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Assessoria de Comunicação Institucional Abril de 2008

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Page 1: Assessoria de Comunicação Institucional Abril de 2008

Assessoria de Comunicação Institucional

Abril de 2008

Page 2: Assessoria de Comunicação Institucional Abril de 2008

Media Training para Assessores de Comunicação da UFPA

Técnicas de relacionamento com a ImprensaCo.mu.ni.car vtd (do latim, communicare)

1 - Fazer saber; participar; Comunicar Idéias. Comunicou à academia o resultado de suas pesquisas. vtd 2 - Pôr em contato ou ligação; ligar, unir: “um túnel comunica os dois edifícios”. “O Canal do Panamá comunica o Mar das Antilhas com o Pacífico”. vtd 3 - Tornar comum; transmitir: “ele comunica seu entusiasmo àqueles que o ouvem”.

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A História da Assessoria de Imprensa

Foi o jornalista americano Ivy Lee que, em 1906, “inventou” essa atividade profissional especializada. Ele abandonou o jornalismo para estabelecer o primeiro escritório de Assessoria de Comunicação no mundo, em Nova York. Ele o fez para prestar serviços ao mais impopular homem de negócios dos Estados Unidos: John Rockfeller. Acusado de aspirar ao monopólio, de mover luta sem quartel às pequenas e médias empresas, de combater sem olhar a meios, em poucas palavras, de ser feroz, impiedoso e sanguinário.

O serviço que Ivy Lee prestaria era de conseguir que o odiado velho barão do Capitalismo selvagem passasse a ser venerado pela opinião pública. Isso se chama “mudança de imagem”. E a primeira coisa que aquele jornalista fez foi se comunicar com transparência e rapidez sobre todos os negócios que envolviam Rockfeller. E conseguiu mudar a imagem do barão dos negócios depois de continuadas ações de envio de informações freqüentes à imprensa da época, entre outras iniciativas.

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A Assessoria de Imprensa no Brasil

O ressurgimento do processo democrático e o seu fortalecimento no Brasil, após a queda do regime militar, fizeram com que o profissional de comunicação obtivesse maior importância no contexto social, pois a sociedade exigia resposta às suas indagações.

Diante de tantas mudanças, empresas públicas e privadas não podiam mais ficar na penumbra, sem prestar contas de seus atos aos cidadãos brasileiros. E é nesse contexto que o jornalista que atua em assessoria de imprensa, passa a exercer um papel fundamental, pois ele é o profissional capacitado a preencher as lacunas entre os poderes públicos, a iniciativa privada e o terceiro setor por meio dos veículos de comunicação e, conseqüentemente, com a própria sociedade. O assessor de imprensa atua como interlocutor entre esses segmentos que, agora, não podem mais se abster de informar e responder aos anseios da sociedade.

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Mas afinal, o que é Assessoria de Imprensa?

“A Assessoria de Imprensa é o serviço de administração das informações jornalísticas e das fontes de notícias para os veículos de comunicação e vice-versa (...). De natureza essencialmente dinâmica e versátil, a Assessoria de Imprensa é responsável por múltiplas atividades e desempenha papel estratégico na política de comunicação dos assessorados.”(Do Manual de Assessoria de Imprensa da FENAJ)

1. O Manual da Assessoria de Comunicação da Federação Nacional dos Jornalistas – FENAJ – edição 2007, a Assessoria de Imprensa é também uma das principais ferramentas do Marketing. Geralmente, o trabalho do assessor é feito em conjunto com as ações de marketing realizadas pelo cliente. Seu principal objetivo é conseguir matérias, notas e/ou artigos nos veículos de comunicação sem precisar pagar por este espaço.

Diferente dos anúncios publicitários, que têm espaço garantido – pois se paga para consegui-los -, o assessor de imprensa vai gerar notícias com os diferenciais que o cliente possui e sugeri-la aos jornalistas nas redações, para conseguir o mesmo espaço (às vezes até maior que o de um anúncio). O assessor vai despertar o interesse dos jornalistas e do público com as sugestões que são passadas a eles.

