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Comissão de Direito do Terceiro Setor ICMS Aspectos Relacionados ao Terceiro Setor Márcio Toscano M. Ferreira Comissão de Direito do Terceiro Setor

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Page 1: Aspectos Relacionados ao Terceiro Setor · Comissão de Direito do Terceiro Setor LEI nº 6.374, de 1º de março de 1989 TÍTULO II Da Sujeição Passiva CAPÍTULO I Do Contribuinte

Comissão de Direito do Terceiro Setor

ICMSAspectos Relacionados ao Terceiro Setor

Márcio Toscano M. Ferreira

Comissão de Direito do Terceiro Setor

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Comissão de Direito do Terceiro Setor

CONCEITO:

Tributo de competência dos Estados ou Distrito Federal, previsto no art. 155, II da CF;

Incidência | fato gerador: “Art. 155, CF. Compete aos Estados e

ICMS – IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS

Incidência | fato gerador: “Art. 155, CF. Compete aos Estados e

ao Distrito Federal instituir impostos sobre:

II – operações relativas à circulação de mercadorias e sobre

prestações de serviços de transporte interestadual e

intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e

as prestações se iniciem no exterior;”

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Comissão de Direito do Terceiro Setor

Legislação Básica

Constituição Federal, artigos 150 e 155;

Código Tributário Nacional, arts. 9º, IV e 14;

ICMS

Código Tributário Nacional, arts. 9º, IV e 14;

Lei Estadual nº 6.374, de 1º de Março de 1989;

Artigo 31 e 32 do Anexo I, do RICMS/SP;

Convênios ICM-38/82, com alteração do Convênio ICM-47/89, ICMS-52/90 e ICMS-121/95, cláusula primeira, VII, "b".

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Comissão de Direito do Terceiro Setor

LEI nº 6.374, de 1º de março de 1989TÍTULO II

Da Sujeição Passiva

CAPÍTULO IDo Contribuinte

Artigo 7º - Contribuinte do imposto é qualquer pessoa, natural ou jurídicaque, de modo habitual, realize operações relativas à circulação demercadorias ou preste serviços de transporte interestadual oumercadorias ou preste serviços de transporte interestadual ouintermunicipal ou de comunicação.14 - os partidos políticos e suas fundações, templos de qualquer culto,entidades sindicais de trabalhadores, instituições de educação e deassistência social, sem fins lucrativos, que realizem operações ouprestações não relacionadas com suas finalidades essenciais.

Ou seja, as Entidades mencionadas que realizamoperações ou prestações relacionadas com suasfinalidades essenciais, NÃO são contribuintes do ICMS.

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ICMSImunidade e Isenção

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ISENÇÃO

� Entidade de assistência social: as saídas demercadorias de produção própria são isentas doimposto desde que observado o disposto nos incisosI e III do artigo 31 do Anexo I, do RICMS/SP;

Condições (Art. 31 do Anexo I, do RICMS/SP):• promova saída de mercadoria de produção própria;• a entidade não tenha finalidade lucrativa;• renda líquida seja integralmente aplicada na

manutenção de seus objetivos assistenciais no País;• a isenção seja reconhecida pela Secretaria da

Fazenda, nos termos da Portaria CAT 26/1999.

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IMUNIDADE TRIBUTÁRIA - CFArt. 150, CF: “Sem prejuízo de outras garantiasasseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aosEstados, ao Distrito Federal e aos Municípios:VI – instituir impostos sobre:c) patrimônio, renda ou serviços dos partidosc) patrimônio, renda ou serviços dos partidospolíticos, inclusive suas fundações, das entidadessindicais de trabalhadores, das instituições deeducação e de assistência social, sem finslucrativos, atendidos os requisitos da lei;§ 4º As vedações expressas no inciso VI, alíneas b ec, compreendem somente o patrimônio, a renda eos serviços, relacionados com as finalidadesessenciais das entidades nelas mencionadas.

