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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS EMPRESAS DE TRANSPORTE TERRESTRE DE PASSAGEIROS SAUS Quadra 1 Bloco J Edifício CNT 8º andar Entrada 10/20 Torre A / CEP 70070-944 Brasília – DF T.: + 55 (61) 3322-2004 F.: + 55 (61) 3322-2850 | 3322-2022 E-mail: [email protected] www.abrati.org.br 1 Brasília, 29 de outubro de 2014 Of. circular 056/2014 Ref: AUDIÊNCIA PÚBLICA ANTT nº 014/2014 Prezado Associado: A ANTT publicou em seu site, no dia 27/10, o Aviso de Audiência Pública nº 014/2014, que objetiva obter subsídios e informações adicionais para o aprimoramento da proposta de Resolução, que regulamentará a prestação do serviço de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros, sob o regime de fretamento, em substituição à atual Resolução ANTT 1.166/05. A seguir reproduzimos o texto da minuta da futura Resolução, que traz inúmeras modificações em relação à atual, com a finalidade de que V.Sa. a aprecie e nos encaminhe sugestões de mudanças que julgue necessárias ou convenientes. Como as manifestações por escrito poderão ser feitas até o dia 11/12/2014, pedimos que as eventuais sugestões dessa associada nos sejam encaminhadas até o dia 30/11/2014 para que tenhamos tempo hábil para preparar a manifestação coletiva em nome da Abrati. A manifestação da Abrati não impede que as associadas, se desejarem, também façam manifestações perante a ANTT, na forma recomenda na citada Audiência Pública, que pode ser acessada no site da Agência. Sendo o que temos para o momento, firmamo-nos, Atenciosamente. JOSÉ LUIZ SANTOLIN Diretor Geral

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS EMPRESAS DE TRANSPORTE TERRESTRE DE PASSAGEIROS

SAUS Quadra 1 Bloco J Edifício CNT 8º andar Entrada 10/20 Torre A / CEP 70070-944 Brasília – DF

T.: + 55 (61) 3322-2004 F.: + 55 (61) 3322-2850 | 3322-2022 E-mail: [email protected] www.abrati.org.br

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Brasília, 29 de outubro de 2014 Of. circular 056/2014 Ref: AUDIÊNCIA PÚBLICA ANTT nº 014/2014 Prezado Associado: A ANTT publicou em seu site, no dia 27/10, o Aviso de Audiência Pública nº 014/2014, que objetiva obter subsídios e informações adicionais para o aprimoramento da proposta de Resolução, que regulamentará a prestação do serviço de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros, sob o regime de fretamento, em substituição à atual Resolução ANTT 1.166/05. A seguir reproduzimos o texto da minuta da futura Resolução, que traz inúmeras modificações em relação à atual, com a finalidade de que V.Sa. a aprecie e nos encaminhe sugestões de mudanças que julgue necessárias ou convenientes. Como as manifestações por escrito poderão ser feitas até o dia 11/12/2014, pedimos que as eventuais sugestões dessa associada nos sejam encaminhadas até o dia 30/11/2014 para que tenhamos tempo hábil para preparar a manifestação coletiva em nome da Abrati. A manifestação da Abrati não impede que as associadas, se desejarem, também façam manifestações perante a ANTT, na forma recomenda na citada Audiência Pública, que pode ser acessada no site da Agência. Sendo o que temos para o momento, firmamo-nos, Atenciosamente. JOSÉ LUIZ SANTOLIN Diretor Geral

RESOLUÇÃO Nº , DE DE DE 2014

Dispõe sobre a regulamentação da prestação do serviço de transporte rodoviário coletivo interestadual ou internacional de passageiros, em regime de fretamento.

A Diretoria da Agência Nacional de Transportes Terrestres ANTT, no uso das

atribuições que lhe conferem o art. 24, incisos IV e V e o art. 26, incisos II e

III, da Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001 e fundamentada no art. 44, do

aludido diploma legal, resolve:

Art. 1º Dispor sobre a regulamentação da prestação do serviço de

transporte rodoviário coletivo interestadual ou internacional de passageiros,

em regime de fretamento.

Capítulo I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 2º Cabe à Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT autorizar

a prestação do serviço de transporte rodoviário coletivo interestadual ou

internacional de passageiros realizado em regime de fretamento sob as

formas:

I – Turístico

II – Eventual

III – Contínuo

Art. 3º Para fins desta Resolução, na prestação do serviço de transporte

rodoviário coletivo interestadual ou internacional de passageiros realizado

em regime de fretamento, considera-se:

I – transporte turístico: o serviço prestado por transportadoras turísticas

autorizadas, para deslocamento de pessoas em circuito fechado, com

RESOLUÇÃO Nº , DE DE DE 2014

exceção dos casos previstos nesta Resolução, em caráter ocasional, com

relação de passageiros transportados e emissão de nota fiscal de acordo

com as características da viagem, que deverá ser realizada conforme as

modalidades definidas na legislação;

II – transporte eventual: o serviço prestado por operador autorizado, para

deslocamento de pessoas em circuito fechado, com exceção dos casos

previstos nesta Resolução, em caráter ocasional, com relação de

passageiros transportados e emissão de nota fiscal de acordo com as

características da viagem, que ocorrerá sem motivações ou características

turísticas;

III – transporte contínuo: o serviço prestado por operador autorizado,

oficializado por meio de contrato registrado em cartório, para deslocamento

de pessoas em circuito fechado, por período determinado, com quantidade

de viagens, frequência e horários pré-estabelecidos, com relação fechada

de passageiros, destinado ao transporte de empregados ou colaboradores

de pessoa jurídica, de docentes, discentes e técnicos de instituição de

ensino, de associados de agremiação estudantil ou associação legalmente

constituída e de servidores e empregados de entidade governamental que

não estiver utilizando veículo oficial ou por ela arrendado;

IV – transportadora turística: a pessoa jurídica que tenha por objeto social a

prestação de serviços de transporte turístico de superfície e que mantenha

registro no Cadastro do Ministério do Turismo;

V – operador: a pessoa jurídica que tenha por objeto social a prestação de

serviço de transporte rodoviário coletivo de passageiros, sob regime de

fretamento, interestadual e internacional ou organização de excursões em

veículo rodoviário próprio, interestadual e internacional;

VI – circuito fechado: viagem em que um grupo de passageiros em um

veículo parte da origem a um ou mais destinos e, após percorrer todo o

itinerário, observado os tempos de permanência estabelecidos nesta

Resolução, este grupo de passageiros retorna à origem no mesmo veículo

que efetuou o transporte no trecho de ida;

RESOLUÇÃO Nº , DE DE DE 2014

VII – passeio local: itinerário realizado para locais de interesse turístico sem

incluir pernoite;

VIII – traslado: percurso realizado com origem e destino em estações

terminais de embarque e desembarque de passageiros, meios de

hospedagem, locais onde se realizem congressos, convenções, feiras e

exposições de negócios;

IX – serviço adequado: aquele prestado conforme as regras estabelecidas

por esta Resolução, sendo observadas as especificidades de operação

definidas para cada forma de prestação do serviço;

X – transporte próprio: aquele realizado sem fins comerciais e sem ônus

para os passageiros; e

XI – trecho: distância compreendida entre a origem e o destino mais

distante.

Art. 4º Na prestação dos serviços internacionais de que trata esta

Resolução serão observados os tratados, as convenções e os acordos

internacionais, dos quais o Brasil seja signatário, bem como as demais

legislações pertinentes.

Capítulo II

DA AUTORIZAÇÃO

Art. 5º A Autorização para a prestação do serviço objeto desta Resolução

será delegada por ato da Diretoria da ANTT e se tornará efetiva mediante

publicação de Termo de Autorização no Diário Oficial da União, que indicará:

I – o objeto da autorização;

II – as condições para sua adequação às finalidades de atendimento ao

interesse público, à segurança das populações e à preservação do meio

ambiente;

III – as condições para anulação ou cassação; e

IV – sanções pecuniárias.

RESOLUÇÃO Nº , DE DE DE 2014

§ 1º A transportadora não terá direito adquirido à permanência das

condições vigentes à época da autorização, submetendo-se às novas regras

impostas por lei ou regulamentação.

§ 2º É vedada a sub-autorização para a prestação do serviço, objeto desta

Resolução.

§ 3º Entende-se por sub-autorização qualquer forma de transferência do

direito de prestação de serviços de transporte rodoviário de passageiros sob

o regime de fretamento.

Art. 6º Deverá ser emitida, em complemento ao Termo de Autorização, uma

Licença de Viagem para cada viagem das modalidades de transporte

turístico e eventual, na forma especificada pela ANTT.

Art. 7º Deverá ser emitida, em complemento ao Termo de Autorização, uma

Licença de Viagem de Fretamento Contínuo para cada par de origem e

destino descrito no contrato de prestação de serviço, na forma especificada

pela ANTT.

Art. 8º O Termo de Autorização do operador interessado em prestar o

serviço de transporte interestadual ou internacional de passageiros, em

regime de fretamento, terá sua validade condicionada a cadastro atualizado

junto à ANTT.

Parágrafo único. O cadastro da empresa junto à ANTT terá vigência de três

anos e o recadastramento deverá ser solicitado antes de seu término,

conforme prazo indicado pela ANTT.

Seção I

Da Documentação para Obtenção do Termo de Autorização

Art. 9º Para obtenção do Termo de Autorização deverá ser efetuado

cadastro da transportadora, por meio da apresentação de requerimento à

ANTT, acompanhado dos seguintes documentos:

RESOLUÇÃO Nº , DE DE DE 2014

I – requerimento de empresário, contrato social consolidado ou estatuto

social atualizados, com objeto social compatível com a atividade de

transporte rodoviário coletivo interestadual ou internacional de passageiros,

em regime turístico ou de fretamento e capital social integralizado superior

a cento e vinte mil reais, devidamente registrado na forma da lei, bem como

documentos de eleição e posse de seus administradores, conforme o caso;

II – Prova de Regularidade Fiscal, perante ANTT; e

III – Certificado de Cadastro no Ministério do Turismo;

Parágrafo único. Está dispensada de apresentar o disposto no inciso III, a

transportadora que não prestará o serviço de transporte rodoviário

interestadual ou internacional de passageiros realizado em regime de

fretamento sob a forma turística.

Art. 10. A transportadora interessada na prestação dos serviços objeto

desta Resolução deverá cadastrar, pelo menos, um veículo em sua frota,

mediante a apresentação dos seguintes documentos do veículo a ser

utilizado na prestação do serviço:

I – cópia autenticada do Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo

– CRLV;

II – comprovante de inspeção técnica veicular do veículo;

III – apólice de seguro de responsabilidade civil; e

IV – comprovante de pagamento de taxa de fiscalização, referente ao

primeiro ano do cadastro, na forma regulamentar específica.

§ 1º Quando se tratar de veículo arrendado deverá estar registrada junto ao

DENATRAN a anotação referente ao arrendamento.

§ 2º Quando constar qualquer anotação de restrição à propriedade do

veículo no CRLV a requerente deverá apresentar expressa anuência da

entidade referida na restrição, declarando que não se opõe ao registro do

veículo pela empresa requerente na ANTT.

§ 3º A ANTT poderá solicitar, a qualquer momento e para qualquer veículo a

ser utilizado na prestação do serviço, o comprovante de atendimento aos

RESOLUÇÃO Nº , DE DE DE 2014

requisitos de segurança para veículos de transporte coletivo de passageiros,

estabelecidos pelo Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN.

§4º A empresa deverá providenciar o envio do comprovante de pagamento

de taxa de fiscalização referente ao segundo e terceiro anos do cadastro, no

prazo de até 12 meses após o pagamento anterior.

Art. 11. O cadastramento da transportadora e de sua frota de veículos

somente será realizado se não constar débito impeditivo da requerente

junto à ANTT.

Art. 12. A transportadora deverá manter as condições exigidas para a

obtenção do Termo de Autorização durante toda a sua vigência.

§1º Os documentos listados nos incisos I, II e III, do artigo 10 poderão ser

verificados pela própria ANTT por meio de convênio com os organismos

responsáveis pela emissão dos respectivos documentos.

§2º Em caso de desconformidade no momento da verificação dos

documentos, o veículo será impedido de emitir licença de viagem.

Seção II

Da Alteração e Atualização do Cadastro

Art. 13. Para solicitar a inclusão de veículos na frota de transportadora

autorizada, a requerente deverá enviar requerimento à ANTT, acompanhado

da documentação prevista no artigo 10.

Parágrafo único. O veículo não será cadastrado em mais de uma

transportadora simultaneamente.

Art. 14. A exclusão do veículo será realizada pela própria transportadora,

sem necessidade de análise da ANTT.

Parágrafo único. A ANTT realizará a exclusão de veículo da frota da

transportadora quando ocorrer o deferimento de requerimento de inclusão,

para o mesmo veículo, por empresa diferente, desde que apresente

RESOLUÇÃO Nº , DE DE DE 2014

Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo – CRLV mais recente do

que o constante nos registros da ANTT.

Art. 15. Cabe à transportadora manter o cadastro atualizado.

Seção III

Prova de Regularidade Fiscal

Art. 16. Para efeito de prova de Regularidade Fiscal perante a ANTT,

deverão ser apresentados os seguinte documentos, em original ou cópia

autenticada:

I – prova de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ -,

devendo ter como atividade econômica principal ou secundária o transporte

rodoviário coletivo interestadual ou internacional de passageiros, em regime

turístico ou de fretamento;

II – Certidão Negativa ou Positiva com Efeito de Negativa de Débitos da

Fazenda Pública Federal;

III – Certidão Negativa ou Positiva com Efeito de Negativa de Débitos da

Fazenda Pública Estadual;

IV – Certidão Negativa ou Positiva com Efeito de Negativa de Débitos da

Dívida Ativa da Procuradoria Estadual;

V – Certidão Negativa ou Positiva com Efeito de Negativa de Débitos da

Fazenda Pública Municipal;

VI – Certidão Negativa ou Positiva com Efeito de Negativa de Débitos da

Dívida Ativa da Procuradoria Municipal;

VII – Certidão Negativa ou Certidão Positiva com Efeito de Negativa de

Débitos relativa às Contribuições Previdenciárias;

VIII – Certidão Negativa ou Certidão Positiva com Efeito de Negativa de

Débitos Trabalhistas da Justiça do Trabalho; e

IX – Certificado de Regularidade junto ao Fundo de Garantia por Tempo de

Serviço - FGTS.

RESOLUÇÃO Nº , DE DE DE 2014

§1º Para atendimento dos incisos IV e V, a transportadora deverá

apresentar as certidões referentes ao Estado do domicílio da empresa.

§2º Para atendimento dos incisos VI e VII, a transportadora deverá

apresentar as certidões municipais do domicílio da empresa.

Art. 17. As certidões enviadas para fins de comprovação da regularidade

fiscal perante ANTT deverão estar válidas na data do protocolo do pleito.

Capítulo III

DA OPERAÇÃO DO SERVIÇO

Art. 18. A transportadora deverá imprimir e portar durante a prestação do

serviço, Licença de Viagem emitida pela ANTT em conjunto com a relação

de passageiros.

Art. 19. A localidade de origem constante da licença de viagem emitida

deverá coincidir com o endereço do embarque inicial de todos os

passageiros.

Art. 20. Será permitido o embarque de passageiros em mais de um

município do mesmo estado, quando integrantes da mesma região

metropolitana.

Parágrafo único. O desembarque final dos passageiros deverá ser realizado

nas mesmas cidades de embarque.

Art. 21. A transportadora é responsável pela segurança da operação e pela

adequada manutenção, conservação e preservação das características

técnicas dos veículos.

Art. 22. A empresa deverá garantir assistência aos usuários e cumprimento

do roteiro previsto em caso de pane ou avarias com o veículo, que o

impeçam de continuar com a viagem.

RESOLUÇÃO Nº , DE DE DE 2014

Seção I

Da Licença de Viagem para o Fretamento Turístico ou Fretamento Eventual

Art. 23. A Licença de Viagem para a prestação do serviço de transporte

rodoviário coletivo interestadual ou internacional de passageiros em regime

de fretamento, sob as formas de Fretamento Turístico ou Fretamento

Eventual, em circuito fechado, deverá ser emitida pela própria

transportadora, antes do início de cada viagem.

§1º As Licenças de Viagem realizadas sob a forma de Fretamento Turístico

deverão seguir as características das modalidades definidas na legislação.

§2º Em caso de indisponibilidade comprovada do sistema, será

disponibilizada alternativa para viabilizar a realização da viagem de forma

autorizada, mediante registro específico na Ouvidoria e porte dos seguintes

documentos durante a viagem:

I – Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo – CRLV;

II – Laudo de Inspeção Técnica – LIT do veículo;

III – Seguro de Responsabilidade Civil; e

IV – documento que comprove o cadastro do motorista na ANTT, conforme

estabelecido em Resolução específica.

§ 3º O número do registro na Ouvidoria ao qual se refere o §2º deste artigo

deverá ser informado à fiscalização, quando solicitado.

Art. 24. A Licença de Viagem deverá conter, no mínimo, os dados da

transportadora contratada, do contratante, da nota fiscal, do veículo, do(s)

motorista(s), o endereço de embarque inicial e roteiro da viagem, as datas e

os horários previstos de saída e chegada, a relação de passageiros e os

pontos de fronteira a serem utilizados, no caso de viagem internacional.

