atividade de história da psicologia

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UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA - UNAMA CURSO DE PSICOLOGIA KEILA GONÇALVES MARCOS SOUZA PATRICIA NOGUEIRA Caracterização da Psicologia como Ciência e Profissão: breves considerações Atividade apresentada à disciplina História da Psicologia, como requisito de pontuação para 1ª avaliação da turma 1PSN1. Professora Solange Soares.

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Breve histórico da história da psicologia

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Apresentao

UNIVERSIDADE DA AMAZNIA - UNAMA

CURSO DE PSICOLOGIAKEILA GONALVES

MARCOS SOUZA

PATRICIA NOGUEIRA

Caracterizao da Psicologia como Cincia e Profisso: breves consideraes

Atividade apresentada disciplina Histria da Psicologia, como requisito de pontuao para 1 avaliao da turma 1PSN1. Professora Solange Soares.BELM - PAR

2011Introduo

A psicologia desenvolveu-se como cincia, e ao longo da histria pr-cientfica foi definida como a cincia da vida mental; e aps quatro dcadas dos experimentos de Wundt, que marcaram a sua iniciao cientfica; psiclogos norte americanos redefiniram a psicologia como a cincia do comportamento observvel, 1920 a 1960; pois, para eles, a cincia estava enraizada na observao. E a partir de 1960, estudos sobre como a mente humana processa e retm as informaes; o comportamento observvel; os pensamentos e os sentimentos compreenderam os interesses da psicologia; que atualmente fixada como a cincia do comportamento e dos processos mentais. As grandes problemticas da psicologia contempornea recaem sobre questes teorizadas na era pr-cientfica. A temtica sobre o inato-adquirido diluda em questes que vo de Plato Darwin, com a ideia de seleo natural. Elementos como movimento e transformao estaro sempre se modificando no mundo subjetivo. As diferenas entre inteligncia, personalidade e desordens psicolgicas so influenciadas pela hereditariedade e pelo meio ambiente? Quem somos? De onde vm os nossos pensamentos? Nossos sentimentos? Nossas aes? A psicologia uma cincia que busca responder a todos os tipos de questes sobre todos ns: como pensamos, sentimos e agimos. Porm, o psiclogo no o mgico da sociedade, no adivinha e diferente de um bom amigo; a interveno de um psiclogo intencional e planejada atravs de conhecimentos tcnicos e tericos. Eis a importncia de saber diferenciar a psicologia do senso comum, caracterizada como uma viso de mundo; da psicologia cientfica, com diversos enfoques especficos que tomam como referncia a subjetividade humana. Este interesse pelo eu e pelos outros foram questes que evoluram a partir da filosofia, fisiologia e biologia, para que hoje possamos compreender as perspectivas dos psiclogos. A educao opera naquilo que advm da natureza. Logo, toda ocorrncia psicolgica concomitantemente biolgica. Os profissionais da rea tem participado da construo de um conhecimento slido sobre a qualidade vida, atuando em diversas reas e incorporando a multidimensionalidade da vida.

AS RAZES DA PSICOLOGIA

Era pr-cientfica

Scrates (469-399 a.C.) e Plato (427-347 a.C) viam a mente como algo separado do corpo e continuava existindo aps a morte. Entretanto, para eles, o conhecimento era algo j existente dentro de ns. Aristteles (384-322 a.C), discpulo de Plato, prezava pelos dados factuais, o distinguindo de Aristteles e do prprio Plato; que deduziam os princpios pela lgica. Aristteles, considerado o precursor dos cientistas de hoje, alegava que o conhecimento cresce com as experincias guardadas em nossa memria, ou seja, no preexistente; e destaca em suas observaes que a alma no pode ser separada do corpo. A psicologia atual entende que mente e emoes esto relacionadas ao corpo; Aristteles presumia que os eventos vividos sob forte emoo so lembrados com mais facilidade do que os acontecimentos. E isso ocorre, de fato, devido s redes de associaes das experincias armazenadas. Santo Agostinho (354-430 d.C.), escreveu sobre a condio do corpo influenciar a mente, e como a mente influencia o corpo; em Confisses, ele diz: Eu agora no estou investigando o sistema celeste, ou medindo a distncia das estrelas, ou tentando descobrir como a Terra se firma no espao. Estou investigando a mim mesmo, minha memria, minha mente.

