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ASSOCIAÇÃO FILATÉLICA E NUMISMÁTICA DE SANTA CATARINA BOLETIM INFORMATIVO N o 51 AGOSTO DE 2004

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ASSOCIAÇÃO FILATÉLICA

E NUMISMÁTICA

DE SANTA CATARINA

BOLETIM INFORMATIVO No 51AGOSTO DE 2004

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ASSOCIAÇÃO FILATÉLICA E NUMISMÁTICA DE SANTA CATARINA

Rua dos Ilhéus, 118 sobreloja 9 - Ed. Jorge DauxCEP 88.010-970 - Florianópolis - SC

Fone/fax: (48)222-2748

A AFSC, fundada em 06/08/1938, é uma Entidade sem fins lucrativos,reconhecida de Utilidade Pública pela Lei Estadual 542 de 24/09/1951 e pela Lei

Municipal 970 de 20/08/1970.A AFSC é filiada à FEFINUSC - Federação Filatélica e Numismática de Santa

Catarina, e à FEBRAF - Federação Brasileira de Filatelia.

DIRETORIA eleita em agosto de 2004, para o período 2004 - 2005

Presidente: Luís Claudio FritzenVice-presidente: Felix Eugênio ReichertPrimeiro secretáio: Ernani Santos RebelloSegunda secretária: Daniela Ota Hisayasu SuzukiPrimeiro tesoureiro: Rubens MoserSegundo tesoureiro: Paulo Cesar da SilvaDiretor de Sede: Ademar GoeldnerDiretora juvenil: Lucia de Oliveira MilazzoConselho fiscal: Demétrio Delizoicov Neto

Eduardo SchmittLuiz Antonio Oliveira HornJoão Alberto Brasil (Suplente)José Luiz Sobierajski (Suplente)Roberto Wildner (Suplente)

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EDITORIAL

Vivemos em uma época de recente estabilidade econômica, mas a crise financei-ra, decorrente da falta de numerário, acarreta dificuldades em todas as ativida-des, inclusive no colecionismo.Somos otimistas. Acreditamos em um país melhor.Nossos esforços são no sentido de divulgar a filatelia, numismática, cartofilia,telecartofilia e atividades culturais similares.O grupo que compõe a AFSC integra este objetivo, sendo o presente BoletimInformativo um exemplo do esforço coletivo. Os encontros de colecionadorestambém refletem este labor de equipe. A união faz a força.

Luís C. Fritzen - Presidente

ÍNDICE GERAL

Maximafilia 04O Correio em Desterro 10Anomalias e variantes 14Estrada de Ferro Madeira-Mamoré 18Os formulários de telegramas

e seus elementos temáticos 20Idade Média como Tema 22Tribunal de Justiça de Santa Catarina 24Índice de Anunciantes 28

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MAXIMAFILIA

Ernani RebelloFlorianópolis, SC

Muito se tem falado a respeito daMaximafilia, embora muitos aindadesconheçam o que ela realmente seja equais os requisitos exigidos para que umapeça seja considerada um Máximo Postal.

Segundo estudiosos do assunto, o embriãoda Maximafilia teriam sido os T.C.V.(sigla de Timbre Côte Vue, em francês),cartões postais ilustrados, circulados como selo fixado na vista do postal, muitousuais nas décadas de 20 e 30. Porentender que tal prática contrariava asnormas das Administrações Postais, aUPU, em 1934, proibiu esseprocedimento, exigindo que os Correiossomente dessem curso aos postais

enviados com o selo fixado no verso. Nãoobstante a proibição, algunscolecionadores continuaram a prepararessas peças, ainda que não as fizessemcircular, mas mantendo-as em suas

coleções.

A FIP interessou-se pelo assunto ecriou uma categoria provisória,subordinada à Filatelia.

Com o passar do tempo, aMaximafilia adquiriu autonomia,passando à categoria especializada,e como tal, aceita em competições,apesar dos protestos de algunsfilatelistas mais conservadores.

Composto de três elementos, CartãoPostal, Selo e Carimbo, o MáximoPostal, além de poder constar em

três coleções simultâneas, ou seja,Cartofilia, Filatelia e Marcofilia, possuicaracterísticas próprias, e cada um doselementos que o compõem deve cumpriralguns requisitos para que sejareconhecido e aceito nas competições.

O Cartão Postal - Deverá ter o tamanhode 9 x 14 cm, podendo chegar, nomáximo, a 10,5 x 15 cm. O postal deverá

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estar disponível no comércio antes que oselo, a que servirá de suporte, seja postoem circulação, e ainda deverá ter estritaconcordância com o tema do selo,não podendo todavia, representarcópia fiel do mesmo.