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Comissão de Direito do Terceiro Setor

IMUNIDADE TRIBUTÁRIA - CTN

Art. 9º É vedado à União, aos Estados, ao DistritoFederal e aos Municípios:

IV - cobrar imposto sobre:IV - cobrar imposto sobre:

c) o patrimônio, a renda ou serviços dos partidospolíticos, inclusive suas fundações, das entidadessindicais dos trabalhadores, das instituições deeducação e de assistência social, sem finslucrativos, observados os requisitos fixados naSeção II deste Capítulo;

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Comissão de Direito do Terceiro Setor

IMUNIDADE TRIBUTÁRIA - CTN - REQUISITOS(Seção II – Disposições Especiais)

Art. 14. O disposto na alínea c do inciso IV do artigo 9º ésubordinado à observância dos seguintes requisitos pelasentidades nele referidas:I – não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio oude suas rendas, a qualquer título;II - aplicarem integralmente, no País, os seus recursos naII - aplicarem integralmente, no País, os seus recursos namanutenção dos seus objetivos institucionais;III - manterem escrituração de suas receitas e despesas emlivros revestidos de formalidades capazes de assegurar suaexatidão.§ 2º Os serviços a que se refere a alínea c do inciso IV doartigo 9º são exclusivamente, os diretamenterelacionados com os objetivos institucionais dasentidades de que trata este artigo, previstos nosrespectivos estatutos ou atos constitutivos.

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Comissão de Direito do Terceiro Setor

IMUNIDADE TRIBUTÁRIA - REQUISITOSA regra imunitória deve ser interpretada de maneira ampla e deforma a assegurar os princípios fundamentais que ela veio aconsagrar. Leciona Aliomar Baleeiro¹:

A imunidade, para alcançar os efeitos de preservação,proteção e estímulo, inspiradores do constituinte, pelo fatode serem os fins das instituições beneficiadas tambémde serem os fins das instituições beneficiadas tambématribuições, interesses e deveres do Estado, deveabranger os impostos que, por seus efeitoseconômicos, segundo as circunstâncias, desfalcariamo patrimônio, diminuiriam a eficácia dos serviços ou aintegral aplicação das rendas aos objetivosespecíficos daquelas entidades presumidamentedesinteressadas, por sua própria natureza.

(¹"Direito Tributário Brasileiro", comentário ao art. 14, do CTN, item II).

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Comissão de Direito do Terceiro Setor

IMUNIDADE TRIBUTÁRIA

Imunidade independe;

(i) da forma jurídica adotada pela instituição;(ii) de decurso de prazo, e;(ii) de decurso de prazo, e;(iii) de qualquer ato formal de reconhecimento

por parte do Estado.

A garantia constitucional é imediata,podendo ser gozada desde a constituiçãoda entidade.

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Comissão de Direito do Terceiro Setor

IMUNIDADE TRIBUTÁRIANesse sentido, Sacha Calmon Navarro Coêlho¹ estipulaque;

"As pessoas políticas não podem instituir outrosrequisitos além dos previstos na lei complementarda Constituição, que a todos obriga. Tampoucodepende o gozo de imunidade de requerimento ouda Constituição, que a todos obriga. Tampoucodepende o gozo de imunidade de requerimento oupetição. O imune, enquadrando-se na previsãoconstitucional, observados os requisitos, tem, desdelogo, direito. Não pagará imposto, desnecessáriaautorização, licença ou alvará do ente político cujoexercício da competência está vedado (a imunidade seabre para os dois lados: à pessoa jurídica de direitopúblico, titular de competência impositiva, proíbe oexercício da tributação; ao imune, assegura-lhe odireito de não ser tributado).”(¹Imunidade Tributária, p. 231)

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Comissão de Direito do Terceiro Setor

Apelação n° 820.336-5/0-00 - Voto n° 7.653Apelante: Fazenda do Estado de São Paulo

APELAÇÃO - mandado de segurança – ICMS - instituições de educação e assistência social - importação de equipamento para uso próprio -reconhecimento da imunidade tributária - artigo 150, inciso VI, "c", da CF - exigência da Administração de Certificado para comprovar os

DECISÕES JUDICIAIS

- exigência da Administração de Certificado para comprovar os requisitos exigidos pela Lei n°°°° 8742/93 - Recursos improvidos.

É o relatório.A apelante pleiteia a reforma da r. sentença, por entender que o ICMS é devido.Não assiste razão à apelante. Dispõe o artigo 150, inciso VI, alínea "c", da Constituição Federal, in verbis: Artigo 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

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Comissão de Direito do Terceiro Setor

VI - instituir impostos sobre:

[...]

c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos,

inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos

trabalhadores, das instituições de educação e de assistência

social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;

(grifo meu)(grifo meu)

Porém, a instituição de educação e assistência social deve provar sua condição. Por isso é exigido o certificado pela Administração, para que tenha a certeza de que a instituição atenda os requisitos exigidos pela Lei Orgânica de Assistência Social (Lei n°°°° 8742/93). E a apelada provou sua condição ao juntar o "Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social" (fl. 105).

