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TTeerreessiinnaa--PPII 1
ATENDIMENTO ÀS NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS DE PUÉRPERAS
PÓS-CESARIANA – ANÁLISE DO CUIDADO DE ENFERMAGEM EM HOSPITAIS
AMIGOS DA CRIANÇA E OUTRAS INSTITUIÇÕES*
PEREIRA, S. V. M 1 RODRIGUES, R. de.C2
ASSIS, I. L. R3 SILVA, P. R4
1 Mestre em Enfermagem. Doutoranda vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da
Saúde da Universidade Federal de Goiás. Membro da Comissão de Pesquisa da ABENFO-GO. Professora adjunta e Diretora do Curso de Enfermagem do Centro Universitário de Anápolis-GO – UniEVANGÉLICA. Coordenadora do Projeto ODM Universidades - AME de PEITO ABERTO [email protected]. Relatora do trabalho. Fone 62 3310 6674. Rua Pérola Lote 6 Quadra 9 Jardim Ana Paula Anápolis-GO. CEP 75120550. 2 Enfermeira egressa do Curso de Enfermagem do Centro Universitário de Anápolis-GO –
UniEVANGÉLICA. Membro do Projeto ODM Universidades- AME de PEITO ABERTO. [email protected] 3 Mestre em Enfermagem. Membro da ABENFO-GO. Professora do Curso de Enfermagem da
Universidade Católica de Goiás. [email protected] 4 Enfermeira egressa do Curso de Enfermagem do Centro Universitário de Anápolis-GO –
UniEVANGÉLICA. Membro do Projeto ODM Universidades - AME de PEITO ABERTO. [email protected]
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TTeerreessiinnaa--PPII 2
ATENDIMENTO ÀS NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS DE PUÉRPERAS
PÓS-CESARIANA – ANÁLISE DO CUIDADO DE ENFERMAGEM EM HOSPITAIS
AMIGOS DA CRIANÇA E OUTRAS INSTITUIÇÕES*
RESUMO
Introdução – A cesariana devido as respostas do organismo materno ao estresse cirúrgico e a síndrome involutiva puerperal determinam prejuízos ao senso de percepção e mobilidade física, dificultando o cuidado com o bebê e a iniciação do aleitamento materno. A Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC) é uma estratégia voltada para promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno exclusivo, que conforme seus critérios e resultados positivos, constitui um parâmetro de qualidade para assistência obstétrica, principalmente no alojamento conjunto. Objetivo comparar o atendimento de enfermagem às necessidades humanas básicas da dupla mãe e bebê pós-cesariana em alojamento conjunto de Hospitais Amigos da Criança e outras instituições não acreditadas, em um município do estado de Goiás. Metodologia - Estudo de campo, transversal, apoiado na técnica do incidente crítico de Flanagam. A coleta de dados ocorreu após aprovação do projeto de pesquisa pelo comitê de ética e pesquisa envolvendo seres humanos, em quatro instituições obstétricas de um município do estado de Goiás, sendo duas acreditadas pela IHAC e duas não acreditadas. Participaram 13 profissionais da equipe de enfermagem e 20 binômios mãe e bebê. Para análise dos dados foi utilizado o programa Epi-Info, versão 6.0. Adotou-se p< 0,05 e intervalos de confiança de 95%. Resultados – a comparação dos incidentes críticos de cuidado de enfermagem mostra que as instituições acreditadas pela IHAC tiveram melhor desempenho em atender adequadamente as NHB afetadas das puérperas do que aquelas não acreditadas pela IHAC, destacando-se os cuidados com a incisão cirúrgica, lóquios fisiológicos e principalmente com a aprendizagem, que apresentou diferença estatisticamente significante. Palavras chave: Cesariana. Hospital Amigo da Criança . Enfermagem obstétrica. Modelo de Horta
INTRODUÇÃO
A cesariana consiste no parto operatório através de uma incisão
trans-abdominal de acesso ao útero para extração do concepto. Está indicada
quando o parto vaginal é inseguro ao bebê ou a mãe, tornando-se impraticável
devido a condições clínicas tais como: distócia por desproporção céfalo-pélvica,
má apresentação fetal, sofrimento fetal crônico com concepto viável, intercorrências
obstétricas de emergência (doenças hipertensivas específicas da gravidez,
descolamento prematuro de placenta, placenta prévia, prolapso do cordão umbilical)
e algumas doenças infecto-contagiosas que coloquem em risco a segurança do
feto, como em gestantes HIV positivas com cargas virais elevadas ou desconhecidas
(BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2003).