O Selo - Além de guardar estritaconcordância com o postal, deveráestar no período de validade paraportear uma correspondência.

O Carimbo - A ilustração e o localda obliteração devem relacionar-sediretamente com o motivo do Seloe do Cartão Postal. O carimbodeverá ser aplicado durante operíodo de validade do selo,preferencialmente em data próximada sua emissão. Em se tratando de ediçãocomemorativa, o ideal seria a utilizaçãodo próprio carimbo alusivo à emissão.

As regras a serem obedecidas napreparação de um Máximo Postal estãoestabelecidas no Regulamento Especialdas Participações de Maximafilia da FIP- SREV, e nas Diretrizes para a Avaliaçãodas Participações de Maximafilia nasExposições FIP (Guidelines). Tais regrastêm proporcionado grandes discussõesprincipalmente por serem consideradas,por alguns, restritivas e até mesmoexageradas.

Apesar da existência dessas regras,algumas Administrações Postaiscontinuam editando cartões postais cujaestampa reproduz exatamente o desenho

do selo. Como exemplo, citamos asAdministrações Postais da Inglaterra e doPrincipado de Liechstentein, que chegam

a reproduzir até mesmo o formato dospicotes dos selos (Vide exemplo acima).

No Brasil, a ECT editou muitos MáximosPostais, considerados “Oficiais” noperíodo de 1973 (RHM MAX-1, C-779,Cabo Submarino) a 1997 (RHM MAX-202, C-2028, Campanha Contra a AIDS).Posteriormente, limitou-se a editar algunsCartões Postais, que se prestam muitobem como suporte para Máximos Postais.Destaque para dois exemplaresrecentemente editados em homenagem aoFestival Folclórico de Parintins. Ocatálogo RHM, edição de 2004, estendea lista até o número 214, e inclui 4 dospostais da série Carros Antigos, de 16/06/2001.

Há que se ressaltar que, embora existamregras rígidas para o Máximo Postal nas

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Exposições, para o colecionador, essasnão são necessariamente observadas, jáque ele poderá se utilizar das peças domodo que desejar.

Entendemos que podem existir duasmaneiras de interpretar a validade doMáximo Postal. Uma é a do colecionador

que prepara ou adquire suas peças apenaspelo prazer de colecionar. Neste caso elepode manter em sua coleção qualquerpeça que lhe agrade, ainda que não atendatotalmente às regras estabelecidas.

A outra é a do “Colecionador Expositor”.Aquele que prepara ou adquire suas peçascom o objetivo específico de participarde Exposições. Ele estará sempre focadonas regras que serão observadas pelosjuízes das Exposições. Neste caso terá queseguir rigorosamente as regras da FIP, sobpena de ver sua coleção desclassificada.

Uma das grandes virtudes daMaximafilia, e que a torna mais

fascinante, é a de possibilitar aocolecionador que exerça toda a suacriatividade e possa, dentro dos limitesdas regras estabelecidas, elaborar o seuMáximo Postal único, exclusivo.Satisfação que só é permitida àqueles quejá tiveram a rara oportunidade de, após

superar todas as dificuldades paraencontrar aquele postal ideal, querealmente expresse as qualidadesque desejava, poder levar sua peçaà Agência Postal para ser obliteradae finalmente transformá-la no tãoalmejado Máximo Postal. Muitasvezes essa busca não se realiza dadaa dificuldade de se conseguir opostal adequado. Ou então, quandoconseguimos encontrá-lo, ocarimbo concordante não está maisdisponível para obliteração.

Essa dificuldade reforça ainda maisa idéia defendida por algunsmaximafilistas, de se criar um grupoinformal, com representantes em váriasregiões do país, justamente para que osmembros desse grupo possam ajudar-semutuamente na busca do postal maisadequado na preparação do Máximopostal, rateando-se as despesasdecorrentes entre os mesmos.

Dessa forma, o representante da regiãodo Pantanal Matogrossense, por exemplo,poderia suprir os demais membros dogrupo com postais da fauna do Pantanal,permitindo que todos os interessadospudessem preparar excelentes Máximoscom a série emitida em 2002. Esse

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exemplo, obviamente vale paratodas as demais emissões temáticasque venham a ocorrer.

No dizer de Eurico C. E. LageCardoso, no artigo Maximafilia -Um Colecionismo Apaixonante,publicado no Boletim da APM, em1980, “O Postal Máximo pelas suaspróprias características mostra deforma sugestiva não só as belezasnaturais dum país através do motivoque o ilustra e do selo com o qualconcorda, mas também o seufolclore, a sua história, os seus costumes,os seus monumentos, enfim, tudo o querepresenta o seu ambiente natural e o seupatrimônio cultural e artístico. Estadivulgação constitui, sem dúvida, umainformação, um modo de dar a conheceraos outros o que se possui de bom, debelo, de original. Faz-se, assim,propaganda do país; chama-se, destemodo, a atenção para ele, provocando odesejo de o visitar e conhecer, o que sob

o ponto de vista econômico não é paradesprezar de modo algum mais”.

