astenia cutânea associada à hérnia perineal, eventração e...

4
Astenia cutânea associada à hérnia perineal, eventração e luxação patelar medial bilateral em cadela Cutaneous asthenia associated with perineal hernia,eventration and bilateral medial patellar luxation in a fem ale dog Saulo Tadeu Lemos Pinto Filho - Médico Veterinário, Mestre. Estudante do Programa de Pós-graduação em Medicina Veterinária (PPGMV) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). E-mail: [email protected] Fabíola Dalmolin - Médica Veterinária, Mestre. Estudante do PPGMV da UFSM. Roney dos Santos Ramos - Médico Veterinário. Estudante do Curso de Mestrado do Programa de Pós-graduação em Reprodução Animal (PPGRA) da FMVZ – USP – Pirassununga/SP. Sandro Márcio Nunes Ferrão - Médico Veterinário, Especialista. Professor do Curso de Medicina Veterinária da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Tiago Luis Eilers Treichel - Médico Veterinário, Mestre. Estudante do PPGMV da UFSM. Jaime Sardá Aramburú Junior - Médico Veterinário. Estudante do PPGMV da UFSM. Mauricio Veloso Brun - Médico Veterinário, Mestre, Doutor. Professor do Curso de Medicina Veterinária da UFSM. Ney Luis Pippi - Médico Veterinário, PhD. Professor do Curso de Medicina Veterinária da UFSM. Filho STLP, Dalmolin F, Ferrão SMN, Treichel TLE, Junior JSA, Brun MV, Pippi NL. JBCV - Jornal Brasileiro de Cirurgia Veterinária; 2013; 2(2); 94-97. Resumo A astenia cutânea é um raro distúrbio congênito e hereditário que acomete os cães, entre outras espécies, se caracterizando principalmente pelo desarranjo das fibras de colágeno, provocando hiperextensibili- dade da pele, fragilidade cutânea e problemas como o afrouxamento articular. O objetivo do presente artigo é relatar um caso de astenia cutânea em uma cadela Poodle toy associada à hérnia perineal, luxação patelar e eventração. Uma cadela Poodle toy foi atendida durante cinco anos e neste período apresentou histórico de luxação patelar medial bilateral, eventrações espontâneas e hérnia perineal. Após a correção cirúrgica de uma das eventrações, enviou-se fragmento cutâneo para estudo histopatológico, no qual foi confirmada astenia cutânea. Palavras-chave: Derme, cães, síndrome de Ehlers-Danlos, doenças do colágeno. Abstract The cutaneous asthenia is a rare congenital and hereditary disorder that affects dogs, among other spe- cies, are mainly characterized by the breakdown of collagen fibers, causing hyperextensible skin, skin fragility and problems such as loosening joints. The purpose of this paper is to report a case of cutaneous asthenia in a dog toy Poodle associated with perineal hernia, eventration, and patellar luxation. A toy Poodle dog was treated for five years and during this period had a history of bilateral medial patellar luxation, spontaneous eventration and perineal hernia. After surgical correction of a eventration, skin fragment was sent for histopathological study which was confirmed cutaneous asthenia. Keywords: bladder, pelvic urethra, stoma. RELATO DE CASO 94 Introdução A astenia cutânea é um raro complexo congênito e hereditário (1) do tecido conjuntivo que envolve, prin- cipalmente, alterações das fibras do colágeno as quais, além de serem as principais e de maior abundância, têm JBCV - Jornal Brasileiro de Cirurgia Veterinária 2013;2(2); 94-97.

