assim vai a nossa missÃo… · assim vai a nossa missÃo… a celebração da noite de natal foi...

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É bem certo que um amigo traz outro amigo e assim o número dos que abraçaram esta missão continua a aumentar. Come- çámos com umas dezenas em 2006, aquando da celebração da geminação. Sabíamos que o objectivo de sermos mais de mil era algo ambicioso, mas também estávamos conscientes de a causa a que nos dedicámos é nobre e não poderia passar indiferente a muita gente. “Catito, catito” (a pouco e pouco), como se diz no Gungo, vamos caminhando. Estamos quase nos 600. Recordamos que os "Mil & Tal Amigos" são pessoas amigas do "Grupo Missionário Ondjoyetu" que têm por objectivo apoiar a presença da equipa missionária da diocese de Leiria-Fátima que se encontra na Missão do Gungo, diocese do Sumbe, Angola. Quem pertencer aos "Mil & Tal Amigos" contribui para este projecto com pelo menos um euro por mês. Em contrapartida, é mantido a par do desenrolar desta missão pelos meios que o grupo tem ao seu alcance, nomeadamente o jornal "Ondjoyetu". Para obter mais informações e se inscrever pode contactar-nos por algum dos meios indicados na “Ficha Técnica”. A todos os que são "Mil & Tal Amigos" dizemos "Twapandula" que quer dizer Obrigado. NDJOYETU “A Nossa Casa” Jornal do Grupo Missionário da Diocese de Leiria-Fátima Ondjoyetu | Dezembro de 2008 | Ano V | N º 14 | Gratuito ASSIM VAI A NOSSA MISSÃO… A celebração da noite de Natal foi vivida com verdadeiro espírito de quem recebe o Deus menino. No dia de Natal foi dia de Primeira Comunhão para um grupo de 42 crianças, jovens e adultos e, durante a tarde, fez-se um teatro e viu-se um filme sobre o nascimento de Jesus; várias formas de ajudar a aprofundar a vivência do Natal. (Leia na página 3) Mil & Tal Amigos

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  • É bem certo que um amigo traz outro amigo e assim o número dos que abraçaram esta missão continua a aumentar. Come-çámos com umas dezenas em 2006, aquando da celebração da geminação. Sabíamos que o objectivo de sermos mais de mil era algo ambicioso, mas também estávamos conscientes de a causa a que nos dedicámos é nobre e não poderia passar indiferente a muita gente. “Catito, catito” (a pouco e pouco), como se diz no Gungo, vamos caminhando. Estamos quase nos 600.

    Recordamos que os "Mil & Tal Amigos" são pessoas amigas do "Grupo Missionário Ondjoyetu" que têm por objectivo apoiar a presença da equipa missionária da diocese de Leiria-Fátima que se encontra na Missão do Gungo, diocese do Sumbe, Angola.

    Quem pertencer aos "Mil & Tal Amigos" contribui para este projecto com pelo menos um euro por mês. Em contrapartida, é mantido a par do desenrolar desta missão pelos meios que o grupo tem ao seu alcance, nomeadamente o jornal "Ondjoyetu".

    Para obter mais informações e se inscrever pode contactar-nos por algum dos meios indicados na “Ficha Técnica”. A todos os que são "Mil & Tal Amigos" dizemos "Twapandula" que quer dizer Obrigado.

    NDJOYETU “A Nossa Casa”

    Jornal do Grupo Missionário da Diocese de Leiria-Fátima

    Ondjoyetu | Dezembro de 2008 | Ano V | N º 14 | Gratuito

    ASSIM VAI A NOSSA MISSÃO…

    A celebração da noite de Natal foi vivida com verdadeiro espírito de quem recebe o Deus menino. No dia de Natal foi dia de Primeira Comunhão para um grupo de 42 crianças, jovens e adultos e, durante a tarde, fez-se um teatro e viu-se um filme sobre o nascimento de Jesus; várias formas de ajudar a aprofundar a vivência do Natal.

