assuntos econÓmicos e financeiros – · – anti-dumping – china, Índia, indonésia e...

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Internet: http://ue.eu.int/ E-mail: [email protected] Para mais informações - tel. 32 2 285 63 19– 32 2 285 95 48 5906/04 (Presse 40) 1 PT 5906/04 (Presse 40) 2560ª sessão do Conselho – ASSUNTOS ECONÓMICOS E FINANCEIROS – Bruxelas, 10 de Fevereiro de 2004 Presidente: Charlie McCREEVY, T.D. Ministro das Finanças da Irlanda

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Internet: http://ue.eu.int/

E-mail: [email protected]

Para mais informações - tel. 32 2 285 63 19– 32 2 285 95 48 5906/04 (Presse 40) 1

PT

5906/04 (Presse 40)

2560ª sessão do Conselho

– ASSUNTOS ECONÓMICOS E FINANCEIROS –

Bruxelas, 10 de Fevereiro de 2004

Presidente: Charlie McCREEVY, T.D. Ministro das Finanças da Irlanda

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ÍNDICE 1

PARTICIPANTES............................................................................................................................. 4

PONTOS DEBATIDOS

PREPARAÇÃO DO CONSELHO EUROPEU DA PRIMAVERA (25-26 DE MARÇO

DE 2004) .............................................................................................................................................. 6

PACTO DE ESTABILIDADE E DE CRESCIMENTO ..................................................................... 7

DIRECTIVA SOBRE A TRIBUTAÇÃO DA POUPANÇA – RELATÓRIO SOBRE OS

DEBATES COM PAÍSES TERCEIROS ............................................................................................ 8

IVA: TAXAS REDUZIDAS ............................................................................................................... 9

PONTOS APROVADOS SEM DEBATE

ECOFIN

– IVA........................................................................................................................................................................... I

ASSUNTOS GERAIS

– Regiões ultraperiféricas ............................................................................................................................................ I

POLÍTICA EUROPEIA DE SEGURANÇA E DEFESA

– Antiga República Jugoslava da Macedónia – medidas restritivas contra extremistas .............................................. I

JUSTIÇA E ASSUNTOS INTERNOS

– Créditos não contestados .........................................................................................................................................II

– Luta contra o terrorismo ..........................................................................................................................................II

– Protocolo à Convenção relativa a Garantias Internacionais sobre Materiais de Equipamento Móvel.....................II

RELAÇÕES EXTERNAS

– Libéria – Sanções modificadas * ........................................................................................................................... III

– Relatório especial do Tribunal de Contas sobre a ajuda ao desenvolvimento da Índia – Conclusões do Conselho ................................................................................................................................................................ III

– Relações euro-mediterrânicas – Adaptação de acordos de associação .................................................................. IV

1 ▪ Nos casos em que tenham sido formalmente aprovadas pelo Conselho declarações, conclusões ou

resoluções, o facto é indicado no título do ponto em questão e o texto está colocado entre aspas. ▪ Os documentos cuja referência se menciona no texto estão acessíveis no sítio Internet do Conselho

http://ue.eu.int. ▪ Os actos aprovados que são objecto de declarações para a acta que podem ser facultadas ao público vão

assinalados por um asterisco; estas declarações estão disponíveis no sítio Internet do Conselho acima mencionado ou podem ser obtidas junto do Serviço de Imprensa.

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– Relações com a Eslováquia – Mapa de auxílios regionais .................................................................................... IV

– Relações com a República Checa – Mapa de auxílios regionais ........................................................................... IV

POLÍTICA COMERCIAL

– Anti-dumping – Roménia – tubos de aço ............................................................................................................... V

– Anti-dumping – China – ácido sulfanílico.............................................................................................................. V

– Anti-dumping – China, Índia, Indonésia e Tailândia – sacos de polietileno .......................................................... V

EMPREGO E POLÍTICA SOCIAL

– Programa para a promoção de organizações que operam no domínio da igualdade entre homens e mulheres ................................................................................................................................................................. V

AVIAÇÃO

– Policiamento a bordo de aviões .............................................................................................................................. V

AMBIENTE

– Convenção sobre a Diversidade Biológica – mandato da UE para a COP 7 ......................................................... VI

UNIÃO ADUANEIRA

– Contingentes pautais autónomos ........................................................................................................................... VI

NOMEAÇÕES

– Comité das Regiões ..............................................................................................................................................VII

– Comité Consultivo da Formação Profissional ......................................................................................................VII

– Comité Consultivo para a Livre Circulação dos Trabalhadores ...........................................................................VII

ANEXO I

– –..............................................Conclusões do Conselho sobre o primeiro Relatório de Implementação das OGPE1

ANEXO II

– Grécia – Parecer do Conselho sobre o Programa de Estabilidade actualizado para 2003-2006 .......................... 1

– França – Parecer do Conselho sobre o Programa de Estabilidade actualizado para 2003-2007 ......................... 3

– Irlanda – Parecer do Conselho sobre o Programa de Estabilidade actualizado para 2003-2006 ......................... 7

– Itália – Parecer do Conselho sobre o Programa de Estabilidade actualizado para 2003-2007 ............................ 9

– Luxemburgo – Parecer do Conselho sobre o Programa de Estabilidade actualizado para 2002-2006 ............... 11

– Países Baixos – Parecer do Conselho sobre o Programa de Estabilidade actualizado para 2001-2007 ............. 13

– Reino Unido – Parecer do Conselho sobre o Programa de Convergência actualizado para 2002-03 a 2008-09............................................................................................................................................................... 15

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PARTICIPANTES

Os Governos dos Estados-Membros e a Comissão Europeia estiveram representados do seguinte

modo:

Bélgica Didier REYNDERS Ministro das Finanças

Dinamarca Per CALLESEN Secretário de Estado Adjunto

Alemanha Hans EICHEL Ministro Federal das Finanças

Grécia Nikos CHRISTODOULAKIS Ministro da Economia e das Finanças

Espanha Rodrigo de RATO Y FIGAREDO Primeiro Vice-Presidente e Ministro da Economia

França Francis MER Ministro da Economia, das Finanças e da Indústria Irlanda Charlie McCREEVY Ministro das Finanças

Itália Giulio TREMONTI Ministro da Economia e das Finanças

Luxemburgo Jean-Claude JUNCKER Primeiro-Ministro, Ministro de Estado, Ministro das Finanças

Países Baixos Gerrit ZALM Vice-Primeiro Ministro, Ministro das Finanças

Áustria Karl-Heinz GRASSER Ministro Federal das Finanças

Portugal Manuela FERREIRA LEITE Ministra de Estado, Ministra das Finanças

Finlândia Antti KALLIOMÄKI Vice-Primeiro Ministro, Ministro das Finanças

Suécia Bosse RINGHOLM Ministro das Finanças

Reino Unido Gordon BROWN Secretário Principal do Tesouro

* * *

Comissão Pedro SOLBES MIRA Membro Frederik BOLKESTEIN Membro

* * *

Outros participantes Philippe MAYSTADT Presidente do Banco Europeu de Investimento Caio KOCH–WESER Presidente do Comité Económico e Financeiro Jan Willem OOSTERWIJK Presidente do Comité de Política Económica

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Os Governos dos Estados Aderentes estiveram representados do seguinte modo:

República Checa: Zdenek HRUBY Vice-Ministro

Estónia: Taavi VESKIMÄGI Ministro das Finanças

Chipre: Markos KYPRIANOU Ministro das Finanças

Letónia: Valentīna ANDRĒJEVA Secretária de Estado, Ministério das Finanças

Lituânia: Dalia GRYBAUSKAITE Ministra das Finanças

Hungria: Csaba LÁSZLÓ Ministro das Finanças

Malta: Paul ZAHRA Ministro das Finanças

Polónia: Andrzej RACZKO Ministro das Finanças

Eslovénia: Dušan MRAMOR Ministro das Finanças

Eslováquia: Vladimír TVAROŠKA Secretário de Estado do Ministério das Finanças

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PONTOS DEBATIDOS

PREPARAÇÃO DO CONSELHO EUROPEU DA PRIMAVERA (25-26 DE MARÇO

DE 2004)

Neste ponto, o Conselho analisou os seguintes documentos:

a) o relatório da Comissão ao Conselho Europeu da Primavera (Relatório da Primavera)

(doc. 5615/04),

b) um contributo do Banco Europeu de Investimento (BEI) para o processo de Lisboa

(doc. 5897/04),

c) o relatório da Comissão sobre a implementação das Orientações Gerais das Políticas

Económicas (OGPE) (doc. 5651/04),

d) o relatório anual do CPE (Comité de Política Económica) sobre as reformas estruturais em

2004 (doc. 5874/04), e

e) o documento de debate da Presidência sobre as questões principais (doc. 5881/04).

O debate centrou-se essencialmente no documento sobre as questões principais, que é o mais

importante contributo do Conselho ECOFIN para o Conselho Europeu da Primavera. Este

documento sugere que as principais prioridades do Conselho ECOFIN em matéria de acção política

para cumprir os objectivos definidos nas OGPE deverão ser as seguintes: (I) promover o

crescimento através do investimento, da inovação e da competitividade; (II) aumentar a

flexibilidade dos nossos mercados de trabalho e (III) assegurar a sustentabilidade das finanças

públicas, acelerando o processo de reforma.

O Conselho chegou a um amplo acordo sobre estas prioridades e decidiu que a versão final do

documento sobre as questões principais seria apresentada para aprovação na próxima sessão do

Conselho ECOFIN em 9 de Março de 2004.

O Conselho subscreveu o relatório anual do CPE sobre as reformas estruturais e acordou em

designar um coordenador para os projectos transfronteiras da Acção Europeia para o Crescimento.

O Conselho aprovou ainda Conclusões relativas ao primeiro relatório sobre a implementação das

OGPE, que figuram no Anexo I.

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PACTO DE ESTABILIDADE E DE CRESCIMENTO

No contexto do ciclo de revisão dos programas de estabilidade e convergência actualizados dos

Estados-Membros, o Conselho analisou um segundo pacote de programas de estabilidade e

convergência dos seguintes países: Grécia, França, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Países Baixos e

Reino Unido.

Este exercício tem lugar de acordo com o Pacto de Estabilidade e de Crescimento aprovado no

Conselho Europeu de Amesterdão em Junho de 1997, que obriga a que os Estados-Membros

apresentem anualmente programas de estabilidade (para os Estados-Membros da zona euro) ou

convergência (para os Estados-Membros não pertencentes à zona do euro) actualizados ao Conselho

e à Comissão. O objectivo destes programas actualizados é o de prestar informações sobre como os

Estados-Membros tencionam cumprir os objectivos do Pacto, em particular o objectivo a médio

prazo de equilíbrio ou de excedente orçamental. Estes programas fornecem igualmente indicações

sobre a forma como os Estados-Membros acataram as recomendações relevantes das Orientações

Gerais das Políticas Económicas (OGPE).

O Conselho analisou a recomendação emitida pela Comissão em 28 de Janeiro de 2004 e aprovou

pareceres para cada um dos Estados-Membros considerados, com base no trabalho efectuado pelo

Comité Económico e Financeiro (CEF).

Os pareceres constam do Anexo II.