Upload: vanbao

Post on 03-Dec-2018

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Astenia cutânea associada à hérnia perineal, eventração e luxação patelar medial bilateral em cadelaCutaneous asthenia associated with perineal hernia, eventration and bilateral medial patellar luxation in a female dog

Saulo Tadeu Lemos Pinto Filho - Médico Veterinário, Mestre. Estudante do Programa de Pós-graduação em Medicina Veterinária (PPGMV) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). E-mail: [email protected]íola Dalmolin - Médica Veterinária, Mestre. Estudante do PPGMV da UFSM.Roney dos Santos Ramos - Médico Veterinário. Estudante do Curso de Mestrado do Programa de Pós-graduação em Reprodução Animal (PPGRA) da FMVZ – USP – Pirassununga/SP.Sandro Márcio Nunes Ferrão - Médico Veterinário, Especialista. Professor do Curso de Medicina Veterinária da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).Tiago Luis Eilers Treichel - Médico Veterinário, Mestre. Estudante do PPGMV da UFSM. Jaime Sardá Aramburú Junior - Médico Veterinário. Estudante do PPGMV da UFSM.Mauricio Veloso Brun - Médico Veterinário, Mestre, Doutor. Professor do Curso de Medicina Veterinária da UFSM.Ney Luis Pippi - Médico Veterinário, PhD. Professor do Curso de Medicina Veterinária da UFSM.

Filho STLP, Dalmolin F, Ferrão SMN, Treichel TLE, Junior JSA, Brun MV, Pippi NL. JBCV - Jornal Brasileiro de Cirurgia Veterinária; 2013; 2(2); 94-97.

ResumoA astenia cutânea é um raro distúrbio congênito e hereditário que acomete os cães, entre outras espécies, se caracterizando principalmente pelo desarranjo das fibras de colágeno, provocando hiperextensibili-dade da pele, fragilidade cutânea e problemas como o afrouxamento articular. O objetivo do presente artigo é relatar um caso de astenia cutânea em uma cadela Poodle toy associada à hérnia perineal, luxação patelar e eventração. Uma cadela Poodle toy foi atendida durante cinco anos e neste período apresentou histórico de luxação patelar medial bilateral, eventrações espontâneas e hérnia perineal. Após a correção cirúrgica de uma das eventrações, enviou-se fragmento cutâneo para estudo histopatológico, no qual foi confirmada astenia cutânea.

Palavras-chave: Derme, cães, síndrome de Ehlers-Danlos, doenças do colágeno.

AbstractThe cutaneous asthenia is a rare congenital and hereditary disorder that affects dogs, among other spe-cies, are mainly characterized by the breakdown of collagen fibers, causing hyperextensible skin, skin fragility and problems such as loosening joints. The purpose of this paper is to report a case of cutaneous asthenia in a dog toy Poodle associated with perineal hernia, eventration, and patellar luxation. A toy Poodle dog was treated for five years and during this period had a history of bilateral medial patellar luxation, spontaneous eventration and perineal hernia. After surgical correction of a eventration, skin fragment was sent for histopathological study which was confirmed cutaneous asthenia.

Keywords: bladder, pelvic urethra, stoma.

relAto De CASo

94

Introdução

A astenia cutânea é um raro complexo congênito e

hereditário (1) do tecido conjuntivo que envolve, prin-cipalmente, alterações das fibras do colágeno as quais, além de serem as principais e de maior abundância, têm

JBCV - Jornal Brasileiro de Cirurgia Veterinária2013;2(2); 94-97.

95JBCV - Jornal Brasileiro de Cirurgia Veterinária (2013);2(2); 94-97.

