aspectos positivos e negativos da disciplina de quÍmica apresentados por alunos e professor de uma...

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UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ UVA CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICA COORDENAÇÃO DO CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA FRANCISCA LEILANNE SILVA MATOS ASPECTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DA DISCIPLINA DE QUÍMICA APRESENTADOS POR ALUNOS E PROFESSOR DE UMA ESCOLA PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE FRECHEIRINHA CE. SOBRAL CE DEZEMBRO/ 2011

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Page 1: ASPECTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DA DISCIPLINA DE QUÍMICA APRESENTADOS POR ALUNOS E PROFESSOR DE UMA ESCOLA PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE FRECHEIRINHA – CE

UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ – UVA

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICA

COORDENAÇÃO DO CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA

FRANCISCA LEILANNE SILVA MATOS

ASPECTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DA DISCIPLINA DE QUÍMICA

APRESENTADOS POR ALUNOS E PROFESSOR DE UMA ESCOLA PÚBLICA DO

MUNICÍPIO DE FRECHEIRINHA – CE.

SOBRAL – CE

DEZEMBRO/ 2011

Page 2: ASPECTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DA DISCIPLINA DE QUÍMICA APRESENTADOS POR ALUNOS E PROFESSOR DE UMA ESCOLA PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE FRECHEIRINHA – CE

FRANCISCA LEILANNE SILVA MATOS

ASPECTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DA DISCIPLINA DE QUÍMICA

APRESENTADOS POR ALUNOS E PROFESSOR DE UMA ESCOLA PÚBLICA DO

MUNICÍPIO DE FRECHEIRINHA – CE.

Monografia apresentada ao curso de

Licenciatura em Química da Universidade

Estadual Vale do Acaraú – UVA, como

requisito parcial para obtenção do título de

Graduado em Química.

Orientadora: Profa. Dra. Maria Rose Jane

Ribeiro Albuquerque.

SOBRAL – CE

DEZEMBRO/2011

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DEDICATÓRIA

A minha família querida que sempre me apoiou nos momentos mais difíceis da minha

vida, incentivando a continuar seguir em frente e nunca desistir de conquistar meus objetivos

acima de tudo.

A minha querida tia Lúcia, uma pessoa muito especial na minha vida à quem dedico

esse trabalho com muito amor e carinho. Sentimentos que ela sempre dedicou a mim

incondicionadamente.

Ao corpo Docente da Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA, em especial a

equipe do Curso de Química, pessoas queridas que me acompanharam nessa jornada , em

busca desse ardo, porém, maravilhoso objetivo.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus, acima de todas as coisas, agradeço por me dar conhecimento e

disposição por esses longos anos de estudos e perseverança.

Agradeço a minha família por me apoiar sempre e novamente a Deus por me conceder

estar perto daqueles que amo e usufruir da égide de seu aconchego.

Aos meus professores, não somente os do Curso de Química, mas a todos que

passaram pela minha vida acadêmica.

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RESUMO

O intuito deste trabalho foi destacar aspectos positivos e negativos do ensino de

Química em uma escola da rede pública do município de Frecheirinha, estado do Ceará. O

método utilizado foi a aplicação de três questionários, dois aplicados a um total de 38 alunos,

dos turnos da tarde e noite e um aplicado ao professor. Com relação aos alunos, o objetivo foi

investigar o nível de conhecimento relacionado a disciplina de química, além de questioná-

los a respeito das dificuldades encontradas nas aulas de química e o que poderia ser feito para

a melhoria do aprendizado desta disciplina. A análise dos resultados obtidos nos questionários

possibilitou constatar que os alunos pertencentes ao turno da tarde apresentaram um melhor

grau de conhecimento relacionado a disciplina de química.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 07

2 FUNDAMENTOS TEÓRICOS 09

3 METODOLOGIA APLICADA 13

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 14

5 CONCLUSÃO 29

6 REFERÊNCIA 30

7 APÊNDICES 32

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1. INTRODUÇÃO

A grande dificuldade que alunos e professores enfrentam na rede pública é reflexo da

falta de compromisso governamental em fazer uma reforma ampla na educação brasileira.

Alunos e professores encontram-se amarrados a um sistema falido de educação onde o princi-

pal objetivo é alcançar apenas metas sem se importar com a qualidade do ensino. Patto (2007,

p. 243) nos diz que:

[...] são inúmeras as pesquisas de várias dimensões da realidade da escola pública

que vêm mostrando, nos últimos quinze ou vinte anos, o processo de produção de

sua crescente precariedade como instituição de ensino e que revelam equívocos

tecnicistas; desinteresse de governantes pela efetiva formação escolar da maioria das

crianças e jovens brasileiros; medidas de barateamento do custo-aluno; desvaloriza-

ção dos educadores sob a forma de baixos salários, formação profissional precária e imposição, por instâncias superiores, de reformas e projetos educacionais; política

educacional pautada por disputas partidárias e interesses eleitoreiros que produzem

repetida descontinuidade técnica e administrativa gerada pela sistemática destruição,

a cada governo, do que foi feito pelos antecessores; conseqüências educacionais

nefastas da política neoliberal e da interferência de órgãos de agiotagem internacio-

nal nos rumos da educação escolar.

Nesse contexto, o aprendizado prático em escolas públicas muitas vezes se torna

inexistente e até mesmo em escolas particulares onde, supõe-se que a qualidade apresentada

deveria ser melhor, existe uma grande dificuldade na realização de aulas não teóricas. Tornar

a Química uma das principais disciplinas nas redes escolares é tarefa árdua a ser realizada, por

que há muitos anos seu ensino é resumido à apenas ao conteúdo teórico.

A química no contexto prático se torna uma ferramenta de grande significância para

humanidade, mas não apenas a nível científico, o desenvolvimento da disciplina no ensino

médio tem que ser voltada ao nosso dia-a-dia, ao cotidiano, tornando inaceitável a idéia (er-

rada) de que se trata de um assunto de difícil entendimento e sem uso prático em nossas vidas,

nas palavras de Chassot (2003, p. 93), “há uma continuada necessidade de fazermos com que

a Ciência possa ser não apenas medianamente entendida por todos, mas, e principalmente,

facilitadora do estar fazendo parte do mundo”. Chassot (1990, p. 32) ainda nos diz que:

É inadmissível que a Química do 2º Grau (atual Ensino Médio) não ajude a aperfei-

çoar um soldador mecânico, um frentista de posto de combustível, um controlador

de alimentos perecíveis de um supermercado, um agricultor, um operário de uma

cervejaria, um encanador, um empregado de uma lavanderia.

Em relação aos jovens é de fundamental importância propor ações que chamem suas

atenções além daquelas já existentes. A rotina constante de um aprendizado voltado apenas

para a memorização e falta de utilidade prática, fadiga o interesse do aluno por um conheci-

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mento mais dinâmico. As aulas ministradas pelos professores não devem ser repetitivas em

sua forma de transmissão de conteúdo, não devendo se ater apenas a memorização de

fórmulas e resoluções de exercício. Encontramos no texto dos Parâmetros Curriculares

Nacionais para o Ensino Médio - PCNEM (Brasil, 1998, p. 7), um trecho interessante,

referindo-se a preparação do jovem para a vida na sociedade:

O aprendizado deve contribuir não só para o conhecimento técnico, mas também para uma cultura mais ampla, desenvolvendo meios para a interpretação de fatos

naturais, a compreensão de procedimentos e equipamentos do cotidiano social e

profissional, assim como para a articulação de uma visão do mundo natural e social.

