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1 U n i v e r s i d a d e Candido Mendes Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Diretoria de Projetos Especiais Projeto a Vez do Mestre ATENDIMENTO AO CLIENTE NA HOTELARIA AUTOR:IVAN FERREIRA DO BONFIM ORIENTADOR:MARCO ANTONIO CHAVES DE ALMEIDA Rio de Janeiro, agosto de 2002

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1

U n i v e r s i d a d e Candido Mendes

Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento

Diretoria de Projetos Especiais

Projeto a Vez do Mestre

ATENDIMENTO AO CLIENTE NA HOTELARIA

AUTOR:IVAN FERREIRA DO BONFIM

ORIENTADOR:MARCO ANTONIO CHAVES DE ALMEIDA

Rio de Janeiro, agosto de 2002

2

U n i v e r s i d a d e Candido Mendes

Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento

Diretoria de Projetos Especiais

Projeto a Vez do Mestre

ATENDIMENTO AO CLIENTE NA HOTELARIA

AUTOR:IVAN FERREIRA DO BONFIM

Trabalho Monográfico apresentado como requisito parcial para obtenção do Grau de especialista em Marketing

Rio de Janeiro, agosto de 2002

3

Agradeço a todos que diretamente e indiretamente contribuíram para execução desta pesquisa

4

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho ao Hotel Lê Meridien Copacabana que sempre acreditou no meu potencial

5

AGRADECIMENTOS

Ao

Hotel Le Meridien Copacabana

E ao orientador

Marco Antonio Chaves de Almeida

6

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 8 EXPANSÃO DO TURISMO 10

ORIGEM DO TURISMO 11

DEEMPENHO DA HOTELARIA NACIONAL 16

HOTEL DESIGN 19 INFORMAÇÕES DO MERCADO 21

MERCADO DE TRABALHO NA HOTELARIA 23

METAS DA EMBRATUR PARA 2003 25 O QUE É QUALIDADE 26

PADRÃO DE QUALIDADE 28 IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO 32 O CLIENTE 33 SATISFAÇÃO DO CLIENTE 34 SURPREENDER E ENCANTAR 35 CONCLUSÃO 38

7

RESUMO

Este trabalho tem por objetivo comprovar o

crescimento do turismo nacional e internacional visando alertar o governo e as

pessoas deste importante segmento para nosso país.

Antes de apresentar as estatísticas desse estudo,

fez-se um breve resumo dos serviços oferecidos pelos hotéis, conhecendo

também como os mesmos são classificados pela Embratur. Observou-se que

na hotelaria a sazonalidade está diretamente ligada ao faturamento da receita;

ou seja, o hotel opera com períodos de alta e baixa temporada anualmente.

Procurou-se estudar os diversos tipos de hóspede, e como os hotéis trabalham

para atender às necessidades, desejos a fim surpreender e encantar seus

clientes.

Pretende-se mostrar a ascensão do turismo de

negócios que vem ganhando espaço nos hotéis das grandes capitais do país e

no mundo, e consequentemente os mesmos hotéis estão se remoldando para

atender a esta nova demanda.Este trabalho tem por objetivo alertar o governo

e incentivar as pessoas a se especializarem nesta ótima e lucrativa

oportunidade de mercado.

8

INTRODUÇÃO

O turismo é uma realidade que vem ganhando

importância no desenvolvimento socioeconômico do país, e seu crescimento

vem sendo muito sentido principalmente, nos últimos anos, devido ao aumento

da renda pessoal de certas faixas salariais.

No Brasil, esse fenômeno é facilmente identificado

no aumento, em número, de companhias de vôos charter e os diversos pacotes

que são oferecidos, que tem como público alvo pessoas que até então estavam

fora do processo. Essas pessoas, que agora podem viajar rápido e a baixo

custo, com facilidades de pagamento que no passado não poderiam sequer

imaginar. Outro fator que mostra o crescimento do setor é o aumento de

investimento feito em infra-estrutura de lazer.

No que diz respeito as empresas hoteleiras, para a

obtenção do sucesso, é o investimento cada vez maior em qualidade para que

assim possam satisfazer os seus clientes que estão mais exigentes. Estas

empresas procuram melhorar seu portfólio de produtos e serviços buscando a

fidelidade do cliente.

Os hotéis tem buscado, sem medir esforços, a

qualidade através do treinamento de seu pessoal, no entendimento que não

basta ter boas instalações se o corpo de funcionários deixa a desejar em

relação ao atendimento.

A competitividade neste mercado vem crescendo

constantemente. Na cidade do Rio de Janeiro, foram feitos grandes

9

investimentos nessa área, em reformas e aquisições. Na década de noventa

era comum ouvirmos que este ou aquele hotel estava entrando em processo de

reforma, coisa até então pouco usual, pois baseados no fato de que a tradição

atraia hóspedes, pouco se fazia ou se investia. Apenas para citar alguns

exemplos temos as reformas dos hotéis Rio Palace, comprado pela rede

Accord e reaberto com o novo nome de Sofitel Rio Palace, do hotel

Copacabana Palace e do Hotel Le Meridien. Sem contar com a abertura

recente do hotel Marriot .

As empresas hoteleiras devem estar receptivas para

as mudanças ocorridas no contexto mundial, fruto do surgimento de novas

tecnologias e da globalização que vem trazendo mudanças nos padrões de

qualidade que passam a ser internacionais. Estas empresas não fogem a regra

e devem estar inseridas nesse processo de mudança para poderem competir

pelo cliente que, a cada dia, torna-se mais exigente.

Deu-se então uma mudança no processo de

gerenciamento de um hotel, colocando o cliente como o centro de tudo,

voltando-se completamente para ele. Foi feita uma revolução na maneira de se

gerir um hotel e com certeza uma coisa se aprendeu e se mostrou

imprescindível para o sucesso de qualquer empresa hoteleira, independente de

sua categoria, é que a qualidade veio para ficar.

