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ASSOCIAÇÃO GUIAS DE PORTUGAL 2012 | 10ª SÉRIE | 1,50“A GUIA é ECONóMICA, AMIGA DO ARRANJO E DA ORDEM E RESPEITADORA DO BEM ALHEIO” (9º artigo da Lei da Guia)

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ASSOCIAÇÃO GUIAS DE PORTUGAL2012 | 10ª SÉRIE | 1,50€

“A GuiA é económicA, AmiGA do ArrAnjo e dA ordem e respeitAdorA

do bem Alheio” (9º artigo da Lei da Guia)

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SALDOPOSITIVO

A crise a as crianças

A crise no campo e a crise na cidade

Compro o que é nosso

11 dicas para a tua Companhia não sentir tanto a crise

Preparar os jovens para um futuro melhor

Felicidade em tempos de crise

O lado + da crise

As Guias ensinam-me a poupar!

Vamos comprar produtos nacionais

Campanha de recolha de roupa

VIDA DA ASSOCIAÇÃOAcampamento de Verão:

“À descoberta do manifesto das artes”

Porque gosto das Guias

ALVORADA

InTERnACIOnAL“Clean up the World”

Dia Mundial do Pensamento 2012

Lançamento da Campanha “Stop the Violence”

34ª Conferência Mundial da WAGGGS

Sabias que

Acampamento na Dinamarca

03

04

11 20

FICHA TÉCnICA

Proprietário: Associação Guias de Portugal

Conceção Gráfica: White_Brand Services

Impressão e acabamento: Lisgráfica Tiragem:

5500 exemplares

Depósito Legal nº239055/06

NESTE JORNAL

“Proporcionar às raparigas e jovens mulheres a oportunidade de desenvolverem plenamente o seu potencial como cidadãs universais responsáveis”

Loja social

Magusto familiar

Técnica de animação guidista: Formação em Braga

Projeto “Limpar Odivelas”

Semana da Juventude no Funchal

Avezinhas amigas dos animais!

Rosa Vermelha Casa de Lencastre

Aldeia SOS da Guarda recebe visita das Guias

HI GOD

Testemunho de uma mãe de 3 Guias

Arraial da 1ª Companhia de Odivelas

Ajuda de Mãe agradece...

Parabéns à região de Viana do Castelo

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ALVORADA

10ª série 2012 03

ALVORADA

“A Guia é económica, amiga do arranjo e da ordem e respeitadora do bem alheio” (9º artigo da Lei da Guia)

Tal como sempre aconteceu ao longo dos tempos, também nos dias de hoje se impõe que façamos opções inteligentes de utilização dos nossos recursos, e o Guidismo, enquanto escola de cidadania ativa, promove esta consciência através da sua missão e método pedagógico.

A Promessa que cada Guia faz em cumprir os seus deveres para com a Pátria; os cargos de Patrulha – em particular a Tesoureira que está encarregue de gerir de forma responsável o dinheiro da Patrulha; as ações de sensibilização junto da comunidade ou o acampamento que se transforma num lar usando apenas os recursos da Natureza, são exemplos desta forma de estar que a Associação Guias de Portugal desenvolve há 85 anos.

No Guidismo reconhecemos o esforço que colocamos no nosso trabalho para conseguirmos o que precisamos, aprendendo a valorizar o que nos rodeia. e ao assumirmos esta forma de estar nas Guias, também em casa devemos agir da mesma maneira. se soubermos escolher soluções simples, podemos utilizar os nossos recursos para o que é realmente importante. Vamos então tomar decisões responsáveis em todas as dimensões que nos rodeiam, como a escola, o emprego ou em casa. esta atitude irá certamente ajudar o nosso país a preparar um futuro risonho para as futuras (e atuais) gerações.

BOA CAçA!

COMissÃO eXeCUTiVA

Presidente: inês DominguesComissária Nacional: Mafalda GonçalvesC. Financeira: Ana Luísa FernandesC. Financeira Adjunta: Mafalda AlmeidaC. Publicações: Cristina NunesC. N. Ramo Avezinha: Cecília OliveiraC. N. Ramo Aventura: Joana QueirozC. N. Ramo Caravela: Maria CochichoC. N. Ramo Moinho: Catarina rebeloC. Internacional: sara NobreC. Internacional Adjunta: sara MarquesC. N. Expansão: Joana Alves

Comissárias FinanceirasANA LUísA FerNANDes e MAFALDA ALMeiDA

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SALDO POSITIVO

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SALDO POSITIVO

Não é novidade para ninguém que atravessamos tempos de crise e que qualquer crise económica, financeira ou social afeta, em primeiro lugar, as populações mais vulneráveis. Nestas, incluem-se as crianças, em especial as que pertencem a meios desfavorecidos ou que têm alguma forma de deficiência ou handicap.

Convém, no entanto, ter presente três fatos: um, é que sempre houve, ao longo da História, períodos de crise. Portugal, durante a ii Grande Guerra, por exemplo, apesar de não ter estado diretamente envolvido no conflito, passou tempos muito difíceis, com racionamentos de leite e de pão, e com todo o tipo de restrições ao bem-estar. segundo fato: a atual crise “apanha” a população portuguesa num estádio de desenvolvimento muito bom, com capacidade, portanto, de lhe fazer face. Mesmo com a redução do poder de compra ou de algumas benesses, e perspetivando-se um certo grau de empobrecimento geral, iremos na pior das hipóteses ficar muito acima do nível de vida da esmagadora maioria da população mundial. Terceiro

A Crise e As CriANçAsfato: as crises servem também para reflexão, definição de novos paradigmas, para mudança e crescimento, e para nos libertarmos de erros e falhas passadas, de modo a que, pelo menos estes, não se voltem a repetir.

estou assim em crer que a atual crise pode ser uma excelente oportunidade para as famílias repensarem as suas prioridades, designadamente os seus hábitos de consumo e, também, para evitar uma coisa terrível: o desperdício. Por outro lado, pode servir para ensinar as crianças a distinguir entre o que é essencial e o que é acessório: por exemplo, uma ida a um parque colher folhas secas, fazer colagens ou apanhar pedras e pintar, ou ir a uma praia apanhar conchas, podem ser atividades de ‘custo zero’ que dão prazer e conhecimento, entretenimento e gozo e que não se compram. Ou seja, têm um grande valor mas um pequeno preço.

Com exceção para as famílias em situações limite, que poderão vir a passar por dificuldades extremas e carências em bens essenciais, a crise pode ser uma forma para

refletir sobre o que se gasta em consumos desnecessários e permitir às crianças valorizar o que têm e perceber que não são mais felizes por terem mais roupa ou brinquedos.

Vale também a pena explicar aos nossos filhos que a crise resulta em parte da ganância do “quero tudo, já!”, que atingiu muitas pessoas, levando-as a pensar que eram deuses a quem tudo era devido, e que desembocou numa escalada de consumo de bens apenas para ostentar um determinado estilo de vida ou mero show-off.

Também será uma boa oportunidade (dependendo da idade, claro) para explicar, com verdade mas sem entrar em pormenores ou áreas que as crianças não compreendam, as causas e as consequências da crise e explicar a interdependência dos vários fenómenos sociais e políticos.

Mas se, por um lado, é importante que as crianças percebam que os pais têm menos poder de compra, por outro, também devem sentir que isso não vai afetar o seu bem-estar ou as suas necessidades básicas.

O impacto psicológico da crise será maior se os pais se lamuriarem e vitimizarem perante as crianças - estas têm de sentir que têm pais que conduzem o barco e que os protegem e promovem segurança.

Encaremos a crise com lucidez, esperança e vontade de a vencer. O derrotismo, a desilusão e o pessimismo só servirão para aumentar a nossa infelicidade. Para isso já basta a própria crise…

Mário CordeiroPrOFessOr De PeDiATriA

A Crise NO CAMPO e A Crise NA CiDADeCrise... Cinco letras iguais no campo e na cidade, mas que têm significados distintos conforme a boca de onde saem.

Uma vez na boca de um citadino, crise pode ser, de acordo com o Dicionário da Língua Portuguesa, um momento perigoso ou decisivo de um negócio; uma perturbação que altera o curso ordinário das coisas ou até mesmo a situação de um governo que encontra dificuldades muito graves em se manter no poder. No entanto, quando saída de uma boca rural, crise não é mais do que “chegar ao final do mês com dificulda-

des em pôr pão na mesa”; “pedir fiado na farmácia porque a reforma não chega para pagar tudo” ou “isso é culpa daqueles lá do Governo”.

será que a crise afeta mais o meio rural ou o citadino? O citadino é mais marcado por esta perturbação, especialmente a classe média, uma vez que os estilos de vida consumistas elevam a fasquia daquilo que é considerado básico. No meio urbano a população tem mais dificuldades em gerir o orçamento familiar, pois a privatização de serviços, tais como a educação e as

taxas de uma multiplicidade de serviços e encargos, encarece o modo de vida. Contrariamente ao meio rural, no qual se trabalha na agricultura e pecuária (e com isto todos têm algo a dar em troca) e as relações de proximidade facilitam, harmo-nizam e combatem a crise sob um olhar mais passivo e resignado.

é BOM ViVer A Crise, NO CAMPO!!!