Deve propiciar a construção de compreensão dinâmica da nossa vivência material,

de convívio harmônico com o mundo da informação, de entendimento histórico da

vida social e produtiva, de percepção evolutiva da vida, do planeta e do cosmos, en-

fim, um aprendizado com caráter prático e crítico e uma participação no romance da

cultura científica, ingrediente essencial da aventura humana.

A escola deve ser um local prazeroso para professores e alunos, um lugar onde possam

se socializar, sentindo-se confortáveis e seguros para desencadear ações voltadas para obten-

ção de conhecimento e fraternidade. A escola deve instigar os alunos a está sempre em modo

ativo, questionando as razões das coisas, a não se comportarem de forma passiva em relação

ao mundo à sua volta. Saber o porquê das coisas se comportarem de determinada maneira

indagando os motivos, questionando, buscando a verdade, um comportamento questionador

que trará benefícios ao longo da vida.

O estudo da química deve-se principalmente ao fato de possibilitar ao homem o

desenvolvimento de uma visão crítica do mundo que o cerca, podendo analisar,

compreender e utilizar este conhecimento no cotidiano, tendo condições de perceber

e interferir em situações que contribuem para a deterioração de sua qualidade de

vida. Cabe assinalar que o entendimento das razões e objetivos que justificam e

motivam o ensino desta disciplina, poderá ser alcançado abandonando-se as aulas

baseadas na simples memorização de nomes de fórmulas, tornando-as vinculadas

aos conhecimentos e conceitos do dia-a-dia do alunado. Cardoso; Colinvaux (2000, p. 401)

Nesse sentido, o intuito deste trabalho é diagnosticar aspectos positivos e

negativos dentro de uma sala de aula, numa escola pública, mas não apenas isso, ao abordar

esse tema, tem-se como desafio propor soluções para os problemas identificados. Para que

dessa maneira, seja alcançado o objetivo comum que é o de tornar a disciplina de Química

atraente e instrutiva aos olhos dos alunos e professores. Com a relação aos alunos, o objetivo

foi investigar o nível de conhecimento relacionado a disciplina de química, além de

questioná-los a respeito das dificuldades encontradas nas aulas de química e o que poderia ser

feito para a melhoria do aprendizado. Com relação ao professor, o intuito foi diagnosticar a

qualificação e comprometimento com a disciplina.

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2. FUNDAMENTOS TEÓRICOS

3.1 Aspectos Positivos e Negativos da Disciplina de Química

Ao se analisar a disciplina de química em diversos trabalhos de vários autores, sempre

é enfatizado por todos a grande dificuldade que existe em torná-la uma matéria atraente para

os alunos. Muitos autores destacam como ponto negativo a imensa dificuldade em executar

aulas práticas, seja por falta de material, infra-estrutura ou pessoal capacitado. Inúmeros são

os fatores que fazem a disciplina se tornar um verdadeiro desafio aos educadores. Em um tre-

cho bastante interessante retirado da Química Nova na Escola, fica visível a carência que os

alunos têm por um dinamismo maior em sala:

O professor em sala de aula comunica aos seus alunos: „Bom dia pessoal! Hoje va-

mos fazer um experimento para evidenciarmos a ocorrência de uma reação química‟.

No fundo da sala, surge a seguinte pergunta: „Professor, isso aí vai EXPLODIR?‟. O

aluno, esperando esperançoso, ouve a resposta pragmática do professor: “Não,

experiências com explosões são muito perigosas de serem feitas em sala de aula”.

Toda a esperança do aluno desaparece, voltando à sua aula monótona em que mais

um experimento sem nenhuma nova dinâmica lhe será apresentado e considerando-

se ainda a mistificação em torno da química como ciência da “explosão”. Silva;

Benite; Soares (2011, p. 3).

O trecho acima nos mostra claramente o grande interesse que os alunos possuem pela

disciplina de Química, mas que é desperdiçado ou por falta de recurso ou de interesse de al-

guns professores em desenvolver de forma atraente suas aulas, se acomodando com a situação

sem buscar uma maneira de atrair a atenção dos alunos. É claro que experiências visuais são

mais estimulantes, principalmente para jovens que hoje em dia estão com a atenção voltada

para todo tipo de equipamento eletrônico. Seria bastante interessante que houvesse esse

acompanhamento doutrinário em evoluir o mecanismo de ensino para prender atenção e

demonstrar como é fascinante a disciplina.

3.2 Aspectos Positivos e Negativos da Disciplina de Química ministrada em escola pública

versus particular

Quando voltamos à atenção para uma escola pública, subtende-se que ela sempre está

em desvantagem em relação à particular, seja na questão financeira, administrativa ou em

ambas. Boa parte dos melhores educadores está nas instituições privadas que contam com

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mais recursos ou são melhores geridas; mas se olharmos de uma forma geral, fica óbvio que

tudo gira em torno de um círculo positivo de ações formadas dos seguintes passos: os melho-

res salários atraem bons professores, que produzirão conteúdos de melhor qualidade, que por

sua vez atrairão maior quantidade de alunos. A instituição tentará melhorar, contratando mais

professores e se qualificando ainda mais, formando um círculo gradativo de aperfeiçoamento.

Então, porque não fazê-lo nas escolas públicas? Muitos são os fatores que envolvem essa

questão, entre eles está a falta de investimento na educação resultando em baixos salários dos

professores, a ausência de plano de cargos e carreira e consequentemente a pouca perspectiva

de melhoria da situação geral como um todo. Em suma, acredita-se que a falta de

comprometimento governamental em relação ao ensino público, seja a causa principal das

condições precárias existentes na maioria das escolas públicas. Todo profissional do ensino

almeja ser bem remunerado pelo seu trabalho e além do salário existe a questão da

valorização do magistério na sociedade. Valorizar o professor como profissional é tão

importante quanto à remuneração. O educador precisa estar motivado, ativo e empolgado, em

síntese, precisa haver incentivo e reconhecimento pelo que faz, entretanto é difícil ter tudo

isso quando se trabalha em escolas sucateadas, salas de aulas lotadas, falta de bibliotecas e

alunos despreparados que não aprenderam o básico nos anos anteriores, trabalha-se em um

sistema que visa apenas à apresentação de números como resultados positivos e um alto grau

de aprovação.

Para muitos professores a grande esperança que existe na mudança desse sistema é

depositada nos alunos e dessa maneira, uma necessidade de transmissão de experiência e

saber, instigando-os a buscar mais conhecimentos, a debater e questionar. Em contrapartida o

professor deve se atualizar constantemente, de forma a acompanhar as novas tendências,

idéias e projetos, os quais possibilitarão o desenvolvimento de novas técnicas de comunicação

com seus alunos. Nesse sentido, Letícia Tarquínio de Souza Parente (2004) citada por Santos

e Schnetzle, (2010, p. 5-6), afirmam que:

Aquele que ensina está sempre a aprender, é cotidianamente agraciado com o conví-

vio reabastecedor dos jovens, é obrigado por dever do ofício a se atualizar, é contaminado pela esperança, é desafiado a ter fé e jamais pode esquecer, pela natural

confiabilidade da juventude, que a boa vontade é o estado de espírito mais essencial

à transformação do mundo.

A Boa vontade (força de vontade) deve ser o combustível impulsionador das

transformações, com ela cria-se esperança de mudar, traça-se metas e rumos com o objetivo

de conquistar sonhos. A interação professor-aluno com certeza é um ponto determinante para

uma reviravolta na conceituação da disciplina de Química. Para facilitação desse processo

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pode ser realizado um Programa de Ensino de Química, como nos diz Maldaner (2000, p.