10

Expansão da Hotelaria

Ninguém sabe precisar exatamente quando e como

surgiu a atividade hoteleira no mundo. Mas os indícios levam a crer que esta

atividade tenha se iniciado em função da necessidade natural que os viajantes

têm em procurar abrigo, apoio e alimentação durante suas viagens.De acordo

com o livro Introdução a Turismo e Hotelaria, editado pelo SENAC- Serviço

Nacional de Aprendizagem Comercial, a primeira notícia sobre a criação de um

espaço destinado especificamente à hospedagem vem de alguns séculos antes

da era cristã,quando na Grécia Antiga, no santuário de Olímpia, eram

realizados os jogos olímpicos. Para esses eventos, foram construídos o estádio

e o pódio, onde se homenageavam os vencedores e ficava a chama olímpica.

Mais tarde, foram acrescentados os balneários e uma hospedaria, com cerca

de 10 mil metros quadrados , com o objetivo de abrigar os visitantes. Essa

hospedaria teria sido o primeiro hotel que se tem notícia.

Já as termas romanas, embora não se destinassem

propriamente à hospedagem e sim ao lazer, dispunham de água quente,

instalações de até 100 mil metros quadrados e cômodos para os usuários

descansarem.Dependendo do status do cliente, esses aposentos podiam ser

luxuosos e de grandes dimensões, ou mais simples, menores, até mesmo de

uso coletivo, para as pessoas comuns.

A evolução da hotelaria sofreu grande influência dos

gregos e especialmente dos romanos, que tendo sido ótimos construtores de

estradas, propiciaram a expansão das viagens por todos os seus domínios e,

conseqüentemente, o surgimento de abrigos para os viajantes. A Bretanha ,por

exemplo, durante muitos séculos dominada por Roma, incorporou à sua cultura

a arte de hospedar, e ao longo de suas estradas se multiplicavam as pousadas.

Essa mesma tendência era comum a quase todos os países europeus,

igualmente influenciados pelos romanos.

11

Como naquela época os meios de transportes não

percorriam mais do que 60 quilômetros diários, as viagens quase sempre

duravam alguns dias. Disso resultou o estímulo à criação das hospedarias que,

em Roma, obedeciam a regras muito rígidas; por exemplo, um hoteleiro não

poderia receber um hóspede que não tivesse uma carta assinada por uma

autoridade, estivesse ele viajando a negócios ou a serviço do imperador.

Nas grandes e refinadas mansiones, amplos "hotéis"

situados ao longo das principais vias, tais normas eram seguidas à risca, o que

não acontecia nas pequenas pousadas que proliferavam nas redondezas das

mansiones. Essas hospedarias eram muito numerosas e chegavam a dar nome

a certas regiões e a alguns locais de entretenimento, como os circus.

A famosa Via Appia, por exemplo, era um local

repleto de pequenas pousadas, ao tempo do Império Romano e naqueles

estabelecimentos ocorria toda a sorte de orgias, crimes e desordens.

Essa época de intrigas políticas e intensa luta pelo

poder, os magistrados mantinham essas pousadas sob vigilância, já que civis e

militares, além dos funcionários dos correios, ali se hospedavam. Isso levava

as autoridades a colocarem os donos de pousada em sua folha de pagamento,

para que eles relatassem tudo que ouvissem de seus hóspedes. A lei obrigava

a manter vigília à noite, visando à segurança dos hóspedes, de quem era

obrigatório anotar os nomes, a procedência e a nacionalidade.Esse panorama

continuou mais ou menos inalterado até o final da Idade Antiga. Com a queda

do Império Romano, as estradas vieram a ser menos usadas, em razão da falta

de segurança. Esse fato diminuiu o número de hóspedes, prejudicando

seriamente as pousadas. Desse modo, a hospedagem passou a ser oferecida

pelos monastérios e outras instituições religiosas, bem mais seguras e

confiáveis.

De início um serviço informal, essa hospitalidade

dispensada pelos religiosos tornou-se, mais tarde, uma atividade organizada,

com a construção de quartos e refeitórios separados, e monges dedicados ao

12

atendimento dos viajantes. Posteriormente, foram construídos prédios próximos

aos monastérios, destinados exclusivamente aos hóspedes dando origem às

pousadas.

Nesses abrigos, os hóspedes eram obrigados a

cuidar da própria alimentação, da iluminação (velas, lampiões, etc) e das

roupas de dormir. Além disso, os viajantes dependiam da boa vontade e da

acolhida dos responsáveis pelas pousadas.

No século XII, as viagens na Europa voltavam a se

tornar mais seguras, e rapidamente as hospedarias se estabeleceram ao longo

das estradas. Aos poucos, diversos países implantavam leis e normas para

regulamentar a atividade hoteleira, especialmente a França e a Inglaterra.

A França, por exemplo, já dispunha de leis

reguladoras dos estabelecimentos e dos serviços hoteleiros no ano de 1254

(século XIII), enquanto na Inglaterra isso aconteceu em 1446 (século XV). No

ano de 1514 (século XVI), os hoteleiros de Londres foram reconhecidos

legalmente, passando de hostelers (hospedeiros) para innnholders (hoteleiros).

Em 1589, foi editado pelos ingleses o primeiro guia

de viagens de que se tem notícia, definindo de modo claro os diferentes tipos

de acomodações disponíveis para viajantes a negócio ou passeio.

No interior da Inglaterra, muitas pousadas se

desenvolveram a partir dos monastérios que fechavam suas portas. Alguns

modernos hotéis ingleses, sem dúvida, tiveram essa origem, a exemplo do New

Inn, em Gloucester, e o George , em Glastonbury.