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DIRECTIVA SOBRE A TRIBUTAÇÃO DA POUPANÇA – RELATÓRIO SOBRE OS

DEBATES COM PAÍSES TERCEIROS

O Conselho foi informado sobre o ponto da situação das negociações relativas a um acordo sobre a

tributação da poupança com determinados países terceiros europeus (Andorra, Liechtenstein,

Mónaco, São Marinho e Suíça) e com territórios dependentes e associados do Reino Unido e dos

Países Baixos ("dimensão externa" da directiva sobre a tributação da poupança).

O Conselho apoiou unanimemente a posição de negociação da Comissão, e acordou que não

poderiam ser aceites novas concessões aos países terceiros mencionados. No que se refere ao

acordo sobre a tributação da poupança com a Suíça (texto acordado em 2003), o Conselho acordou

unanimemente em que este acordo constitui em si próprio um pacto correcto e equilibrado para

ambas as partes, e que deverá ser concluído sem demora e sem ligação com as negociações em

curso noutros domínios.

Por fim, o Conselho reiterou o seu profundo empenhamento em concluir atempadamente os acordos

sobre tributação da poupança com países terceiros europeus, bem como com os territórios

dependentes e associados britânicos e neerlandeses, de forma a permitir que a Directiva sobre a

tributação da poupança europeia de Junho de 2003 seja aplicada pelos Estados-Membros a partir de

1 de Janeiro de 2005.

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IVA: TAXAS REDUZIDAS

A pedido da Delegação Francesa, o Conselho procedeu a uma troca de impressões sobre as taxas

reduzidas do IVA e encarregou as suas instâncias preparatórias de prosseguirem a análise desta

questão para que possa voltar a ser abordada numa das suas próximas sessões.

O Conselho registou igualmente a intenção da Comissão de apresentar, nos próximos dias, um

documento sobre a questão da relação entre a matéria colectável do IVA e as taxas do IVA, o

funcionamento correcto do mercado interno e o princípio da subsidiariedade.

*

* *

Durante o almoço, os Ministros foram informados sobre a reunião do Eurogrupo realizada em

9 de Fevereiro de 2004 e sobre a reunião do G7 no último fim-de-semana em Boca Ratón (Flórida).

Os Ministros debateram a substituição de Domingo Solans, dado que as suas funções na Comissão

Executiva do Banco Central Europeu (BCE) terminarão em 31 de Maio de 2004. A escolha final

será realizada pelos Chefes de Estado ou de Governo após consulta ao Parlamento Europeu e ao

BCE.

Os Ministros congratularam-se com o apoio geral dos accionistas do BERD (Banco Europeu de

Reconstrução e Desenvolvimento) para a renovação do mandato de Jean LEMIERRE como seu

Presidente.

Os Ministros debateram também uma iniciativa no sentido de criar um Fórum Europeu para a

Economia Internacional. Os trabalhos de desenvolvimento desta iniciativa irão continuar.

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PONTOS APROVADOS SEM DEBATE

ECOFIN IVA (docs. 5422/04 e 5423/04) Na sequência do seu acordo de 22 de Dezembro de 2003, o Conselho aprovou a directiva que altera a Directiva 77/388/CEE a fim de prolongar a possibilidade de autorizar os Estados-Membros a aplicar taxas de IVA reduzidas a certos serviços de grande intensidade do factor trabalho e a decisão que prorroga o período de aplicação da Decisão 2000/185/CE que autoriza os Estados-Membros a aplicarem uma taxa de IVA reduzida a certos serviços de grande intensidade do factor trabalho, nos termos do n.º 6 do artigo 28.º da Directiva 77/388/CEE. ASSUNTOS GERAIS Regiões ultraperiféricas (doc. 5385/04) O Conselho aprovou uma decisão relativa ao regime do octroi de mer nos departamentos ultramarinos franceses e que prorroga a Decisão 89/688/CEE. Nos termos da decisão, as autoridades francesas ficam autorizadas, até 1 de Julho de 2014, a prever isenções ou reduções do octroi de mer em relação a determinados produtos fabricados localmente nos departamentos franceses ultramarinos da Guadalupe, Guiana, Martinica e Reunião. POLÍTICA EUROPEIA DE SEGURANÇA E DEFESA Antiga República Jugoslava da Macedónia – medidas restritivas contra extremistas (doc. 5639/04) O Conselho aprovou hoje uma posição comum que impõe medidas restritivas contra extremistas da Antiga República Jugoslava da Macedónia. O Conselho tinha aprovado o princípio dessas medidas na sua sessão de 26 de Janeiro. Apesar de se verificar uma melhoria global da situação no país, determinadas pessoas continuam a promover ou a participar em acções violentas que põem em causa os princípios básicos de estabilidade e integridade territorial e o carácter unitário e multiétnico da Antiga República Jugoslava da Macedónia, consagrados no Acordo-Quadro de Ohrid e/ou a prejudicar a implementação concreta deste acordo através de actos alheios ao processo democrático.

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Por conseguinte, o Conselho considerou adequado implementar medidas focalizadas, sob a forma de restrições à admissão no território dos Estados-Membros, aplicáveis às pessoas acima referidas. As medidas não deverão ser interpretadas como uma limitação à liberdade de opinião e de expressão. O Conselho tem repetidamente salientado o seu empenho na estabilização e normalização da situação na Antiga República Jugoslava da Macedónia, com base na plena implementação do Acordo-Quadro. A Posição Comum é aplicável por um período de doze meses e fica sujeita a revisão permanente. JUSTIÇA E ASSUNTOS INTERNOS Créditos não contestados (doc. 16041/1/03) O Conselho aprovou, por procedimento escrito, a sua posição comum tendo em vista a aprovação do regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho que cria o Título Executivo Europeu para créditos não contestados. Esse projecto de regulamento tem por objectivo criar o Título Executivo Europeu para créditos não contestados, a fim de assegurar, mediante a criação de normas mínimas, a livre circulação de decisões, transacções judiciais e instrumentos autênticos em todos os Estados-Membros, sem necessidade de efectuar quaisquer procedimentos intermédios no Estado-Membro de execução previamente ao reconhecimento e à execução. Nos termos do procedimento estabelecido no artigo 251.º do Tratado, o Conselho transmitirá a sua posição comum ao Parlamento Europeu para segunda leitura. Luta contra o terrorismo (doc. 5240/04) O Conselho manifestou o seu acordo quanto aos resultados dos trabalhos do Comité do Artigo 36.º relativos a propostas de luta contra o terrorismo no que diz respeito aos dez novos países membros e à Bulgária, à Roménia e à Turquia. Protocolo à Convenção relativa a Garantias Internacionais sobre Materiais de Equipamento Móvel O Conselho autorizou a Comissão a dar início a negociações para a adopção de um Protocolo à Convenção relativa a Garantias Internacionais sobre Materiais de Equipamento Móvel, relativo às Questões específicas do Equipamento Espacial, sob os auspícios do UNIDROIT.

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RELAÇÕES EXTERNAS Libéria – Sanções modificadas * (docs. 5418/04, 5419/1/04 REV 1, 5417/04 ADD 1 e ADD 2) O Conselho aprovou uma posição comum e um regulamento destinados a modificar as sanções contra a Libéria em vigor desde Maio de 2001, em conformidade com a Resolução n.º 1521 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, adoptada em 22 de Dezembro. O Conselho de Segurança das Nações Unidas decidiu modificar algumas das medidas, à luz da alteração da situação na Libéria, na sequência da partida do Presidente Charles Taylor e da formação de um Governo Nacional de Transição. As novas sanções incluem uma proibição de assistência técnica, de serviços e de assistência financeira relacionados com actividades militares, bem como de importações de diamantes em bruto e de toros redondos da Libéria. Relatório especial do Tribunal de Contas sobre a ajuda ao desenvolvimento da Índia – Conclusões do Conselho (doc. 5647/04) O Conselho aprovou as seguintes conclusões: "O CONSELHO CONGRATULA-SE com o relatório especial n.º 10/2003 do Tribunal de Contas Europeu sobre a eficácia da gestão da Comissão relativa à ajuda ao desenvolvimento da Índia, em termos da sua orientação para os grupos de população carenciados e da obtenção de um desenvolvimento sustentável. NOTA que tanto a Comissão como o Conselho subscrevem a maior parte das principais recomendações do Tribunal de Contas. CONSIDERA que uma abordagem programática sectorial permite uma melhor sustentabilidade institucional do que uma abordagem por projectos, e bem assim uma atenção mais sistemática e um planeamento mais realista tendo em vista o principal objectivo de atingir as camadas mais pobres da população, e CONGRATULA-SE com a progressiva mudança da Comissão de uma abordagem por projectos para uma abordagem de parceria estatal e de apoio sectorial, conforme havia sido recomendado pelo Tribunal de Contas. CONVIDA a Comissão a procurar uma coordenação mais estreita dos doadores na implementação dos futuros programas, a fim de garantir um sistema comum de informação, de contabilidade e de auditoria e uma afectação de recursos coerente. REGISTA que o novo documento de estratégia por país CE-Índia concentra a intervenção da CE nos sectores da saúde e do ensino, REGISTA a recomendação do Tribunal de Contas no sentido de incluir também a gestão agrícola e dos recursos na estratégia por país, e CONCORDA com a Comissão quando esta considera que a inadequação das estruturas sanitárias e educativas constitui um aspecto fulcral da pobreza rural na Índia."

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Relações euro-mediterrânicas – Adaptação de acordos de associação O Conselho aprovou uma decisão que autoriza a Comissão a abrir negociações: – com a Argélia, o Egipto, Israel, a Jordânia, o Líbano, Marrocos e a Tunísia, com vista a

adaptar os Acordos Euro-Mediterrânicos de Associação existentes, – e com a Organização de Libertação da Palestina, com vista a adaptar o Acordo Provisório de

Associação, à luz da próxima adesão à UE de dez novos Estados-Membros. Relações com a Eslováquia – Mapa de auxílios regionais (doc. UE-SK 2007/03) O Conselho aprovou um projecto de decisão, a tomar pelo Comité de Associação UE-Eslováquia, relativa ao mapa de auxílios regionais para a avaliação dos auxílios estatais concedidos pela Eslováquia. Nos termos dessa decisão, a intensidade máxima dos auxílios concedidos na Eslováquia limita-se, em equivalente-subvenção líquido, a 50% dos custos nas regiões de Zapadne Slovensko, Stredne Slovensko e Vychodne Slovensko, e a 20% na região de Bratislava. Essa intensidade máxima dos auxílios pode ser majorada de 15 pontos percentuais brutos no caso de auxílios a pequenas e médias empresas. Constitui um limite máximo a aplicar ao total do auxílio, sempre que a ajuda seja concedida simultaneamente ao abrigo de vários regimes regionais e independentemente de provir de fontes locais, regionais, nacionais ou comunitárias. A decisão será aplicável até 31 de Dezembro de 2006 ou até à data da adesão da Eslováquia à União Europeia, consoante a que ocorrer primeiro. Relações com a República Checa – Mapa de auxílios regionais (doc. UE-CZ 1722/03) O Conselho aprovou um projecto de decisão, a tomar pelo Comité de Associação UE-República Checa, relativa ao mapa de auxílios regionais para a avaliação dos auxílios estatais concedidos pela República Checa. Nos termos dessa decisão, a intensidade máxima dos auxílios concedidos na República Checa limita-se, em equivalente-subvenção líquido, a 20% dos custos na região de Praga, 50% nas regiões de Stredni Cechy e Moravskolezsko, 49% nas regiões de Severozápad e Strední Morava, 48% nas regiões de Severovýchod e Jihovýchod e 46% na região de Jihozápad. Essa intensidade máxima dos auxílios pode ser majorada de 15 pontos percentuais brutos no caso de auxílios a pequenas e médias empresas. Constitui um limite máximo a aplicar ao total do auxílio, sempre que a ajuda seja concedida simultaneamente ao abrigo de vários regimes regionais e independentemente de provir de fontes locais, regionais, nacionais ou comunitárias. A decisão será aplicável até 31 de Dezembro de 2006 ou até à data da adesão da República Checa à União Europeia, consoante a que ocorrer primeiro.

