aspectos positivos e negativos da disciplina de quÍmica apresentados por alunos e professor de uma...
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UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ – UVA
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICA
COORDENAÇÃO DO CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA
FRANCISCA LEILANNE SILVA MATOS
ASPECTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DA DISCIPLINA DE QUÍMICA
APRESENTADOS POR ALUNOS E PROFESSOR DE UMA ESCOLA PÚBLICA DO
MUNICÍPIO DE FRECHEIRINHA – CE.
SOBRAL – CE
DEZEMBRO/ 2011
FRANCISCA LEILANNE SILVA MATOS
ASPECTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DA DISCIPLINA DE QUÍMICA
APRESENTADOS POR ALUNOS E PROFESSOR DE UMA ESCOLA PÚBLICA DO
MUNICÍPIO DE FRECHEIRINHA – CE.
Monografia apresentada ao curso de
Licenciatura em Química da Universidade
Estadual Vale do Acaraú – UVA, como
requisito parcial para obtenção do título de
Graduado em Química.
Orientadora: Profa. Dra. Maria Rose Jane
Ribeiro Albuquerque.
SOBRAL – CE
DEZEMBRO/2011
DEDICATÓRIA
A minha família querida que sempre me apoiou nos momentos mais difíceis da minha
vida, incentivando a continuar seguir em frente e nunca desistir de conquistar meus objetivos
acima de tudo.
A minha querida tia Lúcia, uma pessoa muito especial na minha vida à quem dedico
esse trabalho com muito amor e carinho. Sentimentos que ela sempre dedicou a mim
incondicionadamente.
Ao corpo Docente da Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA, em especial a
equipe do Curso de Química, pessoas queridas que me acompanharam nessa jornada , em
busca desse ardo, porém, maravilhoso objetivo.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus, acima de todas as coisas, agradeço por me dar conhecimento e
disposição por esses longos anos de estudos e perseverança.
Agradeço a minha família por me apoiar sempre e novamente a Deus por me conceder
estar perto daqueles que amo e usufruir da égide de seu aconchego.
Aos meus professores, não somente os do Curso de Química, mas a todos que
passaram pela minha vida acadêmica.
RESUMO
O intuito deste trabalho foi destacar aspectos positivos e negativos do ensino de
Química em uma escola da rede pública do município de Frecheirinha, estado do Ceará. O
método utilizado foi a aplicação de três questionários, dois aplicados a um total de 38 alunos,
dos turnos da tarde e noite e um aplicado ao professor. Com relação aos alunos, o objetivo foi
investigar o nível de conhecimento relacionado a disciplina de química, além de questioná-
los a respeito das dificuldades encontradas nas aulas de química e o que poderia ser feito para
a melhoria do aprendizado desta disciplina. A análise dos resultados obtidos nos questionários
possibilitou constatar que os alunos pertencentes ao turno da tarde apresentaram um melhor
grau de conhecimento relacionado a disciplina de química.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 07
2 FUNDAMENTOS TEÓRICOS 09
3 METODOLOGIA APLICADA 13
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 14
5 CONCLUSÃO 29
6 REFERÊNCIA 30
7 APÊNDICES 32
7
1. INTRODUÇÃO
A grande dificuldade que alunos e professores enfrentam na rede pública é reflexo da
falta de compromisso governamental em fazer uma reforma ampla na educação brasileira.
Alunos e professores encontram-se amarrados a um sistema falido de educação onde o princi-
pal objetivo é alcançar apenas metas sem se importar com a qualidade do ensino. Patto (2007,
p. 243) nos diz que:
[...] são inúmeras as pesquisas de várias dimensões da realidade da escola pública
que vêm mostrando, nos últimos quinze ou vinte anos, o processo de produção de
sua crescente precariedade como instituição de ensino e que revelam equívocos
tecnicistas; desinteresse de governantes pela efetiva formação escolar da maioria das
crianças e jovens brasileiros; medidas de barateamento do custo-aluno; desvaloriza-
ção dos educadores sob a forma de baixos salários, formação profissional precária e imposição, por instâncias superiores, de reformas e projetos educacionais; política
educacional pautada por disputas partidárias e interesses eleitoreiros que produzem
repetida descontinuidade técnica e administrativa gerada pela sistemática destruição,
a cada governo, do que foi feito pelos antecessores; conseqüências educacionais
nefastas da política neoliberal e da interferência de órgãos de agiotagem internacio-
nal nos rumos da educação escolar.
Nesse contexto, o aprendizado prático em escolas públicas muitas vezes se torna
inexistente e até mesmo em escolas particulares onde, supõe-se que a qualidade apresentada
deveria ser melhor, existe uma grande dificuldade na realização de aulas não teóricas. Tornar
a Química uma das principais disciplinas nas redes escolares é tarefa árdua a ser realizada, por
que há muitos anos seu ensino é resumido à apenas ao conteúdo teórico.
A química no contexto prático se torna uma ferramenta de grande significância para
humanidade, mas não apenas a nível científico, o desenvolvimento da disciplina no ensino
médio tem que ser voltada ao nosso dia-a-dia, ao cotidiano, tornando inaceitável a idéia (er-
rada) de que se trata de um assunto de difícil entendimento e sem uso prático em nossas vidas,
nas palavras de Chassot (2003, p. 93), “há uma continuada necessidade de fazermos com que
a Ciência possa ser não apenas medianamente entendida por todos, mas, e principalmente,
facilitadora do estar fazendo parte do mundo”. Chassot (1990, p. 32) ainda nos diz que:
É inadmissível que a Química do 2º Grau (atual Ensino Médio) não ajude a aperfei-
çoar um soldador mecânico, um frentista de posto de combustível, um controlador
de alimentos perecíveis de um supermercado, um agricultor, um operário de uma
cervejaria, um encanador, um empregado de uma lavanderia.
Em relação aos jovens é de fundamental importância propor ações que chamem suas
atenções além daquelas já existentes. A rotina constante de um aprendizado voltado apenas
para a memorização e falta de utilidade prática, fadiga o interesse do aluno por um conheci-
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mento mais dinâmico. As aulas ministradas pelos professores não devem ser repetitivas em
sua forma de transmissão de conteúdo, não devendo se ater apenas a memorização de
fórmulas e resoluções de exercício. Encontramos no texto dos Parâmetros Curriculares
Nacionais para o Ensino Médio - PCNEM (Brasil, 1998, p. 7), um trecho interessante,
referindo-se a preparação do jovem para a vida na sociedade:
O aprendizado deve contribuir não só para o conhecimento técnico, mas também para uma cultura mais ampla, desenvolvendo meios para a interpretação de fatos
naturais, a compreensão de procedimentos e equipamentos do cotidiano social e
profissional, assim como para a articulação de uma visão do mundo natural e social.
Deve propiciar a construção de compreensão dinâmica da nossa vivência material,
de convívio harmônico com o mundo da informação, de entendimento histórico da
vida social e produtiva, de percepção evolutiva da vida, do planeta e do cosmos, en-
fim, um aprendizado com caráter prático e crítico e uma participação no romance da
cultura científica, ingrediente essencial da aventura humana.