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Por se tratar de um procedimento invasivo, a cesariana determina riscos à
saúde da mãe e do bebê. Na mãe as complicações em potencial são: hemorragia
uterina, aspiração traqueobrônquica no período trans-operatório, acidentes
anestésicos, acretismo placentário, hemorragia, embolia pulmonar, tromboflebite,
trombose, endomiometrite e infecção relacionada à cirurgia. Para o bebê destaca-se
o alto risco de prematuridade iatrogênica, sendo que pode ocorrer o desprendimento
fetal brusco com traumatismo (PIOTROWSKI, 2002).
No Brasil, apesar dos riscos a incidência do parto operatório é muito alta,
sendo que em 2005, a proporção de cesariana foi de 44,15 % no país e de 52,52,
no estado de Goiás (BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE, INDICADORES E DADOS
BÁSICOS, 2005). Na rede pública a proporção é de aproximadamente 40% e na
rede particular de 90%, freqüência muito discrepante dos 15% proposto pela
Organização Mundial de Saúde (OMS), o que coloca o Brasil no segundo lugar no
ranking de cesáreas, ficando atrás apenas do Chile (BRASIL, MINISTÉRIO DA
SAÚDE, 2006).
A alta proporção de cesariana praticada no país, aumenta a demanda de
assistência profissional qualificada, no período de internação hospitalar,
principalmente no pós-parto imediato, ocasião em que as respostas do organismo
materno ao estresse cirúrgico e a da síndrome involutiva puerperal, agravada pela
fadiga decorrente da diminuição das reservas de glicogênio e anemia secundária
ao sangramento (LOWDERMILK; PERRY; BOBAK, 2002).
Por outro lado, a mulher submetida a cesariana apresenta bloqueio
sensitivo e motor induzido por anestésicos, que desencadeiam prejuízos a
percepção e a mobilidade física, risco de distensão vesical, além de uma série de
intervenções como infusão venosa para reposição de líquidos e uso de
medicamentos analgésicos e antiinflamatórios prescritos rotineiramente nas
maternidades. A soma desses fatores compromete a capacidade de autocuidado,
bem como a qualidade do vínculo mãe e bebê, sendo que estas mulheres referem
constantemente sentimentos de baixa auto-estima pela incapacidade de dar a luz,
medo, frustração devido a perda do manejo do corpo e dos cuidados com o bebê
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(Di MATTEO et al., 1998; FIGUEIREDO; COSTA; PACHECO, 2003; PEREIRA;
BACHION, 2005).
Fatores característicos da assistência obstétrica insuficiente retardam a
interação mãe e filho após a cesariana, tais como: tempo de síntese cirúrgica e
pouca disponibilidade de transporte imediato do binômio para unidade de internação,
falta de vaga no alojamento conjunto e escassez de recursos humanos. O atraso
para iniciar amamentação, acarreta queda nos níveis de ocitocina (hormônio do
apego) diminuindo o suprimento de leite e aumentando o risco de fracasso na
amamentação (FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA, 2008).
De acordo com Castro et al., 2003 e Neves et al., 2003 os efeitos
anestésicos não causam qualquer transtorno no tempo de reatividade,
funcionamento orgânico e comportamento dos bebês. Neste sentido, consideramos
fundamental a assistência efetiva de enfermagem, no período de internação,
principalmente no alojamento conjunto para manutenção do equilíbrio e bem estar
do binômio mãe e bebê.
