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À
Exma. Senhora Ministra
Doutora Rosa Maria Pires Weber
Presidente do tribunal Superior Eleitoral
Assunto: Atos Administrativos | Organização Político-
administrativa/Administração Pública | Criação/Extinção/Reestruturação de
Órgãos ou Cargos Públicos (10868)1
Ementa: Constitucional e Administrativo. Servidor Público. Agente de
Segurança do Poder Judiciário Federal. Polícia Institucional. Criação.
Necessidade. Precedentes.
A ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS AGENTES DE SEGURANÇA
DO PODER JUDICIÁRIO DA UNIÃO – AGEPOLJUS, CNPJ nº 05.824.002/0001-
19, com domicílio em Brasília/DF, no SCS, Quadra 01, Bloco L, Ed. Márcia, salas
213/214, CEP 70307-900, por sua Presidência, e o SINDICATO DOS SERVIDORES DO PODER JUDICIÁRIO E MPU NO DISTRITO FEDERAL – SINDJUS/DF, com domicílio em Brasília/DF, no SDS, Edifício Venâncio V, Sala 108/114, CEP 70393-904, por seu Coordenador Geral, com fulcro no artigo 5º, XXI, da Constituição da
República, e na Lei 9.784, de 1999, apresentam REQUERIMENTO
ADMINISTRATIVO, pelas razões de fato e de direito que passa a expor.
1. INTRODUÇÃO E LEGITIMIDADE
Os requerentes congregam Agentes de Segurança do Poder Judiciário
Federal e com base nos documentos e fundamentos a seguir explanados, requerem a
criação da Polícia Institucional do Tribunal, cujos integrantes deverão ser,
exclusivamente, aqueles descritos no §2º do art. 4º da Lei nº 11.416/20062; consoante já
ocorre em vários Tribunais do país, exemplos Tribunal Superior do Trabalho – TST
(ATO Nº 1/GDGSET.GP em anexo), Supremo Tribunal Federal – STF
(RESOLUÇÃO Nº 564 em anexo), Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo –
1 De acordo com as Tabelas Processuais Unificadas do Conselho Nacional de Justiça. Disponível em: <http://www.cnj.jus.br/sgt/consulta_publica_assuntos.php> 2 Art. 4o As atribuições dos cargos serão descritas em regulamento, observado o seguinte: [...]§ 2o Aos ocupantes do cargo da Carreira de Analista Judiciário – área administrativa e da Carreira de Técnico Judiciário – área administrativa cujas atribuições estejam relacionadas às funções de segurança são conferidas as denominações de Inspetor e Agente de Segurança Judiciária, respectivamente, para fins de identificação funcional.
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TRT 2 (ATO GP Nº 05/2012 em anexo) e Tribunal Regional do Trabalho do Paraná –
TRT 9 (ATO Nº 208 em anexo), criando-se, ainda, dentre os servidores integrantes da
Polícia Institucional, Grupo Especial para as tarefas mais complexas e específicas, para
atuação imediata em missões de alto risco que necessitem de táticas mais elaboradas,
consoante ocorre no Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região, cujo ato de
organização encontra-se (em anexo).
A legalidade dos atos que criaram internamente polícia administrativa em alguns Tribunais Federais foi objeto de consulta no âmbito do Conselho Nacional de Justiça, que reiterou tal possibilidade ao julgar o processo nº 0001370-24.2012.2.00.0000, de relatoria do Conselheiro Dr. FERNANDO MATTOS, cuja ementa seguiu assim vazada, litteris:
CONSULTA. PODER DE POLÍCIA ADMINISTRATIVA NOS TRIBUNAIS. REGULAMENTAÇÃO. POSSIBILIDADE. REGRAS GERAIS. RESOLUÇÃO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 1. Consulta acerca da possibilidade de os tribunais organizarem sua polícia administrativa interna, com delegação do exercício desta prerrogativa aos agentes de segurança, e de o Conselho Nacional de Justiça disciplinar a matéria. 2. No âmbito do Poder Judiciário o poder de polícia administrativa interna tem o escopo de assegurar a ordem dos trabalhos dos tribunais, bem como proteger a integridade física dos magistrados, servidores, das instalações físicas e de todos aqueles que as frequentam. 3. Os tribunais podem regulamentar o exercício da polícia administrativa interna. Tal possibilidade foi reconhecida no julgamento do Procedimento de Controle Administrativo 0005286-37.2010.2.00.000, onde ficou registrado cumprir ao próprio Poder Judiciário exercer o poder de polícia administrativa dentro de suas instalações. Em qualquer caso, deve ser respeitada a competência da polícia judiciária para apurar crimes e adoção de providências afetas a esta medida. 4. A Resolução 564/2015 do Supremo Tribunal Federal disciplina a organização da polícia administrativa interna no âmbito de suas instalações e, respeitada a autonomia dos Tribunais, constitui as regras gerais acerca da matéria. O artigo 1º, caput, da referida resolução prevê o apoio dos agentes e inspetores de segurança no exercício do poder de polícia administrativa interna. 5. O Conselho Nacional de Justiça tem atribuição constitucional para regulamentar de forma geral o exercício o exercício do poder de polícia administrativa interna dos tribunais, nos termos da fundamentação do voto. 6. Consulta conhecida e respondida.(CNJ - CONS - Consulta - 0001370-24.2012.2.00.0000 - Rel. FERNANDO MATTOS - 48ª Sessão Extraordinária - j. 26/06/2018 ).