Lamentavelmente, essa modalidade decolecionismo não vem tendo amerecida atenção por parte dosfilatelistas e cartofilistas aqui no Brasil.Renomados maximafilistas brasileirosse destacaram com belas coleçõespremiadas em ExposiçõesInternacionais. Não obstante, todos osesforços adotados pelos grandes

maximafilistas, no sentido deestimular e preservar talmodalidade, resultaram em vão.Sem desmerecer os demais,destaco aqui os Srs. Greenhalg H.Faria Braga pelo vastoconhecimento que tinha sobre oassunto e seus inúmeros artigospublicados para a divulgação daMaximafilia, e Raymundo Galvãode Queiroz, grande mestre daMaximafilia, que à frente daSOMBRA - Sociedade de

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Maximafilia Brasileira , dedicouanos ao desenvolvimento e àpreservação da modalidade,incentivando o surgimento de novosadeptos. Em outros países,sobretudo na Europa, a Maximafiliaé por demais respeitada e possui umgrande número de aficionados eAssociações atuantes, como a“APM” em Portugal e “LesMaximaphiles Français”, na França.

Literatura Consultada:

Raymundo Galvão de Queiroz - MáximoPostal, esse desconhecido.Brasília, Editora Thesaurus, 1994.

Eurico C.E. Lage Cardoso - Maximafilia,Um Colecionismo Apaixonante.Artigo publicado na Internet,www.caleida.pt/filatelia, Portugal.

Boletins da APM - Associação Portuguesade Maximafilia - Lisboa, Portugal.

Artigos publicados na Revista COFI –ECT.

SELO PERSONALIZADO AFSC

A Associação Filatélica e Numismática de Santa Catarina já tem o seu selopersonalizado. Para compor o conjunto, foi usado o desenho da logomarcaAFSC.Dentre os modelos propostos pelosCORREIOS, os membros da AFSCescolheram, por votação, o tema “Fes-tividades”, pois ele condiz com o ca-ráter alegre, descontraído e receptivoda cidade de Florianópolis e de nossaAssociação.Um bonito par!

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A ilha sita nas coordenadas 27º35’ 22” de latitude sul e 48º 34’ 16’’ delongitude oeste, foi pelos primitivosaborígenes carijós, do grande grupotupi, apelidada de “Y-Jurerê-mirim”,o que significa para alguns “bocapequena de água”, ou para outros“passagem estreita”, mas ambosfazendo referência ao estreito que asepara do continente.

Foi conhecida como “ilha dospatos”, pelos espanhóis Cristóvão de Haroe D. Nuno Manoel, em 1514, ou com amesma denominação no ano seguinte, porJoão Dias Solis. Somente em 1526, que onavegador italiano Sebastião Caboto,embora a serviço do governo espanhol, aconsagrou à Santa Catarina,provavelmente em homenagem aomartirológico cristão de 25 de novembro,ou então como afirmam outros, à suaconsorte Catarina Medrano.

O povoado de Nossa Senhora doDesterro foi fundado por Francisco DiasVelho, em 1673. A paróquia foi criada em1730. Sua sede foi elevada à categoria devila, pela carta régia de 26 de março de1726. Declarada sede da Ouvidoria deSanta Catarina pela resolução do

Conselho Ultramarino, de 20 de junho de1749, mandada executar pela carta régiade 20 de novembro daquele ano. Instaladaa 1º de junho de 1750. Foi elevada àcategoria de cidade por carta de Lei, de20 de março de 1823.

O desenvolvimento do serviçopostal tomou impulso com a vinda dafamília imperial portuguesa para o Brasil,em 1808. A expansão dos correios, pelavia terrestre, de São Paulo para a capitaniade São Pedro do Rio Grande do Sul, ficouao encargo de Tomás José Fernandes, queem 1814, designou um oficial para estudara melhor rota, a fim de manter umacomunicação regular.

A carta régia de 24 de setembro de1817, com Regulamento Provisional,mandou estabelecer um correio regularentre a Corte e a vila de Porto Alegre,atravessando São Paulo e a ilha de SantaCatarina. Os custos seriam suportadospelo Administrador Geral dos Correios,José Pedro César, que obteve a concessãopor dez anos.