dial bilateral, eventrações abdominais espontâneas e hérnia perineal. Aos seis meses de idade foi realiza-do o primeiro atendimento do animal, sendo que este apresentava dificuldade de apoio dos membros pél-vicos. Após o diagnóstico de luxação patelar medial bilateral, realizou-se sulcoplastia troclear do membro pélvico direito e a seguir, 60 dias após esta cirurgia, realizou-se o mesmo procedimento no membro pél-vico esquerdo. No momento da primeira sulcoplas-tia verificou-se, ao retirar o cateter venoso, laceração cutânea devida a tração do esparadrapo que fixava o dispositivo intravenoso, indicando que a paciente em questão pudesse sofrer de alguma alteração congêni-ta na resistência da pele. Um ano após, o animal foi atendido novamente em função de um aumento de volume abdominal sem histórico de trauma aparente, próximo a região inguinal esquerda, constatando-se eventração. Nesta oportunidade, por indicação médi-co-veterinária, foi realizada a ovariosalpingohisterec-tomia (OSH), e a correção da eventração. Aos três anos e meio, a proprietária retornou com a canina, pois esta apresentara aumento de volume na mesma região em que havia ocorrido a eventração descrita acima, tam-bém sem histórico de trauma aparente. Ao exame clí-nico, constatou-se um aumento bastante acentuado na elasticidade cutânea. Durante o procedimento de cor-reção, observou-se que as fibras musculares haviam se separado ao lado da sutura previamente realizada durante o procedimento anterior. Oportunamente, após a correção do defeito, foi retirado um fragmen-to de pele, o qual foi encaminhado para estudo his-topatológico. Este confirmou o diagnóstico de astenia cutânea. Com cinco anos de idade, a proprietária vol-tou ao HV com o animal, o qual apresentava histórico de disquesia e aumento de volume, dolorido e flutu-ante do lado esquerdo do ânus. Ao exame clínico ob-servou-se a pele delgada, hiperextensível (Figura 1A) e presença de higromas no cotovelo e várias cicatrizes no membro posterior esquerdo (Figura 1B), que se-gundo a proprietária, ocorreram devido a lacerações cutâneas traumáticas devido ao ato de coçar. Através da palpação chegou-se ao diagnóstico presuntivo de hérnia perineal. Durante este procedimento cirúrgico, foram observadas alças intestinais que saiam por di-minuto defeito do diafragma pélvico. Assim, suturou--se este defeito com náilon 3-0 e pontos tipo Sultan e o restante da sutura de maneira rotineira. Após este período, a proprietária mudou-se de cidade, deixan-do de buscar nossos serviços, porém, fornece infor-mações esporádicas sobre a paciente. Esta se encontra bem, mas às vezes se traumatiza pelo ato de coçar-se, lacerando a pele.

Astenia cutânea associada à hérnia perineal, eventração e luxação patelar medial bilateral em cadela

por função a flexibilidade e a força tênsil (2). É também conhecida como síndrome Ehlers-Danlos em humanos (3,4,5), displasia dominante do colágeno, síndrome da fragilidade dérmica, dermatosparaxia (6,7) e moléstia do cãozinho de borracha (8). Envolve defeitos hereditários distintos do colágeno dérmico, que ocasionam o aumen-to da extensibilidade, diminuição da força tênsil da pele e hiperextensibilidade das articulações (9,10). A herança é caracterizada como autossômica dominante, porém há possibilidade de ocorrência de um modo autossômico recessivo em cães sem raça definida, com progenitores normais (11). Além disso, a fragilidade cutânea é carac-terizada pela pele macia, frouxa e delgada (8), podendo ser esticada a comprimentos extremos e dobrada nas pernas e na garganta. Os sintomas clínicos não asso-ciados ao tecido cutâneo, que nem sempre prevalecem, são: luxação do cristalino, catarata, edema da córnea e afrouxamento articular (8,3). O mecanismo como ocor-re a doença ainda não está bem elucidado, mas a de-ficiências na enzima procolageno-N-peptidase já foram relatadas em um gato Himalaio (7,10). White et al. (12) afirmaram que em eqüinos jovens a enfermidade é des-crita desde 1978. Nos cães é uma doença rara de pele (13) e há referências em raças como Beagle, Dachshund, Boxer, São Bernardo, Pastor Alemão, Springer Spaniel Inglês, Greyhound (6, 13,14) e Poodle (14). A enfermi-dade é clinicamente distinta, não podendo ser confun-dida com nenhuma outra. Seu diagnóstico baseia-se no histórico de lesões cutâneas ou luxações, sinais clínicos, índice de extensibilidade cutânea e achados histopatoló-gicos (8,11,10).