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POLÍTICA COMERCIAL Anti-dumping – Roménia – tubos de aço (doc. 5511/04) O Conselho aprovou por maioria simples um regulamento que altera o Regulamento (CE) n.º 2320/97 que institui direitos anti-dumping definitivos sobre as importações de tubos sem costura, de ferro ou de aço não ligado, originários da Roménia e de outros países, fabricados pelas empresas romenas Petrotub SA e Republica SA. Anti-dumping – China – ácido sulfanílico (doc. 5474/04) O Conselho aprovou um regulamento que altera o Regulamento(CE) n.° 1339/2002 do Conselho relativo aos direitos anti-dumping sobre as importações de ácido sulfanílico originário da República Popular da China e da Índia. Anti-dumping – China, Índia, Indonésia e Tailândia – sacos de polietileno (doc. 5227/04) O Conselho aprovou um regulamento que revoga as medidas anti-dumping impostas às importações de sacos de polietileno e de polipropileno originários da República Popular da China, da Índia, da Indonésia e da Tailândia. EMPREGO E POLÍTICA SOCIAL Programa para a promoção de organizações que operam no domínio da igualdade entre homens e mulheres (doc. 16185/03) O Conselho aprovou, por procedimento escrito, a sua posição comum sobre o projecto de decisão que estabelece um programa de acção comunitária destinado a apoiar financeiramente as actividades de organizações que promovem ao nível europeu a igualdade entre homens e mulheres (em particular o Lóbi Europeu das Mulheres). A posição comum será transmitida ao Parlamento Europeu para segunda leitura, nos termos do processo de co-decisão. AVIAÇÃO Policiamento a bordo de aviões (doc. 6006/04) O Conselho acordou em enviar ao Presidente da ICAO (Organização da Aviação Civil Internacional) uma carta assinada pela Presidência em nome da Comunidade e dos seus Estados--Membros sobre a questão do policiamento a bordo de aviões. Nessa carta, os Estados-Membros solicitam à ICAO que promova a cooperação e a consulta no domínio da segurança da aviação civil entre os Estados Contratantes e sugerem que seja adoptada uma abordagem coordenada sobre o policiamento a bordo de aviões e outras medidas alternativas de segurança.

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AMBIENTE Convenção sobre a Diversidade Biológica – mandato da UE para a COP 7 (doc. 5961/04) O Conselho decidiu, por procedimento escrito, complementar e clarificar o mandato da UE para a Conferência das Partes (COP 7) na Convenção sobre a Diversidade Biológica, aprovada em 22 de Dezembro de 2003, mediante o aditamento de uma referência à questão das espécies exóticas invasoras. UNIÃO ADUANEIRA Contingentes pautais autónomos (docs. 16044/03, 15972/03, 15562/03) O Conselho aprovou por unanimidade um regulamento relativo à abertura e modo de gestão de contingentes pautais comunitários autónomos para determinados produtos agrícolas e industriais. Este regulamento altera o Regulamento (CE) n.º 2505/96, aumentando os volumes existentes dos contingentes pautais autónomos para três produtos industriais. Os volumes de écrans de vidro (800 000 unidades em vez de 600 000) e de máscara plana (600 000 unidades em vez de 400 000) são aumentados a partir de 31 de Dezembro de 2003. O volume de colófonias e ácidos resínicos de gema (pez-louro) (90 000 toneladas em vez de 80 000 toneladas) de 1 de Julho a 31 de Dezembro de 2003 é também aumentado. A finalidade do regulamento é assegurar a satisfação, em condições favoráveis, das necessidades da indústria transformadora comunitária. O aumento destes volumes importados com direito zero tem uma implicação financeira estimada de –3,5 milhões de euros para os recursos próprios das CE (direitos niveladores/direitos aduaneiros). Mantém-se inalterada a proposta inicial da Comissão, que se baseia no artigo 26.º do Tratado, relativo aos direitos da pauta aduaneira comum.

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NOMEAÇÕES Comité das Regiões (docs. 5496/04, 5830/04, 5801/04, 5800/04 e 5799/04) O Conselho decidiu nomear: a) os seguintes membros do Comité das Regiões:

Esperanza AGUIRRE GIL DE BIEDMA em substituição de Carlos MAYOR OREJA Alberto RUIZ-GALLARDON JIMENEZ em substituição de José María ALVAREZ DEL MANZANO y LOPEZ DEL HIERRO

b) os seguintes membros suplentes do Comité das Regiões:

Viktor SIGL em substituição de Josef FILL Alain CUENCA GARCIA em substituição de Eduardo BANDRES MOLINE Laura DE ESTEBAN em substituição de Juan GONZALEZ BLASCO

pelo período remanescente do seu mandato, ou seja, até 25 de Janeiro de 2006. Comité Consultivo da Formação Profissional (doc. 5221/04) O Conselho nomeou José Luis MIRA LEMA membro e Françoise SCHMIT membro suplente do Comité Consultivo da Formação Profissional em substituição de Isabel COUSO TAPIA e Laurence THILLMAN, respectivamente, pelo período remanescente do seu mandato, ou seja, até 29 de Setembro de 2004. Comité Consultivo para a Livre Circulação dos Trabalhadores (doc. 5684/04) O Conselho nomeou François LEPAGE membro do Comité Consultivo para a Livre Circulação dos Trabalhadores em substituição de David SARTHOU, pelo período remanescente do seu mandato, ou seja, até 6 de Maio de 2004.

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ANEXO I PT

ANEXO I – Conclusões do Conselho sobre o primeiro Relatório de Implementação das OGPE O Conselho aprovou as seguintes conclusões:

"1. O Conselho congratula-se pelo primeiro relatório da Comissão sobre a execução das Orientações Gerais das Políticas Económicas para 2003-05. Trata-se de um relatório pormenorizado e exaustivo sobre as medidas tomadas ou previstas em 2003 em aplicação das orientações. Constitui assim um instrumento útil para o acompanhamento dos progressos realizados.

2. Na sequência do mandato do Conselho Europeu de Barcelona de Março de 2002, o Conselho

passou gradualmente a conferir maior destaque à execução; assim, desde 2003, o Conselho aprova conclusões relativas ao relatório sobre a execução elaborado pela da Comissão e organiza reuniões (pequenos almoços de trabalho) informais centradas em questões específicas ligadas às reformas. A execução atempada e eficaz das OGPE é da maior importância para reforçar a confiança e o crescimento. Através da elaboração de uma análise comum da situação actual, será mais fácil determinar as prioridades para a execução da estratégia a médio prazo. Em Junho de 2003, o Conselho sublinhou as três principais prioridades para a acção política no próximo ano: 1) prioridade ao crescimento, 2) reformas para obter mais e melhores empregos, 3) reforma dos sistemas de pensões e de saúde.

3. Este é o primeiro exercício de acompanhamento das novas OGPE plurianuais e as presentes

conclusões devem ser consideradas como preliminares. Sendo assim, o Conselho (Ecofin) e o Eurogrupo têm um papel essencial a desempenhar para permitir aos Estados-Membros e à Comissão acompanhar conjuntamente a execução e para garantir progressos regulares na execução destas orientações. O Conselho sublinha que a consolidação orçamental e as reformas estruturais não só têm uma influência positiva a longo prazo sobre o crescimento, mas poderão também favorecer o crescimento a curto prazo, graças aos seus efeitos sobre o clima de confiança, desde que os cidadãos europeus sejam correctamente informados da necessidade urgente de modernizar as nossas economias.

4. O Conselho regista que foram realizados alguns progressos, embora ainda insuficientes, em dois

dos três domínios prioritários, a saber, as reformas do mercado de trabalho e do sistema de pensões. São claramente necessários mais esforços nestes domínios, dada a nossa ambição de chegar a um crescimento sustentável mais elevado. O Conselho deseja também sublinhar os progressos apreciáveis no domínio das políticas de concorrência. Noutros domínios, como a integração dos mercados, a reforma da regulamentação, os investimentos nos conhecimentos e na investigação, bem como a sustentabilidade social e ecológica, os progressos foram mais limitados. Por fim, o Conselho considera que a rápida deterioração da situação orçamental da maioria dos Estados-Membros e os défices excessivos de alguns dentre eles são motivo de preocupação. No conjunto, o Conselho estima que o ritmo das reformas deverá ser acelerado para que a UE no seu todo possa atingir os objectivos de Lisboa. Em particular, os progressos realizados no mercado de trabalho são insuficientes para atingir os objectivos acordados em Lisboa. É actualmente evidente que a UE não atingirá nenhum dos objectivos intercalares em matéria de taxas de emprego para 2005. A menos que sejam empreendidas sem demora novas e profundas reformas, a UE corre igualmente o risco de não atingir os seus objectivos para 2010. Também os nossos esforços em matéria de I&D, em especial no sector privado, não são ainda suficientes (as despesas públicas são comparáveis às dos Estados Unidos da América). O Conselho partilha as conclusões da Comissão sobre a sua simulação da estratégia de Lisboa, que revelaram que um aprofundamento das reformas poderá estimular as taxas de crescimento potenciais da UE de 1/2 a 3/4 de ponto percentual por ano, em média, num horizonte de 5 a 10 anos.

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ANEXO I PT

Dar prioridade ao crescimento: os resultados decepcionantes da UE em termos de crescimento apontam para a necessidade de novas medidas 5. Prevê-se que o crescimento médio ao longo de 2003 apresente um resultado

decepcionante de 0,8% na UE (e de apenas 0,4% na zona euro), apesar de um crescimento ligeiramente mais positivo em alguns Estados-Membros. O Conselho regista as condições favoráveis de financiamento em 2003, tal como reflectidas no baixo nível das taxas de juro a curto e a longo prazo, ainda que essas condições tenham sido em alguma medida prejudicadas pela subida do euro. A orientação da política orçamental permaneceu globalmente neutra para a UE no seu conjunto, tendo os estabilizadores automáticos contribuído para atenuar o abrandamento do crescimento. Embora a evolução dos salários, no conjunto, pareça largamente compatível com a estabilidade dos preços no médio prazo, os aumentos comparativamente elevados dos salários nominais e o correspondente aumento dos custos salariais unitários nominais em alguns países conduziram a uma redução apenas gradual da inflação.

