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ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DOS INDUSTRIAIS DE ALIMENTOS COMPOSTOS PARA ANIMAIS

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ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DOS INDUSTRIAIS DE ALIMENTOS COMPOSTOS PARA ANIMAIS

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

ANO DE 2010

INDICE

♦ INTRODUÇÃO 1

♦ ENQUADRAMENTO MACRO-ECONÓMICO

♦ A HARMONIZAÇÃO DO IVA NOS ALIMENTOS COMPOSTOS

PARA ANIMAIS 3

♦ AUDIÊNCIA COM O MINISTRO DA AGRICULTURA

- DESAFIOS DA INDÚSTRIA 4

♦ CONJUNTURA DO MERCADO DE CEREAIS E IMPACTO

PARA A INDÚSTRIA 6

♦ CONTINGENTE DE MILHO DE PAÍSES TERCEIROS 10

♦ CONTRATAÇÃO COLECTIVA DE TRABALHO 11

♦ ORÇAMENTO DE ESTADO AGRAVA CRISE DA INDÚSTRIA DE

ALIMENTAÇÃO ANIMAL E DA PECUÁRIA NACIONAL

♦ REAP – REGIME DE EXERCÍCIO DA ACTIVIDADE PECUÁRIA 12

♦ RESPONSABILIDADE AMBIENTAL 13

♦ ROTULAGEM E COMERCIALIZAÇÃO DE ALIMENTOS PARA ANIMAIS

♦ TAXA SIRCA 14

♦ ORGANISMOS GENETICAMENTE MODIFICADOS

♦ SECÇÃO DE FABRICANTES DE PRÉ-MISTURAS (SFPM) 15

♦ ANÁLISE DO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

♦ CONCLUSÃO 16

♦ INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

♦ CONTRATOS COLECTIVOS DE TRABALHO 18

♦ ONS – CT 37 ALIMENTOS PARA ANIMAIS

♦ MOVIMENTO ASSOCIATIVO 19

♦ REVISTA “ALIMENTAÇÃO ANIMAL” 20

♦ ANUÁRIO IACA

♦ INFORMAÇÃO SEMANAL

♦ NOTAS DA SEMANA

♦ INFO IACA

♦ REUNIÕES INSTITUCIONAIS

♦ REPRESENTAÇÕES DA IACA 21

♦ CALENDÁRIO DAS PRINCIPAIS ACTIVIDADES DA IACA EM 2010 22

♦ PARECER DO CONSELHO FISCAL 25

♦ ASSEMBLEIA GERAL DA IACA DE 14 DE ABRIL DE 2011 26

♦ ESTATÍSTICA DO SECTOR 27

♦ LEGISLAÇÃO NACIONAL RESPEITANTE À INDÚSTRIA 38

♦ LEGISLAÇÃO COMUNITÁRIA APLICÁVEL AO SECTOR 49

IACA – Relatório de Actividades de 2010 Página 1

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

ANO DE 2010

INTRODUÇÃO Em conformidade com os Estatutos, a Direcção da IACA apresenta à Assembleia Geral Ordinária de 14 de Abril de 2011, o Relatório e as Contas relativas ao Exercício de 2010. Divulgamos, em seguida, o nosso Relatório de Actividades que integra para além da actividade da IACA nos dossiers mais relevantes que acompanhámos – com destaque para a conjuntura do Sector e o impacto da subida constante dos preços das matérias-primas – a estatística da produção de alimentos compostos e o consumo de matérias-primas, num ano de extrema exigência e de enormes preocupações, sem dúvida o mais difícil que a Indústria já viveu no seu já longo historial.

ENQUADRAMENTO MACRO-ECONÓMICO Se os dois últimos anos foram marcados por grandes dificuldades, 2010 trouxe ainda maiores problemas para a vida das empresas, consequência da grave crise económica e financeira e da instabilidade política que caracterizou o país, condicionando, de forma muito negativa, toda a actividade empresarial e naturalmente a indústria de alimentos compostos para animais, em particular durante o segundo semestre, em que se assistiu a uma alta (inimaginável) dos preços das matérias-primas, fruto de uma excessiva volatilidade e especulação bolsista. Em 2010, assistiu-se, ao nível político e não só, a intermináveis discussões em torno do elevado deficit público, da divida soberana e do cumprimento do Programa de Estabilidade e Crescimento, tendo como pano de fundo a ameaça do País ter de pedir ajuda externa à semelhança do que aconteceu com a Grécia e a Irlanda e que culminaram, já no final do ano, com a preparação do Orçamento de Estado para 2011, que faz antever medidas de austeridade bastante severas. Apesar do aumento do PIB anual em 1.4%, o último trimestre de 2010 registou uma quebra de 0.3% face ao trimestre anterior, devido à redução do consumo privado e o desemprego atingiu níveis de 11.1%, historicamente elevados a fazer recear o pior no próximo ano. Assim, não foi em 2010 que os problemas estruturais foram resolvidos como muitos até se agravaram, criando ainda maiores debilidades no conjunto da Fileira Pecuária. Apesar do panorama de grave crise que o País atravessa, as autoridades nacionais teimam em manifestar alguma insensibilidade para a resolução dos problemas dos sectores, pecuário e agro-alimentar, de que são exemplo: - As questões ambientais e de licenciamento no quadro do REAP, - O diferencial das taxas do IVA, designadamente em relação a Espanha e em particular ao nível dos alimentos para animais de companhia, - A posição dominante das cadeias de distribuição com as consequências, para o tecido empresarial, decorrentes das gravosas práticas comerciais e da crescente penetração das marcas brancas. Nesta perspectiva, apesar das expectativas criadas pelo novo Governo como resultado das Eleições Legislativas de Setembro do ano anterior, 2010 foi claramente um ano perdido.

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Confrontada com os agravamentos dos preços das matérias-primas e dos factores de produção, a indústria de alimentos compostos foi obrigada a reflectir estes aumentos nos preços dos seus produtos, os quais constituem, como todos sabemos, o principal factor de custo das produções pecuárias. Em contrapartida, os produtores pecuários não conseguiram repercutir os aumentos dos custos nos preços dos produtos finais, situação agravada pela pressão das importações e pela actuação da grande distribuição que, beneficiando da sua posição de domínio, tem procedido ao esmagamento dos preços de compra pelo sector retalhista e como consequência, provocado sucessivas quebras nos preços pagos à produção. A contínua alta dos preços das matérias-primas e os prazos de pagamento da produção pecuária - cada vez mais dilatados - colocaram as indústrias da alimentação animal no limite da sua capacidade financeira e de endividamento e, por outro lado, pelas razões atrás referidas, os produtores pecuários não conseguem suportar novos aumentos. A situação é pois dramática para a Fileira, podendo conduzir ao encerramento de milhares de explorações pecuárias e unidades fabris no curto/médio prazo. Neste clima profundamente adverso, com tantas limitações que se colocam ao desenvolvimento da actividade pecuária e que decorrem dos constrangimentos de natureza ambiental, segurança alimentar e bem-estar animal, acrescido dos chamados “custos de contexto”, sem possibilidades de aumentar os efectivos em Portugal, a produção de alimentos compostos para animais registou uma nova quebra (estimada em torno dos 2%), sendo a avicultura o único segmento a registar uma tendência de estabilidade. As crises da bovinicultura, quer ao nível da carne, quer na vertente leite – apesar da melhoria dos preços do leite – e em particular da suinicultura, foram as principais responsáveis pela conjuntura de 2010, constituindo motivo de particular preocupação as reduções nestes segmentos e que se situam em níveis de 7% relativamente a 2009. Ao nível das principais matérias-primas para a alimentação animal, a partir do segundo semestre de 2010, coincidindo com a decisão da Rússia de proibir a exportação de cereais e de outros países, como a Ucrânia, a limitarem também as exportações, a volatilidade e a especulação dos preços, entrou em espiral altista (que já nem encontra paralelo na crise alimentar de 2007 e 2008), agravada pelos baixos níveis dos stocks mundiais. Com este panorama cremos ser real uma nova crise alimentar (como prevê o relatório da FAO), potenciado igualmente pelo aumento da procura de matérias-primas para a produção de biocombustíveis, numa competição, indesejável e perigosa, entre a energia e a alimentação. De facto, desde o inicio de Julho e até Dezembro de 2010, os preços dos cereais subiram 65% - no caso do trigo forrageiro, 74% - na cevada e 33% - no milho e quanto aos produtos do denominado “complexo soja”, registam-se subidas superiores a 20%, não se vislumbrando uma inversão desta tendência nos primeiros meses de 2011. Durante este período, os custos dos alimentos compostos registaram agravamentos da ordem dos 30% e os preços dos produtos pecuários ou se mantiveram ou registaram mesmo uma quebra, pelo que os custos de produção são hoje mais elevados que os preços de venda e as margens são negativas para a maioria dos produtos pecuários, com destaque para o leite e carne de suíno. Os prazos de recebimento são cada vez mais dilatados e a Indústria da Alimentação Animal já não é capaz de assumir a função tradicional de financiadora da actividade (que de resto não lhe compete), pois, ela própria, depara-se com crescentes dificuldades de tesouraria e de acesso ao crédito. Vive-se uma situação de asfixia financeira, sendo claramente insustentável a manutenção da conjuntura actual no muito curto prazo, o que põe em causa a sobrevivência de toda a Fileira e da actividade pecuária em Portugal e, com ela, uma parte importante do Mundo Rural.

