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AS TRANSFORMAÇÕES NA AGRICULTURA NO MUNICÍPIO DE BRASILÂNDIA

DO SUL

Autor: Iremilce Pastori Tomadão1

Orientador: João Edmilton Fabrini2

Resumo

O presente artigo é o resultado da pesquisa feita sobre as transformações na agricultura do município de Brasilândia do Sul/PR, desde o início de sua colonização, a partir da década de 1950 até os dias atuais. A transformação na agricultura de Brasilândia do Sul esta relacionada ao processo de industrialização brasileira, comandado pelo modo capitalista de produção. Verificou-se que houve transformações desiguais nas atividades agrícolas tanto no que se refere aos produtos cultivados, como também na forma de produzir. No passado as atividades econômicas principais de Brasilândia do Sul eram as extrações de madeira, pecuária, lavouras de subsistência e cultivo de algodão. Estas atividades agropecuárias utilizavam muito trabalho manual. Entretanto, nos dias atuais, os cultivos predominantes no município, são os de soja e milho feito em grande parte com tecnologias avançadas, e que utilizam pouca mão-de-obra. A pesquisa foi realizada envolvendo alunos do 2º ano do colégio Estadual Rui Barbosa do Município de Brasilândia do Sul.

Palavras – chave: espaço rural; modernização da agricultura; colonização; Brasilândia do Sul.

1 Introdução

A pesquisa exposta neste artigo traduz um conjunto das atividades realizadas

no Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE. Esta pesquisa surgiu em

1 Professora de Geogrtafia do Colégio Estadual Rui Barbosa- EFM, de Brasilândia do Sul. 2 Professor de Gradução e Pós-graduação da Universidade Estadual do Oeste do Paraná.

vista da necessidade de debater temas de relevância para o processo de ensino-

aprendizagem, acerca do ensino de geografia. A abordagem desse conteúdo.

estruturante (dimensão econômica do espaço geográfico) enfatiza a apropriação da

natureza de acordo com as relações sociais de produção, e circulação de

mercadorias, pessoas, informações e capital, o que tem causado uma intensa

mudança na construção do espaço.

O projeto de aplicação pedagógica esta voltado para geografia agrária, tendo

como tema de pesquisa “As transformações da agricultura no município de

Brasilândia do Sul.” Norteadas pelo conteúdo estruturante “A dimensão econômica

do espaço geográfico” (PARANÁ, 2008 p.69).

O material pretende oferecer subsídio aos alunos da Rede Pública Estadual

de ensino para que possam compreender o processo de transformação da

agricultura em nosso município.

Nesta perspectiva, tomou-se como referência o proposto pelas Diretrizes

Curriculares de Geografia (2008), A apropriação da natureza e sua transformação

em produtos para o consumo humano envolvem as sociedades em relações

geopolíticas, ambientais e culturais, fortemente direcionadas por interesses

socioeconômicos locais regionais, nacionais e globais.

Este artigo tem o objetivo de oferecer subsídios aos alunos da Rede Pública

Estadual de ensino para que possam compreender o processo de transformação da

agricultura no município de Brasilândia do Sul.

1.1 Colonização e formação da estrutura fundiária do Brasil e Paraná

Quando analisamos historicamente a estrutura fundiária no Brasil verificamos

que o sistema de distribuição da terra foi regido inicialmente pelas capitanias e seus

donatários e mais tarde as sesmarias. Nestes sistemas a terra era doada pelo

governo (coroa portuguesa).

Segundo PIFFER 2001, a história econômica mostra que a organização

do espaço brasileiro se fez desde o início pela apropriação privada da terra. No

período colonial ter um pedaço de terra dependia das relações mantidas com a corte

portuguesa. O Brasil colônia foi construído pela conquista das terras indígenas e

pelo investimento em engenhos e escravos, ou seja, pela terra que ninguém pagou.

Com a independência do Brasil e a Lei de Terras de 1850, os governantes

do país trataram de abrir a possibilidade de legalizar, pela “posse”, grandes

extensões de terra. A Lei de Terras também serviu para transformar a terra em

mercadoria, só obtida através da compra.

Essa condição limitava o acesso á terra aos escravos que foram sendo

libertados ou aos imigrantes que começaram a chegar ao país no final do século

XIX.

Durante a república Velha (1889 a 1930) a economia brasileira manteve

as mesmas características dos períodos anteriores. Continuou sendo agrária,

monocultora e dependente do mercado externo e a posse da terra altamente

concentrada.

O café brasileiro dominou o mercado mundial e os maiores consumidores

eram os Estados Unidos e a Inglaterra. Essa situação estimulou os cafeicultores a

expandirem as plantações, pois tinham a seu favor a abundância de terras e a mão-

de-obra barata.

