuo Socorro LimaNogueira, com endereço profissional na Rua Fabrício Pedrosa, 915, Ed. Novotel Ladeira doSol, 4o andar, salas 460/461, Petrópolis, nesta capital, para pagar, no prazo de 15 (quinze)dias, a quantia de R$ 208.000,00 (duzentos e oito mil reais), como conseqüência daincidência de multa diária de R$ 2.000,00 (dois mil reais), no período correspondente a 104dias de descumprimento (30.05.12 a 10.09.12), sob pena de acrescer ao montante multa de10% (dez por cento) e expedição de mandado de penhora e avaliação;

c) a intimação do Secretário Estadual de Administração e Recursos Humanos, Sr. AntônioAlber da Nóbrega, com endereço profissional no Centro Administrativo do Estado, - BR 101,Km 0, Lagoa Nova, para promover o bloqueio no valor de 30% (trinta por cento) sobre asremunerações percebidas mensalmente pela Sr. Maria do Perpétuo Socorro Lima Nogueira(matrícula: 153.786-5), para fins de pagamento da multa cominada, haja vista a gestora daPasta municipal também ser servidora efetiva do Governo do Estado do Rio Grande do Norte.

d) seja requisitada ao Município de Natal instauração de processo administrativo contra aautoridade que, por culpa ou dolo, deu causa ao descumprimento da ordem judicial;

e) reversão do valor executado ao Fundo Municipal de Saúde;

f) condenação do executado nas verbas sucumbenciais;

Dá-se à causa o valor de R$ 208.000,00 (duzentos e oito mil reais).

Protesta provar pelos meios admitidos.

Termos em que, confia no deferimento.

Natal (RN), 13 de setembro de 2012.

<{•

Iara Maria Pirjheiro de Albuquerque47a Promotora de Justiça de Natal

ANEXOS:

1) Documentos - Cópia da decisão que determinou a intimação da Secretária Municipal deSaúde para cumprimento da sentença judicial; Certidão de intimação da decisão; Cópia dorelatório encaminhado pela Unidade de Gerenciamento de Vagas do Hospital Walfredo Gurgel;Cópia do Termo de Audiência realizada em 29.05.12.

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