“aspectos geotÉcnicos em obras de terra - … · características principais do cac: t1 –...
TRANSCRIPT
“ASPECTOS GEOTÉCNICOS EM OBRAS DE TERRA - ESTUDO DE CASO EM CANAIS DE
ÁGUA NA REGIÃO DO CARIRI”
Prof. Dra. ANA PATRÍCIA NUNES BANDEIRA(Prof. UFCA - Engenheira Civil – Área de Geotecnia)
OBRAS DE TERRAOBRAS DE TERRA- Conceito
• São estruturas construídas com solo ou blocos derocha, na qual o solo e a rocha são os materiais derocha, na qual o solo e a rocha são os materiais deconstrução (Massad, 2003);
• Solo pode ser natural ou alterado artificialmente.
FORTALEZA
CIPP
Projeto Cinturão de Águas do Ceará – CAC
Cinturão
Q=5m³/s
Q=8m³/s
Q=6m³/s
Características principais do CAC:
● T1 – Trecho 1 – 149 km (30 m³/s)● T2 – Trecho 2 – 271 km (30/25 m³/s)
Aç. Cedro
Cinturãode Águasdo Ceará
Q=5m³/s
Q=25m³/s
Q=20m³/sQ=10m³/s
Q=15m³/s
● T2 – Trecho 2 – 271 km (30/25 m³/s)● T3 – Trecho 3 – 137 km (20 m³/s)● R1 – Ramal 1 – 53 km (5 m²/s)● R2 – Ramal 2 – 20 km (10 m²/s)● RE – Ramal leste – 304 km (8 m³/s)● RO – Ramal oeste – 182 km (15/5 m³/s)● RL-AC – Ramal litoral (Acaraú-Curú) –141 km (6 m³/s)● RL-CC – Ramal litoral (Curú-CIPP) – 43km (6 m³/s)
Q=30m³/s
● Comprimento total – 1.300 km
Trecho 1:Trecho 1:Jatí – Cariús
08 Municípios no percurso do canal
• Jati• Brejo Santo• Porteiras• Porteiras• Abaiara• Missão Velha• Barbalha• Crato• Nova Olinda
�SISTEMA ADUTOR COM EXTENSÃO TOTAL DE 144,88 km.
�CAPTAÇÃO EM CANAL NA BACIA HIDRÁULICA DA BARRAGEM JATI E
TRECHO 1 DO CAC – JATI/CARIÚS CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS
�CAPTAÇÃO EM CANAL NA BACIA HIDRÁULICA DA BARRAGEM JATI E TERMINO NA BACIA DO RIO CARIÚS (ADUÇÃO GRAVITÁRIA).
OBRAS PRINCIPAIS EXTENSÃO (km)CANAIS 120,0
9 TÚNEIS 5,9827 SIFÕES 18,9
Trecho 1 – Planta e Perfil km 0-70
Sifão BR-116
Sifão Jardim
Sifão Porteiras
Ferrovia Transnordestina
Sifão Baixa
CE-293
Juazeirodo Norte
Porteiras
Sifão
Jati CE-397
Captação Jati
Túnel Baixio do BoiTúneis Sítio Alto 1 e 2
Sifão Boqueirão
Túnel Veneza
Sifão Baixa Funda
BR-116
Missão Velha
CE-153Sifão Areia
Brejo Santo
Timbaúba
PIRSF
Sifã
o B
R-1
16
Sifã
o B
aixa
Fun
da
Sifã
o Ja
rdim
Sifã
o P
orte
iras
Sifã
o B
oque
irão
Sifã
o A
reia
Sifã
o B
R
Sifã
o B
aixa
Fun
da
Sifã
o Ja
rdim
Sifã
o P
orte
iras
Tún
el B
aixi
o do
Boi
Tún
el S
ítio
Alto
1
Tún
el S
ítio
Alto
2
Sifã
o B
oque
irão
Tún
el V
enez
a
Sifã
o A
reia
Fonte: VBA Tecnologia e Engenharia S/A
PRINCIPAIS ESTUDOS GEOTÉCNICOSPRINCIPAIS ESTUDOS GEOTÉCNICOS� Sondagens (tipos solos, espessuras, compacidades ou
consistências, nível d’água);
� Exploração do subsolo (k, E, Ko, φ, c); e das jazidas;
� Análise de estabilidade de taludes; � Análise de estabilidade de taludes;
� Percolação da água no solo;
� Parâmetros de compressibilidade;
� Análise de Colapso e de Expansão.....