Ao longo da história brasileira, sobretudo durante a ditadura militar (1964-

1985) o trabalhador rural e o pequeno proprietário rural têm sido excluídos dos

planos governamentais de desenvolvimento social e econômico, Nessa época da

ditadura militar, valorizou-se a expansão da agricultura de exportação, realizada em

grandes propriedades. Muitos pequenos proprietários, sem acesso a financiamentos

bancários a juros subsidiados e a programas de assistência técnica perderam suas

terras e migraram para grandes cidades, principalmente. A esses grupos somam-se

também aqueles que perderam seus postos de trabalho, substituídos pela

mecanização agrícola.

1.1 A Estrutura Agrária Brasileira

Para tratar da agricultura e da pecuária brasileira, é necessário referir-se aos

grandes problemas envolvendo o campo, como a estrutura fundiária, marcada pela

concentração de terras, os conflitos pela posse da terra e as relações desiguais de

trabalho.

Neste contexto de produção do espaço agrário brasileiro verifica-se a

existência de uma estrutura fundiária altamente concentrada, o que se desdobra em

conflitos diversos e exploração do trabalho. A distribuição da posse das terras no

Brasil apresenta um desequilíbrio marcante derivadas do processo de “colonização”

e expropriação em vista da expansão das relações capitalistas no campo.

Estrutura fundiária do Brasil – 2006

Estratos de área N° imóveis % Área em há % Menos de 10 ha 2.477.071 47,86 7.798.607 2,36 10 a < de 100 ha 1.971.577 38,09 62893.091 19,06 Menos de 100 ha 4.448.648 85,96 70.691.698 21,43 100 a < de 1.000 ha 424.906 8,21 112.696.478 34,16 1.000 ha e mais 46.911 0,91 146.553.218 44,42

Total 5.175.489 100,0 329.941.393 100,0 Base: IBGE (censo agropecuário 2006).

A expropriação de terras fez aumentar o número de trabalhadores rurais

desempregados, bóias-frias, parceiros, arrendatários e outros. A maioria se

organizou no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Os

trabalhadores do Movimento reivindicam junto ao governo o acesso a terras

cultiváveis, moradia, serviços públicos de educação, saúde e transporte,

financiamentos e assistência técnica. Esse Movimento atingiu projeção nacional,

especialmente no final dos anos 1990, chegando a interferir na política

governamental para acelerar o ritmo dos assentamentos.

As vantagens de uma estratégia de desenvolvimento rural que priorize a

promoção da agricultura familiar ainda não foram percebidas pela sociedade

brasileira. E isso ocorre em contexto no qual a forma de agricultura mais favorecida -

- a patronal - está empregando cada vez menos trabalhadores, o que acarreta cada

vez mais concentração de renda e exclusão social.

Apesar de todo desenvolvimento da agricultura moderna, os dados indicam

que a agricultura familiar ainda mostra sinais de vida em muitas regiões, como, por

exemplo, na mancha formada pelo sul e centro-oeste mineiro onde permanecem

com imensas dificuldades.

A agricultura é uma das atividades mais antigas da humanidade, e ainda hoje

uma das mais importantes, porque antes de suprir qualquer outra necessidade o ser

humano necessita de alimento para sua sobrevivência. Com o aumento da

população mundial cresce também a demanda por uma quantidade cada vez maior

de alimentos.

Hoje existe no mundo uma desigualdade muito grande quanto à distribuição

de alimentos, enquanto alguns países, como por exemplo, os da Europa, em que

muitas pessoas esbanjam comida, outros países como os da África milhares de

pessoas ainda passam fome.

A agropecuária é uma atividade produtiva integrante do setor primário da

economia, caracterizada pela produção de bens alimentícios e matérias-primas

decorrentes do cultivo de plantas e criação de animais.

Na atividade agrícola entram três fatores básicos: a terra, o trabalho e o

capital. Numa unidade agrícola, quando o emprego de capital é o fator

predominante, diz que se trata de uma agricultura intensiva. No caso de ser a terra o

fundamental, trata-se de agricultura extensiva.

A predominância do fator capital, típico da agricultura moderna, permite alta

produtividade por área cultivada e é encontrada principalmente nos países

industrializados. No Brasil ocorre, sobretudo, na região centro-sul.

Com utilização abundante de terras, a agricultura extensiva é característica

dos países de terceiro mundo, onde a grande propriedade é a marca da estrutura

fundiária. A predominância do fator terra marcou toda história da agricultura até o

final do século XVIII - somente a partir da Revolução industrial, cujas técnicas se

estenderam ao setor agrícola, alterou-se a relação com o trabalho humano e o

capital.