Apesar de não haver tratamento específico conhe-cido, alguns cuidados devem ser adotados para evitar traumatismos e automutilação acidental devido ao pru-rido. Entretanto, o tratamento de um cão e um gato com vitamina C, 500 mg e 50 mg, respectivamente a cada 12 horas por via oral, já foi relatado, porém, a melhora só foi detectada no cão, sendo a eficácia do tratamento com vitamina C ainda carente de comprovação científica (3,9). O objetivo do presente trabalho é relatar um caso de astenia cutânea em uma cadela Poodle toy associa-da à hérnia perineal, luxação patelar medial bilateral e eventração.

relato de Caso Clínico

Foi atendido no Hospital Veterinário (HV) da Pon-tifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) um canino, Poodle toy, fêmea durante cinco anos e neste período apresentou luxação patelar me-

96 JBCV - Jornal Brasileiro de Cirurgia Veterinária (2013);2(2); 94-97.

Devido ao caráter hereditário e ao curso crônico incu-rável da doença, aliado aos possíveis agravantes como cita-do anteriormente ao clínico, deve-se indicar ao proprietá-rio que animais com essa doença não sejam reproduzidos (3). Dessa forma no presente caso foi realizada a OSH.

O diagnóstico definitivo da doença deve ser con-firmado histopatologicamente. Para tanto, realizou-se biopsia da pele com o intuito de verificar a existência de desorganização, desorientação e fragmentação das fibras de colágeno, características de animais acometidos pela astenia cutânea (16,13). Na avaliação microscópica, rea-lizada através das colorações HE e Tricrômio de Masson, verificou-se adelgaçamento da derme, acentuada disso-ciação das fibras colágenas, as quais se apresentavam em menor número, comparado a um animal normal (Figura 1C e 1D). Havia leve infiltrado de neutrófilos, linfócitos e plasmócitos, bem como dilatação e ceratose de alguns folículos da derme superficial. Fernandez et al. (17) afir-

Figura 1 - [A] Poodle toy, fêmea, 4 anos com astenia cutânea demonstrando sinais de pele hiperextensível. [B] Presença de várias cicatrizes no membro posterior esquerdo devido auto-traumatismo (setas). [C] Corte histológico demonstrando a desorganização e escassez das fibras de colágeno na derme superficial quando comparado a uma lâmina histológica de um animal normal [D]. (Tricômico de Masson, aumento de 100x)

Discussão

Destaca-se que em todos os procedimentos o animal apresentou cicatrização normal em relação ao tempo e qualidade da cicatriz. Todas as feridas cicatrizaram por primeira intenção, assim como se descrito por Scott et al. (3), os quais afirmam que a cicatrização é rápida, porém, não explicam a causa desta característica.

As dermatoses congênitas são condições cutâneas pre-sentes por ocasião do nascimento. Embora a causa exata dessas alterações não seja conhecida, supõe-se que a maio-ria seja resultante de defeitos genéticos (8). No caso descri-to, o animal apresentava sinais clínicos sugestivos desde os seis meses de idade, quando começou a ser atendido pelos autores. No decorrer do período, achados clínicos incluí-ram pele adelgaçada e hiperextensível, além da presença de higromas no cotovelo, sendo tal quadro de fragilidade cutânea sugestivo de astenia cutânea (15,8,3,10).

Astenia cutânea associada à hérnia perineal, eventração e luxação patelar medial bilateral em cadela

A B

C D

97JBCV - Jornal Brasileiro de Cirurgia Veterinária (2013);2(2); 94-97.

maram que o Tricrômio de Masson é um corante clássico utilizado na patologia, comumente utilizado para dife-renciar o colágeno das fibras musculares nos processos proliferativos do tecido conectivo.

Conclusão

A astenia cutânea em cães é uma enfermidade de cará-ter hereditário, portanto, os animais acometidos deverão ser retirados da vida reprodutiva. Apesar da hiperexten-são e fragilidade cutâneas, a cicatrização das feridas nos animais acometidos é normal em tempo e qualidade da cicatriz. O diagnóstico deve ser confirmado através do es-tudo histopatológico em biopsias de pele dos cães suspei-tos. Portanto, torna-se importante informar a comunidade científica através do presente caso a gama de enfermida-des que poderão estar associadas a astenia cutânea e que muitas vezes são tratadas independentemente pelo médi-co veterinário, sem que este perceba a verdadeira causa.