A escola deve ser um local prazeroso para professores e alunos, um lugar onde possam
se socializar, sentindo-se confortáveis e seguros para desencadear ações voltadas para obten-
ção de conhecimento e fraternidade. A escola deve instigar os alunos a está sempre em modo
ativo, questionando as razões das coisas, a não se comportarem de forma passiva em relação
ao mundo à sua volta. Saber o porquê das coisas se comportarem de determinada maneira
indagando os motivos, questionando, buscando a verdade, um comportamento questionador
que trará benefícios ao longo da vida.
O estudo da química deve-se principalmente ao fato de possibilitar ao homem o
desenvolvimento de uma visão crítica do mundo que o cerca, podendo analisar,
compreender e utilizar este conhecimento no cotidiano, tendo condições de perceber
e interferir em situações que contribuem para a deterioração de sua qualidade de
vida. Cabe assinalar que o entendimento das razões e objetivos que justificam e
motivam o ensino desta disciplina, poderá ser alcançado abandonando-se as aulas
baseadas na simples memorização de nomes de fórmulas, tornando-as vinculadas
aos conhecimentos e conceitos do dia-a-dia do alunado. Cardoso; Colinvaux (2000, p. 401)
Nesse sentido, o intuito deste trabalho é diagnosticar aspectos positivos e
negativos dentro de uma sala de aula, numa escola pública, mas não apenas isso, ao abordar
esse tema, tem-se como desafio propor soluções para os problemas identificados. Para que
dessa maneira, seja alcançado o objetivo comum que é o de tornar a disciplina de Química
atraente e instrutiva aos olhos dos alunos e professores. Com a relação aos alunos, o objetivo
foi investigar o nível de conhecimento relacionado a disciplina de química, além de
questioná-los a respeito das dificuldades encontradas nas aulas de química e o que poderia ser
feito para a melhoria do aprendizado. Com relação ao professor, o intuito foi diagnosticar a
qualificação e comprometimento com a disciplina.
9
2. FUNDAMENTOS TEÓRICOS
3.1 Aspectos Positivos e Negativos da Disciplina de Química
Ao se analisar a disciplina de química em diversos trabalhos de vários autores, sempre
é enfatizado por todos a grande dificuldade que existe em torná-la uma matéria atraente para
os alunos. Muitos autores destacam como ponto negativo a imensa dificuldade em executar
aulas práticas, seja por falta de material, infra-estrutura ou pessoal capacitado. Inúmeros são
os fatores que fazem a disciplina se tornar um verdadeiro desafio aos educadores. Em um tre-
cho bastante interessante retirado da Química Nova na Escola, fica visível a carência que os
alunos têm por um dinamismo maior em sala:
O professor em sala de aula comunica aos seus alunos: „Bom dia pessoal! Hoje va-
mos fazer um experimento para evidenciarmos a ocorrência de uma reação química‟.
No fundo da sala, surge a seguinte pergunta: „Professor, isso aí vai EXPLODIR?‟. O
aluno, esperando esperançoso, ouve a resposta pragmática do professor: “Não,
experiências com explosões são muito perigosas de serem feitas em sala de aula”.
Toda a esperança do aluno desaparece, voltando à sua aula monótona em que mais
um experimento sem nenhuma nova dinâmica lhe será apresentado e considerando-
se ainda a mistificação em torno da química como ciência da “explosão”. Silva;
Benite; Soares (2011, p. 3).
O trecho acima nos mostra claramente o grande interesse que os alunos possuem pela
disciplina de Química, mas que é desperdiçado ou por falta de recurso ou de interesse de al-
guns professores em desenvolver de forma atraente suas aulas, se acomodando com a situação
sem buscar uma maneira de atrair a atenção dos alunos. É claro que experiências visuais são
mais estimulantes, principalmente para jovens que hoje em dia estão com a atenção voltada
para todo tipo de equipamento eletrônico. Seria bastante interessante que houvesse esse
acompanhamento doutrinário em evoluir o mecanismo de ensino para prender atenção e
demonstrar como é fascinante a disciplina.
3.2 Aspectos Positivos e Negativos da Disciplina de Química ministrada em escola pública
versus particular
Quando voltamos à atenção para uma escola pública, subtende-se que ela sempre está
em desvantagem em relação à particular, seja na questão financeira, administrativa ou em
ambas. Boa parte dos melhores educadores está nas instituições privadas que contam com
10
mais recursos ou são melhores geridas; mas se olharmos de uma forma geral, fica óbvio que
tudo gira em torno de um círculo positivo de ações formadas dos seguintes passos: os melho-
res salários atraem bons professores, que produzirão conteúdos de melhor qualidade, que por
sua vez atrairão maior quantidade de alunos. A instituição tentará melhorar, contratando mais
professores e se qualificando ainda mais, formando um círculo gradativo de aperfeiçoamento.
Então, porque não fazê-lo nas escolas públicas? Muitos são os fatores que envolvem essa
questão, entre eles está a falta de investimento na educação resultando em baixos salários dos
professores, a ausência de plano de cargos e carreira e consequentemente a pouca perspectiva
de melhoria da situação geral como um todo. Em suma, acredita-se que a falta de
comprometimento governamental em relação ao ensino público, seja a causa principal das
condições precárias existentes na maioria das escolas públicas. Todo profissional do ensino
almeja ser bem remunerado pelo seu trabalho e além do salário existe a questão da
valorização do magistério na sociedade. Valorizar o professor como profissional é tão
importante quanto à remuneração. O educador precisa estar motivado, ativo e empolgado, em
síntese, precisa haver incentivo e reconhecimento pelo que faz, entretanto é difícil ter tudo
isso quando se trabalha em escolas sucateadas, salas de aulas lotadas, falta de bibliotecas e
alunos despreparados que não aprenderam o básico nos anos anteriores, trabalha-se em um
sistema que visa apenas à apresentação de números como resultados positivos e um alto grau
de aprovação.
Para muitos professores a grande esperança que existe na mudança desse sistema é
depositada nos alunos e dessa maneira, uma necessidade de transmissão de experiência e
saber, instigando-os a buscar mais conhecimentos, a debater e questionar. Em contrapartida o
professor deve se atualizar constantemente, de forma a acompanhar as novas tendências,
idéias e projetos, os quais possibilitarão o desenvolvimento de novas técnicas de comunicação
com seus alunos. Nesse sentido, Letícia Tarquínio de Souza Parente (2004) citada por Santos
e Schnetzle, (2010, p. 5-6), afirmam que:
Aquele que ensina está sempre a aprender, é cotidianamente agraciado com o conví-
vio reabastecedor dos jovens, é obrigado por dever do ofício a se atualizar, é contaminado pela esperança, é desafiado a ter fé e jamais pode esquecer, pela natural
confiabilidade da juventude, que a boa vontade é o estado de espírito mais essencial
à transformação do mundo.
A Boa vontade (força de vontade) deve ser o combustível impulsionador das
transformações, com ela cria-se esperança de mudar, traça-se metas e rumos com o objetivo
de conquistar sonhos. A interação professor-aluno com certeza é um ponto determinante para
uma reviravolta na conceituação da disciplina de Química. Para facilitação desse processo
11
pode ser realizado um Programa de Ensino de Química, como nos diz Maldaner (2000, p.
286):
Para organizar um programa de Ensino de Química, precisamos identificar situações
de alta vivência dos alunos para que, sobre elas, possam formar o seu pensamento
químico mediado pela ação do professor e pela linguagem química. É necessário
também que tais situações permitam desenvolver um conjunto de conceitos químicos
importantes e centrais na constituição do pensamento químico moderno junto aos alunos, sendo assim por mim denominadas de “situações conceitualmente ricas.