Mas, essa relação e o grau de modernização são muito desiguais nas

diferentes partes do mundo. Os desequilíbrios na capacidade produtiva da

agricultura e da pecuária originam grandes desigualdades na produção de

alimentos, e também na dieta alimentar da população. A agricultura de um país

cumpre três papéis importantes: fornecer alimentos para o mercado interno,

suprindo assim a necessidade alimentar de sua população; gerar capital para

implantação e desenvolvimento industrial; e fornecer mão - de - obra para as

atividades urbano-industriais.

1.2 Colonização e agricultura no Paraná

No Estado do Paraná as primeiras movimentações de colonizadores tiveram

inicio no século XVI, quando diversas expedições estrangeiras percorreram a região

a procura de madeira de lei. No século XVII, portugueses (bandeiras paulistas)

começaram a ocupar a região, a partir da descoberta de ouro e a procura de índios

para o trabalho escravo.

Os núcleos de povoamento que se formaram no Paraná tiveram início no

litoral através da mineração do ouro, nas localidades de Superagui, na Baía de

Paranaguá. A região ficou movimentada, causando um rápido povoamento do litoral

paranaense.

A criação de gado teve início á partir da decadência do ouro. O primeiro

rebanho foi introduzido pelo litoral, na região de Paranaguá em 1640. Nesse

período, Minas Gerais desenvolvia o ciclo do ouro, por isso necessitava de

alimentação. O Paraná ficava no caminho entre Minas Gerais e o Rio Grande do Sul,

assim o “gado” (mulas burros e outros), eram procurados para compra e venda. Isso

favoreceu o comércio da época.

O transporte dos animais era realizado pelos tropeiros. Muitos caminhos

apareceram, sendo o mais importante deles a “Estrada da Mata”, ou “Caminho de

Viamão”, ligando a cidade de Viamão no Rio Grande do Sul, a cidade de Sorocaba

no estado de São Paulo. Como “Pouso” para tropeiros, algumas cidades surgiram

nessa época, como: Lapa, Castro, Ponta Grossa (no estado do Paraná). Este trajeto

foi realizado por mais de cem anos deixando marcas no território paranaense.

Segundo (STECA E FLORES, 2002, p. 22-23.)

A fase do tropeirismo teve imensa importância na formação da Nação brasileira, num período de dois séculos: manteve a unidade nacional, uniram Norte e Sul, Leste e Oeste; promoveu a penetração ao interior, mantiveram a língua e quase os mesmos hábitos, costumes e usos da população, dentro de suas fronteiras.

O tropeirismo entrou em declínio a partir da decadência do ciclo do ouro

em Minas Gerais, porém, ainda auxiliou no transporte durante a expansão cafeeira,

sendo de grande importância para a economia da época.

Na região Oeste do Paraná localizavam-se as reduções Jesuíticas (1618).

Nelas viviam milhares de famílias indígenas que trabalhavam na agricultura criação

de animais e oficinas. Além de catequizar defendiam os índios dos inimigos e lhes

ensinavam um ofício.

As reduções prosperaram e chegaram a treze unidades, situados ás

margens dos principais rios, como o Piquiri, Ivaí, Paranapanema, Tibagi e Iguaçu.

Em poucos anos os missionários conseguiram aldear mais de cem mil índios. Havia

mais de treze reduções espalhadas pelo Paraná. As reduções foram extintas com os

ataques dos bandeirantes, mas grande parte dos índios antes reduzidos acostumou-

se a viver com o branco por perto. As reduções só deixaram de existir quando os

bandeirantes começaram a saquear a antiga região do Guairá.

A partir do século XVII ocorreu a ocupação e incorporação dos Campos

Gerais ao modo de produção capitalista. Já os campos de Guarapuava, região do

terceiro Planalto Paranaense foi efetivamente explorada comercialmente só na

metade do século XVIII.

O ciclo da madeira, que foi o quarto, se desenvolveu praticamente junto

com a erva-mate. Teve início pelo litoral, com a exploração de algumas madeiras,

como a peroba, o Cedro, entre outras. O pinho do Paraná começou a ser

comercializado no final do século XIX, e início do século XX em várias partes do

Brasil, indo até para o exterior, principalmente para a Argentina. Muitas serrarias se

espalharam pelo interior do Paraná.

Quando se esgotava a floresta, as serrarias se mudavam para outros

lugares levando junto as instalações e os trabalhadores.

Cada vez mais a exploração desordenada foi penetrando para o interior,

fazendo grandes desmatamentos, provocando grandes modificações na paisagem

do estado.