.As teorias de enfermagem oferecem modelo clínico ao cuidar constituindo
instrumentos importantes à prática de enfermagem. A Teoria das Necessidades
Humanas Básicas Afetadas de Horta (1979) apresenta conceitos coerentes para
nortear o cuidado de enfermagem ao binômio mãe e bebê em regime de alojamento
conjunto (PATINE; FURLAN, 2006; OCCHIUZZO, 2000). A identificação das
necessidades humanas básicas (NHB) afetadas oferecerá ao enfermeiro subsídios a
elaboração do plano de cuidado, tendo em vista suprir necessidades reais e
específicas.
O cuidado com o bebê e a iniciação do aleitamento materno são os
maiores problemas da puérpera pós-cesariana (PEREIRA; BACHION, 2005). Nesta
perspectiva, a Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC) é uma estratégia voltada
para promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno exclusivo, que dentre seus
critérios globais incluem a implementação dos dez passos de sucesso para o
aleitamento materno e os cuidados amigo da mãe constituindo um modelo que pode
servir de parâmetro para qualidade da assistência obstétrica, principalmente no
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alojamento conjunto. (FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA, 2008;
LABBOK, 2007, TOMA; MONTEIRO, 2001).
Este estudo teve por objetivo comparar o atendimento de enfermagem às
necessidades humanas básicas da dupla mãe e bebê pós-cesariana em alojamento
conjunto de Hospitais Amigos da Criança e outras instituições não acreditadas, em
um município do estado de Goiás.
METODOLOGIA
Pesquisa de campo, transversal, apoiada na técnica do incidente crítico
de Flanagam (1954 apud BERTAZONE; GIL; HAYASHIDA, 2005).
A pesquisa atendeu os preceitos éticos da Resolução do Conselho
Nacional de Saúde 196/96. A coleta de dados ocorreu após aprovação do projeto
de pesquisa pelo comitê de ética e pesquisa envolvendo seres humanos, durante o
mês de agosto de 2008, em quatro instituições obstétricas de um município do
estado de Goiás, sendo duas acreditadas pela IHAC e duas não acreditadas.
A opção em observar os participantes em instituições de diferentes
cenários se justifica pelo fato que a rotina assistencial apresenta diferenças entre
tais tipos de instituição, sendo que aquelas acreditadas pela IHAC seguem os Dez
Passos de Sucesso para o Aleitamento Materno e as não credenciadas, ainda que
implementem ações de promoção ao aleitamento materno, não apresentam normas
rígidas neste sentido.
Participaram do estudo 13 profissionais da equipe de enfermagem e 20
binômios mãe e bebê. As participantes foram abordadas por conveniência de acordo
com disponibilidades e critérios de inclusão no estudo: mulheres maiores de 18 anos
de idade em regime de alojamento conjunto, sem intercorrências clínicas e que
aceitaram participar do estudo.
A técnica de coleta de dados foi observação direta de ambos os
participantes, profissionais de enfermagem e puérperas, que foi complementada
com entrevista semi-estruturada escrita para esclarecimento dos incidentes críticos
observados.
A variável independente do estudo foi a categoria da instituição de
assistência do estudo (IHAC e não IHAC) e a variáveis dependentes foram:
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Incidente Crítico de Cuidado (ICC) caracterizado pela conduta de cuidado da
equipe de enfermagem frente ás NHB afetadas das puérperas: NHB de
oxigenação e circulação, NHB de percepção, NHB Nutrição e hidratação/mãe,
NHB integridade cutânea, NHB de higiene e auto-cuidado e conforto, NHB
Aprendizagem, NHB de amamentação.
Incidentes Críticos de Desempenho (ICD) caracterizado pelo desempenho da
dupla mãe e bebê para a técnica de amamentação e o conhecimento da
puérpera sobre amamentação e capacidade para cuidar do bebê,
O alcance dos objetivos do cuidado com a puérpera, nos períodos
imediatamente pós-cesariana e no pós-parto cesáreo mediato a alta hospitalar,
estes consistem a expressão concreta do estado de saúde, bem estar e segurança
alcançados pela dupla mãe e bebê em conseqüência do ICC. Os objetivos foram
agrupados em metas.