286):

Para organizar um programa de Ensino de Química, precisamos identificar situações

de alta vivência dos alunos para que, sobre elas, possam formar o seu pensamento

químico mediado pela ação do professor e pela linguagem química. É necessário

também que tais situações permitam desenvolver um conjunto de conceitos químicos

importantes e centrais na constituição do pensamento químico moderno junto aos alunos, sendo assim por mim denominadas de “situações conceitualmente ricas.

Além da realização do Programa de Ensino de Química é necessário que os professo-

res percam o conceito simplista da forma básica de lecionar transmissão/receptação, conceito

esse que é muitas vezes aprendido na própria universidade como nos dizem Rosa e Rossi

(2008, p. 25):

Sabemos que a formação propiciada pela maioria dos nossos cursos de licenciatura

em Química parece ainda estar pautada em uma visão simplista, qual seja a de que

ensinar é fácil: basta saber o conteúdo químico e dominar algumas técnicas

pedagógicas. Tal visão é reforçada nas aulas de disciplinas de conteúdos químicos

pela adoção do modelo de ensino-aprendizagem centrado na transmissão-receptação,

pela ausência e despreocupação dos formadores (professores universitário) com

reelaborações conceituais dos conteúdos ministrados para torná-los adequados ao ensino pelos futuros professores nas escolas média e fundamental, livrando-os de se-

rem “adotados” por livros didáticos de Química tradicionais.

Nesse contexto, cabe destacar que os pontos positivos, em verdade, são baseados em

planos, em intenções e na boa vontade de realizar algo novo e diferente, que chame a atenção

dos alunos mostrando resultados satisfatórios da melhoria das condições do aprendizado de

Química.

Um dos principais aspectos negativos a se destacar é a falta de professores

especializados lecionando Química. No caso do município de Frecheirinha, o único professor

que leciona a disciplina é da área de Química, mas ainda não concluiu o curso. Por melhor

que ele seja, apenas pelo fato de ainda não ter se formado, já o coloca em desvantagem de se

qualificar mais como educador, já o limita a buscar uma especialização, sem contar o prejuízo

para os alunos. O fato de existir professores lecionando nessas condições, evidencia a carência

de educadores com formação em Química. A grande dificuldade de encontrar docentes

qualificados é sem dúvida um fator decisivo para a falta de motivação presente em sala por

parte dos alunos. Neste contexto, não há como cobrar dos professores um melhor

acompanhamento em relação ao conteúdo apresentado nos livros didáticos ministrados em

aula, já que não possuem o comprometimento adequado daqueles que escolheram por conta

própria ser um professor de Química. Rosa e Rossi (2008, p. 75) novamente salientam que:

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Os reflexos dessa falta de produção teórica relacionada à profissão docente se fazem

sentir até os dias de hoje: a profissão docente é culturalmente desvalorizada, o que

permite que profissionais de outras áreas, sem qualificação para o ensino, assumam a

função pedagógica. O professor leigo não sabe por que ensina os conteúdos que en-

sina nem por que “é adotado” por esse ou aquele livro didático. Mais ainda, não tem

condições de avaliar o livro didático que está usando. Por outro lado, mesmo aqueles

professores que são formados em cursos específicos de formação de professores nem

sempre fizeram, ao longo da formação inicial, um estudo sobre os livros didáticos.

3.2.1 Livros didáticos

O Programa Nacional do Livro Didático para o Ensino Médio (PNLEM) é uma con-

quista importante na história educacional do país. Com o incentivo de distribuir livros didáti-

cos de forma gratuita nas redes públicas de ensino. Implantado em 2004, é considerado como

um marco para o desenvolvimento do ensino de qualidade, tendo o objetivo de universalizar a

distribuição de livros gratuitos nas escolas brasileiras, impondo um padrão mínimo de quali-

dade. Rosa e Rossi (2008, p. 81) dizem:

O PNLEM apresenta-se com o objetivo de democratizar o acesso ao livro didático,

na medida em que propicia a distribuição gratuita de livros aos estudantes das redes

públicas brasileiras. Almeja-se, por meio do programa, promover a melhoria da

qualidade de processo ensino-aprendizagem no ensino médio. Certamente, inscreve-se também com o propósito de impor padrão mínimo de qualidade aos livros didáti-

cos oferecidos no mercado editorial brasileiro, intento esse que não se vê comu-

mente veiculado em pautas governamentais, e que é apenas percebido efetivamente

nos objetos de pesquisas científicas.

É muito importante que haja essa disseminação do ensino através da entrega de livros

gratuitos aos alunos de todas as escolas públicas do Brasil, mas frisa-se a relevância de que

esses livros tenham um conteúdo de qualidade, voltado única e exclusivamente para o desen-

volvimento intelectual dos alunos.

3.2.2 Laboratórios de Química

Existe uma grande dificuldade por parte das instituições de ensino em manter (quando

possuem) um laboratório de Química. Nesse sentido, há uma disseminação maior dos

laboratórios de informática. Observando-se o conceito da interdisciplinaridade, a gestão es-

colar foca os esforços na utilização diversificada de seus espaços físicos. Dessa forma, através

dos laboratórios de informática é possível a pesquisa de informações para a realização de tra-

balhos, projetos e pesquisas de diversas outras disciplinas o que não é possível em relação ao

laboratório de Química, que necessita de exclusividade para seus experimentos.

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3. METODOLOGIA APLICADA

Esta pesquisa foi realizada em uma escola de Ensino Médio da rede pública, localizada

no município de Frecheirinha-CE. Foram realizados três questionários, dois aplicados a um

total de 38 alunos do 3º ano, 15 (quinze) alunos pertencentes ao turno da tarde e 23 (vinte e

três) ao turno da noite (APÊNDICE A e B), somando-se os turnos da tarde e noite, e um

aplicado ao professor (APÊNDICE C).

O primeiro e o segundo questionários (APÊNDICE A e B) foram aplicados aos alunos

com intuito de mensurar seu nível de conhecimento básico sobre a disciplina, bem como

conhecer a finalidade e a opinião dos alunos sobre a química. O terceiro questionário

(APÊNDICE C) foi aplicado ao professor com a intenção de diagnosticar o comprometimento

que o mesmo possui com os alunos com a disciplina e com a profissão de docente.

Os dados obtidos foram analisados e apresentados com o objetivo de destacar os

pontos positivos e negativos da disciplina.

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4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 Questionário aplicado ao Professor de Química.

Foi aplicado um questionário (Apêndice C) ao único professor que leciona Química na

escola pesquisada com o intuito de mensurar seu grau de comprometimento, tanto com os

alunos quanto com a disciplina de Química. Buscou-se o observar a qualificação profissional

do professor, questionando-o sobre as principais dificuldades enfrentadas, tanto em sala,

como na vida profissional.

Quadro 1: Questionário aplicado ao professor.

1 – Qual sua formação profissional?

Licenciatura em química (Superior Incompleto).

2 – Você gosta de Ensinar Química?

Sim, porque foi a que mais me identificou em relação ao mercado de trabalho e principalmente ao

conteúdo em si.

3 – Você prepara as aulas antes de ministrá-las?

Sempre.

4 – Quais dos Recursos relacionados abaixo você utiliza para ministrar suas aulas?

Livros didáticos adotado pela escola e outros.

5 – Além do livro didático indicado pela escola/governo, você utiliza outros livros para preparar

suas aulas?

Sim. (Mas não especificou).

6 – Qual critério você utiliza para a escolha de determinado material didático?

A linguagem adotada pelo autor e a estrutura didática do livro. Ricardo Feltre.

7 – Você utiliza outros recursos didáticos (literatura, quadrinhos, jogos e atividades lúdicas, filmes,

etc.) nas suas aulas?

Sim. (não especificou quais).