Na região dos rios Iguaçu e Paraná, as matas era a muito exploradas por

empresas que comercializavam madeira e mate. Desde a década de 1920 ocorria ali

a ocupação espontânea por colonos gaúchos e catarinenses, em geral

descendentes de alemães e italianos. Após a revolução de 1930, anuladas

numerosas concessões de terras, passou-se, por iniciativa do governo estadual e de

particulares, à ocupação organizada, dirigida para a agricultura variada e a criação

de animais de pequeno porte.

O café chegou ao Paraná, quando a exploração da erva-mate entrava em

declínio, e a exploração da madeira estava em expansão, lavradores paulistas e

mineiros iniciaram a formação de fazendas de café no norte do estado, rico em

terras férteis, de solo conhecido como "terra roxa". Ocorreram também novas levas

de colonos imigrantes, notadamente japoneses, italianos e alemães. Segundo

(PALHARES, 2007) “A presença de solo fértil (terra roxa) e o clima favorável á

produção de café fez com que seus cultivos se estendessem por todo o norte do

estado do Paraná, dando início á colonização dessa região”.

O Paraná começou a ser povoado durante o século XVIII, por pessoas

que vinham de Minas Gerais e São Paulo para o “Norte Velho” ou “Pioneiro”, para

cultivar café. A cultura cafeeira atraiu muita gente para a região norte. Devido á

colonização surgiu várias cidades, como Wenceslau Brás (1800), São Jerônimo

(1859), A Colônia Mineira (1862, atual Siqueira Campos), Santo Antonio da Platina

(1890) entre outras.

A expansão cafeeira fez surgir cidades, abriu estradas, expandiu as

ferrovias e garantiu o sustento da economia paranaense durante sua melhor fase.

O café trouxe inúmeras transformações espaciais a partir da década de

1920, surgindo centenas de vilas e algumas cidades como Londrina, Maringá, e

Apucarana.

O café foi mais plantado no Norte do Paraná. Mas com as geadas,

principalmente a de 1975, muitos agricultores destruíram as lavouras de café,

substituindo-as por outra atividade econômica: a criação de gado. Que levou muitas

pessoas a perderem o trabalho na colheita de café, e migrarem para as cidades em

busca de trabalho.

O povoamento do Oeste e noroeste do Paraná aconteceu por último

(década de 1960), sendo resultado do deslocamento de população do Norte do

estado e também da vinda de colonos do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.

No Sudoeste tiveram colonização italiana e alemã respectivamente. A partir de então

não há mais terras desocupadas no estado do Paraná.

Como todo o território nacional o Paraná, viveu e vive dos ciclos

econômicos, que, podem deslocar-se de região, dentro do estado ou mesmo dentro

do país. No caso paranaense tivemos o ciclo do ouro, do gado, da erva-mate, da

madeira e do café e, na segunda metade do século passado, a agricultura e mais

recentemente, da indústria.

Na década de 1960, todas as terras do Paraná já estavam ocupadas,

mas, em seu processo de ocupação, a par do colono que comprava um ou mais

lotes, surgiu também a figura do "posseiro", que tendia a se instalar no terreno que

julgava do estado ou sem dono. Passou a ocorrer também a venda múltipla, a

compra do "não dono" e a "grilagem" em grande escala. Assim, a época foi também

de conflitos e lutas agrárias, que se prolongaram por toda a segunda metade do

século XX, sem qualquer solução duradoura no meio dos avanços da economia e da

sociedade.

À medida que o governo estadual procurava tornar o Paraná o celeiro

agrícola do país e um produtor de madeira capaz de levar a efeito amplos

reflorestamentos, os conflitos fundiários não só continuaram como cresceram em

intensidade. Centenas de milhares de pequenos proprietários rurais e trabalhadores

sem terra encenaram um êxodo rural que provocou um esvaziamento demográfico

em mais de cinqüenta municípios. Tais emigrantes seguiram principalmente para o

Centro-oeste e para a Amazônia, levando consigo sua concepção produtiva.

Enquanto, na agricultura, a soja aumentava em aproximadamente 30% a área que

ocupava. Também a indústria dava saltos expressivos.

Aumentaram, no entanto, as disputas de terra, até mesmo em reservas

indígenas, assim como denúncias de graves perturbações ambientais causadas pelo

crescente número de barragens para construção de usinas hidrelétricas nos rios

Iguaçu, Paranapanema, Capivari e Paraná. Em 1980, a colheita de soja atingia o

recorde de 2.079 kg por hectare, maior do que a marca norte-americana até então

alcançada, enquanto a de trigo colocava o Paraná no primeiro lugar nacional, com

57% da produção de todo o país.

Em 1982, o desaparecimento do salto de Sete Quedas, imposto pela

necessidade de formar o imenso reservatório da represa de Itaipu, provocou intenso

movimento de protesto. Agravava-se também, ainda em meados da década de

1990, a questão da terra, com atentados e manifestações de trabalhadores sem

terra.