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2. A Assessoria de Imprensa estreita os laços entre a fonte de informação (que pode ser uma instituição pública, uma empresa, um sindicato ou uma associação) e os veículos de comunicação.

Atribuições de uma Assessoria de Imprensa (Manual da Assessoria de Comunicação – FENAJ)

•Coordenar entrevistas coletivas ou individuais com os corpos diretivos ou executivo da instituição (no nosso caso, reitor, vice-reitora, pró-reitores e diretores de unidades);

•Produzir matérias opinativas, analisando temas abrangentes e com distribuição sistematizada, de forma a não criar saturação, mas tendo em vista, sempre, um retorno qualificado;

•Preparar textos de apoio (matérias e releases), análises e dossiês sobre determinado assunto;

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•Responder aos órgãos de divulgação sobre reclamações, sugestões e pedidos dos leitores, ouvintes e espectadores;

•Fazer o clipping;

•Acompanhar permanentemente os noticiários da imprensa (rádio, jornal impresso, revistas, TV, internet), como forma de checagem da veiculação do material produzido e embasamento quanto a outros assuntos ou áreas de interesse;

•Planejar, coordenar e editar boletins informativos (no nosso caso, temos o eletrônico “Acontece”) ou jornal da instituição (“Beira do Rio”);

•Subsidiar o dirigente da instituição em entrevistas (a presença do assessor é fundamental);

•Realizar arquivos de dados e imagens/jornais;

•Conhecer profundamente as idéias e pontos de vista políticos de todos os veículos com que trabalha;

•Uma Assessoria de Imprensa só será eficiente e eficaz se contar com o pleno apoio dos dirigentes da instituição. Os dirigentes devem estar disponíveis para atender às solicitações que emanam deste setor.

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O QUE DESPERTA O INTERESSE DA IMPRENSA?

•Fatos inusitados;

•Mudanças na direção da instituição;

•Relacionamento instituição/governo;

•Relacionamento instituição/comunidade;

•Relacionamento instituição/entidades representativas

•É importante lembrar que há vários outros assuntos de interesse da imprensa, até porque a imprensa está sempre nos surpreendendo com sua grande capacidade de garimpar fatos inusitados. Os exemplos citados acima são apenas uma amostra.

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QUAIS AS VANTAGENS DE UMA COMUNICAÇÃO BEM SUCEDIDA?

•Uniformizar valores e conceitos;

•Ajudar a UFPA a obter melhores resultados;

•Maximizar a presença da UFPA na mídia;

•Evitar a duplicidade de esforços e a dispersão de recursos humanos e materiais;

•Ampliar o “poder de fogo” (credibilidade e capacidade de “emplacar” assuntos de interesse da comunidade acadêmica) de sua empresa num mercado cada vez mais competitivo.

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Pequeno dicionário de termos e estrangeirismos utilizados na comunicaçãoBRIEFINGTodas as informações passadas pelo “cliente” para o desenvolvimento de um trabalho, seja ele para ações de Assessoria de Imprensa ou de campanhas publicitárias.

CLIPPINGAtividade encarregada de identificar, coletar e encaminhar tudo que sair na imprensa sobre determinada instituição, pessoa ou assunto.

DEADLINEPrazo final, fechamento.

EDITORIAAs “divisões” de uma publicação. Distinção de áreas.

EDITOR-CHEFEResponsável pelo trabalho de uma editoria. É ele quem coordena e comanda o fechamento.

FOLLOW-UPAtividade de acompanhamento de uma tarefa para avaliação ou verificação. Ex.: ligar para os veículos de Imprensa para saber se todos receberam o release/sugestão de pauta do PSS. E caso não tenham recebido, enviar para eles.

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LEADInício da matéria. O primeiro parágrafo. Deve conter as respostas para as perguntas: O que? Quando? Onde? Como e Por quê?

MAILINGRelação dos veículos e/ou jornalistas que recebem material expedido. Lista de contatos.