Patrulha LiraFrOTA DA 1ª COMPANHiA De GUiAs De MONCHiQUe

reGiÃO De FArO

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SALDO POSITIVO

10ª série 2012 05

Associação Empresarial de Portugal

A AEP - Associação Empresarial de Portugal lançou, no final de 2006, um programa de sensibilização para o consumo de produtos e marcas nacionais com a assinatura “COMPRO o que é nosso”. O objectivo desta iniciativa foi criar um novo estado de espírito na sociedade portuguesa, valorizando a produção nacional, a criatividade, o empreendorismo, o trabalho, o esforço e a determinação. elevando a auto-estima de empresários e trabalhadores mobilizando-os para produzirem melhor e acreditarem que podem vencer o desafio da globalização.

Ao longo destes cinco anos, no âmbito desta iniciativa, a AEP desenvolveu múltiplas ações de relações públicas, marketing e publicidade, para a imagem de um Portugal moderno, inovador e orientado para o mercado interno e externo.

A mensagem de que escolher produtos portugueses é ficar sempre a ganhar tem chegado a todos e contribuído, decisivamente, para alterar a perceção e relação que os portugueses têm com as marcas nacionais.

Todos os anos, os portugueses têm vindo a valorizar, cada vez mais, a oferta do que é nacional e a dar importância e valor ao tecido empresarial português, reconhecendo as suas mais-valias na manutenção e criação de emprego e, sobretudo, na criação de riqueza.

Atualmente, o programa reúne 806 empresas que representam cerca de 2.500 marcas e um volume de negócios agregado de 14,5 mil milhões de euros, sendo o objetivo da AeP atingir as 1.000 empresas, num total de 3.000 marcas, em 2012.

De salientar que a Assembleia da república instituiu este ano o Dia da Produção Nacional (26 de abril) e o Presidente da república tem vindo a apelar regularmente à compra de produtos portugueses.

A marca “COMPrO o que é nosso” é um testemunho de convicção, dado na primeira pessoa, inspirado num logótipo que reflete cinco mensagens:

> valores patrióticos identificados pelas cores da bandeira nacional;

> letra P, normalmente presente em todas as aplicações em que é necessário abreviar o nome Portugal;

> forma de gota como símbolo de unidade que representa o pequeno esforço “gota a gota” necessário à recuperação plena da economia nacional;

> testemunho, na primeira pessoa, que evidencia a confiança de cada um de nós na compra de produtos produzidos em Portugal;

> ”Made in Portugal” reconhecido internacionalmente como marca de prestígio.

1 Fazer atividades económicas.

2 reutilizar material de antigas atividades.

3 Comprar legumes/frutas da época para atividades, pois são mais baratos.

4 Comprar produtos de marca branca para atividades.

5 Fazer refeições frias para não gastar gás em acantonamentos.

6 Guardar alimentos que não se estragam de anteriores atividades para utilizar nas próximas.

7 Levar 1 alimento para ajudar nas refeições dos acampamentos/acantonamentos.

8 Pedir patrocínios para acampamentos/acantonamentos, bem como outras atividades.

9 Vender bolos/artigos feitos pelas Guias.

10 Trazer 1€ em cada reunião para ajudar a pagar o seguro.

11 Partilha de transporte entre dirigentes.

11 DiCAs PArA A TUA COMPANHiA NÃO seNTir TANTO A Crise

“COMPrO O QUe é NOssO”

1ªCompanhia de BairroreGiÃO De BrAGA

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SALDO POSITIVO

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PrePArAr Os JOVeNs PArA UM FUTUrO MeLHOr

Rita SeabraGesTOrA DO PrOGrAMA FiNiCiAiNsTiTUTO De APOiO às PMe e à iNOVAçÃO

O desemprego é um flagelo entre os jovens e custa à União Europeia dois mil milhões de euros por semana. Em Portugal, em maio, tinha sido ultrapassada a barreira dos 28%. É lícito perguntar, neste contexto, o que é que estamos a fazer para preparar os nossos jovens para um futuro melhor?

A resposta a esta pergunta só pode ser sim. Temos que fazer mais e melhor para que quem está na escola, hoje, possa sair preparado para tomar nas mãos o seu destino, criar o seu emprego e dar emprego a outros. e é preciso perceber com clareza que este não é um papel das escolas, de instituições ligadas à juventude, dos pais e das famílias ou dos próprios jovens, isoladamente. esta é uma obrigação de todos, e todos têm um papel ativo neste processo de preparação do jovem para a vida ativa.

O que é ser empreendedor?

é comum dizer-se que ser empresário não é para todos, e nada é mais verdade.Criar uma empresa requer vontade, gosto pelo risco, dedicação, atenção ao mundo à volta, persistência e mais um conjunto de predicados que verdadeiramente fazem com que criar um negócio não esteja ao alcance de qualquer um. Mas muitas destas qualidades também se aprendem, logo, nascer assim é ótimo, mas importante é querer e trabalhar para lá chegar.

Ser empreendedor não é só criar o seu negócio.

Um empreendedor é seguro de si, gosta de tomar as suas próprias decisões e de fazer acontecer. é ambicioso, adapta-se bem a novas atividades e a novas situações, é persistente nos seus propósitos e resistente na adversidade, tem facilidade relacional e é hábil na capacidade de fazer os outros acreditarem em si. Finalmente, é responsável e organizado, atento a tudo o que lhe possa ser útil no mundo que o rodeia, e não tem medo de correr alguns

riscos. Mas estuda bem a lição para os minimizar. estas são características de empresário. Mas, se tivesse a sua empresa, não procuraria quadros com este perfil?Por isso, “fazer” um jovem empreendedor é dar-lhe ferramentas para ele vir a ter um futuro melhor.

O empreendedor e o ciclo empreendedor

Os negócios começam e acabam no mercado. O empreendedor deteta um problema que pode ser uma oportunidade e evolui para um conceito de negócio ao qual associa um modelo que tem por base a venda de um produto ou de um serviço. seleciona uma equipa em que, preferencialmente, cada elemento tem competências distintas e complementares, elabora o plano de negócio, procura financiamento e monta a empresa. se olharmos com atenção para este ciclo, percebemos que ele não se aplica só ao mundo empresarial. Todos os dias nos deparamos com pequenos problemas que são partilhados por outros. e podemos escolher queixarmo-nos ou tentar resolvê-los. Falta um equipamento ou uma atividade na nossa escola? Queríamos arranjar um espaço na nossa casa ou no nosso bairro? Gostaríamos de ter acesso a uma facilidade na nossa aldeia, vila ou cidade? Como é que podemos contribuir para resolver este problema? Quem pode ajudar-nos? Precisamos de dinheiro para o fazer? Onde vamos encontrá-lo? sabemos fazer muito bem uma coisa de que os outros precisam e pela qual estão dispostos a pagar?

Todos temos à nossa volta oportunidades para sermos empreendedores. Todos podemos ser mais empreendedores, melhorarmos o que nos rodeia, ou pelo menos esforçarmo-nos por isso. se o fizermos, estamos a aprender a ser empreendedores. e isso pode fazer toda a diferença no futuro.

Temos que fazer

mais e melhor para

que quem está na

escola, hoje, possa

sair preparado para

tomar nas mãos o seu

destino, criar o seu

emprego e dar emprego

a outros.

Rita Seabra

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SALDO POSITIVO

10ª série 2012 07

Será o bem-estar

o fim último do

desenvolvimento

social e/ou uma

prioridade?

FeLiCiDADe eM TeMPOs De CriseNuma era de mudança e crise sócio-económica, o bem-estar e felicidade são cada vez mais equacionados. será o bem-estar o fim último do desenvolvimento social e/ou uma prioridade? Todos os dias especialistas das mais diversas áreas nos convidam a olhar para uma realidade nacional e internacional em que as dificuldades vividas pelas famílias estão bem presentes. Desemprego, pobreza, doença, corrupção, guerra. Tudo indica que a incerteza aumenta a cada dia, a par de um sentimento de injustiça social e descrença face ao futuro. Crise. Faz sentido falar de FeLiCiDADe? Como poderemos individual e coletivamente, agir em prol de uma sociedade mais inclusiva e positiva? se uma situação de crise nos coloca vulneráveis e, em muitos casos, a viver desilusões e muitas emoções negativas, podem estas ser a alavanca de mudança e transformação individual e social.

A Psicologia Positiva, movimento mundial formalizado em 2000, surgiu no sentido de estudar e promover o bem-estar e florescimento de pessoas e organizações. se efetivamente são muitos os que entram num caminho de desesperança, há outras pessoas que se mostram mais resilientes e, mesmo perante adversidades significativas, mantêm uma postura de otimismo, esperança, sorrindo para o futuro e agindo no presente em prol do seu bem-estar e de todos os que o rodeiam. O que diferencia as pessoas mais felizes? O que determina a felicidade? A investigação sugere que há muito da nossa felicidade que depende de nós. sonja Lyubomirsky,

uma investigadora na área do bem-estar, diz-nos que todos nós já nascemos com uma predisposição genética para sermos mais felizes (nomeadamente ao nível do otimismo e extroversão), que explicará 50% do nosso bem-estar, como um valor de referência que todos temos. As circunstâncias de vida (como a dimensão da casa em que vivemos, o telemóvel que compramos, as notas na escola ou promoções no trabalho) explicarão outros 10%, de acordo com os dados da autora. e depois há 40% que dependem da forma como efetivamente vivemos a nossa vida, considerando as atividades que fazemos intencionalmente no nosso dia-a-dia. Martin seligman, outro investigador e um dos mentores desta abordagem, refere que há cinco áreas das nossas vidas que mais influenciam o nosso bem-estar:

- CULTIVAR EMOçÕES POSITIVAS: (alegria, prazer, otimismo, amor, sentido de humor) numa proporção de três para cada emoção negativa. Quando experimentamos mais emoções positivas, estamos mais aptos e encontrar soluções e possibilidades para os problemas, ficamos mais criativos;

- ENVOLVIMENTO: quanto mais envolvidos estivermos nas tarefas e rotinas de cada dia, ficamos menos ligados a pensamentos derrotistas e mais focalizados em construir e fazer acontecer;

- REALIZAçÃO: definir objetivos próprios tangíveis e alcançá-

Catarina RiveroAPeiPP - AssOCiAçÃO POrTUGUesA De esTUDOs e iNTerVeNçÃO eM PsiCOLOGiA POsiTiVA

los é também comummente referido por aqueles com maiores níveis de bem-estar, sentindo que são agentes ativos das suas vidas;

- CRIAR E MANTER RELAçÕES POSITIVAS: estudos por todo o mundo sugerem que ter a possibilidade de manter relações gratificantes contribui fortemente para o bem-estar, cultivando a capacidade de dar, estar, perdoar e agradecer;

- SENTIDO PARA A VIDA: são as pessoas que sentem que pertencem a algo maior que a sua existência – que têm um propósito – que referem ter maiores níveis de bem-estar. Tal é encontrado de formas diversas: pela religião, espiritualidade, ativismo social e/ou político, participação cívica, apoio a familiares, entre outros.

Assim, considerando a investigação na área da felicidade, hoje precisamos de olhar o futuro que queremos co-construir, alimentar esperança e participar nas soluções. Hoje precisamos de desenvolver a resiliência, de modo a que possamos aprender e crescer com as adversidades: resolvendo e desenvolvendo o que é possível. Hoje é tempo de cuidar das nossas relações, apoiando e motivando quem nos rodeia a ir mais além. Todos podemos escolher ser agentes ativos das nossas vidas individuais e coletivas, dando pequenos-grandes contributos para vidas e comunidades mais inclusivas e positivas.

Catarina Rivero

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SALDO POSITIVO

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à primeira vista este tema não parece ter aspetos positivos. Como é natural, as consequências de uma crise económica são sobretudo negativas: desemprego, reduções salariais, falências empresariais, etc. Mas a verdade é que tem coisas positivas e para conseguirmos viver esta crise temos de pensar nelas.

Até agora ainda não vimos nada de positivo mas o primeiro passo para viver a crise é saber fazer um bom diagnóstico da situação, verificar e analisar os dados sem emoções, analisando principalmente as ações presentes e seus reflexos no futuro. Os aspetos positivos deste “monstro” chamado crise são fáceis de encontrar.

Valorização do dinheiro e do trabalho: como não há

O LADO DA Crise tanto, dá-se mais valor ao que se tem. Maior união nas famílias: as pessoas veem-se mais aflitas e dão mais importância àqueles que lhes são mais próximos. Melhor organização no consumo: antes o ser humano consumia tudo o que não necessitava, hoje já não tem essa possibilidade.

Aumento do uso dos transportes públicos, que ajuda o ambiente. Valorização das pequenas coisas que antes nem sequer eram consideradas importantes. Aprender a ser solidário e a partilhar de forma honesta: a falta de dinheiro faz com que as pessoas se sintam mais solidárias.

Fazer uma lista de compras quando vamos ao supermercado, andar com pouco dinheiro na carteira e

andar a pé em trajetos curtos são alguns dos exemplos que antes eram insignificantes e que hoje podem fazer toda a diferença. As pessoas veem-se aflitas, o que as leva a usar medidas extremas para contornar a crise.

Contudo, muitas pessoas não conseguem ver este lado. Cerca de 85% da população acha que não há salvação possível nem aspetos positivos.

Como tal, para que todos acreditemos, é necessário tomar algumas medidas e evitar “fazer vida de rico, com carteira de pobre”! Manter um estilo de vida de acordo com as suas possibilidades tem de ser o ideal de cada um de nós.

“É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias.” einstein.

A crise nacional e europeia têm sido dos assuntos mais comentados na sociedade atual. De forma direta ou indireta, todos os países têm sentido os efeitos da diminuição do poder de compra, do desemprego e da inflação geral dos produtos.

A transmissão por parte da comunicação social de notícias como o nível de endividamento em que Portugal se encontra e as medidas de austeridade implementadas, também não deixam descansadas as “carteiras” dos portugueses.

Todas nós, desde as Avezinhas às Dirigentes, já sentimos o efeito desta crise. Já não compramos tudo o que queremos e começamos a optar por produtos mais baratos.

Também sentimos a necessidade de reaproveitar o material que temos, tudo isto para economizar.

Neste momento é importante poupar, mas nós como Guias ainda sentimos mais essa necessidade ou não fosse o 9º artigo

As GUiAs eNsiNAM-Me A POUPAr!da nossa Lei “A Guia é económica, amiga do arranjo e da ordem, e respeitadora do bem alheio”.

Como Guia, desde sempre percebi que os pequenos atos podem fazer a diferença. Como por exemplo, ter um inventário do material, preservá-lo e trazer algum que se precise de casa onde não é utilizado. Tudo isto faz com que não seja necessário comprar nem ter gastos excessivos.

Considero também importante não sobrecarregar os pais com pedidos de dinheiro para fardamento, material de campo e participação em atividades.

Trocar fardas entre nós, vender bolos e agendas e fazer projetos de angariação de fundos são mais do que suficientes para esse objetivo!

Apesar de sabermos que os próximos anos não serão fáceis, acredito que, se trabalharmos todas juntas para o mesmo fim, com o sorriso que nos caracteriza, iremos ultrapassar a crise sem termos que fazer grandes sacrifícios.

espero que, tal como eu, sintam que as Guias vos ensinam a poupar e a gerir melhor os vossos recursos e que adaptem esses conhecimentos ao vosso dia-a-dia.

Uma canhota apertada!

A maneira mais eficaz de enfrentar a crise é manter a calma e sorrir, pois para cada problema existe sempre uma solução, como nos diz Baden Powell, “uma dificuldade deixa de ser uma dificuldade assim que nos rimos dela”.

Patrulha FlashFrOTA DA 1ª COMPANHiA De CABeCeirAs De BAsTOreGiÃO De BrAGA

Rita Aleixo esTAGiáriA DO rAMO AVeziNHA1ª COMPANHiA De GUiAs De FArOreGiÃO De FArO

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SALDO POSITIVO

10ª série 2012 09

VAMOs COMPrAr PrODUTOs NACiONAis

Nos últimos tempos somos constantemente confrontadas com a crise económica em que Portugal se encontra e à qual é impossível ficar indiferente! enquanto cidadãs responsáveis e Guias atentas, que prometeram cumprir os seus deveres para com a pátria, esta dificuldade torna-se numa chamada a servir e um enorme desafio.

Foi com este cenário que a Frota da 1ª Companhia de Cascais decidiu agir!

Apoiando-nos nos tão valorizados conselhos de “compre o que é nosso” e “apoie a agricultura nacional”, elaborámos a intendência do acampamento de verão exclusivamente com produtos fabricados e/ou produzidos em Portugal.

Mas como sabemos se estamos a comprar produtos verdadeiramente portugueses? Depois de uma pequena pesquisa descobrimos que basta procurar no código de barras dos alimentos o número 560 para sabermos que o que compramos vem de Portugal. Com isto a nossa tarefa ficou muito facilitada: bastava estarmos atentas a estes 3 números para sabermos que, para além de comprarmos produtos de qualidade, estamos também

a ajudar o nosso país! Por outro lado, demos preferência aos produtos frescos e de denominação de origem protegida (DOP) ou de origem controlada (DOC). estes produtos são garantidamente produzidos numa determinada região, de onde são característicos, beneficiando das melhores condições de solos e clima. Quem não ouviu falar da pera rocha do Oeste, da maçã de Alcobaça, do azeite de Trás-os-Montes, da alheira de Mirandela ou dos enchidos de Barrancos?

Mas não ficámos por aí... Aproveitámos este impulso e elaborámos a nossa intendência com base na cozinha tradicional portuguesa, tendo incluído vários pratos típicos de diferentes regiões do país. Dela fizeram parte, por exemplo, as pataniscas de bacalhau com arroz de tomate, a feijoada à transmontana, as ervilhas com ovos ou a canja de galinha.

Com estes pequenos gestos contribuímos para aumentar a produção nacional e diminuir as importações, ajudamos a economia portuguesa que precisa de crescer, para além de mantermos vivas tradições culinárias seculares!

Frota da 1ª Companhia de CascaisreGiÃO De LisBOA

A criSe

A crise é o que está a dar

O país precisa de dinheiro

Vamos todos ajudar

Pondo uma moeda no mealheiro

Catarina Pinheiro

PATrULHA HAMsTer, rAMO AVeNTUrA

1ª COMPANHiA De CeLeirós

reGiÃO De BrAGA

“Uma Guia aprende a gastar o seu dinheiro com sensatez e economiza tanto quanto pode, para que possa dispor de algum dinheiro quando estiver sem trabalho, e para que possa ajudar os outros quando estes precisarem”

“Há quem goste de amealhar e nunca gastar. É bom ser poupado, mas também é bom dar quando é preciso; com efeito é essa uma das razões porque deves economizar”

Baden Powell

Baden Powell

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SALDO POSITIVO

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CAMPANHA De reCOLHA De rOUPA

No âmbito da crise nacional que atualmente afeta o país, a nossa Companhia decidiu abordar a temática das carências familiares e para ajudar, decidimo-nos por uma campanha de recolha de roupa e brinquedos usados que decorreu durante dois anos.

esta campanha foi desenvolvida no âmbito do “Dia do Próximo” de 2009 e foi pensada tendo em conta o Objetivo de Desenvolvimento do Milénio “erradicar a pobreza extrema”.

Teve início em novembro desse ano e decorreu em várias fases. inicialmente foi feita uma pesquisa no terreno, em escolas e instituições do concelho, de casos de pessoas com necessidades económicas. simultaneamente começámos a recolha de bens, em pontos estratégicos, tais como as escolas do concelho e a nossa sede.

Nesta iniciativa começámos por divulgar e alertar as pessoas para a situação das famílias mais carenciadas e logo tivemos uma resposta bastante positiva. Muitas pessoas procuraram-nos para perguntar mais informações e saberem onde e quando poderiam entregar as doações. De início cedemos a nossa sede como depósito para as roupas e afins, mas rapidamente tivemos de encontrar uma alternativa pois a adesão à campanha foi muito boa. Face a este problema, a Câmara do nosso concelho cedeu um armazém para lá colocarmos a roupa doada. (Patrulha Bago de Milho – r. Moinho)

Como forma de nos envolvermos na campanha, doámos algumas roupas e brinquedos, ajudámos na sensibilização da população e, mais tarde, participámos no processo de triagem no qual verificávamos se a roupa estava em boas condições. Fizemos também parte do processo de separação, o qual consistia em agruparmos as roupas segundo o seu tipo e género, ou seja, separar as roupas por idades e por tipo – camisas, calças, saias, t-shirts, etc. (Patrulha Lyra – Frota).

Para comemorarmos o Dia do Próximo foi feita a distribuição de bens, de acordo com as necessidades, às famílias referenciadas.Também fomos parceiras no projeto “3i’s”, para distribuição de brinquedos e bens no Natal de 2010.

O nosso projeto terminou em julho de 2011, com a entrega dos bens a instituições de Portimão, como o Lar da santa Casa da Misericórdia e o Lar da criança “A Catraia”.

Foi um conjunto de atividades muito enriquecedoras para todos os elementos, tanto a nível pessoal como guidista. Todas as Avezinhas/Guias tiveram oportunidade de dar o seu contributo.

1ª Companhia de Monchique reGiÃO De FArO

como forma de nos

envolvermos na

campanha, doámos

algumas roupas

e brinquedos, ajudámos

na sensibilização

da população...

Foi um conjunto

de atividades muito

enriquecedoras

para todos os elementos...

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VIDA DA ASSOCIAçÃO

10ª série 2012 11

VIDADA ASSOCIAçÃOACAMPAMeNTO De VerÃO “à DesCOBerTA DO MANiFesTO DAs ArTes”No dia 1 de agosto de 2011 o nosso Bando e as Guias da nossa Companhia voaram até Viana do Castelo, para cinco dias fantásticos.

Nos dois primeiros dias fizemos construções. Fizemos sozinhas o tripé e ajudámos a nossa águia a montar as tendas, a construir o lava-louça, a mesa e os porta-mochilas, e não nos esquecemos de fazer a fossa e o ecoponto! Depois da abertura oficial do acampamento fizemos um jogo.

O tema do acampamento foi o “Manifesto das Artes” e fizemos várias atividades relacionadas com o tema.

Depois de nos divertirmos com a Música no primeiro dia, e aprendermos sobre a Literatura no segundo, o terceiro dia foi dedicado à escultura. Neste dia fizemos o raid, andámos muito a pé e fomos ver as pinturas rupestres em Carreço.

No dia seguinte fizemos o jogo de cidade. Neste dia o tema foi a Pintura. Fomos

visitar o Navio-Hospital Gil eanes e aprendemos muita coisa. Visitámos também o Museu do Traje e o Museu Municipal, onde pintámos um azulejo e nos divertimos imenso.

O acampamento estava a chegar ao fim e as saudades também já apertavam.

Chegou o último dia e com ele a desmontagem do campo. Trouxemos

Beatriz, Filipa, Maria e Ana MariaNinho Pica-Pau1ª COMPANHiA De PrADOreGiÃO De BrAGA

connosco o que aprendemos de novo com as nossas Dirigentes pois também participámos na intendência, na água e na lenha.

Gostámos muito deste acampamento e estamos prontas para o próximo desafio!

POrQUe GOsTO DAs GUiAseu gosto muito de pertencer à Associação Guias de Portugal. Quando estou nas atividades das Guias sinto uma grande alegria, fico eufórica e empenho-me muito. Na minha Companhia fazemos várias atividades: jogamos, aprendemos canções entre muitas outras coisas divertidas.

Nós fazemos recolha de rolhas de cortiça para ajudar as Aldeias sOs que necessitem de ajuda. Após a recolha, as rolhas de cortiça são recicladas para fazer novos objetos, sendo o dinheiro encaminhado para as Aldeias sOs. Acho que esta atividade é muito importante pois permite-nos ajudar crianças como eu.

E recolher rolhas não custa nada!

Camila Martins Ribeiro1ª COMPANHiA De sANTA MArTA De POrTUzeLOPATrULHA TiGre, rAMO AVeNTUrA reGiÃO De ViANA DO CAsTeLO

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VIDA DA ASSOCIAçÃO

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O Guidismo é um movimento de educação não formal que prepara as jovens para AGIR em busca de um mundo mais justo e melhor, e que dá a oportunidade para que estas desenvolvam capacidades, tendo em conta o seu desenvolvimento pessoal.

Como cidadãs universais responsáveis, nunca poderíamos ficar indiferentes à proposta da ONU: os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio. As Guias de todo o mundo estão comprometidas com estes objetivos e estão alerta para as necessidades das suas e de outras comunidades.

No Guidismo aprende-se desde muito cedo a enfrentar desafios, a sair da zona de conforto e a trabalhar em grupo. Desenvolve-se a capacidade de adaptação, aprende-se a ultrapassar situações difíceis e a tirar partido de experiências tão simples como o contacto com a natureza. Ao longo dos anos de vivência guidista, aprende-se a viver despojadas do conforto durante alguns dias, o que nos prepara para enfrentar vicissitudes, sabendo que seremos capazes de encontrar uma saída.

No nosso percurso guidista são-nos apresentados muitos desafios: desde a proposta de acampar oito dias logo aos seis anos de idade; à confeção de refeições e vivência em grupo aos dez anos; à realização de provas mais exigentes aos catorze anos; a dar-se aos outros (servindo o próximo) aos dezassete anos, e aos vinte e um o grande desafio e responsabilidade pela liderança e educação das mais novas.

“PrOPOrCiONAr às rAPAriGAs e JOVeNs MULHeres A OPOrTUNiDADe De DeseNVOLVereM PLeNAMeNTe O seU POTeNCiAL COMO CiDADÃs UNiVersAis resPONsáVeis”

É por tudo isto que, para qualquer Guia é fácil responder à questão: De que forma as Guias podem contribuir para melhorar a difícil situação em que vivemos?

Podemos fazê-lo partilhando experiências; dando sugestões para angariação de fundos; sendo úteis na nossa comunidade com os que mais precisam; alertando o poder local para intervir quando nos deparamos com situações de injustiça social; dando um pouco do nosso tempo e disponibilidade; servindo o próximo voluntariamente; e tudo isto porque estamos seMPre ALerTA.

Sabemos que o nosso dever é não passar ao lado das dificuldades, mas enfrentá-las e intervir com o intuito de as resolver.

Assim, o Guidismo é um instrumento muito útil em tempos da tão apelidada “crise”, pois educa e prepara crianças/jovens/adultas, para enfrentar a adversidade e contornar as dificuldades.

O 8º Objetivo de Desenvolvimento do Milénio: “Fortalecer uma parceria global para o desenvolvimento” vem reforçar a ideia de que para que todos tenhamos condições de igualdade de oportunidades e direitos, temos que nos comprometer e participar ativamente para atenuar as injustiças sociais e a disparidade que existe entre países desenvolvidos e em vias de desenvolvimento. Porque acreditamos que o voluntariado exige parcerias, lançámo-nos numa grande aventura em 2009, com a FeC

– Fundação evangelização e Culturas, no projeto “Ter mãos grandes para ajudar”. Neste projeto as Guias de todo o país angariaram fundos, vendendo biscoitos confecionados pelas próprias, e envolveram a comunidade no sonho: apoiar países de língua oficial portuguesa, financiando três projetos em Timor-Leste, Moçambique e Angola. este foi o projeto que recentemente veio atestar o nosso compromisso em educar para o desenvolvimento e contribuir para que seja possível atingir os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio. A nível local, as parcerias foram fundamentais para esta iniciativa visto que estiveram envolvidas em todo o processo: supermercados, padarias, escolas, entidades locais, família, amigos e antigas Guias.

este projeto abriu caminho para que as Companhias, nas suas localidades, estabeleçam parcerias rumo ao desenvolvimento. A semente lançada com o “Ter mãos grandes para ajudar” irá certamente germinar um pouco por todo o país.

em suma, a educação de jovens e adultas, a ação na comunidade, a criação de parcerias rumo ao desenvolvimento e acreditar que ultrapassar dificuldades depende da nossa capacidade de ação, faz deste movimento uma certeza e uma necessidade.