Além da realização do Programa de Ensino de Química é necessário que os professo-
res percam o conceito simplista da forma básica de lecionar transmissão/receptação, conceito
esse que é muitas vezes aprendido na própria universidade como nos dizem Rosa e Rossi
(2008, p. 25):
Sabemos que a formação propiciada pela maioria dos nossos cursos de licenciatura
em Química parece ainda estar pautada em uma visão simplista, qual seja a de que
ensinar é fácil: basta saber o conteúdo químico e dominar algumas técnicas
pedagógicas. Tal visão é reforçada nas aulas de disciplinas de conteúdos químicos
pela adoção do modelo de ensino-aprendizagem centrado na transmissão-receptação,
pela ausência e despreocupação dos formadores (professores universitário) com
reelaborações conceituais dos conteúdos ministrados para torná-los adequados ao ensino pelos futuros professores nas escolas média e fundamental, livrando-os de se-
rem “adotados” por livros didáticos de Química tradicionais.
Nesse contexto, cabe destacar que os pontos positivos, em verdade, são baseados em
planos, em intenções e na boa vontade de realizar algo novo e diferente, que chame a atenção
dos alunos mostrando resultados satisfatórios da melhoria das condições do aprendizado de
Química.
Um dos principais aspectos negativos a se destacar é a falta de professores
especializados lecionando Química. No caso do município de Frecheirinha, o único professor
que leciona a disciplina é da área de Química, mas ainda não concluiu o curso. Por melhor
que ele seja, apenas pelo fato de ainda não ter se formado, já o coloca em desvantagem de se
qualificar mais como educador, já o limita a buscar uma especialização, sem contar o prejuízo
para os alunos. O fato de existir professores lecionando nessas condições, evidencia a carência
de educadores com formação em Química. A grande dificuldade de encontrar docentes
qualificados é sem dúvida um fator decisivo para a falta de motivação presente em sala por
parte dos alunos. Neste contexto, não há como cobrar dos professores um melhor
acompanhamento em relação ao conteúdo apresentado nos livros didáticos ministrados em
aula, já que não possuem o comprometimento adequado daqueles que escolheram por conta
própria ser um professor de Química. Rosa e Rossi (2008, p. 75) novamente salientam que:
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Os reflexos dessa falta de produção teórica relacionada à profissão docente se fazem
sentir até os dias de hoje: a profissão docente é culturalmente desvalorizada, o que
permite que profissionais de outras áreas, sem qualificação para o ensino, assumam a
função pedagógica. O professor leigo não sabe por que ensina os conteúdos que en-
sina nem por que “é adotado” por esse ou aquele livro didático. Mais ainda, não tem
condições de avaliar o livro didático que está usando. Por outro lado, mesmo aqueles
professores que são formados em cursos específicos de formação de professores nem
sempre fizeram, ao longo da formação inicial, um estudo sobre os livros didáticos.
3.2.1 Livros didáticos
O Programa Nacional do Livro Didático para o Ensino Médio (PNLEM) é uma con-
quista importante na história educacional do país. Com o incentivo de distribuir livros didáti-
cos de forma gratuita nas redes públicas de ensino. Implantado em 2004, é considerado como
um marco para o desenvolvimento do ensino de qualidade, tendo o objetivo de universalizar a
distribuição de livros gratuitos nas escolas brasileiras, impondo um padrão mínimo de quali-
dade. Rosa e Rossi (2008, p. 81) dizem:
O PNLEM apresenta-se com o objetivo de democratizar o acesso ao livro didático,
na medida em que propicia a distribuição gratuita de livros aos estudantes das redes
públicas brasileiras. Almeja-se, por meio do programa, promover a melhoria da
qualidade de processo ensino-aprendizagem no ensino médio. Certamente, inscreve-se também com o propósito de impor padrão mínimo de qualidade aos livros didáti-
cos oferecidos no mercado editorial brasileiro, intento esse que não se vê comu-
mente veiculado em pautas governamentais, e que é apenas percebido efetivamente
nos objetos de pesquisas científicas.
É muito importante que haja essa disseminação do ensino através da entrega de livros
gratuitos aos alunos de todas as escolas públicas do Brasil, mas frisa-se a relevância de que
esses livros tenham um conteúdo de qualidade, voltado única e exclusivamente para o desen-
volvimento intelectual dos alunos.
3.2.2 Laboratórios de Química
Existe uma grande dificuldade por parte das instituições de ensino em manter (quando
possuem) um laboratório de Química. Nesse sentido, há uma disseminação maior dos
laboratórios de informática. Observando-se o conceito da interdisciplinaridade, a gestão es-
colar foca os esforços na utilização diversificada de seus espaços físicos. Dessa forma, através
dos laboratórios de informática é possível a pesquisa de informações para a realização de tra-
balhos, projetos e pesquisas de diversas outras disciplinas o que não é possível em relação ao
laboratório de Química, que necessita de exclusividade para seus experimentos.
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3. METODOLOGIA APLICADA
Esta pesquisa foi realizada em uma escola de Ensino Médio da rede pública, localizada
no município de Frecheirinha-CE. Foram realizados três questionários, dois aplicados a um
total de 38 alunos do 3º ano, 15 (quinze) alunos pertencentes ao turno da tarde e 23 (vinte e
três) ao turno da noite (APÊNDICE A e B), somando-se os turnos da tarde e noite, e um
aplicado ao professor (APÊNDICE C).
O primeiro e o segundo questionários (APÊNDICE A e B) foram aplicados aos alunos
com intuito de mensurar seu nível de conhecimento básico sobre a disciplina, bem como
conhecer a finalidade e a opinião dos alunos sobre a química. O terceiro questionário
(APÊNDICE C) foi aplicado ao professor com a intenção de diagnosticar o comprometimento
que o mesmo possui com os alunos com a disciplina e com a profissão de docente.
Os dados obtidos foram analisados e apresentados com o objetivo de destacar os
pontos positivos e negativos da disciplina.
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4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1 Questionário aplicado ao Professor de Química.
Foi aplicado um questionário (Apêndice C) ao único professor que leciona Química na
escola pesquisada com o intuito de mensurar seu grau de comprometimento, tanto com os
alunos quanto com a disciplina de Química. Buscou-se o observar a qualificação profissional
do professor, questionando-o sobre as principais dificuldades enfrentadas, tanto em sala,
como na vida profissional.
Quadro 1: Questionário aplicado ao professor.
1 – Qual sua formação profissional?
Licenciatura em química (Superior Incompleto).
2 – Você gosta de Ensinar Química?
Sim, porque foi a que mais me identificou em relação ao mercado de trabalho e principalmente ao
conteúdo em si.
3 – Você prepara as aulas antes de ministrá-las?
Sempre.
4 – Quais dos Recursos relacionados abaixo você utiliza para ministrar suas aulas?
Livros didáticos adotado pela escola e outros.
5 – Além do livro didático indicado pela escola/governo, você utiliza outros livros para preparar
suas aulas?
Sim. (Mas não especificou).
6 – Qual critério você utiliza para a escolha de determinado material didático?
A linguagem adotada pelo autor e a estrutura didática do livro. Ricardo Feltre.