Em 1650 (século XVII), consolidou-se na Europa um

meio de transporte que teve grande influência na expansão da hotelaria: as

diligências, carruagens puxadas por cavalos.

Durante quase 200 anos, esses veículos circularam

pelas estradas européias, garantindo um fluxo constante de hóspedes para as

pousadas e hotéis. Convém notar que muitos serviços de diligências foram

estabelecidos pelos próprios hoteleiros, que assim conseguiam assegurar

clientela para seus estabelecimentos.

13

Até o fim da era das diligências, em torno do ano de

1840 - quando surgiram as ferrovias -, os terminais de trota e os estábulos

ficavam instalados nas pousadas. Velhos estabelecimentos foram reformados

ou reconstruídos, outros novos surgiram em estradas que levavam às capitais,

devido ao intenso tráfego das diligências. Algumas das maiores pousadas

daquele período foram projetadas especificamente para se integrar com esse

meio de transporte, fazendo o papel de estação de chegadas e partidas.

Dispunham de escritório de reservas e salas de espera; além disso, muitas

dessas "estações "possibilitavam ao viajante fazer reservas e comprar

passagens de diligências, de várias rotas, a partir da pousada --o Hotel Royal,

na Inglaterra, por exemplo, tinha um total de 23 linhas.

Com a chegada das ferrovias, as diligências

praticamente desapareceram, e a rede hoteleira que delas dependia sofreu um

golpe rude, já que as ferrovias eram um meio de transporte muito mais rápido,

o que resultava em viagens de menor duração. Muitos hoteleiros não

conseguiram se adaptar aos novos tempos, já que estavam habituados com

determinadas regras de hospedagem.

Dessa maneira, muitos hotéis fecharam suas portas

ou reduziram seu tamanho, enquanto outros estabelecimentos conseguiram

acompanhar as novas regras e se ambientar com o novo meio de transporte.

Novos hotéis foram construídos, próximos às estações ferroviárias, a exemplo

de Euston, em Londres.

No final do século XIX., os hóspedes tinham se

tornado mais exigentes e surgiram então hotéis de grande luxo, como os

famosos Savoy, Ritz, Claridge, Carlton e outros, acompanhando a tendência

dos fabulosos trens e navios de passageiros da época.

O ano de 1872 trouxe uma novidade: a primeira

viagem turística em grupo, organizada por Thomas Cook. ''

14

A Origem do Turismo

O turismo tem origem no século XIX, quando o

inglês Thomas Cook, em 1841, organizou uma viagem de um dia partindo de

Lancaster para Loughborug, reunindo 570 pessoas que iam participar de um

congresso antiálcool e cobrou pelos seus serviços.

Este simples fato criou o Turismo e o primeiro

profissional de serviços de viagem. Cook ficou tão entusiasmado que se

transformou em empresário, montando uma empresa para desenvolver um

sistema de funções e serviços para viajantes que existe até hoje - as agências

de viagem. Surgiu logo depois a figura ou a função do guiadeturismo.

A conseqüência desta iniciativa é o crescimento da

indústria de alojamento e alimentação. O desenvolvimento da aviação

comercial deu nova dimensão ao Turismo. Surgem os vôos charters (fretados)

e as transportadoras aéreas passaram a exercer um papel fundamental no

desenvolvimento turístico.

Com o desenvolvimento dos serviços de transportes,

alojamento, alimentação e recreação passou-se a reivindicar a

profissionalização de quem presta estes serviços. Assim, surgiram escolas de

hotelaria e as de serviço.

Hoje, países como a Suíça, Itália, Estados Unidos,

Espanha, Inglaterra e México em especial investem fortemente na formação de

recursos humanos na área, pois Turismo só funciona com especialização.

Afinal o progresso econômico criou necessidades de conhecer, saber e ter

status, logo de viajar.

15

Desempenho da Hotelaria Nacional

Os executivos de grandes empresas e multinacionais

aposentaram as malas. Desde os atentados terroristas do mês de setembro, as

agências de viagens que trabalham com contas comerciais já amargam uma

queda de mais de 30% no volume de vendas de passagens aéreas para o

exterior. A estimativa é da Favecc- Fórum de Agências de Viagens de Contas

Comerciais.

No Brasil , os hotéis também sentem a redução do

turismo de negócios, principalmente com o cancelamento da estada de

executivos americanos. A taxa de ocupação dos hotéis de São Paulo, de

acordo com a regional paulista da Associação Brasileira da indústria de Hotéis

(ABIH/SP), chegou a cair 20% em setembro em relação a igual período em

2000. A queda é conseqüência direta da redução do número de viagens por

parte de empresários e executivos estrangeiros. Em média 78% dos hóspedes

paulistas vêm à cidade a trabalho. As tarifas predatórias praticadas pelos flats

também vem contribuindo para a queda nos patamares de ocupação.

(21/10/2001).

Cinqüenta milhões de brasileiros devem viajar pelo país

até o fim deste ano, contra 38 milhões em 1999. A informação é do presidente

da BSH International, José Ernesto Marino Neto.

A primeira unidade da marca Radisson Hotels and

resorts no Brasil será inaugurada no dia 1 º de dezembro em São Paulo. O

Radisson faria Lima, localizado na esquina da Avenida Cidade Jardim com a

Avendida Brigadeiro Faria Lima, é o primeiro de 12 produtos com a bandeira

Radisson previstos para serem instalados nas principais capitais brasileiras até

2004. A Atlântica Hotels calcula que os 12 projetos devem consumir

investimentos de R$ 300 milhões e gerar 1,4 mil empregos diretos.

16

Dados da Hotelaria Nacional

O mercado nacional de hotelaria e turismo,

responsável por 3,5% do PIB, com faturamento anual de R$ 53 bilhões e

potencial para R$ 221 bilhões nos próximos dez anos, começa a registrar um

boom de investimentos das principais redes do setor.

