ato normativo 011_1988 fiscalização salario minimo profissional

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Ato Normativo 11 CREA

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Page 1: Ato Normativo 011_1988 Fiscalização Salario Minimo Profissional

ATO N.º 11 DE 21 DE ABRIL DE 1989 (Antigo Ato n.º09/89)

“Fixa critérios para a fiscalização da Lei que determina o pagamento do Salário Mínimo Profissional.”

O CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA DO ESTADO DE MINAS GERAIS - CREA-MG, no uso das atribuições que lhe conferem as alíneas “f” e “k” do artigo 34 da Lei no 5.194 de dezembro de 1966; CONSIDERANDO o disposto no artigo 82 da Lei 5.194/66 e artigo 1º da

Resolução 309/86, do CONFEA, CONSIDERANDO o § 2º do artigo 59, da Lei 5.194/66 que preceitua : As

entidades estatais, paraestatais, autárquicas e de economia mista que tenham atividades, na Engenharia, Arquitetura ou na Agronomia, ou se utilizem dos trabalhos de profissionais dessas categorias, são obrigadas, sem quaisquer ônus, a fornecer aos Conselhos Regionais todos os elementos necessários à verificação e fiscalização da presente Lei”;

CONSIDERANDO as denúncias dirigidas às Câmaras Especializadas, segundo as

quais várias empresas da iniciativa privada e pública da administração direta e indireta da União, dos Estados e Municípios que utilizam dos trabalhos profissionais da Engenharia, Arquitetura e Agronomia, não vêm cumprindo o pagamento do Salário Mínimo Profissional;

CONSIDERANDO que dentre as atribuições das Câmaras Especializadas estão

as de julgar e decidir sobre assuntos de fiscalização pertinentes às respectivas especializações e, em especial, os casos de infração `a Lei 5.194/66, aplicando penalidades e multas previstas (artigo 45 e 46, da Lei 5.194/66) e determinando as demais providências cabíveis;

CONSIDERANDO o ofício n.º OF/SES/SUBS/020/87, de 29/09/87, da Secretaria

de Empregos e Salários do Ministério do Trabalho, confirmando que a Lei 4.950-A, de 22 de abril de 1966, está em plena vigência, não deixando a menor dúvida a quem quer que seja;

CONSIDERANDO finalmente que falta de cumprimento da Lei 4.950-A e art. 82 da

Lei 5.194/66, também lesa o Ministério da Previdência Social, isto é , o próprio Tesouro Nacional, no que se refere aos índices sob os quais procedem os recolhimentos previdenciários;

Page 2: Ato Normativo 011_1988 Fiscalização Salario Minimo Profissional

RESOLVE:

Art.1º - Determinar que o CREA-MG mantenha como rotina de trabalho a

programação e controle da execução fiscal das entidades privadas, estatais, paraestatais, autárquicas, de economia mista, fundações da administração direta e indireta, que empregam profissionais da Engenharia, Arquitetura e Agronomia, obtendo e registrando os respectivos níveis salariais consoantes os parâmetros fixados pela Lei 4.950-A. § 1º - Para o fiel cumprimento das atribuições da Câmaras Especializadas, as entidades citadas no “caput” deste artigo deverão fornecer ao CREA-MG os seguintes elementos: nome do profissional, cargo e funções (comissionados ou não), valor de salário e planos de cargo e salários, se tiver, bem como outros elementos indispensáveis `a perfeita caracterização das atribuições e tarefas cometidas aos ocupantes dos cargos e funções. § 2 – Para fundamentar a ação fiscal, deverá o CREA-MG, providenciar a obtenção prévia dos elementos constantes do § 2º, do artigo 59, da Lei 5.194/66, mantendo o cadastro das pessoas jurídicas de direito público e privado, existentes no Estado de Minas Gerais, com base em seus registros dos Cartórios de Registros de Pessoas Jurídicas Títulos e Documentos e da Junta Comercial de Minas Gerais.

Art.2º - O CREA-MG organizará os processos com base na documentação fiscal,

denúncias de entidades de classe, de profissionais e terceiros, instruindo-os na forma da Resolução 207/72, do CONFEA.

Parágrafo Único – No cumprimento dos artigo 1º e do “caput” deste artigo,

serão objeto de instrução processual, para exame das Câmaras Especializadas, as atribuições e atividades dos administradores, gerentes e diretores da pessoa jurídica, individualmente caracterizados, objetivando identificar os infratores da legislação salarial, inclusive para a lavratura circunstanciada do Auto de Infração, conforme artigo 6º, da Resolução 309/86, do CONFEA, garantindo, no caso de denúncia, o sigilo do nome do denunciante durante a tramitação do processo administrativo.

Art.3º - As Câmaras Especializadas, ao julgarem os casos de infração à Lei 4.950-

A/66 e ao artigo 82 da Lei 5.194/66, no âmbito de sua competência, deverão aplicar as penalidades e multas previstas na alínea “a” e parágrafo único do artigo 73, da Lei 5.194/66.

Parágrafo Único – As Câmaras Especializadas, independentemente da

Comissão de penalidades e multas previstas no “caput” deste artigo, deverão, a seu critério: a) determinar a notificação judicial ou extra-judicial das pessoas físicas e/ou jurídicas para o cumprimento das leis que estabelecem o Salário Mínimo Profissional;

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b) denunciar ao Ministério do Trabalho, através da Delegacia Regional, quanto ao descumprimento do Salário Mínimo Profissional, para que esse órgão proceda à fiscalização que trata o artigo 39, do Decreto-lei 200/67; c) denunciar o descumprimento da lei do Salário Mínimo Profissional à Previdência Social, ao IPSEMG e à Receita Federal, ressaltando que este fato repercute negativamente sobre o percentual devido pelo agente infrator inserindo a este a condição de sonegador de contribuições previdenciárias; d) denunciar ao Tribunal de Contas do Estado ou da União o descumprimento por parte de órgãos municipal, estadual ou federal, da Lei 4.950-A que se aplica, também, aos funcionários públicos não estatutários.

Art. 4º - Considera-se fato gerador de infração todo pagamento de salário a menor do que aquele determinado pela Lei 4.950-A a cada profissional empregado ou funcionário da entidade.

Art. 5º - Após notificado, ao infrator caberá o direito de defesa às Câmaras

Especializadas e de recurso aos Plenários dos Conselhos Regional e Federal, dentro dos prazos previstos na legislação pertinente.

Art. 6º - O presente Ato entra em vigor na data de sua publicação. REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE Belo Horizonte, 21 de abril de 1989. Eng.º Mecânico Onofre de Resende Presidente do CREA-MG Eng.º Agrônomo José Alfredo Amaral de Paula Diretor Administrativo do CREA-MG