Carla CastilhoCOMissáriA reGiONALreGiÃO De ViANA DO CAsTeLO

No Guidismo

aprende-se desde

muito cedo a enfrentar

desafios, a sair da zona

de conforto e a trabalhar

em grupo.

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10ª série 2012 13

LOJA sOCiALA CsiF (Comissão social inter-Freguesias) integra as freguesias de Joane, Mogege, Pousada de saramagos e Vermoim (Concelho de V.N. de Famalicão) e a nossa Companhia é um dos parceiros que compõem esta comissão.

A Loja Social, da responsabilidade da CSIF, tem como objetivo suprir as necessidades imediatas das famílias carenciadas, através de donativos em espécie.

sabemos que temos pouco, mas se olharmos à nossa volta conhecemos alguém que precisa mais um pouco do que nós, e são essas as pessoas que queremos ajudar, as que nunca pensaram que um dia iriam precisar que lhes estendessem a mão. Baseadas nas dificuldades que a CsiF tem em angariar donativos suficientes para cobrir as necessidades da nossa localidade, a Companhia de Joane resolveu arregaçar as mangas.

O projeto consiste na recolha de artigos de higiene pessoal pelas empresas da nossa região (Vale do Ave) para fornecer na loja social.

Pensámos na recolha de artigos de higiene pessoal pois são artigos que todos gastamos, que nunca ninguém contribui, e que a CsiF tem mais dificuldade em angariar.

Fizemos um levantamento das empresas que existem nas quatro freguesias que compõem a CsiF e escolhemos as que têm maior número de funcionários. entrámos em contato com os recursos humanos e colocámos um folheto indicativo e um caixote de cartão para os donativos.

No primeiro mês não tivemos muita afluência mas no segundo conseguimos bastantes artigos, o que nos permitiu encher a loja social.

estamos neste momento a planear uma forma de fazer chegar a nossa recolha a mais pessoas, e uma forma de colocar, nesta segunda fase, a comunidade a trabalhar connosco.

enquanto decorria esta nossa recolha de artigos de higiene pessoal, e no âmbito do nosso projeto, as Guias fizeram também parte da comissão organizadora da i Feira social

da CsiF, uma atividade que irá decorrer anualmente.

Não fazendo parte do nosso projeto, a CsiF, após o enorme sucesso que fizemos com os artigos de higiene pessoal, pediu a nossa colaboração para a recolha de alimentos num dos supermercados da nossa localidade. Aceitámos o desafio lançado com esta recolha e deixámos a loja social com alimentos suficientes para os próximos tempos.

Na primeira fase a nossa maior preocupação foi angariar artigos suficientes para a loja ajudar todas as famílias mais necessitadas.

Na segunda fase, que iremos iniciar este ano, a nossa prioridade é conseguir colocar a comunidade a trabalhar connosco em prol da própria comunidade, e assim envolver toda a gente.

Será complicado mas iremos conseguir!

MAGUsTO FAMiLiAr Seguindo a tradição de anos anteriores, a 1ªCompanhia de Bairro realizou o magusto familiar no dia 26 de novembro.

esta atividade contou com a presença das Guias, antigas Guias, familiares e amigos.

O magusto iniciou-se com a visualização de um vídeo da WAGGGs e das atividades realizadas no ano guidista passado, e com uma apresentação das Guias Aventura em como o Guidismo muda as suas vidas.

As Avezinhas apresentaram um teatro de fantoches sobre o ciclo da água e as Guias Aventura um teatro de sombras sobre a lenda de são Martinho. Com uma ementa muito saborosa e sobremesas feitas pelas nossas Guias, decorreu assim o nosso magusto familiar.

1ªCOMPANHiA De BAirrOreGiÃO De BrAGA

A loja Social tem

como objetivo suprir

as necessidades imediatas

das famílias carenciadas,

através de donativos

em espécie.

Ana Monteiro CHeFe DA 1ª COMPANHiA De JOANereGiÃO De BrAGA

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PrOJeTO “LiMPAr ODiVeLAs”Durante o 2º trimestre do passado ano guidista estivemos a preparar o nosso projeto “Limpar Odivelas” que decorreu no dia 21 de maio de 2011.

O objetivo do projeto era limpar algumas zonas de Odivelas com a ajuda do maior número de voluntários possível e, ao mesmo tempo, sensibilizar as pessoas para a ideia de um concelho mais limpo.

esta ideia surgiu quando a nossa chefe Ana nos colocou o desafio para pensarmos num projeto de serviço baseado num dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM). Como uma das Guias Caravela da nossa patrulha se tinha o comprometido a ajudar o ambiente, resolvemos preparar este projeto com base no seu compromisso e no ODM – “Promover o desenvolvimento sustentável”.

este desafio que nos foi proposto foi muito giro pois levámo-lo a um patamar nunca antes por nós atingido: fizemos parcerias com a Câmara Municipal e Junta de Freguesia de Odivelas e ainda com os pequenos comerciantes do concelho.

Para a realização do projeto convidámos não só cidadãos de Odivelas, como também Guias e escoteiros, tendo abraçado o nosso desafio os Grupos 9 e 11 da Associação dos escoteiros de Portugal.

Durante o projeto oferecemos um pequeno lanche aos voluntários, que só foi possível graças à contribuição dos pequenos comerciantes do concelho.

Após a divisão em patrulhas e da distribuição da comida, das luvas e dos sacos, partimos à limpeza da nossa querida cidade. No início estávamos um pouco desorganizadas e desorientadas, mas nada que uns momentos de “inspira e expira” não resolvessem, e com a ajuda das nossas magníficas chefes conseguimos que o projeto fosse um sucesso.

Foi sem dúvida uma ótima experiência e ansiamos mais oportunidades para fazermos mais projetos de serviço cada vez melhores, pois estamos sempre prontas a “deixar o mundo um pouco melhor do que o encontrámos”!

TéCNiCA De ANiMAçÃO GUiDisTA: FOrMAçÃO eM BrAGA

O Comissariado Regional de Braga promoveu um momento de formação para as dirigentes estagiárias em Riba de Ave (V.N. Famalicão).

O TAG3 Teórico, como é conhecido, trata-se de uma formação dirigida a dirigentes estagiárias, que consiste em Técnica de Animação Guidista, onde são abordados temas como a organização da AGP, fundamentos do trabalho em ramo e a pedagogia associada a cada um. esta foi a parte teórica e em maio está previsto o TAG3 Prático, onde se trabalha a preparação de um acampamento.

estiveram presentes perto de 40 dirigentes incluindo participantes de Viana do Castelo e Porto, que em muito enriqueceram este momento de formação.

Participaram dirigentes estagiárias da 1ª Companhia (sto. Adrião), 4ª Companhia (Nogueira) e 7ª Companhia de Braga (s. Vitor), Bairro, Balugães, V.N. Famalicão, Joane, Prado, sta Leocádia de Briteiros, Travassós, Cristo rei (Porto), Neiva (Viana do Castelo) e Meadela (Viana do Castelo).

As atividades começaram no sábado de manhã com a formação de patrulhas e partida para um grande jogo pela vila, onde foi possível aprender, refletir e trocar experiências, tendo por tema transversal “As energias renováveis”. Após o jogo e a participação na eucaristia, foi o momento do plenário onde se discutiram as questões colocadas no jogo.

O domingo foi dedicado ao funcionamento e organização de cada ramo.

A animação foi uma constante neste fim de semana e acreditamos que estas dirigentes estagiárias subiram mais um degrau na sua progressão, para além de todas termos saído um pouco mais enriquecidas.

Região de Braga

Patrulha OndaFrOTA DA 1ª COMPANHiA De ODiVeLAsreGiÃO De LisBOA

... trata-se de uma

formação dirigida

a dirigentes estagiárias,

que consiste em

Técnicas de Animação

Guidista...

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10ª série 2012 15

seMANA DA JUVeNTUDe NO FUNCHAL

AVeziNHAs AMiGAs DOs ANiMAis!Durante o nosso acampamento de verão fomos à cidade de Santo Tirso fazer um jogo de cidade.

Tínhamos acabado de visitar a igreja Matriz e como ainda nos faltava responder a algumas perguntas, sentámo-nos no jardim pois precisávamos da ajuda das pessoas que estavam a passar para sabermos a lenda de sta. Maria Madalena.

Foi então que vi um gatinho que estava sozinho e que tentava aninhar-se.

O gatinho foi para ao pé de uma árvore e eu tentei chamá-lo mas ele, com medo, atravessou a rua a correr e ia sendo atropelado! eu, depois de ver que não vinha nenhum carro, atravessei a correr atrás dele. O gatinho estava a subir um muro e ia saltar para o outro lado, que era muito alto, mas eu peguei nele e não o deixei cair do muro abaixo.

Nos dias 9 e 10 de julho teve lugar uma exposição de associações juvenis no Centro Comercial Dolce Vita (Funchal), promovida pela Direção regional de Juventude.

Feito o convite para a participação da nossa Associação, não pudemos deixar de marcar a nossa presença.

e marcámo-la de forma muito simples: uma maqueta de acampamento, algumas fotos e vídeos, panfletos, lenços e livros de progressão, uma boneca fardada, alguns artigos feitos pelas nossas Avezinhas e Guias e um ‘rolhão’ com o respetivo logotipo e explicação do projeto.