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A HARMONIZAÇÃO DO IVA NOS ALIMENTOS COMPOSTOS PARA ANIMAIS

Em 8 de Janeiro, preocupados com a problemática do IVA e tendo em conta a elaboração do Orçamento de Estado para 2010, na sequência de contactos anteriores, dirigimos uma carta ao Ministro das Finanças, com conhecimento aos Ministros da Agricultura, Economia e Grupos Parlamentares com assento na Assembleia da República, solicitando o apoio a esta nossa iniciativa: a harmonização do IVA à taxa reduzida de 5% para todos os alimentos compostos para animais. Apesar do apoio do Ministro da Agricultura e de alguns Grupos Parlamentares, o Ministério das Finanças não se mostrou disponível para contemplar as pretensões da IACA. Convictos da inteira justiça dos nossos argumentos, regressámos a este tema no final do ano, aquando da preparação do Orçamento de Estado para 2011, enviando uma nova exposição com o seguinte teor: “A Alimentação Animal é hoje reconhecida como uma componente base de toda a cadeia alimentar, pelo seu importante papel na definição da Segurança Alimentar para os produtos de origem animal. Assumindo-se como um dos mais importantes sectores da Indústria Agro-Alimentar nacional, os alimentos compostos para animais representam o principal factor de custo das produções pecuárias, com reflexos directos nos preços da carne, peixe, leite e ovos, bens essenciais na dieta alimentar dos portugueses. São ainda indispensáveis na alimentação de um grande número de animais de companhia e outros destinados a actividades lúdicas, de lazer, ou com uma componente social e terapêutica cada vez mais importante na nossa Sociedade, nomeadamente os cavalos, utilizados de forma crescente em técnicas de hipoterapia. Na actual conjuntura de crise económica e social em que vivemos, que naturalmente se estende ao nosso Sector e que decorre da profunda descapitalização da pecuária nacional e da redução do consumo, são crescentes as denúncias da parte dos nossos associados de situações de vendas sem factura, facturações sem IVA e a não declaração aos Serviços do IVA de compras intracomunitárias, nomeadamente provenientes do mercado espanhol. Acresce a realidade da entrada de alimentos destinados à alimentação de cães e gatos e outras espécies animais, com especial incidência nas zonas confinantes com Espanha, devido ao diferencial de IVA entre os 2 países (actualmente 21% em Portugal contra 8% em Espanha). Segundo as nossas estimativas, existirá um significativo mercado paralelo, consequência do aludido diferencial de IVA. Todas estas situações, como Vossa Excelência compreenderá, preocupam fortemente as empresas associadas, sobretudo no actual contexto de mercado depressivo, tanto mais que estas investiram fortemente em sistemas de qualidade e de rastreabilidade para fazer face às crescentes exigências europeias em matéria de segurança alimentar. Para além dos aspectos inadmissíveis de concorrência desleal, está em causa igualmente a perda de receita fiscal e o desenvolvimento sustentável de um Sector que é importante nas zonas rurais, para as quais não existem alternativas em termos de emprego, agravando ainda mais as já débeis condições económicas e sociais do interior do país. Nesta perspectiva, em nome da transparência, da leal concorrência e de uma maior justiça fiscal e tendo presente o recente anúncio pelo Governo de um eventual aumento do IVA para o próximo ano, vimos solicitar a rápida intervenção de Vossa Excelência no sentido de, no âmbito do Orçamento de Estado para 2011, alterar a taxa actual do IVA em todas aquelas espécies animais que não estão abrangidas pela taxa reduzida, harmonizando deste modo o IVA no sector dos alimentos compostos para animais como há muito acontece em Espanha.

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Estamos certos que com esta medida se criarão condições para a melhoria da competitividade do sector, a fixação das empresas no interior, o aumento do investimento e do emprego e naturalmente a redução das importações, sobretudo o comércio transfronteiriço que muitas vezes escapa ao controlo das autoridades oficiais. É nossa convicção que no curto e médio prazo as receitas geradas compensarão largamente a eventual perda decorrente da redução do IVA, pelo crescente abastecimento do mercado com base na produção nacional, medida fundamental para minorar os actuais problemas do deficit externo e um sinal claro do Governo que nos permitirá enfrentar, com maior optimismo, as enormes dificuldades que se avizinham em 2011.”

AUDIÊNCIA COM O MINISTRO DA AGRICULTURA DESAFIOS DA INDÚSTRIA

Em 9 de Fevereiro, a IACA foi recebida em audiência pelo novo Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, Prof. Doutor António Serrano, acompanhado do Secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, Eng.º Rui Barreiro. As principais conclusões do encontro foram divulgadas numa edição específica da INFO IACA mas sublinha-se o interesse, acolhimento e sobretudo a partilha de pontos de vista nos principais dossiers (REAP, Grande Distribuição, IVA, Aprovisionamento de Matérias-Primas, OGM, Farinhas Animais) entre os actuais responsáveis políticos do Ministério e as posições e soluções que a IACA defende, tendo por base um Memorandum que a IACA entregou na referida audiência.

« No universo da indústria agro-alimentar nacional que movimenta anualmente mais de 12 mil milhões de €, 16% do total da indústria transformadora e 8% do PIB, os sectores das carnes (15%), do leite (13%) e dos alimentos compostos (9%) são os mais importantes, o que significa que a Fileira Pecuária é o Sector com mais peso na agro-indústria nacional, contribuindo para o desenvolvimento sustentado do mundo rural, em termos sociais e económicos. Os alimentos compostos representam o custo mais significativo nas explorações pecuárias, variando entre 40% nos bovinos a 75% na avicultura de carne e suínos. As matérias-primas têm um peso de 80% nos custos de produção dos alimentos compostos para animais, donde se conclui que dos preços das matérias-primas depende a competitividade dos alimentos compostos e, consequentemente, a capacidade competitiva da pecuária portuguesa. Portugal, infelizmente, não tem capacidade para aprovisionar o mercado da alimentação animal, dependendo cada vez mais de países exteriores à União Europeia (excepção para os cereais) o que nos coloca numa situação mais vulnerável face aos nossos principais concorrentes directos. Em conclusão, da competitividade das matérias-primas depende a capacidade competitiva dos alimentos compostos e estes são essenciais para assegurar a viabilidade das produções pecuárias em Portugal bem como de toda a Fileira Pecuária. A segurança da alimentação animal constitui um aspecto determinante para a boa saúde e bem-estar animal e, consequentemente, na garantia da qualidade dos produtos de origem animal, ou seja, para além dos aspectos económicos e sociais, as questões ligadas à sanidade e higiene continuam a assumir um papel relevante na Sociedade, pelo que a alimentação animal é hoje um elemento central da cadeia alimentar.”

� REAP: A IACA referiu as suas preocupações face às limitações e exigências ambientais e o

impacto negativo para as explorações pecuárias e para a nossa Indústria, a falta de coordenação entre as várias entidades e a impossibilidade prática de se cumprirem algumas dos requisitos da legislação actual. O Ministro concordou com a nossa argumentação que tem sido a mesma utilizada pelas Associações representativas da pecuária e referiu que já tinha criado uma Comissão de Acompanhamento do Licenciamento das Actividades Pecuárias (CALAP) que

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envolve as organizações, a Agricultura e o Ambiente. Tem havido uma boa abertura da parte do Ministério do Ambiente e o objectivo da Comissão é o de corrigir os aspectos negativos e propor um regime mais simplificado e uma interpretação clara de aspectos que continuam difusos. Durante o primeiro semestre de 2010 será operacionalizado todo o programa. Quanto às explorações sem licença, não serão encerradas mas terão de cumprir as exigências decorrentes do período de transição.

� Grande Distribuição: A delegação da IACA apontou a relação actual entre a grande distribuição alimentar e os fornecedores como um dos principais estrangulamentos que se colocam à pecuária nacional, situação bem vincada com a crise do leite mas que se estende a todos os produtos animais. O esmagamento das margens, o peso crescente das marcas brancas, prazos de recebimento cada vez mais dilatados e abusos ao nível das relações comerciais são práticas abusivas e que põem em causa o futuro de toda a Fileira. Uma vez mais, os responsáveis do Ministério referiram que têm dado particular atenção a este problema, já reuniram com a APED e esta organização está disponível para encontrar soluções. Colocou ainda o problema do Interprofissional em Portugal, no sentido de ganhar dimensão comercial do lado da oferta e referiu que esta questão está a ser analisada em Bruxelas, no âmbito da União Europeia, visando a melhoria do funcionamento da cadeia alimentar. Prometeu o apoio do Governo e a disponibilidade de colaboração.

� Aprovisionamento de Matérias-Primas: Neste ponto, a IACA analisou o problema do aprovisionamento de matérias-primas para a alimentação animal e a nossa crónica dependência externa, os estrangulamentos criados pelos OGM (aprovação de novos eventos e o fim da tolerância zero), a necessidade de dispormos de cevada da intervenção numa altura em que os silos comunitários dispõem de cerca de 3 milhões de toneladas, o contingente de milho de países terceiros e as pressões de outros países para a sua comunitarização e o problema da utilização de proteínas animais, bem como o desenvolvimento de proteaginosas. Quanto aos OGM, o Ministro António Serrano referiu já conhecer as posições da IACA e concorda que tem de haver uma maior ligação entre as posições do Ambiente e da Agricultura. Defenderá em Bruxelas o fim da tolerância zero e as orientações são as de que Portugal deve aprovar os eventos transgénicos desde que exista um parecer científico favorável. Quanto à cevada de intervenção, pediu ao GPP que entrasse em contacto com a IACA para estudarmos em conjunto o problema e pedirá em Bruxelas a intervenção, se houver oportunidade para tal. O facto de não estarmos a executar o contingente do milho constitui um obstáculo e neste processo, prometeu que irá defender a manutenção do regime enquanto tal for possível porque Portugal precisa de melhorar as condições de aprovisionamento. Quanto ao problema das farinhas de carne, concorda que as limitações da separação de linhas são um entrave para a sua utilização e solicitou ao Secretário de Estado que criasse uma Comissão para analisar melhor este assunto.