6. O Conselho regista a realização de progressos desiguais no que se refere ao aumento da

produtividade e ao dinamismo das empresas. Os progressos foram mais marcados em relação à melhoria da eficácia das políticas de concorrência (p. ex. na Bélgica, na Áustria e no Reino Unido) ou ao apoio à criação de empresas (Bélgica, Alemanha, Grécia, Espanha, França, Luxemburgo, Portugal e Áustria). No entanto, são possíveis ainda grandes melhoramentos, através da estimulação de uma cultura de empresa saudável e da criação de um enquadramento em que as PME se possam desenvolver. Tanto a produtividade como o ambiente empresarial continuam a ser prejudicados pelo quadro regulamentar e por encargos administrativos relativamente pesados. O Conselho sublinha que a redução do excesso de regulamentação é uma questão a resolver prioritariamente, a fim de melhorar a produtividade e incentivar, em vez de dificultar, a criação de emprego. Em 2003, a taxa de transposição no mercado interno piorou. A taxa de transposição média deteriorou-se ligeiramente para 97,7% e apenas cinco Estados--Membros (Dinamarca, Espanha, Irlanda, Finlândia e Reino Unido) atingiram o objectivo de 98,5%, tendo a taxa descido mesmo para valores inferiores a 97% em cinco outros Estados-Membros (Bélgica, Alemanha, Grécia, França e Luxemburgo).

7. O Conselho regista que a passagem à economia do conhecimento progride, embora a

ritmo lento e com consideráveis diferenças entre os Estados-Membros. As indústrias europeias que utilizam as TIC (em particular na distribuição a retalho, no comércio e nos serviços financeiros) aumentaram a produtividade, mas menos do que nos Estados Unidos. Houve um ligeiro aumento da I&D no conjunto da UE, ainda que em alguns países tenham diminuído as despesas proporcionalmente ao PIB, por exemplo nos Países Baixos e no Reino Unido. No entanto, o investimento em I&D é apenas uma parte do processo de inovação. Um factor crucial do êxito é a capacidade das empresas de transformar as iniciativas de investigação em processos e produtos comercialmente viáveis. A rentabilidade das despesas em I&D poderia ser aumentada através do melhoramento da governação das instituições de investigação, do reforço da sua ligação com as empresas, do melhoramento da propriedade intelectual e da redução dos encargos regulamentares das empresas. As despesas em TIC evoluíram pouco. Vários Estados-Membros empreenderam esforços para melhorar a qualidade e a eficácia dos seus sistemas de ensino e de inovação. São necessários sistemas de ensino e formação eficientes e mais focalizados para responder à procura do mercado de trabalho, e nomeadamente para aumentar o número de diplomados em matérias científicas e técnicas.

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ANEXO I PT

Aumentar a flexibilidade dos nossos mercados de trabalho: não obstante os progressos registados, as taxas de emprego estão ainda longe dos objectivos definidos em Lisboa

8. O Conselho saúda o aumento do ritmo de realização das reformas do mercado de

trabalho em 2003, mas nota que os progressos registados nesta área são insuficientes para cumprir os objectivos acordados em Lisboa. Na sua maioria, os Estados-Membros esforçaram-se por tornar o trabalho mais vantajoso, aumentando por exemplo os créditos fiscais associados ao trabalho (Bélgica, Dinamarca, França, Irlanda, Espanha e Países Baixos) ou reduzindo a taxa marginal de tributação dos rendimentos mais baixos (p.ex. Alemanha, França, Áustria, Dinamarca e Itália). Vários Estados-Membros empreenderam também esforços no sentido de promover uma organização do trabalho mais maleável. Os progressos foram mais limitados no que toca à reforma dos regimes de prestações sociais, à garantia de promoção da diferenciação dos salários através dos regimes de negociação salarial ou à atenuação da carga regulamentar. Apesar de alguns progressos verificados ou projectados na Dinamarca, na Alemanha, na Irlanda e nos Países Baixos, parece não ter havido grandes avanços no que se refere à melhoria da eficácia das políticas activas do mercado de trabalho. Em suma, e não obstante os resultados a nível do crescimento do emprego em alguns Estados-Membros, bem como os progressos registados em alguns tipos de reformas do mercado de trabalho, existe claramente um risco de os objectivos gerais de Lisboa e Estocolmo em matéria de taxa de emprego não serem concretizados. Terá de se proceder, sem demora, a uma reforma global e mais aprofundada. Neste contexto, o Conselho saúda o contributo prestado pelo relatório do Grupo de Missão Europeu para o Emprego.

Reformar os sistemas de pensões e de saúde: a sustentabilidade a longo prazo das finanças públicas ainda não está assegurada

9. O Conselho saúda os importantes progressos verificados em 2003 no capítulo da

reforma dos sistemas de pensões (nomeadamente, em França e na Áustria). De um modo geral, o Conselho nota que em vários Estados-Membros (nomeadamente, na Bélgica, na Alemanha, na Grécia, na Espanha, em França, na Itália e em Portugal) não é de excluir o risco de insustentabilidade das finanças públicas a longo prazo, tendo em conta o envelhecimento da população. A concretização de um aumento das taxas de participação no mercado de trabalho na sequência da reforma dos sistemas de pensões, em consonância com a estratégia tripla de aumento das taxas de emprego, redução do défice público e reforma dos sistemas de pensões, poderá contribuir de forma significativa para atenuar os encargos orçamentais decorrentes do envelhecimento da população. Registaram-se alguns progressos no esforço de diminuição da dívida pública (nomeadamente na Bélgica, na Grécia e em Espanha), embora esta permaneça acima de 60% do PIB em seis Estados-Membros (Alemanha, França, Áustria e, embora com tendência para diminuir, acima de 100% do PIB na Bélgica, Grécia e Itália). Em muitos países, os sistemas de saúde e de apoio à terceira idade, que encerram igualmente um sério risco para a sustentabilidade orçamental, mantêm-se até à data praticamente inalterados.

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ANEXO I PT

Acompanhamento de outras áreas políticas

10. A situação orçamental continuou a deteriorar-se pelo terceiro ano consecutivo, elevando o défice da UE para 2,7% do PIB, o que reflecte principalmente a intervenção dos estabilizadores automáticos, dado que os saldos orçamentais subjacentes (ou corrigidos de variações cíclicas) permaneceram, de um modo geral, inalterados a nível da União. A nível dos Estados-Membros, o Conselho constatou, em 2003, que existia uma situação de défice excessivo na França e na Alemanha (bem como em Portugal) e fez recomendações sobre a melhor forma de pôr termo a essa situação. Enquanto se presume que em Portugal, em 2003, o défice se terá situado abaixo do limite de 3%, na Alemanha e em França o défice excedeu largamente esse limite. Na sequência de um crescimento mais fraco que o esperado, o Conselho recomendou a ambos os países, em Novembro de 2003, que até 2005, o mais tardar, reduzissem os seus défices para um valor inferior a 3% do PIB. Em 2003, a Bélgica, a Dinamarca, a Espanha, a Finlândia e a Suécia apresentaram uma situação orçamental, corrigida de variações cíclicas, próxima do equilíbrio ou excedentária. A Irlanda, Portugal e os Países Baixos registaram melhorias acentuadas no respectivo saldo corrigido de variações cíclicas.

11. No domínio dos mercados financeiros, registaram-se progressos significativos na execução

dos Planos de Acção para os capitais de risco e os serviços financeiros, sendo ainda necessário levar a cabo um esforço final (nomeadamente, para transpor estas medidas para o direito interno). A integração dos regimes de compensação e liquidação passou a constituir uma clara prioridade tanto a nível da UE como a nível nacional. Foram reforçadas as disposições em matéria de governação empresarial, mediante a elaboração de um código de governação empresarial de carácter voluntário e auto-regulador (Áustria e Reino Unido), a introdução destes elementos no direito das sociedades (Grécia, Irlanda, Itália, Espanha e Países Baixos) ou o reforço da independência dos auditores (França).

12. No domínio da sustentabilidade ambiental, foram tomadas várias medidas. A nível da UE,

foram aprovadas directivas que estabelecem normas comuns para os mercados da electricidade e do gás e foi alargada a cobertura da legislação em matéria de tributação da energia. A nível dos Estados-Membros, foram tomadas medidas relativamente à utilização de energias renováveis e tarificação dos transportes. Não se registaram progressos no que respeita às emissões de gases com efeito de estufa.

13. O Conselho regista os progressos desiguais em resposta às orientações dadas para a zona

euro. Foram poucos os progressos na execução das orientações orçamentais. As expectativas da inflação permanecem baixas e estáveis. Contudo, continuam a existir diferenças acentuadas em matéria de inflação.

Resumo

14. O Conselho regista os progressos efectuados, em 2003, em algumas áreas, mas nota a

conclusão da Comissão segundo a qual "não parece que o ritmo das reformas tenha sido acelerado, tal como foi solicitado pelo Conselho". Como este é o primeiro ano de um ciclo plurianual, é ainda possível recuperar o atraso em áreas onde os progressos se mostraram mais limitados. O Conselho sublinha porém que o ritmo das reformas deve ser decididamente acelerado em várias áreas, caso se pretenda assegurar, até 2006, a execução das OGPE. Trata-se de uma condição prévia para a consecução do objectivo estratégico de Lisboa.

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ANEXO I PT

15. A adesão de dez novos Estados-Membros representa uma oportunidade histórica. O Conselho espera integrar os novos Estados-Membros nos seus processos de coordenação de política económica, incluindo a actualização das OGPE para 2004. Estes países participarão na próxima avaliação da execução, em 2005.

16. O Conselho pretende ter em conta esta análise da execução ao preparar o seu documento

sobre as questões principais destinado ao Conselho Europeu da Primavera."

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10.II.2004

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ANEXO II PT

ANEXO II Grécia – Parecer do Conselho sobre o Programa de Estabilidade actualizado para 2003-2006

O CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA,

Tendo em conta o Tratado que institui a Comunidade Europeia,

Tendo em conta o Regulamento (CE) n.º 1466/97 do Conselho, de 7 de Julho de 1997, relativo ao reforço da supervisão das situações orçamentais e à supervisão e coordenação das políticas económicas 2, nomeadamente o n.º 3 do artigo 5.º,

Tendo em conta a recomendação da Comissão, após consulta do Comité Económico e Financeiro,

EMITIU O SEGUINTE PARECER:

Em 10 de Fevereiro de 2004, o Conselho examinou a actualização de 2003 do Programa de Estabilidade da Grécia, respeitante ao período 2003-2006. O Programa actualizado respeita, em termos gerais, os requisitos em matéria de dados contido no Código de Conduta revisto sobre o conteúdo e a apresentação dos programas de estabilidade e de convergência. Teria sido útil uma actualização da análise da sustentabilidade das finanças públicas a longo prazo, à luz da anterior avaliação, que apontava claramente para o risco de desequilíbrios a longo prazo.

A orientação da política orçamental subjacente à actualização baseia-se na manutenção de elevados excedentes primários ao longo do período abrangido pelo Programa, em coerência com uma redução do rácio das despesas e com uma diminuição acelerada do rácio da dívida. Ao mesmo tempo, prevê-se que seja aplicado um programa significativo de investimento público.

Na actualização de 2003 projecta-se uma aceleração da taxa de crescimento real do PIB, que passa de um nível estimado em 4,0% em 2003 para 4,2% em 2004 e que desacelera ligeiramente nos anos subsequentes, situando-se a um nível médio de 4% no período 2004--2006, a partir de uma taxa média prevista de crescimento de 3,8% contida na actualização de 2002 do Programa de Estabilidade. Projecta-se que o crescimento do emprego desacelere de 1,7% em 2004 para 1,2%, em termos médios, em 2005-2006. Espera-se que a inflação diminua de modo gradual, registando o deflacionador do consumo privado uma desaceleração de 3,0% em 2004 para 2,6% em 2006. Com base nas informações disponíveis actualmente, o cenário macroeconómico contido na actualização afigura-se optimista. Em especial, a evolução do crescimento potencial a médio prazo reflecte pressupostos bastante favoráveis relativos à contribuição da formação de capital fixo. Além disso, no contexto de uma procura tão robusta, as pressões sobre os custos e os preços podem revelar-se mais fortes do que o previsto na actualização, dificultando ainda mais o controlo de certas rubricas de despesas públicas, e desse modo ameaçando a competitividade externa da economia. A este respeito, certas rubricas de despesas públicas, tais como a massa salarial, aumentaram significativamente em 2003, pelo que deverão ser contidas nos próximos anos.

