atlético se une a ipsos para mapear torcedor · villares e marc lemann em setem-bro de 2015,...
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O Atlético Mineiro é o primeiro clube do Brasil a se unir com um instituto de pesquisa para mapear os hábitos de consumo de seus torcedores e, com isso, passar a abordar o mercado com soluções de negócios.
O clube mineiro anunciou uma parceria com o instituto Ipsos para a ampliação do conhecimento dos hábitos de consumo, comportamento e mídia para mais de 300 categorias de produtos e serviços do torcedor atleticano. O instituto realiza, há dez anos, um mapeamento do time dos torcedores e dos hábitos de consumo dessas pessoas. Esses dados passarão a ser oferecidos para o Atlético.
“O impacto de vendas junto aos torcedores do Galo tende a aumentar. Todo o recall e exposição de marca ajudam muito nas vendas dos nossos parceiros, mas
O B O L E T I M D O M A R K E T I N G E S P O R T I V O
DO
EDIÇÃO 1006 - QUARTA-FEIRA, 23 / MAIO / 2018
POR REDAÇÃO
1,3 mi de dólares o Comitê Olímpico Americano pagará para um fundo de assistência a atletas vítimas de abusos na ginástica
Atlético se une a Ipsos para mapear torcedor
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N Ú M E R O D O D I A
O
FE R E C I M E N
TO
quisemos ir além e oferecê-los esta solução única e pioneira”, disse Pedro Melo, gerente de marketing do Atlético, a respeito da nova solução.
Segundo Diego Pagura, CEO da Ipsos Connect, os estudos poderão auxiliar o clube na busca por novos patrocinadores a partir do momento em que eles for-necem informações assertivas sobre o tipo de produto que o atleticano consome.
“Por meio do nosso estudo, uma instituição financeira, por exemplo, saberá quantos torcedores do Galo são correntistas ou têm seguro de auto, vida ou re-sidência, e com qual empresa. Também é possível conhecer seus hábitos de lazer e consumo na grande Belo Horizonte, perfil demográfico, etc., permitindo, assim, um marketing direcionado, muito mais assertivo, e capitalizando ao máximo o po-tencial de vendas junto ao torcedor atleticano”, afirmou o executivo.
As primeiras informações para os atuais patrocinadores do Atlético deverão es-tar disponíveis a partir de 1° de junho. A ideia do clube é de compartilhar com eles os dados e, assim, permitir a definição de estratégias e abordagens. Atualmente o Atlético conta com 13 parceiros comerciais, entre patrocinadores e apoiadores.
A parceria entre clube e instituto foi costurada pela agência Elos Sports Marke-ting, que tem como sócio Rodrigo Geammal, ex-marketing do Palmeiras.
“Ao conhecer o estudo de hábitos de consumo da Ipsos pensei que era a chance de mudar o formato de fazer patrocínio no esporte e, principalmente, no futebol. Esta combinação de inteligência de informação para elaboração de estratégias personalizadas irá transformar o marketing do Atlético”, afirmou Geammal.
A R G E N T I N A T E R Á S T R E A M I N G D U R A N T E C O PA
A D I D A S É M A I S U M A A R E N O VA R C O M C H A M P I O N S
O Sistema Federal de Mídia e Con-teúdo Público da Argentina anunciou o lançamento de uma plataforma OTT para transmitir a Copa do Mundo.
Batizada de Contar, a plataforma de streaming pode ser acessada on-line e, por meio de um aplicativo, oferece transmissão ao vivo em canais de aces-so gratuito, além de conteúdo VOD.
Quatro canais abertos da Argentina serão carregados também na platafor-ma: TV Pública, Paka Paka, DeporTV e Encuentro. Isso fará com que a Con-tar seja lançada com 2 mil títulos de conteúdos diversos. O serviço poderá ser acessado globalmente, mas os jogos da Copa só serão vistos na Argentina.
