atd1-sociologia contemporÂnea

3
por que podemos dizer que a “globalização” é um mito? * em que sentido a ideia de globalização pode ser pensada como uma ideologia? A palavra globalização para o autor é definida como uma palavra da “moda”, e não se trata de nenhuma novidade, é como se o termo fosse utilizado para maquiar devidas falhas organizacionais e no governo. Ele acredita que há um grau de internacionalização econômica que remonta desde a civilização Europeia .Não passa de um mito , uma ideologia que serve para diversos propósitos na medida em que ela é apresentada como um fenômeno inteiramente inovador e que trará benefícios a todo o mundo.Para ele, a globalização, propagada pela mídia, como sinônimo de igualdade e avanço econômico,na verdade, é um processo antigo,uma continuidade do capitalismo que perpetua as desigualdades sociais e desrespeita as diferenças. Com os avanços tecnológicos e econômicos, o mundo acabou criando esse nome de globalização, e ,para o autor, isso não passa de uma carga de fantasia e mitologia construída a partir de fatos que servem de base a retórica globalização.O termo, visto como um fenômeno de integração social, econômica e cultural do mundo ,é um mito,pois enquanto as grandes potências ampliam seu capital, sejam na venda de produtos supérfluos de transações financeiras, os países menos desenvolvidos empobrecem diante da concorrência de mercado, empréstimos, queda nas exportações e iniciativas de produção nacional. Outro fato que comprova exagero da globalização está relacionado ao aspecto cultural, onde a classe dominante interfere na cultura de um povo, influenciando o modo de vestir, comer, de valores morais e éticos, de maneira persuasiva, através do acesso rápido e prático nas áreas de comunicação. O autor nos mostra ,também, que, para certos tipos governo, a ideologia da globalização pode ser de grande utilidade.Servindo, muitas vezes, como cortina de fumaça para maquiar os problemas .Um motivo de desculpas para explicar o que acontece de ruim no país .É o que tem acontecido no Brasil, por

Upload: josiane-santos

Post on 18-Dec-2015

65 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Ciências Sociais

TRANSCRIPT

por que podemos dizer que a globalizao um mito?*em que sentido a ideia de globalizao pode ser pensada como uma ideologia?