Art. 25. Na emissão da Licença de Viagem, para indicação dos horários de

viagem, deverá ser considerado:

RESOLUÇÃO Nº , DE DE DE 2014

I – tempo de deslocamento entre os pontos de origem e destino, calculado

considerando-se a distância total percorrida em circuito fechado e

velocidade média permitida das rodovias utilizadas; e

II – tempo para descanso e refeições durante a viagem, conforme legislação

específica.

Art. 26. Não serão emitidas Licenças de Viagem quando o número de

passageiros, não considerando crianças de colo, for superior à capacidade

do veículo.

Parágrafo único. Considera-se de colo, criança de até seis anos

incompletos, desde que não ocupe poltrona, no limite de uma criança por

responsável.

Art. 27. Após o horário indicado para início da viagem, as alterações

deverão ser solicitadas previamente à ANTT, com as justificativas

correspondentes para os seguintes casos:

I – substituição do veículo em caso de avaria ou acidente, que impeça a

continuidade da viagem;

II – alteração da data do retorno;

III – cancelamento de autorização de viagem; e

IV – alteração do roteiro de viagem.

§1º Ao solicitar a substituição do veículo descrita no inciso I, o veículo

avariado permanecerá impedido de constar em nova Licença de Viagem

pelo prazo de 24 (vinte e quatro) horas.

§2º O cancelamento de autorização de viagem poderá ser solicitado

somente para viagens que não foram iniciadas ou para viagens iniciadas a

menos de 30 minutos do momento da solicitação.

Art. 28. A relação de passageiros deverá conter os nomes e número do

documento de identificação dos passageiros

RESOLUÇÃO Nº , DE DE DE 2014

§1º É permitida a alteração ou inclusão de no máximo 20% do total de

passageiros indicados na relação de passageiros constante da Licença de

Viagem autorizada.

§2º As alterações devem ser escritas de forma manual, em letra legível, nos

espaços reservados da relação de passageiros impressa.

§3º Toda alteração manual efetuada conforme o §2º deve ser também

registrada no sistema durante a primeira hora da viagem.

Art. 29. Excepcionalidades deverão ser submetidas à análise da ANTT no

prazo estabelecido no Capítulo IV, abrangidas as seguintes situações:

I – viagem com o trecho de ida ou de volta com o veículo vazio;

II – sequencia de viagens em circuito fechado com mesma origem e mesmo

destino para grupos distintos utilizando um mesmo veículo;

III – viagem que contenha etapas do percurso realizadas em diferentes

meios de transporte; e

IV – outro tipo de viagem não prevista nos incisos anteriores, desde que

justificada.

§1º As viagens descritas nos incisos anteriores serão aprovadas mediante

análise do contrato de prestação de serviço e quaisquer outros documentos

que se julgarem necessários, podendo o pedido ser negado, caso não seja

comprovada a necessidade da exceção ou a possibilidade de adequação ao

regulamento.

§2º Exclusivamente para as viagens realizadas para transferência de

passageiros entre terminais de embarque e desembarque de

transportadoras aéreas, marítimas ou terrestres, a transportadora deverá

solicitar o enquadramento prévio encaminhando contrato de transporte

firmado com a pessoa jurídica aérea, marítima ou terrestre, devendo portar

durante a viagem a relação de passageiros fornecida pela contratante.

§ 3º Na situação prevista no parágrafo anterior, será exigido o envio do

contrato apenas uma vez, sem necessidade de reenvio para as Licenças de

Viagem seguintes, podendo a ANTT solicitar em momento posterior a

RESOLUÇÃO Nº , DE DE DE 2014

comprovação da situação extraordinária que justifique a prestação do

serviço.

Art. 30. A emissão de nova Licença de Viagem para um determinado

veículo somente será permitida depois de transcorrido o tempo necessário

para sua liberação, que será obtido por meio da soma dos seguintes

tempos:

I – tempo para conservação, limpeza e manutenção do veículo, observado o

seguinte:

a) uma hora, quando a distância do percurso de ida mais o percurso de

volta seja de até 500 km (quinhentos quilômetros);

b) três horas, quando a distância do percurso de ida mais o percurso de

volta seja de 501 km (quinhentos e um quilômetros) até 1000 km (mil

quilômetros); e

c) seis horas, quando a distância do percurso de ida mais o percurso de

volta seja superior a 1001 km (mil e um quilômetros).

II – tempo de permanência mínima nos destinos, estipulado como igual ao

tempo de deslocamento do trecho de ida da origem ao destino, sendo

quatro horas o tempo mínimo de permanência, limitado a 12 (doze) horas

de exigência.