PAUTAAssunto de interesse jornalístico. Nas redações, costuma ser um documento com todas as informações necessárias para que o repórter possa conduzir bem uma reportagem. Em uma pauta devem constar detalhes como: nome dos entrevistados, telefones de contato e um resumo da “história”.

PRESS RELEASE (ou relise)Matéria ou pauta enviada às redações. O release tem a finalidade de “vender” bem a sugestão de pauta ou nota, enviadas à redação.

PRESS KITPasta com as informações completas e fotos que são entregues aos jornalistas, geralmente em eventos ou coletivas de imprensa. Pode vir acompanhado de brindes – o que NÃO é o nosso caso.

OFFQuando a “fonte” dá uma informação extra-oficial ao jornalista e pede que não publique.

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ALGUNS CUIDADOS SÃO FUNDAMENTAIS PARA QUEM SERÁ ENTREVISTADO POR UM JORNALISTA:

1.Não passe informações para um jornalista sem antes comunicar a Assessoria de Imprensa de sua instituição.

2.Obtenha um briefing do jornalista. É importante conhecer o perfil desse profissional.

3.Conheça a mídia em que o jornalista trabalha.

4.Informe-se sobre o assunto da entrevista e instituições a serem ouvidas na mesma matéria.

5.Liste os pontos a serem abordados na entrevista e apresente ao jornalista.

6.Relacione os pontos delicados e pense nas respostas.

7.Busque ajuda de outras pessoas e da área de comunicação de sua instituição.

8.Pense como deverá responder às perguntas complexas que poderão ser feitas pelo jornalista.

9.Junte material completo de apoio para fornecer ao jornalista. Tenha sempre à mão material de consulta sobre sua instituição e cartões de visita.

10.Seja sincero e profissional.

11.Mantenha um registro de todas as entrevistas e contatos com a imprensa. Uma análise regular das perguntas e respostas poderá indicar as tendências da opinião pública e as críticas mais freqüentes, auxiliando no planejamento de comunicação.

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PASSOS A SEREM TOMADOS EM UM CONTATO INFORMAL COM JORNALISTAS

•Encará-lo como profissional e traçar claramente o seu objetivo.

•Detectar o que o jornalista espera do contato.

•Estar sempre bem-informado.

•Ler os jornais do dia, principalmente o que o jornalista representa. Não seja pego de surpresa.

•Informe-se sobre o jornalista e sua carreira.

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ASSESSORIA: ACERTOS NO RELACIONAMENTO COM A IMPRENSA

•Sempre retornar as ligações;

•Ser rápidos nos retornos, mesmo quando não tiver respostas;

•Ser rápido, mesmo quando o retorno for para dizer “não”;

•Antes de contatar um jornalista, estar seguro de que tem realmente algo de interesse jornalístico para oferecer.

•Determinar quem fala sobre o quê na instituição (eleja um porta-voz);

•Prepare-se sempre antes de qualquer entrevista;

•Dar tratamento igual para todos os veículos, independente de seu tamanho e influência.

•Manter sempre os compromissos de exclusividade;

•Cumprir as promessas feitas aos jornalistas;

•Ao dar entrevistas, ser claro e objetivo nas respostas;

•Usar parâmetros da simpatia e cordialidade no relacionamento com os jornalistas.

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ERROS NO RELACIONAMENTO COM A IMPRENSA POR PARTE DE ALGUNS REPRESENTANTES

DE INSTITUIÇÕES OU ASSESSORES

•Oferecer para pagar pela publicação de uma matéria;

•Ligar para um jornalista nos horários de reunião de pauta e/ou fechamento (meio da manhã, meio da tarde ou final do dia);

•Em um contato informal com jornalistas, falar mal de outros profissionais de imprensa;

•Usar a expressão “nada a declarar” para não responder perguntas ou fazer declarações sobre qualquer assunto a qualquer momento (banalizar a declaração);

•Pedir para ler a matéria antes da publicação;

•Dar informações “em off” em coletivas;

•Ligar para a redação para pedir que algo declarado em entrevista não seja publicado;

•Bajular jornalistas;

•Pedir a demissão de um jornalista só porque ele escreveu alguma coisa que não agradou;

•Esconder-se atrás da Assessoria de Imprensa, principalmente nos momentos de crise.