Os dados foram analisados conforme a técnica do incidente crítico em
procedimentos adequados e inadequados, seguindo uma estrutura baseada na
previsão dos incidentes críticos correspondentes ao cuidado essencial esperado
para o atendimento das NHB afetadas de puérpera pós-cesariana nos períodos
pós-parto imediato, mediato e na alta do ALCON.
As necessidades humanas básicas afetadas foram descritas a partir da
análise de conteúdo, enquanto os incidentes críticos foram avaliados segundo
variáveis dicotômicas em adequados e inadequados, descritos conforme sua
incidência na instituição de nascimento (IHAC ou não IHAC). Para análise dos
dados foi utilizado o programa Epi-Info, versão 6.0. As freqüências foram
comparadas pelo teste de proporções para dois grupos pequenos (Mann Whitney/
Wilcoxon e Kruskal Wallis). Adotou-se p < 0,05 e intervalos de confiança de 95%. Foi
calculado o coeficiente de correlação r2 para as variáveis categóricas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Nos hospitais amigos da criança os IHAC foram observados seis técnicos
de enfermagem e dois técnicos de amamentação e nas instituições não IHAC quatro
técnicos de enfermagem e uma técnica de amamentação, totalizando treze
profissionais observados durante o cuidado a vinte duplas mãe e bebês.
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As puérperas apresentaram paridade variável: nove primíparas, seis
secundíparas e cinco multíparas. A amostra foi constituída em sua maioria, por
mulheres com idade entre 18 e 24 anos, donas de casa, com grau de instrução
entre nove e doze anos, renda familiar entre um e dois salários mínimos, com
participação em sete ou mais consultas pré-natais, sendo que a maior freqüência
nas consultas foi relatada por puérperas de instituições não IHAC.
Os incidentes críticos de cuidados (ICC) frente às NHB afetadas de cada
dupla mãe e bebê foram julgados nos períodos imediatamente pós-cesariana,
pós-cesariana mediata e ocasião da alta hospitalar, segundo as pré-categorias:
adequado e inadequado. Os resultados estão descritos nas tabelas 1, 2 e 3.
Tabela 1 - Freqüência de Incidente Crítico de Cuidado (ICC) frente NHB afetada de duplas mãe e bebê pós-cesariana, no período pós-parto imediato segundo tipo de hospital de nascimento. Ano 2008.
ICC IMEDIATO
NHB
Não IHAC IHAC NHB afetada
Inadequado n ƒ
Adequado n ƒ
NHB afetada
Inadequado n ƒ
Adequadon ƒ
P
Circulação *SSVV mãe **Involução uterina/ AFU **Risco de TVP /mãe
4
10
10
4 100 8 80 10 100
0 0 2 20 0 0
3
10
10
3 100 0 0 10 100
0 0 10 100 0 0
0,00014
Percepção Mãe Bebê
3 3
0 0 0 0
3 100 3 100
2 0
1 50 0 0
1 50 0 0
Nutrição Mãe Bebê
10 2
0 0 0 0
10 100 2 100
10 1
0 0 0 0
10 100 1 100
Hidratação/Mãe
10
1 10
9 90
10
0 0
10 100
Mobilidade física/Mãe
10
1 10
9 90
10
0 0
10 100
Integridade cutânea Incisão cirúrgica
10 0
9 90 0 0
1 10 10 100
10 0
7 70 0 0
3 30 10 100
0,06
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Mamas e mamilos Coto umbilical
10
0 0
10 100
10
0 0
10 100
Conforto/ autocuidado Posição no leito Higiene íntima
10
10
3 30 1 10
7 70 9 90
10
10
0 0 0 0
10 100 10 100
*SSVV: Sinais Vitais ** AFU: Altura de Fundo de Útero ***TVP: Trombose Venosa Profunda.