O Paraná é um estado capaz de atrair investimentos, posição favorecida

pela abertura da economia local em direção ao Mercosul. Com o crescimento

demográfico estabilizado nas três últimas décadas, a economia tem-se modernizado

e se diversificado tanto no setor agrícola quanto no industrial. Há auto-suficiência

energética garantida pela Hidroelétrica de Itaipu e eficiente pólo exportador em

Paranaguá.

Camargo(2011) diz que “O Paraná é um Estado agrícola por excelência,

que vive sob o regime da policultura, cultivando plantas tropicais e temperadas,

sendo considerado o Celeiro Agrícola do Brasil (CAMARGO 2011, p.121).

Apesar do crescimento industrial e urbano que o Estado vem

apresentando nos últimos anos, a agricultura paranaense desempenhou papel

fundamental no crescimento do mesmo. Os produtos agrícolas possuem importante

peso na balança comercial, principalmente no setor exportador.

A agricultura paranaense é responsável por aproximadamente 30%da

produção nacional de grãos. A soja, o café, o trigo, o algodão, o milho, o feijão, a

batata e a cana-de-açúcar são os principais produtos da mesma.

No Paraná a estrutura fundiária está fundamentada nos minifúndios, nas

empresas rurais e nos latifúndios por exploração.

2 - Agricultura moderna em Brasilândia do Sul

A fundação de cidades no Noroeste do Estado do Paraná, como na micro-

região de Umuarama onde está localizado o município de Brasilândia do Sul, objeto

desta pesquisa, na década de 1950, foi decorrente do ciclo do café e extração da

madeira.

A ocupação da área que posteriormente formaria o município de Brasilândia

do Sul foi uma iniciativa da família Dal Bem, que veio de Santa Maria no Rio Grande

do Sul, no ano de 1954, com o objetivo da extração da madeira e do plantio do café

e culturas de subsistência.

Entre o final do século XIX e início do século XX a exploração da madeira era

considerada a principal atividade econômica do Paraná. O momento é ilustrado com

a instalação de várias madeireiras no Estado. A partir da década de 1950 essa

exploração madeireira foi praticada no Município de Brasilândia do Sul e mais tarde

substituída pela cultura do café, predominante em todo Paraná.

Entre 1960 e 1970 houve declínio da atividade cafeeira, que foi

substituída, pela pecuária de corte, juntamente com o plantio de hortelã, algodão e

amendoim. A partir da ultima década de 1990 e início de 2000 vem se verificando

uma grande transformação das atividades econômicas no município, ou seja, a

substituição das lavouras de algodão, subsistência e pastagem, pelos trinômio soja,

trigo e milho.

2.1 Resultado da pesquisa realizada pelos alunos com antigos moradores do

município de Brasilândia do Sul

A partir de informações fornecidas pelos antigos moradores foi possível

verificar a migração destes moradores para trabalhar nas lavouras no município de

Brasilândia do Sul. Foi possível também constatar que as pessoas ficavam sabendo

da existência desta região através de familiares e amigos que mandavam notícia, ou

ficavam sabendo que a terra aqui era mais barata, vinham então em busca de

melhores condições de vida. Essas pessoas são oriundas de vários estados do

Brasil e de cidades do Paraná, caso do senhor “Doca” que foi chamado para

construir a Balsa do rio Piquiri, e quando aqui chegou acabou se interessando pelas

terras e ficou por aqui. ”Lá onde eu morava, eu trabalhava construindo barco, então

como já tinha gente aqui nos fomos chamados para ajudar a construir a balsa ai eu

vim mais meus colegas de trabalho a mando do patrão e fiquei por aqui” depoente

(A, 2010)¹.

As terras da região eram boas para o cultivo de lavouras, isso criava muitas

oportunidades de trabalho, como disse o depoente (B 2010)¹”Quando cheguei aqui

fiquei com interesse na terra para melhorar de vida”. Alguns trabalhavam nas

serrarias ou montando pequenos comércios, outros na roça com o cultivo de arroz,

milho, algodão, mamona, mandioca, amendoim, café e algodão, também na criação

de animais como porcos, galinhas e boi. O café e o algodão tinham valor comercial

maior que os outros cultivos, por essa razão eram cultivados para serem

comercializados em Umuarama, Alto Piquiri, Cruzeiro do Oeste e também na sede

do Município de Brasilândia do Sul, enquanto os demais produtos eram consumidos

pelas famílias sendo comercializados apenas o excedente da produção.

Os trabalhos no campo eram realizados manualmente com o uso de

ferramentas simples como o machado, a foice, a enxada, matraca, cavadeira, arado,

facão, trançador, tombador e arado de tração animal, esses trabalhos geralmente

eram realizados pela própria família, já que as propriedades eram pequenas e o

trabalho realizado manualmente, pais e filhos sobreviviam do trabalho com a terra.