De acordo com o EMBRATUR só nos próximos três

anos, desembarcarão no País investimentos da ordem de US$ 6 bilhões. Os

300 hotéis em construção vão gerar cerca de 600 mil empregos diretos e

indiretos.

Dados da Organização Mundial de Turismo (OMT),

classificam o país como o que mais se desenvolve no setor, saltando da 43 º

para 25 º posição no ranking mundial entre 1995 e 1999.

Neste cenário, grande parte das aplicações é

voltada para o turismo de negócios, que cresce a cada dia. De acordo com a

Associação Brasileira da Indústria de Hotéis -ABIH-SP,, o Estado é

responsável por 70% do turismo de negócios do País, com cerca de 50 mil

eventos anuais, movimentando mais de US$ 380 milhões.

Dos cerca de 10 mil hotéis instalados no Brasil,

segundo o Embratur, estima-se que entre 5% e 7% são de marcas

internacionais. São elas que mais investem em modernização e ampliação do

mercado.

17

Entre as redes que mais estão apostando no Brasil,

destacam-se a espanhola Sol Meliá; o francês Accor e os americanos Marriott

e Choice Hotels (comanda as marcas Sleep Inn, Confort, Quality e Clarion). O

grupo Mexicano também aposta no Brasil para crescer na América Latina. No

projeto para os próximos cinco anos estão 20 hotéis no Brasil.

A Blue Tree está investindo pesado no setor de

turismo de negócios. Dos 23 hotéis em construção, 17 serão voltados para este

setor. O Grupo Marriott, dono de 1,8 mil hotéis no mundo, é outro que deposita

suas fichas no turismo executivo. A intenção da rede é erguer até 2002 o

primeiro apart hotel paulistano da rede, o Marriott Executive Apartment, um

cinco estrelas na Vila Nova Conceição.

Nos próximos cinco anos, o grupo Mexicano

Pousadas, que opera mais de 70 hotéis nos estados Unidos, México , Brasil e

Argentina, pretende inaugurar 30 unidades em 26 grandes cidades que atraiam

fluxo de homens de negócios. E desse total 90% ficarão no Brasil. No Brasil a

rede já administra os hotéis Caesar Park de São Paulo e Rio de Janeiro. Até

2001 , a rede pretende lançar cinco novos hotéis, sendo dois na região do

Aeroporto de Guarulhos, dois na Vila Olímpia e um na Paulista, que somam

investimentos de US$ 110 milhões.

O Grupo Accor Brasil, uma das maiores redes

hoteleiras do país, com 87 empreendimentos , em 3 4 cidades, em parceria

com o Grupo Cyrela/Brazil Realty e a Setin,deve levantar dois hotéis da marca

Íbis e Mercure, na região do ABC Paulista, com previsão de serem inaugurados

até 2003, quando outras 62 unidades das marcas Softel, Novotel, Íbis e

Parthenon estarão prontas. Os executivos do grupo acreditam que a marca que

mais crescerá é a Íbis, pois combina preços com praticidade, sendo ideal para

executivos de média gerência.

18

A região da Avenida Luis Carlos Berrini, em São

Paulo, é o grande alvo dos principais investimentos atuais, devendo consolidar-

se como o novo centro hoteleiro de São Paulo. Os hotéis cinco estrelas Hyatt,

Palácio Tangará -da Birmann e Previ- e a própria rede Marriott, prometem

esquentar a disputa com os cinco estrelas da região próxima ã Avenida

Paulista, como o Renaissance, Sheraton, L`Hotel, Maksoud Plaza e

Intercontinental.

O Grande Marriott são Paulo demandou

investimentos de US$ 200 milhões e deverá estar concluído em 2003.

Na mesma região será construído o quatro estrelas

Courtyard, na esquina da Avenida Bandeirantes com a Berrini e custará R$ 60

milhões. E junto ao Shopping Pátio Higienópolis será construído, até 2003 um

seis estrelas.

19

Hotel Design

Criada na década de 90 em Nova York, a concepção

de hotel design repudia qualquer sinal de ostentação, impessoalidade e

padronização na decoração e nos serviços. O conceito introduz arquitetura

arrojada, decoração moderna e funcional, atendimento personalizado e preços

razoáveis. O primeiro do gênero no país a adotar a nova roupagem é o

tradicional hotel Normandie, situado desde 1964 no coração antigo da capital

paulista, numa das esquinas da Av. Ipiranga

O segmento de hotéis econômicos é o que

apresenta o maior crescimento na hotelaria latino-americana, com expectativa

de crescimento de 10% ao ano até 2010, contra um aumento global do setor de

apenas 3%. Na Europa, 61% da oferta hoteleira já se concentra no segmento

econômico, com diárias de até US$ 50, enquanto esse percentual é de

aproximados 47% na América Latina.

O grupo hoteleiro norte-americano, Howard Johnson,

com seis mil hotéis em operação em 16 países, deverá entrar para o mercado

nacional neste ano.A chegada no País deverá ocorrer pelo segmento dos

econômicos, com a abertura de um empreendimento três estrelas.

20

SÃO PAULO

A região da avenida Paulista deverá ganhar pelo

menos oito novos hotéis de redes internacionais e três nacionais nos próximos

três anos. A maior parte deles será de padrão quatro estrelas, para o hóspede

executivo.A própria avenida ganha nos próximos anos seus primeiros hotéis: o

Caesar Business Paulista (número 2.181) e o Clarion Hotel Paulista (altura do

número 2.300), da Choice atlântica.

A Choice estará lançando o maior número de

empreendimentos na região. A rede pretende inaugurar quatro projetos até

2002. O caesar Business Paulista funcionará em sistema de flats, com 400

apartamentos, a partir de outubro de 2002. O Clarion terá 160 apartamentos e

será aberto em abril de 2003.