Tabela 2 - Freqüência de Incidente Crítico de Cuidado (ICC) frente NHB afetada de duplas mãe e bebê pós-cesariana, no período pós-parto mediato segundo tipo de hospital de nascimento. Ano 2008.
ICC MEDIATO
NHB
Não IHAC IHAC P NHB afetada
Inadequado n ƒ
Adequado n ƒ
NHB afetada
Inadequado n ƒ
Adequado n ƒ
Risco para desequilíbrio Circulatório **Involução uterina/ AFU
10
0 100
0 0
10
5 50
5 50
0, 0004
**Risco de TVP /mãe
10
10 100
0 0
10
10 100
0 0
Percepção Mãe Bebê
1 1
1 100 1 100
0 0 0 0
1 1
0 0 0 0
1 100 1 100
Nutrição Mãe Bebê
2 2
2 100 0 0
0 0 2 100
4 2
4 100 0 0
0 0 2 100
Hidratação Mãe
6
6 10
0 0
7
6 85,7
1 4,3
Eliminação Mãe
2
0 0
2 100
0
- -
- -
Mobilidade física mãe
10
5 50
5 50
10
2 20
8 80
Integridade cutânea Incisão cirúrgica
10
10 100
0 0
10
4 40
6 60
0,00018
Mamas/ mamilo
3
3 100
0 0
5
2 40
3 60
Coto umbilical
10
0 0
10 100
10
0 0
10 100
Conforto/ autocuidado Dor
4
1 25
3 75
6
2 33,3
4 66,7
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Aprendizagem 9 7 77,8 2 2,2 10 5 50 5 50
No período imediatamente pós cesariana as NHB de oxigenação e de
eliminação das duplas mães e bebês, a NHB de circulação do bebê não estavam
afetadas.
No período pós-cesariana mediato as NHB de oxigenação e de circulação
das duplas mães e bebês não estavam afetadas. As puérperas apresentavam risco
para desequilíbrio circulatório relacionado a síndrome de involução uterina e risco
de trombose.
Tabela 3- Freqüência de Incidente Crítico de Cuidado (ICC) frente à NHB afetada de duplas mãe e bebê pós-cesariana, na ocasião da alta segundo tipo de hospital de nascimento. Ano 2008.
ICC NA ALTA Julgamento
Clínico NHB de aprendizagem
Não IHAC IHAC P NHB
afetada Inadequado
n ƒ
Adequado n ƒ
NR* n ƒ
NHB afetada
Inadequado
n ƒ
Adequado
n ƒ
NR
n ƒ
Orientação sobre cuidados com o RN* em casa
10
- -
0 0
10 100
10
0 0
10 100
- -
0,0001
Orientação sobre vacinas do RN**
10
- -
3 30
7 70
10
0 0
10 100
- -
0,014
Orientação sobre retorno às AVD***
10
- -
0 0
10 100
10
- -
3 30
7 70
Orientação sobre anticoncepção
10
- -
0 0
10 100
10
- -
0 0
10 100
Orientação sobre retorno às atividades sexuais
10
- -
0 0
10 100
10
- -
1 10
9 90
* Não realizado ** RN: Recém-Nascido ***AVD: Atividades da Vida Diária;
Os cuidados de enfermagem foram observados a partir de 65 tipos de
ICC em 20 duplas mãe e bebê e seus respectivos objetivos de saúde.
No total foram identificados e analisados 1300 ICC referentes às NHB
afetadas: oxigenação e circulação, percepção, nutrição, eliminação, mobilidade
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física, integridade cutânea, higiene/ autocuidado/ conforto, aprendizagem e NHB de
amamentação.
Em relação à NHB de oxigenação e circulação foram observadas 160
ICC, dos quais 26 foram adequados (20 IHAC e 6 não IHAC) e 134 inadequados
(60 IHAC e 74 não IHAC). Os ICCs adequados representam 16,25% (12,5% IHAC e
3,75% não IHAC).