Através de edital deviam serindicados os dias de partida e regresso damala postal entre São Paulo e Porto

O CORREIO EM DESTERRO

Luis C. FritzenFlorianópolis, SC

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Alegre, com escala na ilha de SantaCatarina. A chegada a São Paulo deveriaacontecer até a véspera da partida de outramala postal destinada à Corte no Rio deJaneiro. De Porto Alegre, cada partidaaconteceria a cada 10 dias, estimando-seo tempo de viagem em 20 dias. O mesmoprazo e tempo para as partidas de SãoPaulo.

No Regulamento Provisional de1817, havia estipulação para que as Juntasda Fazenda das Capitanias de São Paulo,Santa Catarina e São Pedro tomassem asmedidas para estabelecer ascomunicações dos correios, podendonomear Administradores pagos pela RealFazenda a fim de receber as malas,

distribuir as cartas, cobrar os portes eentregar as malas aos condutores ao seremdespachadas.

O porte empregado na época, entreSão Paulo e Santa Catarina, era de 150réis para cartas de até quatro oitavas e de225 réis para cartas de até seis oitavas.Aumentava 75 réis para cada duas oitavasa mais. Entre Santa Catarina e PortoAlegre, era de 100 réis para quatro oitavasbem como aumentava 50 réis por duasoitavas a mais.

Os valores eram arrecadados pelosAdministradores nomeados pelasrespectivas Juntas da Fazenda.

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A partir de então o envio decorrespondência passou a ser atividadeprivativa dos correios, sob pena de osinfratores pagarem o dobro do porte naprimeira vez, o quádruplo na segunda vez,e assim sucessivamente, e caso houvessealgum transporte por particulares, osmesmos deviam pagar o porte emqualquer Administração.

Pela organização do Serviço Postaldo Império, em 1829, teve Desterro a suaadministração dos Correios, da qual oprimeiro titular foi Vicente José FerreiraBraga, auxiliado por um ajudante-contador e por um praticante-porteiro,além de um servente.

No ano de 1871, foi lançado umcabo submarino, ligando a Ilha de SantaCatarina ao Rio Grande do Sul. Acomunicação telegráfica teve grandeimpulso.

Foi a cidade palco da RevoluçãoFederalista, de 1893, sendo instalado umgoverno revolucionário, e proclamadaCapital do Governo Provisório Federal,o que motivou enérgica intervenção do

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então presidente da República, FlorianoPeixoto. Serenados os ânimos pela força,pela Lei Estadual nº 111, de 1º de outubrode 1894, passou a se denominar deFlorianópolis.

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ANOMALIAS E VARIANTES

Celso SuzukiFlorianópolis, SC

Há dois anos, quando comecei a meinteressar pelas moedas anômalas, devidoao grande número de tipos diferentesexistente na família do Real, nãoencontrei, na bibliografia especializada enos boletins que consultei, nada a respeitode como classificá-las, uma terminologiaou nomenclatura sistematizada. Resolvi,então, escrever este artigo, na tentativa deestabelecer uma classificação das moedasanômalas e das variantes. Muitas pessoasme auxiliaram na relação abaixo,principalmente as do grupo de discussãosobre moedas do Brasil do Yahoo – (http://br.groups.yahoo.com/group/moedas).

As ANOMALIAS ou ANÔMALAS sãomoedas resultantes de uma falha noprocesso de fabricação. Em geral, só égerada uma moeda. Podem existir váriasdo mesmo tipo mas todas serão diferentesentre si.

As VARIANTES são moedas que, sendodo mesmo tipo, foram produzidas por umcunho, anverso ou reverso, ou por um parde cunhos diferentes, e apresentam umaou mais alterações das característicasgerais definidas para a moeda, sendoencontradas dezenas ou centenas delas.

Antes de apresentar os tipos de anomaliase variantes, achei interessante descrevero processo de fabricação de uma moeda,não de forma aprofundada, mas uma visãogeral para que possamos imaginar comosurgem as anomalias e variantes.

Processo de Fabricação de uma Moeda:

1 – Fundição do metal – neste processofaz-se a mistura dos elementos paraformar a liga do metal da moeda;

2 – Laminação do metal – depois do metalfundido, a laminação transforma-o emtiras;

3 – Produção dos discos – as tiras de metalsão passadas em máquinas tipo saca-bocado, criando os discos das moedas.

4 – Orlagem – neste processo é feita aorla do disco, retirando as rebarbas elimpando o disco. Em alguns casos, comona moeda de R$ 0,50, é prensada alegenda.

5 – Cunhagem da moeda – o disco passapor uma prensa onde são batidos os doiscunhos simultaneamente;

6 – Contagem e distribuição – A contagemé feita automaticamente pela máquinacunhadora. São fechados sacos com ummilheiro de moedas cada. A Casa da

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Moeda do Brasil entrega tais sacos aoBanco Central, nas suas DelegaciasRegionais, de acordo com a necessidade.