    (Leia na página 3)

    Mil & Tal Amigos

  • 2 ONDJOYETU

    ONDJOYETU Jornal do Grupo Miss ionário da Diocese de Leir ia-Fát ima

    Desde que parti do Aeroporto de Lis-boa, em Julho de 2004, com uma mochi-la cheia de sonhos e vontade de fazer algo pelo mundo… Quando aterrei em solo angolano senti um misto de emo-ções que dificilmente descreveria, mas que era qualquer coisa como alívio, ale-gria, surpresa, mas acima de tudo paz… apesar da vida caótica daquela cidade, consegui sentir paz, pois senti que Deus me tinha chamado àquele lugar para dar um pouco mais de mim. O acolhimento foi fantástico e conhecer a cidade foi conhecer a história daquele povo. No primeiro amanhecer em Luanda, quando acordei vim à janela e num muro em frente à casa li uma frase que viria a ser um dos meus ideais de vida “Um dia melhor que o outro em tudo e por tudo” (Madre Maria Mantovani). Senti que aquela era a minha missão junto daquele povo… não era mudar-lhes a vida, mas sim ajudá-los a que eles pró-prios seguissem esse ideal. Seguimos para o Sumbe numa viagem mágica, com pontos de paragem em locais de uma beleza rara, onde sentimos a força de Deus de uma maneira tão próxima e bela. A chegada à cidade foi confusa… tudo era novo para mim e os olhos pro-curavam absorver o que os rodeavam. Instalamo-nos e fomos conhecer as pes-soas, os lugares, a vida daquela gente com um ritmo tão diferente do nosso

    mas tão normal para eles. O fim-de-semana estava a che-gar e com ele a viagem mais esperada: a ida ao Gungo. Tenho que confessar que pensei pelo caminho em como iríamos aguentar o regresso, e as novas idas e vindas naquela picada em que muitas vezes nem sabía-mos se íamos na estrada ou no mato! Mas, quando che-gámos à Chipinga e vi uma multidão de gente a dançar e cantar e a agradecer a Deus por estarmos ali tudo o resto desapare-ceu! Foi um momento mágico que jamais iremos esquecer. O acolhimento daquele povo foi uma prova em como tudo tinha valido a pena e que a ânsia de nos ter com eles era grande. Os restantes dias e semanas foram passados ali, com algu-mas idas à cidade para abastecer a des-pensa e o jipe e para dar notícias à famí-lia. Todos os dias de manhã, quando me levantava o primeiro pensamento era a frase da Madre Maria Mantovani… vou fazer deste dia um dia melhor que o outro com este povo e por este povo. Foi muito pouco o que demos mas muito o que partilhámos. No dia da despedida a frase que mais ouvi foi ”Não se esqueçam de nós”. Realmente é impossível esque-cer aquelas pessoas que com um coração

    tão grande nos fazem sentir pequeninas. Parti com a sensação que muito mais havia para fazer, que o meu contributo tinha sido tão pouco mas parti com uma certeza: aquele povo precisa de nós e tudo o que eu puder fazer por eles vai ser sempre pouco mas com uma grande von-tade. Agora passados estes anos a vonta-de é a mesma… é impossível ficar indife-rente depois daquela vivência. Não mudei o mundo mas mudei-me a mim mesma: o meu sentido de viver ganhou novos contornos e aprendi que “Só uma vida dedicada aos outros vale a pena viver” (Albert Einstein), como uma ami-ga minha me escreveu antes de eu partir para Angola.