No período imediatamente pós- cesariana (PPI) o controle de loquiação e
eliminação de coágulos do útero nas instituições não IHAC, foi negligenciado por
parte dos profissionais, assim consideramos estas puérperas em risco de
hemorragia por atonia uterina. Houve forte nível de significância estatística (r2 = 0,67
e p = 0,000014) entre as instituições, uma vez que nos IHAC os profissionais
avaliavam a altura de fundo de útero e aspecto dos lóquios com freqüência. A NHB
de circulação das mães foi precariamente atendida, pois os profissionais de ambas
as instituições, foram negligentes em relação a verificação dos sinais vitais, sendo
que 83,75% dos cuidados foram inadequados. Apenas a pressão arterial foi
verificada, na freqüência de uma vez por turno, os sinais de trombose venosa
profunda não foram investigados.
Estudos comprovam que as complicações hemorrágicas do puerpério
constituem uma das principais causas de mortalidade materna, que juntamente com
a infecção puerperal correspondem respectivamente, a 20% e 15% dos óbitos
maternos. (BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2003).
Em relação à NHB de percepção mãe e bebê foram observados 80 ICC,
dos quais 93,75% foram adequados (46,25% de IHAC e 47,5% não IHAC) e 6,75%
inadequados (3,75% de IHAC e 2,5% não IHAC). Os funcionários de não IHAC
sobressaíram aos de IHAC, ajudando e estimulando o vínculo as duplas mãe e
bebês.
Em relação à NHB de nutrição da mãe foram observados 120 ICC, sendo
que 70,8% foram adequados (35% de IHAC e 35,8% de não IHAC) e 29%
inadequados e (15% IHAC e 14,1% não IHAC). No PPI, em ambas as instituições, a
maior parte do cuidado voltado para NHB de nutrição foi adequado. As orientações
eram freqüentes e a liberação da dieta ocorreu entre 8 e 12 horas.
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OOBBSSTTÉÉTTRRIICCAA EE NNEEOONNAATTAALL
QQuuaalliiffiiccaaççããoo ddaa AAtteennççããoo ee ddooss RReeccuurrssooss HHuummaannooss ddee
EEnnffeerrmmaaggeemm eemm SSaaúúddee ddaa MMuullhheerr ee ddoo RReeccéémm--nnaasscciiddoo
2244 àà 2266 ddee jjuunnhhoo ddee 22000099
TTeerreessiinnaa--PPII 11
Pesquisas revelam que dentre as necessidades de cuidados no
puerpério, as participantes atribuíram importância a qualidade da alimentação.
Observa-se que logo após a recuperação completa da fadiga e exaustão do trabalho
de parto, a mulher sente-se faminta, sendo comum a solicitação porções extras de
lanches e alimentos. As depoentes enfatizaram a importância da quantidade e da
qualidade das refeições. Nesse sentido, torna-se importante atender a NHB de
nutrição das mães, evitando a ingestão de alimentos formadores de gazes e
causadores de distensão abdominal, bem como outros que alterem a dieta
balanceada (ALMEIDA; SILVA, 2008).
Foram encontrados 180 ICC relacionados à NHB de nutrição do bebê,
dos quais 100% dos objetivos foram adequados em ambas as instituições durante
toda permanência no ALCON, o que contradiz um estudo que encontrou diferenças
estatisticamente significantes no oferecimento de água, soro glicosado e alimentos
pré-lácteos no alojamento conjunto de maternidades públicas e privadas do Rio de
Janeiro, os autores consideraram importante a adoção dos padrões estabelecidos
pela IHAC para solucionar o problema da introdução adequada de alimentos em
ALCON. (TOMA; MONTEIRO, 2001).
Em relação à NHB de eliminação urinária, foram observados 120 ICC,
sendo que 100% dos objetivos foram alcançados no PPM.
Em relação à mobilidade física, foram encontrados 80 ICC, sendo que
80% foram adequados (45% em IHAC e 35% em não IHAC). No PPI a maioria dos
ICCs foram adequados em ambas as instituições, já no PPM os IHAC sobressaíram
no alcance dos objetivos de estabelecer a amamentação e evitar acúmulo de gazes
abdominais na puérpera.