A palavra globalizao para o autor definida como uma palavra da moda, e no se trata de nenhuma novidade, como se o termo fosse utilizado para maquiar devidas falhas organizacionais e no governo. Ele acredita que h um grau de internacionalizao econmica que remonta desde a civilizao Europeia .No passa de um mito , uma ideologia que serve para diversos propsitos na medida em que ela apresentada como um fenmeno inteiramente inovador e que trar benefcios a todo o mundo.Para ele, a globalizao, propagada pela mdia, como sinnimo de igualdade e avano econmico,na verdade, um processo antigo,uma continuidade do capitalismo que perpetua as desigualdades sociais e desrespeita as diferenas.Com os avanos tecnolgicos e econmicos, o mundo acabou criando esse nome de globalizao, e ,para o autor, isso no passa de uma carga de fantasia e mitologia construda a partir de fatos que servem de base a retrica globalizao.O termo, visto como um fenmeno de integrao social, econmica e cultural do mundo , um mito,pois enquanto as grandes potncias ampliam seu capital, sejam na venda de produtos suprfluos de transaes financeiras, os pases menos desenvolvidos empobrecem diante da concorrncia de mercado, emprstimos, queda nas exportaes e iniciativas de produo nacional.Outro fato que comprova exagero da globalizao est relacionado ao aspecto cultural, onde a classe dominante interfere na cultura de um povo, influenciando o modo de vestir, comer, de valores morais e ticos, de maneira persuasiva, atravs do acesso rpido e prtico nas reas de comunicao.O autor nos mostra ,tambm, que, para certos tipos governo, a ideologia da globalizao pode ser de grande utilidade.Servindo, muitas vezes, como cortina de fumaa para maquiar os problemas .Um motivo de desculpas para explicar o que acontece de ruim no pas . o que tem acontecido no Brasil, por exemplo, nossos dirigentes descarregam seus erros todos em cima da globalizao...Concluindo, Paulo Batista Junior nos alerta que preciso estudar e analisar os exageros e injustias impostas pelas naes que detm e usam essa falsa viso de futuro para um mundo de igualdade.RESPOSTA DA PROFESSORAEm primeiro lugar queremos parabenizar a todos que enviaram aATD1!Nessa atividade o aluno deveria apresentar os principais argumentos presentes no artigo de Paulo Batista Nogueira Jr intitulado Mitos da globalizao, explicando, assim, por que este no fenmeno inteiramente novo, como sustentado por alguns analistas.Nesse texto o autor contesta algumas das ideias sobre a globalizao que so frequentemente reproduzidas pelo senso comum, mostrando como na verdade ela um fenmeno ideolgico, um mito. Nogueira Jr. ressalta ento como a globalizao , emprimeirolugar, uma falsa novidade:a globalizao no seria um fenmeno novo, estando antes vinculada a processos histricos que remontam expanso europia no final do sculo XV. Nesse sentido, afirma o autor:nas ltimas dcadas, com a hegemonia do tipo de abordagem que prevalece nos departamentos de economia das universidades dos EUA, o pensamento econmico distanciou-se da perspectiva histrica. Criou-se um ambiente intelectual propcio para conferir ares de novidade a acontecimentos e tendncias que constituem a repetio, sob nova roupagem, de fenmenos s vezes bastante antigos (NOGUEIRA JR., 1998, p.129).Alm disso, o autor contesta a ideia de que a globalizao seria um fenmeno que alcanaria realmente todo o globo. Com dados ele nos oferece outra realidade: h mercados que seguem sendo preponderantes na economia mundial e, ainda, os mercados de trabalho ainda so bastante restritivos: h barreiras culturais e polticas restritivas de imigrao que prejudicam o trnsito entre trabalhadores. Nesse sentido ele destaca tambm umsegundoaspecto: quea internacionalizao do comrcio de bens e servios no ocorre de maneira igualitria. So os pases desenvolvidos que concentram o comrcio internacional e mesmo no campo financeiro a distribuio geogrfica desigual.Comoterceiromito relacionado globalizao Nogueira Jr. toma o declnio do Estado. Para ele, este talvez seja o mito mais difundido quando o tema globalizao: na origem a ideologia da globalizao um desdobramento do neoliberalismo e est impregnada de Estadofobia. A celebrao das virtudes ecumnicas da competio e do mercado livre constitui um de seus aspectos centrais (NOGUEIRA JR., 1998, p.154). H nesse sentido uma espcie de desvalorizao do Estado enquanto rgo assegurador dos domnios econmicos e social. Contudo, mostra o autor que h uma distncia entre o iderio neoliberal e atuao efetiva do Estado nos pases onde a ideologia foi difundida.Houve, de fato, em muitos pases, a desregulamentao de mercado, a remoo de barreiras ao comrcio internacionais, acordos de liberao comerciais, programas de privatizao de empresas pblicas, etc., mas isso no quer dizer que o Estado no tenha participado ativamente da economia. A outra face do mito do declnio do Estado ser, de acordo com o autor, oquartoaspecto do mito da globalizao: a ideia de que as empresas transnacionais seriam hegemnicas com relao aos Estados nacionais. Segundo o autor,mesmo as grandes empresas multinacionais esto marcadas por sua origem nacional; as corporaes verdadeiramente transnacionais so raras.Comoquintomito da globalizao temos a ideia de que h uma expanso das transaes financeiras a tal nvel que os bancos centrais deixariam de ter autonomia e controle sobre as economias nacionais.O autor contesta essa verso, mostrando como os bancos centrais no so agentes secundrios, apesar do crescimento das operaes financeiras internacionais.Por fim, o ponto mais importante perceber quea globalizao s pode ser compreendida se laamos mo de uma anlise historicamente informada. Isto , o processo de internacionalizao da economia parte da expanso de um sistema econmico especfico: o capitalismo. O mito da globalizao seria, criado, assim, principalmente, pela ideia de inexorabilidade da internacionalizao da economia e da presena mnima do Estado.As notas foram atribudas segundo os critrios abaixo: