associação de lâmpadas em série e paralelo

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA Linneker de Melo Rodrigues ROTEIRO DE PRÁTICA 1: INTRODUÇÃO AO LABORATÓRIO DE ELETROMAGNETISMO: Circuito com Associação de Lâmpadas Incandescentes em Série e Paralelo

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  • UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS

    CURSO DE ENGENHARIA ELTRICA

    Linneker de Melo Rodrigues

    ROTEIRO DE PRTICA 1:

    INTRODUO AO LABORATRIO DE ELETROMAGNETISMO:

    Circuito com Associao de Lmpadas Incandescentes em Srie e Paralelo

  • Palmas

    2012

  • 1. Introduo

    Esse relatrio apreseta um experimento que consiste de um circuito eletrnico

    alimentado por uma fonte de corrente contnua DC de 6V, acionando 3 lmpadas

    incandescentes, duas de 2W e uma de 3W, sendo associadas por duas formas diferentes: srie

    e paralelo. Para cada associao sero analisadas as grandezas presentes no experimento

    utilizando as leis de Ohm para se obter a comparao dos dados.

    2. Objetivos

    O objetivo deste relatrio comparar os valores tericos com os experimentais

    referentes a resistncia eltrica das lmpadas ligadas em srie e paralelo. Para isso ser feita

    uma medio de tenso e corrente utilizando o multmetro, e com os valores obtidos calcular a

    resitncia eltrica das lmpadas atravs da definio de resistncia dada pela lei de Ohm. E

    por ultimo ser medido a resistncia das lmpadas com o multmetro, para se realizar a

    comparao dos dados.

    3. Materiais e Mtodos

    O material utilizado para realizao do experimento foi:

    Placa de ensaio - AZEHEB

    Multmetro digital

    Fios condutores

    Fonte de alimentao DC ~ 6V

    2 lmpadas de 2W

    1 lmpada de 3 W

    Para uma correta medio, foi alertado aos componentes do grupo presentes na

    bancada sobre a disposio do multmetro para se obter tenso e corrente, de forma que, para

    se medir tenso as pontas de prova do multimetro foram conectadas em paralelo com os

    terminais de cada lmpada. J para se medir corrente, a ligao foi feita em srie com o

    dispositivo a ser medido. Foi importante atentar-se para utilizao correta das escalas de

    medidas do multimetro, pois caso o equipamento fosse conectado de forma inadequada,

    poderia ser danificado.

    4. Procedimentos

  • 4.1 Lmpadas Associadas em Paralelo (Anexo 1)

    Inicialmente, as lmpadas de 2W foram inseridas nos conectores A e B, e a lmpada de

    3W no conector C. Em seguida, foram conectados os fios condutores na placa de ensaio, de

    forma que o circuito ficasse associado em paralelo. Por fim interligamos a fonte de 6V ao

    circuito, sendo o mesmo seccionado por uma chave. A figura 01 mostra a forma de ligao do

    circuito.

    Fig. 01

    Aps as conexes feitas, o circuito foi ligado atravs da chave, provocando o

    acionamento das lmpadas, que consequentemente obtiveram um brilho semelhante. Em

    seguida realizamos a medio de tenso e corrente em cada lmpada.

    Para se medir a tenso com o multimetro Minipa ET-1002, foi ajustado o seletor de

    forma que, neste caso, ficou posicionado na escala DC em 20V, pois a fonte de alimentao

    era apenas de 6V. O terminal de cor preta do multimetro foi conectado na entrada COM, e o

    terminal de cor vermelha conectado na entrada V /mA/ , e posteriormente suas pontas de

    prova conectadas nos terminais da lmpada. Lembrando que no experimento foi medido uma

    lmpada por vez.

    Para a medio da corrente, foi preciso desligar o circuito atravs da chave para que se

    pudesse colocar o multmetro em srie com cada lmpada. Tambm foi mudado o cabo do

    multmetro da entrada V /mA/ para a entrada 10A. Em seguida foi ligado novamente, sendo

    observado uma lmpada por vez.

  • Fig. 02

    De acordo com as medies descritas acima, se obteve os seguintes dados:

    Lmpada L1 - 2W Lmpada L2 - 2W Lmpada L3 - 3W

    Tenso (V) 5,84 5,83 5,83

    Corrente (A) 0,30 0,29 0,46

    Tabela 1. Dados circuito em paralelo

    Segundo a definio, a resistncia diretamente proporcional a tenso aplicada e

    inversamente proporcional a corrente.

    V=R . I R=

    V

    I (1)

    Fig. 03 Definio de R

    Fonte: HALLIDAY, 1995.

    Conforme a equao (1), em que V dado em volts, I em ampre e R em ohms,

    calculamos os valores das resistncias que so apresentados na tabela 2.

    Lmpada 2W Lmpada 2W Lmpada 3W

    Resistncia()

    (Lei de ohm) 19,47 20,1 12,67

    Tabela 2. Calculo das Resistncias

    4.2 Lmpadas Associadas em Srie (Anexo 2)

    No circuito 2, foi feito o mesmo procedimento do que no circuito anterior, s que

    agora as lmpadas foram associadas em srie, conforme a figura 04.

    Fig. 04

    No

    tou-se que,

    com estre

  • tipo de ligao, as lmpadas apresentaram uma luminosidade diferente entre cada uma delas

    (motivo ser explicado posteriormente). A seguir, a tabela apresenta os dados obtidos.

    Lmpada L1 - 2W Lmpada L2 - 2W Lmpada L3 - 3W

    Tenso (V) 2,32 2,57 1,06

    Corrente (A) 0,17 0,17 0,17

    Tabela 3. Dados circuito em srie

    No foi feita medio de corrente em todos os pontos, pois em um circuito em srie,

    teoricamente o valor da corrente deve ser o mesmo.

    Utilizando novamente a lei de Ohm, temos os seguintes valores das resistncias:

    Lmpada 2W Lmpada 2W Lmpada 3W

    Resistncia ()

    (Lei de ohm) 13,64 15,11 6,24

    Tabela 4. Calculo das Resistncias

    4.3 Medio da Resistncia no multimetro

    Aps todo o procedimento com os circuitos paralelo e em srie, foi realizado a

    medio da resistncia com o multmetro de duas maneiras. A primeira com as lmpadas

    conectadas na placa de ensaio, e a segunda a medio foi feita direto na lmpada. Foi obtido

    os seguintes resultados:

    Lmpada 2W Lmpada 2W Lmpada 3W

    Resistncia ()

    calculada na placa 2,2 6,4 1,5

    Resistncia ()

    calculada direto na

    lmpada

    2,2 7,1 1,4

    Tabela 5. Calculo das Resistncias no multimetro

    5. Discusso e concluso

  • No circuito em paralelo, conforme a tabela 1, percebe-se que as lmpadas apresentam

    uma tenso um pouco inferior a 6V, isso deve-se porque a fonte de tenso no uma fonte

    ideal, existem perdas internas (dissipao em forma de calor), e tambm no prprio fio

    condutor acontece essa queda de tenso. Podendo ser observado na lmpada L1 que por estar

    mais prxima da fonte apresenta um nvel de tenso um pouco maior que as demais. Tambm

    deve ser considerado que essa diferena possa ser dada pela impreciso do equipamento de

    medio, no caso, o multmetro. Foi observado que a lmpada L3 apresentou um brilho maior

    que as demais, pois ela possui maior potncia em relao a L1 e L2. Isso ficou comprovado

    quando se observa os dados da tabela pois, de acordo com a Lei de Kirchhoff, no circuito em

    paralelo as correntes se dividem, sendo que o somatrio das correntes que entram em um n

    igual ao somatrio das correntes que saem, com isso temos que a lmpada de maior potncia

    consequentemente ser percorrida por uma corrente de maior intensidade, o que foi

    comprovado em experimento.

    No circuito em srie, observou-se que o brilho da lmpada L3 foi inferior ao da L2 e

    consequentemente inferior ao da lmpada L1. Isso deve-se a queda de tenso em cada

    lmpada, fazendo com que na lmpada L3 a tenso que chega seja bem inferior aos 6V

    iniciais. Com isso, a lmpada L3 quase no emite luz. A tabela 3, tambm comprova os

    valores para a lei de Kirchhoff das tenses, onde o somatrio das quedas de tenses

    aproximadamente igual a tenso da fonte.

    Por fim, ao se medir a resistncia direto na lmpada, observou-se um valor muito

    inferior ao calculado quando o circuito era percorrido por uma corrente eltrica, pois a mesma

    ao percorrer o filamento da lmpada, ocasiona o efeito joule, transformando a energia

    fornecida em calor. Esse calor absorvido suficiente para elevar a temperatura do filamento

    da lmpada, provocando um aumento consideravel em sua resistncia. Isso pode ser explicado

    atravs da segunda lei de Ohm:

    R= .l

    A (2)

    Figura 05 Segunda Lei de Ohm

    Fonte: HALLIDAY, 1995

    Onde l o comprimento dado em metros, e A a rea de seco dada em m. Com

    relao a resistividade , dada em .m , ela pode ser aumentada com a elevao da

    temperatura do material. Isso visto na equao abaixo.

  • 0=0 .(T T 0) (3)

    Figura 06 Equao da resistividade

    Fonte: HALLIDAY, 1995

    No qual T 0= 293K uma temperatura de referncia e 0 a resistividade a essa

    temperatura. J o coeficiente de temperatura de da resistividade. No caso do

    tungstnio que o material do filamento da lmpada, vale 4,5.10 3K

    1

    .

    Com isso, pode-se concluir que os experimentos prticos nem sempre seguem o

    modelo ideal visto nas teorias, que no caso foi a diferena da resistncia calculada e a

    medida. Entretanto todo esse embasamento terico fundamental para a realizao do

    experimento. Ao final do experimento, percebe-se a grande importncia de atentar-se para

    os fatores que, de forma significativa, alteram o resultado.

    Questes:

    1. Se voc fosse usar as lmpadas para iluminao qual circuito usaria? Justifique.

    Como foi visto em experimento, a melhor eficincia nas trs lmpadas foi no caso do

    circuito em paralelo, pois apresentaram um brilho aproximadamente igual. Como j foi

    explicado anteriormente, isso deve-se ao nvel de tenso ser o mesmo em todas as

    lmpadas, diferentemente do circuito em srie que apresenta uma queda de tenso na

    sequencia das lmpadas, fazendo com que apenas uma tenha um bom desempenho, j as

    duas ultimas apresentam um brilho bem inferior a primeira, no caso a lmpada L3 quase no

    teve seu efeito luminoso percebido. Outro fato negativo para esse tipo de ligao, que se

    uma lmpada danificar-se, as outras no funcionaro devido o circuito fechado ser

    interrompido.

    2. Existem erros nas medidas? Quais so? Qual o erro na resistncia das lmpadas? Ela

    obedece lei de ohm?

    Existem erros de manuseio por parte do aluno que realiza o experimento e tambm h

    o erro de impreciso do equipamento. No caso do erro das resistncias das lmpadas, percebe-

    se uma descrepncia nos valores do circuito ligado e desligado devido a elevao da

  • resistncia com o aumento da temperatura provocado pelo efeito joule causado pela passagem

    da corrente no circuito conforme explicado na concluso do relatrio. Isso mostra que no h

    proporcionalidade da tenso com a corrente a determinadas temperaturas, ou seja, a lmpada

    se comporta como um elemento no-hmico devido a sua no-linearidade, logo no obedece

    lei de Ohm.

    6. Anexos

    6.1 Anexo 1

    Associa

    o em

    paralelo

    6.2

    Anexo 2

    Associa

    o em Srie

    7.

    REFER

    NCIAS

    BIBLIOG

    RFICAS

    HALLIDA

    Y, D.;

    RESNICK,

    R.; WALKER, J., Fundamentos de Fsica. 8. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1995. v. 3.

    SEARS & ZEMANSKY, Fsica III. 12. ed. So Paulo: Addison Wesley, 2008