7 – Você utiliza outros recursos didáticos (literatura, quadrinhos, jogos e atividades lúdicas, filmes,
etc.) nas suas aulas?
Sim. (não especificou quais).
8 – Que dificuldades você enfrenta para preparar uma aula prática em laboratório?
Espaço físico do laboratório e o número de alunos.
9 – Em sua opinião qual a principal(ais) dificuldade(s) encontrada no ensino e aprendizagem de
Química? Marque mais de uma opção se achar necessário.
Salas lotadas, apenas.
10 – quais as dificuldades encontradas na profissão de docente?
Baixos salários, excesso de alunos por sala, falta de um plano de cargos e carreira.
4.1.1 Análise do questionário aplicado ao professor.
De acordo com os resultados obtidos, alguns aspectos necessitam ser frisados.
Primeiramente ao se analisar o currículo do professor que leciona Química, evidencia-se o
grande prejuízo que os alunos podem sofrer por não possuírem um professor formado na área
de Química. Por mais que seja qualificado é inadmissível que seja utilizado um educador que
sequer concluiu o curso de Química. A formação qualificada do gestor educacional é uma
condição fundamental para se ter uma educação de qualidade. Como um professor pode se
aperfeiçoar se não possui o básico para a função? Como ele pode atender as necessidades
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específicas dos alunos e da escola? No município de Frecheirinha o professor que leciona a
disciplina de Química está concluindo o curso de Química, entretanto em muitas escolas
públicas os professores que lecionam essa disciplina também ministram aulas de Biologia,
Matemática e Física. Essa situação ocorre frequentemente nas escolas públicas cearenses.
Como exigir de um professor “emprestado” de outra disciplina o comprometimento
necessário para um ensino qualificado da disciplina de química? É impensável o grau de
prejuízo que os alunos sofrem com essa situação de descaso. Em síntese, temos um círculo
vicioso de ações, nas quais a carência de professores de Química faz com que sua ausência
seja suprida por professores “tampões”, que possuem o objetivo apenas de ministrar as aulas,
mas sem o comprometimento necessário com a disciplina. A falta de qualidade nas aulas
nutrirá uma má-impressão por parte dos alunos, dificultando a escolha da Química pelos
mesmos com relação a vida profissional.
A única forma de acabarmos com esse círculo vicioso é eliminarmos com a “má fama”
que a disciplina de Química possui, uma “fama” forjada na má qualidade de ensino e no des-
caso dos gestores educacionais.
Ao ser questionado sobre que tipo de material que ele utiliza em sala de aula, o
docente respondeu que usa os livros didáticos adotados pela escola, e também outros livros,
sem, entretanto especificá-los. É muito interessante para um pesquisador ou qualquer outra
pessoa que queira aumentar seu leque de opções/conhecimento abranger inúmeros livros de
maneira a diversificar o conteúdo ministrado em aula ou em qualquer outro campo de
trabalho. Ao ser indagado se utiliza outros recursos didáticos como literatura, quadrinhos,
jogos lúdicos entre outros, o mesmo respondeu que apenas utiliza, mas não especificou quais,
tornando sua resposta um tanto quanto vaga.
Na questão sobre a funcionalidade do laboratório de Química, o professor foi indagado
sobre qual o maior motivo da não utilização do local (incluindo a resposta de não tê-lo), a
resposta dada pelo professor foi a de que o local possui espaço físico insuficiente para suprir a
demanda numérica de alunos. Convenhamos que essa resposta não condiz com a realidade
que vivemos. Afirmar que a maior dificuldade é a questão do número de alunos é ser no
mínimo pouco comprometido com a educação, com a química e com os próprios alunos.
Entre todas as possíveis respostas dadas essa, com absoluta certeza, é a mais fácil de resolver,
citando-se inúmeras soluções plausíveis para essa ínfima dificuldade. Se existe um laboratório
esse deve ser utilizado corriqueiramente de maneira a atrair a atenção dos alunos para
disciplina. Nesse sentido, frisa-se novamente a grave dificuldade que é apresentar um ensino
de qualidade nas escolas públicas, quando encontramos gestores/educadores despreparados
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para resolver ou mesmo aplicar uma aula prática/objetiva que certamente prenderia a atenção
dos alunos e aumentaria seu interesse pela disciplina.
Por último, ao ser admoestado sobre quais dificuldades encontradas na profissão de
docente, encontramos os velhos e já sabidos problemas. Baixos salários, excesso de alunos e
falta de plano de cargos e carreira, esses foram os citados na resposta. Mas, existem outros
como a violência, escolas sucateadas, despreparos do gestores/educadores e etc. Nessa
questão entra em foco a falta de compromisso governamental com a educação. No Brasil,
esbarramos muitas vezes em motivos políticos, que estagnam ou até mesmo retroagem as
políticas educacionais. Quando a educação for considerada prioridade pelos governantes,
teremos um ensino de qualidade, melhorando consequentemente o desenvolvimento do país.
4.2 Análises dos questionários aplicados aos Alunos.
Foram aplicados dois questionários a duas turmas do 3º ano de turnos distintos. O
Objetivo do Questionário-1 (Apêndice A) foi o de mensurar os conhecimentos básicos das
duas turmas. Além disso, também foi realizada uma comparação dos resultados obtidos entre
os dois turnos, com a intenção de analisar se existe alguma diferença de conhecimento ou
interesse em relação aos horários que estudam. O objetivo do Questionário 2 (Apêndice B) foi
o de avaliarmos as impressões que os alunos possuem sobre a disciplina de Química.Vejamos
a seguir os resultados desse trabalho.
4.2.1 Análise do questionário sobre Conhecimentos Gerais com relação a disciplina de
Química –Turnos tarde e noite.
1) Qual sua opinião sobre a Química?
Ao serem indagados sobre essa questão a maioria, 67% dos alunos do turno da tarde
responderam conscientemente. Observou-se que os alunos pertencentes a esse turno
apresentaram uma maior facilidade em reconhecer a importância da disciplina de Química na
esfera educacional. Um percentual de 33,% respondeu de forma incompreensível ou não
quiseram/souberam responder (Gráfico 1, pág. 17).
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Os alunos pertencentes ao turno da noite sentiram dificuldade para responder a
pergunta, pois o percentual das respostas não coerentes (Gráfico 2), comparado ao turno da
tarde, apresentou um aumento de 31%. Nesse sentindo, pode-se concluir que os alunos do
turno da tarde possuem maior grau de conscientização sobre a importância desta disciplina.
2) Você acha que é possível viver sem a Química?
Nesse item, buscou-se uma resposta mais específica. Espera-se que o aluno demonstre
um conhecimento mais avançado, diagnosticando em quais pontos nós interagimos com a
Química.
A análise dos dados referentes aos dois turnos pesquisados (Gráficos 3 e 4) revela que
a maioria dos alunos, afirma ser impossível viver sem a Química. Esses dados demonstram
que os estudantes acham essa disciplina muito importante tanto no dia-a-dia como na vida
acadêmica, observa-se que há quase que uma unanimidade quando comparados os dois
turnos, com a relação à importância da Química como ciência.
3) Indique os nomes dos elementos químicos relacionados (Apêndice A).
67%13%
20%Coerente
Não Coerentes
Não Responderam
39%
44%
17%Coerente
Não Coerentes
Não Responderam
93%
7%
Não
Não responderam
96%
4%
Não
Não responderam
Gráfico 1: Respostas referentes à opinião sobre a Química-Turno: tarde
Gráfico 2: Respostas referentes à opinião sobre a Química–Turno: noite.