    Ana Rute Matos

    NEM DIANTE DA MORTE! LEIRIA E SUMBE SEMPRE UNIDOS. Os fiéis e amigos da Diocese do Sumbe

    foram abalados na noite do dia 17 de Setembro deste ano, pela súbita notícia da morte do pai de um dos seus missio-nários, o pai do padre David Nogueira, acontecimento de que este se mantinha inocente, pois se encontrava no seu lugar de trabalho, na Missão do Gungo, prepa-rando a comunidade para a vinda do Bispo, que a eles se juntaria no dia seguinte. Como dar a conhecer o sucedi-do ao padre e às jovens missionárias Lina, Ana e Marta que com ele prepara-vam os fiéis para a Visita Pastoral do Bispo? O sentimento incontrolado que surge em situações parecidas podemos tentar adivinhar para que lado poderia levar as coisas! A morte do pai do padre David foi de facto uma verdadeira prova de fogo porque me pareceu ter passado a equipa missionária e a comunidade do Gungo. Mas o certo é que, e isto é que é espantoso, o padre David partiu para ir cumprir o dever filial do adeus definitivo ao pai e, ao contrário do que se poderia esperar, a Visita Pastoral sob o impulso da Lina, Ana e Marta, apoiadas pelos

    catequistas, continuou como se nada de insólito tivesse tido lugar no Gungo. E para não muito tempo depois de novo o padre David se encontrar com o mesmo sorriso entre os seus irmãos.

    As palavras de Bento XVI da Exortação Apostólica Sacramentum Caritatis per-mitem-nos descobrir o segredo de todo este modo humanamente estranho de agir. É que quando se é “alcançado, sur-preendido pelo Evangelho, por Cristo”, (Sacramentum Caritatis 84), nada conse-gue travar o entusiasmo da missão. O zelo verdadeiramente missionário demonstrado pelo padre David e a equi-pa missionária de que é coordenador não podia por isso sucumbir ante esta prova.

    Às câmaras fotográficas da Lina e da Ana escapou certamente algo que não podia mesmo ser captado: o jeito africa-no do que foi no Gungo sobretudo, a vivência do óbito, do “nosso óbito”. Bra-vo padre David pela tua fé. Parabéns Lina, Ana e Marta pelo vosso espírito missionário. Bem haja povo e fiéis do Gungo pela maneira como vivestes o óbi-to do pai do querido padre David.

    Diante do fatídi-co acontecimento fica-nos a certeza da misericórdia de Deus que não esconderá a sua face ao pai de um zeloso sacerdote. E por isso mesmo tudo ficaria per-doado em atenção à generosa oferta que fizera do filho querido.

    O gesto demonstrado pela equipa mis-sionária e pela comunidade do Gungo na morte do pai de um dos seus membros é sinal forte de como a Geminação das dioceses de Leiria-Fátima e Sumbe está bem fundada. Espero muito ardente-mente que o trabalho da comissão mista: Leiria-Sumbe conclua o mais rápido pos-sível os seus trabalhos de modo que a Geminação celebrada se faça sentir com igual ímpeto nas duas Igrejas irmãs.

    Sumbe, aos 18 de Dezembro de 2008

    + Benedito Roberto, Bispo do Sumbe

    JÁ LÁ VÃO QUATRO ANOSJÁ LÁ VÃO QUATRO ANOSJÁ LÁ VÃO QUATRO ANOSJÁ LÁ VÃO QUATRO ANOS

  • Neste número do jornal Ondjoyetu vimos dar a conhecer mais uns meses de trabalho missionário pela diocese do Sum-be.

    Finalmente chegou o Ti’Armando!!!! Pois é… Parece que quem espera sempre alcan-ça, e neste caso, assim foi. Após tanto tempo de espera, lá chegou o Ti’Armando. E é com muita alegria que recebemos um novo voluntário.