Processo de Fabricação de um Cunho:

No sistema antigo de produção de cunhos,cada detalhe – positivo – (brasões, letras,efígies, algarismos, etc) era punçado emuma peça de ferro (tarugo) que, apósreceber todos os elementos necessários,recebia a têmpera e passava a chamar-secunho – negativo.

Positivo – é a figura ou legenda como avemos, diretamente;

Negativo – é a figura ou legenda refletida,como em um espelho.

Um punção positivo, quando batido notarugo, gera um detalhe negativo.

Atualmente, a Casa da Moeda do Brasilutiliza a modelagem virtual - simulaçãotridimensional de uma peça feita com oauxílio de ferramentas de computação -através de uma máquina de comandonumérico que gera um punção positivomaior que a futura moeda. Este punçãode aço, depois que aprovado, é reduzidoem pantógrafo para o tamanho 1:1,positivo, recebe a têmpera e dele extraem-se os cunhos necessários, negativos.

As ANOMALIAS podem ser:

Disco Defeituoso – gerado na preparaçãoda liga do metal que forma a moeda. Podeser uma bolha de ar, um acúmulo de umasubstância ou uma impureza, causandoum defeito no disco, aparentando

corrosão, coloração diferente ou mesmoum buraco no disco.

Disco Cortado – pode ser causado poruma falha na máquina que gera os discos,podendo ser RETO, quando pegar oextremo da tira metálica, ou CURVO,quando pegar no buraco de outro disco.

Disco Trocado – é gerado quando o discoprensado não é o disco padrão da moeda;

Dupla batida – é causada quando o disco,mesmo depois de prensado, entranovamente na prensa ou não saiu,recebendo novo cunho, podendo serrotacionado ou deslocado do primeiro.

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Cunho deslocado ou Boné – quando nomomento da batida dos cunhos, o disconão estava corretamente centrado.

Unifacial – quando a moeda recebeapenas um cunho, anverso ou reverso.Pode ocorrer quando dois discos entramna prensa, sendo que cada um recebe umdos cunhos.

Pseudo Incusa – é gerada quando, naoperação de cunhagem, o disco anteriornão saiu e um novo disco entrou. Esterecebe a batida de um cunho em uma facee da moeda anteriormente gerada na outra.Como resultado apresenta o mesmo cunhoem ambas as faces, sendo em relevo emuma e côncava na outra.

Disco Liso – quando o disco não entrouna prensa de cunhagem, mas possui a orlafeita.

As VARIANTES podem ser:

Dupla Cunhagem – é gerada nomomento de fazer o cunho negativo, combatidas rotacionadas.

Data Emendada – quando, no momentode fazer o cunho, o responsável porcolocar a data erra o punção, colocandoum número errado. Corrigido o erro,ficam marcas do número anterior. Podeocorrer, também, quando a alteração éfeita na matriz, ficando visível, sob o novonúmero, algum vestígio do original. Istoé feito para evitar a produção de umcunho, completamente novo.

Híbrida – moeda que apresenta anversoou reverso diferente do que originalmenteestabelecido.

Cunho Umbigado – causado pelo choquedos cunhos, sem que existisse um discoentre eles, deixando marcas do reverso noanverso e vice-versa. O Cunho umbigadotambém é considerado uma variante decunhagem porque se repete em váriasmoedas. Deve-se observar que este erronão foi causado no momento dafabricação do cunho, foi causado noprocesso de fabricação da moeda.

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Segundo informações da Casa da Moeda,assim que é descoberto o cunhoumbigado, os cunhos são trocados.

Cunho Rachado – é gerado quando ocunho, após muitas batidas, começa aapresentar rachaduras, formando marcasem relevo, podendo ser em forma de estriaou linha, concêntricas ou radiais. Pode sercausado também, quando a força da batidaempregada é muito maior que anecessária, ou, quando a liga do metal dodisco é muito mais dura que o ideal.

Reverso Inclinado – é gerado quando umdos cunhos não foi fixado exatamente nomesmo eixo do outro, podendo ser reversohorizontal, quando a diferença é de 90graus ou reverso invertido, quando adiferença é de 180 graus.

Como as anomalias são falhas no processode fabricação, ocorrendo muitoraramente, elas podem ser consideradasraras, algumas mais que outras. Noentanto, “raro” não significa “valioso”,isto porque se deve levar em conta omercado. Se existirem dez peças de umaanomalia, mas somente duas pessoas acolecionarem, o preço deve ser baixo. Emcompensação, se existirem cem peças,mas milhares de colecionadoresinteressados, o preço deve ser mais alto.