A Adidas é mais uma patrocinadora da Uefa a anun-ciar a renovação do patrocínio à Liga dos Campeões para o período que engloba as próximas três temporadas. Par-ceira do maior torneio de clubes do mundo desde 2001, a Adidas completará 20 anos ao lado da competição ao final do novo contrato, na temporada 2020/2021.
A Uefa já tem sete patrocinadores fechados nas próxi-mas três temporadas da Liga: Nissan, Heineken, PepsiCo, MasterCard e Gazprom, além da novidade Santander.
O P I N I Ã O
Patrocínio pode viver nova perspectiva
A união do Atlético Mineiro com o instituto Ipsos é daquela notícia que mostra a lenta evolução do mercado brasileiro. Por isso mesmo, o acordo deve ser celebrado como uma luz na relação do esporte com o negócio.
Ao decidir dar mais qualidade de informação sobre sua marca e seu torcedor para as empresas, o Atlético dá o primeiro passo para mostrar que o esporte é uma plata-forma de relacionamento e engajamento com as pessoas, algo muito mais valioso do que a ampla exposição de marca que ele já consegue oferecer para as empresas.
O maior desafio que o Atlético terá pela frente é comprovar a eficácia do clube como promotor de vendas para o mercado. Se conseguir fazer isso, ele criará um mo-delo que deverá ser replicado à exaustão pelos demais clubes no Brasil. E, sem dúvida, será um caminho sem volta para a transformação do mercado de patrocínios.
Desde que foi permitida a exposição de marcas nas camisas dos clubes de vôlei, no começo da década de 80, que o modelo de patrocínio esportivo no Brasil sempre foi a tremenda exposição de marca. O ne-gócio é motivado exclusivamente por isso, basta ver a entrada de novos anunciantes provocada nas últimas semanas pela aber-tura do espaço das costas da camisa dos clubes que são patrocinados pela Caixa.
Agora, quase 40 anos depois, as mar-cas e o esporte precisam ir além. E o maior
diferencial competitivo que o patrocínio esportivo pode oferecer para as empresas é exatamente a relação de consumo que tem o seu torcedor. Não apenas dos produtos dos clubes e de seus patrocinadores, mas em relação a todo o mercado.
Como sempre nos acostumamos a ver o patrocínio como marca exposta na tele-visão, também ficamos restrito, nas últimas décadas, a discutir o tamanho da torcida como forma de medir o valor a ser pago por um patrocínio, sem nos preocuparmos em saber quem é, o que faz, onde vive e do que se alimenta o nosso torcedor.
Informação demais nunca é de menos. A partir do momento em que o esporte pode abordar o mercado não com o discurso da exposição de marca, mas sim com a geração de novos negócios para uma marca, ele consegue fazer a transição que falta para o mercado de patrocínio esportivo finalmente entender o sentido de investir.
O acordo Atlético-Ipsos é um alento para que, em tempos de escassez de investi-mentos, o esporte consiga enxergar que o seu real valor não é apenas ser um produto de grande audiência, mas uma ferramenta de geraçao de negócios para o patrocinador.
Há 40 anos que o esporte vende sua
exposição como grande benefício para
uma marca; é hora de gerar negócio
POR ERICH BETING
diretor executivo da Máquina do Esporte
Por marca, PSG terá escritório nos
Estados Unidos
A Go4It decidiu desmembrar em duas suas áreas de atuação.
A empresa, fundada por Cesar Villares e Marc Lemann em setem-bro de 2015, dividiu-se em duas áreas. Uma delas, baseada no Rio de Janeiro e com escritório em São Paulo, é a Go4It, que atua como agência de marketing esportivo, auxiliando marcas e atletas, além de realizar eventos proprietários, com o I Prêmio de e-sports do Brasil.
A outra divisão é a Go4It Capi-tal, que atua como fundo de inves-timentos em diversas propriedades do esporte, como o evento propri-etário Laver Cup, em parceria com Roger Federer, e a plataforma de streaming de futebol Mycuujo.