Gráfico 3: Respostas referentes se é possível viver sem Química-Turno: tarde.
Gráfico 4: Respostas referentes se é possível viver sem Química–Turno: noite
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Nesse item buscou-se identificar o conhecimento científico primário do aluno
relacionado a identificação dos elementos químicos da tabela periódica.
Observou-se que os alunos do turno da tarde acertaram todos os nomes das substâncias
listadas, demonstrando conhecimento com relação ao assunto pesquisado. No turno da noite
o resultado apresentou-se diferente, 30% dos alunos responderam corretamente, 26%
acertaram parcialmente e a grande maioria, 44%, simplesmente não acertou ou não soube
responder, de acordo com o gráfico abaixo.
4) Cite exemplos de outros elementos químicos que você conhece.
Nesse item, foi solicitado aos discentes se poderiam citar nomes de outros elementos
químicos. Esta questão possuiu o intuito de mensurar o conhecimento básico dos alunos.
Novamente o resultado nos mostra que os alunos do turno da tarde apresentaram um
bom conhecimento básico de química, pois, 100% dos alunos citaram corretamente o nome de
outros elementos químicos. Os dados apresentados nos questionamentos realizados com o
turno da noite (Gráfico 6) mostraram uma grande diferença dos conhecimentos básicos
existentes entre os dois turnos, pois 30% dos alunos do turno da noite citaram corretamente o
nome dos elementos químicos, 13% acertaram parcialmente e 57% não responderam a
questão, porque não quiseram ou não sabiam responder. Esse índice elevado de alunos que
não quiseram ou não souberam responder, indica certa deficiência por parte destes estudantes
em relação ao conhecimento básico sobre a química.
30%
26%
44%
Acertaram totalmente
Acertaram parcialmente
Não acertaram ou não responderam
30%
13%
57%
Acertaram
Acertaram parcialmente
Não acertaram ou não Responderam
Gráfico 5: Respostas relacionadas aos nomes dos elementos
químicos – Turno: noite.
Gráfico 6: Respostas referentes aos nomes de outros elementos
químicos – Turno: noite.
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5) Cite exemplos de carbonos primários, secundários e terciários.
Em relação à questão anterior (questão 4, p. 18), observa-se que no turno da tarde
houve uma redução de 33% no índice de acertos (Gráfico 7), ainda assim considera-se um
número bastante razoável, tendo em vista que a questão possui um grau de dificuldade maior.
No turno da noite 91% dos alunos não quiseram ou não souberam responder e apenas 5%
responderam corretamente (Gráfico 8).
6) Cite exemplos de moléculas que tenham uma cadeia aberta, saturada e não ramifica.
Os resultados indicados nos gráficos 9 e 10, revelam que o turno da tarde continua se
destacando em relação ao turno da noite sobre os assuntos pesquisados, com 60% de acertos
versus 9% do turno da noite.
7) Defina reação Química.
67%
33%
Acertaram
Não acertaram ou não responderam
5%4%
91%
Acertaram
Acertaram parcialmente
Não acertaram ou não responderam
60%
7%
33%
Acertaram
Acertaram parcialmente
Não acertaram ou não responderam
9%
91%
Acertaram
Não acertaram ou não responderam
Gráfico 7: Respostas referentes aos exemplos de
carbonos primários secundários e terciários –
Turno: tarde.
Gráfico 8: Respostas referentes aos exemplos de
carbonos primários secundários e terciários –
Turno: noite.
Gráfico 9: Respostas referentes aos exemplos de
cadeia aberta, saturada e não ramificada – Turno:
tarde.
Gráfico 10: Respostas referentes aos exemplos de
cadeia aberta, saturada e não ramificada – Turno:
noite
20
Com uma ótima margem de acerto, 80% dos alunos da tarde responderam correta-
mente a questão e apenas 20% não acertaram ou não souberam responder (Gráfico 11). Nesse
quesito, obteve-se para o turno da noite 13% de acertos, 4% que acertaram parcialmente e
83% que não souberam ou simplesmente não quiseram responder (Gráfico 12). Acredita-se
que o elevado percentual de erros desta turma possa estar relacionado a falta de interesse e
descaso dos alunos com o questionário e com a própria disciplina de química.
8) Quais os nomes das substâncias indicadas abaixo.
Ao serem questionados sobre qual o nome das substâncias listadas na questão, mais de
90% dos alunos do turno da tarde responderam corretamente (Gráfico 13), o que vem ressaltar
novamente o grau de conhecimento desses estudantes. Com relação ao turno da noite (Gráfico
14), a pesquisa revela que 91% destes alunos não souberam ou não quiseram responder e que
apenas 9% acertaram a pergunta. Este resultado evidencia um descaso ou despreparo, por
parte dos alunos, com relação ao assunto pesquisado.
9) O que você entende sobre tabela periódica?
80%
20% Acertaram
Não acertaram
13%4%
83%
Acertaram
Acertaram Parcialmente
Não acertaram ou não responderam
93%
7%
Acertaram
Não acertaram ou não responderam
9%
91%
Acertaram
Não acertaram ou não responderam
Gráfico 11: Respostas referentes à definição de reação química - Turno: tarde.
Gráfico 12: Respostas referentes à definição de reação química – Turno: noite.
Gráfico 13: Respostas referentes ao nome das
substâncias químicas -Turno: tarde. Gráfico 14: Respostas referentes aos nomes das
substâncias químicas - Turno: noite.
21
Todos os alunos do turno da tarde responderam o item questionado, ressaltando-se o
índice de 87% de acertos por parte da turma. Apenas 13% acertaram parcialmente (Gráfico
15). No turno da noite apenas 13% mostraram ter conhecimento da tabela periódica. 26%
representam os acertos parciais e 61% os que não souberam ou não quiseram responder
(Gráfico 16). Esses resultados refletem mais uma vez o baixo índice de acerto e participação
dos alunos da noite, não podendo se afirmar com certeza, mas se acredita que os mesmos só
estão freqüentando as aulas para concluir o ensino médio, sem nenhum outro interesse.
10) Qual a diferença entre mistura homogênea e heterogênea?
O Gráfico 17 mostra que 66% dos alunos do turno da tarde sabem diferenciar mistura
homogênea de heterogênea, enquanto que no turno da noite (Gráfico 18) o índice de alunos
que não souberam responder essa pergunta foi de 83%. Esse resultado, somado aos resultados
das perguntas anteriores evidencia uma grande diferença, relacionada ao conhecimento da
disciplina de Química, entre as duas turmas. Como poderíamos explicar essa diferença tão
antagônica de resultados? Vários são os fatores que podem estar influenciando para esses
resultados, entretanto acredita-se que um fator importante seja o tipo de aluno que freqüenta
os diferentes horários; no turno da tarde a maioria de alunos são formados de estudantes-
87%
13% Acertaram
Acertaram parcialmente
13%
26%61%
Acertaram
Acertaram parcialmente
Não acertaram ou não responderam
66%
27%
7%
Acertaram
Não Acertaram
Não Responderam
17%
83%
Não Acertaram
Não Responderam
Gráfico 15: Respostas referentes ao que o aluno
entende sobre tabela periódica –Turno: tarde. Gráfico 16: Respostas referentes ao que o aluno
entende sobre tabela periódica - Turno: noite.