2 JO L 209 de 2.8.1997.

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10.II.2004

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ANEXO II PT

Na actualização fixa-se como objectivo um défice do sector público administrativo de 1,2% do PIB em 2004, face a um défice esperado de 1,4% do PIB em 2003. Em termos corrigidos das variações cíclicas e com base nos cálculos da Comissão efectuados de acordo com a metodologia acordada em comum, em 2004, o défice corrigido das variações cíclicas continua inalterado, situando-se ao nível de 1,7% do PIB. Relativamente a 2005 e 2006, as projecções apontam para um défice de 0,5% do PIB e para uma situação de equilíbrio em 2006. Em termos corrigidos das variações cíclicas, os défices correspondentes elevam-se, respectivamente, a 1,2% e 0,9% do PIB. À luz do elevado rácio da dívida, o ajustamento global proposto é limitado, enquanto uma combinação de políticas mais equilibrada contribuiria para uma orientação mais rigorosa da política orçamental e para uma utilização eficaz das oportunidades proporcionadas pelas perspectivas favoráveis a nível do crescimento.

Embora se afigure que os objectivos orçamentais contidos no Programa proporcionam uma margem suficiente para evitar a infracção do limite de 3% do défice, num quadro de flutuações macroeconómicas normais ao longo do período abrangido pelo Programa, verificam-se riscos associados ao cenário macroeconómico, ao défice provavelmente subestimado em 2003 e à falta de informações quanto às medidas previstas para conter as despesas primárias. Assinale-se, contudo, que despesas primárias inferiores após os Jogos Olímpicos de 2004 devem ajudar a reduzir os défices. Segundo pressupostos macroeconómicos e orçamentais plausíveis, o objectivo a médio prazo consagrado no Pacto de Estabilidade e Crescimento de uma situação orçamental próxima do equilíbrio ou excedentária não será realizado ao longo do período abrangido pelo Programa.

Projecta-se que o rácio da dívida pública diminua de modo gradual, passando de 101,7% do PIB em 2003 para 90,5% em 2006. A evolução do rácio da dívida deve ser menos favorável do que o projectado, tendo em conta os riscos que pesam sobre o défice e a evolução eventualmente negativa do ajustamento défice-dívida, que tem sido uma fonte persistente de acumulação de dívida nos últimos anos.

Com base nas actuais políticas, verifica-se um risco de que surjam na Grécia graves desequilíbrios orçamentais no futuro, devido ao envelhecimento da população e à luz do elevado rácio da dívida. Deste modo, os desafios orçamentais colocados pelo envelhecimento da população devem ser enfrentados com base numa estratégia global, que inclua novas reformas do sistema de pensões.

As políticas económicas reflectidas na actualização de 2003, não são inteiramente coerentes com as recomendações contidas nas Orientações Gerais para as Políticas Económicas, em especial as que têm implicações orçamentais, nomeadamente a recomendação de melhorar o saldo orçamental corrigido das variações cíclicas em, pelo menos, 0,5% do PIB todos os anos, calculado de acordo com a metodologia acordada em comum. Além disso, a redução projectada do rácio da dívida encontra-se sujeita a riscos e é necessário proceder a um controlo efectivo das despesas orçamentais primárias correntes, em especial das suas componentes menos elásticas, tais como a massa salarial e as transferências sociais.

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ANEXO II PT

França – Parecer do Conselho sobre o Programa de Estabilidade actualizado para 2003-2007

O CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA,

Tendo em conta o Tratado que institui a Comunidade Europeia,

Tendo em conta o Regulamento (CE) n.º 1466/97 do Conselho, de 7 de Julho de 1997, relativo ao reforço da supervisão das situações orçamentais e à supervisão e coordenação das políticas económicas 3, nomeadamente o n.º 3 do artigo 5.º,

Tendo em conta a recomendação da Comissão, após consulta do Comité Económico e Financeiro,

EMITIU O SEGUINTE PARECER:

Em 10 de Fevereiro de 2004, o Conselho examinou a actualização de 2003 do Programa de Estabilidade da França, respeitante ao período 2003-2007. O programa actualizado respeita, em termos gerais, os requisitos contidos no Código de Conduta revisto sobre o conteúdo e a apresentação dos programas de estabilidade e de convergência. Apesar de O Código de Conduta não o exigir, a inclusão no Programa de projecções explícitas relativas às categorias de receitas e despesas do sector público administrativo numa base de contabilidade nacional teria permitido uma análise mais aprofundada da qualidade do ajustamento orçamental projectado.

Em 3 de Junho de 2003, o Conselho decidiu, de acordo com o n.º 6 do artigo 104.º do Tratado CE e com base numa Recomendação da Comissão, que existia um défice excessivo em França e emitiu uma recomendação com base no n.º 7 do artigo 104.º do Tratado CE, requerendo à França que pusesse fim àquela situação, o mais tardar, em 2004. Em 8 e 21 de Outubro de 2003, a Comissão aprovou duas recomendações com base, respectivamente, nos n.ºs 8 e 9 do artigo 104.º, dirigidas ao Conselho para que decidisse: (1) que a França não tomara medidas eficazes na sequência da Recomendação de 3 de Junho, e (2) notificar a França para tomar medidas destinadas a reduzir o défice para um nível inferior a 3% do PIB, o mais tardar em 2005. Em 25 de Novembro de 2003, o Conselho decidiu não adoptar as duas recomendações da Comissão, tendo em vez disso aprovado um conjunto de conclusões que aprovam, nomeadamente, os compromissos assumidos pela França no sentido de reduzir o défice corrigido das variações cíclicas em 0,8% do PIB em 2004 e em 0,6% do PIB ou num montante superior em 2005, de modo a assegurar que o défice do sector público administrativo seja reduzido para um nível inferior a 3% do PIB em 2005.

3 JO L 209, de 2.8.1997.

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ANEXO II PT

As projecções a médio prazo contidas no Programa actualizado de 2003 baseiam-se na mesma estratégia orçamental já adoptada em actualizações anteriores. A pedra angular dessa estratégia consiste no estabelecimento de objectivos plurianuais relativos ao aumento das despesas públicas efectivas que impliquem uma descida do rácio despesas/PIB e uma redução do défice do sector público administrativo. Na actualização de 2003, esta estratégia foi complementada por duas novas regras orçamentais: (1) quaisquer receitas superiores às previstas decorrentes de uma evolução cíclica mais favorável serão afectadas à redução do défice e (2) qualquer margem orçamental decorrente de um aumento inferior ao planeado das despesas será afectada à redução de impostos.

É adequada a adopção de uma estratégia baseada em regras claras em matéria de crescimento das despesas, dado contribuir para um ajustamento orçamental transparente. Nesta área, é positiva a capacidade para conter as despesas públicas demonstrada em 2003, mas ficou-se muito aquém dos objectivos de despesas estabelecidos anteriormente para o sector público administrativo em geral, em especial a segurança social. Devem ser tomadas medidas adequadas para melhorar a observância dos objectivos em matéria de despesas. Para além do impacto sobre os resultados a nível do défice, o desrespeito dos limites máximos em matéria de despesas poderá, caso seja repetido, prejudicar a credibilidade global da estratégia orçamental, dada a relevância destas regras como referência. A fim de garantir a realização dos objectivos, as autoridades francesas devem introduzir um mecanismo que assegure uma compensação automática entre exercícios de eventuais derrapagens a nível do sector público. No que diz respeito à primeira das novas regras orçamentais, no caso de uma evolução cíclica mais favorável, será adequado acelerar a redução do défice corrigido das variações cíclicas com base na aplicação de medidas adicionais; em relação à segunda regra e tendo em conta a necessidade de acelerar a redução do défice, deve ser destinada a essa redução qualquer margem orçamental resultante de um aumento das despesas inferior ao esperado. Na actualização de 2003, projecta-se que a taxa de crescimento real do PIB acelere de um nível estimado em 0,5% em 2003 para 1,7% em 2004. Relativamente ao período 2005-2007, as projecções macroeconómicas baseiam-se nos mesmos dois cenários já adoptados nas actualizações anteriores: um cenário "prudente", no qual a taxa de crescimento real do PIB se situa, em média, a um nível de 2,5% ao ano ao longo do período, e um cenário "favorável" em que a taxa de crescimento real do PIB atinge 3% ao ano. Prevê-se que a inflação dos preços no consumidor se mantenha ao nível moderado de 1,5% ao longo do período abrangido pela actualização. O pressuposto em matéria de crescimento para 2003 encontra-se desactualizado: a previsão da Comissão de uma taxa de crescimento real do PIB de 0,1% afigura-se mais plausível, afigurando-se igualmente realista a previsão para 2004. No que diz respeito ao período 2005-2007, as projecções do cenário "prudente" afiguram-se realistas. Por conseguinte, este cenário foi considerado o cenário de referência para efeitos de apreciação das projecções orçamentais.

Na actualização, fixa-se o objectivo de um défice do sector público administrativo de 3,6% do PIB em 2004, em comparação com um défice previsto de 4,0% do PIB em 2003. Relativamente a 2005, 2006 e 2007, as projecções dos défices são, respectivamente, de 2,9%, 2,2% e 1,5% do PIB. Prevê-se que o saldo primário passe de –0,6% do PIB em 2004 para 1,6% do PIB em 2007. Em termos corrigidos das variações cíclicas e com base nos cálculos da Comissão efectuados de acordo com a metodologia acordada em comum, verifica--se uma melhoria de 0,6 pontos percentuais, passando para 3,2% do PIB em 2004. Em 2005, 2006 e 2007, os défices corrigidos das variações cíclicas elevar-se-ão, respectivamente, a 2,6%, 1,9% e 1,3%.

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10.II.2004

5906/04 (Presse 40) 5

ANEXO II PT

Com base em pressupostos macroeconómicos e orçamentais plausíveis, a trajectória de ajustamento contida no Programa parece não ser suficiente para eliminar a situação de défice excessivo em 2005. Com efeito, a realização deste objectivo encontra-se ameaçada por vários riscos: (1) a taxa de crescimento real do PIB em 2003 foi provavelmente inferior à estimada na actualização e o défice orçamental de 2003 poderá assim revelar-se superior ao previsto; (2) não está assegurada a consecução do objectivo em matéria de despesas fixado para 2004 e esta requer a plena aplicação das medidas tomadas e a sua eficácia e (3) a melhoria do saldo corrigido das variações cíclicas planeada para 2005 baseia-se em medidas que terão ainda de ser concebidas e aplicadas, em especial a reforma do sistema de assistência na doença. Dado o facto de o défice dever, de acordo com os planos, ser reduzido para um nível apenas ligeiramente inferior a 3% em 2005, a concretização de apenas um dos riscos mencionados anteriormente, não sendo compensada, comprometeria a redução do défice para um nível inferior a 3% do PIB em 2005. Nesse caso, seria necessário aplicar medidas adicionais para assegurar a correcção da situação de défice excessivo, o mais tardar, em 2005. A França deve implementar todas as medidas necessárias na linha das Conclusões do Conselho de 25 de Novembro de 2003, em especial a fim de garantir que, o mais tardar em 2005, o défice seja inferior a 3% do PIB.