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Trata-se, portanto, da defesa de interesse ou direito coletivo3 da
categoria ou, pelo menos, de interesse ou direito de parte da mesma categoria4; senão,
de direitos individuais homogêneos dos servidores associados, porque “decorrentes de
origem comum”5, o que autoriza a entidade a pleitear em seu nome, conforme autoriza o
artigo 5º, XXI, da Constituição da República6, e a jurisprudência do Superior Tribunal
de Justiça7.
2. FATOS
A necessidade de criação de uma Polícia Institucional mostra-se
urgente, na medida em que atua na defesa dos magistrados, servidores e jurisdicionados,
assim como das instalações do Tribunal, sobremaneira se levada em consideração a
3 Em atenção ao artigo 81, parágrafo único, II, da Lei 8.078, de 1990, está-se diante de um interesse ou direito coletivo quando “todos os co-titulares dos direitos mantêm relações jurídicas ou vínculos jurídicos formais com a parte contrária, ou seja, a parte contra a qual se dirige a pretensão ou o pedido” ou em razão “de uma relação jurídica base que une os sujeitos entre si, de modo a fazer com que eles integrem grupo, classe ou categoria diferenciada de pessoas determinadas ou determináveis com interesses convergentes sobre o mesmo bem indivisível (jurídica ou faticamente), independente de manterem ou não vínculo jurídico com a parte contrária”, conforme leciona Alcides A. Munhoz da Cunha (Evolução das Ações Coletivas no Brasil. Revista de Processo, n. 77, 1995, p. 229). Pedro Lenza (Teoria Geral da Ação Civil Pública. São Paulo, RT, 2003, p. 71), explica sobre a indivisibilidade dos bens sobre os quais convergem os interesses coletivos: “Em relação aos interesses coletivos, a indivisibilidade dos bens é percebida no âmbito interno, dentre os membros do grupo, categoria ou classe de pessoas. Assim, o bem ou interesse coletivo não pode ser partilhado internamente entre as pessoas ligadas por uma relação jurídica-base ou por um vínculo jurídico; todavia externamente, o grupo, categoria ou classe de pessoas, ou seja, o ente coletivo, poderá partir o bem, exteriorizando o interesse da coletividade.” 4 A possibilidade de proteção coletiva dos direitos e interesses de parte da categoria representada pela entidade de classe é afirmada na Súmula 630 do Supremo Tribunal Federal: “A entidade de classe tem legitimação para o mandado de segurança ainda quando a pretensão veiculada interesse apenas a uma parte da respectiva categoria”. 5 Em atenção ao artigo 81, parágrafo único, III, da Lei 8.078, de 1990, está-se diante de direitos individuais homogêneos, quando um direito eminentemente individual foi erigido à categoria de interesses metaindividuais meramente para fins de tutela coletiva. A transindividualidade do direito individual homogêneo é legal ou artificial. Pode-se dizer “acidentalmente coletivos” os direitos individuais homogêneos, porquanto os sujeitos são perfeitamente identificados ou identificáveis e a união entre aqueles coletivamente tutelados decorrerá de uma situação fática de origem comum a todos. Pedro Lenza (Teoria Geral da Ação Civil Pública. São Paulo, RT, 2003, p. 71) entende que os interesses individuais homogêneos “caracterizam-se por sua divisibilidade plena, na medida em que, além de serem os sujeitos determinados, não existe, por regra, qualquer vínculo jurídico ou relação jurídica-base ligando-os”; ao passo que Ada Pellegrini Grinover (Código de Defesa do Consumidor comentado, 7. Ed., Rio de Janeiro, Forense, 1998, p. 813) posiciona-se em sentido contrário: “Isso significa, no campo do direito processual, que, antes das liquidações e execuções individuais (…), o bem jurídico objeto de tutela ainda é tratado de forma indivisível, aplicando-se a toda a coletividade, de maneira uniforme, a sentença de procedência ou improcedência.” 6 Constituição da República: “Art.5º: [...] XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;” 7 Ainda que evidenciado o permissivo legal da atuação de entidade associativa como substituta processual, na defesa de direitos/interesses coletivos ou individuais de seus filiados, o Superior Tribunal de Justiça já se pronunciou favoravelmente à substituição processual por associações de classe: PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. ASSOCIAÇÃO DE CLASSE. SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL. ART. 46, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CPC. INAPLICABILIDADE. RECURSO ESPECIAL CONHECIDO E PROVIDO. 1. O Superior Tribunal de Justiça possui entendimento firmado no sentido de que as entidades de classe, quando postulam direitos individuais de seus associados, atuam na condição de substituto processual. 2. Tratando-se de substituição processual, não se admite a limitação do número de associados, uma vez que a disposição contida no parágrafo único do art. 46 do CPC se aplica tão-somente às hipóteses de litisconsórcio facultativo. 3. Recurso especial conhecido e provido. (STJ, REsp 545.716/DF, Rel. Ministro Arnaldo Esteves Lima, 5ª Turma, DJ 06.11.2006)
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crescente onda de violência e, por conseguinte, instabilidade nas repartições públicas,
causadas pela instabilidade político-jurídica que assola o país.