No incio da cincia moderna, Descartes (1595-1650), apoiava a teoria de ideias inatas; e sobre a mente ser inteiramente distinta do corpo; e de sobreviver morte deste; e a conjeturar como mente e corpo se comunicam. De uma forma mais realista, surgem as teorias do comportamento humano, focada do experimento, na experincia e no julgamento criterioso. Bacon (1561-1626) escreveu que a compreenso humana, a partir de sua natureza peculiar, facilmente pressupe um grau maior de ordem e equidade nas coisas do que de fato encontra. (Novum Organuum). Antecipando o que passaramos a apreciar sobre a disposio de nossa mente por perceber padres mesmo em eventos aleatrios. Locke (1632-1704), sobre nossas prprias habilidades, produziu um ensaio sobre a compreenso humana, descrevendo que a mente ao nascer uma folha em branco na qual as experincias so escritas. A perspectiva de que o conhecimento tem origem na experincia, ou seja, de que a mente s atua sobre o que chega a ela atravs dos sentidos; pois somos todos iguais ao nascer, contribuiu na concepo do empirismo moderno, onde a cincia deve basear-se na observao e experimentao.

A fecundao da psicologia cientfica

Nos sculos XIX, a psicologia passa a ser investigada por fisiologistas, bilogos e neurofisiologistas; e no apenas por filsofos. Nomes como Ernst-Heinrich Weber, Gustav Theodor Fechner, Wilhelm Wundt e William James so alguns dos pioneiros da psicologia. Contudo, foi em 1879, aps os experimentos de Wundt que a psicologia foi intitulada cientfica.

Ernst-Heinrich Weber (1795-1878), fisiologista alemo. Entre 1930 e 1950, Weber passou a estudar o sistema sensorial, em particular, o sistema nervoso cutneo humano. Neste perodo, destaca-se uma das problemticas da psicologia na poca: como a estrutura do sistema nervoso poderia conduzir a uma representao funcional do espao externo. Nas obras Sobre a sensibilidade tctil, de 1934; e Sobre o sentido do tacto e a sensibilidade comum, 1946; Weber confrontava a psicologia e a fisiologia com a finalidade de criar um pondo de conexo. Gustav Theodor Fechner (1801-1987), filsofo alemo, publicou Elementos da Psicofsica, 1960. Que se distinguia entre psicofsica interna e psicofsica externa. A primeira tinha como objeto os estudos das relaes da alma com o corpo a qual est diretamente ligada, ou seja, os fenmenos psicolgicos com os fisiolgicos. E a segunda, tinha como objeto o estudo da alma com o mundo fsico, isto , a relao dos fenmenos psicolgicos com os fenmenos fsicos exteriores. Conforme o sentido etimolgico da palavra, a psicofsica, era uma cincia exata sobre as relaes funcionais ou de dependncia entre a alma e o corpo, e em geral, entre o mundo corporal e o espiritual, fsico e psquico. A Lei de Fechner-Weber, 1960, estabeleceu a relao entre estmulo e sensao, permitindo a sua mensurao; foi muito importante para a histria da psicologia, pois possibilitou a mensurao dos fenmenos psicolgicos; o que era considerado impossvel. E para a concepo de cincia, na poca, o que fora mensurvel poderia ser considerado estudo cientfico.

A psicologia cientfica

Wilhelm Wundt, filsofo e fisiologista, em dezembro de 1875, na Alemanha, criou o primeiro laboratrio de psicologia, e ao fazer experimentos (1879) que objetivaram medir os tomos da mente, desprendeu as ideias psicolgicas das ideias abstratas e espiritualistas. Para ele, o objeto de estudo da nova cincia era o consciente, a conscincia da experincia imediata. Wundt desenvolveu a ideia de paralelismo psicofsico, os fenmenos mentais correspondem aos fenmenos orgnicos; e criou um mtodo denominado introspeccionismo, pondo em foco as sensaes e imagens internas, e os sentimentos. Em 1881, lanou o primeiro jornal voltado publicao de pesquisas em psicologia. Inicialmente, a ateno dos psiclogos era voltada para o estudo da estrutura mental e das funes da mente. Titchener, discpulo de Wundt, lanou o estruturalismo em 1892, almejando descobrir os elementos da mente. Seu mtodo baseava-se na introspeco auto-reflexiva (olhar para dentro de si mesmo). E assim como o prprio ato de medir uma partcula atmica pode alterar o que medido, o ato de refletir sobre uma experincia pode alterar a lembrana da experincia em si. William James, filsofo norte americano, fundamentado na teoria evolucionista de Darwin, presumiu as funes desenvolvidas dos pensamentos e dos sentimentos eram adaptveis, favorecendo a sobrevivncia. James incentivou a explorao das emoes pragmticas, das lembranas, da fora de vontade, dos hbitos e dos fluxos de conscincia momento a momento; inclinando-se ao exame introspectivo do fluxo de conscincia e de emoo. Entretanto, os maiores legados de James foi o livro Princpios de Psicologia, 1890; e seus ensinamentos em Harvard.