Com base nos cálculos da Comissão, realizados de acordo com a metodologia acordada em comum, a orientação da política orçamental contida na actualização é insuficiente para assegurar que o objectivo a médio prazo constante do Pacto de Estabilidade e Crescimento de uma situação orçamental próxima do equilíbrio ou excedentária seja alcançada dentro do período abrangido pelo Programa. Além disso, não será alcançada antes de 2007 uma situação orçamental que proporcione uma margem de segurança suficiente para evitar no futuro a infracção do limite do défice de 3% do PIB, num quadro macroeconómico normal.

Projecta-se que o rácio da dívida só comece a baixar em 2006 e que permaneça a um nível superior ao valor de referência de 60% do Tratado ao longo de todo o período abrangido pelo Programa. A evolução do rácio da dívida pode ser menos favorável do que o projectado, tendo em conta os riscos que pesam sobre o défice mencionados anteriormente.

A França aprovou recentemente uma reforma global do sistema de pensões, que eleva o número de anos de contribuição que dão direito à pensão completa, reforçou os incentivos financeiros para que os trabalhadores permaneçam no mercado do trabalho até e após a idade legal de reforma e transferiu dos salários para os preços a base de indexação das pensões no sector público. Embora a França se encontre numa situação bastante mais favorável do que antes da aprovação da reforma para fazer face aos custos orçamentais decorrentes do envelhecimento da população, não podem ser excluídos os riscos de desequilíbrios a longo prazo. Será essencial assegurar um excedente primário adequado para garantir que as finanças públicas se encontrem numa trajectória sustentável. Tal deverá ser complementado, em especial no contexto da reforma do sistema de assistência na doença a conceber e a aplicar no decurso de 2004, com medidas destinadas a controlar a evolução das despesas.

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10.II.2004

5906/04 (Presse 40) 6

ANEXO II PT

As políticas económicas reflectidas na actualização de 2003 são parcialmente compatíveis com as recomendações contidas nas Orientações Gerais para as Políticas Económicas, em especial as que têm implicações a nível orçamental. Na verdade, apesar de os planos orçamentais para 2004 e 2005 preverem uma melhoria do saldo corrigido das variações cíclicas acima do mínimo de 0,5 pontos percentuais do PIB recomendado pelo Conselho, a melhoria acumulada do saldo corrigido das variações cíclicas em curso poderá não ser suficiente para reduzir o défice nominal para um nível inferior a 3% do PIB, inclusivamente em 2005. Além disso, a actualização de 2003 não prevê que se atinja uma situação orçamental próxima do equilíbrio ou excedentária no período abrangido pelo Programa. Por conseguinte, a França deverá garantir a continuação da consolidação orçamental após 2005, nomeadamente através de uma redução regular do défice corrigido das variações cíclicas de, pelo menos, 0,5 pontos percentuais do PIB por ano, ou superior, se for necessário para atingir a médio prazo uma posição das finanças públicas vizinha do equilíbrio ou excedentária e voltar a fazer regredir o rácio da dívida.

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10.II.2004

5906/04 (Presse 40) 7

ANEXO II PT

Irlanda – Parecer do Conselho sobre o Programa de Estabilidade actualizado para 2003-2006

O CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA,

Tendo em conta o Tratado que institui a Comunidade Europeia,

Tendo em conta o Regulamento (CE) n.º 1466/97 do Conselho, de 7 de Julho de 1997, relativo ao reforço de supervisão das situações orçamentais e à supervisão e coordenação das políticas económicas 4, nomeadamente o n.º 3 do artigo 5.º,

Tendo em conta a Recomendação da Comissão,

Após consulta do Comité Económico e Financeiro,

EMITIU O SEGUINTE PARECER:

Em 10 de Fevereiro de 2004, o Conselho examinou o Programa de Estabilidade actualizado da Irlanda, que abrange o período de 2004 a 2006. Este programa actualizado respeita em geral os requisitos em matéria de dados do "Código de Conduta" revisto sobre o conteúdo e a apresentação dos programas de estabilidade e de convergência.

A estratégia orçamental subjacente à actualização baseia-se na estabilização global do saldo orçamental, a partir de 2004, através da diminuição da taxa de aumento da despesa pública. Um melhor controlo das despesas conduz a uma redução do rácio despesas/PIB, que não será no entanto suficiente para compensar um novo declínio acentuado do rácio das receitas. Este último reflecte uma antecipação pontual para 2003 de receitas do imposto sobre as mais-valias referentes ao ano em curso, e resulta de pressupostos técnicos e da diminuição das "outras receitas" em proporção do PIB, e não de um programa de reduções dos impostos. Simultaneamente, está a ser aplicado um programa ambicioso de investimentos públicos.

Na actualização projecta-se que o crescimento real do PIB acelere a partir de um valor estimado em 2,2% em 2003, para 3,3% em 2004 e para 5%, em média, em 2005-2006. A inflação aferida pelo HIPC deverá baixar rapidamente, passando de 4% em 2003 para 2,3% em 2004, estabilizando-se a um nível de 2% a partir de então. Com base nas informações actualmente disponíveis, o cenário macroeconómico subjacente à actualização parece realista.

Na actualização aponta-se para um défice do sector público administrativo de 1,1% do PIB em 2004, contra um défice esperado de 0,1% em 2003. Em termos corrigidos das variações cíclicas e com base nos cálculos da Comissão, realizados em conformidade com a metodologia acordada comummente, e tendo em conta o impacto pontual da alteração do imposto sobre as mais-valias, verifica-se uma melhoria de 1/2 ponto percentual para atingir 0,4% do PIB. Em relação a 2005 e 2006, as projecções apontam para défices de 1,4% e 1,1% do PIB respectivamente em termos nominais e 0,8% e 0,5% do PIB, respectivamente em termos corrigidos das variações cíclicas. O rácio da dívida deverá estabilizar-se a um nível de um terço do PIB.

4 JO L 209 de 2.8.1997, p. 1.

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10.II.2004

5906/04 (Presse 40) 8

ANEXO II PT

O objectivo a médio prazo consagrado pelo Pacto de Estabilidade e Crescimento de uma situação orçamental próxima do equilíbrio ou excedentária deverá ser alcançado no final do período programático, não obstante os riscos de uma revisão no sentido da baixa das projecções orçamentais. Haverá que ter em mente vários outros factores. Em primeiro lugar, receitas fiscais superiores ao esperado em 2003 podem ter um impacto positivo no equilíbrio orçamental. Em segundo lugar, tal como nas anteriores actualizações, as projecções orçamentais para os dois últimos anos incorporam "provisões para imprevistos" que podem eventualmente não ser inteiramente dispendidas. Em terceiro lugar, a estimativa do diferencial do produto e, consequentemente, do saldo corrigido das variações cíclicas apresenta margens pouco usuais de incerteza devido às características específicas da economia irlandesa. Aliás, será de referir que os défices nominais projectados para um nível ligeiramente superior a 1% do PIB em 2005-2006 coincide com o retorno da Irlanda para uma taxa de crescimento sustentável. Por último, será de salientar que os saldos projectados reflectem em larga medida a execução de um programa intensivo de investimentos públicos, com um rácio investimentos públicos/PNB de 5% em média ao longo do período programado, contra uma média comunitária de 2,4% em 2003. A política orçamental contida no programa deve proporcionar uma margem de segurança suficiente para evitar a infracção do limite de 3% do PIB para o défice, no quadro de flutuações conjunturais normais.

Com base nas actuais políticas, a Irlanda parece estar numa trajectória sustentável, embora a longo prazo possam surgir alguns riscos devido ao envelhecimento da população. Para se procurar dar resposta a esses riscos, foram adoptadas medidas relativas à prossecução da reforma no domínio das pensões relativamente ao serviço público. Além disso, será de referir que o rácio da dívida irlandês é bastante baixo e que estão a ser acumulados activos, a uma taxa de 1% do PNB ao ano, no fundo de reserva do sistema nacional de pensões especificamente para fazer face aos custos associados ao envelhecimento. É essencial assegurar um excedente primário adequado para garantir que as finanças públicas se mantenham numa trajectória sustentável.

As políticas económicas descritas no programa actualizado são coerentes, em termos gerais, com as recomendações das Orientações Gerais para as Políticas Económicas, especificamente as que têm reflexos orçamentais. Em especial, o sistema de planificação orçamental plurianual foi alargado a todas as despesas de capital, a reforma do sistema de saúde poderá dar resposta a problemas a nível da eficiência que se têm registado e estão a realizar-se progressos a nível da execução do Plano Nacional de Desenvolvimento.

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10.II.2004

5906/04 (Presse 40) 9

ANEXO II PT

Itália – Parecer do Conselho sobre o Programa de Estabilidade actualizado para 2003-2007

O CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA,

Tendo em conta o Tratado que institui a Comunidade Europeia,

Tendo em conta o Regulamento (CE) n.º 1466/97 do Conselho, de 7 de Julho de 1997, relativo ao reforço da supervisão das situações orçamentais e à supervisão e coordenação das políticas económicas 5, nomeadamente o n.º 3 do artigo 5.º,

Tendo em conta a Recomendação da Comissão,

Após consulta do Comité Económico e Financeiro,

EMITIU O SEGUINTE PARECER:

Em 10 de Fevereiro de 2004, o Conselho examinou o Programa de Estabilidade actualizado da Itália, respeitante ao período de 2003-2007. O Programa foi apresentado em 1 Dezembro e respeita, em termos gerais, os requisitos em matéria de dados contidos no Código de Conduta revisto sobre o conteúdo e a apresentação dos programas de estabilidade e de convergência. Teriam sido úteis informações sobre as medidas adicionais previstas para a realização dos objectivos orçamentais para os anos posteriores a 2004 a fim de permitir uma apreciação rigorosa da trajectória e da composição do ajustamento, tendo especialmente em conta o compromisso de reduzir gradualmente a importância das medidas não recorrentes.

A estratégia orçamental baseia-se no aumento progressivo do saldo primário, realizando-se nos últimos anos do Programa a maior parte do ajustamento rumo a uma situação próxima do equilíbrio ou excedentária. Tendo em consideração o objectivo declarado do Governo de reduzir os impostos e as contribuições para a segurança social, a maior parte do ajustamento será efectuada do lado das despesas primárias. A obtenção prevista de elevados excedentes primários, juntamente com um volume considerável de privatizações, implica uma redução regular do rácio da dívida ao longo do período abrangido pelo Programa.

No enquadramento macroeconómico contido na actualização projecta-se uma taxa de crescimento real do PIB em aceleração, passando de um nível estimado em 0,5% em 2003 para 1,9% em 2004. No período de 2005-2007, estima-se que o crescimento se situe a um nível médio de 2,4%. Prevê-se que o crescimento do emprego (equivalente a tempo inteiro, de acordo com a definição das contabilidades nacionais) se reforce, passando de uma taxa estimada em 0,9% em 2004 para 1,1%, em termos médios, em 2005-2007. Prevê-se que a inflação aferida pelo IHPC, situada ao nível de 2,8% em 2003, diminua para 1,8% em 2004 e para 1,4% em 2007. As informações actualmente disponíveis indicam que a taxa projectada de crescimento subjacente ao programa se afigura situar-se na parte superior do actual intervalo de variação das previsões. Em termos mais particulares, a evolução do crescimento potencial a médio prazo reflecte pressupostos bastante favoráveis no que diz respeito à contribuição por parte do capital.