    Mal desfez as malas, partimos para o Gungo, desta vez para o centro do Uquende, onde estivemos qua-se quinze dias em várias formações (culinária, secretários, catequese, acom-panhamento familiar, preparação para os vários sacramentos, etc.), enquanto o Ti’ Armando se ocupou com alguns tra-balhos que estavam pendentes, como é o caso da reparação da cobertura da igreja. Agora não temos que nos preocupar com a chuva porque já não cai lá dentro. Também foi possível ir buscar à fazenda Chipinga alguma mobília da Missão para apetrechar a casa do Uquende e dar melhores condições a esta, usufruindo de recursos que não estavam a ser devida-mente aproveitados. Esta mobília tam-bém permitiu termos estante para iniciar a biblioteca da Missão, no Uquende.

    Após esse tempo de missão no Gungo, regressámos ao Sumbe para dar início à formação de mecânica, para a jornada diocesana da juventude, e também para a preparação de muitos outros trabalhos como a elaboração da Campanha de Advento que foi baseada na proposta feita para a diocese de Leiria-Fátima.

    Posteriormente, iniciámos um período de trabalho missionário no centro da Tuma, zona mais litoral, em que foi pos-sível desenvolver mais um conjunto de formações. Destacamos a formação de culinária que foi dada pela Teresa, uma jovem do Gungo que integra a Equipa Missionária desde Junho e que tem vin-do a entrar cada vez mais nas tarefas da Equipa Missionária iniciando a sua acção como formadora pela área da culi-nária. É ainda de destacar a grande afluência de casais ao acompanhamento familiar e o projecto de fabricação de chapéus que contou com três alfaiates nesta visita missionária notando-se já algum ritmo neste projecto.

    Ao descermos ao Sumbe iniciámos um

    encontro com vocacionados do Gungo, ao todo doze, sendo quatro meninas e oito rapazes. Foi possível visitar as casas de formação religiosa: o Seminário, casas de quatro congregações femininas, o bispado, fazer visita a uma paróquia e celebração da eucaristia noutras duas. O encontro decorreu ao longo de cinco dias em que todos formámos uma pequena comunidade na Ondjoyetu com partilha de tarefas desde bombear água até lavar a loiça. Os vocacionados deram ainda uma preciosa ajuda para o avanço de mais uma prateleira da biblioteca da casa.

    Terminado o encontro, houve ainda uns dias para preparar a próxima etapa que foi a vivência das festas natalícias no Uquende. Este tempo incluiu um peque-no retiro para os catequistas, preparação de um grupo para a Primeira Comunhão e actividades com jovens e crianças baseadas no Natal. A celebração da noite de Natal foi vivida com verdadeiro espí-rito de quem recebe o Deus menino. No dia de Natal foi dia de Primeira Comu-nhão para um grupo de 42 crianças, jovens e adultos e, durante a tarde, fez-se um teatro e viu-se um filme sobre o nas-cimento de Jesus; várias formas de aju-dar a aprofundar a vivência do Natal.

    No rescaldo da festividade vivemos dois dias de preparação para a Festa da Sagrada Família com as manhãs dedica-das à formação dos casais em preparação para o Matrimónio e, nas tardes, o acom-panhamento familiar.

    A Festa da Sagrada Família marcou o encerramento desta etapa com um gran-de desafio aos casais de viverem verda-deiramente como famílias cristãs.

    Votos de que os efeitos do Natal perdu-rem por todo o ano 2009 com muita coragem missionária.

    A Equipa Missionária

    ONDJOYETU Jornal do Grupo Miss ionário da Diocese de Leir ia-Fát ima

    3 ONDJOYETU

    ADOBES ADOBES ADOBES ADOBES ---- MAIS ALGUMAS ETAPAS MAIS ALGUMAS ETAPAS MAIS ALGUMAS ETAPAS MAIS ALGUMAS ETAPAS

    No próximo dia 14 de Fevereiro, sábado, pelas 21:30 h., terá lugar, no Centro Pastoral Paulo VI, em Fátima, um concerto musical com o artista Ricardo Azevedo.

    A abertura será feita com o grupo “Ninfas do Lis”, da cidade de Leiria.