Tenha-se que o Estado é reconhecido como elo fundamental da coesão
da sociedade e que, de maneira geral, objetiva a manutenção da paz social, sendo o
detentor do poder coercitivo delegado pela sociedade para dirimir os conflitos surgidos.
Para que seu poder seja eficazmente exercido, faz-se necessária a presença de
instrumentos que viabilizem as relações entre as partes envolvidas; estes instrumentos
de imposição do poder, representados pela lei, podem variar, de acordo com o grau de
evolução da sociedade, do consentimento voluntário até o emprego da coação física.
Embora o vocábulo poder dê a impressão de que se trata de faculdade
da Administração, na realidade trata-se de poder-dever, reconhecido ao poder público
para que o execute em benefício da coletividade, sendo, portanto, irrenunciável. Ainda
mais, a delegação de tal poder não é absoluta, deve atender determinados requisitos de
competência e legitimidade, devendo ser, obrigatoriamente, observados em consonância
com a legislação.
Dentre os aludidos poderes, pode-se destacar o Poder de Polícia,
desdobrado, segundo a Doutrina, em administrativo e judiciário, sendo o primeiro de
caráter ostensivo preventivo, buscando evitar que o comportamento individual dos
cidadãos cause risco à integridade física e prejuízo a terceiros ou mesmo ao Estado,
podendo ser executado por diversos órgãos da Administração Pública.
Em razão desse Poder há a vigilância sanitária, de posturas urbanas,
aérea, polícias rodoviária, marítima, ambiental, de diversões públicas, de segurança e
etc, cujas atividades (policiais) administrativas atuam no tênue limite existente entre os
direitos e interesses individuais e o interesse público/social.
Tenha-se que, em razão desse poder-dever, a criação da polícia
institucional, já existente em diversos outros órgãos, como será esmiuçado a seguir, é
instrumento de grande valia para a garantia e manutenção da ordem nos Tribunais, o
que favorecerá não apenas os seus membros e servidores, mas a sociedade como um
todo.
3. DIREITO
3.1. A missão Constitucional do Poder Judiciário
Em razão do princípio da independência entre os poderes, o Poder
Judiciário tem autonomia para realizar seu autogoverno. Essa autonomia, prevista na
Constituição Federal (art. 99), tem tripla dimensão: administrativa, financeira e
funcional.
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A autonomia administrativa do Poder Judiciário é conquista
democrática e funciona como garantia do próprio poder, dos seus juízes e, sobretudo,
dos direitos fundamentais das pessoas.
A previsão constitucional dessa autonomia garante ao Poder Judiciário
o direito de praticar os atos necessários à sua própria organização. Independe, para
organizar-se, de qualquer autorização dos demais poderes, encontrando-se materializada
na atribuição de competências privativas aos tribunais, superiores, inferiores, estaduais e
federais.
Como exemplo, pode-se citar, em âmbito trabalhista, a previsão da
Carta Magna que determina que cabe ao Conselho Superior da Justiça do Trabalho
exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa, orçamentária, financeira e
patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, como órgão central do
sistema, cujas decisões terão efeito vinculante (redação dada pelo Art 111-A § 2º, inciso
II da CF.
Também pode-se citar o Conselho da Justiça Federal, cabendo-lhe
“ exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa e orçamentária da Justiça Federal
de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema e com poderes
correicionais, cujas decisões terão caráter vinculante” (art. 105, parágrafo único, inciso
II da CF/88) e o CNJ, a quem compete “o controle da atuação administrativa e
financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes,
cabendo-lhe, além de outras atribuições que lhe forem conferidas pelo Estatuto da
Magistratura” (art. 103-B, §4º da CF/88).