O colecionismo de anomalias e variantesé:

educacional, porque, quando se encontraum defeito, fica-se imaginando como istoocorreu;

emocionante, principalmente quando seencontra algo diferente e,

não dispendioso, porque se podecolecionar tão somente moedas emcirculação.

Como registrei no início deste artigo, oque despertou meu interesse neste tipo decolecionismo foi a enorme quantidade dedefeitos apresentados nas moedas doReal, sendo que estas podem serfacilmente encontradas nos bancos, nocomércio ou em nossa carteira.

Eu, por exemplo, guardo as moedas querecebo de troco durante a semana e nofinal dela, analiso todas e separo aquelasem que encontro algo diferente. Nãoforam poucas as vezes em que tivesurpresas agradáveis, como a moedahíbrida de R$ 0,05 mostrada no artigo, ealguns reversos invertidos.

E então, interessaram-se? Alguém sehabilita? Boa caçada a todos. :-)

Colecionador,

Associe-se a um Clubeou Associação.

Seja participante!

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ESTRADA DE FERRO MADEIRA-MAMORÉ

Arlan dos Santos ArgôloPorto Velho, RO

No final do século XIX, a crescenteutilização da borracha na indústria e oconstante aumento da produção, tanto nosseringais do Vale Madeira-Guaporé comonas áreas limítrofes da república daBolívia, exigiam a organização de umeficiente sistema de transporte, incluindoa construção de canais, planos inclinados,rodovias ou ferrovias contornando ostrechos encachoeirados dos rios Mamorée Madeira, de modo a tornar o trâmitelivre, favorecendo o escoamento doproduto e o abastecimento das áreasprodutoras.

Em 17 de novembro de 1903, poriniciativa do Barão de Rio Branco, foifirmado o Tratado de Petrópolis, entreBrasil e Bolívia. Por este acordo, foramanexadas ao território brasileiro as terrasque hoje constituem o estado do Acre,mediante o pagamento de dois milhõesde libras esterlinas e a construção de uma

ferrovia no trecho do Alto Madeira, queera de grande interesse para os bolivianos.

A construção da ferrovia foi assiminiciada em 1907 e concluída em 1º deagosto de 1912, com um total de 364 Km.Um desvio feito em 1923 aumentou suaextensão para 366 Km.

Foram inúmeras as visitas depersonalidades brasileiras ao local ondese encontrava a ferrovia Madeira-Mamoré. Dentre elas, destaca-se a visitado médico sanitarista Oswaldo Cruz, emjulho de 1910, para um trabalho desaneamento da cidade de Porto Velho.

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Já o escritor modernista Mário deAndrade, em seu diário de viagens “UmTurista Aprendiz”, narra o seucontentamento ao visitar a ferrovia emjulho de 1927.

A estrada nunca rendeu os lucrosesperados, até que com a segunda guerramundial, voltou a ser consideradaimportante, pois abastecia a indústria depneus para os veículos aliados.

A ferrovia agonizou lentamente duranteanos, por ser deficitária em termoseconômicos devido à desvalorização daborracha da Amazônia. Seus apitossoaram pela última vez em 1972.

Hoje, a ferrovia Madeira-Mamoréfunciona apenas para fins turísticos e serápalco da nova mini-série da Rede Globode Televisão, com estréia marcada parajaneiro de 2005, em que, baseada no livroromance de Márcio Souza “Mad Maria”,a história da ferrovia será contada a todosde uma forma mais romântica.

Temos interesse em adquirir:

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anteriores a 05/12/69;- Carimbos da cidade de Conchas -

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Os Formulários de Telegramase seus elementos Temáticos

Carlos Dalmiro - Chapecó, SC

O verbete telegrama origina-se do Gregotêle, longe + grámma, letra. Trata-se deuma forma de comunicação transmitidaou recebida pelo telégrafo; despachotelegráfico.

A palavra designa uma modalidade deserviço prestado pelos Correios ao redordo mundo que permite o processamento,gerenciamento e entrega física aodestinatário de mensagens expressascaptadas atualmente pelos canais:Internet, telefone, mídia eletrônica ebalcão de agências dos correios.

O telegrama apresenta uma série depeculiaridades redacionais, nãocomportando ponto final, vírgula, ponto-e-vírgula, acento, etc. No lugar do acentoagudo, coloca-se um “h” (para que nãose confunda “e” com “é”). No lugar deuma vírgula, coloca-se “vg”; no lugar deum ponto, “pt”. Tais situações residem nofato do telegrama ser tarifado pelo númerode palavras que constituem a mensagem.

Lembramos que, em alguns países, osserviços de telégrafos foram, emdeterminados momentos, dissociados dosserviços de correios, sendo prestados porempresas diversas.