� IVA: Reiterámos os objectivos da exposição enviada ao Ministro das Finanças sobre a harmonização do IVA nos alimentos compostos para animais. A opinião do Ministro é a de que a nossa pretensão é inteiramente justa e que a apoia, pelo que foi colocada essa questão junto do colega das Finanças. Infelizmente, não foi atendida mas referiu que a IACA pode contactar os grupos parlamentares e reabrir este tema ao nível das reuniões da especialidade.

� Concorrência Desleal: Colocámos o problema da concorrência desleal, designadamente o problema das misturas, não só no plano económico mas igualmente ao nível da imagem da pecuária e da protecção e confiança dos consumidores nos produtos animais produzidos em Portugal. Os governantes prometeram estar atentos a este problema, concretamente ao nível da DGV e da ASAE e solicitaram que fizéssemos chegar ao Ministério as denúncias que têm sido enviadas para as entidades responsáveis pelo controlo e fiscalização.

� Cooperação Institucional: Abordámos a necessidade de um reforço da cooperação com os diferentes organismos do Ministério da Agricultura, quer com a DGV, quer com o GPP e chamámos a atenção para os meios disponíveis ao nível da Divisão da Alimentação Animal, tendo em conta a sua importância na cadeia alimentar. Defendemos a revitalização das Comissões Consultivas no âmbito do Gabinete de Planeamento (em fase de reorganização) e da Comissão Consultiva da Alimentação Animal, na DGV.

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� Reforma da PAC pós-2013 – Fizemos o ponto de situação dos documentos que existem no plano europeu e a necessidade de sermos ouvidos neste dossier, de forma a que os interesses da Indústria sejam acautelados, tanto mais que coordenados este tema no âmbito da FIPA e da FEFAC. O Ministro referiu que já foi constituído um Grupo de Trabalho no GPP (integra 1 adjunto do Gabinete) e que em Março irá ser constituído um grupo de peritos cujo objectivo é o de fazer uma discussão aberta à Sociedade. Em Maio e Junho, na Ovibeja e na Feira da Agricultura irá ser abordado este tema, contando com a presença do novo Comissário e da Ministra espanhola que ocupa a presidência do Conselho Agrícola. Há que ouvir todos os sectores mas temos de ser cautelosos. Portugal tem estado em todas as reuniões internacionais e existe uma grande proximidade em relação às posições da França e Espanha mas o objectivo é a defesa dos interesses nacionais que é, entre outros aspectos, não perder fundos. A Comissão irá apresentar um primeiro documento de reflexão em Novembro de 2010 mas em Maio, no Conselho informal agrícola, já teremos uma posição mais concreta das posições portuguesas.

CONJUNTURA DO MERCADO DE CEREAIS E IMPACTO PARA A INDÚSTRIA

Este foi o grande dossier de 2010, exigindo da parte da IACA inúmeros contactos a nível nacional e internacional, sobretudo em Bruxelas, no quadro da FEFAC e da Comissão Europeia, bem como na comunicação social. Preocupados com a situação do mercado de cereais e as suas implicações para a Indústria de Alimentos Compostos para Animais e para a Pecuária Nacional, no dia 12 de Agosto, dirigimos uma exposição ao Senhor Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, que aqui transcrevemos: “Como é do conhecimento de Vossa Excelência, as cotações dos cereais na União Europeia têm registado um incremento significativo desde o inicio de Julho, na ordem dos 40% no caso do trigo. No entanto, os aumentos fizeram-se sentir igualmente na cevada e no milho o que conduziu a inevitáveis agravamentos nos preços dos alimentos compostos, entre 15 a 20 €/tonelada, o que representa um acréscimo de 5%, com consequências nos custos de produção da pecuária nacional, uma vez que os alimentos compostos constituem o principal factor de custo das produções animais. Apesar dos acontecimentos vividos na Rússia e na Ucrânia, com impacto na redução da oferta, todos os relatórios de mercado levados a cabo por entidades independentes (IGC, FAO, USDA e DG AGRI) confirmam que o mercado está suficientemente abastecido e que esta preocupante volatilidade se fica a dever apenas a movimentações especulativas, alimentadas pelas incertezas dos níveis de produção em algumas regiões, decorrentes das condições climatéricas adversas. Ainda na semana passada a DG AGRI divulgou um comunicado de imprensa confirmando que, pese embora a previsão da redução da produção de cereais, esta irá situar-se dentro da média dos últimos cinco anos. Na sequência da crise financeira e da redução do consumo, pressionada pelas importações e “esmagada” pelo funcionamento da grande distribuição, a pecuária atravessa uma crise sem precedentes e, tal como em 2008 no âmbito da crise alimentar, dificilmente conseguirá repercutir a alta dos custos de produção nos preços dos produtos finais junto do consumidor, pelo que, na prática, será a indústria e toda a Fileira a suportar estes custos. A situação é dramática para o Sector e exige medidas de carácter urgente, no sentido de dar sinais claros aos especuladores que não podem obter lucros à custa dos produtores e consumidores europeus. Nesta perspectiva, solicitamos a Vossa Excelência que intervenha o mais rapidamente possível junto da Comissão Europeia de forma a inverter a actual tendência dos preços de mercado, exigindo-se a abertura dos stocks de intervenção da cevada (não faz sentido esta alta dos preços da cevada quando estão armazenados mais de 5 milhões de tons), a suspensão dos direitos de

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importação de cereais de países terceiros e medidas que privilegiem o mercado da alimentação animal em detrimento de outros destinos como por exemplo as exportações. Tal como aconteceu no anterior Comité de Gestão, Portugal deverá pressionar a Comissão para que sejam adjudicadas as ofertas de milho para o mercado nacional, no âmbito do contingente de milho de países terceiros. Estando prevista uma reunião do Comité de Gestão para o próximo dia 26 de Agosto, em nome da salvaguarda da competitividade da indústria de alimentos compostos e da pecuária, pensamos que estas posições deverão ser reafirmadas, designadamente a abertura da cevada de intervenção, tanto mais que não irão colidir com a campanha do milho em Portugal, conduzindo certamente a uma diminuição ou, no limite, a uma estabilização dos preços de mercado. A campanha de comercialização dos cereais de Outono/Inverno está terminada e grande parte do milho estará contratualizado até 15 de Setembro, altura em que prevê que possa começar a operacionalização da medida, caso venha a ser aprovada pela Comissão e é provável que assim aconteça, dada a gravidade da situação na generalidade dos Estados-membros. No quadro actual de crise financeira, com prazos de recebimento cada vez mais dilatados e muitas empresas e explorações pecuárias em situação de falência eminente, a indústria de alimentos compostos encontra-se no limite e não pode confrontar-se com mais agravamentos nos preços das matérias-primas (sem as adequadas contrapartidas no aumento dos preços de venda dos produtos finais) que só iriam contribuir para destruir ainda mais a estrutura pecuária em Portugal e com ela uma parte importante do mundo rural que todos queremos preservar. Certos de que partilha destas nossas preocupações e que está consciente da gravidade da actual situação e das suas repercussões no curto prazo, solicitamos a Vossa Excelência que tenha em linha de conta as nossas propostas na gestão do mercado dos cereais, quer na relação com a Comissão Europeia, quer no quadro das discussões que terão lugar no próximo dia 26 de Agosto. Porque sem uma pecuária competitiva e dinâmica, com matérias-primas a preços razoáveis, não faz sentido a produção de cereais em Portugal.” Igualmente preocupada com a evolução da conjuntura do mercado dos cereais, a FEFAC constituiu de imediato uma Task Force, da qual faz parte a IACA, que produziu e enviou uma carta à Comissão Europeia (no inicio de Agosto), tendo sido elaborado um comunicado de imprensa, divulgado pelos media europeus, e que a IACA fez chegar a alguns órgãos de comunicação social em Portugal. No essencial, a FEFAC chamou a atenção para o aumento das cotações dos cereais (o trigo registou um acréscimo de 40% desde o inicio de Julho), não existindo indicações de quando irá parar esta tendência. Apesar da situação que se vive na Rússia e na Ucrânia de seca severa e da diminuição das produções na União Europeia, os dados disponíveis em termos de oferta de cereais avançados por diversas fontes internacionais não fundamentam esta conjuntura de tão elevada alta de preços, que fica a dever-se a movimentos de pura especulação. Solicita-se à Comissão que tome medidas urgentes, designadamente a abertura dos stocks de intervenção de cevada, no sentido de travar a especulação e a volatilidade do mercado. Entretanto, a Comissão Europeia divulgou alguns elementos relativos às previsões de campanha salientando o facto de que as produtividades poderão não ser tão baixas quanto as previsões dos analistas, confirmando – com base em dados científicos do JRC – que as produções e as produtividades da União Europeia serão mais baixas que em 2009 mas dentro da média dos últimos 5 anos. Para além das condições climatéricas desfavoráveis, o facto é que as áreas de cultivo em 2010 registaram uma quebra de 3% face ao ano anterior. A preocupação da Comissão foi acalmar os mercados, reiterando que não se tratava de uma questão de quantidades disponíveis mas de preço.