A abertura oficial, bem como o encerramento, contaram com a presença do secretário regional dos recursos Humanos e do Diretor regional de Juventude que, na visita às instituições e associações presentes, passaram pelo nosso espaço e connosco travaram um breve diálogo acerca da situação atual das Companhias.

Muitas foram as associações representadas nesta feira, nomeadamente

dos Açores, Canárias, Polónia, república Checa e Noruega, para além, claro, das da nossa região.

Ao longo destes dois dias, distribuídas por vários turnos, estiveram sempre presentes Avezinhas e/ou Guias Aventura e Caravela, bem como dirigentes das 1ª e 2ª Companhias do Funchal e da 1ª Companhia de Câmara de Lobos. Com a sua vivacidade e sorriso, animaram o nosso espaço e aproveitaram ainda para angariar fundos para o Viii Acampamento Nacional, através da venda dos artigos por elas elaborados.

Sim, já é mais do que tempo para fazê-lo!

Curioso foi ver o número de antigas Guias que por ali passaram, a maioria delas com algumas questões, com uma ou outra recordação, com uma palavra de incentivo. Assim se trocam ideias e experiências, assim se transmitem vivências de várias gerações – assim se “escreve o diário do Guidismo”!

Vera Ornelas DeLeGADA rAMO CArAVeLAreGiÃO DA MADeirA

Mariana AlmeidaNiNHO CeGONHA3ª COMPANHiA DO POrTOreGiÃO DO POrTO

O gatinho como estava cheio de medo começou a arranhar-me, mas eu pousei-o no chão e fiz festinhas para ele se acalmar e perceber que éramos amigos.

embrulhei o gatinho na minha camisola, fui mostrar às chefes e continuei o jogo de cidade sempre com o gatinho ao colo.

A seguir fomos à Câmara Municipal de santo Tirso e como passámos por uma loja de animais aproveitámos para perguntar se o gatinho estava bem.

A senhora da loja disse que era uma gatinha, que tinha 2 meses, que estava tudo bem com ela, e ainda nos ofereceu comida.

Agora que sabíamos que era uma gatinha, demos-lhe o nome de “Guidi” (de guidista) e as chefes foram com a gatinha para o jardim para a deixar

descansar. No fim do jogo de cidade levámo-la para o acampamento e ao fim do dia uma chefe levou-a para casa de um familiar.

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rOsA VerMeLHA CAsA De LeNCAsTreDecorreu no passado mês de agosto mais um acampamento de formação para dirigentes em 2º e 1º nível. O TAG (Técnicas de Animação Guidista) é um momento privilegiado para a aprendizagem, evolução e crescimento no percurso de qualquer dirigente da Associação Guias de Portugal.

este ano o acampamento foi em Adaúfe, na região de Braga, num belo campo junto às margens do rio Cávado, e contou com a participação das regiões dos Açores, Braga, Faro, Lisboa, Porto, Viseu e Viana do Castelo, que formaram duas patrulhas de TAG 2 e uma patrulha de TAG 1. As dirigentes presentes trabalharam temas como a pedagogia do jogo, as características da dirigente ou o trabalho de projeto, entre outros, tudo sob o tema “Rosa vermelha – Casa de Lencastre” que explorou a vida da rainha Filipa de Lencastre.

esta foi ainda uma oportunidade para aprofundar - vivendo - a forma de trabalhar do conselho de honra, espaço de reunião fundamental na aplicação do sistema de patrulhas, enquanto ferramenta do método guidista.

Neste acampamento estiveram ainda presentes duas dirigentes da região de Braga a colaborar com a chefia de campo e a fazer a especialidade de intendência. Através do seu trabalho introduziram novas refeições muito diversificadas com uma ementa recheada de legumes variados, o que deverá ser um exemplo a seguir nos acampamentos das Guias.

Destacou-se nesta atividade a importância das dirigentes trabalharem para a sua progressão, a mais-valia da participação de diferentes regiões do país e a possibilidade de explorar temas diferentes nos acampamentos.

Sara MarquesCOMissáriA iNTerNACiONAL ADJUNTA

ALDeiA sOs DA GUArDA reCeBe VisiTA DAs GUiAsNo fim de semana de 17 e 18 de dezembro de 2011 as Guias de Braga e Viseu visitaram a Aldeia de Crianças SOS na Guarda.

O projeto saca-rolhas, dinamizado pela AGP desde 2005, visa a recolha de rolhas usadas com dois objetivos: ambiental pela reciclagem de um produto nacional - a cortiça, e solidário, pois o dinheiro que resulta da venda das rolhas reverte para as Aldeias de Crianças sOs.

este ano a Associação entregou estes bens à Aldeia sOs da Guarda, pela mão das regiões de Braga e Viseu. estiveram presentes perto de 100 Guias. De Braga foram escolhidas

as Companhias Joane e a 4ª Companhia de Braga, pelo excelente trabalho que fizeram no passado ano. De Viseu foram as Guias do ramo Aventura.

No sábado reuniram-se todas ao fim do almoço e passaram a tarde com as crianças que habitam a instituição. sob o tema “Circo”, cada patrulha, constituída por Guias de Braga, de Viseu e por crianças da Aldeia sOs, prepararam uma apresentação para partilhar numa grande festa.

As Guias passaram a noite na Aldeia, tendo ainda oportunidade de ajudar

a montar os móveis que ofereceram com os lucros da recolha de rolhas. Foram oferecidas camas, sofá e pufs, pois era a necessidade mais premente.

Foi uma atividade marcante para todas as Guias que participaram e todas regressaram com o coração cheio de alegria e com a sensação de dever cumprido.

É gratificante ver o fruto do nosso trabalho bem entregue!

Deixe as suas rolhas de cortiça numa Guia perto de si!

reGiões De BrAGA e ViseU

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rOsA VerMeLHA CAsA De LeNCAsTre TesTeMUNHO

De UMA MÃe De 3 GUiAs

É com satisfação que aceito falar um pouco de como vejo o movimento guidista.

Creio que o lema do centenário, “100 anos a mudar vidas”, expressa aquilo que, de facto, este movimento faz às nossas Guias, ajudando-as a tornarem-se líderes, autónomas e cidadãs responsáveis. Tenho três filhas nas Guias. Há anos que não deixo de me espantar com tudo aquilo que o Guidismo faz com as nossas raparigas: numa sociedade marcada pelo individualismo e pela procura do bem próprio, é de relevar o conjunto de valores que o guidismo cultiva, como o aprumo pessoal, a responsabilidade perante os compromissos, a iniciativa e a autonomia, a preocupação com o meio ambiente, a solidariedade com os mais desprotegidos, entre outros. As suas reuniões, a par das outras atividades, dão-lhes oportunidade de desenvolver todo um conjunto de competências que fazem delas pessoas mais preparadas para um futuro que será, concerteza, exigente.

Nesse contexto, acompanhei a satisfação com que passaram árduas noites a fazer biscoitos para angariação de fundos para o projeto de ajuda a Angola, Moçambique e Timor-Leste, num espírito de dar de si antes de pensar no sacrifício que isso implicava. estou convencida que a vivência Guidista contribui para que as nossas jovens se tornem pessoas mais capazes a todos os níveis.

Nada disto seria possível se, encarnando o espírito guidista, as chefes não dessem de si aquilo que torna tudo isto possível. Merecendo todas a mesma consideração, permitam-me uma palavra especial para a Chefe são das Guias da Meadela, a qual é, ela própria, um símbolo da disponibilidade guidista. Uma salva de palmas de agradecimento para todas elas.

Ana romanoMÃe De 3 GUiAs DA 1ª COMPANHiA DA MeADeLAreGiÃO De ViANA DO CAsTeLO

Hi GODNo dia 29 de outubro de 2011 vários jovens juntaram-se na cidade de Braga em homenagem à liberdade religiosa. esta iniciativa, que teve por nome “Hi God”, sensibilizou os jovens para situações em que pessoas inocentes são injustiçadas, humilhadas e castigadas por seguir o Cristianismo.

A região de Braga participou com imenso prazer nesta iniciativa ajudando na organização. Tanto para as Guias como para os outros jovens que vieram de várias partes da região, foi um dia magnífico. Um dia repleto de surpresas e animação, foi sem dúvida um dia com Deus!

Na parte da manhã o grupo, em reflexão, pensou no que se poderia fazer para que todas as injustiças acabassem, e ficou a conhecer muitas histórias de pessoas que vivem em constante sofrimento. Apesar de nos encontrarmos no sec.XXi esta é uma realidade.

Depois veio a hora do almoço em convívio geral e no fim do almoço as Guias prepararam uma surpresa para o resto dos jovens: um flash mob que consiste numa dança em que um grupo enorme de pessoas participa, e que é exibida na rua. O grupo reuniu-se na avenida central onde foi exibido o flash mob previamente ensinado aos outros jovens.

Depois fizeram uma corrente humana pelas ruas da cidade e toda a gente que passava olhava com grande satisfação. Mais tarde seguiram para Guimarães onde foi celebrada a eucaristia em homenagem a todas a pessoas que vivem na injustiça.

Foi um belo dia, passado com muita animação mas também com consciência da realidade do mundo em que vivemos.