Parágrafo Único. A utilização do veículo para realização de nova viagem em

tempo inferior ao estabelecido somente ocorrerá mediante apresentação de

declaração por parte da empresa, que justifique a liberação do veículo.

Seção II

Da Licença de Viagem para o Fretamento Contínuo

Art. 31. A Licença de Viagem para a prestação do serviço de transporte

rodoviário interestadual ou internacional de passageiros realizado, sob a

forma de Fretamento Contínuo, deverá ser requerida pela transportadora à

ANTT.

RESOLUÇÃO Nº , DE DE DE 2014

Art. 32. Para que a licença seja concedida, a transportadora deverá

apresentar os seguintes documentos:

I – requerimento assinado pelo representante legal da requerente;

II – contrato de prestação do serviço sob o regime de fretamento contínuo,

constando obrigatoriamente:

a) qualificação completa do contratante, do contratado e dos respectivos

representantes legais;

b) objeto do contrato compatível com o serviço prestado;

c) categoria de usuários a serem transportados, em consonância com o

estabelecido pelo inciso III, do artigo 3º;

d) relação dos veículos a serem utilizados para a prestação do serviço;

e) itinerário, frequência e horários das viagens;

f) preço acordado para a prestação do serviço;

g) prazo de prestação do serviço; e

h) cláusula indicando que o serviço deverá obedecer aos normativos da

ANTT.

III – documento comprobatório da legitimidade e competência do signatário

da contratante; e

IV – relação de passageiros que serão transportados, contendo a

identificação dos passageiros e a assinatura do representante legal da

contratante;

Art. 33. A Licença de Viagem de Fretamento Contínuo deverá ser impressa

pela própria transportadora, após análise favorável da ANTT que

considerará as informações e documentação apresentadas, a adequação e o

impacto no mercado.

Parágrafo único. A Licença de Viagem de Fretamento Contínuo terá vigência

de até 12 meses, podendo ser prorrogada mediante solicitação da

requerente.

RESOLUÇÃO Nº , DE DE DE 2014

Art. 34. A relação de passageiros da Licença de Viagem de Fretamento

Contínuo deverá ser portada no veículo durante toda a viagem, contendo os

nomes dos passageiros transportados no veículo.

§ 1º Alterações na relação de passageiros de até 10% do número total de

passageiros que contam na relação, limitado ao teto de 40 alterações,

devem ser informadas pelo sistema antes no início da viagem e impressa

nova relação de passageiros para porte no veículo.

§ 2º Caso o número de alterações seja superior ao limite especificado no

parágrafo 1º, a empresa deverá cadastrar as alterações e encaminhar à

ANTT uma nova lista de passageiros impressa pelo sistema, contendo a

assinatura do representante legal da contratante, para que as alterações

sejam consideradas para aprovação.

Art. 35. A empresa de transporte deve garantir que a frota cadastrada em

todas as Licenças de Viagem de Fretamento Contínuo seja suficiente para

transportar os respectivos passageiros.

Parágrafo único. Operações de transporte em que o número total de

passageiros cadastrados pela transportadora, em todas as Autorizações de

Viagem de Fretamento Contínuo, seja superior à soma da capacidade de

todos os veículos da transportadora cadastrados na ANTT deverão ser

justificadas em formulário específico disponibilizado pela ANTT.

Seção III

Dos veículos

Art. 36. Para se habilitar à prestação do serviço objeto desta Resolução, a

transportadora deverá dispor de veículo M2 ou M3 com aplicação para o

transporte coletivo rodoviário de passageiros, de categoria aluguel,

conforme classificação do Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN.

Art. 37. As condições técnicas e de segurança dos veículos serão

verificadas por meio de documento emitido por pessoa jurídica credenciada

RESOLUÇÃO Nº , DE DE DE 2014

pelo Departamento Nacional de Trânsito – DENATRAN para realização da

Inspeção Técnica Veicular.

Parágrafo único. Veículos de categoria M2 e aqueles com chassi com mais

de 10 anos de fabricação deverão ser submetidos à Inspeção Técnica

Veicular com periodicidade semestral, devendo os demais veículos ser

inspecionados anualmente.

Art. 38. Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, o cadastramento dos

veículos fica condicionado ao atendimento dos requisitos de segurança

definidos pelo Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN para veículos de

transporte coletivo de passageiros de fabricação nacional ou estrangeira,

definidos como M2 e M3, para aplicação rodoviária.