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Estando agendado um Comité de Gestão dos Cereais apenas para o dia 26 de Agosto, a FEFAC envidou todos os esforços, em conjunto com outras organizações (COPA/COGECA, que representa os agricultores e as cooperativas, e a COCERAL que representa os comerciantes/importadores) no sentido de agendar uma reunião extraordinária com os responsáveis da DG AGRI, designadamente o seu Director Geral, Jean-Luc Demarty, porque se afiguravam medidas urgentes. Em cima da mesa estavam todas as medidas possíveis para conter este movimento especulativo e inverter a tendência: abertura dos stocks de intervenção, suspensão dos direitos de importação, contingente de milho… Ao nível do mercado nacional fizemos sentir estas preocupações ao Gabinete de Planeamento e Políticas e ao Gabinete do Ministro da Agricultura que nos manifestaram igual preocupação. A situação da pecuária é de crise e não consegue suportar mais aumentos de custos de produção. Á partida seriam inevitáveis aumentos nos preços das carnes, leite e ovos e o aumento da inflação mas temos aqui a pressão das grandes superfícies, o que constitui uma preocupação acrescida. Portugal esteve presente no Comité de Gestão de 26 de Agosto e solicitámos igualmente a todas as Associações representativas dos sectores pecuários para que pressionassem as autoridades e a Comissão em Bruxelas. Por outro lado, tendo em vista a participação da FEFAC numa reunião com a DG AGRI em 14 de Setembro, participámos numa Conferência telefónica com as nossas congéneres europeias, concluindo-se que deveríamos continuar a pressionar a Comissão para tomar medidas urgentes, designadamente a abertura da intervenção na cevada e a suspensão dos direitos de importação do sorgo, uma vez que estes já são nulos para o trigo e milho. Era igualmente importante sublinhar que a pecuária se confronta com uma subida dos custos de produção e uma baixa dos preços ao produtor, sendo o caso mais grave o da suinicultura. Por outro lado, a Indústria não consegue repercutir a alta de preços na sua totalidade, criando ao Sector ainda maiores dificuldades financeiras. No dia 14 de Setembro, a delegação conjunta da FEFAC e COCERAL chamou a atenção da Comissão para os problemas com que nos confrontamos, o agravamento dos preços desde a reunião de Agosto, solicitando que se ponha um travão á especulação e volatilidade dos preços e insistindo – face à recusa da abertura da intervenção neste momento – na suspensão dos direitos para o sorgo e na facilitação das importações de matérias-primas ricas em energia. A Comissão referiu que o mercado não regista alterações significativas e desvalorizou a questão da Rússia e Ucrânia, uma vez que existem stocks de 15 milhões de tons para exportação e os operadores têm à disposição os contingentes de importação e os regimes com abatimento que poderão utilizar. Quanto ao sorgo, considerou que se não justificava a suspensão dos direitos, tanto mais que existe um contingente para Espanha que nem está a ser utilizado. No que respeita à intervenção, admite a abertura mas apenas no final das colheitas. Finalmente, tomou boa nota das preocupações da FEFAC e COCERAL e manifestou disponibilidade para apreciar propostas relativamente aos direitos do sorgo. No dia 15 de Setembro, estivemos na Assembleia da República onde discutimos este problema da conjuntura dos cereais e o impacto na pecuária e na nossa Indústria, bem como para o aumento da nossa dependência alimentar. Passámos igualmente em revista a problemática da grande distribuição alimentar e o relacionamento com os produtores e fomos informados que a Assembleia iria produzir um projecto de resolução nesse sentido Ao que nos referiram, este dossier constituia uma das prioridades da Comissão de Agricultura. Ainda nesse dia, estivemos em contacto com o GPP, no sentido de preparar o Comité de Gestão de 16 de Setembro, tendo a IACA reiterado as nossas preocupações que aliás foram bem expressas na carta que dirigimos oportunamente ao Ministro da Agricultura.

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No dia 16 de Setembro, teve lugar o Comité de Gestão dos Cereais em que, para além das preocupações manifestadas pela alta dos preços dos cereais e as dificuldades da pecuária (a Comissão insistia que o problema não é apenas europeu mas mundial e que não estávamos perante um fenómeno semelhante à crise alimentar de 2008), a única medida positiva foi a aprovação de uma proposta para importação de 44 000 tons de sorgo em Espanha no âmbito do contingente espanhol de importações de países terceiros. Medidas manifestamente insuficientes, em nosso entender. Posteriormente, estivemos em contacto com o GPP tendo em vista a preparação do Comité de Gestão das Produções Animais que decorreu no dia 23 de Setembro. Discordando da leitura da Comissão sobre a evolução e perspectivas dos mercados, em particular ao nível da suinicultura, Portugal, França, Espanha, Bélgica e Polónia, voltaram a manifestar as suas preocupações sobre os elevados preços dos cereais e o impacto nas produções pecuárias, instando a Comissão a tomar medidas urgentes. No dia 24 de Setembro, a IACA representou a indústria europeia de alimentos compostos no Grupo Consultivo dos Cereais, Oleaginosas e Proteaginosas da Comissão Europeia. Numa intervenção de fundo, relembrámos as subidas dos preços dos cereais e as variações nos preços dos alimentos compostos e impacto nas produções pecuárias, salientando que o problema não é de oferta mas de preço e de especulação do mercado. Insistimos no facto de não ser possível à Indústria repercutir na totalidade os preços das matérias-primas nos alimentos compostos e os produtores não conseguirem reflectir os agravamentos dos custos nos preços finais, existindo casos, como o da suinicultura, em que os preços à produção se encontram em quebra. A situação é dramática e a Comissão tem de tomar medidas, tendo lamentado o facto de ainda não terem sido tomadas. Fizemos um apelo à abertura dos stocks de intervenção de cevada e à suspensão dos direitos de importação do sorgo, uma vez que se a União Europeia está a exportar trigo e cevada, é necessário que a Indústria tenha acesso à importação de matérias-primas alternativas e ricas em energia. Reiterámos o facto de que, se nada for feito, muitas explorações pecuárias e unidades de fabrico de alimentos compostos irão encerrar até final do ano, questionando a Comissão sobre qual o futuro da produção de cereais na União Europeia se a pecuária desaparecer. Outras organizações, designadamente a COCERAL e o COPA/COGECA, apoiaram as nossas posições e as preocupações quanto à alta dos preços dos cereais, tendo sido abordado o problema da volatilidade dos preços, da especulação e defendida a introdução, por alguns membros do COPA (cooperativas) de uma taxa à exportação. Na resposta às intervenções, a Comissão referiu estar preocupada com a situação e que iria analisar a abertura dos stocks de intervenção, em conjunto com os Estados-membros. Salientou que está aberta à revisão do cálculo dos direitos de importação para o sorgo e que a imposição de uma taxa à exportação não está na agenda, neste momento, até porque coloca eventuais problemas a nível internacional. Nas análises do mercado dos cereais, os técnicos da DG AGRI relembraram que a conjuntura actual nada tem a ver com a crise de 2008. Registe-se que o Grupo de Trabalho da Carne de Suíno, do COPA/COGECA, reuniu em Bruxelas no dia 24 de Setembro e aprovou uma série de medidas que propôs de imediato à Comissão, estando previstos encontros com o Comissário Ciolos e o Conselho, da parte dos responsáveis do COPA. Ao nível das medidas avançadas existe uma sintonia de posições entre as que a FEFAC tem sugerido e as defendidas pelo Grupo de Trabalho, ganhando mais relevância a fixação temporária de uma taxa à exportação. Entretanto, no âmbito do Conselho Agrícola, a Polónia abordou a situação da suinicultura e questionou a Comissão sobre o problema dos cereais. Na sequência de todas as pressões e, infelizmente, com alguns meses de atraso, foi anunciada finalmente a abertura da intervenção. No entanto, se depois desse anúncio em finais de Setembro, se registou algum arrefecimento dos preços, com a divulgação em Outubro de um relatório do USDA em que se dava conta de uma revisão em baixa das produções de milho e dos stocks nos EUA, com um aumento da procura e em particular ao nível do bioetanol (absorve mais de 30% da produção norte-americana), os

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mercados regressaram ao nervosismo e à instabilidade que os tem caracterizado e os preços estão novamente em alta. No entanto, não foram apenas os cereais a registar esta tendência, estendendo-se à generalidade das principais matérias-primas para a alimentação animal. Entretanto, os mercados dos produtos animais não davam sinais de subida, sendo a estabilidade a nota dominante mas a conjuntura continua a ser dramática para a Indústria e Pecuária, nacional e europeia. A IACA reiterou estas preocupações, em Portugal e em Bruxelas, no âmbito das reuniões em que participou, saudando por isso a aprovação da abertura da intervenção na reunião do Comité de Gestão realizado em 14 de Outubro. A primeira data estava prevista para o dia 24 de Novembro, seguindo-se as datas de 8 e 15 de Dezembro, 12 e 26 de Janeiro, 9 e 23 de Fevereiro, 9 e 23 de Março, 13 e 27 de Abril, 11 e 25 de Maio e 15 e 29 de Junho. Algumas destas datas prendem-se com a intervenção relativa à canalização de cereais no âmbito do programa de ajuda às pessoas carenciadas mas não deixa de ser relevante o facto da abertura contemplar os cerca de 6 milhões de tons actualmente em stock. Para além da abertura da intervenção, a Comissão decidiu “facilitar” as importações de países terceiros, no quadro dos respectivos contingentes tarifários, e tem trabalhado com as organizações europeias no sentido de reduzir os direitos de importação do sorgo. Se depois do anúncio da abertura da intervenção, em finais de Setembro, se registou algum arrefecimento dos preços, posteriormente, com o anúncio de um relatório do USDA em que se dava conta de uma revisão em baixa das produções de milho e dos stocks nos EUA, com um aumento da procura e em particular ao nível do bioetanol (absorve mais de 30% da produção norte-americana), os mercados regressaram ao nervosismo e à instabilidade que os tem caracterizado e os preços estão novamente em alta. No entanto, não são apenas os cereais a registar esta tendência, estendendo-se à generalidade das principais matérias-primas para a alimentação animal. Entretanto, os mercados dos produtos animais não davam sinais de subida e a conjuntura continuou a ser dramática para a Indústria e Pecuária, nacional e europeia. Até final do ano, a IACA continuou a manifestar as suas preocupações, publicamente e nas reuniões em que participámos, na procura de soluções para o futuro da Fileira.