A Choice Atlântica, braço sul americano da rede

Choice Internacional estará inaugurando 12 novos hotéis em São Paulo até

2003. Quatro dos novos hotéis serão nas imediações da avenida Paulista com

três bandeiras distintas: Comfort, Quality e Clarion.

Por:

Eny Amazonas

Jornalista Responsável

Mtb: 16.638

Amazonas Press Assessoria & Comunicação

21

Informações do Mercado Hoteleiro

O Paraná faz parte dos planos de expansão das

redes Accor e Choice Atlântica. A Hotelaria Accor já possui seis hotéis em

Curitiba, nas linhas Mercure, Íbis e Parthenon, e agora está desenvolvendo

cinco novos empreendimentos em São José dos Pinhais, Londrina, Maringá e

Curitiba, estimando investir cerca de R$ 32 milhões até 2002.

A Choice Atlântica Hotels por sua vez, pretende

investir R$ 620milhões e abrir 63 hotéis nos próximos dois anos. Há um mês, a

rede inaugurou o Hotel Curitiba Capital e tem dois novos projetos em

desenvolvimento no Estado: uma nova unidade na capital e outro em Londrina,

somando cerca de R$ 22 milhões.

O alvo das duas redes é voltado para o turista de

negócios, que em 2000 respondeu por 41% das cerca de 1 milhão de pessoas

que estiveram em visita ao Estado. Os empresários em sua maioria vem de

São Paulo (31%) e do Rio Grande do Sul (28%). A idade média deles é de 38

anos e a renda média bruta mensal é de R$ 2 mil.

Para este ano, a taxa média de ocupação deverá

ficar em 50%. Em 2000, ficou em 39,6%.

22

GOIAS

Nos últimos quatro anos, o setor hoteleiro de Goiânia

vem experimentando um acelerado crescimento. O setor vem assistindo nos

últimos dois anos . a taxa de ocupação saltar de 45% para 60% , e comemora

a chegada de novos empreendimentos que estarão concluídos até 2002 e que

elevarão de 9 mil para 10 mil leitos a capacidade da rede local.

PORTO ALEGRE

Porto Alegre hoje tem aproximadamente 55 hotéis e

10 mil leitos. Até 2002, quando deverão estar concluídos 13 novos

empreendimentos, a capacidade vai aumentar em aproximadamente 2.700

leitos.Além disso há mais cinco hotéis projetados que ainda não iniciaram as

obras, que vão ofertar outros 800 leitos. A maior oferta de leitos já provocou

uma redução de 10% no preço das diárias. A ocupação média dos hotéis em

Porto Alegre foi de 53,97% nos últimos doze meses

23

Mercado de Trabalho na Hotelaria

Quatro mil novas vagas deverão ser abertas no setor

hoteleiro do Rio de Janeiro até 2003. Segundo a Riotur, a cidade deverá

ganhar dez novos hotéis nos próximos dois anos, gerando empregos para

cozinheiros, arrumadeiras, recepcionistas, telefonistas e outros. O piso do

mercado é de R$ 450,00.

O número de pessoas que trabalham no setor de

turismo cresceu 24% entre 1992 e 1999 no Brasil. Foi o que mostrou uma

pesquisa feita pelo Instituto de Hospitalidade (IH) e o Sebrae. O total, porém,

não passa de 6,1% da População Economicamente Ativa (PEA) - pouco se

comparado aos EUA (12%). Para o presidente do IH, Sérgio Foguel, o País

ainda tem potencial para criar mais 5 mil empregos diretos.

A ABIH -RJ confirma a projeção. Segundo Ângelo

Vivacqua, diretor da entidade, serão lançados mil quartos de hotéis até o

primeiro semestre do ano que vem. Segundo ele, cada apartamento

funcionando gera um emprego direto e quatro indiretos.

Segundo o superintendente da Embratur no Rio, Nilo

Sérgio Félix, aproximadamente seis milhões de pessoas trabalham diretamente

na indústria do turismo no Brasil. Em 1999., esse número era de 4,8 milhões,

um crescimento de 20%. Em cada 11 trabalhadores brasileiros, um tem

emprego voltado para o turismo.

24

Para trabalhar na hotelaria é preciso ter humanidade

e desejo de servir. Outro requisito importante para conquistar uma vaga no

ramo é saber falar mais de um idioma, especialmente inglês, considerada a

língua universal. Primeiro grau completo também é exigido para cargos como

assistente de cozinha e camareira.Se a pessoa tiver cursos de especialização,

as chances são maiores.

O número de pessoas ocupadas no segmento de

turismo cresceu 24% entre 1992 e 1999, segundo dados da primeira de

pesquisa Perfil dos Profissionais no Mercado de Trabalho no Setor de Turismo

no Brasil. O levantamento, elaborado pelo Instituto de Hospitalidade, abrange

trabalhadores no setor formal e informal e foi feito por amostragem em cerca de

100 mil domicílios de todo o País. Ele revela que a expansão de empregos no

setor foi maior entre agências de viagens e empresas de turismo, com

crescimento de 46%, e empresas de entretenimento e lazer, com 41%. Apesar

do aumento da oferta de empregos no setor, o Brasil ainda está muito aquém

dos índices alcançados no mesmo setor nos Estados Unidos e em países da

Oceania, do Caribe e da União Européia. Do total de pessoas que compõem a

população economicamente ativa (PEA) brasileira, apenas 6,1% (4,4 milhões

de profissionais) trabalham no turismo, enquanto naqueles países a média de

ocupação no setor fica entre 12% e 14%. A pesquisa mostra, ainda, que as

atividades de hotéis e pousadas são tipicamente empregadoras formais, ou

seja, quase 70% das pessoas ocupadas nesses dois ramos possuem Carteira

de Trabalho assinada. Esse índice cai para 50% quando se trata de agências

de viagens, empresas de turismo e transporte. Bares, restaurantes e atividades

de entretenimento e lazer são tipicamente informais e, segundo a pesquisa,

neles apenas 20% dos trabalhadores têm carteira assinada. Nesse segmento,

mais de um terço da força de trabalho é constituída por trabalhadores

autônomos.