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Comissão de Direito do Terceiro Setor

Apelação com revisão n°°°° 417.750.5/6-00 - Voto n°°°° 4.463Apelantes: Fazenda do Estado de São Paulo e Juízo de Ofício

ICMS. IMPORTAÇÃO DE MÁQUINA PARA INTEGRAR OATIVO IMOBILIZADO, POR ENTIDADE DE NATUREZA RELIGIOSA SEM FINS LUCRATIVOS. PARA O CUMPRIMENTO DE SUA ATIVIDADE, A DIFUSÃO DA BÍBLIA. DESEMBARAÇO SEM INCIDÊNCIA DO ICMS BÍBLIA. DESEMBARAÇO SEM INCIDÊNCIA DO ICMS ADMISSIBILIDADE. IMUNIDADE - ART. 150, VI, "c", DA CF E ART. 14 DO CTN. SENTENÇA MANTIDA.Recursos voluntário e oficial não providos.

A referida imunidade tributária alcança todos os impostos, inclusive o ICMS, abrangendo também a hipótese dos autos, vez que o equipamento importado integra o patrimônio da impetrante, e muito tem a ver com os serviços que ela presta.

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Apelação Cível n°°°° 314.734.5/2-00

MANDADO DE SEGURANÇA - ICMS - Imunidade – Sociedade de natureza religiosa, filantrópica e educativa, tendo por finalidade primordial promover e intensificar a difusão da Bíblia - Importação de máquina destinada a integrar o patrimônio, em sintonia com os serviços que presta - Inteligência do artigo 150, VI, ç, da C.F., e artigo 14, do CTN - Sentença denegatória reformada -Recurso provido. Vistos.

... E a imunidade tributária alcança todos os impostos, inclusive, o ICMS, abrangendo a hipótese em tela, em consonância com o artigo 150, VI, letra c, da Constituição Federal.Demais, não há invocar, para o fim de ser restringida a aplicação da imunidade, critérios de classificação dos impostos adotados por normas infraconstitucionais, mesmo porque não é adequado distinguir entre bens e patrimônio. O que cumpre perquirir, pois, é se o bem adquirido no mercado interno ou externo integra o patrimônio da entidade abrangida pela imunidade.

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“ICMS - importação de equipamento para integrar o ativo fixo de entidade de caráter beneficente, social, cientifico e cultural, sem fins lucrativos - art. 150, VI, letra "c" da Constituição Federal – imunidade tributária documentação comprobatória do preenchimento dos requisitos do art.14 do Código Tributário Nacional -segurança extinta, sem apreciação do mérito, por falta de segurança extinta, sem apreciação do mérito, por falta de interesse processual - desnecessidade de esgotamento da via administrativa presente o justo receito a permitir o mandado de segurança preventivo necessidade de recurso ao Judiciário e adequação da ação proposta extinção afastada - recurso provido para conceder a segurança”(APELAÇÃO Nº 742.002.5/9, rel. Des. Franklin Nogueira, j. 11-03-2008)

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STFAI 389118 AgR / SP - SÃO PAULOAG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTORelator(a): Min. CARLOS VELLOSOParte(s)AGTE. : ESTADO DE SÃO PAULOAGDA. : FUNDAÇÃO CASA DO PEQUENO TRABALHADOR

EMENTA: CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. ICMS. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA . INSTITUIÇÃO DEASSISTÊNCIA SOCIAL. C.F., art. 150, VI, c. I. - Não há invocar, para o fim de ser restringida a aplicação da imunidade, critérios de classificação dos impostos adotados por normas infraconstitucionais, mesmo porque não é adequado distinguir entre bens e patrimônio, dado que este se constitui do conjunto daqueles. O que cumpre perquirir, portanto, é se o bem adquirido, no mercado interno ou externo, integra o patrimônio da entidade abrangida pela munidade. II. - Precedentes do STF. III. -Agravo não provido