Gráfico 17: Respostas referentes à diferença entre
mistura heterogênea e homogênea – Turno: tarde. Gráfico 18: Respostas referentes à diferença entre
mistura heterogênea e homogênea – Turno: noite.
22
profissionais com mais tempo livre para se dedicar aos estudos, enquanto que no turno da
noite a maior parte dos estudantes é formada de alunos que trabalha ou que possui outro tipo
de atividade. Observou-se também que nas primeiras respostas ambos os turnos responderam
de forma equiparadas, mas com o passar dos itens a maioria dos alunos da noite foram
perdendo o interesse e o comprometimento com o questionário. O nível de exigência e
responsabilidade que lhes são oferecidos e cobrados também pode influenciar nesses
resultados, tendo em vista que se não lhes são cobrados quase nada em dedicação ou empenho
para que sejam aprovados, como existiria necessidade de se esforçarem em aprender os
conteúdos das várias disciplinas?
4.2.2 Análise do questionário 2 – Impressões Sobre a Disciplina de Química - Tarde e Noite.
Este questionário foi aplicado com intuito de analisarmos especificamente as impres-
sões que os estudantes possuem sobre a disciplina de Química. Vejamos os resultados quando
comparamos novamente os turnos da Tarde e Noite.
1) Você gosta de Química? Em Caso de resposta afirmativa ou negativa indicar o motivo.
O Gráfico 19 mostra que 56% dos estudantes gostam de Química, indicando que mais
da metade dos alunos do turno da tarde possui interesse pela disciplina. Acredita-se que o
educador, ferramenta importante neste contexto, possa contribuir de forma significativa para
aumentar esse percentual.
Com relação ao turno da noite (Gráfico 20), os resultados indicaram que a maioria da
turma (88%) não gosta de Química. Inúmeros fatores poderiam estar associados a esse
resultado, entretanto, acredita-se que o fator principal seja o grande desinteresse que alunos
56%
44%Sim Não
12%
88%
Sim Não
Gráfico 19: Respostas referentes ao interesse do
aluno pela Química-Turno: tarde. Gráfico 20: Respostas referentes ao interesse do
aluno pela Química – Turno: noite.
23
demonstram, não apenas pela disciplina de Química, mas também por qualquer outra, tendo
em vista a facilidade com que os alunos da rede pública encontram em ser aprovados.
2) Quantas horas por semana você dedica ao estudo de Química?
A análise do Gráfico 21 mostra que 12% dos alunos do turno da tarde dedicam mais de
uma hora para o estudo da disciplina de Química e a maioria (88%) dedica menos de uma
hora ou não estudam fora do colégio. No turno da noite a quantidade de alunos que não estuda
química fora do colégio somados aos que dedicam menos de uma hora a essa disciplina
representa um percentual de 92%, apenas 8% responderam estudar mais de uma hora essa
matéria, de acordo com o Gráfico 22. Os resultados apresentados justificam a falta de
conhecimento básico em responder as perguntas propostas.
3) Você gosta do conteúdo abordado nas aulas de Química?
Comparando-se os Gráficos 23 e 24, observa-se que no turno da tarde a maioria dos
alunos gostam do conteúdo abordado nas aulas de química enquanto que no turno da noite,
44%
12%
44%
Menos de uma hora
Mais de uma hora
Não estuda fora do colégio
29%
8%
63%
Menos de uma hora
Mais de uma hora
Não estuda fora do colégio
69%
25%
6%
Sim
Não
Não Responderam
42%
42%
16%Sim
Não
Não Responderam
Gráfico 21: Respostas referente à quantas horas o
aluno dedica ao estudo da disciplina de Química –
Turno: tarde.
Gráfico 22: Respostas referente à quantas horas o
aluno dedica ao estudo da disciplina de Química –
Turno: noite.
Gráfico 23: Respostas referentes à pergunta se o
aluno gosta do conteúdo abordado nas aulas de
Química – Turno: tarde.
Gráfico 24: Respostas referentes à pergunta se o
aluno gosta do conteúdo abordado nas aulas de
Química Turno: noite
24
apenas 42% revelou gostar dos respectivos conteúdos. Os resultados mostram que a maioria
dos alunos do turno da noite não gosta de estudar ou não se importa com a respectiva
disciplina. Esses índices vêm a consubstanciar a afirmação que a maior parte dos alunos
pertencentes a esse turno, não possui interesse ou conhecimentos necessários para responder
as questões.
4) Você acha a química uma disciplina difícil? Explique o motivo de sua resposta.
O Gráfico 25 relata que 56% dos alunos da turma da tarde responderam em sua
maioria que acha a disciplina de Química difícil. Acredita-se que esse número se deva a forte
prática de memorização de fórmulas e outras terminologias que realmente dificultam o
aprendizado. Fazendo um comparativo entre as duas turmas, observa-se que a maioria em
ambos os grupos acha a disciplina de Química difícil, entretanto na turma da tarde a diferença
de percentual entre as duas respostas afirmativa e negativa é de apenas 12%, enquanto na
turma da noite esse percentual apresenta um aumento de 76% (Gráfico 26), revelando a
grande deficiência destes alunos com relação à disciplina.
5) Quais recursos que você utiliza para estudar Química?
56%
44%Sim Não
88%
12%
Sim Não
76%
6%18%
Livros didáticos
Internet
Não estuda Química fora da escola
50%
4%
38%
8% Livros didáticos
Internet
Não estuda Química fora da escola
Outros
Gráfico 25: Respostas referentes à pergunta se o
aluno acha a disciplina de química difícil – Turno:
tarde.
Gráfico 26: Respostas referentes à pergunta se o
aluno acha a disciplina de química difícil – Turno:
noite.
Gráfico 27: Respostas referentes à pergunta de
quais recursos os alunos utilizam para estudar
Química – Turno: tarde.
Gráfico 28: Respostas referentes à pergunta de
quais recursos os alunos utilizam para estudar
Química – Turno: noite.
25
No período da tarde a maioria utiliza apenas os livros didáticos adotados pela escola
(76%), 6% faz uso da internet e 18% não estuda fora da escola (Gráfico 27).
No turno da noite, observa-se maior diversificação dos métodos utilizados para estudar
Química, sendo que 50% dos alunos utilizam os livros didáticos, 4% a internet e 8% outros
recursos (Gráfico 28, p. 24).
6) Em sua opinião, quais motivos dificultam o aprendizado de química? Marque mais de
uma opção se necessário.
Nesse item foi pedido aos alunos que se manifestassem a respeito das maiores
dificuldades que eles encontravam em aprender Química.
Ao analisar os resultados obtidos no Gráfico 29, percebe-se que 50% da turma da tarde
acha a falta de interesse dos alunos a maior dificuldade que existe para aprender Química.
30% associou esta dificuldade a falta de aulas práticas em laboratório e apenas 20%
responderam que o principal motivo são as brincadeiras em sala de aula. Nenhum aluno
informou que a linguagem do professor era ruim ou o material didático.
Na turma da noite, observa-se que o maior problema é a ausência de aulas práticas no
laboratório. Um percentual de 22% ressalta as brincadeiras em sala de aula e 33% a falta de
interesse dos alunos. Apenas 6% marcou a opção relacionada à linguagem adotada pelo
professor (Gráfico 30). Comparando-se os resultados obtidos para os dois turnos, observa-se
que os percentuais para as opções brincadeiras em sala de aula e pouca ou nenhuma aula
prática, apresentaram resultados muito próximos em ambas as turmas.