G O 4 I T R E A L I Z A D I V I S Ã O E N T R E A G Ê N C I A E I N V E S T I M E N T O S
A empresa de telefonia Vivo decid-iu dar um mimo a seus clientes mais fieis. A marca vai liberar o roaming
na Rússia para os clientes Vivo Valo-riza das duas principais categorias,
durante 14 de junho e 15 de julho, quando acontece a Copa do Mundo.
O serviço é uma forma de a marca aproveitar o período da Copa e refor-çar a ligação com a seleção brasileira,
que também é patrocinada por ela.A promoção do roaming gratuito é
a primeira do tipo atrelada ao futebol.
VIVO L IBERA ROAMING A
CL IENTES V IPS NA RÚSSIA
POR REDAÇÃO
Pouco mais de um mês após abrir um escritório em Cinga-pura e deixar clara a decisão de expandir a marca no exterior, o Paris Saint-Germain anunciou que Nova York foi o segundo local escolhido para receber um escritório do clube.
O escritório será gerenciado por Jérôme de Chaunac, novo gerente geral do clube para as Américas. Em comunicado, o PSG diz que o novo local pretende “aumentar a visibilidade da marca, cultivar novas parcerias e alimentar a base de fãs”.
“Abrir escritórios em territórios estratégicos foi identifi-cado como um passo importante no desenvolvimento dos clubes. Nós tivemos uma exposição significativa nos Estados Unidos nos últimos três verões com a equipe masculina em turnê em Nova York, Los Angeles e Miami como parte da International Champions Cup (torneio de pré-temporada)”, afirmou Frédéric Longuépée, vice-gerente geral de ativida-des comerciais do PSG. ELe ainda explicou que a ideia de aumentar a exposição da marca, expandindo-a para fora da França, já é uma ideia que vem de alguns anos.
“Em 2011, nosso presidente e CEO atribuiu a todos os membros do clube a tarefa de transformar o PSG numa mar-ca esportiva internacional. O clube agora incorpora os valo-res de elegância, excelência e respeito que estão associados à cidade de Paris. A marca se tornou um dos projetos que mais crescem no mundo, especialmente no ambiente digi-tal. Abrir escritórios em territórios estratégicos é uma parte importante de seu desenvolvimento”, concluiu o executivo.
POR ERICH BETING
No início de maio, o banco de investimentos XP celebrou uma importante vitória sobre o BTG Pactual. Após uma disputa nos bastidores, conseguiu assinar um acordo com o atacante Neymar para ser o garoto-propagan-
do do Rico, banco de investimentos online da XP. O que seduziu o jogador, além do dinheiro, obviamente, foi o caráter de longo prazo da parceria e a inclusão do Instituto Neymar Jr. dentro dela, com repasse de recursos para a instituição.
A ideia é que Neymar perdure nas campanhas da Rico pelos próximos anos, indo além da Copa do Mundo. O tempo de duração do acordo não foi revelado.
Desde o último domingo, Neymar é o novo rosto do banco, que busca captar o cliente de classe média para investimentos. O filme, que foi ao ar no último domin-go, tem Neymar sendo “poupado” no banco de reservas. O locutor brinca com a situação e diz que “ninguém rende sendo poupado no banco”, em clara alusão ao maior investimento feitos em cadernetas de poupança pela população com a crise.
Em pouco mais de três dias, o vídeo da campanha, que foi divulgado por Neymar em suas redes sociais, chegou a mais de 13 milhões de visualizações. A ação é a primeira mais agressiva da Rico no mercado brasileiro. A plataforma foi criada em 2010, mas desde o ano passado começou a buscar o investidor de menor porte.
Desde então, a XP e o BTG duelam para chegar a esse tipo de investidor. O es-porte foi uma das plataformas que os dois abraçaram. A XP, por meio da Rico, tem agora em Neymar o seu principal ativo. Já o BTG tem investido cada vez mais na compra de mídia relacionada a grandes eventos esportivos nos principais canais.
Longo prazo e social levam Neymar à XP
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POR REDAÇÃO