Em relação à NHB de integridade cutânea no bebê, foram observados
100 ICC, sendo que ambas as instituições, alcançaram 100% de alcance do
objetivo de cuidado com coto umbilical. No entanto, em relação à incisão cirúrgica,
das mamas e dos mamilos, 66% dos ICC foram adequados (37% IHAC e 29% em
não IHAC), com forte tendência de associação estatística entre as instituições no
PPI (r2 = 0,06 e p = 0,288) e forte nível de associação estatisticamente significante
no PPM (r2 = 0,43 e p = 0,008). Em não IHAC, a incisão cirúrgica, nem as mamas
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não foram monitoradas. No caso da incisão, a justificativa foi de que a cobertura
de esparadrapo anti-alérgico seria retirada somente durante a retirada de pontos.
De acordo com o Ministério da Saúde (2003) os curativos extensos e
fechados não são mais necessários. Atualmente tem-se demonstrado adequado o
curativo simples nas primeiras horas, depois disso a incisão deve permanecer sem
cobertura, sendo suficiente apenas lavá-la durante o banho e mantê-la seca.
Em relação à NHB de higiene, autocuidado e conforto foram observados
180 ICC, sendo 68,8% adequados (35,5% em IHAC e 33,3% em não IHAC).
O posicionamento no leito e a higiene íntima da mãe foram praticados com maior
freqüência em IHAC, enquanto apenas em não IHAC a NHB de dor foi atendida.
Os resultados deste estudo contradizem um estudo desenvolvido em uma
maternidade pública de Salvador, que constatou que as ações de enfermagem tais
como: higiene do ambiente, troca freqüentes da roupa de cama, manutenção do leito
limpo, arrumado e confortável e inspeção da incisão cirúrgica, foram insuficientes,
uma vez que as puérperas referiram necessidade de serem examinadas, de terem
as roupas de cama trocadas e a dor amenizada (ALMEIDA; SILVA, 2008).
Em relação à NHB de aprendizagem, foram observados 200 ICC no PPM
e alta, sendo que 49,5% foram adequados (39,4% em IHAC e 15,5% não IHAC).
No PPM os objetivos de proporcionar a puérpera conhecimento que lhe permita
diagnosticar complicações mamárias e desenvolver habilidade de troca de fraldas do
bebê, foram atingidos com maior freqüência em IHAC.
Na ocasião da alta, os ICC relativos às orientações sobre o cuidado com
o RN em casa, sobre a continuidade das vacinas apresentaram diferença
estatisticamente significante entre as instituições. As orientações de enfermagem
sobre o uso de um método contraceptivo e o retorno às atividades sexuais foram
praticamente inexistentes, sendo realizadas apenas pelo médico, em ambas as
instituições.
Um estudo em Recife constatou que 66% de puérperas no momento da
alta apresentavam dúvidas sobre: cuidados com a ferida operatória, amamentação,
planejamento familiar, volume dos lóquios, retorno das práticas sexuais, e a consulta
pós-natal. Além de que a maioria das informações foi realizada por médicos, e que
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o enfermeiro por ocasião da alta deveria fornecer supervisão contínua de saúde para
a mãe.
A NHB de amamentação por sua complexidade foi descrita e analisada
separadamente, sendo que os indicadores de desempenho da dupla mãe e bebê
para amamentar está descrito nas tabelas 4 e 5.
Tabela 4 - Freqüência de incidente crítico de cuidado prestado pela equipe de enfermagem á puérpera pós-cesariana na prática do aleitamento materno. Ano. 2008. ICC* (n =20)
Hospital de nascimento
IHAC** Não IHAC
Orientação sobre aleitamento materno Adequado
(n = 10 n ƒ
7 70
(n = 10) n ƒ 2 20
Inadequado 3 30 8 80
Correção da técnica de amamentação
Adequado 7 70 7 70 p = 0.0285
Inadequado 3 30 3 30
ICC*- Incidente Crítico de Cuidado; IHAC** - Hospital credenciado a Iniciativa Amigo da Criança;
Percebemos que o nível de conhecimento foi influenciado pela
experiência, pois as primíparas não demonstraram conhecimento algum, enquanto
foi detectado conhecimento amplo por parte das multíparas.
