ativ 2carta solange- ministro

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Universidade Federal de Goiás Curso: Especialização em Mídias na Educação Acadêmico: Solange de Carvalho Araújo Polo UAB: Posse - Goiás Professor Formador: João Ferreira Orientadora Acadêmica: Noemi Vasconcelos Tutora Presencial: Nair Vieira de Moura Disciplina: Políticas Públicas das Tecnologias Atividade: 2 Período: 28 de Março a 04 de Abril/2012 Posse-GO, 03 de Abril de 2012. Ao EXMO.SR. Aloizio Mercadante Ministro da Educação Assuntos: Realidade na Rede Pública de Ensino do Estado em Posse-GO Políticas públicas e inclusão digital Meu nome é Solange de Carvalho Araújo, sou licenciada em Geografia pela Universidade Estadual de Goiás e especializada em Metodologia do Ensino Fundamental pela Universidade Federal de Goiás. Recentemente fui aprovada na seleção para Especialização em Mídias na Educação, também pela mesma Universidade. Fiz dois cursos na área da informática pelo Proinfo (Programa de Formação Continuada em Tecnologia Educacional) – Introdução à Educação Digital (40 horas) e Ensinando e Aprendendo com as TIC (100 horas). Sou educadora a quinze anos, no momento estou contratada temporariamente pelo Estado de Goiás, trabalho em duas escolas com uma carga horária de 42 horas semanais, uma escola na zona urbana e outra na zona rural. Ministro aulas a turmas do Ensino Fundamental do 6º ao 9º ano, Geografia e Língua Portuguesa. As duas escolas possuem Laboratórios de Informática, a escola na cidade está conectada a Internet, a escola na zona rural, não. Na Gestão pública anterior havia nesses laboratórios, dinamizadores, professores capacitados para mediar junto aos outros professores, que também tiveram a mesma oportunidade de capacitação, mas, acredito, que para uma reorganização administrativa no Estado os mesmos foram retirados, por hora, esses laboratórios não estão sendo tão utilizados como antes. No meio educacional se fala muito em “formação continuada”, hoje muitos professores buscam essa formação, na maioria das vezes ele começa um trabalho de excelência, mas, as mudanças que ocorrem a cada nova Gestão, frustram esse trabalho. Há algum tempo atrás era do conhecimento de todos que apenas 15% dos brasileiros tinham acesso a Internet e que 85% estavam fora da inclusão digital, isso mudou um pouco, porém, os alunos em sua maioria ainda não possuem recursos tecnológicos em casa, e quando muito, só os terá na escola. Gostaria que as políticas públicas procurassem dar continuidade aos programas já existentes e não ficar criando novos que não irão ter prosseguimento deixando-os inacabados. É possível se concordar com a fala da professora Léa Fagundes, em resposta, à pergunta: “O que emperra o uso sistemático da informática nas escolas públicas?” Revista Nova Escola (abril 2005). A falta de continuidade dos programas existentes nas sucessivas administrações”. Para a mesma, “os educadores e gestores não podem tomar iniciativa quando o estado e a administração da educação não garantem a infra-estrutura nem sustentam técnica, financeira e politicamente o processo de inovação tecnológica”. Certa de ser atendida, ficarei no aguarde de vossa resposta. Atenciosamente, Solange de Carvalho Araújo

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Universidade Federal de Goiás Curso: Especialização em Mídias na Educação Acadêmico: Solange de Carvalho Araújo Polo UAB: Posse - Goiás Professor Formador: João Ferreira Orientadora Acadêmica: Noemi Vasconcelos Tutora Presencial: Nair Vieira de Moura Disciplina: Políticas Públicas das Tecnologias Atividade: 2 Período: 28 de Março a 04 de Abril/2012 Posse-GO, 03 de Abril de 2012. Ao EXMO.SR. Aloizio Mercadante Ministro da Educação Assuntos: Realidade na Rede Pública de Ensino do Estado em Posse-GO Políticas públicas e inclusão digital Meu nome é Solange de Carvalho Araújo, sou licenciada em Geografia pela Universidade Estadual de Goiás e especializada em Metodologia do Ensino Fundamental pela Universidade Federal de Goiás. Recentemente fui aprovada na seleção para Especialização em Mídias na Educação, também pela mesma Universidade. Fiz dois cursos na área da informática pelo Proinfo (Programa de Formação Continuada em Tecnologia Educacional) – Introdução à Educação Digital (40 horas) e Ensinando e Aprendendo com as TIC (100 horas). Sou educadora a quinze anos, no momento estou contratada temporariamente pelo Estado de Goiás, trabalho em duas escolas com uma carga horária de 42 horas semanais, uma escola na zona urbana e outra na zona rural. Ministro aulas a turmas do Ensino Fundamental do 6º ao 9º ano, Geografia e Língua Portuguesa. As duas escolas possuem Laboratórios de Informática, a escola na cidade está conectada a Internet, a escola na zona rural, não. Na Gestão pública anterior havia nesses laboratórios, dinamizadores, professores capacitados para mediar junto aos outros professores, que também tiveram a mesma oportunidade de capacitação, mas, acredito, que para uma reorganização administrativa no Estado os mesmos foram retirados, por hora, esses laboratórios não estão sendo tão utilizados como antes. No meio educacional se fala muito em “formação continuada”, hoje muitos professores buscam essa formação, na maioria das vezes ele começa um trabalho de excelência, mas, as mudanças que ocorrem a cada nova Gestão, frustram esse trabalho. Há algum tempo atrás era do conhecimento de todos que apenas 15% dos brasileiros tinham acesso a Internet e que 85% estavam fora da inclusão digital, isso mudou um pouco, porém, os alunos em sua maioria ainda não possuem recursos tecnológicos em casa, e quando muito, só os terá na escola. Gostaria que as políticas públicas procurassem dar continuidade aos programas já existentes e não ficar criando novos que não irão ter prosseguimento deixando-os inacabados. É possível se concordar com a fala da professora Léa Fagundes, em resposta, à pergunta: “O que emperra o uso sistemático da informática nas escolas públicas?” Revista Nova Escola (abril 2005). “A falta de continuidade dos programas existentes nas sucessivas administrações”. Para a mesma, “os educadores e gestores não podem tomar iniciativa quando o estado e a administração da educação não garantem a infra-estrutura nem sustentam técnica, financeira e politicamente o processo de inovação tecnológica”. Certa de ser atendida, ficarei no aguarde de vossa resposta. Atenciosamente, Solange de Carvalho Araújo

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