8 – Que dificuldades você enfrenta para preparar uma aula prática em laboratório?

Espaço físico do laboratório e o número de alunos.

9 – Em sua opinião qual a principal(ais) dificuldade(s) encontrada no ensino e aprendizagem de

Química? Marque mais de uma opção se achar necessário.

Salas lotadas, apenas.

10 – quais as dificuldades encontradas na profissão de docente?

Baixos salários, excesso de alunos por sala, falta de um plano de cargos e carreira.

4.1.1 Análise do questionário aplicado ao professor.

De acordo com os resultados obtidos, alguns aspectos necessitam ser frisados.

Primeiramente ao se analisar o currículo do professor que leciona Química, evidencia-se o

grande prejuízo que os alunos podem sofrer por não possuírem um professor formado na área

de Química. Por mais que seja qualificado é inadmissível que seja utilizado um educador que

sequer concluiu o curso de Química. A formação qualificada do gestor educacional é uma

condição fundamental para se ter uma educação de qualidade. Como um professor pode se

aperfeiçoar se não possui o básico para a função? Como ele pode atender as necessidades

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específicas dos alunos e da escola? No município de Frecheirinha o professor que leciona a

disciplina de Química está concluindo o curso de Química, entretanto em muitas escolas

públicas os professores que lecionam essa disciplina também ministram aulas de Biologia,

Matemática e Física. Essa situação ocorre frequentemente nas escolas públicas cearenses.

Como exigir de um professor “emprestado” de outra disciplina o comprometimento

necessário para um ensino qualificado da disciplina de química? É impensável o grau de

prejuízo que os alunos sofrem com essa situação de descaso. Em síntese, temos um círculo

vicioso de ações, nas quais a carência de professores de Química faz com que sua ausência

seja suprida por professores “tampões”, que possuem o objetivo apenas de ministrar as aulas,

mas sem o comprometimento necessário com a disciplina. A falta de qualidade nas aulas

nutrirá uma má-impressão por parte dos alunos, dificultando a escolha da Química pelos

mesmos com relação a vida profissional.

A única forma de acabarmos com esse círculo vicioso é eliminarmos com a “má fama”

que a disciplina de Química possui, uma “fama” forjada na má qualidade de ensino e no des-

caso dos gestores educacionais.

Ao ser questionado sobre que tipo de material que ele utiliza em sala de aula, o

docente respondeu que usa os livros didáticos adotados pela escola, e também outros livros,

sem, entretanto especificá-los. É muito interessante para um pesquisador ou qualquer outra

pessoa que queira aumentar seu leque de opções/conhecimento abranger inúmeros livros de

maneira a diversificar o conteúdo ministrado em aula ou em qualquer outro campo de

trabalho. Ao ser indagado se utiliza outros recursos didáticos como literatura, quadrinhos,

jogos lúdicos entre outros, o mesmo respondeu que apenas utiliza, mas não especificou quais,

tornando sua resposta um tanto quanto vaga.

Na questão sobre a funcionalidade do laboratório de Química, o professor foi indagado

sobre qual o maior motivo da não utilização do local (incluindo a resposta de não tê-lo), a

resposta dada pelo professor foi a de que o local possui espaço físico insuficiente para suprir a

demanda numérica de alunos. Convenhamos que essa resposta não condiz com a realidade

que vivemos. Afirmar que a maior dificuldade é a questão do número de alunos é ser no

mínimo pouco comprometido com a educação, com a química e com os próprios alunos.

Entre todas as possíveis respostas dadas essa, com absoluta certeza, é a mais fácil de resolver,

citando-se inúmeras soluções plausíveis para essa ínfima dificuldade. Se existe um laboratório

esse deve ser utilizado corriqueiramente de maneira a atrair a atenção dos alunos para

disciplina. Nesse sentido, frisa-se novamente a grave dificuldade que é apresentar um ensino

de qualidade nas escolas públicas, quando encontramos gestores/educadores despreparados

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para resolver ou mesmo aplicar uma aula prática/objetiva que certamente prenderia a atenção

dos alunos e aumentaria seu interesse pela disciplina.

Por último, ao ser admoestado sobre quais dificuldades encontradas na profissão de

docente, encontramos os velhos e já sabidos problemas. Baixos salários, excesso de alunos e

falta de plano de cargos e carreira, esses foram os citados na resposta. Mas, existem outros

como a violência, escolas sucateadas, despreparos do gestores/educadores e etc. Nessa

questão entra em foco a falta de compromisso governamental com a educação. No Brasil,

esbarramos muitas vezes em motivos políticos, que estagnam ou até mesmo retroagem as

políticas educacionais. Quando a educação for considerada prioridade pelos governantes,

teremos um ensino de qualidade, melhorando consequentemente o desenvolvimento do país.

4.2 Análises dos questionários aplicados aos Alunos.

Foram aplicados dois questionários a duas turmas do 3º ano de turnos distintos. O

Objetivo do Questionário-1 (Apêndice A) foi o de mensurar os conhecimentos básicos das

duas turmas. Além disso, também foi realizada uma comparação dos resultados obtidos entre

os dois turnos, com a intenção de analisar se existe alguma diferença de conhecimento ou

interesse em relação aos horários que estudam. O objetivo do Questionário 2 (Apêndice B) foi

o de avaliarmos as impressões que os alunos possuem sobre a disciplina de Química.Vejamos

a seguir os resultados desse trabalho.

4.2.1 Análise do questionário sobre Conhecimentos Gerais com relação a disciplina de

Química –Turnos tarde e noite.

1) Qual sua opinião sobre a Química?

Ao serem indagados sobre essa questão a maioria, 67% dos alunos do turno da tarde

responderam conscientemente. Observou-se que os alunos pertencentes a esse turno

apresentaram uma maior facilidade em reconhecer a importância da disciplina de Química na

esfera educacional. Um percentual de 33,% respondeu de forma incompreensível ou não

quiseram/souberam responder (Gráfico 1, pág. 17).

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Os alunos pertencentes ao turno da noite sentiram dificuldade para responder a

pergunta, pois o percentual das respostas não coerentes (Gráfico 2), comparado ao turno da

tarde, apresentou um aumento de 31%. Nesse sentindo, pode-se concluir que os alunos do

turno da tarde possuem maior grau de conscientização sobre a importância desta disciplina.

2) Você acha que é possível viver sem a Química?

Nesse item, buscou-se uma resposta mais específica. Espera-se que o aluno demonstre

um conhecimento mais avançado, diagnosticando em quais pontos nós interagimos com a

Química.

A análise dos dados referentes aos dois turnos pesquisados (Gráficos 3 e 4) revela que

a maioria dos alunos, afirma ser impossível viver sem a Química. Esses dados demonstram

que os estudantes acham essa disciplina muito importante tanto no dia-a-dia como na vida

acadêmica, observa-se que há quase que uma unanimidade quando comparados os dois

turnos, com a relação à importância da Química como ciência.

3) Indique os nomes dos elementos químicos relacionados (Apêndice A).

67%13%

20%Coerente

Não Coerentes

Não Responderam

39%

44%

17%Coerente

Não Coerentes

Não Responderam

93%

7%

Não

Não responderam

96%

4%

Não

Não responderam

Gráfico 1: Respostas referentes à opinião sobre a Química-Turno: tarde

Gráfico 2: Respostas referentes à opinião sobre a Química–Turno: noite.

Gráfico 3: Respostas referentes se é possível viver sem Química-Turno: tarde.

Gráfico 4: Respostas referentes se é possível viver sem Química–Turno: noite

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18

Nesse item buscou-se identificar o conhecimento científico primário do aluno

relacionado a identificação dos elementos químicos da tabela periódica.