Art. 39. As transportadoras que prestam serviço de transporte rodoviário

coletivo internacional de passageiros, em regime de fretamento, deverão

ter seus veículos vistoriados conforme Acordos Internacionais.

Parágrafo único. Os certificados estabelecidos em acordos internacionais

para as viagens desse serviço não substituem a inspeção técnica veicular

especificada no artigo 37.

Art. 40. O veículo do tipo M3 deverá atender, no mínimo, o exigido para

enquadramento na categoria convencional, conforme disposto em

Resolução específica da ANTT.

Art. 41. Os veículos do tipo M2 serão cadastrados apenas para atendimento

dos seguintes tipos de serviço:

I – Fretamento Turístico, nas modalidades de traslado, limitado à distância

de 250 km por trecho e passeio local, limitado à distância de 125 km por

trecho;

II – Fretamento Contínuo, limitado à distância de 125 km por trecho.

RESOLUÇÃO Nº , DE DE DE 2014

Art. 42. Os veículos utilizados para a prestação do serviço de transporte

turístico deverão observar as características determinadas pelo Ministério

do Turismo.

Art. 43. É obrigatória a caracterização externa do veículo de maneira a

permitir a identificação da transportadora.

Art. 44. É obrigatória a fixação dos seis últimos algarismos do número de

cadastro da transportadora na ANTT na parte externa da porta direita do

veículo, conforme modelo do anexo I.

Art. 45. Os veículos deverão dispor de sistema de monitoramento, conforme

características descritas em resolução específica.

Seção IV

Do Seguro de Responsabilidade Civil

Art. 46. O usuário do serviço deverá estar obrigatoriamente garantido por

seguro de responsabilidade civil, emitido em nome da transportadora que

possui autorização para prestação do serviço, para o veículo destinado à

prestação do serviço, com vigência durante toda a viagem.

Parágrafo único. O seguro estabelecido no caput não substitui nem se

confunde com o seguro obrigatório de Danos Pessoais Causados por

Veículos Automotores de Via Terrestre – DPVAT.

Art. 47. O valor mínimo do seguro de responsabilidade civil será definido e

atualizado pela ANTT.

Art. 48. Para o serviço de transporte rodoviário de passageiros no âmbito

internacional, a transportadora deverá garantir ao usuário seguro conforme

o disposto nos Acordos Internacionais.

RESOLUÇÃO Nº , DE DE DE 2014

Seção V

Das Bagagens

Art. 49. Na prestação do serviço objeto desta Resolução, a bagagem deverá

estar devidamente etiquetada e vinculada ao passageiro.

Art. 50. O controle de identificação da bagagem transportada no bagageiro

será feito por meio de tíquete de bagagem fornecido pela transportadora

em três vias, sendo uma fixada à bagagem, outra destinada ao passageiro e

a terceira anexada à relação de passageiros.

Art. 51. As bagagens não identificadas são de responsabilidade do

transportador.

Capítulo IV

DOS PRAZOS

Art. 52. A análise do cadastramento ou recadastramento da transportadora

para a prestação do serviço objeto desta Resolução será efetivada no prazo

máximo de 45 (quarenta e cinco) dias úteis.

§1º A existência de pendência na documentação implica na interrupção do

prazo estabelecido no caput.

§2º A contagem do prazo será reiniciada após o envio da pendência.

Art. 53. A análise de alteração ou atualização do cadastro da

transportadora, do requerimento para Licença de Viagem de Fretamento

Contínuo e de documentos pendentes será efetivada no prazo máximo de

15 (quinze) dias úteis.

Art. 54. A solicitação para as autorizações de viagem listadas no artigo 29

deve ser submetida à análise da ANTT com antecedência mínima de dois

dias úteis do início da viagem.

RESOLUÇÃO Nº , DE DE DE 2014

Art. 55. A documentação de recadastramento deve ser enviada com, no

mínimo, 90 dias de antecedência do término da vigência do Termo de

Autorização.

Art. 56. É admitida a prorrogação dos prazos definidos nesta Resolução nos

casos de justificada necessidade.

Art. 57. Caso a transportadora não envie as pendências documentais em

até 30 (trinta) dias úteis, contados da data de aviso de lançamento da

pendência, o pleito será arquivado.