Sem adentrarmos nas peculiaridades dealgumas administrações postais etelegráficas, o certo é que tal serviço jáfoi um dos principais elementos deaproximação das pessoas, mormente emtempos anteriores ao advento do correioeletrônico (e-mail), principalmentequando a urgência da comunicação era oelemento essencial.

Para facilitar tal tarefa, as administraçõespostais passaram, ao longo do tempo, aemitir formulários oficiais, colocando-osà disposição dos usuários, sem falar nosselos emitidos exclusivamente paracustear tal serviço.

É neste particular que o telegrama passaa ter importância filatélica, em particulara temática, objeto deste artigo.

Com o objetivo de reduzir custos nastarefas de impressão destes formulários,os Correios passaram a adicionarpropagandas de empresas públicas eprivadas, ou de eventos, nestes impressos.

Podemos encontrar propagandas deempresas petrolíferas, feirasinternacionais, semana da pátria, cursosde idomas, aves, plantas, dentre muitosoutros temas.

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A garimpagem, por parte do filatelistadedicado, é muito vasta e agradáveissurpresas poderão surgir ao atentocolecionador.

A pesquisa poderá permitir que seencontrem elementos temáticosimportantes. Aves que estão retratadas nosformulários, poderão ser incluídas porcolecionadores deste tema.

Como se vê, basta a pesquisa, pois acolheita é quase certa.

Em nossa tarefa de colecionador temático,já encontramos algumas peçasimportantes no desenvolvimento de nossatema.

Portanto, bom divertimento!

VOCE SABIA?...

De todos os catálogos surgidos no século XIX, um ainda é publicado. Trata-se doYvert et Tellier, cuja primeira edição data de 1897. Entretanto, o sucesso destapublicação veio em 1902, quando seus autores, Louis Yvert e Théodule Tellier,associaram-se a um grande colecionador - Théodore Champion, com a intenção decotar o preço dos selos e demais peças filatélicas.Hoje, o Y&T é reconhecidamente um dos mais importantes e mais vendidos catá-logos do mundo, e seguramente um dos preferidos dos filatelistas brasileiros.

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A IDADE MÉDIA COMO TEMA

Lucia MilazzoFlorianópolis, SC

Pouco aceita como tema filatélico, aIdade Média é rica fonte de estudo.

Ao contrário do que se pensa, estaépoca da civilização, que, tradi-cionalmente, vai da queda do Impérioromano no Ocidente, século V, àdescoberta da América, século XV, nãofoi obscura, tampouco improdutiva.

Foi neste período que, graças aosistema feudal em que senhoresdominavam e guerreavam ungidos porDeus, se viu nascer a idéia de organizar asociedade, tendo em vista o trabalho e a

defesa das terras - hoje, para nós, a idéiade cidades.

Como conseqüência, surgiuum tipo de sociedade única epoderosa cuja dinâmicapermitiria seu envolvimento atémesmo com a conquista dasAméricas – aliás, o primeirodesbravamento do mundo comconseqüências positivas enegativas.

Foi também, nesta época,que se desenvolveu o pensamento mítico,resultado da luta do cristianismo com econtra a mitologia pagã, herança daantigüidade.

Foi, igualmente, nesta ocasião que ohomem ocidental, já inquieto, quisdesvendar o sentido, a utilidade e ossegredos das coisas, da vida. Enigmas,atualmente, a serem respondidos pelaciência.

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Portanto, escolher a Idade Médiacomo tema será sempre uma boa opçãonão só para explorar um mundolongínquo mas também para afastar, denós, o niilismo contemporâneo, que levaas civilizações à destruição.

(Fonte: La Nouvelle Revue d’Histoire,julho/agosto 2004, França).

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TRIBUNAL DE JUSTIÇADE SANTA CATARINA

CORREIOSFlorianópolis, SC

Os CORREIOS, em 01 de outubro de2004, lançaram carimbo comemorativo einteiro postal, homenageando o Tribunalde Justiça de Santa Catarina, pelapassagem dos 113 anos de sua instalação.

A república, instalada em 1889, instituiuo Federalismo e a Carta Magna introduziuo sistema dual – Justiça Federal e Justiçados Estados. Cada unidade da Federeçãoseria regida pelas constituições e leis queadotasse, respeitados os princípiosconstitucionais da União.

A Constituição Catarinense de 1891, nocaput do artigo 49, explicitou que os trêspoderes – Executivo, Legislativo e

Judiciário – seriam independentes eharmônicos entre si, e instituiu odenominado “Superior Tribunal deJustiça” como órgão de segunda instância“com as atribuições que a lei confere aostribunais desta categoria.