CONTIGENTE DE MILHO DE PAÍSES TERCEIROS O milho colocado a concurso no inicio do ano (14 de Janeiro) era respeitante ao contingente de 2009, uma vez que a sua execução foi prorrogada até finais de Maio de 2010. Posteriormente, o Comité de Gestão dos Cereais, em Bruxelas, aprovou a proposta da Comissão de abertura do contingente 2010 a partir de 10 de Junho, com adjudicações quinzenais até 16 de Dezembro. A IACA tinha defendido esta posição, de continuidade dos contingentes (2009 e 2010), sem interrupção, no âmbito da Comissão Consultiva Sectorial que decorreu no GPP onde foi discutido este projecto não só porque era importante dispormos de alternativas em termos de origens de aprovisionamento mas porque importa aproveitar as oportunidades que possam surgir do Mar Negro, face à crescente especulação e tendência de subida dos preços das principais matérias-primas. A calendarização das adjudicações coincidia com o escoamento da produção nacional de milho, o que motivou desde logo protestos da ANPROMIS e as posições de abstenção de Portugal e da Espanha. No entanto, a Comissão Europeia viria a aprovar as nossas pretensões. Refira-se que dada a situação do mercado, com direitos fixados a zero, não existiram adjudicações no quadro deste contingente pelo que seriam deduzidas as importações via mercado livre.

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CONTRATAÇÃO COLECTIVA DE TRABALHO No dia 3 de Novembro, teve lugar, em Fátima, uma reunião sobre Contratação Colectiva de Trabalho. A IACA regressou a este dossier e às reuniões com os seus Associados sobre esta temática, depois de alguns anos de interregno, porque a Conjuntura o justifica e se desenham novas convenções ao nível dos Contratos relativos ao Pessoal Fabril do Norte e ao Pessoal Fabril do Sul, tendo em conta o actual Código do Trabalho. Feito o ponto de situação das negociações dos diferentes Contratos, colocou-se o problema de se avançar para uma única convenção nacional, harmonizando os CCT Pessoal Fabril Norte e Sul, relevando-se a questão da diferenciação salarial e não só. Colocadas estas e outras questões aos Industriais presentes, as orientações foram as seguintes: 1. Proposta de introdução de mecanismos flexíveis de trabalho ao sábado, uma vez que uma parte significativa da produção da Indústria é entregue a granel e não existem stocks nos clientes. O descanso semanal seria considerado, por exemplo, num dos três primeiros dias da semana seguinte 2. A existência de contratos separados é de certo modo incoerente e deve avançar-se para a unificação dos Contratos. No entanto é preciso ponderar o impacto nos custos das empresas e analisar se eventuais aumentos de custos decorrentes de uma unificação poderão ser compensados com benefícios noutras cláusulas, nomeadamente as que obrigam ao pagamento do complemento de doença 3. Colocada a questão do Banco de horas, foi referido que, não estando ainda na convenção, não poderá ser utilizado mas este aspecto deve ser acautelado no futuro 4. As empresas focaram igualmente o problema da formação do pessoal e a inexistência de formadores para dar respostas às necessidades das empresas que podem vir a ser confrontadas com o problema da fiscalização. Sugestão de que a IACA pode sensibilizar as autoridades oficiais para se reconhecer a formação interna como parte integrante do processo de formação nas empresas, por falta de alternativas e pela especificidade do Sector Na sequência desta reunião, em termos de acção imediata, a IACA irá preparar um Mapa Comparativo com as principais diferenças entre os Contratos do Pessoal Fabril do Norte e do Sul, bem como uma eventual proposta de compatibilização de grelhas, no sentido de ajudar as empresas a fundamentar as suas decisões. No âmbito da formação, a IACA irá fazer um levantamento das necessidades de formação por parte das empresas e analisar de que forma poderá responder a este desafio.

ORÇAMENTO DE ESTADO AGRAVA CRISE DA INDÚSTRIA DE ALIMENTAÇÃO ANIMAL E DA PECUÁRIA NACIONAL

Fortemente preocupados com o agravamento da crise económica e financeira do nosso país e com a instabilidade criada em torno da aprovação do Orçamento de Estado para 2011, a IACA preparou um Comunicado que enviou, em 22 de Outubro, para os Gabinetes do Senhor Primeiro Ministro, dos Ministros da Economia, da Agricultura e das Finanças, para os Grupos Parlamentares da Assembleia da República e para a Comunicação Social e que mereceu particular divulgação nos meios mais directamente ligados ao sector agrícola e agro-alimentar. “Desde o inicio de Julho que os preços das principais matérias-primas para a alimentação animal têm vindo a registar aumentos significativos, consequência da excessiva volatilidade e especulação que caracterizam os mercados bolsistas. Confrontada com estes

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agravamentos, a indústria de alimentos compostos tem sido obrigada a reflectir estes aumentos nos preços dos alimentos para animais, os quais constituem o principal factor de custo das produções pecuárias. Em contrapartida e como consequência da crise financeira e da redução do consumo, os produtores pecuários dificilmente conseguem repercutir os aumentos dos custos nos preços dos produtos finais, situação agora agravada pela pressão das importações e pelo funcionamento da grande distribuição que, beneficiando da sua posição de domínio, tem procedido ao esmagamento dos preços de compra pelo sector retalhista, assistindo-se a sucessivas quebras nos preços pagos à produção. A contínua alta dos preços das matérias-primas colocou as indústrias da alimentação animal no limite da sua capacidade financeira e de endividamento. Os prazos de pagamento pela produção pecuária são cada vez mais dilatados e vive-se uma situação de asfixia financeira e de falência eminente. Por outro lado, os produtores pecuários não conseguem suportar novos aumentos. A situação é pois dramática para a Fileira, podendo conduzir ao encerramento de milhares de explorações pecuárias e unidades fabris a curto prazo. As propostas contidas no Orçamento de Estado para 2011, com o aumento brutal dos impostos e do IVA, quer nos alimentos para animais, quer sobretudo em alguns produtos alimentares e condições de financiamento mais restritivas, irão penalizar fortemente as empresas e as famílias, agravando ainda mais a profunda crise que se vive, já de si caracterizada pela forte dependência do país em bens essenciais. Nesta perspectiva, preocupada com o futuro de Portugal, a Direcção da IACA – Associação Portuguesa dos Industriais de Alimentos Compostos para Animais – apela ao Governo e a todos os partidos políticos com assento na Assembleia da República para terem em linha de conta os problemas da agricultura, da pecuária e da indústria agro-alimentar na discussão do Orçamento de Estado para 2011. Para além da instabilidade socioeconómica, do abandono e da progressiva desertificação do Mundo Rural, está em causa a sustentabilidade da produção nacional e a soberania de Portugal no quadro da União Europeia.” Apesar de fortemente restritivo, o Governo haveria de recuar nalgumas propostas, designadamente ao nível do aumento do IVA em alguns produtos alimentares, que foram colocados na taxa reduzida.

REAP – REGIME DE EXERCÍCIO DA ACTIVIDADE PECUÁRIA Na sequência da pressão exercida junto das autoridades oficiais, foi publicado o Decreto-Lei nº 78/2010, de 25 de Junho que altera os anteriores diplomas (Decreto-Lei nº 214/2008, de 10 de Novembro, alterado pelo Decreto-Lei nº 316/2009, de 29 de Outubro) sobre o Regime de Exercício da Actividade Pecuária (REAP). Culminava assim um processo em que todas as organizações ligadas à pecuária, entre as quais a IACA, manifestaram o seu descontentamento face à legislação anterior e elaboraram propostas no sentido de minorar os seus estrangulamentos que poderiam conduzir, a prazo, à liquidação da actividade pecuária em Portugal. Na altura referimos que “é preciso avaliar com rigor este novo Decreto que associa 3 princípios de referência na abordagem comum de licenciamento: o enquadramento das condições de localização das explorações pecuárias e seu relacionamento com instrumentos de gestão territorial; a definição de regimes de controlo prévio com diferentes graus de exigência em função dos riscos potenciais da actividade e a consagração do “balcão único”, libertando o produtor de um conjunto de acções burocráticas e aprofundando o papel da entidade coordenadora no processo do licenciamento.

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Esperemos que todos os ajustamentos e aperfeiçoamentos que constam do Decreto nº 78/2010, possam contribuir para as desejadas melhorias no funcionamento da actividade pecuária, promovendo a sua qualidade e sustentabilidade. Ficaremos naturalmente a aguardar as reacções dos nossos Associados quanto a eventuais limitações da nova legislação, no sentido de continuar a defender o desenvolvimento da actividade pecuária em Portugal e, consequentemente, da produção de alimentos compostos para animais. Em nome dos interesses das empresas associadas na IACA”. Face à evolução do processo, ficou claro que os conceitos e a operacionalização do REAP, bem como a postura do Ministério do Ambiente, põem em causa o desenvolvimento da actividade pecuária em Portugal. Um tema para o qual urgem respostas concretas em 2011.