25

Metas da Embratur para o ano 2003

· Aumentar para 6,5 milhões o fluxo de turistas estrangeiros

· e para 57milhões o fluxo de turistas nacionais

· US$ 5,5 bilhões a receita cambial turística

· Geração de 500 mil novos empregos

.

26

1 O QUE É QUALIDADE ?

Definir qualidade pura e simplesmente não é tarefa fácil.

Fazendo-se uma pesquisa para saber qual o seu real significado

encontraremos diferentes respostas, pois o seu significado está intrínseco a

realidade de cada indivíduo. Portanto não existe um conceito único de

qualidade.

Observou-se que tanto estudiosos do assunto quanto organizações

estão preocupadas em definir qualidade. O significado mais sintético e que

melhor se adequou a realidade de uma empresa hoteleira foi da empresa

certificadora ISO, que define qualidade como: ”conjunto de propriedades e

características de um produto, processo ou serviço que lhe forneçam a

capacidade de satisfazer as necessidades explícitas ou implícitas.”

Segundo Crosby qualidade é o cumprimento de requisitos. Estes

requisitos são estabelecidos a partir das necessidades e desejos do cliente, ou

seja, de suas exigências. Seguindo esta linha de raciocínio chega-se a

conclusão de que qualidade varia de acordo com o indivíduo e suas

características sociais, culturais e econômicas. Um bom exemplo disso é o

trabalho de um comissário de vôo, que em um mesmo percurso tem diferentes

níveis de exigências de seus passageiros, até pelo fato de que, cada um está

voando por motivos diferentes ( lazer, trabalho, doença etc), sem contar que

viajar de avião não é para muitos, agradável. Esse profissional deverá saber

lidar com todas essas diferenças da melhor maneira possível, ou seja, que

27

cada um de seus passageiros se sinta o mais importante, independente da

tarifa paga por ele.

...

2

28

PADRÃO DE QUALIDADE

O padrão de qualidade serve para manter a

constância no serviço, atingindo `a todo momento as necessidades e

expectativas do cliente. Entenda-se, neste caso, a palavra padrão como regra

que deverá ser seguida por todos.

Tem como características ser:

C l a r o

O padrão de qualidade deve ser claro para que toda

a equipe possa entender de maneira rápida e precisa seus objetivos, não

deixando qualquer tipo de dúvida sobre o procedimento a ser realizado.

Quando trata-se de padrão de qualidade não existe o meio termo, ou ele é

cumprido ou não. Deve ser executado de maneira uniforme, ou seja, por toda a

equipe caso contrário não será um padrão e sim uma qualidade individual do

funcionário.

T a n g í v e l

A tangibilidade nada mais é do que ter como meta

tarefas possíveis de serem realizadas. Colocar para o funcionário da recepção,

por exemplo, que ele deve atender ao telefone no primeiro toque é um tanto

quanto absurda, pois basta ficar dez minutos em qualquer recepção de hotel

29

para que seja verificado que esse padrão não corresponde com a realidade.

Por vezes será possível atingir, mas não sempre o que descaracteriza um

padrão. Nesse caso convencionou-se que o telefone deve ser atendido até o

terceiro toque, o que não é impossível, nem atrapalha o trabalho de uma

recepção de hotel. Essa característica deve ser percebida por aqueles que

desenvolvem os padrões de qualidade do setor, pois dependendo da meta que

será colocada o funcionário poderá exercer a sua função com uma carga de

stress maior do que a habitual, e esquecendo de outras regras como a

amabilidade e o acolhimento ao hóspede. Será utilizado um exemplo hipotético

no setor de governança. A camareira já está acostumada a fazer a arrumação

do apartamento em certo tempo, e de repente, esse tempo é alterado

deixando-a com menos tempo para executar sua tarefa. Por ser uma

camareira experiente e competente nos seus afazeres conseguirá realizar o

seu trabalho em menos tempo, porém preocupada em arrumar logo o

apartamento poderá esquecer-se de sorrir, agradecer, tratar o hóspede pelo

nome caso esteja no apartamento no momento da arrumação. Esse tipo de

acontecimento pode afetar o hóspede, principalmente aquele habitual que

sempre está no hotel. Ele irá sentir que alguma coisa mudou e que aquela

camareira que outrora o tratava tão bem agora já não o faz.

Para que esse tipo de situação seja evitado é

necessário um controle efetivo da supervisão para que seja constatada a

viabilidade de se manter certo padrão ou não. O padrão de qualidade não é um

30

dogma, é uma regra, portanto deve ser adequada a cada tipo de situação

desde que seja padronizado para todo o setor.

M e n s u r á v e l

O padrão de qualidade deve ser medido, ou seja,

para que se saiba se está sendo obedecido ou não deve haver regras pré

estabelecidas de controle. Uma maneira comum de se fazer este controle é

utilizando o cliente fantasma. A pessoa que exerce essa função normalmente é

de fora da organização para que haja total isenção. Durante a sua estada, este

cliente usa e abusa dos serviços do hotel, e além de analisar o padrão de

qualidade, analisa também a amabilidade, simpatia, cordialidade, acolhimento

dos funcionários, pontualidade dos serviços e os produtos do hotel.