- Aterros de até 20,0 de altura (12,30 m);- i = 0,00025 m/m para manutenção da - i = 0,00025 m/m para manutenção da carga hidráulica; Cota inicial de 479,10 m e final de 479,08 m,
SPT
- Estaca 35+488
( % )
PEDREGULHO 0,0AREIA GROSSA 2AREIA MÉDIA 30AREIA FINA 45SILTE 15ARGILA 8
DIAMETRO DOS GRÃOS
ACIMA DE 2,00 mm0,6 - 2,0 mm0,2 - 0,6 mm
0,06 - 0,2 mm0,002 - 0,06 mm
ABAIXO DE 0,002 mm
MATERIAL
LL= 28% IP=13%
- Areia argilosa (SC)
- Estaca 35+488
Análise de Colapso do SoloÍndice de vazios x Tensão vertical Índice de vazios x Tensão vertical
h nat = 11,3 % h seco= 4,5 %
Índice de vazios x Tensão vertical Índice de vazios x Tensão vertical
PC=3,5% PC=5%
inundação = 270 kpa
Jenning e Knigth (1975): Sem Problema (0<PC<1); Problema moderado (1<PC<5); Problemático (5<PC<10); Problema grave (10<PC<20); Problema muito grave (PC>20).
Granulometria e Limites
AMOSTRAPED.(%)
AREIA GROSSA
(%)
AREIA MÉDIA
(%)
AREIA FINA(%)
SILTE+ARG(%)
LL IP
AM19 (6+600) 0,25 0,05 0,45 25,71 73,54 35 10
AM05 (9+400) 0,36 2,06 20,6 42,64 34,34 20 6
AM06 (9+500) 0,23 1,02 13,47 36,66 48,62 25 4AM06 (9+500) 0,23 1,02 13,47 36,66 48,62 25 4
AM20 (12+725) 16,67 13,31 8,27 22,35 39,4 29 10
AM21 (23+500) 0 0,21 25,47 65,86 8,46 - -
AM22 (27+600) 0 0,11 18,75 66,38 14,76 - -
AM23 (39+914) 0 0 3,07 79,48 17,45 - -
Estudo dos Solos Compactados
AMOSTRA γsec max (kN/m3) h ótima
AM19 (6+600) 14,5 18
AM05 (9+400) 16,7 9,5
AM06 (9+500) 15,8 12,5
AM20 (12+725) 15,8 1215,8 12
AM21 (23+500) 15,6 8
AM22 (27+600) 16 9,5
AM23 (39+914) 15 13,7
Estudo dos Solos Compactados – Expansão
Pressão de Potencial de Expansão
AmostraDeformação de
Expansão (%)
Pressão de
Expansão
(kPa)
Potencial de Expansão
Holtz e Gibbs
(1956)
Seed et al
(1962)
AM19 (6+600) 3,4 75 Baixo Médio
AM05 (9+400) 0,0 - Baixo Baixo
AM06 (9+500) 0,0 - Baixo Baixo
AM20 (12+725) 0,97 17 Baixo Baixo
AM21 (23+500) 0,0 - Baixo Baixo
AM22 (27+600) 0,0 - Baixo Baixo
AM23 (39+914) 0,0 - Baixo Baixo
Nos EUA, o custo com danos devido a solos expansivos em obras civis, atingiu em 1987cerca de U$ 9 bilhões (Jones & Jones (1987) e Day (1999)).
Estudo dos Solos
Compactados – Colapso
0,0
2,0Compactados – Colapso
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
14,0Def
orm
ação
Vo
lum
étric
a (%
)
AM05
AM06
AM19
AM21
AM2214,0
16,0
18,0
20,01 10 100 1000
Def
orm
ação
Vo
lum
étric
a (%
)
Tensão Vertical (kPa)
AM22
AM23
AM20
Estudo dos Solos Compactados – Colapso
Classificação da Colapsibilidade
AmostraPotencial de
Colapso (%)
Classificação da Colapsibilidade
Vargas (1978)Jenning e Knigth
(1975)
AM19 (6+600) 0,24 Não Colapsível Sem Problema
AM05 (9+400) 0,22 Não Colapsível Sem Problema
AM06 (9+500) 0,19 Não Colapsível Sem Problema
AM20 (12+725) 12,0 Colapsível Problema Grave
AM21 (23+500) 0,48 Não Colapsível Sem Problema
AM22 (27+600) 0,11 Não Colapsível Sem Problema
AM23 (39+914) 0,24 Não Colapsível Sem ProblemaJenning e Knigth (1975): Sem Problema (0<PC<1); Problema moderado (1<PC<5); Problemático
(5<PC<10); Problema grave (10<PC<20); Problema muito grave (PC>20).
Se para a engenharia civil da década de 60 os desafiosSe para a engenharia civil da década de 60 os desafioseram grandes, hoje esses desafios são ainda maiores,porque é preciso suprir necessidades e demandas emescalas sempre crescentes.
Paulo Teixeira Cruz, 2003.
“Ao contrário da medicina, que atende a um paciente“Ao contrário da medicina, que atende a um pacientepor vez, eu consigo alcançar milhares de pessoasfazendo uma única obra ”.
Jaime de Azevedo Gusmão Filho, 2000.Jaime de Azevedo Gusmão Filho, 2000.