RESPONSABILIDADE AMBIENTAL Uma questão de grande relevância que se colocou ao nosso sector, logo no inicio do ano, prendeu-se com a Responsabilidade das empresas por danos ambientais. A APA enviou uma carta a todas as empresas PCIP e a outras que pediram a isenção da licença ambiental, dando-lhes um prazo até ao dia 29 de Janeiro, para a regularização do processo e relembrando que o Decreto-Lei nº 147/2008, de 29 de Julho, exige um seguro de danos ambientais ou uma garantia obrigatória a partir de 1 de Janeiro de 2010. Há muito tempo que a CIP contesta esta metodologia, tanto mais que as Portarias que supostamente deveriam regular as garantias ainda não foram publicadas, abandonou-se o conceito de sectores de baixo risco e, na prática, as empresas não sabem como cumprir. Acresce ainda que a Associação Portuguesa de Seguros se desresponsabilizou deste processo e nenhuma seguradora está interessada em fazer um seguro relativamente a riscos que desconhece e num contexto de enorme incerteza. Nos contactos da IACA em todo este processo, conseguimos saber que existem 2 companhias de seguros que estão disponíveis para fazerem o seguro, dada a experiência que têm neste domínio, em particular em Espanha: a ALICO e a MAPFRE. Identificámos ainda uma correctora, a Wilis, com particular vocação para seguros de responsabilidade ambiental. Igualmente de lamentar é o facto das empresas não disporem de instrumentos concretos para medir os riscos e nesta perspectiva não compreendemos o porquê dos anexos da Directiva não terem sido transpostos para o Decreto-Lei e por isso a divulgámos junto dos nossos Associados. Face a tudo isto, a CIP enviou uma exposição à Ministra do Ambiente chamando a atenção para a impossibilidade, real e prática de se poder cumprir a Lei e apelando ao bom senso e ao diálogo. Provavelmente, o prazo de 29 de Janeiro irá ser alargado mas aconselhamos as empresas a demonstrarem à APA que estão a desenvolver esforços para cumprir os requisitos previstos no Diploma. Uma situação que se lamenta e que certamente poderia ter sido evitada.

ROTULAGEM E COMERCIALIZAÇÃO DE ALIMENTOS PARA ANIMAIS O Regulamento (CE) nº 767/2009 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 13 de Julho de 2009 relativo à comercialização e utilização de alimentos para animais prevê, entre outras disposições, a criação de um Catálogo de matérias-primas para a alimentação animal. Depois de muitas reuniões e de contactos entre a Comissão, os Estados-membros e as organizações representativas dos vários operadores do Sector da alimentação animal, entre os quais a FEFAC a nível europeu e a IACA em Portugal, em articulação com a DGV, foi publicado no Jornal Oficial de 24 de Março, o referido Catálogo. Trata-se do Regulamento (UE) nº 242/2010, da Comissão, de 19 de Março, que cria o Catálogo de matérias-primas para a alimentação animal, na sua primeira versão.

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Recordamos que toda esta temática, designadamente a implementação da nova legislação sobre comercialização de alimentos para animais, aplicável a partir de 1 de Setembro de 2010, foi analisada no dia 29 de Abril, em Fátima, num Seminário que realizámos especificamente para o efeito, em colaboração com a DGV e a FEFAC. Ao longo do ano, quer no âmbito das Reuniões Regionais, quer em encontros mais específicos, a IACA abordou esta temática e divulgou um conjunto de respostas às dúvidas colocadas pelos nossos associados, em colaboração com a DGV. As respostas foram canalizadas igualmente para a ASAE, procurando assegurar que, apesar das questões em aberto e ainda sem resposta da parte da Comissão Europeia, a Indústria portuguesa estaria em condições de aplicar a legislação a 1 de Setembro.

TAXA SIRCA No dia 8 de Novembro, reuniram na FPAS, os Presidentes da FPAS, IACA e APIC e acordaram enviar uma exposição conjunta ao Ministro da Agricultura, onde se dá conta da conjuntura vivida pelo Sector, da crise acumulada nos últimos 3 anos e do impacto negativo da aplicação dos valores previstos pela taxa SIRCA. Não está em causa a aplicação da taxa mas o seu valor, que deve ser alterado para um montante que seja justo, com um custo igual ao valor do serviço prestado e em igualdade de tratamento com os produtores das outras espécies pecuárias abrangidas. A FPAS teve um encontro com a Comissão de Agricultura da Assembleia da República e uma reunião com o Ministro da Agricultura. As propostas foram bem acolhidas e atendidos os argumentos da Fileira, que apenas pretende criar condições para que a suinicultura seja viável em Portugal e que contribua para minorar a já elevada dependência de produtos importados. Porque não basta olhar para as exportações mas igualmente para o mercado interno que tem de ser abastecido, por produtos de origem nacional. A taxa seria aplicável apenas a partir de 1 de Dezembro e num montante de 0.025 €/kg de carcaça, esperando-se uma revisão dos montantes no inicio de 2011, tendo sido acordado com o sector um montante de 0.014 €/kg carcaça. As novas taxas só produzirão efeito quando for alterado o respectivo Decreto-Lei e publicada uma nova Portaria.

ORGANISMOS GENETICAMENTE MODIFICADOS No mesmo dia 8 de Novembro, no quadro de um encontro entre o Ministro da Agricultura e o Comissário Dalli, cuja visita a Portugal ocorreu no âmbito das preocupações com a situação relativa ao nemátodo do pinheiro, esteve na agenda de trabalhos o dossier dos OGM (proposta de fim da tolerância zero) e o funcionamento da cadeia alimentar, designadamente o problema da relação entre os produtores, indústria e distribuição alimentar. A IACA enviou a sua posição sobre a proposta dos OGM para este encontro, que constitui, ao que sabemos, a base da posição portuguesa para a discussão da proposta em sede do Comité Permanente da Cadeia Alimentar. Portugal defende uma solução conjunta para a alimentação animal e humana e considera o limite de 0.1% claramente insuficiente. Entretanto, um conjunto de organizações europeias, designadamente a COCERAL, FEFAC, CIAA, COPA/COGECA, FEDIOL e UECBV, ou seja, as organizações representativas dos comerciantes de matérias-primas, alimentos compostos, indústria agro-alimentar, produtores agrícolas e pecuários, comerciantes e industriais de carnes – toda a Fileira, animal e humana – enviou uma carta ao Presidente Barroso a solicitar com urgência o fim da tolerância zero, reclamando uma “solução técnica”. Em causa estão 2 eventos de soja e 1 de milho, aprovados na América do Sul mas não ainda na União Europeia que deverão chegar ao mercado em 2011.

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Recordou-se ao Presidente da Comissão e ao Comissário Dalli que a pecuária não estava em condições de suportar mais agravamentos e que os efeitos atingirão toda a cadeia alimentar, pelo que é urgente uma solução, no limite, até ao final do ano. As preocupações perante a crise no sector da pecuária chegaram igualmente ao Parlamento Europeu que apelou à Comissão para utilizar todos os mecanismos ao seu alcance de forma a minorar a actual crise no sector da carne de suíno e noutros sectores da pecuária. Os eurodeputados relembraram os custos elevados das exigências regulamentares da União Europeia, exigindo as mesmas regras nas importações de países terceiros, chamaram a atenção para os riscos da negociação com o Mercosul e apelaram ao fim da tolerância zero na importação de matérias-primas geneticamente modificadas. Propuseram ainda a aplicação de um mecanismo de segurança a todo o sector cerealífero, com um preço de intervenção mínimo para os concursos e instaram a Comissão a tomar as medidas necessárias para lutar contra a especulação e a excessiva volatilidade dos preços das matérias-primas.

SECÇÃO DE FABRICANTES DE PRÉ-MISTURAS (SFPM) Durante o ano de 2010, o trabalho da SFPM centrou-se no acompanhamento da implantação da nova legislação do Sector, derivada da publicação do Reg. nº 767/2009, nomeadamente:

� Representação em Bruxelas, nos Comités da FEFAC de “Prémixes e Minerais” e “Nutrição Animal” � Informação aos Associados, da evolução de vários dossiers (novo Catálogo de

Matérias-Primas, Tolerâncias Analíticas, Código/Guias de Rotulagem, Alimentos Dietéticos,…)

� Reuniões com Associados, como o Plenário da Secção � Colaboração com a DGV, Divisão de Alimentação Animal � Participação nas Jornadas sobre Rotulagem organizadas pela IACA.

Em termos de IACA, manteve a sua participação na Direcção e a manutenção do espaço dedicado à SFPM dentro da Revista “Alimentação Animal”. Registe-se e saúde-se a adesão em 2010 de dois novos Sócios da Secção: VA -Indústria e Comércio de Pré-Misturas, Unipessoal, Lda e Forma Laboratórios - Comércio e Indústria de Produtos Veterinários e Farmacêuticos, repondo o número de 10 associados Fabricantes de Pré-Misturas.

ANÁLISE DO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS As Contas do Exercício de 2010 reflectem a aposta numa gestão de poupança, consequência das decisões de estruturação implementadas em 2007 e 2008, sem prejuízo da qualidade e dinâmica da nossa Associação. Este resultado favorável ficou a dever-se em grande parte a um saldo positivo, acima das expectativas, da Revista “Alimentação Animal” (+22.000 €), uma vez que, sem a sua realização, o Resultado Liquido do Período seria inferior a 12.000 euros, já com os critérios de prudência adoptados, nomeadamente no montante de Imparidades de Dividas a Receber. Com estas explicações, temos assim uma imagem mais fiel e tecnicamente mais correcta da situação da IACA. Constatam-se, deste modo, reduções de 8,61% na Quotização (VSP), 8,82% em FSE, 6,75% em Outros Gastos e Perdas, 69,60% em Gastos de Depreciação e de Amortização e em contrapartida, realçamos aumentos de 24,55% em Outros Rendimentos e Ganhos, 9,71% em Juros, Dividendos e Outros Rendimentos Similares.