A psicologia como profisso

Estudiosos e pesquisadores esto atentos aos novos padres de produo de conhecimento; a definir o seu objeto e seu campo de estudo; a formular de mtodos e teorias consistentes de conhecimento especfico. A psicologia faz parte das cincias humanas, e sua identidade est relacionada s diferentes perspectivas abordadas no enfoque sobre o homem, construindo conhecimentos distintos, especficos e limitados a respeito dele. Os psiclogos podem atuar nas instituies de sade e clnicas psicolgicas, na promoo da sade; empresas ou indstrias, nas relaes de trabalho e processo produtivo; instituies educacionais ou escolas, com o processo pedaggico; no esporte, com o preparo emocional para as competies; na publicidade, com a produo de imagens; em pesquisas para a iniciao cientfica e outros campos, ligados a equipes multidisciplinares na maioria dos locais.

Com o estudo da subjetividade, a psicologia contribuiu para a compreenso da totalidade da vida humana. A aplicao deste conhecimento produzido pela cincia psicolgica, no Brasil, uma profisso reconhecida pela Lei 4.119, de 1962; que confere aos psiclogos habilitados e registrados; e somente eles; o uso de mtodos e tcnicas para fins de diagnstico psicolgico, orientao e seleo profissional, orientao psicopedaggica e soluo de problemas de ajustamento. Atravs da compreenso das afirmaes, expresses e gestos analisados; o psiclogo visa desvelar os motivos de determinados atos, pensamentos, desejos e emoes do outro; desenvolve sua interveno no processo psicolgico do homem com o intuito torn-lo mais saudvel e de enfrentar as suas prprias dificuldades. Segundo a Organizao Mundial de Sade (OMS), sade o estado de bem-estar fsico, mental e social. O psiclogo, como profissional de sade, atua para que o paciente venha aderir ao tratamento; e ao participar da preveno, terapia e reabilitao, o psiclogo vem demonstrando a eficcia de seu trabalho; em um modelo biopsicossocial de sade, para promover qualidade de vida. Assim, o profissional que lida com as dimenses subjetivas, que incorpora as relaes pessoais, hbitos de vida do meio social e crenas religiosas, amplia o seu raio de ao devido a crescente demanda social.As perspectivas atuais da psicologiaO que compreende a gentica do comportamento, neurocincia, a psicodinmica e a psicologia sociocultural, no necessitam contradizer-se para conduzir o seu enfoque, ao contrrio, podem complementar-se. Desta forma, as perspectivas criam um objeto tridimensional capaz de revelar um quadro completo. No entanto, quanto nossos genes e nosso meio ambiente influenciam nossas diferenas individuais; como o corpo e a mente capacitam as emoes, as lembranas e as experincias sensoriais; como um comportamento surge de conflitos e desejos inconscientes e como o comportamento e o pensamento variam entre situaes culturas. Estas so questes que surgem hoje em dia e convergem entre si, em diferentes perspectivas; e que so de suma importncia para estudar o comportamento, pensamento e as emoes.

REFERENCIAS

MAYERS, David G. Psicologia. Traduo Eduardo Custdio da Silva, Maria dos Anjos Santos Rouch; reviso tcnica Jos Mauro Gonalves Nunes. 7. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006.

BOCK, Ana M. B.; FURTADO, O.; TEIXEIRA, Aria L. T. Psicologia: uma introduo ao estudo de psicologia. 13. ed. ref. e ampl. So Paulo: Saraiva, 1999. 3. t. 2001.PSICOLOGIA: cincia e profisso. Sade e psicologia. Disponvel em: http://www.pol.org.br/pol/export/sites/default/pol/publicacoes/publicacoesDocumentos/dialogos_4.pdf Acesso em: 18 de mar. 2012.

JORGE NUNES BARBOSA. Psicologia cognitiva: histria da psicologia cientfica. Disponvel em: images.jbarbo00.multiply.multiplycontent.com/attachment/0/RfHgPAoKCrsAAAgpX7o1/PsicCognitivaHist.pdf?key=jbarbo00:journal:34&nmid=16671556