Observou-se que os alunos do turno da tarde acertaram todos os nomes das substâncias

listadas, demonstrando conhecimento com relação ao assunto pesquisado. No turno da noite

o resultado apresentou-se diferente, 30% dos alunos responderam corretamente, 26%

acertaram parcialmente e a grande maioria, 44%, simplesmente não acertou ou não soube

responder, de acordo com o gráfico abaixo.

4) Cite exemplos de outros elementos químicos que você conhece.

Nesse item, foi solicitado aos discentes se poderiam citar nomes de outros elementos

químicos. Esta questão possuiu o intuito de mensurar o conhecimento básico dos alunos.

Novamente o resultado nos mostra que os alunos do turno da tarde apresentaram um

bom conhecimento básico de química, pois, 100% dos alunos citaram corretamente o nome de

outros elementos químicos. Os dados apresentados nos questionamentos realizados com o

turno da noite (Gráfico 6) mostraram uma grande diferença dos conhecimentos básicos

existentes entre os dois turnos, pois 30% dos alunos do turno da noite citaram corretamente o

nome dos elementos químicos, 13% acertaram parcialmente e 57% não responderam a

questão, porque não quiseram ou não sabiam responder. Esse índice elevado de alunos que

não quiseram ou não souberam responder, indica certa deficiência por parte destes estudantes

em relação ao conhecimento básico sobre a química.

30%

26%

44%

Acertaram totalmente

Acertaram parcialmente

Não acertaram ou não responderam

30%

13%

57%

Acertaram

Acertaram parcialmente

Não acertaram ou não Responderam

Gráfico 5: Respostas relacionadas aos nomes dos elementos

químicos – Turno: noite.

Gráfico 6: Respostas referentes aos nomes de outros elementos

químicos – Turno: noite.

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19

5) Cite exemplos de carbonos primários, secundários e terciários.

Em relação à questão anterior (questão 4, p. 18), observa-se que no turno da tarde

houve uma redução de 33% no índice de acertos (Gráfico 7), ainda assim considera-se um

número bastante razoável, tendo em vista que a questão possui um grau de dificuldade maior.

No turno da noite 91% dos alunos não quiseram ou não souberam responder e apenas 5%

responderam corretamente (Gráfico 8).

6) Cite exemplos de moléculas que tenham uma cadeia aberta, saturada e não ramifica.

Os resultados indicados nos gráficos 9 e 10, revelam que o turno da tarde continua se

destacando em relação ao turno da noite sobre os assuntos pesquisados, com 60% de acertos

versus 9% do turno da noite.

7) Defina reação Química.

67%

33%

Acertaram

Não acertaram ou não responderam

5%4%

91%

Acertaram

Acertaram parcialmente

Não acertaram ou não responderam

60%

7%

33%

Acertaram

Acertaram parcialmente

Não acertaram ou não responderam

9%

91%

Acertaram

Não acertaram ou não responderam

Gráfico 7: Respostas referentes aos exemplos de

carbonos primários secundários e terciários –

Turno: tarde.

Gráfico 8: Respostas referentes aos exemplos de

carbonos primários secundários e terciários –

Turno: noite.

Gráfico 9: Respostas referentes aos exemplos de

cadeia aberta, saturada e não ramificada – Turno:

tarde.

Gráfico 10: Respostas referentes aos exemplos de

cadeia aberta, saturada e não ramificada – Turno:

noite

Page 20: ASPECTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DA DISCIPLINA DE QUÍMICA APRESENTADOS POR ALUNOS E PROFESSOR DE UMA ESCOLA PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE FRECHEIRINHA – CE

20

Com uma ótima margem de acerto, 80% dos alunos da tarde responderam correta-

mente a questão e apenas 20% não acertaram ou não souberam responder (Gráfico 11). Nesse

quesito, obteve-se para o turno da noite 13% de acertos, 4% que acertaram parcialmente e

83% que não souberam ou simplesmente não quiseram responder (Gráfico 12). Acredita-se

que o elevado percentual de erros desta turma possa estar relacionado a falta de interesse e

descaso dos alunos com o questionário e com a própria disciplina de química.

8) Quais os nomes das substâncias indicadas abaixo.

Ao serem questionados sobre qual o nome das substâncias listadas na questão, mais de

90% dos alunos do turno da tarde responderam corretamente (Gráfico 13), o que vem ressaltar

novamente o grau de conhecimento desses estudantes. Com relação ao turno da noite (Gráfico

14), a pesquisa revela que 91% destes alunos não souberam ou não quiseram responder e que

apenas 9% acertaram a pergunta. Este resultado evidencia um descaso ou despreparo, por

parte dos alunos, com relação ao assunto pesquisado.

9) O que você entende sobre tabela periódica?

80%

20% Acertaram

Não acertaram

13%4%

83%

Acertaram

Acertaram Parcialmente

Não acertaram ou não responderam

93%

7%

Acertaram

Não acertaram ou não responderam

9%

91%

Acertaram

Não acertaram ou não responderam

Gráfico 11: Respostas referentes à definição de reação química - Turno: tarde.

Gráfico 12: Respostas referentes à definição de reação química – Turno: noite.

Gráfico 13: Respostas referentes ao nome das

substâncias químicas -Turno: tarde. Gráfico 14: Respostas referentes aos nomes das

substâncias químicas - Turno: noite.

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Todos os alunos do turno da tarde responderam o item questionado, ressaltando-se o

índice de 87% de acertos por parte da turma. Apenas 13% acertaram parcialmente (Gráfico

15). No turno da noite apenas 13% mostraram ter conhecimento da tabela periódica. 26%

representam os acertos parciais e 61% os que não souberam ou não quiseram responder

(Gráfico 16). Esses resultados refletem mais uma vez o baixo índice de acerto e participação

dos alunos da noite, não podendo se afirmar com certeza, mas se acredita que os mesmos só

estão freqüentando as aulas para concluir o ensino médio, sem nenhum outro interesse.

10) Qual a diferença entre mistura homogênea e heterogênea?

O Gráfico 17 mostra que 66% dos alunos do turno da tarde sabem diferenciar mistura

homogênea de heterogênea, enquanto que no turno da noite (Gráfico 18) o índice de alunos

que não souberam responder essa pergunta foi de 83%. Esse resultado, somado aos resultados

das perguntas anteriores evidencia uma grande diferença, relacionada ao conhecimento da

disciplina de Química, entre as duas turmas. Como poderíamos explicar essa diferença tão

antagônica de resultados? Vários são os fatores que podem estar influenciando para esses

resultados, entretanto acredita-se que um fator importante seja o tipo de aluno que freqüenta

os diferentes horários; no turno da tarde a maioria de alunos são formados de estudantes-

87%

13% Acertaram

Acertaram parcialmente

13%

26%61%

Acertaram

Acertaram parcialmente

Não acertaram ou não responderam

66%

27%

7%

Acertaram

Não Acertaram

Não Responderam

17%

83%

Não Acertaram

Não Responderam

Gráfico 15: Respostas referentes ao que o aluno

entende sobre tabela periódica –Turno: tarde. Gráfico 16: Respostas referentes ao que o aluno

entende sobre tabela periódica - Turno: noite.

Gráfico 17: Respostas referentes à diferença entre

mistura heterogênea e homogênea – Turno: tarde. Gráfico 18: Respostas referentes à diferença entre

mistura heterogênea e homogênea – Turno: noite.