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COMO CONCEDER UMA ENTREVISTA

•Ser objetivo nas respostas ao entrevistador;

•Apresentar dados consistentes, em linguagem clara;

•Entender bem as perguntas antes de respondê-las.

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TIPOS DE CONTATOS COM A IMPRENSA

•Entrevistas

•Coletivas

•Relatos informais

•Comunicados e releases

•Sugestões de pautas

•Follow-ups

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FASES DA PREPARAÇÃO DE UMA ENTREVISTA

•Atitude

•Ensaio

•Execução

•Crítica (opiniões verdadeiras)

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COMO SE PREPARAR PARA UMA ENTREVISTA COLETIVA•Marcar data e horário convenientes;

•Checar a data;

•Listar veículos e enviar convites (ou simplesmente telefonar);

•Confirmar participações;

•Escolher acomodações e prever serviços “assistenciais” (café, água, biscoitos, sucos etc.);

•Preparar releases e press-kits;

•Preparar o local com lápis, blocos de papel, canetas, mesas, cadeiras, telefone (e até internet, se assim for necessário);

•Marcar (e arrumar) previamente o local onde cada um ficará;

•Se não houver outra opção, atender a imprensa por prioridade técnica (jornalistas de TV têm preferência por conta da edição das matérias), depois rádio e os de mídia impressa.

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COMO SE PREPARAR PARA UMA ENTREVISTA COLETIVA (cont.)

•Planejar atividades e duração das mesmas;

•Ser claro sobre os objetivos da visita no convite;

•Convidar com antecedência necessária;

•Preparar a instituição para a visita, principalmente o público interno;

•Cuidar para que fotógrafos e profissionais de rádio e TV tenham facilidade para executar o seu trabalho;

•Um dia antes da visita, fazer um check-list e verificar se todos os itens necessários foram providenciados.

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O FATOR TEMPO NA RELAÇÃO ASSESSORIA/JORNALISTAS

•A questão “tempo” é vital para o sucesso de uma comunicação bem realizada.

•Notícia é produto altamente perecível. Mas há notícias quentes e frias (a importância em sempre ter notícias “na gaveta”).

•Veículos de comunicação diferentes tem timings diferenciados.

•Conhecer bem o timing dos veículos de comunicação e o que está acontecendo em sua cidade poderá ampliar a cobertura da imprensa.

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JORNAL DIÁRIO (MATUTINO OU VESPERTINO) TEM HORÁRIOS DIFERENTES

•Horários que devem ser evitados: 10 e 14h (quando geralmente ocorre a reunião de pauta) e após às 16:30h, quando toda a equipe está mobilizada para o fechamento da edição.

RÁDIO (O VEÍCULO “LIGEIRINHO”)•Se a Rádio tiver noticiário de hora em hora, evitar o contato 30 minutos antes do noticiário ir ao ar.

TV•Evitar contato a partir das 11 da manhã, até às 14h e após às 16:30h.

INTERNET•Está ligada a um veículo de comunicação, não a horários definidos.

COLUNA SOCIAL•Geralmente, o colunista quer exclusividade. Por ser o “dono” do espaço, ele tem autonomia para escrever o quiser e até mesmo para emitir sua opinião.

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FOTOGRAFIAS

•Tenha sempre em mãos um bom estoque de fotos, seja em papel ou formato digital;

•Fotos digitais devem ter uma resolução mínima de 300 dpis (dots per inches);

•Evite fotos comuns e de muita pose. O ideal é ter fotos com movimento, gestuais ou de flagrantes – e de preferência, que tenham a ver com o assunto que está sendo divulgado;

•Todas as fotos têm de ter crédito, ou seja, o nome do fotógrafo.