Em certas ocasiões como plantio e época da colheita os vizinhos faziam mutirão e

se ajudavam numa espécie de troca de trabalho.

Os meios de transporte utilizados para chegar até o município de Brasilândia

do Sul, comercializar a produção e comprar roupas sapatos, remédios, etc., eram os

mais variados possíveis como ônibus, pau- de- arara, carroça, carro-de-boi,

caminhão, jipe. As dificuldades com transportes eram grandes, as estradas eram de

chão, a mata era fechada com presença de muitos animais como a onça que

causava muito medo aos moradores desta região. Quase não existiam estradas

abertas e as pessoas andavam na mata por meio de picadas para chegar até suas

moradias que ficava longe uma das outras.

A vida era difícil com condições muito precárias e com muitas dificuldades, as

moradias eram feitas de pau-pique (cortava-se o coqueiro partia ele ao meio e fazia

as paredes, depois preenchia de barro ou argila as vagas existentes tornando a

parede lisa), o telhado era coberto de tabuinhas, devido à abundância de madeira.

Na época, também se utilizava o bambu e a lona plástica, para se improvisar as

moradias. Para se proteger dos animais a maioria das casas eram construídas sobre

cavaletes, ou seja, altas do chão, como diz o depoente (C, 2010)¹ ”Minha primeira

morada foi embaixo de uma lona, depois de um ano foi feito uma casa de madeira,

para poder se defender das onças. A casa era feita alta do chão”.

A base econômica do início da colonização de Brasilândia do Sul dividia-se

entre o extrativismo da madeira que servia de matéria-prima para as serrarias e as

culturas do café, algodão e culturas de subsistência que caracterizavam um período

de abundância e riqueza. Posteriormente com o declínio destas atividades

desenvolveu-se a pecuária bovina, mais especificamente a de corte.

Período esse marcado pelo início do êxodo rural, onde as famílias

começaram a vender seus lotes de terras deslocando-se para cidade maiores em

busca de trabalho, ou regiões ainda pouca colonizada onde era possível adquirir

uma quantidade maior de terras com preços menores, ou ter melhores

oportunidades de trabalho. Alguns moradores mais antigos continuam no município.

2.2 Agricultura atual no Município de Brasilândia do Sul

O município de Brasilândia do Sul possui uma área de 29.100 hectares,

sendo aproximadamente 18.000 há ocupados com o plantio de soja que é chamada

de safra verão e 17.120 hectares em plantio de milho, que é chamada de safra

inverno. A mandioca, cana – de- açucare trigo ocupa uma área de 170, 292 e 400

hectares, respectivamente (DERAL, 2009).

As transformações nas atividades agrícolas tanto no que se refere aos

produtos cultivados, como também na forma de produzir em Brasilândia do Sul,

onde no passado as atividades “agropecuárias” principais eram as extrações de

madeira, pecuária e lavouras de subsistência e, posteriormente as lavouras de

algodão que utilizavam muito o trabalho manual e pouca tecnologia. Hoje a atividade

agrícola principal (soja e milho) emprega tecnologias avançadas e

consequentemente, menos mão-de-obra.

A partir do gráfico abaixo é possível podemos verificar, que o município de

Brasilândia do Sul tem como principal atividade econômica a agropecuária, e

analisar sua importância para o município.

Figura 1: Valor adicionado dos principais setores de atividade econômica de Brasilândia do Sul. Fonte: IBGE, 2005

Verifica-se também como demonstram a seguir (tabela1,2,3) á diminuição da

população do município.

A diminuição da população ocorre tanto na área rural, quanto urbana do

município de Brasilândia do Sul, no período de 2000 a 2010. Entre os fatores que

levaram à diminuição da população esta a mecanização das lavouras, substituindo o

trabalho manual.

Uma das causas da diminuição da população rural foi a dificuldade de

adaptação ás novas formas de produção agrícola, pois muitos agricultores se

endividavam em bancos e cooperativas e acabaram perdendo suas terras. Muitos

foram obrigados a vender suas propriedade, indo a busca de novas fronteiras

agrícolas, ou se mudando para a cidade onde na maioria das vezes se tornaram

assalariado.