Os clientes habituais, ou seja, aqueles que

hospedam-se freqüentemente em um hotel, por já terem um vinculo com a

empresa, mostram-se preocupados com a qualidade dos produtos e serviços

oferecidos, e , normalmente fazem comentários, positivos ou negativos É

aconselhável levar suas queixas em consideração pois estatisticamente esta

comprovado que o cliente que reclama está disposto a retornar, já aquele que

sai insatisfeito não reclama, não volta e ainda pratica o marketing viral negativo

a imagem do hotel. Sabe-se que o ser humano tem muita dificuldade de fazer

elogios, porém na hora de fazer críticas destrutivas não poupa energia.

31

O guest comment , ou formulário de avaliação de

serviços, é uma forma mais direta de se avaliar como estão os produtos e

serviços do hotel, além de sabermos se um dos funcionários se destacou

positiva ou negativamente durante a sua estada.. Normalmente, esse

formulário está dentro do apartamento junto com todo o material de papelaria.

Para que se possa preencher um formulário desses são necessários, pelo

menos, cerca de cinco minutos, pois apesar das questões serem diretas e de

múltipla escolha, elas são muitas porque devem abranger todos os setores do

hotel além de deixar um espaço para as considerações finais do cliente.

Os clientes que não estão dispostos a perder tempo

preenchendo um guest comment podem deixar sua impressão do hotel

verbalmente durante o check-out. Para isso é importante que o recepcionista

que estiver fazendo a sua saída o instigue perguntando como foi sua estada e

se há alguma que se possa fazer para torna-la mais agradável em uma

próxima vez. Essa é a senha para que o cliente se abra enquanto aguarda o

fechamento de sua conta. Todas as reclamações devem ser devidamente

registradas e repassadas aos superiores para que estes possam tomar as

devidas providências. Em qualquer tipo de situação o cliente recebe do hotel

uma comunicação por escrito, no seu endereço de que o problema por ele

referido já foi solucionado. Manter contato com os clientes, assumindo com

eles um alto grau de compromisso, é fundamental para a empresa, mesmo que

esse contato seja feito através das reclamações

32

Para se estabelecer quais serão os padrões de

qualidade da empresa hoteleira é preciso saber quais são as verdadeiras

necessidades e expectativas do seu cliente, as necessidades e realidade da

empresa e fazer uma análise da concorrência.

3.1 A Importância da Comunicação

Parte- se então para outra etapa importante, a da

comunicação. Para que a implementação dos padrões de qualidade tenha êxito

é importante que todos estejam cientes do que são e de sua importância para o

hotel.

A comunicação deve ser permanente e o

treinamento é fundamental para toda a equipe. Os funcionários devem estar

cientes da importância de se ter um padrão de qualidade.

Logo após ter sido a mensuração do programa os

responsáveis pelo treinamento terão duas variáveis para trabalhar. Reconhecer

o bom desempenho da equipe, caso a mesma tenha recebido elogios ou tomar

medidas corretivas no caso das regras não estarem surtindo o efeito desejado.

este caso deve-se voltar a etapa da comunicação, já que alguma coisa deu

errado pois quando se busca a excelência dos serviços.

Denomina-se isto de CICLO DA QUALIDADE.

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O CLIENTE

O que é um cliente? Essa pergunta é a chave para

que possamos melhor entender o processo de qualidade do hotel.

O cliente é um ser humano, de carne e osso, como

qualquer outro, com necessidades e desejos ,e o sucesso da empresa está em

diagnosticar o que o cliente deseja para que sua necessidade possa ser

satisfeita. Conhecer suas necessidades, desejos e comportamentos para que o

produto ou serviço certo lhe seja oferecido.

Costuma-se dizer que o cliente é a pessoa mais

importante de uma organização, o que é verdade pois tudo gira em torno dele,

tudo é feito de maneira que o agrade. Claro que isso não é feito apenas porque

os funcionários são bonzinhos, mas deve ser feito porque é isso que o cliente

espera.

Quando uma pessoa entra me um hotel com o

objetivo de utilizar os seus serviços, seja de hospedagem, restauração ou

eventos ela esta repleta de expectativas, e, em alguns casos já chega com

problemas. Nessas horas é que o hotel tem a chance de mostrar o seu

diferencial e que conseguirá resolver os problemas. Quando consegue fazer

deles uma situação aparentemente fácil, acaba conquistando esse cliente, pois

34

na hora de dificuldade ele pode contar com a equipe de funcionários do hotel

para que pudessem ajuda-lo.

Na hotelaria torna-se , então, fundamental para a

sobrevivência saber identificar os produtos e serviços mais apreciados pelos

clientes para que possa desenvolvê-los, ofertando assim algo que seja capaz

de satisfazê–lo.

A satisfação do Cliente:

O hotel é uma empresa que trabalha com produtos e

serviços como meio de tornar os seus clientes fiéis.

Temos então duas variantes de qualidade: a

qualidade de produto e a qualidade de serviço. Para melhor entendimento,

serviço são produtos que consistem em atividades, benefícios ou satisfações a

serem vendidas, e, produto é qualquer coisa que possa ser oferecido para um

mercado para aquisição, atenção, uso ou consumo e que possa satisfazer um

desejo ou necessidade.

Em hotelaria a qualidade do produto pode ser

mensurada pelo o que o cliente vê, como por exemplo, a aparência do

apartamento em que se hospedou ou a manutenção e limpeza das áreas

comuns do hotel. Já a qualidade de serviço está no saber ouvir o cliente,

35

detectar suas necessidades e desejos e no poder de acolhimento para com o

hóspede. Para tal é indispensável a qualidade humana, que passou a ser vista

como peça principal da empresa hoteleira. Sem isso fica impossível garantir o

nível dos serviços propostos pela empresa. O treinamento torna-se peça chave

no que diz respeito a qualidade de serviço, e nas organizações modernas,

deixou de ser um custo, para ser visto como um investimento.