O Superior Tribunal de Justiça de SantaCatarina era composto inicialmente porcinco desembargadores, escolhidos dentreos juízes mais antigos. Em agosto de1891, o governador Gustavo Richardnomeou os doutores José Roberto ViannaGuilhon, Francisco da Cunha MachadoBeltrão, Edelberto Licínio da CostaCampelo, Domingos Pacheco D’Avila eJosé Alysio de Carvalho Couto para

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comporem o corpo julgador do órgãomáximo da Justiça Estadual.

O Tribunal de Justiça de Santa Catarinafoi instalado no dia 1 de outubro de 1891,na saída do Conselho de IntendênciaMunicipal da Casa da Câmara, à PraçaXV de Novembro.

Quando da instalação do Tribunal deJustiça, o Estado de Santa Catarina foidividido em quatorze comarcas: Capital,São José, São Miguel, Tijucas, Itajaí,Blumenau, São Francisco do Sul,Joinville, São Bento, Laguna, Tubarão,Araranguá, Lages e Curitibanos. Nomesmo ano foram criadas as comarcas deBrusque e São Joaquim.

São órgaos do Poder Judiciário do Estado:O Tribunal de Justiça, os Juízes de Direito,os Juízes Substitutos, o Tribunal do Júri,os Juízes de Paz e a Justiça Militar.

O Tribunal de Justiça é o órgão máximodo Poder Judiciário em Santa Catarina,tendo por sede a capital e jurisdição emtodo o território estadual.

Estiveram presentes à solenidade delançamento do carimbo comemorativo edo inteiro postal, o presidente do TJSC,Dr. Jorge Mussi, o presidente da OAB/SC, Dr. Adriano Zanotto, e o presidenteda AFSC, Luis Claudio Fritzen.

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ÍNDICE DE ANUNCIANTES (ordem alfabética)

Ademar Goeldner 23Celso e Daniela Suzuki 19Cesar Lima Ottoni 28Cícero de Lima 23CVFIL 26Edison Correa 13Filatélica OLHO DE BOI 19Luiz Sérgio Araújo 25MULTICOLECIONISMO 09NUMISTEC 26PIRES FILATELIA 31REICHERT e SOARES 27Rubens Moser 09SELOS & Cia 32

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A AFSC vem desenvolvendo um importante trabalho de divulgação do colecionismoem geral.

Editamos anualmente o Boletim Santa Catarina Filatélica, realizamos Vendas Sob Ofertasa cada dois meses. Anualmente, no mês de agosto, realizamos o tradicional Encontro deColecionadores.

Outras atividades por nós desenvolvidas são a edição do jornal “SETE”, a realização deexposições, mostras e palestras para novos colecionadores.

Todas as nossa publicações, programações e convites são enviados a todos os sócios,Clubes e Associações congêneres. Dispomos também de vasta Biblioteca que está àdisposição dos associados em nossa sede social.

Para dar suporte aos dispêndios decorrentes das atividades referidas, dependemosexclusivamente da arrecadação das anuidades pagas pelos nossos associados, que podemser das seguintes categorias:

Efetivos - residentes na Grande Florianópolis com idade a partir de 18 anos ....R$50,00

Juvenis - residentes na Grande Florianópolis com idade inferior a 18 anos .....R$10,00

Correspondentes no Brasil - residentes fora da grande Florianópolis ..............R$20,00

Correspondentes no Exterior - residentes em outros países ..........................US$ 35,00

Ao pagar a anuidade, você terá direito a um anúncio gratuito em nosso site durante umano.

Caso seja do seu interesse associar-se, remeta-nos a ficha no verso desta, devidamentepreenchida, acompanhada de cheque nominal à AFSC, ou fotocópia do recibo de depósitona conta 043.944-7, agência 055-8 do Banco do Estado de Santa Catarina - BESC.

Se você já é associado, regularize sua situação pagando a anuidade em dia. Mantenhaseus dados atualizados. Só assim poderemos bem atendê-lo.

A Diretoria

Associação Filatélica e Numismática de Santa Catarina

Fundada em 6 de Agosto de 1938

Fone/Fax (48) 222-2748 – Caixa Postal 229

CEP 88010-980 – Florianópolis – SC

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Associação Filatélica e Numismática de Santa Catarina

Fundada em 6 de Agosto de 1938

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CEP 88010-980 – Florianópolis – SC

INSCRIÇÃO / ATUALIZAÇÃO DE ASSOCIADO

TEMAS OU PAÍSES COLECIONADOS:

Nome: ___________________________________________________________

Endereço: ___________________________________ Cx. Postal: __________

CEP: ____________ Cidade: ________________________ Estado: _______

Telefone: ________________ Profissão: _______________________________

Sexo: _____________ Data de nascimento: ____________________________

E-mail: __________________________________________________________

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