3.2. Precedentes Favoráveis à Criação de uma Polícia Institucional no âmbito dos
Tribunais
Tenha-se que atualmente existem várias Polícias Institucionais
administrativas, devendo-se observar que várias destas atividades não estão
previstas expressamente nos artigos da Constituição Federal, sendo criadas
por Resoluções e Portarias das próprias instituições, a exceção da Polícia do
Senado e Polícia da Câmara dos Deputados, previstas expressamente.
As que não se encontram previstas, mas que foram criadas por atos
infraconstitucionais, são a Polícia Institucional da Assembleia Legislativa do
Acre, Polícia Legislativa da Assembleia Legislativa de Rondônia (Constante
de seu Regimento Interno, citada no Art. 14, Inciso VI), Polícia Privativa da
Assembleia Legislativa de Pernambuco (Art. 14, inciso III, da Constituição
Estadual), Polícia Institucional da Assembleia Legislativa de Minas Gerais
(Em seu Regimento Interno, Título IV, Capítulo IV – Da Polícia Interna),
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Polícias Científicas, Polícia do Exército e Polícia da Aeronáutica, com função
precípua de resguardar a própria instituição.
Vale ressaltar que as atribuições de atividade de polícia
conferidas aos órgãos acima são similares às que ora são executadas pelos
Agentes de Segurança Judiciária do Poder Judiciário, conforme pode ser
observado através da leitura das atribuições do cargo de Técnico Judiciário –
Especialidade Segurança, constantes no atual plano de cargos e salários dos
servidores do Poder Judiciário da União.
A fim de corroborar o presente estudo, que visa à criação da
Polícia estritamente institucional no âmbito desse E. Tribunal, faz-se mister
trazer à baila algumas considerações que já foram feitas acerca do tema:
Certos juristas consideram as Polícias Científicas apenas como unidades
administrativas das Secretarias de Segurança Pública a que está subordinada,
não podendo estas serem caracterizadas como instituições policiais
autônomas, em decorrência de não terem sido citadas no art. 144 da
Constituição Federal atualmente vigente. Porém, importantes pareceres
jurídicos elaborados por especialistas como Paulo Brossard, Rogério Lauria
Tucci e René Ariel Dotti, além do parecer da assessoria jurídica do Senado
Federal, consideram o artigo 144 da Constituição Federal como mero preceito
enunciativo (exemplificativo), não taxativo. Logo, o fato de não haver ali
listada a instituição Polícia Científica ou denominação equivalente, não inibe
constitucionalmente a sua estruturação autônoma.
A verdade é que a enumeração do art. 144 não esgota a matéria policial. O
equívoco resulta do fato de as Constituições anteriores a 88 não conterem
artigo que dispusesse a respeito de polícia. Pretender, como a ADIN 2575-8
pretende, que toda a função policial esteja circunscrita ao traçado no art.
144 da Constituição, como se fosse um círculo de ferro, não tem como
sustentar-se à luz da doutrina, da diuturna experiência jurídica e da prática
quotidiana da administração. Com efeito, o fato de a polícia judiciária ser
conferida à polícia civil, não significa que essa atribuição, aliás, tradicional,
esgote as funções policiais. (Paulo Brossard)
Tenha-se que, no âmbito do Poder Judiciário, podem-se citar algumas
legislações esparsas, como Resoluções, Portarias, Atos Normativos e Regimentos
Internos dos diversos Órgãos do Poder Judiciário, que regulamentam a atividade de
Polícia Institucional no âmbito da Justiça Brasileira.
De inicio, podem-se citar as Resoluções nº 104/2010 e 176/2013 do
Conselho Nacional de Justiça, que dispõem sobre medidas administrativas para a
segurança e a criação de Fundo Nacional de Segurança, e Institui o Sistema Nacional de
Segurança do Poder Judiciário e dá outras providências, respectivamente.
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Tais dispositivos legais foram criados ao se perceber que: (i) existia a
necessidade de instituição de política uniforme de segurança institucional, orgânica e da
informação no âmbito do Poder Judiciário; (ii) era necessária a adoção de um programa
em âmbito nacional para segurança de magistrados em situação de risco; (iii) a
Resolução nº 40/32 de 1985 da Assembleia-Geral das Nações Unidas endossou os
Princípios Básicos Relativos à Independência da Magistratura, elaborados pelo 7º
Congresso das Nações Unidas para a Prevenção do Crime e o Tratamento dos
Delinquentes, proclamando que "os juízes devem decidir todos os casos que lhes sejam
submetidos com imparcialidade, baseando-se nos fatos e em conformidade com a lei,
sem quaisquer restrições e sem quaisquer outras influências, aliciamentos, pressões,
ameaças ou intromissões indevidas, sejam diretas ou indiretas, de qualquer setor ou
por qualquer motivo”; (iv) a criminalidade tratada e que atinge o Judiciário brasileiro
sofreu profunda modificação nos últimos tempos, sendo cada vez mais comuns os
crimes de base organizativa apurados nos diversos tipos de processos, compreendendo
corrupção sistêmica nas esferas municipais, estaduais e federal, tráfico internacional de
drogas, de armas e pessoas, lavagem de dinheiro com ampla ramificação em territórios
estrangeiros, e movimentos paredistas com ânimos acirrados. O fato de ter sido
observado que, faz algum tempo, em razão mesmo dessa mudança de perfil da
criminalidade que é apurada pelo Judiciário, passaram a ser registrados, com frequência
cada vez maior e mais preocupante, os casos de ameaças e atentados a magistrados; sem
prejuízo daqueles contra servidores.