5 JO L 209 de 2.8.1997.

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10.II.2004

5906/04 (Presse 40) 10

ANEXO II PT

Em 2003, prevê-se um défice equivalente a 2,5% do PIB, inferior ao limite de 3% apesar das variações cíclicas adversas. Para 2004, o Governo fixou o objectivo de 2,2% do PIB para o défice do sector público administrativo; em termos corrigidos das variações cíclicas e com base nos cálculos da Comissão efectuados de acordo com a metodologia acordada em comum, estima-se uma melhoria de 0,2 pontos percentuais, passando para 1,6% do PIB. Relativamente a 2005, 2006 e 2007, as projecções apontam, respectivamente, para défices de 1,5% e 0,7% do PIB e para uma situação de equilíbrio no último ano. Em termos corrigidos segundo as variações cíclicas, as melhorias correspondentes elevam-se a cerca de meio ponto percentual do PIB em termos médios.

Atendendo aos riscos, não se afigura que a orientação orçamental contida no Programa proporcione uma margem de segurança suficiente para evitar a infracção do limite do défice de 3% do PIB, no quadro de flutuações macroeconómicas normais. Os riscos decorrem de uma subestimação das projecções de base em matéria de despesas primárias e dos riscos de deterioração face ao cenário macroeconómico mencionado anteriormente. Efectivamente, caso as condições económicas venham a ser piores do que as actualmente previstas, o limite do défice poderá ser violado já em 2004. Do mesmo modo, as medidas previstas nos últimos anos do Programa carecem ainda de ser definidas, como nomeadamente a substituição das medidas não recorrentes adoptadas em 2004. Por estas mesmas razões, a orientação da política orçamental contida na actualização poderá ser insuficiente para assegurar a realização no período abrangido pelo Programa do objectivo de médio prazo constante do Pacto de Estabilidade e Crescimento de uma situação orçamental próxima do equilíbrio ou excedentária.

Projecta-se que o rácio da dívida, que em 2003 baixou mais do que o suposto no Programa, diminua ao longo do período por ele abrangido, passando de 106% do PIB em 2003 para 98,6% em 2007. Tal evolução é menos ambiciosa do que previsto na actualização anterior. A evolução do rácio da dívida poderá revelar-se menos favorável do que a projectada, dados os já mencionados riscos que pesam sobre os resultados ao nível do défice, bem como sobre o nível das receitas esperado do programa de privatizações. Verifica-se preocupação acerca do ritmo de reduções da dívida, pelo que as entidades competentes italianas deverão aproveitar todas as oportunidades para o acelerar.

Com base nas actuais políticas, não podem ser excluídos os riscos de virem a surgir no futuro desequilíbrios orçamentais devido ao envelhecimento da população. É essencial assegurar um excedente primário adequado, para que a redução da dívida possa assegurar uma contribuição considerável para fazer face aos custos decorrentes do envelhecimento da população. Tal deveria ser complementado por medidas destinadas a aumentar as taxas de emprego, em especial dos trabalhadores mais idosos e das mulheres, e a controlar a evolução das despesas relacionadas com o envelhecimento da população. Os planos destinados à reforma do sistema de pensões, anunciados no final de 2003, caso sejam aplicados efectivamente, trarão um substancial contributo para a realização destes objectivos. Não seria coerente com o prosseguimento de uma estratégia fiscal orientada para a sustentabilidade proceder a qualquer novo adiamento da execução da legislação projectada em matéria de reforma do sistema de pensões.

As políticas económicas, tal como reflectidas no Programa actualizado, são coerentes, em parte, com as recomendações constantes das Orientações Gerais para as Políticas Económicas, mais especificamente com as que têm implicações a nível orçamental, inclusivamente com o pedido de acréscimo anual da posição da rubrica orçamental corrigida em função das variações cíclicas em pelo menos 0,5% do PIB, conforme calculado segundo a metodologia adoptada de comum acordo. Persistem riscos acerca da substituição prevista das medidas não recorrentes, da introdução de reduções estruturais de despesas e do ritmo de redução do rácio da dívida. Por último, uma atempada entrada em aplicação da legislação projectada pelo Governo para a reforma do sistema de pensões será essencial para conter o aumento projectado do rácio das despesas com pensões relativamente ao PIB nos próximos vinte anos.

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10.II.2004

5906/04 (Presse 40) 11

ANEXO II PT

Luxemburgo – Parecer do Conselho sobre o Programa de Estabilidade actualizado para 2002--2006

O CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA,

Tendo em conta o Tratado que institui a Comunidade Europeia,

Tendo em conta o Regulamento (CE) n.º 1466/97 do Conselho, de 7 de Julho de 1997, relativo ao reforço de supervisão das situações orçamentais e à supervisão e coordenação das políticas económicas 6, nomeadamente o n.º 3 do artigo 5.º,

Tendo em conta a Recomendação da Comissão, após consulta ao Comité Económico e Financeiro,

EMITIU O SEGUINTE PARECER:

O Conselho examinou, em 10 de Fevereiro de 2004, o Programa de Estabilidade actualizado do Luxemburgo, que abrange o período de 2002 a 2006. Este programa actualizado respeita os requisitos em termos de dados do Código de Conduta revisto sobre o conteúdo e apresentação dos programas de estabilidade e de convergência.

A estratégia orçamental subjacente à actualização baseia-se na manutenção do equilíbrio das finanças públicas a médio prazo. Embora o Governo não tencione reduzir drasticamente as despesas públicas no presente período de fraco crescimento económico, foram tomadas medidas para limitar a taxa de crescimento dessas despesas.

Na actualização projecta-se um crescimento real do PIB de 1,2% em 2003, contra 1,3% em 2002. O crescimento deverá acelerar para 2% em 2004, para vir a crescer para 3,8% em 2006. O crescimento do emprego deverá desacelerar para cerca de 1% em 2004 e aumentará a um ritmo ligeiramente superior a 2% em 2006. A inflação aferida pelo IHPC deverá baixar gradualmente, para atingir cerca de 1,3% em 2006. Com base nas informações actualmente disponíveis, o cenário macroeconómico subjacente ao programa afigura-se realista para 2004 e 2005. No entanto, as projecções em matéria de crescimento para 2006 poderão tender para o optimismo.

Na actualização o objectivo para o défice do sector público administrativo foi fixado em 1,5% do PIB em 2004, o que representa uma deterioração acentuada face aos 0,6% do PIB previstos para 2003. Esta deterioração reflecte em larga medida o impacto diferido da desaceleração da actividade económica das finanças públicas. Em termos corrigidos das variações cíclicas e com base nos cálculos da Comissão de acordo com a metodologia acordada em comum, verificar-se-á um excedente estável. Em 2005, o défice poderá crescer para 2,3% do PIB, voltando a baixar para 1,5% do PIB em 2006. Em termos corrigidos das variações cíclicas, manter-se-ia uma situação excedentária. De acordo com as previsões, o rácio da dívida registará uma ligeira redução ao longo do horizonte coberto pela actualização, passando de 5,2% do PIB em 2004 para 4,4% do PIB em 2006.

6 JO L 209 de 2.8.1997

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10.II.2004

5906/04 (Presse 40) 12

ANEXO II PT

Se se puserem em confronto os riscos que afectam as projecções orçamentais, estes parecem tender para uma revisão no sentido da baixa. Este aspecto diz em especial respeito ao vigor da retoma conjuntural prevista e à viabilidade da desaceleração programada das despesas na projecção da base de actualização. Em circunstâncias económicas adversas, o limiar de 3% do PIB pode ser infringido, nomeadamente em 2005. Por outro lado, as alterações do saldo corrigido das variações cíclicas indiciam que a manutenção de uma situação orçamental próxima do equilíbrio pode estar estabelecida de forma suficientemente sólida no programa.

No entanto, a estimativa do diferencial de produto e, por conseguinte, do saldo corrigido das variações cíclicas apresenta margens pouco usuais de incerteza, devido às características específicas da economia do Luxemburgo. Em especial, as actuais estimativas da taxa de crescimento potencial a médio prazo poderão situar-se no limite superior dos resultados plausíveis. Embora o ponto de partida das finanças públicas seja muito sólido, poder-se-á apelar a uma certa contenção das despesas, a fim de assegurar que as despesas públicas se mantenham compatíveis com a base das receitas a médio prazo. Além disso, será de referir que o rácio de investimento público/PIB deverá baixar ligeiramente ao longo do período coberto pelas projecções, muito embora se mantenha claramente acima da média comunitária, com um nível superior a 4% do PIB. O Luxemburgo não incorre em qualquer risco de as suas finanças públicas se tornarem insustentáveis a longo prazo. O rácio dívida/PIB manter-se-á a um nível muito baixo ao longo do período da projecção e a situação líquida dos activos é ainda mais favorável tendo em conta o elevado volume de activos financeiros acumulado nos últimos anos em que se registaram excedentes orçamentais.

As políticas económicas reflectidas na actualização do programa são, em termos gerais, compatíveis com as recomendações das Orientações Gerais para as Políticas Económicas, em especial com as que têm implicações orçamentais.

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10.II.2004

5906/04 (Presse 40) 13

ANEXO II PT

Países Baixos – Parecer do Conselho sobre o Programa de Estabilidade actualizado para 2001--2007

O CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA,

Tendo em conta o Tratado que institui a Comunidade Europeia,

Tendo em conta o Regulamento (CE) n.º 1466/97 do Conselho, de 7 de Julho de 1997, relativo ao reforço da supervisão das situações orçamentais e à supervisão e coordenação das políticas económicas 7, nomeadamente o n.º 3 do artigo 5.º,

Tendo em conta a recomendação da Comissão, após consulta do Comité Económico e Financeiro,

EMITIU O SEGUINTE PARECER:

Em 10 de Fevereiro de 2004, o Conselho examinou o Programa de Estabilidade actualizado dos Países Baixos, referente ao período de 2001 a 2007. O programa actualizado respeita os requisitos em termos de dados do Código de Conduta revisto sobre o conteúdo e apresentação dos programas de estabilidade e convergência.

A estratégia orçamental subjacente da actualização baseia-se na manutenção das despesas reais dentro de determinados limites máximos ao longo do período 2004-2007, sendo prosseguidas em simultâneo poupanças significativas. As medidas estão concentradas em 2004 e 2005 e, em larga medida, consistem em cortes nas despesas. No quadro desta estratégia, os resultados excepcionais a nível das despesas deixam de poder ser utilizados para aumentos automáticos da despesa pública. Os estabilizadores automáticos que actuam no lado das receitas orçamentais devem poder funcionar tão livremente quanto possível, excepto no caso de um aumento do défice que infrinja o Pacto de Estabilidade e Crescimento, que deverá ser combatido mediante medidas adicionais de poupança. Na actualização projecta-se uma taxa de crescimento real do PIB de 0% em 2003, contra 0,2% em 2002. Em 2004 espera-se que o crescimento acelere para 1%, devendo situar-se em média em 2½% em 2005-2007. Espera-se que o crescimento do emprego seja de –½% em 2004 e que em 2005-2007 registe um crescimento ligeiramente superior a 1%, em média. A inflação aferida pelo HICP deve manter-se estável a um nível 1½% em 2004-2007. As informações actualmente disponíveis indicam que a evolução macroeconómica em 2003 é menos favorável do que se esperava quando da apresentação do programa, e muito em consonância com as Previsões de Outono de 2003 da Comissão. Notaram-se alguns riscos de revisão no sentido da baixa das projecções neerlandesas para 2004.

