Datando de finais dos anos de 1950 (projectos cerca de 1958, construções até cerca de 1961), os Blocos A, B e C do Bairro de Nova Oeiras assentam em tipos de solução estrutural e de estabilidade envolvendo tecnologias mistas: as tradicionais (paredes interiores de alvenaria resistentes, estruturais) e as modernas (sistema de pilar/viga/lage em betão armado). Foi precisamente nesta época que, muito em função da terrível catástrofe de Agadir, (Marrocos, 1960) que causou grande impacte internacional, foi em Portugal revisto o regulamento de estabilidade das constuções em betão armado, que passou a incluir exigências de resistência anti-sísmica muito mais elevadas. Porém, os blocos de Nova Oeiras, já edificados ou em plena obra, não puderam usufruir dessas novas exigências. Passado mais de meio século, constata-se a crescente frequência com que os proprietários e responsáveis dos três blocos referidos procedem a obras de alterações profundas dos seus interiores habitacionais, concretizando na maior parte dos casos intervenções radicais de demolição de paredes, sem acautelar a segurança futura dos seus espaços do vida familiar nestes edifícios, bem como a dos seus vizinhos.

ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES ESTRUTURAIS DO BLOCOS DE NOVA OEIRAS

Há de facto nestes blocos, nos seus três pisos habitacionais, inúmeras paredes internas de alvenaria que exercem activa função resistente, prevista pela sua extensão, espessura e materiais utilizados. Destruí-las sem um novo projecto de estabilidade que acautele as alterações provocadas, é potencialmente perigoso, pois poderá, por exemplo, deixar lages de betão armado suspensas, sem os devidos apoios inferiores. Chama-se a atenção dos interessados pare este tema, em relação ao qual o GALNOV / CMO já oferece desde há muito, e continuará a oferecer sempre, os seus serviços técnicos para acompanhar quaisquer intervenções particulares pretendidas, para procurar assegurar a sua validade e melhor segurança.