Agradecimentos

Agradecemos ao professor Dr. Rafael Almeida Fighe-ra pela confecção das lâminas histológicas e pelas figuras dos resultados histopatológicos.

referências

1. Wilkinson GT, Harvey, RG. Dermatoses Congênitas e Hereditárias. In: Ross MH, Reith, EJ, Romrell LJ, editor. Atlas Colorido - Dermatologia dos Pequenos Animais - Guia para Diagnóstico. 2ª ed. São Paulo: Manole; 1996. p.274-76.

2. Ross MH, Romrell LJ. Tecido Conjuntivo. In:____. Histologia – Texto e Atlas. 2ª ed. São Paulo: Panamericana; 1993. p.89-91.

3. Scott DW, Muller WH, Griffin CE. Defeitos Congênitos e Hereditários. In.:_____. Dermatologia de Pequenos Animais. 5ª ed. Rio de Janeiro: In-terlivros; 1996. p.734-38.

4. Junqueira LC, Carneiro J. Tecido Conjuntivo. In:____. Histologia Básica. 9ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara; 1999. p.72-76.

5. Menezes LB, Faria AM, Paulo NM, Fleury LFF, Silva MSB. Hérnia perineal as-sociada à colagenopatia em uma cadela. Acta Scientiae Veterinariae 2007; 35(3):377-379.

6. Hoskins JD. Defeitos Congênitos do Cão. In: Ettinger SJ, Feldman EC. Tra-tado de Medicina Interna Veterinária. 4ª ed. São Paulo: Manole; 1997. p.2921-948.

7. Sequeira JL, Rocha NS, Bandarra EP, Figueiredo LMA, Eugenio FR. Colla-gen Dysplasia (Cutaneous Asthenia) in a Cat. Veterinary Pathology 1999; 36(6):603- 606.

8. Angarano DW, Swaim SF. Moléstias Cutâneas Congênitas. In: Bojrab, MJ. Mecanismo da Moléstia na Cirurgia dos Pequenos Animais. 2ª ed. São Paulo:

Manole; 1996. p.209-11.

9. Mueller RS. Skin and coat health care in puppies and kittens. In: Iams Cli-nical Nutrition Symposium; 2005 jan. 29; Seville. Espain: IAMS Company; 2005. p.20-27.

10. Andrade SF, Tostes RA, Sanches O, Melchert A, Nogueira RMB, Valente SF. Astenia Cutânea em Gato (Relato de Caso). Ciência Animal Brasileira 2008; 9(2):524-528.

11. Gurgel AR. Astenia cutânea canina – relato de caso. [TCC-Especialização]. São Paulo: Instituto Qualittas; 2007.

12. White SD, Affolter VK, Bannasch DL, Schultheiss PC, Hamar DW, Chapman PL et al. Hereditary equine regional dermal asthenia (‘hyperelastosis cutis’) in 50 horses: clinical, histological, immunohistological and ultrastructural findings. Veterinary Dermatology 2004; 15:207-217.

13. Barrera R., Mañe C, Duran E, Vives MA, Zaragoza C. Ehlers-Danlos syndro-me in a dog. The Canadian Veterinary Journal 2004; 45:355-356.

14. Bellini MH, Caldini ETEG, Scapinelli MP, Simões MJ, Machado DB, Nürmberg R. Increased elastic microfibrils and thickening of fibroblastic nuclear lamina in canine cutaneous asthenia. Veterinary Dermatology 2009; 20(2):139-143.

15. Hegreberg GA. Animal Model: Ehlers-Danlos Syndrome in Dogs and Mink, Canine Cutaneous Asthenia. American Journal of Pathology 1975; 79(2):383- 386.

16. Matthews BR, Lewis GT. Ehlers-Danlos syndrome in a dog. Canine Veterinary Journal 1990; 31:389-390.

17. Fernandez CJ, Scott DW, Erb HN, Minor RR. Staining abnormalities of der-mal collagen in cats with cutaneous asthenia or acquired skin fragility as demonstrated with Masson’s trichrome stain. Veterinary Dermatology 1998; 9:49-54.

Recebido para publicação em: 11/01/2013.Enviado para análise em: 11/01/2013.Aceito para publicação em: 15/01/2013.

Astenia cutânea associada à hérnia perineal, eventração e luxação patelar medial bilateral em cadela