Assim, o CNJ resolveu uniformizar os procedimentos a serem adotados
nas atividades de policiamento interno, tais como alguns que são citados abaixo e
figuram nas resoluções citadas:
Resolução CNJ 104/2010:
Art. 1º. Os Tribunais Regionais Federais e os Tribunais de Justiça, no
âmbito de suas competências, tomarão medidas, no prazo de um ano, para
reforçar a segurança das varas com competência criminal, como:
(...)
VIII - Os servidores ocupantes de cargo com atribuição de exercício da função de
segurança passarão a exercer efetivamente funções relacionadas à segurança
dos magistrados.
IX - O ingresso na carreira judiciária do cargo a que se refere o caput deverá
incluir exigências e provas compatíveis com o exercício de funções de segurança.
X - Deverá ser concedido aos aprovados no concurso para o cargo a que se
refere o caput o treinamento necessário, às custas do Poder Judiciário, para o
exercício de funções de segurança.
XI (...)
§ 2º. Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão adotar as medidas
previstas neste artigo. [grifou-se]
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Resolução CNJ 176/2013:
(...)
Art. 9º. Art. 9º Recomenda-se que os Tribunais adotem, no âmbito de suas
competências, assim que possível, as seguintes medidas mínimas para a
segurança e magistrados:
I – controle do fluxo de pessoas em suas instalações;
II – obrigatoriedade quanto ao uso de crachás;
III – instalação do sistema de segurança eletrônico, incluindo as áreas
adjacentes;
IV – instalação de aparelho detector de metais, aos quais devem se
submeter todos que acessarem as dependências, exceto os previstos no
inciso III do art. 3º da Lei 12.694/12 e os magistrados e servidores que
tenham lotação ou sede de seus cargos e funções nas dependências do
fórum ou tribunal onde está instalado o detector de metais;
V – policiamento ostensivo com agentes próprios, preferencialmente,
ou terceirizados, inclusive nas salas de audiências, quando necessário;
VI – disponibilizar coletes balísticos aos juízes em situação de risco;
VII – edição de Resolução para restringir o ingresso de pessoas armadas
em seus prédios, observando que policiais militares, civis, ou federais, bem
como integrantes de guarda municipal, não poderão entrar ou permanecer
em sala de audiência, secretaria, gabinete ou qualquer outra repartição
judicial, portando arma de fogo, quando estiverem na condição de parte ou
testemunha, em processo de qualquer natureza;
VIII – as armas de fogo dos policiais acima referidos, enquanto estiverem na
condição de parte ou testemunha durante o ato judicial deverão ficar em
local seguro junto à direção do foro, em cofre ou móvel que propicie a
segurança necessária, com acesso à arma de fogo exclusivo do policial que
permanecerá com a chave de acesso até o momento de retirá-la. Haverá o
registro do acautelamento da arma e da retirada na direção do foro;
IX – viabilizar que os veículos blindados apreendidos sejam
disponibilizados aos magistrados em situação de risco;
X – aquisição de veículos de escolta.
Art. 10. Os Tribunais, em parceria com o Departamento de Polícia Federal,
Polícias Estaduais e outros órgãos afins, de natureza policial ou de
inteligência celebrarão convênio para realização periódica de curso sobre
Segurança Institucional, com ênfase em Inteligência, crime organizado,
grupo de extermínio, estatuto do desarmamento, armamento e tiro, prática
de tiro, direção ofensiva e defensiva e conduta da pessoa protegida. [grifou-
se]
Tenha-se que sobre o inciso V, torna-se oportuna fazer uma crítica à
sua redação, na medida em que a legislação veda o exercício do policiamento
ostensivo em salas de audiência por vigilante contratado, haja vista que a formação
deste tipo de profissional, bem como a normatização de suas atribuições, lhe confere
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prerrogativas para agir exclusivamente na proteção do patrimônio, e não das pessoas,
sendo que se assim fizer estará descumprindo vedação legal, conforme conteúdo da
Lei 7.102/1983. Ficam ressalvados os profissionais com formação e habilitação
exclusiva em curso de Segurança Pessoal Privada, também fiscalizado pela Polícia
Federal, o que atualmente não é o caso neste Egrégio Tribunal.