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22

profissionais com mais tempo livre para se dedicar aos estudos, enquanto que no turno da

noite a maior parte dos estudantes é formada de alunos que trabalha ou que possui outro tipo

de atividade. Observou-se também que nas primeiras respostas ambos os turnos responderam

de forma equiparadas, mas com o passar dos itens a maioria dos alunos da noite foram

perdendo o interesse e o comprometimento com o questionário. O nível de exigência e

responsabilidade que lhes são oferecidos e cobrados também pode influenciar nesses

resultados, tendo em vista que se não lhes são cobrados quase nada em dedicação ou empenho

para que sejam aprovados, como existiria necessidade de se esforçarem em aprender os

conteúdos das várias disciplinas?

4.2.2 Análise do questionário 2 – Impressões Sobre a Disciplina de Química - Tarde e Noite.

Este questionário foi aplicado com intuito de analisarmos especificamente as impres-

sões que os estudantes possuem sobre a disciplina de Química. Vejamos os resultados quando

comparamos novamente os turnos da Tarde e Noite.

1) Você gosta de Química? Em Caso de resposta afirmativa ou negativa indicar o motivo.

O Gráfico 19 mostra que 56% dos estudantes gostam de Química, indicando que mais

da metade dos alunos do turno da tarde possui interesse pela disciplina. Acredita-se que o

educador, ferramenta importante neste contexto, possa contribuir de forma significativa para

aumentar esse percentual.

Com relação ao turno da noite (Gráfico 20), os resultados indicaram que a maioria da

turma (88%) não gosta de Química. Inúmeros fatores poderiam estar associados a esse

resultado, entretanto, acredita-se que o fator principal seja o grande desinteresse que alunos

56%

44%Sim Não

12%

88%

Sim Não

Gráfico 19: Respostas referentes ao interesse do

aluno pela Química-Turno: tarde. Gráfico 20: Respostas referentes ao interesse do

aluno pela Química – Turno: noite.

Page 23: ASPECTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DA DISCIPLINA DE QUÍMICA APRESENTADOS POR ALUNOS E PROFESSOR DE UMA ESCOLA PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE FRECHEIRINHA – CE

23

demonstram, não apenas pela disciplina de Química, mas também por qualquer outra, tendo

em vista a facilidade com que os alunos da rede pública encontram em ser aprovados.

2) Quantas horas por semana você dedica ao estudo de Química?

A análise do Gráfico 21 mostra que 12% dos alunos do turno da tarde dedicam mais de

uma hora para o estudo da disciplina de Química e a maioria (88%) dedica menos de uma

hora ou não estudam fora do colégio. No turno da noite a quantidade de alunos que não estuda

química fora do colégio somados aos que dedicam menos de uma hora a essa disciplina

representa um percentual de 92%, apenas 8% responderam estudar mais de uma hora essa

matéria, de acordo com o Gráfico 22. Os resultados apresentados justificam a falta de

conhecimento básico em responder as perguntas propostas.

3) Você gosta do conteúdo abordado nas aulas de Química?

Comparando-se os Gráficos 23 e 24, observa-se que no turno da tarde a maioria dos

alunos gostam do conteúdo abordado nas aulas de química enquanto que no turno da noite,

44%

12%

44%

Menos de uma hora

Mais de uma hora

Não estuda fora do colégio

29%

8%

63%

Menos de uma hora

Mais de uma hora

Não estuda fora do colégio

69%

25%

6%

Sim

Não

Não Responderam

42%

42%

16%Sim

Não

Não Responderam

Gráfico 21: Respostas referente à quantas horas o

aluno dedica ao estudo da disciplina de Química –

Turno: tarde.

Gráfico 22: Respostas referente à quantas horas o

aluno dedica ao estudo da disciplina de Química –

Turno: noite.

Gráfico 23: Respostas referentes à pergunta se o

aluno gosta do conteúdo abordado nas aulas de

Química – Turno: tarde.

Gráfico 24: Respostas referentes à pergunta se o

aluno gosta do conteúdo abordado nas aulas de

Química Turno: noite

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apenas 42% revelou gostar dos respectivos conteúdos. Os resultados mostram que a maioria

dos alunos do turno da noite não gosta de estudar ou não se importa com a respectiva

disciplina. Esses índices vêm a consubstanciar a afirmação que a maior parte dos alunos

pertencentes a esse turno, não possui interesse ou conhecimentos necessários para responder

as questões.

4) Você acha a química uma disciplina difícil? Explique o motivo de sua resposta.

O Gráfico 25 relata que 56% dos alunos da turma da tarde responderam em sua

maioria que acha a disciplina de Química difícil. Acredita-se que esse número se deva a forte

prática de memorização de fórmulas e outras terminologias que realmente dificultam o

aprendizado. Fazendo um comparativo entre as duas turmas, observa-se que a maioria em

ambos os grupos acha a disciplina de Química difícil, entretanto na turma da tarde a diferença

de percentual entre as duas respostas afirmativa e negativa é de apenas 12%, enquanto na

turma da noite esse percentual apresenta um aumento de 76% (Gráfico 26), revelando a

grande deficiência destes alunos com relação à disciplina.

5) Quais recursos que você utiliza para estudar Química?

56%

44%Sim Não

88%

12%

Sim Não

76%

6%18%

Livros didáticos

Internet

Não estuda Química fora da escola

50%

4%

38%

8% Livros didáticos

Internet

Não estuda Química fora da escola

Outros

Gráfico 25: Respostas referentes à pergunta se o

aluno acha a disciplina de química difícil – Turno:

tarde.

Gráfico 26: Respostas referentes à pergunta se o

aluno acha a disciplina de química difícil – Turno:

noite.

Gráfico 27: Respostas referentes à pergunta de

quais recursos os alunos utilizam para estudar

Química – Turno: tarde.

Gráfico 28: Respostas referentes à pergunta de

quais recursos os alunos utilizam para estudar

Química – Turno: noite.

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25

No período da tarde a maioria utiliza apenas os livros didáticos adotados pela escola

(76%), 6% faz uso da internet e 18% não estuda fora da escola (Gráfico 27).

No turno da noite, observa-se maior diversificação dos métodos utilizados para estudar

Química, sendo que 50% dos alunos utilizam os livros didáticos, 4% a internet e 8% outros

recursos (Gráfico 28, p. 24).

6) Em sua opinião, quais motivos dificultam o aprendizado de química? Marque mais de

uma opção se necessário.

Nesse item foi pedido aos alunos que se manifestassem a respeito das maiores

dificuldades que eles encontravam em aprender Química.

Ao analisar os resultados obtidos no Gráfico 29, percebe-se que 50% da turma da tarde

acha a falta de interesse dos alunos a maior dificuldade que existe para aprender Química.

30% associou esta dificuldade a falta de aulas práticas em laboratório e apenas 20%

responderam que o principal motivo são as brincadeiras em sala de aula. Nenhum aluno

informou que a linguagem do professor era ruim ou o material didático.

Na turma da noite, observa-se que o maior problema é a ausência de aulas práticas no

laboratório. Um percentual de 22% ressalta as brincadeiras em sala de aula e 33% a falta de

interesse dos alunos. Apenas 6% marcou a opção relacionada à linguagem adotada pelo

professor (Gráfico 30). Comparando-se os resultados obtidos para os dois turnos, observa-se

que os percentuais para as opções brincadeiras em sala de aula e pouca ou nenhuma aula

prática, apresentaram resultados muito próximos em ambas as turmas.

7) Em sua opinião, qual dos recursos relacionados abaixo melhoraria o seu aprendizado

em química?

20%

50%

30%

Brincadeiras nas aulas

Falta de interesse dos alunos

Pouca ou nenhuma aula em laboratório

22%

33%

6%

39%

Brincadeiras nas aulas

Falta de interesse dos alunos

Ling. abordada pelo professor

Pouca ou nenhuma aula em laboratório

Gráfico 29: Respostas referentes à qual motivo

dificulta o aprendizado em Química – Turno:

tarde.

