O Filme “Tempos Modernos” retrata a realidade vivida na época da Revolução

Industrial, na qual houve uma transição da manufatura para a maquino fatura. Esta transição

propiciou o aumento da produção em um menor período de tempo e ainda a redução da

contratação de mão-de-obra o que acarretou no desemprego e aumento da demanda da

mesma, o que resultou em seu barateamento.

Tendo em vista que o lucro passou a ser a principal meta a ser atingida, os

trabalhadores eram explorados e pressionados a realizar a mesma atividade de forma

repetitivamente mais ágil como pode ser visto na parte inicial do filme onde é dada uma

ordem para que a produção seja acelerada e os operários, os quais são vistos como inferiores

que deveriam apenas receber ordens uma vez que não tinham capacidade de analisar

criticamente seu trabalho. Essa divisão de tarefas não permitia ao empregado conhecer o

produto que se estava produzindo, pois o mesmo não participava das demais etapas do

processo produtivo.

O Filme mostra o relógio como uma simbologia de que o mesmo controla o trabalho e

que tempo é dinheiro e esta realidade ainda pode ser percebida atualmente. Ele também faz

uma crítica ao sistema de trabalho adotado na época onde as pessoas se submetiam a enormes

jornadas de trabalho, péssimas remunerações e condições de trabalho, ou seja, uma crítica ao

sistema capitalista desigual que na época acabou por contribuir para a marginalização das

pessoas.

A falta de condições adequadas no ambiente de trabalho é refletida na execução da

tarefa pelo trabalhador que passa a apresentar um déficit em sua capacidade devido à

exaustão. Esta, também é refletida no produto final que a indústria quer produzir, dessa forma,

propiciar as devidas condições e utilizar de ferramentas que valorizem o trabalhador implicará

em uma realização satisfatória do trabalho pelo empregado e em uma produção quantitativa e

qualitativamente melhor.