Também se pode mencionar o TRT da 2ª Região, que também
normatizou a atividade de policiamento de suas instalações ao dispor:
Art. 8º A polícia do Tribunal é exercida pelo Presidente, contando com os
recursos humanos disponíveis no Tribunal e com a faculdade de requisitar o
concurso de outras autoridades.
§ 1º Ocorrendo infração à lei penal na sede ou nas dependências avançadas
do Tribunal, envolvendo autoridade ou servidor sujeito a sua jurisdição, o
Presidente requisitará a instauração de inquérito.
§ 2º A polícia das sessões e das audiências compete ao seu Presidente.
Pela leitura da aludida norma interna, percebe-se que o poder de
polícia dispensado ao seu Presidente pode ser delegado aos recursos humanos
disponíveis, ou seja, aos Agentes de Segurança Judiciária, haja vista a razão de suas
atribuições. Cabe observar que os Regimentos Internos dos Tribunais são equiparados
às leis elaboradas pelo Poder Legislativo – em que pese a prerrogativa do exercício
do poder de polícia, em verdade, ser inerente a qualquer Desembargador Presidente -
, conforme se deflui do estudo sobre o controle da legalidade e constitucionalidade das
normas dos regimentos internos dos tribunais. Comentados a seguir:
A Resolução Conjunta CNJ/CNMP nº 04/2014 regulamenta, no
âmbito do Poder Judiciário e do Ministério Público, os arts. 6º, inciso XI, e 7°-A,
ambos da Lei n° 10.826 de 22 de dezembro de 2003, com as alterações promovidas
pela Lei n° 12.694, de 24 de julho de 2012, que tratam sobre o porte de arma de fogo
institucional para uso exclusivo de servidores de seus quadros pessoais que
efetivamente estejam no exercício de funções de segurança.
Frise-se a terceira consideração que antecede os artigos da referida
regulamentação: “a relevância da segurança institucional para garantir o livre e
independente exercício das missões constitucionais do Poder Judiciário”.
A fim de proporcionar maior nível de independência às autoridades
da Justiça, e por entender que a insegurança continuaria a pairar se os órgãos
componentes do Poder Judiciário continuassem a depender exclusivamente de órgãos
executivos ligados à segurança pública, o legislador autorizou o porte de arma de fogo
aos Tribunais, para utilização por servidores específicos.
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Além das normas acima mencionadas, os Presidentes dos tribunais
superiores publicaram a Portaria Conjunta nº 03/2007, que regulamenta alguns
dispositivos da Lei 11.416./2006, prevendo em seu anexo III, artigo 4º, inciso VI, que
a reciclagem anual para Atividade de Segurança – destinada aos servidores ocupantes
dos cargos de Analista Judiciário e Técnico Judiciário – Área Administrativa, cujas
atribuições estejam relacionadas às funções de segurança, deverá contemplar ações de
capacitação em serviços de inteligência, segurança de dignitários, patrimonial, da
informação, de pessoas ou correlatos, direção defensiva, obedecido o mínimo de 30
(trinta) horas de aulas anuais, além de teste de condicionamento físico, facultado a
cada órgão, para fins de execução, firmar convênio ou contrato com academias de
formação, escolas e centros de treinamento, públicos ou privados.
Assim, pode-se notar que as atividades executadas pelos Agentes de
Segurança Judiciária estão coadunadas com as determinações constantes em portarias
de instâncias superiores, bem como as previstas em editais de concursos públicos para
ingresso na carreira.
3.3. Atividade de Polícia Institucional exercida por outros órgãos, que não os do
Poder Judiciário
3.3.1 Polícia do Senado Federal
O Serviço de Segurança, responsável pelo policiamento do edifício do
Senado Federal e proteção de autoridades, servidores e instalações, foi criado
oficialmente pela Resolução nº 01/1950, como órgão da Secretaria do Senado.
Em 2006, após diversas reestruturações, através do Ato da Comissão
Diretora nº 15 foram criadas a Subsecretaria de Polícia Judiciária e a Subsecretaria de
Logística e Controle Operacional. Com isso, a Polícia do Senado Federal dinamizou as
atividades de polícia administrativa e judiciária no âmbito do Legislativo brasileiro.
Há que se alertar para o perfeito funcionamento da aludida Polícia, de
onde destaca-se a Delegacia de Polícia e o uso de viaturas caracterizadas, assim como o
fato de todos os Agentes de Polícia Legislativa utilizarem equipamentos adequados para
a proteção institucional da Casa em que atuam, que consistem em armas não letais,
armas de fogo e outros equipamentos relacionados à atuação de seus servidores.