    Se for possível, também será apresen-tado um novo filme que dará a conhe-cer de uma forma mais viva o trabalho que tem sido realizado ultimamente pela “Linha da Frente”.

    Os lucros deste espectáculo revertem a favor da actividade missionária que este grupo mantém no Gungo, diocese do Sumbe, Angola.

    Esta festa anual já se está a tornar uma tradição e graças a Deus tem merecido sempre o apoio de muitas pessoas e instituições: Santuário de Fátima, empresas que patrocinam, pos-tos de turismo, meios de comunicação social, paróquias e pessoas individuais.

    Tem sido muito importante para este grupo realizar anualmente esta festa pois são os seus lucros que permitem dar continuidade ao trabalho iniciado no ano 2006.

    Recordamos que as pessoas que estão em missão dão o seu tempo de forma gratuita, não recebendo por isso qual-quer remuneração. No entanto, é o gru-po que assegura as despesas de forma-ção e preparação, viagens e outros gas-tos inerentes à sua presença em terras de missão.

    Agradecemos a todas as pessoas que possam divulgar esta festa e gostaría-mos de contar com a presença de todos vós. O custo dos bilhetes é de 7,00 € e podem ser reservados. Ver contactos na ficha técnica (página 4).

    Queira Deus que consigamos fazer uma grande festa para assim continuá-ramos a levar por diante este belo tra-balho que temos vindo a realizar.

    RICARDO AZEVEDO

    EM

    FESTA SOLIDÁRIA

    DEUS CHAMA… Para ser missionário fora do país, seja

    padre, irmã ou leigo, é necessário ter vocação, ser chamado por Deus.

    Já pensou se Deus não o (a) chama a dar um tempo da sua vida à Missão?

    Ele nunca se deixa vencer em genero-sidade.

  • Estima-das e ines-quecíveis Sónia e Sara.

    Sois feli-zes porque cumpris-tes o que Deus vos pediu: deixar familiares, amigos (as), casas confortáveis, o vosso país e até o próprio emprego que garante o sustento a qualquer cidadão, e viestes até nós numa área com condições muito diferentes das vossas.

    Nisto concretizou-se as palavras de Jesus quando um dia era procurado pela sua mãe e irmãos: Quem é a minha mãe e quem são os meus irmãos? Depois indicando com a mão os discípulos, disse: aí estão a minha mãe e meus irmãos. (Mt 2, 48 – 50)

    Parabéns… Nesta hora de despedida, não tenho expressões para manifestar a minha gratidão pelo tempo que dispusestes viver connosco.

    Me impressionou bastante o afinco e estima com que trabalhastes em todas as formações: culinária, alfabetização, saúde, de secretários e tesoureiros, liturgia, juventude e crianças, no atendimento às cantinas e nos trabalhos do cartório; nas visitas às zonas, centros e capelas. A vossa missão nunca ficou interrompida por situações de estradas, pois em locais sem ela sempre marchavam a pé, dispostas, alegres e sorridentes por verem cumprida a missão.

    Algumas vezes mesmo adoentadas procuram esconder as dores com sorrisos!

    Nas visitas aos bairros nunca vos preocupou o tipo de habitação encontrado. Daí as palavras do Mestre: as raposas têm tocas e as aves do céu ninhos; mas o filho do homem não tem onde reclinar a cabeça. (Mt 8, 20)

    Mais uma vez digo-vos: estais de parabéns. Marcou-me ainda a maneira como cativastes os

    jovens e as crianças, pois encontraram em vós auten-ticas companheiras que nunca saíreis de seus cora-ções.

    Olhando e pensando os frutos do trabalho realiza-do, é opinião de todos: crianças, adolescentes, jovens, catequistas e membros das comunidades que mantivessem mais um tempinho, visando o cresci-mento da semente lançada!

    Uma vez que é impossível porque a hora é inadiá-vel, peço que mesmo de longe continuem a rogar por nós e atraí mais missionárias/os para a Missão afim de continuarem a regar a semente lançada.