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Face aos resultados apresentados e seguindo uma prática de há longos anos, a Direcção propõe aos Senhores Associados que o Resultado Líquido do Período, no montante de 34.073,43 Euros, seja distribuído da seguinte forma:

Fundo Social 10.222,03 euros Reservas Livres 23.851,40 euros

CONCLUSÃO Neste segundo ano de mandato e em condições de enormes dificuldades e grandes exigências para o Sector, a Direcção tem a consciência de que exerceu as suas funções na defesa intransigente dos legítimos interesses da Indústria e dos seus associados, com empenho e espírito de missão, quer junto da Administração, nacional e comunitária, quer das nossas congéneres associativas e da opinião pública. Como de resto temos sublinhado em relatórios anteriores, não trabalhámos sozinhos. O que conseguimos, apesar do ambiente adverso e da crescente degradação da conjuntura económica e financeira, num quadro de permanente instabilidade política, só foi possível graças à cooperação, colaboração e sentido de responsabilidade de inúmeras pessoas e Instituições. Sem menosprezar quaisquer outras entidades, gostaríamos de agradecer à Direcção-Geral de Veterinária, à Direcção-Geral de Empresa, ao Gabinete de Planeamento e Políticas, aos DTIA (INRB) e LATC (ASAE) e ao IPQ, pela disponibilidade em nos ouvir, conhecer as nossas posições, participar nos nossos eventos e connosco dialogar. Um particular agradecimento ao Ministro da Agricultura, Prof. Doutor António Serrano, e aos membros do seu Gabinete, que nos recebeu por diversas vezes ao longo do ano e que esteve sempre do nosso lado em dossiers tão importantes como os OGM, a problemática do IVA ou o problema da grande distribuição. Sem nunca esquecer que os clientes são a razão de existir da Indústria, privilegiámos as relações com as organizações ligadas à pecuária, designadamente com as FEPABO, ANEB, FPAS e FEPASA, na procura de soluções conjuntas para o desenvolvimento sustentado da Fileira Pecuária. Cumprimentamos ainda as CAP, CONFAGRI, CNA, FENALAC, ANIL, ANPOC, ANPROMIS, APIC, APCRF e a ACICO que connosco colaboraram em diversas iniciativas ou que nos convidaram para eventos por si realizados, preocupadas com a nossa perspectiva sobre a evolução da Fileira Agro-Alimentar, em matérias tão importantes como os OGM, a reforma da PAC, os mercados agrícolas e pecuários e naturalmente os preços das matérias-primas e dos alimentos compostos para animais. Pelo intenso trabalho desenvolvido em prol da melhoria da credibilidade da nossa Indústria, agradecemos à Dr.ª Ilidia Felgueiras, na sua qualidade de Presidente da CT 37. Á FEFAC, nas pessoas dos seus Presidentes, cessante e actual, respectivamente Pedro Corrêa de Barros e Patrick Vanden Avenne, Secretário-Geral, Alexander Döring e à FIPA, a nossa gratidão pelo empenho que colocaram na defesa das nossas posições a nível internacional. Não podemos deixar de agradecer o apoio dos Membros da Mesa da Assembleia-Geral, do Conselho Fiscal, da Direcção da Secção de Pré-Misturas e da Comissão Executiva, cujo trabalho em muito contribuiu para o prestigio desta Instituição. Ao Eng.º Jaime Piçarra, Secretário-Geral, um Obrigado muito especial pelo sacrifício, empenho e inexcedível profissionalismo como promoveu e defendeu a nossa Indústria, em Portugal e nos fóruns internacionais, e pelo espírito de Equipa e de Missão demonstrados ao serviço da IACA

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Aos Assessores e Colaboradores da IACA, pela dedicação, profissionalismo e competência que colocaram no seu trabalho quotidiano e nas iniciativas em que a IACA participou ou que promoveu, em Portugal e no estrangeiro, o nosso caloroso e amigo agradecimento. Terminamos com uma palavra para aqueles que são e serão sempre a razão da nossa existência, os nossos Associados, que com o seu apoio e empenhamento, nos deram a força e o estímulo para continuarmos a realizar este trabalho gratificante, numa Associação com uma cultura ímpar e de referência no universo associativo, e que nos incentivam a fazer sempre mais e melhor. É este o desafio e o compromisso que nos vai orientar em 2011, no nosso último ano de mandato. Lisboa, 16 de Março de 2011

A Direcção PEDRO CORRÊA DE BARROS - Presidente JOSÉ FILIPE RIBEIRO DOS SANTOS - Vogal MARIA CRISTINA GUARDA DE SOUSA - Vogal MANUEL ANTÓNIO CHAVEIRO SOARES - Vogal JOSÉ ROMÃO LEITE BRAZ - Vogal JOSÉ PEDRO DIAS FOLQUE DE GOUVEIA - Vogal NUNO MONTEIRO MARQUES - Vogal

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INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

CONTRATOS COLECTIVOS DE TRABALHO

Trabalhadores de Escritório – Nível Nacional

���� Revisão salarial com FETESE, FESAHT e FEPCES publicados no BTE nº 29, de 08.08.2009 - As tabelas salariais produzem efeito a partir de 01.01.2009

Pessoal Fabril do Sul � Revisão salarial com FESAHT publicada no BTE nº 1 de 08.01.2008 � Revisão salarial com FETICEQ publicada no BTE nº 6 de 15.02.2008 - As tabelas salariais produzem efeito a partir de 01.08.2007

Pessoal Fabril do Norte � Revisão salarial e outras com FETICEQ e FESHAT publicada no BTE nº 12 de

29.03.2008 - As tabelas salariais produzem efeito a partir de 01.11.2007

Semi-Vertical (Motoristas, Ajudantes de Motorista, Metalúrgicos e Outros)

���� Revisão salarial com FESAHT publicada no BTE nº 1 de 08.01.2008 ���� Revisão salarial com FETICEQ publicada no BTE nº 6 de 15.02.2008 - As tabelas salariais produzem efeito a partir de 01.07.2007

Técnicos de Vendas

���� Revisão com Sindicato dos Técnicos de Vendas publicada no BTE nº 7 de

22.02.2005 (este Sindicato está encerrado) - Tabelas salariais de 01.12.2004

ONS-CT 37/ALIMENTOS PARA ANIMAIS A actividade da IACA como ONS “Organismo de Normalização Sectorial” concretizou-se através da ocorrência de 5 reuniões da CT 37 na sede da IACA, no ano de 2010. A visita anual ao ONS do elemento de ligação do IPQ não ocorreu este ano, o que lamentamos, dada a importância de nos mantermos actualizados quanto às directivas do órgão coordenador. Mais uma vez a reunião internacional da ISO não ocorreu no ano de 2010. Lamentamos o facto, uma vez que esta participação é de todo o interesse, pois é nestas reuniões que nos actualizamos com a metodologia e o conhecimento científico que estão a ser utilizados por este organismo internacional. As principais actividades realizadas no âmbito da CT 37 foram:

1. Votação de projectos de Normas ISO em toda a sua cadeia acompanhando a sua elaboração até à sua elaboração definitiva. 2. Participação no processo de votações paralelas de documentos ISO e CEN. 3. Transposição de Normas CEN para Normas Portuguesas.

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Normas NP EN ISO publicadas pelo IPQ durante o ano de 2010

NP EN ISO 15914 – Alimentos para Animais - Determinação do teor total de amido pelo método enzimático Normas NP EN ISO em elaboração NP EN ISO 6497 – Alimentos para Animais – Amostragem (Colheita de Amostras) A actual composição da CT 37 é a seguinte: Presidente: Ilídia Felgueiras Secretário: Fernando Anjos Vogais: Elsa Cancela Elsa Martins Olga Moreira Maria Clara Sampaio Farelo Cruz Isabel Antão Anabela Nunes José Manuel Nunes da Costa Isabel Lopes

MOVIMENTO ASSOCIATIVO

ADMISSÕES

Data Sócio nº

01-05-2010 193 Forma Laboratorios - Comércio e Industria de Produtos Veterinários e Farmacêuticos, Lda

01-06-2010 194 VA - Industria e Comércio de Pré-Misturas, Unipessoal, Lda

01-06-2010 195 Beliape - Rações, Lda

FUSÕES

Data Sócio nº

01-10-2010 196 Anipheed - Alimentação Animal, Lda Agrupou 59 Empresa Industrial e de Representações Mascote, Lda

49 Fabril de Rações, Lda

SUSPENSÃO

Data Sócio nº

01-12-2010 162 Sipra - Investimentos em Agro-Pecuária, Lda

DEMISSÃO

Data Sócio nº

31-12-2010 187 Sapju - Sociedade Agro-Pecuária, SA

EXCLUSÃO

Data Sócio nº

31-12-2010 195 Beliape - Rações, Lda

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REVISTA “ALIMENTAÇÃO ANIMAL” Durante o ano de 2010 editámos 4 números da Revista “Alimentação Animal” (AA). Foram produzidos os nºs 70 (Ventos de Mudança) 71 (SUSTENTABILIDADE para Além da Dimensão Ambiental) 72 (COMPETITIVIDADE Que modelo para a Agro-Indústria?); 73 (BIOTECNOLOGIA Onde estamos 10 anos depois?).

ANUÁRIO IACA Em 2010 a IACA procedeu à edição do 20º ANUÁRIO IACA correspondendo, assim, às manifestações transmitidas não só pelas Empresas associadas como, também, pelo interesse que tem sido expresso à Associação pelas mais diversas entidades públicas e privadas quanto à oportunidade e validade desta publicação. Com esta iniciativa pretendemos promover a divulgação e um melhor conhecimento do que representa este importante e imprescindível Sector industrial no âmbito da Fileira Pecuária e Economia Nacional.

INFORMAÇÃO SEMANAL Manteve-se regular ao longo do ano a edição da Informação Semanal que se destina fundamentalmente às Empresas associadas, Administradores e Quadros. Durante o ano de 2010 foram editados 52 números. Esta publicação continua a gozar de boa aceitação por parte dos seus leitores, pela actualidade dos dados e outras informações sectoriais, sendo o elo de ligação, por excelência, entre a IACA e os seus associados, os quais a ela têm acesso na área restrita do nosso site.