Oportuno destacar que as atribuições de Polícia Legislativa (Senado
Federal e Câmara dos Deputados), especialmente no tocante ao seu dia a dia, são as que
mais se aproximam da realidade das atribuições dos substituídos, visto que, em síntese,
eles atuam junto aos sistemas de segurança internos e garantem a segurança de suas
autoridades.
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3.3.2 Polícia da Câmara dos Deputados
Assim como o Senado Federal, a Câmara dos Deputados também
instituiu serviço de policiamento institucional, através da Resolução 18/2003
daquele Órgão do Poder Legislativo. A referida resolução trata da
reestruturação das atividades de Polícia Legislativa.
Ao Departamento de Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados
[DEPOL] compete exercer as funções de polícia judiciária e apuração de
infrações penais, além das atividades de polícia ostensiva e preservação da
ordem e do patrimônio, nos edifícios da Câmara dos Deputados e em suas
dependências externas; efetuar a segurança do Presidente da Câmara dos
Deputados em qualquer localidade do território nacional e no exterior;
efetuar a segurança dos Deputados Federais, servidores e quaisquer pessoas
que eventualmente estiverem a serviço da Câmara dos Deputados, em
qualquer localidade do território nacional e no exterior, quando assim
determinado pelo Presidente da Câmara dos Deputados; atuar como órgão de
apoio à Corregedoria da Câmara dos Deputados, sempre que solicitado;
planejar, coordenar e executar planos de segurança física dos Deputados
Federais e demais autoridades que estiverem nas dependências da Câmara
dos Deputados.
A Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados utiliza viaturas
caracterizadas e seus Agentes também utilizam o mesmo tipo de armamento
dos integrantes da Polícia do Senado Federal: pistolas calibre .40 e armas de
choque Taser, além de outras.
3.3.3 Polícia da Câmara Legislativa do Distrito Federal
A Câmara Legislativa do Distrito Federal possui na sua estrutura
administrativa uma Coordenadoria de Polícia Legislativa, que exerce as
atividades típicas de policiamento.
3.3.4 Polícia do Exército
Ao comentar as atividades de policiamento exercidas pelo Exército
Brasileiro, retiradas do Regulamento interno da referida instituição, convém que seja
analisado o quadro que se segue, cuja finalidade é mostrar que as atribuições
desempenhadas por Agentes de Segurança Judiciária são similares às elencadas no item
56 do Ato N.º 193/2008-CSJT.
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ATRIBUIÇÕES DO EXÉRCITO
BRASILEIRO
ATRIBUIÇÕES PREVISTAS NO ATO Nº
193/2008-CSJT.GP.SE.ASGP,
Conduzir ações tipo Polícia em proveito da
Força Terrestre, suas autoridades, instalações e
seu patrimônio
Conduzir ações preventivas em proveito da
Segurança dos magistrados, servidores e
instalações do Tribunal.
Efetuar investigações rotineiras no âmbito do
Exército
Realizar investigações preliminares.
Policiamento de trânsito e de pessoal Vistoriar veículos e registrar sua movimentação.
Controle de trânsito nas áreas militares Fiscalizar as atividades de controle de entrada e
saída de materiais, equipamentos e volumes das
dependências do Tribunal.
Segurança de instalações militares e oficiais Atuar na segurança das instalações do Tribunal.
Escolta de altas autoridades e comboios Escolta de magistrados e demais autoridades da
militares Justiça Trabalhista.
Segurança e proteção pessoal de autoridades
civis e militares
Atuar na segurança dos magistrados, das
autoridades e dos servidores.
3.3.5 Polícia Da Aeronáutica
Visando regulamentar a atividade de policiamento em todas as
Unidades Militares da Aeronáutica, o Comandante do Terceiro Comando Aéreo
Regional, no uso de suas atribuições, resolveu aprovar a edição do MCA–125-1
MANUAL DE POLÍCIA DA AERONÁUTICA DO TERCEIRO COMANDO
AÉREO REGIONAL, elaborado pelo Batalhão de Infantaria da Aeronáutica do
Terceiro Comando Aéreo Regional.
A criação deste manual de procedimento objetivou a
padronização dos procedimentos das ações de policiamento nas dependências das
Organizações Militares. A Segurança e Defesa da Instituição, no âmbito do
Comando da Aeronáutica, é atribuição da Infantaria da Aeronáutica,
personificada pela Polícia da Aeronáutica, que tem como atribuição a
consecução de ações defensivas e de proteção, a fim de garantir o grau de
segurança desejado das instalações, dos equipamentos e do pessoal de interesse
do Comando da Aeronáutica.