    Auguro bom regresso e êxitos nas tarefas que vos esperam.

    Feito em Cubal Seis Pontes, aos 13 de Julho de 2008

    Com amizade, José Calei, membro do Conselho Permanente do Ondjango da Missão e tesoureiro da mesma.

    Um grande obrigado!

    ONDJOYETU Jornal do Grupo Miss ionário da Diocese de Leir ia-Fát ima

    MENSAGEM DE DESPEDIDA

    4 ONDJOYETU

    PORCAS E PARAFUSOS, PISTONS E BIELASPORCAS E PARAFUSOS, PISTONS E BIELASPORCAS E PARAFUSOS, PISTONS E BIELASPORCAS E PARAFUSOS, PISTONS E BIELAS

    Foi no dia 06 de Novembro que se deu o primeiro contacto entre mim e aqueles que seriam os formandos do curso de mecânica. Do Gungo apareceram 18 dos inscri-tos e do Sumbe inte-grámos mais três.

    As primeiras aulas serviram para preparar o local de formação e os meios disponibilizados pelo nosso grande amigo e colabora-dor Alberto dos Santos Pinheiro. Serviram ainda para nos irmos conhecendo e vencendo a frieza com algumas brincadeiras.

    No início, era ainda cedo para se falar de pistons e bielas e, então, começámos no mais básico da formação. Surgiu a pergunta: “Qual é a peça mais importante de um carro?” Foram várias as respostas mas estavam todos lon-ge de acertar pois a resposta certa é: “o condutor”.

    Foi possível conhecer, ver e con-tactar com algumas ferramentas, ir conhecendo as peças pelos seus nomes, saber em quantos grupos se dividem os carros, para que servem e como funcionam esses grupos e muito mais. Todos julga-vam saber trocar uma roda mas depois de aprender a sério como se deve fazer chegaram à conclu-são que afinal não sabiam ainda.

    Por estas e outras coisas foram surgindo pedidos: “Ó tio Arman-do fique mais tempo; você devia vir para cá definitivo; seis meses é pouco tempo…” Alguns nem que-riam ter pausa para o Natal pelo desejo de aprenderem mais e

    aproveitarem o tempo do mestre. O ambiente tem sido de sã con-

    vivência com brincadeiras a pro-pósito e algumas anedotas que trazem quase sempre uma lição.

    Têm sido cinco semanas de aulas de mecânica de que estou a gostar muito. Começo a sentir alguma pena de não poder dar grande seguimento ao que está a iniciar em cada aluno.

    Após este tempo de trabalho e formação seria necessário que cada um desse continuidade prá-tica ao que recebeu na teoria e viu fazer mas não experimentou ain-da. Isso, porém não está nas nos-sas mãos. Depende de cada for-mando e das oportunidades que tiver ou souber agarrar.

    Este projecto de formação de mecânicos tem como objectivos a formação profissional de um gru-po de jovens e, ao mesmo tempo, a preparação de uma equipa para a gestão do projecto do camião da missão. Espero eu, e todo o grupo missionário, que ambos os objec-tivos possam ser alcançados. Ain-da falta algum tempo para o fim dos seis meses que me propus vir e são ainda muitas as tarefas a realizar. Vamos continuando, fazendo e aprendendo.

    Armando Franco

    Ficha Técnica Ondjoyetu: Jornal do Grupo Missionário da Diocese de Leiria Fátima. Contactos: Cartório Paroquial, 2415 - 200 Regueira de Pontes; Tel.: 926 031 382; E-mail:[email protected] Blog: www.ondjoyetu.blogspot.com Tiragem: 1.500 exemplares Distribuição: Gratuita Textos: D. Benedito Roberto, Ana Rute Santos, Equipa Missionária em

    Angola, Secretariado do Grupo em Portugal, José Calei, Armando Franco.