Gráfico 30: Respostas referentes à qual motivo

dificulta o aprendizado em Química – Turno:

noite.

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26

A análise dos gráficos revela que ambos os turnos concordam, em sua maioria, que a

presença de aulas práticas em laboratório melhoraria o aprendizado em Química. Em seguida

com 25%, o turno da tarde respondeu que uma biblioteca com livros de química melhoria o

aprendizado, já no turno da noite 18% dos alunos acha que os recurso áudios-visuais

poderiam melhorar o aprendizado. Os demais resultados foram divididos entre acesso a

internet e revista científica (Gráficos 31 e 32).

8) Você consegue associar os conhecimentos de química adquiridos em sala de aula com

os fenômenos presentes em seu dia-a-dia?

Nessa questão quando indagados se conseguem associar os conhecimentos adquiridos

na disciplina de Química aos fenômenos do dia-a-dia, 56% dos alunos do turno da tarde

afirmaram saber associar, 38% responderam que só conseguem fazer essa associação em

algumas situações e apenas 6% responderam que não sabem associar (Gráfico 33).

56%

13%

25%

6% Aulas práticas em laboratório

Acesso a internet para realização

Biblioteca com livros de química

Recurso audio-visuais

57%

11%

7%

18%

7% Aulas práticas em laboratórioAcesso a internet para realizaçãoBiblioteca com livros de químicaRecurso audio-visuais

Revistas científicas

56%

6%

38%

Sim

Não

As vezes

33%

43%

24%

Sim

Não

As vezes

Gráfico 31: Respostas referentes à qual recurso melhoria o aprendizado em Química – Turno:

tarde.

Gráfico 32: Respostas referentes à pergunta de

quais recursos os alunos utilizam para estudar

Química – Turno: noite.

Gráfico 33: Respostas referentes à quantidade de

alunos que conseguem associar os conhecimentos

em química com os fenômenos presentes em

nosso dia-a-dia - Turno: tarde.

Gráfico 34: Respostas referentes à quantidade de

alunos que conseguem associar os conhecimentos

em química com os fenômenos presentes em nosso

dia-a-dia - Turno: noite.

Page 27: ASPECTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DA DISCIPLINA DE QUÍMICA APRESENTADOS POR ALUNOS E PROFESSOR DE UMA ESCOLA PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE FRECHEIRINHA – CE

27

No turno da noite, percebe-se que houve um aumento de 37% de estudantes que dizem

não saber como a Química se aplica ao nosso dia-a-dia, quando comparados ao turno da tarde

e só 33% responderam saber fazer essa associação (Gráfico 34. p.26).

9) Qual o assunto que você mais gosta em Química?

Nesse item houve uma grande variedade de respostas, sendo que, alguns alunos do

turno da tarde responderam funções orgânicas, outros citaram química orgânica. É importante

observar que 69% (Gráfico 35) dos alunos demonstram interesse pela Química, citando nomes

de alguns conteúdos.

Ao fazermos o mesmo questionamento aos alunos de Química do turno da noite a

grande maioria não soube responder ou simplesmente não quis optar. Cabe ressaltar que 39%

dos alunos não responderam. 48% dos estudantes responderam de forma incoerente sem real-

mente colocar algum conteúdo de seu interesse e apenas 13% citaram qual o assunto que mais

gostam na disciplina de Química (Gráfico 36).

10) Que assunto você gostaria de estudar na disciplina de Química? Exemplifique.

69%

25%

6%Citaram algum conteúdo

Não citaram nenhum conteúdo de interesse

Não Responderam

13%

48%

39%

Citaram algum conteúdo

Não citaram nenhum conteúdo de interesse

Não Responderam

31%

69%

Citaram algum conteúdo

Não citaram nenhum conteúdo

4%

96%

Citaram algum conteúdo

Não citaram nenhum conteúdo

Gráfico 35: Respostas referentes ao assunto que

os alunos mais gostam em química - Tarde. Gráfico 36: Respostas referentes ao assunto que

os alunos mais gostam em química - Noite.

Gráfico 37: Respostas referentes à qual assunto

os alunos gostariam de estudar na disciplina de

Química – Turno: tarde

Gráfico 38: : Respostas referentes à qual assunto

os alunos gostariam de estudar na disciplina de

Química – Turno: noite.

Page 28: ASPECTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DA DISCIPLINA DE QUÍMICA APRESENTADOS POR ALUNOS E PROFESSOR DE UMA ESCOLA PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE FRECHEIRINHA – CE

28

Nos gráficos 37 e 38 (p. 27) observa-se que a maioria dos alunos de ambos os turnos

não souberam responder qual assunto gostariam de estudar em relação à Química, pois 69%

dos alunos do turno da tarde e 96% do turno da noite não citaram nenhum exemplo do assunto

indagado. Isto pode estar relacionado ao fato do conteúdo tratado nesta disciplina muitas

vezes fugir a atenção do aluno, ocasionando a não fixação de nomenclaturas na memória do

estudante. Outro fator é o desinteresse pela disciplina que acarreta a falta de desejo por parte

dos alunos em buscar melhor esclarecimento dos assuntos expostos em sala de aula. Acredita-

se também que outro fator importante seja a facilidade que os alunos possuem de serem

aprovados.

Page 29: ASPECTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DA DISCIPLINA DE QUÍMICA APRESENTADOS POR ALUNOS E PROFESSOR DE UMA ESCOLA PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE FRECHEIRINHA – CE

29

CONCLUSÃO

Este trabalho possibilitou constatar alguns aspectos positivos e negativos da disciplina

de Química que merecem ser frisados. Um deles é o fato do único professor que leciona esta

disciplina ainda não ter concluído sua graduação, representando um grande prejuízo para os

alunos, os quais são prejudicados por não possuírem um educador plenamente qualificado.

Outro ponto que merece destaque é que a escola possui laboratório de Química mas que não é

utilizado para as aulas prática. Nesse aspecto, enfatiza-se o que o professor relatou no

questionário, alegando que devido à demanda de alunos, tornavam-se inviáveis as aulas

práticas. Cabe ressaltar que os alunos necessitam vivenciar a experiência em laboratório para

poderem discernir melhor sobre a disciplina de Química.

Com relação às perguntas, os alunos do turno da tarde responderam as questões

propostas corretamente e com um menor número de abstenções. Esse resultado pode estar

relacionado a um maior grau de comprometimento por parte dos mesmos, situação que não

reflete o turno da noite. Não foi possível afirmar, com certeza, os motivos que levaram os

alunos da noite a possuírem um alto nível de descomprometimento com o questionário

aplicado, entretanto, subtende-se que esse descomprometimento seja reflexo de como tratam o

ensino em geral, visto que, a grande maioria possui outro tipo de atividade durante o dia,

optando pelo turno noturno com objetivo de concluir o ensino médio.

Em síntese, o envolvimento e as respostas enumeradas pelos alunos permitiram

constatar que a grande maioria dos estudantes entende a importância que a Química tem em

nossas vidas, ficando visível a carência que existe na rede pública de ensino por um

aprendizado mais dinâmico e ativo, voltado não só para a memorização de fórmulas e

nomenclaturas que dificilmente terão alguma utilidade no dia-a-dia, mas sim para a geração

de cidadãos participativos, questionadores e atuantes em nossa sociedade.

Page 30: ASPECTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DA DISCIPLINA DE QUÍMICA APRESENTADOS POR ALUNOS E PROFESSOR DE UMA ESCOLA PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE FRECHEIRINHA – CE

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6. REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros

Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Ciência da natureza, matemática e suas

tecnologias, 1998. Disponível em <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/ciencian.pdf>.