A diferença entre os hospitais (IHAC x Não IHAC) em relação ao
conhecimento e desempenho da dupla mãe e bebê para amamentar não apresentou
significância estatística.
Em estudo realizado em dois hospitais de Viçosa os autores concluíram
que apesar das puérperas conhecerem a importância do aleitamento materno para a
criança elas desconheciam os assuntos relacionados á pratica e técnica de
amamentação, as propriedades e funções do leite e benefícios do aleitamento
materno para a mãe (PERCEGONI, et. al., 2002).
Tabela 5 - Freqüência de Incidente Crítico de Desempenho para amamentar (ICD) de duplas mãe e bebês pós- cesariana em regime de alojamento conjunto. Ano 2008 ICD* (n =20)
Hospital de nascimento
IHAC** Não IHAC
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Conhecimento sobre amamentação
(n = 10) n %
(n = 10) n %
Amplo 3 30 1 10
Moderado 2 20 2 20
Limitado 2 20 3 30
Nenhum 3 30 4 40
Desempenho da dupla mãe/bebê na técnica de amamentação
Posição
Adequado 5 50 4 40
Inadequado 5 50 6 60
Pega/ sucção
Adequado 6 60 4 40
Inadequado 4 40 6 60
Deglutição
Adequado 8 80 6 40
Inadequado 2 20 4 60
Retirada do bebê da mama
Adequado 8 80 6 60
Inadequado 2 20 4 40
ICD*- Incidente Crítico de Desempenho para amamentar. IHAC** - Hospital credenciado a Iniciativa Amigo da Criança.
Nesse sentido, o enfermeiro e toda sua equipe devem mobilizar esforços
para promover o nível de conhecimento das puérperas, bem como ensinar e corrigir
o manejo adequado da técnica de amamentação, a fim de promover e estabelecer o
aleitamento materno independente da natureza do serviço obstétrico.
Em relação à NHB de amamentação foram observados 80 ICC, dos quais
56,25% foram adequados (35 % em IHAC e 21,5% em não IHAC). Entendemos que
os profissionais de enfermagem atuantes em não IHAC deram maior importância a
correção da técnica de amamentação do que às orientações sobre aleitamento
materno. O ideal seria que atingissem desempenhos semelhantes em ambos os
processos, fato que foi evidenciado em IHAC, os quais obtiveram o mesmo
desempenho para orientação do aleitamento materno e técnica de amamentação.
CONCLUSÃO
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Observamos que os cuidados mais valorizados por parte dos profissionais
foram aqueles voltados para conforto e higienização da mulher e estímulo do vínculo
mãe e bebê e amamentação.
Outros cuidados foram muitas vezes negligenciados, com verificar sinais
vitais, promover a aprendizagem e capacidade da puérpera para cuidar do bebê,
bem como os cuidados com a incisão cirúrgica em não IHAC.
As instituições acreditadas pela IHAC tiveram melhor desempenho em
atender adequadamente as NHB afetadas das puérperas do que aquelas não
acreditadas pela IHAC, destacando-se os cuidados com a incisão cirúrgica, lóquios
fisiológicos e principalmente com a aprendizagem. Concluímos que a assistência de
enfermagem à dupla mãe e bebê no puerpério representa um ponto crítico que
necessita de discussões sobre a melhor estratégia para estabelecimento de ações
eficientes e seguras no alcance da qualidade e humanização do cuidado.
Este estudo como muitos outros evidenciou que a estratégia IHAC ainda
constitui o melhor padrão de atendimento em obstetrícia, mostrando diferenças
estatisticamente significantes no cuidado a puérpera pós-cesariana em alojamento
conjunto, reforçando a importância da equipe de enfermagem neste tipo de
assistência.
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