NOTAS DA SEMANA Em 2010 foram elaboradas 4 Notas da Semana que se encontram disponíveis na área reservada do site da IACA.

INFO IACA

Em 2010 foram publicadas 30 edições da INFO IACA.

REUNIÕES INSTITUCIONAIS

Assembleias-Gerais

Realizaram-se, durante o ano, 2 Assembleias Gerais ordinárias.

Conselho Fiscal Durante o ano de 2010 realizaram-se 3 reuniões do Conselho Fiscal.

Direcção Realizaram-se 5 reuniões da Direcção da IACA.

Comissão Executiva Durante o ano de 2010 realizaram-se 9 reuniões.

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Regionais A Reunião Regional dos Industriais do Norte e Centro e a Reunião Regional dos Industriais das Regiões de Lisboa, Sul e Ilhas tiveram lugar em Fátima, no Dom Gonçalo Hotel & SPA, no dia 23 de Novembro.

Secção Pré-Misturas

Durante o ano de 2010 realizou-se 1 Reunião da Direcção e 1 Plenário da Secção de SFPM.

REPRESENTAÇÕES DA IACA A nossa Associação está representada nas seguintes entidades/organismos: FEFAC Presidente da FEFAC (até Junho/2010) Pedro Corrêa de Barros Conselho José Romão Braz Jaime Piçarra (suplente) Assembleia-Geral Pedro Corrêa de Barros José Filipe Ribeiro dos Santos Comités: ▬ Nutrição Animal Manuel Chaveiro Soares Fernando Anjos (Suplente) ▬ Produção Industrial de Alimentos Compostos Jaime Piçarra (Vice-Presidente) ▬ Alimentos de Aleitamento José Romão Braz ▬ Premix Pedro Folque Ingrid Van Dorpe

José Sereno Fernando Anjos (Suplente)

▬ EFMC Fernando Anjos ▬ Colégio de Directores Jaime Piçarra FIPA ▬ Direcção José Filipe Ribeiro dos Santos ▬ PARE (Política Agrícola) Jaime Piçarra (Coordenador) ▬ Ambiente Fernando Anjos ▬ Secretários-Gerais Jaime Piçarra NORMALIZAÇÃO ▬ ONS Maria Ilidia Felgueiras Fernando Anjos (Suplente) ▬ CT 37 – Alimentos para Animais Maria Ilídia Felgueiras Fernando Anjos

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COMISSÃO CONSULTIVA CULTURAS Jaime Piçarra ARVENSES (G.P.P.) COMISSÕES CONSULTIVAS SECTORIAIS DOS Jaime Piçarra BOVINOS, DOS SUÍNOS E DAS AVES (G.P.P.) CONSELHO CONSULTIVO ALIMENTAÇÃO Fernando Anjos ANIMAL (D.G.V.) BOLSA DO BOVINO (Assembleia Geral) Jaime Piçarra CIB – CENTRO DE INFORMAÇÃO DE Jaime Piçarra (Presidente da BIOTECNOLOGIA Assembleia Geral) GRUPO CONSULTIVO DOS CEREAIS (COMISSÃO EUROPEIA/DGAGRI) Jaime Piçarra

CALENDÁRIO DAS PRINCIPAIS ACTIVIDADES DA IACA EM 2010

DATA JANEIRO 6 Reunião no INETI (Protocolo Apoio laboratorial) 14 Comissão Executiva 21 20 anos da AGROGÉS 28 Associação Portuguesa de Biocombustiveis 29 Câmara da Corunha

DATA FEVEREIRO 3 Promoção Externa 4 Comissão Executiva 9 Audiência com Ministro da Agricultura 10 Colégio dos Directores Gerais (FEFAC) 11 VIII Encontro Nacional de Operadores de Cereais (Espanha) 18 Reunião da Direcção 25 Reunião na FIPA com a Soc. Ponto Verde

DATA MARÇO 2 Comité COMP da CIAA 3 Comité Alimentos Compostos da FEFAC 4 Reunião com a empresa “Poupança 365” 10 Reunião da CT 37 11 Comissão Executiva

Reunião com a Publirisco/Castel (Anuário) 15 Reunião Grupo PARE (FIPA) 19 Assembleia Geral do CIB 24 Reunião do Conselho Fiscal 26 Grupo Consultivo dos Cereais (Comissão Europeia) 30 Assembleia Geral Ordinária da FIPA

DATA ABRIL 8

Comissão Executiva Assembleia Geral para Aprovação do Relatório e Contas do Exercício de 2009

13 Workshop “Responsabilidade Ambiental” Comité Pré-Misturas da FEFAC

14 Comité Nutrição Animal da FEFAC

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15 Jornadas de Engenharia Química (Instituto Superior Técnico) 22 Reunião com a Publirisco/Castel (Anuário)

Reunião com INITIUM (IVA) 23 Conferência na Assembleia da República (O Futuro da PAC pós-2013) 28 CT 37 29 Reunião Geral da Indústria (Seminário sobre o Regulamento da Etiquetagem e

Comercialização de Alimentos para Animais) Reunião da Direcção

28 a 31 27ª Ovibeja DATA MAIO 1 e 2 27ª Ovibeja 26 Reunião Grupo PARE

DATA JUNHO 8 Comité COMP da CIAA

9 a 11 XXV Congresso da FEFAC 17 Reunião da Direcção da IACA

Seminário da ACICO “O Mercado de Matérias-Primas Alimentares na Campanha 2010-2011”

21 Jornadas Técnicas “A Qualidade da Soja em Portugal” Reunião da IACA sobre Rotulagem

23 Grupo Consultivo dos Cereais da Comissão Europeia DATA JULHO 6 CT 37 7 Comissão Executiva

Conselho Fiscal 19 e 20 Conferência da PAC pós 2013 (Comissão Europeia) 21 Reunião sobre Organização Interprofissional na Suinicultura

DATA AGOSTO 5 Comissão Executiva

DATA SETEMBRO 7 IACA/ FPAS / APIC 9 Colégio dos Directores Gerais da FEFAC 15 Política Agrícola CIAA 24 Grupo Consultivo dos Cereais (Comissão Europeia) 28 CT 37 29 Forum Segurança Alimentar da APIFARMA

Reunião da Direcção DATA OUTUBRO 5 Comité Nutrição Animal da FEFAC 6 Comité Pré Misturas da FEFAC 7 Reunião ONS

Reunião com Adido Agrícola da Embaixada dos EUA 12 Comité Competitividade da CIAA 15 Conferência da Embaixada de França/AgriMer sobre Cereais 20 Conselho Fiscal 21 AGROVOUGA 22 Plenário SFPM 26 Encontro do IMPA – Informal Meat Pork Association 29 Comissão Executiva

DATA NOVEMBRO 3 Contratação Colectiva de Trabalho 5 Grupo PARE da FIPA 8 Comissão Executiva 16 GT “Ambiente” da FIPA 17 Conselho da FEFAC

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18 Iniciativa um só Saúde “Saúde Animal – Saúde Humana uma Saúde” 22 Apresentação da Comunicação da Comissão sobre a PAC pós-2013 23 Reunião da Direcção

Reunião Regional da Indústria (Norte e Centro) e (Lisboa,Sul e Ilhas) 25 Grupo SP8

DATA DEZEMBRO 3 Dia da Reflexão da Suinicultura (Bruxelas) 7 Comité Competitividade da CIAA 14 Assembleia Geral (Aprovação do Orçamento para 2011) 15 Grupo Política Agrícola da FIPA

Seminário da Controlvet 16 Assembleia Geral da FIPA 17 Grupo Consultivo dos Cereais 20 Seminário na Assembleia da República sobre a PAC pós-2013

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CONSELHO FISCAL

Parecer Reunido hoje, em sessão ordinária, na sua sede social, o Conselho Fiscal da Associação Portuguesa dos Industriais de Alimentos Compostos para Animais – IACA apreciou e discutiu o RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCICIO DE 2010 tendo deliberado emitir o seguinte parecer:

1- Que sejam aprovados o Relatório, o Balanço e Contas referentes ao ano de 2010. 2- Que o Resultado Líquido do Exercício, positivo em 34.073,43 euros, seja transferido, de acordo com a proposta da Direcção, para:

Fundo Social 10.222,03 euros Reservas Livres 23.851,40 euros

3- Que a Assembleia Geral na sua sessão de 14 de Abril do corrente ano, aprove um voto de agradecimento à Direcção e à Comissão Executiva, pela forma como estruturou a nossa Associação e o esforço que desenvolveu na defesa dos interesses da Industria. 4- Propomos ainda, que a Assembleia-Geral aprove um voto de louvor e reconhecimento ao Secretário-Geral, Assessores e a todos os Colaboradores, pela dedicação e eficiência com que desempenharam as suas funções.

Lisboa, 29 de Março de 2011

O CONSELHO FISCAL

(aa) Alfredo Manuel Ribeiro da Silva Santos - Presidente

Joaquim Manuel Barreiro da Silva - Vogal

Jorge José Rodrigues Fernandes - Vogal

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ASSEMBLEIA GERAL DA IACA DE 14 DE ABRIL DE 2011

a) O Relatório da Direcção, o Balanço e as Contas do ano de 2010 e o Parecer do Conselho Fiscal foram aprovados por unanimidade.

b) Igualmente foi aprovada, por unanimidade, a seguinte proposta:

“A Direcção propõe aos Senhores Associados que o Resultado Líquido do Período, no montante de 34.073,43 Euros, seja distribuído da seguinte forma:

Fundo Social 10.222,03 euros Reservas Livres 23.851,40 euros