Acessado em 21 de outubro de 2011.

CARDOSO, S. P; COLINVAUX, D. Explorando a Motivação para Estudar Química,

Química Nova. Ijuí: Unijuí, v. 23, n. 3, 2000.

CHASSOT, A. I. A Educação no Ensino de Química. Ijuí: Livraria Unijuí Editora, 1990.

______. Alfabetização científica: uma possibilidade para a inclusão social. Rev. Bras.

Educ. [online]. 2003, n. 22, p. 89-100. Disponível em

<http://www.scielo.br/pdf/rbedu/n22/n22a09.pdf> Acessado em 21 de Outubro de 2011.

MALDANER, O. A Pesquisa como Perspectiva de Formação Continuada do Professor

de Química. Química Nova, v. 22, n. 2, p. 289, 1999.

______. A formação inicial e continuada de professores de química:

professores/pesquisadores. Ijuí: Unijuí, 2000.

PATTO, M. H. S. Política Educacional Brasileira: "Escolas cheias, cadeias vazias", Estudos

Avançados, v. 21, n. 61, 2007. Disponível em

<http://www.scielo.br/pdf/ea/v21n61/a16v2161.pdf> Acessado em 20 outubro 2011.

ROSA, M. I. P; ROSSI, A. V. Educação Química no Brasil: Memórias, Políticas e

Tendências. Campinas: Átomo, p. 25-81, 2008.

SANTOS, Wildson Luiz Pereira dos; SCHNETZLER, Roseli Pacheco. Educação em

Química: compromisso com a cidadania 4. ed. Ijuí: Unijuí, 2010.

SILVA, V. A.; BENITE, A. M.; SOARES, M. H. F. B. Algo Aqui Não Cheira Bem... A

Química do Mau Cheiro. Química Nova na Escola, v. 33, n. 1, p. 3. Disponível em

<http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc33_1/01-QS9309.pdf> Acessado em 23 de outubro de

2011.

Page 31: ASPECTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DA DISCIPLINA DE QUÍMICA APRESENTADOS POR ALUNOS E PROFESSOR DE UMA ESCOLA PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE FRECHEIRINHA – CE

31

TREVISAN, T. S.; MARTINS, Pura Lucia Oliver – “O PROFESSOR DE QUÍMICA E AS

AULAS PRÁTICAS”. Disponível em

<http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2008/anais/pdf/365_645.pdf>. Acessada em

21 de outubro de 2011.

Page 32: ASPECTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DA DISCIPLINA DE QUÍMICA APRESENTADOS POR ALUNOS E PROFESSOR DE UMA ESCOLA PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE FRECHEIRINHA – CE

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Apêndices

Apêndice A – Questionário 1 aplicado aos alunos.

1) Qual sua opinião sobre a química?

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

2) Você acha que é possível viver sem a química?

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

3) Indique os nomes dos elementos químicos relacionados abaixo:

H_________________________________

C_________________________________

Ca________________________________

Cd________________________________

K_________________________________

Pb________________________________

4) Cite exemplos de outros elementos químicos que você conhece.

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

5) Cite exemplos de carbonos primários, secundários e terciários.

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

6) Cite exemplos de moléculas que tenham uma cadeia carbônica aberta, saturada e não

ramificada.

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

7) Defina reação química.

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

8) Quais os nomes das substâncias indicadas abaixo:

NaCl____________________________ CO2___________________________

9) O que você entende sobre tabela periódica?

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_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

10) Qual a diferença entre mistura homogênea e heterogênea ?

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

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Apêndice B – Questionário 2 aplicado aos alunos.

1) Você gosta de Química? Em caso de reposta afirmativa ou negativa indicar o

motivo.

( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei responder

Motivo:____________________________________________________________

__________________________________________________________________

2) Quantas horas por semana você reserva para o estudo de Química?

( ) menos de uma hora.

( ) mais de uma hora

( ) mais de duas horas

( ) Não estudo química fora da escola

3) Você gosta do conteúdo abordado nas aulas de Química?

( ) Sim

( ) Não

( ) Não sei responder

4) Você acha a Química uma disciplina difícil? Explique os motivos da sua resposta.

( ) Sim

( ) Não

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

5) Quais os recursos que você utiliza para estudar Química?

( ) Livros didáticos

( ) Revistas Científicas

( ) Internet

( ) Não estudo Química fora da escola

( ) Outros

Especificar:

_______________________________________________________________

6) Em sua opinião, quais os motivos que dificultam o aprendizado de Química?

Marque mais de uma opção se necessário.

( ) Brincadeiras nas aulas

( ) Falta de interesse dos alunos

( ) A linguagem abordada pelo professor(a) e sua prática em sala de aula.

( ) Pouca ou nenhuma aula em laboratório

( ) O material didático é ruim

7) Na sua opinião, qual dos recursos relacionados abaixo melhoraria o seu

aprendizado em Química?

( ) Aulas práticas em laboratórios

( ) Acesso a internet para realização de pesquisas

( ) Biblioteca com livros de Química variados

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( ) Recursos áudio-visuais

( ) Revistas científicas

8) Você consegue associa os conhecimentos de química, adquiridos em sala de aula,

com os fenômenos presentes no seu dia-dia?

( ) Sim

( ) Não

( ) As vezes

( ) Não sei como se aplica a química em nosso dia-dia

9) Qual assunto que você mais gosta na disciplina de Química?

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

10) Que o assunto você gostaria de estudar na disciplina de Química? Exemplifique.

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

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Apêndice C – Questionário 3 aplicado ao professor.

1) Qual a sua formação profissional?

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

2) Você gosta de ensinar Química

( ) Sim, por quê?

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

( ) Não, por quê?

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

( ) Ensino porque é a disciplina que fui lotado.

3) Você prepara suas aulas antes de ministrá-las?

( ) Nunca

( ) As vezes

( ) Sempre

4) Quais dos recursos relacionados abaixo você utiliza para ministrar suas aulas?

( ) Livro didático adotado pela escola

( ) Apostila

( ) Meu próprio material

( ) Outros

5) Além do livro didático indicado pela escola/governo, você utiliza outros livros para

preparar suas aulas?

( ) Sim

( ) Não

6) Qual critério você utiliza para escolha de determinado material didático?

( ) Preço acessível

( ) Autor do livro

( ) A linguagem adotada pelo autor e a estrutura didática do livro.

( ) Outros

Especificar:

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

7) Você utiliza outros recursos didáticos (literatura, quadrinhos, jogos e atividades

lúdicas, filmes, etc.) nas suas aulas?

( ) Sim

( ) Não

Caso utilize outros recursos, especifique.

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8) Que dificuldades você enfrenta para preparar uma aula prática em laboratório?

( ) Ausência de laboratório

( ) Falta de materiais e reagentes

( ) Espaço físico do laboratório e o número de alunos

( ) Falta de tempo para preparar as aulas

( ) Acho as aulas práticas em laboratórios desnecessárias

9) Em sua opinião qual a principal dificuldade encontrada no ensino e aprendizagem de

Química? Marque mais de uma opção se achar necessário.

( ) Falta de laboratório

( ) Salas lotadas

( ) Falta de material adequado para a utilização nas aulas

( ) Falta de laboratório equipado

10) Quais as dificuldades encontradas na profissão de docente?

( ) Baixos salários

( ) Excesso de alunos por sala

( ) A ausência da interação entre os professores e a partilha de experiências

( ) Falta de um plano de cargo e carreira

( ) Outra. Cite qual:

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