Ângela Silva PATrULHA TeODOrA, rAMO MOiNHO 1ª COMPANHiA De CeLeirósreGiÃO De BrAGA

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AJUDA De MÃe AGrADeCe…As Guias da região de santarém, de outubro de 2010 a setembro de 2011, desenvolveram uma parceria com a Ajuda de Mãe (delegação de santarém), uma instituição que apoia mães adolescentes. O objetivo foi desenvolver um projeto de serviço que, em pleno Ano internacional da Juventude e a trabalharmos os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio, envolvesse as nossas Guias para uma causa que ajudasse a melhorar a qualidade de vida de jovens raparigas da nossa região, e ao mesmo tempo criasse oportunidades para trabalhar a progressão em temas como os cuidados materno-infantil, a saúde da mulher e a gravidez na adolescência.

O projeto terminou em setembro passado, com uma maratona de angariação de fundos que nos orgulhou muito a todas. Numa manhã conseguimos reunir verbas suficientes para construir um “monte de solidariedade” à porta da Ajuda de Mãe, feito dos bens mais precisos: fraldas e toalhitas.

E mais contentes ficámos quando a própria instituição puxou da sua criatividade para nos agradecer da seguinte forma:

Contente está a Ajuda de MãeCom as GUIAS de Torres Novas e Santarém

Todas as meninas ajudaramA vida de mães e crianças mudaram

Tanto se esforçaramQue o limite alcançaram …

Venderam rifas, bolos e bolachinhasE apagaram 100 velinhas.

Não são apenas GUIAS, mas também santasArranjaram fraldas, dodots e até mantas …

Fizeram tudo com um sorrisoSão talentosas e têm juízo

Queridas GUIASMuito obrigada!

ArrAiAL DA1ª COMPANHiA De ODiVeLAs

No dia 18 de junho a 1ª Companhia de Odivelas realizou o seu arraial, mais uma grande etapa na nossa vida enquanto Guias.

As tarefas de preparação do arraial foram divididas pelos diferentes ramos: a Frota ficou responsável pelos patrocínios e pela comida, o ramo Aventura preparou a decoração e as rifas, e as Avezinhas manufaturaram objetos diversos para vender.O grande dia chegou!

De manhã, alguns elementos da Frota foram buscar os alimentos e abrir as portas da Casa do Alvito (local do arraial). Perto da hora do almoço chegou o resto da Companhia e começaram os preparativos. Depois de tudo pronto tivemos um momento, em Companhia, onde duas Avezinhas fizeram a sua promessa.

Tudo a postos e o arraial começou! Chegaram os convidados e cada Guia dirigiu-se ao seu posto.

Na banca das Guias Caravela venderam-se bifanas e sardinhas no pão acompanhadas de batata frita e bebidas. Para se deliciarem havia mousse de manga, de chocolate e gelatina. O ramo Aventura ficou responsável pela entrada e na banca das Avezinhas houve venda de artesanato feito pelas próprias.

No final do arraial fecharam-se as bancas e ouve um “Caça Talentos” preparado pelas Avezinhas, em que cada patrulha participou demonstrando o seu dom. este arraial não teria sido possível sem a ajuda das nossas chefes e dos nossos pais.

DIVERTIMO-NOS MUITO E ADORáMOS PREPARAR E REALIZAR ESTE ARRAIAL!

Inês Manuel e Mariana GuerreiroPATrULHA eNiGMA FrOTA 1ª COMPANHiA De ODiVeLAsreGiÃO De LisBOA

Região de Santarém

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VIDA DA ASSOCIAçÃO

10ª série 2012 19

PArABéNs à reGiÃO De ViANA DO CAsTeLOA região de Viana do Castelo encontra-se a comemorar 35 anos, o que constituiu, por si só, um excelente argumento para que sejam recorda-das pessoas e fatos que, ao longo de três décadas e meia, contribuíram para a formação de milhares de raparigas que tiveram o privilégio de viver o Guidismo nesta região.

Nome absolutamente incontornável desta história é, em primeiro lugar, o de Maria Augusta Pereira D´eça Agorreta D´Alpuim, carinhosa-mente tratada por Miguta. Do lado eça parece ter herdado o dom da escrita que utilizou em inúmeros artigos sobre Viana, e do lado Alpuim o “Paço D´Anha” - refúgio de Prior do Crato na oposição à tomada do poder pelo rei Filipe de espa-nha no séc. XVi - a quinta que acolheu as Guias nos primeiros acampamentos.

Deixou-nos há três anos, mas deixou, também, um enorme exemplo de vida. Católica e no-elista, a sua participação cívica é bem anterior à entrada para o movimento guidista. Ainda no estado Novo, esteve à frente da Mocidade Portuguesa, exerceu funções de vereadora na Câ-mara Municipal e o seu nome está associado à fundação da Casa dos rapazes – instituição de acolhimento de crianças e jovens – cuja direção integrou durante vários anos, tendo sido, aliás, a sua primeira presiden-te. Com o 25 de Abril, veio a ser também a primeira presidente da Câmara de Viana – ainda que não eleita - e relata-nos esta experiência no seu livro in-titulado “5 meses de vida”, uma obra absolutamente cativante e onde facilmente se percebe o espírito de justiça e bondade com que abraçou este cargo e a própria vida.

A Miguta foi a primeira Comis-sária regional de Viana, cargo que aceitou com 60 anos e que desempenhou durante 20, ou seja, até aos 80 anos de idade! Claro que isto só foi possível pela conjugação de 2 fatores:

relacionava-se muitíssimo bem com as dirigentes, todas muito mais novas, afirmando--se como uma exímia contadora de histórias sempre “salpica-das” de humor; e porque teve sempre uma equipa de grandes dirigentes a ajudá-la, sendo justo que se destaque o nome da Graça Cruz que como adjunta foi incansável e cujo momento alto da “sua” equipa aconteceu com a realização do Iº Acampamento Regional em 1991, em Monção.

este iº Acampamento regional, no qual participei como Guia Caravela, lançou a semente do que era, realmente, viver em Região. Não muitos anos depois, em 1997, é curioso constatar que a equipa regional que sucedeu à da D. Miguta era composta por alguns elementos que tinham participado como Guias Aventura ou Caravela de diferentes Companhias naquele iº Acampamento. A semente lançada dava frutos…

De 1997 a 2011 a região já teve mais três comissárias regionais, mas quando pensamos nestes 35 anos pensamos também, e forçosamente, em algumas chefes que, ligadas à fundação de diversas Companhias, aí se mantiveram durante muitos anos e que foram referência e exemplo a seguir para várias gerações de raparigas: a rego e a são na Meadela, a Quinhas em s. romão, a Fátima em santa Marta e a Dores em Cardielos.

Claro que a história de uma região não é só feita de pessoas mas também de fatos e alguns há que merecem ser destaca-dos. Neste momento, apraz-me salientar dois, que entendo constituírem para a região de Viana motivos de orgulho: um deles, o fato de termos acolhido a realização do Vi Acampamento Nacional, em 2002. Note-se que foi então a 1.ª vez, na história do Guidismo em Portugal, que um acampamento nacional se realizou tão longe de Lisboa. A organização deste acampa-mento nacional representou um trabalho imenso durante muitos meses, mas a ousadia de o aco-

lhermos e a eficaz organização do mesmo valeu à nossa região a atribuição de um louvor pro-posto pela Comissão Executiva Nacional da altura e aprovado em Conselho Nacional.

O segundo fato prende-se com a circunstância de nos últimos anos a chefia nacional ter pas-sado a integrar antigas dirigen-tes da nossa região, o que não pode deixar de significar que conseguimos crescer também em qualidade, e que tal tem vindo a ser reconhecido!Neste aniversário, que é da região e também da 1.ª Com-panhia de Viana, onde cresci, 20 das 35 atuais Avezinhas e Guias são filhas de antigas Guias, al-gumas delas grandes dirigen-tes, e esta é, sem dúvida, a melhor prenda que os 35 anos nos podem dar!

eu própria, que após 28 anos de intensa atividade, saí do ativo há um mês, saio com o coração cheio de tantas coisas boas, o mesmo coração que transborda de alegria ao pensar que daqui a cinco anos a sara e a sofia, minhas filhas, iniciarão a sua caminhada e que eu estarei, orgulhosa a seu lado, para as acompanhar. Oxalá um cada vez maior número de crianças e jovens possa pertencer a esta família que ontem, como hoje,

continua a agradar e entusias-mar tanto as raparigas.

e como nos aniversários é tra-dição formularem-se desejos, o meu desejo é que a expansão leve o Guidismo a novas terras, pois nunca esqueçamos que – apesar da tão badalada crise – as condições de hoje são bem mais favoráveis do que aquelas em que Portugal e os portugue-ses viviam quando se fundaram a generalidade das Companhias existentes no nosso país.

Parabéns à Região de Viana do Castelo por estes 35 anos, feli-citações que incluem todas as Guias, atuais e antigas, muitos pais e encarregados de educa-ção exemplares e, em especial, todas as que, a determinado momento, deram o seu tempo, dedicação e exemplo como dirigentes.

Parabéns a todas e BOA CAçA.

Ana Margarida eFeTiVA COLABOrADOrA

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INTERNACIONAL

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INTERNACIONAL“CLeAN UP THe WOrLD”

No dia 17 de setembro, algumas Companhias da região de Braga participaram na atividade Clean Up The World organizada pela QUerCUs, que teve início no instituto de Nanotecnologia e prolongou-se até ao santuário do Bom Jesus do Monte.

este projeto consiste no melhoramento das condições de higiene e ambientais de locais urbanos.