Surpreender e encantar

A cadeia de hotéis anglo-francesa Le Meridien

esteve envolvida recentemente em um ambicioso projeto de treinamento de

todos os seus funcionários, através de um programa chamado de

“COMMITMENT TO EXCELLENCE” que no Le Meridien Copacabana ganhou o

nome de “PACTO COM A EXCELÊNCIA”

O programa “PACTO COM A EXCELÊNCIA” foi

implementado em 2000 em todos os hotéis da cadeia e consistia em mostrar a

necessidade da satisfação do cliente para o sucesso da empresa.

Sua metodologia foi revolucionária. As aulas eram

ministradas por funcionários do próprio hotel independente da função, ou seja,

o diretor geral teve aulas na mesma turma que o garçom do room service e,

esta aula era dada por um arrumador ou servente. Assim era mostrada que

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todos eram importantes para o hotel, pois a gerência estava de forma prática

apoiando o treinamento e essa atitude diz muito para o todo o quadro de

funcionários.

O diretor adjunto do Le Meridien Copacabana, Sr.

Jorge Tito, destacou além da importância do treinamento foi assumido um

compromisso total por parte dos funcionários, que entenderam e abraçaram a

idéia. Os funcionários entenderam que para a satisfação total dos hóspedes

aquele treinamento que estava sendo ministrado era de suma importância, e,

que através dele estavam aprendendo coisas novas que poderiam ser usadas

também em suas vidas fora do horário de trabalho. Assim as pessoas também

mudaram certos hábitos que tinham em sua vida cotidiana, fato que não havia

sido pensado que pudesse acontecer, mas que o deixava muito contente poder

ter tocado tão fundo os seus funcionários.

O treinamento acima referido era totalmente voltado

para o cliente e tinha como meta surpreender e encantar, porém não foi

esquecido a importância que cada funcionário tinha para o sucesso do

programa. Era preciso fazer com que entendessem que eram peças de uma

engrenagem, e, como tal, de fundamental valor para o hotel. E não foi nada

complicado que entendessem, pois os exemplos usados afetavam a todos não

como funcionários , mas como pessoas. Tais exemplos eram fatos corriqueiros

onde todos eram colocados como consumidores propriamente ditos ou

potenciais de um algum produto ou serviço e questionavam-se sobre a maneira

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de como gostariam de ser atendidos estando no lugar do cliente . Dessa

maneira era possível perceber o que nos agradava e o que nos desagradava

enquanto clientes.

Para a obtenção da satisfação total do cliente a

organização deve criar mecanismos para ele possa se expressar e dizer o que

sente sobre determinado produto ou serviço.De acordo com suas respostas

será possível adequar os bens e serviços pretendidos pelos hóspedes. Agindo

dessa forma o hotel estará criando um importante canal de comunicação entre

a empresa hoteleira e o cliente que se sentirá valorizado ao receber uma

resposta sobre sua reclamação ou sugestão, afinal estão fazendo alguma coisa

para que ele se sinta bem, e as estatísticas mostram que os clientes que

perdem o seu tempo preenchendo os formulários de avaliação do hotel, são

clientes que estão dispostos a voltar ao hotel. Sem ressaltar a importância que

eles tem, pois através do que reclamam, solicitam ou elogiam pode-se saber

quis são os pontos fortes e fracos da instituição.

Mantendo essa linha de raciocínio chega-se a

conclusão que foi-se o tempo onde a empresa ditava o produto ou serviço que

o consumidor iria adquirir. Essa era ficou celebriza da pela frase dita por

Henry Ford, em 1909, ao lançar seu novo modelo, o Ford T ” cada cliente pode

escolher o carro da cor que preferir, desde que seja preta”.

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Conclusão

A Hotelaria é mesmo fascinante! Se tivéssemos que

traduzi-la, a expressão mais cabível seria Servir com Prazer, e não apenas

servir. Observou-se que o sucesso de um hotel se dá pela satisfação do

cliente. Na verdade, os setores de um hotel funcionam como uma grande

engrenagem, quando um está falho é o suficiente para deixar o cliente

insatisfeito. Mesmo que todos os outros setores o tenham atendido com

sucesso.

Este estudo se focou na importância do cliente.

Comprovou-se a ascenção do turismo nacional e as oportunidades de emprego

Só este ano o setor de turismo cresceu 20% em relação ao ano passado. E

parte desse crescimento é proveniente das privatizações e da quebra do

monopólio do petróleo.

Há que se fazer chegar as autoridades e

empresários a importância que este segmento representa para a economia do

Estado.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ADAMSON, Donald. Be our Guest. 1. ed. Rio de Janeiro: PHLC, 1994. CASTELLI, Geraldo. Excelência em hotelaria: uma abordagem prática. 1. ed. Rio de Janeiro: Quallymark, 1994. CASTELLI, Geraldo. Administração hoteleira. 6. ed. Caxias do Sul: EDUCS, 1999. CASTELLI, Geraldo. O Hotel como empresa. 2.ed. Porto Alegre: Editora Sulina, 1982. CASTELLI, Geraldo. Turismo e Marketing: uma abordagem hoteleira. 1. ed. Porto Alegre: Editora Sulina, 1981. CASTELLI, Geraldo. Turismo: uma atividade marcante do século XXI. 1. ed. Caxias do Sul: UCS, 1986. MARQUES, J. Albano. Manual de Hotelaria: política e procedimentos. 3.ed. São Paulo: Thex Editora, 1998.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

Internet:

Biblioteca Nacional: www.bn.br

Embratur: www.embratur.gov.br

Rio Convention & Visitors Bureau: www.rioconventionbureau.com.br

Rio Tur: www.rio.rj.gov.br/riotur/

TurisRio: www.turisrio.com.br

ABIH.www.abih.com.br

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