População Brasilândia do Sul – Ano 2000

Total 3.889

Urbana 2.367

Rural 1.522

Tabela 1: População de Brasilândia do Sul no ano de 2000 Fonte: IBGE, 2000

População Brasilândia do Sul – Ano 2007

Total 3.305

Urbana 2.242

Rural 1.063

Tabela 2: População de Brasilândia do Sul no ano de 2007 Fonte: IBGE, 2007

População Brasilândia do Sul – Ano 2010

Total 3.209

Urbana 2.178

Rural 1.031

Tabela 3: População de Brasilândia do Sul no ano de 2010 Fonte: IBGE, 2010

Ao analisarmos as tabelas 1, 2 e 3 verifica-se que a população urbana é

maior do que a rural. Mas na realidade muitas destas pessoas ditas ”urbanas” na

realidade têm suas atividades voltadas para área rural. Portanto, as atividades

rurais, mesmo que desenvolvidas por populações urbanas é a predominante no

município.

Um indicativo de que a população urbana de Brasilândia do Sul tem fortes

vínculos com o campo é a presença em muitas residências de uma “garagem” ou

“barracão” construídos no mesmo lote ou próxima da moradia, onde se encontram

tratores, plantadeiras, colheitadeiras, insumos, sementes.

Quanto aos trabalhadores rurais assalariados, esses não se distinguem dos

trabalhadores urbanos, a não ser por seus traços mais rudes devido ao trabalho

praticado ao ar livre o que lhe confere um aspecto mais bronzeado e sofrido.

Residem geralmente nas periferias da cidade, em moradias mais simples, que na

maioria das vezes possui o mínimo de infraestrutura como água encanada, energia

elétrica, coleta de lixo, etc.

A população do município diminuiu muito nos últimos anos, devido a

mecanização da agricultura, A cidade não absorveu a mão –de –obra excedente do

campo, fato que obrigou muitas pessoas a procurar outras regiões, geralmente

centros maiores. Na atualidade muitas pessoas que residem no município,

trabalham em outros municípios realizando uma migração pendular todos os dias, a

maioria trabalha em frigoríficos de frango em Palotina ou Cafezal do Sul.

As transformações ocorridas na agricultura de Brasilândia do Sul não é um

fenômeno isolado e pode ser percebida de modo geral em toda extensão do

território brasileiro. A busca por aumento de produtividade e diminuição dos custos

de produção é uma característica do sistema capitalista que obriga os agricultores a

modernizar sua produção com forte mecanização e o aumento do uso de insumos

industrializados, como fertilizantes, agrotóxicos e sementes de melhor qualidade.

Essas melhorias foram sendo incorporadas, com maior ou menor intensidade,

provocando a elevação das taxas de produtividade agrícola, e é claro que nessa

questão os pequenos e médios agricultores levam grandes desvantagens com

relação aos grandes produtores, devido a escassez de recursos.

Embora no Brasil ainda predomine a agricultura extensiva, tanto em pequenas

e médias quanto em grandes propriedades, herança do tempo em que o Brasil era

colônia de Portugal, a prática de uma agricultura mais moderna e produtiva é um

fato que pode ser verificado no campo brasileiro. Porém, muitas vezes essa busca

por um maior aproveitamento das áreas agrícolas, com o desenvolvimento de uma

atividade mais produtiva e custos reduzidos, vem desacompanhada de aumento de

postos de trabalho, ocasionando a diminuição populacional dos pequenos e médios

municípios brasileiros.

Enfim a modernização da atividade agrícola, fato que deveria resolver o

problema da fome, não apenas no Brasil, mas em todo mundo, acaba agravando

ainda mais a desigualdade social existente na sociedade capitalista contemporânea,

porque expulsa muitos trabalhadores do campo, obrigando-os a viver de maneira

bastante precária nas periferias das grandes cidades.

Observando a tabela com o número dos estabelecimentos agropecuários do

município de Brasilândia do Sul é possível constatar que a uma predominância de

pequenas e médias propriedades, variando entre 0,5 a 500 hectares.

Tabela 4: Número de estabelecimentos agropecuários e Área dos estabelecimentos por grupos. Fonte: IBGE, 2010

Nos dias atuais para se cultivar a lavoura como soja, milho, cana-de-açúcar

se utiliza pouca mão-de-obra devido ao uso intensivo de máquinas e agrotóxicos, Os

trabalhos no campo são realizados pelos membros da família dos agricultores e

assalariados temporários, que trabalham geralmente em épocas de colheita e

plantio. A oferta de emprego no campo diminuiu por que boa parte do trabalho já é

realizada por máquinas modernas como tratores colheitadeiras passadores de

veneno, plantadeiras e o uso de agrotóxicos como herbicida, fungicida e inseticida.

O herbicida, por exemplo, controla as ervas-daninhas substituindo a capina. Os

cultivos que mais utilizam mão-de-obra no município é a cultura da mandioca,

banana, cara. São cultivos que ocupam uma pequena parcela das terras cultiváveis.