7) Em sua opinião, qual dos recursos relacionados abaixo melhoraria o seu aprendizado
em química?
20%
50%
30%
Brincadeiras nas aulas
Falta de interesse dos alunos
Pouca ou nenhuma aula em laboratório
22%
33%
6%
39%
Brincadeiras nas aulas
Falta de interesse dos alunos
Ling. abordada pelo professor
Pouca ou nenhuma aula em laboratório
Gráfico 29: Respostas referentes à qual motivo
dificulta o aprendizado em Química – Turno:
tarde.
Gráfico 30: Respostas referentes à qual motivo
dificulta o aprendizado em Química – Turno:
noite.
26
A análise dos gráficos revela que ambos os turnos concordam, em sua maioria, que a
presença de aulas práticas em laboratório melhoraria o aprendizado em Química. Em seguida
com 25%, o turno da tarde respondeu que uma biblioteca com livros de química melhoria o
aprendizado, já no turno da noite 18% dos alunos acha que os recurso áudios-visuais
poderiam melhorar o aprendizado. Os demais resultados foram divididos entre acesso a
internet e revista científica (Gráficos 31 e 32).
8) Você consegue associar os conhecimentos de química adquiridos em sala de aula com
os fenômenos presentes em seu dia-a-dia?
Nessa questão quando indagados se conseguem associar os conhecimentos adquiridos
na disciplina de Química aos fenômenos do dia-a-dia, 56% dos alunos do turno da tarde
afirmaram saber associar, 38% responderam que só conseguem fazer essa associação em
algumas situações e apenas 6% responderam que não sabem associar (Gráfico 33).
56%
13%
25%
6% Aulas práticas em laboratório
Acesso a internet para realização
Biblioteca com livros de química
Recurso audio-visuais
57%
11%
7%
18%
7% Aulas práticas em laboratórioAcesso a internet para realizaçãoBiblioteca com livros de químicaRecurso audio-visuais
Revistas científicas
56%
6%
38%
Sim
Não
As vezes
33%
43%
24%
Sim
Não
As vezes
Gráfico 31: Respostas referentes à qual recurso melhoria o aprendizado em Química – Turno:
tarde.
Gráfico 32: Respostas referentes à pergunta de
quais recursos os alunos utilizam para estudar
Química – Turno: noite.
Gráfico 33: Respostas referentes à quantidade de
alunos que conseguem associar os conhecimentos
em química com os fenômenos presentes em
nosso dia-a-dia - Turno: tarde.
Gráfico 34: Respostas referentes à quantidade de
alunos que conseguem associar os conhecimentos
em química com os fenômenos presentes em nosso
dia-a-dia - Turno: noite.
27
No turno da noite, percebe-se que houve um aumento de 37% de estudantes que dizem
não saber como a Química se aplica ao nosso dia-a-dia, quando comparados ao turno da tarde
e só 33% responderam saber fazer essa associação (Gráfico 34. p.26).
9) Qual o assunto que você mais gosta em Química?
Nesse item houve uma grande variedade de respostas, sendo que, alguns alunos do
turno da tarde responderam funções orgânicas, outros citaram química orgânica. É importante
observar que 69% (Gráfico 35) dos alunos demonstram interesse pela Química, citando nomes
de alguns conteúdos.
Ao fazermos o mesmo questionamento aos alunos de Química do turno da noite a
grande maioria não soube responder ou simplesmente não quis optar. Cabe ressaltar que 39%
dos alunos não responderam. 48% dos estudantes responderam de forma incoerente sem real-
mente colocar algum conteúdo de seu interesse e apenas 13% citaram qual o assunto que mais
gostam na disciplina de Química (Gráfico 36).
10) Que assunto você gostaria de estudar na disciplina de Química? Exemplifique.
69%
25%
6%Citaram algum conteúdo
Não citaram nenhum conteúdo de interesse
Não Responderam
13%
48%
39%
Citaram algum conteúdo
Não citaram nenhum conteúdo de interesse
Não Responderam
31%
69%
Citaram algum conteúdo
Não citaram nenhum conteúdo
4%
96%
Citaram algum conteúdo
Não citaram nenhum conteúdo
Gráfico 35: Respostas referentes ao assunto que
os alunos mais gostam em química - Tarde. Gráfico 36: Respostas referentes ao assunto que
os alunos mais gostam em química - Noite.
Gráfico 37: Respostas referentes à qual assunto
os alunos gostariam de estudar na disciplina de
Química – Turno: tarde
Gráfico 38: : Respostas referentes à qual assunto
os alunos gostariam de estudar na disciplina de
Química – Turno: noite.
28
Nos gráficos 37 e 38 (p. 27) observa-se que a maioria dos alunos de ambos os turnos
não souberam responder qual assunto gostariam de estudar em relação à Química, pois 69%
dos alunos do turno da tarde e 96% do turno da noite não citaram nenhum exemplo do assunto
indagado. Isto pode estar relacionado ao fato do conteúdo tratado nesta disciplina muitas
vezes fugir a atenção do aluno, ocasionando a não fixação de nomenclaturas na memória do
estudante. Outro fator é o desinteresse pela disciplina que acarreta a falta de desejo por parte
dos alunos em buscar melhor esclarecimento dos assuntos expostos em sala de aula. Acredita-
se também que outro fator importante seja a facilidade que os alunos possuem de serem
aprovados.
29
CONCLUSÃO
Este trabalho possibilitou constatar alguns aspectos positivos e negativos da disciplina
de Química que merecem ser frisados. Um deles é o fato do único professor que leciona esta
disciplina ainda não ter concluído sua graduação, representando um grande prejuízo para os
alunos, os quais são prejudicados por não possuírem um educador plenamente qualificado.
Outro ponto que merece destaque é que a escola possui laboratório de Química mas que não é
utilizado para as aulas prática. Nesse aspecto, enfatiza-se o que o professor relatou no
questionário, alegando que devido à demanda de alunos, tornavam-se inviáveis as aulas
práticas. Cabe ressaltar que os alunos necessitam vivenciar a experiência em laboratório para
poderem discernir melhor sobre a disciplina de Química.
Com relação às perguntas, os alunos do turno da tarde responderam as questões
propostas corretamente e com um menor número de abstenções. Esse resultado pode estar
relacionado a um maior grau de comprometimento por parte dos mesmos, situação que não
reflete o turno da noite. Não foi possível afirmar, com certeza, os motivos que levaram os
alunos da noite a possuírem um alto nível de descomprometimento com o questionário
aplicado, entretanto, subtende-se que esse descomprometimento seja reflexo de como tratam o
ensino em geral, visto que, a grande maioria possui outro tipo de atividade durante o dia,
optando pelo turno noturno com objetivo de concluir o ensino médio.
Em síntese, o envolvimento e as respostas enumeradas pelos alunos permitiram
constatar que a grande maioria dos estudantes entende a importância que a Química tem em
nossas vidas, ficando visível a carência que existe na rede pública de ensino por um
aprendizado mais dinâmico e ativo, voltado não só para a memorização de fórmulas e
nomenclaturas que dificilmente terão alguma utilidade no dia-a-dia, mas sim para a geração
de cidadãos participativos, questionadores e atuantes em nossa sociedade.