Capítulo V

DA TRANSPORTADORA

Seção I

Das Obrigações

Art. 58. Incumbe à transportadora:

I – caracterizar o veículo com a identificação da empresa e providenciar a

descaracterização em caso de venda ou arrendamento;

II – zelar pelas condições de segurança, higiene e conforto dos veículos

utilizados;

III – realizar a identificação dos passageiros, na forma regulamentar;

IV – providenciar, nos casos de interrupção ou retardamento da viagem, o

necessário para sua continuidade;

V – providenciar assistência aos passageiros, inclusive alimentação e

pousada, nos casos de interrupção da viagem sem possibilidade de

prosseguimento;

VI – prestar imediata assistência aos passageiros, em caso de acidente de

trânsito, roubo, ou outras ocorrências envolvendo o veículo ou seus

passageiros e comunicar o fato à ANTT, nos termos de Resolução específica

sobre o assunto; e

RESOLUÇÃO Nº , DE DE DE 2014

VII – observar toda legislação pertinente ao transporte rodoviário coletivo

interestadual e internacional de passageiros, em regime de fretamento.

Art. 59. O funcionário da transportadora que mantenha contato com o

público, deverá apresentar-se, quando em serviço, identificado.

Art. 60. Sem prejuízo ao disposto na legislação de trânsito, os motoristas

são obrigados a:

I – auxiliar o embarque e o desembarque de crianças, de pessoas idosas ou

com dificuldade de locomoção;

II – prestar à fiscalização os esclarecimentos que lhe forem solicitados; e

III – fornecer à fiscalização, quando solicitado, ou entregá-los para retenção,

contra recibo, os documentos que forem exigíveis.

Seção II

Das Vedações

Art. 61. Na prestação do serviço de transporte rodoviário de passageiros de

que trata a presente Resolução, a transportadora não poderá:

I – praticar a venda e emissão de bilhete de passagem;

II – transportar pessoas não relacionadas na lista de passageiros;

III – transportar passageiros em apenas parte do itinerário registrado, salvo

nos casos previstos artigo 27.

IV – transportar pessoas em pé, salvo no caso de prestação de socorro, em

decorrência de acidente ou avaria no veículo;

V – desviar-se, sem prévia anuência da ANTT, do roteiro indicado na licença

de viagem;

VI – utilizar-se de terminais rodoviários destinados exclusivamente à

prestação de serviço de transporte rodoviário regular de passageiros;

VII – executar serviço de transporte rodoviário de passageiros que não seja

objeto da autorização;

RESOLUÇÃO Nº , DE DE DE 2014

VIII – utilizar motorista sem o devido vínculo empregatício com a

transportadora; e

IX – executar o serviço de transporte de encomendas.

Art. 62. Sem prejuízo ao disposto na legislação de trânsito, os motoristas

não poderão:

I – movimentar o veículo sem que estejam fechadas as portas e as saídas de

emergência;

II – fumar, quando em atendimento ao público;

III – apresentar sinais de alteração da capacidade psicomotora, decorrentes

do consumo de álcool ou outra substância psicoativa, nos limites

estabelecidos pelo órgão competente;

IV – se afastar do veículo quando do embarque e desembarque de

passageiros; e

V – retardar o horário de partida da viagem, sem a concordância do

contratante.

Capítulo VII

DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 63. Depende de declaração à ANTT atestando a ausência de fins

comerciais, o transporte próprio realizado em veículo classificado no

Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo – CRLV como categoria

aluguel.

Parágrafo único. O disposto no caput também se aplica à transportadora

não cadastrada na ANTT, desde que pretenda realizar o transporte próprio

em trecho interestadual ou internacional.

Art. 64. As infrações à lei e às disposições desta Resolução sujeitarão o

responsável às sanções previstas em lei e na forma das Resoluções da

ANTT.

RESOLUÇÃO Nº , DE DE DE 2014

Art. 65. Os Certificados de Registro de Fretamento – CRF poderão ser

utilizados em substituição ao Termo de Autorização até a data do seu

vencimento.

Art. 66. Os casos omissos serão decididos pela Diretoria da ANTT.

Art. 67. Revoga-se a Resolução nº 1.166, de 05 de outubro de 2005 e todas

as disposições em contrário.

Art. 68. Esta Resolução entra em vigor no prazo de 180 (cento e oitenta)

dias após sua publicação.

RESOLUÇÃO Nº , DE DE DE 2014

Anexo I

Comprimento: 27 cm x Altura: 22,6 cm

Espaçamento:

- 2 cm entre os quadros 1 e 2;

- 3 cm de bordas esquerda e direita; e

- 2 cm de bordas superior e inferior.

Fundo branco, Tríade nas cores verde, azul e amarelo. Letras: “ANTT” (cor verde), “Agência Nacional de Transportes

Terrestres” (cor preta). Números: cor preta.