Ao longo da caminhada os voluntários andaram

munidos de sacos do lixo e luvas a apanhar todo o lixo não biodegradável que encontravam pelo chão.

A atividade teve um peso bastante significativo na vida dos participantes pois um erro simples (atirar lixo para o chão) pode ser bastante prejudicial para o ambiente.

Alexandra GomesPATrULHA sHAkesPeAre1ª COMPANHiA De PrADOreGiÃO De BrAGA

DiA MUNDiAL DO PeNsAMeNTO 2012No dia 22 de fevereiro celebra-se o Dia Mundial do Pensamento - dia do aniversário comum de robert e Olave Baden-Powell, no qual as Guias de todo o mundo se lembram umas das outras e dos fundadores do movimento, e agradecem a valiosa dimensão de amizade internacional que encontram no Guidismo.

Em 2012 o tema será “Juntas podemos salvar o nosso planeta”, que incide no 7º Objetivo de Desenvolvimento do Milénio: “Assegurar a sustentabilidade ambiental”.

Os países que irão beneficiar do Tostão Mundial (fundo monetário recolhido neste dia para auxiliar as Guias de todo o mundo em áreas como, por

exemplo, formação, ajuda em catástrofes naturais, aquisição de material entre outros) serão o Gana, Japão, Costa do Marfim, rússia e Tunísia.

Mais informações em: www.worldthinkingday.org

LANçAMeNTO DA CAMPANHA “sTOP THe ViOLeNCe”No passado dia 20 de setembro a WAGGGs lançou na europa uma campanha para acabar com a violência contra as raparigas e jovens mulheres.

representantes da WAGGGS solicitaram aos decisores europeus, numa reunião no Parlamento europeu, ações concretas que permitam acabar com a violência contra as raparigas, melhores dados e estatísticas atualizadas, e ainda financiamento adequado.

A WAGGGS CONVIDA AS GUIAS DE TODOS OS PAíSES PARA SE JUNTAREM A ESTA CAMPANhA.

Juntas podemos alertar e sensibilizar para questões que ainda prevalecem na europa, apesar de este ser um continente com alguns dos países mais ricos e desenvolvidos do mundo.

em conjunto com a ONU, a WAGGGs irá ainda criar um programa de educação

não-formal para capacitar raparigas e jovens mulheres a compreenderem os seus direitos e a desenvolverem competências e confiança para reivindicarem esses direitos para si e para os outros. este é o primeiro programa global que aborda a questão da violência contra raparigas e o objetivo da fase piloto é alcançar 20 países até ao final de 2012.

Junta a tua voz emwww.stoptheviolencecampaign.com

Sara NobreCOMissáriA iNTerNACiONAL

Sara NobreCOMissáriA iNTerNACiONAL

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INTERNACIONAL

10ª série 2012 21

34ª CONFerêNCiA MUNDiAL DA WAGGGs

DiA MUNDiAL DA rAPAriGA

De 11 a 15 de julho juntaram-se 343 representantes de 112 países membros da WAGGGS (incluindo Portugal) para a 34ª Conferência Mundial.

esta Conferência, que decorre de 3 em 3 anos, proporciona a todos os países a oportunidade de se reunirem, partilhar as melhores práticas e tomar decisões sobre o futuro do Guidismo Mundial.

A Conferência foi um grande sucesso, e aqui estão alguns destaques:

• Pela primeira vez a Conferência incluiu um “Programa de Liderança para Jovens Mulheres” numa zona intergeracional, onde participantes de todas as idades realizaram diversas atividades de aprendizagem mútua

• Apresentação da campanha “stop the Violence”

• estiveram presentes oradoras inspiradoras incluindo Lakshmi Puri da ONU, a exploradora polar Liv Arnesen, e Catherine stihler do Parlamento europeu

• Foram eleitos seis novos países membro da WAGGGs (república Democrática do Congo, Congo, Cambodja, Grenada, suazilândia e san Marino)

• Foram eleitos seis novos elementos para a Direção Mundial

• A Associação Guias de Hong kong ganhou a candidatura para acolher a 35ª Conferência Mundial em 2014

estamos a iniciar o terceiro e último ano do Centenário do Guidismo no Mundo? esta celebração teve início em janeiro de 2012 e termina em dezembro de 2012. NÃO PERCAS TEMPO E APROVEITA AO MáxIMO ESTA COMEMORAçÃO!

Sara NobreCOMissáriA iNTerNACiONAL

Sara NobreCOMissáriA iNTerNACiONAL

A ONU proclamou o dia 11 de dezembro como o “DIA MUNDIAL DA RAPARIGA”.

A implementação de um Dia internacional dedicado às raparigas é uma maneira eficaz de alertar para os problemas que muitas raparigas e adolescentes enfrentam.

Muitas jovens sofrem, ainda em todo o mundo e na europa, discriminações, abusos e violência. em geral as adolescentes sentem mais dificuldades no acesso a cuidados e serviços de saúde e de educação e estão mais expostas a situações de pobreza.

A WAGGGs esteve diretamente envolvida neste projeto, juntamente com representantes das Nações Unidas, da União europeia e de outras organizações não-governamentais, através da criação de uma campanha internacional para a instituição deste dia.

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ACAMPAMeNTO NA DiNAMArCA

somos Guias de Viana do Castelo, e após os laços criados no nosso iii Acampamento regional no qual participaram Guias dinamarquesas, fomos convidadas a participar no acampamento de verão da Companhia de Borup, na Dinamarca.

Chegámos uns dias antes do acampamento e a aventura começou no dia 7 de julho. Chegadas à capital, tudo era novo para nós e a ansiedade de ver o pai da Andrea (Guia dinamarquesa que anteriormente tinha estado cá) era imensa.

Nos primeiros três dias em terras dinamarquesas fizemos uma visita guiada pela vila de Borup e pela cidade de Copenhaga.

No dia 10 começou o grande acampamento em Langeland, uma ilha muito longínqua à beira-mar, com o tema “Natal em julho”, e que apenas terminaria no dia 16.

à semelhança dos nossos acampamentos, fizemos algumas construções, como uma mesa com bancos, tripé, pórtico e fogão, e devido à falta de material não tivemos oportunidade de construir mais nada. Nos primeiros dias conhecemos um pouco a cultura dinamarquesa, os hábitos das Guias em campo, e interagimos com toda a Companhia.

Depois desses dias aconchegantes em campo chegou a altura de partirmos para o exterior. Visitámos a cidade de Odense, que é a segunda maior cidade da Dinamarca, e fomos até à residência e museu do escritor Hans Christian Andersen; à maravilhosa quinta Den Fynske Landsby (em que atores representam a vida rural de outros tempos) e claro, ao centro histórico da cidade.

em campo, todas as noites havia um serão/fogo de conselho, onde a música e os sketches não podiam faltar!

No raid, que começou no início da tarde de quinta-feira e acabou na sexta-feira ao final da tarde, caminhámos 25 km junto ao mar, e um dos destinos era uma casa onde iríamos pernoitar. Levámos as tendas e acampámos no seu jardim.

O que também não faltou neste acampamento foi o jogo noturno, cujo tema era a comunidade natalícia.

Começando a aproximar-se o final do acampamento,

a última noite foi o dia da ceia de Natal, dia 24 de dezembro, em que as Guias dinamarquesas prepararam um jantar tipicamente dinamarquês, e nós uma ceia de natal portuguesa, desde o bacalhau às rabanadas.

A noite foi longa, houve música à volta do pinheiro, jogos tradicionais e uma troca de prendas realizada por nós.

Depois de tantas aventuras, tantas experiências novas, tantas amizades acabadinhas de fazer e laços fortes criados, aproximou-se o final do acampamento. Foi a altura da despedida e a saudade de ver aquelas Avezinhas sempre ao pé de nós, aquelas Guias Aventura sempre prontas para aprender mais músicas, as Guias Caravela para mais uma conversa ter e os dirigentes sempre tão atenciosos, são recordações que ficarão na nossa memória para sempre.

NUNCA IREMOS ESqUECER O qUE VIVEMOS!

Acabadinhas de chegar da Dinamarca no dia 17, Portugal estava à nossa espera. Pais e amigos receberam-nos de braços abertos para ouvir tudo o que se tinha passado durante aqueles incríveis 11 dias…

Agora mantemos o contato via internet, pois as saudades são muitas, mas é assim que tem de ser até um dia nos voltarmos a ver!

Patrulha PortugalrAMO CArAVeLA e MOiNHOreGiÃO De ViANA DO CAsTeLO

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POUPAR!Esta é a primeira coisa que deves fazer para enfrentar a crise.

A partir de agora, sempre que te derem uns tostões, em vez de os gastares num lanche na confeitaria ou em doces que fazem mal à barriga, guarda-os num

mealheiro! Vais ver que ao fim de uns meses terás poupado uma boa quantia para comprares uma coisa que te faça mesmo falta ou, quem sabe, para pagares a tua inscrição no Acampamento nacional e assim não terem os teus pais esse encargo.

Para tornar a tua poupança mais divertida, aqui tens um mealheiro que podes colocar no teu quarto. Uma dica: depois de o recortares, cola-o em cartolina, para que suporte o peso de tantas moedas que vais juntar!Região do Porto

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