30
6. REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros
Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Ciência da natureza, matemática e suas
tecnologias, 1998. Disponível em <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/ciencian.pdf>.
Acessado em 21 de outubro de 2011.
CARDOSO, S. P; COLINVAUX, D. Explorando a Motivação para Estudar Química,
Química Nova. Ijuí: Unijuí, v. 23, n. 3, 2000.
CHASSOT, A. I. A Educação no Ensino de Química. Ijuí: Livraria Unijuí Editora, 1990.
______. Alfabetização científica: uma possibilidade para a inclusão social. Rev. Bras.
Educ. [online]. 2003, n. 22, p. 89-100. Disponível em
<http://www.scielo.br/pdf/rbedu/n22/n22a09.pdf> Acessado em 21 de Outubro de 2011.
MALDANER, O. A Pesquisa como Perspectiva de Formação Continuada do Professor
de Química. Química Nova, v. 22, n. 2, p. 289, 1999.
______. A formação inicial e continuada de professores de química:
professores/pesquisadores. Ijuí: Unijuí, 2000.
PATTO, M. H. S. Política Educacional Brasileira: "Escolas cheias, cadeias vazias", Estudos
Avançados, v. 21, n. 61, 2007. Disponível em
<http://www.scielo.br/pdf/ea/v21n61/a16v2161.pdf> Acessado em 20 outubro 2011.
ROSA, M. I. P; ROSSI, A. V. Educação Química no Brasil: Memórias, Políticas e
Tendências. Campinas: Átomo, p. 25-81, 2008.
SANTOS, Wildson Luiz Pereira dos; SCHNETZLER, Roseli Pacheco. Educação em
Química: compromisso com a cidadania 4. ed. Ijuí: Unijuí, 2010.
SILVA, V. A.; BENITE, A. M.; SOARES, M. H. F. B. Algo Aqui Não Cheira Bem... A
Química do Mau Cheiro. Química Nova na Escola, v. 33, n. 1, p. 3. Disponível em
<http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc33_1/01-QS9309.pdf> Acessado em 23 de outubro de
2011.
31
TREVISAN, T. S.; MARTINS, Pura Lucia Oliver – “O PROFESSOR DE QUÍMICA E AS
AULAS PRÁTICAS”. Disponível em
<http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2008/anais/pdf/365_645.pdf>. Acessada em
21 de outubro de 2011.
32
Apêndices
Apêndice A – Questionário 1 aplicado aos alunos.
1) Qual sua opinião sobre a química?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
2) Você acha que é possível viver sem a química?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
3) Indique os nomes dos elementos químicos relacionados abaixo:
H_________________________________
C_________________________________
Ca________________________________
Cd________________________________
K_________________________________
Pb________________________________
4) Cite exemplos de outros elementos químicos que você conhece.
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
5) Cite exemplos de carbonos primários, secundários e terciários.
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
6) Cite exemplos de moléculas que tenham uma cadeia carbônica aberta, saturada e não
ramificada.
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
7) Defina reação química.
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
8) Quais os nomes das substâncias indicadas abaixo:
NaCl____________________________ CO2___________________________
9) O que você entende sobre tabela periódica?
33
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
10) Qual a diferença entre mistura homogênea e heterogênea ?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
34
Apêndice B – Questionário 2 aplicado aos alunos.
1) Você gosta de Química? Em caso de reposta afirmativa ou negativa indicar o
motivo.
( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei responder
Motivo:____________________________________________________________
__________________________________________________________________
2) Quantas horas por semana você reserva para o estudo de Química?
( ) menos de uma hora.
( ) mais de uma hora
( ) mais de duas horas
( ) Não estudo química fora da escola
3) Você gosta do conteúdo abordado nas aulas de Química?
( ) Sim
( ) Não
( ) Não sei responder
4) Você acha a Química uma disciplina difícil? Explique os motivos da sua resposta.
( ) Sim
( ) Não
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
5) Quais os recursos que você utiliza para estudar Química?
( ) Livros didáticos
( ) Revistas Científicas
( ) Internet
( ) Não estudo Química fora da escola
( ) Outros
Especificar:
_______________________________________________________________
6) Em sua opinião, quais os motivos que dificultam o aprendizado de Química?
Marque mais de uma opção se necessário.
( ) Brincadeiras nas aulas
( ) Falta de interesse dos alunos
( ) A linguagem abordada pelo professor(a) e sua prática em sala de aula.
( ) Pouca ou nenhuma aula em laboratório
( ) O material didático é ruim
7) Na sua opinião, qual dos recursos relacionados abaixo melhoraria o seu
aprendizado em Química?
( ) Aulas práticas em laboratórios
( ) Acesso a internet para realização de pesquisas
( ) Biblioteca com livros de Química variados
35
( ) Recursos áudio-visuais
( ) Revistas científicas
8) Você consegue associa os conhecimentos de química, adquiridos em sala de aula,
com os fenômenos presentes no seu dia-dia?
( ) Sim
( ) Não
( ) As vezes
( ) Não sei como se aplica a química em nosso dia-dia
9) Qual assunto que você mais gosta na disciplina de Química?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
10) Que o assunto você gostaria de estudar na disciplina de Química? Exemplifique.
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
36
Apêndice C – Questionário 3 aplicado ao professor.
1) Qual a sua formação profissional?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
2) Você gosta de ensinar Química
( ) Sim, por quê?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
( ) Não, por quê?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
( ) Ensino porque é a disciplina que fui lotado.
3) Você prepara suas aulas antes de ministrá-las?
( ) Nunca
( ) As vezes
( ) Sempre
4) Quais dos recursos relacionados abaixo você utiliza para ministrar suas aulas?
( ) Livro didático adotado pela escola
( ) Apostila
( ) Meu próprio material
( ) Outros
5) Além do livro didático indicado pela escola/governo, você utiliza outros livros para
preparar suas aulas?
( ) Sim
( ) Não
6) Qual critério você utiliza para escolha de determinado material didático?
( ) Preço acessível
( ) Autor do livro
( ) A linguagem adotada pelo autor e a estrutura didática do livro.
( ) Outros
Especificar:
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
7) Você utiliza outros recursos didáticos (literatura, quadrinhos, jogos e atividades
lúdicas, filmes, etc.) nas suas aulas?
( ) Sim
( ) Não
Caso utilize outros recursos, especifique.
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
37
8) Que dificuldades você enfrenta para preparar uma aula prática em laboratório?
( ) Ausência de laboratório
( ) Falta de materiais e reagentes
( ) Espaço físico do laboratório e o número de alunos
( ) Falta de tempo para preparar as aulas
( ) Acho as aulas práticas em laboratórios desnecessárias
9) Em sua opinião qual a principal dificuldade encontrada no ensino e aprendizagem de
Química? Marque mais de uma opção se achar necessário.
( ) Falta de laboratório
( ) Salas lotadas
( ) Falta de material adequado para a utilização nas aulas
( ) Falta de laboratório equipado
10) Quais as dificuldades encontradas na profissão de docente?
( ) Baixos salários
( ) Excesso de alunos por sala
( ) A ausência da interação entre os professores e a partilha de experiências
( ) Falta de um plano de cargo e carreira
( ) Outra. Cite qual:
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________