Percebe-se, assim, que a Polícia da Aeronáutica, bem como a Polícia do
Exército, não estão elencadas no Art .144 da Constituição Federal, que trata sobre a os
órgão de segurança pública. Entretanto, apesar de não terem atribuições previstas em
nossa Carta Magna, são organizadas através de normas internas, que estabelecem
atribuições institucionais específicas e que correspondem, naquilo que for pertinente, às
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funções desempenhadas pelos Agentes de Segurança Judiciária.
Urge dizer que, salvo melhor juízo, e com base no próprio parecer da
Assessoria Jurídica dos TRTs de São Paulo e Paraná sobre a criação da polícia
institucional daqueles Tribunais, a criação da Polícia Institucional Judicial é
inteiramente viável também nesta casa de Justiça, encontrando previsão legal nas
normas e doutrinas já mencionadas neste estudo. Cabe, ainda, salientar que a
normatização e regulamentação das atribuições da Polícia Institucional do Poder
Judiciário trará inúmeros benefícios para este Tribunal, pois os agentes passarão a
dispor de conhecimento, prerrogativas, capacidade técnica e psicológica específica para
efetuar com presteza o trabalho que já realizam atualmente, porém de forma
improvisada e precária, dando motivo a diversos dissabores já ocorridos no quesito
segurança de autoridades, servidores e instalações.
Cabe apenas anotar que as atividades, bem como a nomenclatura, de
uma polícia judicial institucional do tribunal não deverá ser confundida com a das
polícias judiciárias (Civis e Federal), já que estas últimas são polícias de caráter
repressivo, cuja incumbência é de fornecer ao judiciário provas referentes à autoria e
materialidade de práticas tidas como ilícitas.
Por terem sido bem colocadas, há que se transcrever excertos do
expediente ANX Gabinete Da Vice-Presidência 011/2015 da Assessoria Jurídica do
TRT 2ª Região na avaliação jurídica sobre a criação de uma polícia interna, tendo em
vista a similaridade das situações entre aquele e este Tribunal, que merecem especial
atenção:
(...)A Polícia Federal e suas delegacias especializadas sob as ordens de sua
Superintendência. Ocorre que, em realidade, na prática, e sem propor
qualquer tipo de ofensa à tão nobre unidade pertencente ao Ministério da
Justiça, é que a Polícia Federal não tem a menor condição de atendimento a
qualquer tipo de pedido que possa ser feito por esta Corte Trabalhista.(...)
Esse tipo de ausência estatal, que não posso deixar de entender como havendo
uma certa dose de “omissão não intencionada”, é que faz com que esta Corte
tenha preocupação com seus próprios problemas, e tente resolvê-los,
independentemente de qualquer outra fórmula ortodoxa que seja a nós
apresentada. (...)
Não podemos contar em sua inteireza com o Departamento de Polícia
Federal. Temos obrigação de manter a ordem dentro de nossos próprios.
Temos obrigação de prover segurança eficaz e efetiva, aos bens públicos e
aos senhores magistrados, servidores, advogados e jurisdicionados. E
igualmente não há dúvidas, quanto ao aspecto doutrinário, que o
Excelentíssimo Senhor Desembargador Presidente do Tribunal detém
competência funcional administrativa atípica delegada frente aos mais
modernos dispositivos do Direito Administrativos Pátrio, para empreender a
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formação e a criação de novel esquadrão. (...)
A criação de uma polícia INTERNA de órgão do Poder Judiciário não
afronta, definitivamente, a Constituição da República.(...)
Concluo declarando ser o parecer positivo, convergente à informação lançada
pela competentíssima SCI, pela total possibilidade, plausibilidade,
atualidade e necessidade da criação do dispositivo novo de segurança do
Tribunal, na forma de um grupo de polícia orgânica institucional próprio do
TRT. (...)
Assim, tem-se como perfeitamente cabível e necessária a instituição de
uma Polícia Institucional no Tribunal.
4. REQUERIMENTO
Ante o exposto, requer-se, com base nos argumentos já trabalhados,
assim como nos documentos anexados, que tratam da estruturação de segurança pessoal,
no âmbito dos TRTs 2º e 9º, assim como STF, a implantação de uma Polícia do Poder
Judiciário nesse Tribunal, além da normatização através de minuta de norma
regulamentadora, bastando-se a existência de efetivo capacitado e com equipamentos
necessários para efetivação de tal prática, postulando-se, ainda, a criação de Grupo
Especial, a exemplo daquele normatizado pelo TRT da 9ª região (GOT – GRUPO DE
OPERAÇÕES TÁTICAS).
Brasília, 28 de Agosto de 2018.
Roniel Andrade José Rodrigues da Costa Neto
Presidente da AGEPOLJUS Coordenador-Geral do SINDJUS/DF