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STF¹Em reiterados julgamentos, a 2ª Turma decidiu que ‘não há invocar, para o fim de ser restringida a aplicação da imunidade, critérios de classificação dos impostos adotados por normas infraconstitucionais, mesmo porque não é adequado distinguir entre bens e patrimônio, dado que este se constitui do conjunto daqueles. O que cumpre perquirir, portanto, é se o bem adquirido, no O que cumpre perquirir, portanto, é se o bem adquirido, no mercado interno ou externo, integra o patrimônio da entidade abrangida pela imunidade’ (RE 203.755/ES, DJ 08.11.96; RE 193.969/SP, DJ 06.12.96; RE 186175, DJ 13.12.96; RE 225.671/SP, DJ 23.10.98 e AI 389.118/SP, Rel. Carlos Velloso; AgRg no RE 141.670/SP, DJ 02.02.01 e AgRg no RE 237.497/SP, DJ 18.10.02, Rel. Nelson Jobim). Nesses termos, o meu voto é pela rejeição dos embargos” (RE 210.251-EDv, Tribunal Pleno, DJ 28.11.2003 - grifos nossos).(¹Agravo Regimental no Recurso Extraordinário 225.778, Relator o Ministro Carlos Velloso, VOTO do Ministro Gilmar Mendes)

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STFComo assentado na decisão agravada, não incide ICMS sobre a comercialização de mercadorias adquiridas pelas entidades de assistência social, em razão de estarem abrangidas pela imunidade tributária prevista no artigo 150, IV, alínea c, da Constituição da República (Ag.Rg. no RE nº 549.407/RS, relatora Ministra Carmen Lúcia, j. 02/12/2010). 549.407/RS, relatora Ministra Carmen Lúcia, j. 02/12/2010). Essa E. Corte ainda assim decidiu: O Supremo fixou jurisprudência no sentido de que a imunidade de que trata o artigo 150, VI, “c”, da CB/88, não se submete a critérios de classificação dos impostos adotados por normas infraconstitucionais. Precedentes. Agravo regimental a que se nega provimento (Ag.Rg. no RE nº 540.725/SC, relator Ministro Eros Grau, j. 10/02/2009)

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STF"TRIBUTÁRIO. ICMS. IMUNIDADE. OPERAÇÕES DE IMPORTAÇÃO DE MERCADORIA REALIZADA POR ENTIDADE DE ASSISTÊNCIA SOCIAL.

AGRAVO IMPROVIDO. "I - A jurisprudência da Corte é no sentido de que a imunidade prevista no art. 150, no sentido de que a imunidade prevista no art. 150, VI, c, da Constituição Federal abrange o ICMS incidente sobre a importação de mercadorias utilizadas na prestação de seus serviços específicos. "II - Agravo improvido"

(AI 669257 AgR /RS; 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal; j . 17.03.2009; Rei. Min. Ricardo Lewandowski).

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STF – REPERCUSSÃO GERAL(Recurso Extraordinário 608.872 Minas Gerais)

ICMS – IMUNIDADE – CONTRIBUINTE DE DIREITO E DE FATO – EXTENSÃO DO BENEFÍCIO AO PRIMEIRO –REPERCUSSÃO GERAL CONFIGURADA.

Tributário – Imunidade – Entidades de assistência social –ICMS – Aquisição no mercado interno – Contribuinte de fato.1. A controvérsia relativa à abrangência da imunidade prevista no art. 150, inciso VI, “c”, da Constituição Federal a instituição de assistência social, quando da aquisição de bens no mercado interno, na qualidade de contribuinte de fato, ultrapassa os limites subjetivos das partes.

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Da inaplicabilidade da imunidade ao ICMS - a imunidade prevista no art. 150, inc. VI, alínea “c” da Constituição da República estende-se somente ao patrimônio, rendas e serviços das instituições, não alcançando o ICMS;

Da ausência dos requisitos para a operação da imunidade,

ARGUMENTOS DO ESTADO DE SÃO PAULO

Da ausência dos requisitos para a operação da imunidade, uma vez que a entidade supostamente não preenche os requisitos legais impostos pelos arts. 9º e 14 ambos do Código Tributário Nacional (CTN);

Da inexistência de relação de essencialidade entre o produto adquirido e a finalidade da entidade, e:

Natureza do ICMS-Importação e a Emenda Constitucional 33, de 2001. (QUANDO OCORRE INPORTAÇÃO)

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OBRIGADO !!!OBRIGADO !!!

Márcio Toscano M. Ferreira