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ANEXO II PT

O programa prevê um pacote substancial de poupanças líquidas, que abrangem o período de 2004-2007. Todavia, tendo em conta a acentuada desaceleração da actividade económica, prevê-se que o défice real venha a agravar-se, apesar da importância das medidas tomadas. No programa fixa-se como objectivo um défice do sector público administrativo de 2,3% do PIB em 2004, défice idêntico ao de 2003, apesar das medidas substanciais destinadas a limitar o seu aumento, em consonância com as recomendações do Conselho sobre o anterior Programa de Estabilidade actualizado. As medidas de consolidação total no período de 2003-2007 ascendem a cerca de 3% do PIB em 2007. Graças a este substancial pacote, espera-se que o défice nominal desça para 1,6, 0,9 e 0,6% do PIB em 2005, 2006 e 2007, respectivamente. Em termos corrigidos das variações cíclicas e com base nos cálculos da Comissão nos termos da metodologia acordada em comum, a actualização engloba uma melhoria de cerca de 0,8 pontos percentuais em 2003 e fixa como objectivo uma melhoria de 0,6 pontos percentuais em 2004, devendo, por consequência, o défice situar-se em 0,7% do PIB em 2004. O défice corrigido das variações cíclicas deverá registar nova descida para 0,5% do PIB ou para um valor ligeiramente inferior em cada um dos anos de 2005 a 2007.

Na actualização prevê-se que o rácio da dívida suba ligeiramente para 54,5% do PIB, em 2004, antes de baixar para cerca de 52% em 2007.

No entanto, com base nas informações actualmente disponíveis, as projecções para o saldo orçamental real afiguram-se menos favoráveis do que quando o programa foi apresentado, se forem tidas em conta as previsões do Outono dos serviços da Comissão. Em relação a 2003, tal facto é confirmado pela divulgação da estimativa preliminar de um défice de 2,7% do PIB para 2003, por parte do Ministério das Finanças, em 14 de Janeiro de 2004. Em virtude de o ponto de partida ser mais desfavorável, parece igualmente provável em 2004 e, eventualmente, nos anos seguintes um défice nominal mais elevado do que o previsto no programa. Além disso, em circunstâncias económicas mais adversas, o limiar de 3% do PIB pode ser ultrapassado. A este respeito, há no entanto a notar que, segundo as regras orçamentais fixadas no Acordo de Coligação, serão tomadas medidas se o défice real se aproximar dos 3% do PIB. Não obstante os riscos de revisão no sentido da baixa que pesam sobre as projecções orçamentais nominais, as previsões do Outono da Comissão sugerem que a melhoria do défice corrigido das variações cíclicas prevista, fazendo com que se chegue a uma situação próxima do equilíbrio a partir de 2005, poderá ser alcançada. Por conseguinte o programa deverá permitir alcançar a médio prazo uma situação próxima do equilíbrio. Por último, regista-se que o programa neerlandês mantém um nível elevado do investimento público de cerca de 3,3% do PIB ao longo de todo o período do programa.

Relativamente ao período até 2005, a actualização aponta para um rácio de dívida ligeiramente inferior ao das previsões do Outono da Comissão. O facto de se chegar a uma posição próxima do equilíbrio reflecte também o firme empenho do Governo neerlandês de realizar a sustentabilidade a longo prazo das finanças públicas através da redução do rácio da dívida. Em conformidade com os cálculos da Comissão, o risco de virem a surgir no futuro desequilíbrios orçamentais não pode ser excluído, uma vez que começa a ser sentido o impacto do envelhecimento da população. O empenho do Governo neerlandês em assegurar uma melhoria adequada dos excedentes primários, antes de os efeitos do envelhecimento atingirem o seu pico, em conjunto com as medidas necessárias para conter um aumento a longo prazo das despesas, é essencial para assegurar a manutenção das finanças públicas numa trajectória sustentável.

As políticas económicas reflectidas no programa actualizado são, em termos gerais, compatíveis com as recomendações contidas nas Orientações Gerais para as Políticas Económicas, especificamente as orientações com um impacto orçamental. Tal diz em especial respeito ao andamento do processo de consolidação orçamental, destinado a alcançar e a manter uma situação orçamental próxima do equilíbrio a médio prazo. Para este efeito, tem sido crucial a fixação de limites para as despesas em termos reais.

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ANEXO II PT

Reino Unido – Parecer do Conselho sobre o Programa de Convergência actualizado para 2002-

-03 a 2008-09

O CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA,

Tendo em conta o Tratado que institui a Comunidade Europeia,

Tendo em conta o Regulamento (CE) n.º 1466/97 do Conselho, de 7 de Julho de 1997, relativo ao reforço da supervisão das situações orçamentais e à supervisão e coordenação das políticas económicas 8, nomeadamente o n.º 3 do artigo 9.º,

Tendo em conta a recomendação da Comissão,

Após consulta do Comité Económico e Financeiro,

EMITIU O SEGUINTE PARECER:

Em 10 de Fevereiro de 2004, o Conselho examinou o Programa de Convergência actualizado do Reino Unido, respeitante aos exercícios orçamentais que vão de 2002-03 a 2008-09. O Programa actualizado respeita, em termos gerais, os requisitos em matéria de dados contidos no Código de Conduta revisto sobre o conteúdo e a apresentação dos programas de estabilidade e de convergência.

A estratégia orçamental subjacente à actualização continua a centrar-se na manutenção de finanças públicas sustentáveis, como parte de uma estratégia integrada que visa assegurar um nível elevado e estável de crescimento económico. Nas projecções contidas na actualização prevê-se um aumento, ao longo do período abrangido pelo Programa, dos rácios receitas/PIB e despesas/PIB juntamente com um ligeiro aumento do rácio dívida/PIB, actualmente bastante reduzido. Está a ser aplicado um programa significativo de investimentos públicos.

Neste Programa estabelece-se uma distinção entre as suas projecções macroeconómicas centrais e as taxas de crescimento do PIB utilizadas para efeitos das projecções a nível das finanças públicas. Por uma questão de prudência, estas últimas foram fixadas a um nível anual inferior em um quarto de ponto percentual. Nas projecções centrais contidas na actualização estabelece-se uma taxa de crescimento real do PIB em aceleração, passando de um nível estimado em 2% em 2003 para 3% a 3½% em 2004 e 2005. Em 2006, o último exercício relativamente ao qual se disponibilizam projecções macroeconómicas pormenorizadas, o crescimento diminui para o seu nível tendencial de 2½ a 3% e prevê-se que seja eliminado o diferencial do produto negativo verificado actualmente. Estima-se que o crescimento tendencial do emprego se situe a um nível de 0,2% ao ano. A inflação aferida pelo IHPC deverá aumentar gradualmente de 1½% em 2003 para 2% em 2006, o nível redefinido recentemente para a inflação. O cenário macroeconómico central está próximo da avaliação da Comissão e estão ainda mais próximas as taxas de crescimento ligeiramente inferiores utilizadas para efeitos de projecções relativas às finanças públicas contidas na actualização. No entanto, as taxas de crescimento a curto prazo, projectadas na actualização, são ainda ligeiramente superiores às previstas pela Comissão.

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ANEXO II PT

Na actualização projecta-se um défice do sector público administrativo de 2,6% do PIB em 2004-05, em comparação com um défice previsto de 3,3% em 2003-04. Relativamente a 2005-06, 2006-07, 2007-08 e 2008-09, projecta-se que os défices sejam, respectivamente, de 2,4%, 2,1%, 2,0% e 1,8% do PIB. Em termos corrigidos das variações cíclicas, projecta-se na actualização uma melhoria do défice entre 2003-04 e 2004-05 de 0,4 pontos percentuais, passando para 2,0% do PIB. Nos anos subsequentes, os défices devem elevar-se a 2,2%, 2,1%, 2,0% e 1,8% do PIB. Os cálculos da Comissão para as alterações corrigidas das variações cíclicas, de acordo com a metodologia acordada em comum, são análogos. Projecta--se que o rácio da dívida bruta aumente gradualmente, passando de 37,9% do PIB em 2002-03 para se estabilizar a um nível de 41,5% em 2008-09.

Prevê-se que a orientação da política orçamental contida no Programa conduza a um excesso do valor de referência de 3% do PIB no exercício orçamental de 2003-04. Caso tal se confirme, esse facto poderá constituir um défice excessivo. Numa perspectiva futura, as projecções incluem um forte aumento do rácio receitas/PIB. Apesar da redução prevista do défice corrigido das variações cíclicas, para 1,8% em 2008-2009, não se afigura que, em qualquer um dos anos do período abrangido pela actualização, esteja assegurada uma margem de segurança suficiente, de acordo com os cálculos da Comissão, para evitar um excesso do valor de referência de 3% do PIB, no quadro de flutuações macroeconómicas normais. De acordo com as projecções orçamentais contidas na actualização, o objectivo a médio prazo de uma situação orçamental próxima do equilíbrio ou excedentária consagrado no Pacto de Estabilidade e Crescimento não será realizado durante o período abrangido pelo Programa. No entanto, deve também salientar-se que os saldos projectados reflectem, numa medida significativa, a aplicação de um intenso programa de investimento público, o que conduzirá o rácio investimento líquido do sector público administrativo/PIB de 1,1% em 2002-03 para 2,2% em 2005-06, enquanto a média da UE se situou em 1,5% em 2002. Além disso, o rácio dívida bruta/PIB encontra-se a um nível claramente inferior a 60% do PIB ao longo do período abrangido pelo Programa. As próprias autoridades do Reino Unido estão empenhadas em manter a dívida líquida abaixo dos 40% do PIB.

A sustentabilidade a longo prazo das finanças públicas é acompanhada numa base constante e constitui um parâmetro fundamental da política orçamental do Reino Unido. A manutenção a médio prazo de uma situação orçamental prudente contribuirá para evitar o risco de desequilíbrios orçamentais crescentes no contexto do envelhecimento da população. Com base nas políticas actuais, o Reino Unido parece estar numa trajectória sustentável, mas a longo prazo poderão surgir certos riscos devido ao envelhecimento da população. Com efeito, os indicadores quantitativos estimados pela Comissão apontam para uma tendência ascendente do rácio/PIB a longo prazo. Um outro elemento que deve ser tido em conta é o facto de uma parte considerável da sustentabilidade financeira do sistema de pensões depender dos resultados obtidos pelos prestadores privados de planos de pensões, em especial, caso estes assegurem uma cobertura ou um nível de pensões significativamente inferior ao previsto. Todavia, o reduzido volume da dívida e o nível relativamente reduzido da tributação asseguram uma certa margem de manobra.

Nas Orientações Gerais para as Políticas Económicas de 2003, recomendou-se às autoridades do Reino Unido que "se assegurem de que os serviços públicos associados aos aumentos das despesas públicas anunciados (incluindo investimentos em infra-estruturas de transportes) sejam prestados de forma eficiente e com uma boa relação custos-benefícios". As políticas económicas reflectidas no Programa actualizado são, em termos gerais, coerentes com as recomendações contidas nas Orientações Gerais para as Políticas Económicas, em especial as que têm implicações orçamentais.