O cultivo dessas culturas é feito por pequenos produtores em lotes menores de

terras. A cultura da mandioca tem tido um aumento considerável nos últimos anos

no município de Brasilândia do Sul.

Município: Brasilândia do Sul – PR

Estabelecimentos agropecuários por grupo de área -Brasilândia do Sul

(número e %)

Grupo de área Número % Propriedades

Até 10 ha. 70 48,18

20 a 50 ha. 52 18,84

50 a 100 ha. 31 11,23

100 a 200 ha. 30 10,87

200 a 500 ha. 22 7,87

500 a 1000 ha. 7 2,54

De 1000 a mais 0 0

A compra de insumos e sementes, e também a comercialização dos produtos

é feita nas cooperativas do próprio município ou cidades vizinhas como Alto Piquiri e

Assis chateaubriand (C.vale, Coamo, Agropar), ou firmas particulares (silote).

Os lotes de terras variam entre 5 e 200 alqueires, Para se cultivar um alqueire

de soja ou milho é necessário de 500 a 700 quilos de fertilizantes por alqueire. As

sementes são selecionadas e em muitas lavouras já se utilizam as sementes

trangênicas, principalmente nas culturas de soja e milho. Utilizam-se também

técnicas de conservação do solo como plantio direto, curvas de nível, utilização de

calcário, rotação de culturas, conservação da mata ciliar.

Muitos agricultores arrendam terras de outros proprietários para plantar, são

pagos de trinta a quarentas sacas de soja anualmente por alqueire arrendado. Esse

fato ocorre porque muitos agricultores em especial os pequenos não conseguiram

acompanhar a evolução tecnológica que ocorreu no campo nos últimos anos,

ficando assim impossibilitados de trabalhar a terra por falta de máquinas e tratores,

ou por estarem endividados nos bancos e cooperativas, não tendo mais direto aos

créditos agrícolas.

A pecuária leiteira também tem um importante papel nas atividades rurais do

município, ao todo são cinqüenta propriedades envolvidas nesta atividade que é

realizada de forma intensiva com o uso de tecnologias modernas como

ordenhadeiras, inseminação artificial, rações e medicamentos. Geralmente são

pequenos e médios proprietários que residem na área rural e utilizam tanto o

trabalho familiar quanto o assalariado.

A secretaria de agricultura do município realiza todos os anos um “Torneio

leiteiro” do município que acontece no mês de agosto, Os produtores são

convidados a participar. O animal que produzir mais leite ganha o torneio. Este

evento tem por objetivo divulgar o rebanho e potencial genético do município.

No decorrer deste trabalho foi possível constatar que os primeiros moradores

que vieram para esta região tinham a expectativa de melhorar de vida. A vida era

difícil devido às dificuldades encontradas com transporte, moradia, saúde.

Muitos conseguiram realizar o sonho de ter um pedaço de terra e vivem dos

trabalhos na área rural até hoje. È possível verificar também que muito dos filhos

destes agricultores que ainda permanecem no campo, exercem hoje outras

profissões geralmente em cidades maiores. Foi possível constatar que aqueles que

não conseguiram seu pedaço de terra no decorrer dos anos permanecem por aqui e

hoje são aposentados, mas os filhos se foram em busca de novas oportunidades em

cidades maiores.

2.3 Desenvolvimento da Implementação pedagógica com os alunos

No dia 20 de julho, perante a comunidade escolar (professores, pedagogos,

funcionários e direção escolar), foi realizada a apresentação do projeto de

implementação pedagógica - PDE 2011, cujo tema é a “Transformação na

agricultura no município de Brasilândia do Sul”.

A apresentação foi através de recursos multimídia contendo o projeto e

também a implementação que será desenvolvida com os alunos, tudo aconteceu de

forma tranqüila, com a participação dos presentes, que demonstraram interesse pelo

assunto, já que muitos são filhos de antigos moradores do município. Quando

comentei sobre o resgate histórico do município a partir das atividades econômicas e

a relação desta com as transformações ocorridas no município de Brasilândia do

Sul, muitos foram os comentários e relatos até com certa empolgação.

A partir do dia 26 de setembro iniciaram-se as atividades de implementação

com os alunos do Ensino Médio- 2º Ano A. No primeiro momento foi realizada uma

explanação geral do Projeto, onde foram expostos aos alunos quais os objetivos a

serem alcançados, bem como da importância fundamental da participação dos

mesmos. Para que pudéssemos iniciar os trabalhos foi proposto que

desenvolvessem um texto no que relatassem seus conhecimentos sobre a

agricultura em Brasilândia do Sul, e qual a relação que eles ou seus familiares têm

com a agricultura no seu dia-a dia.

Para que puderem desenvolver o texto com mais facilidade foram feitos

alguns questionamentos: Que atividades agrícolas são mais desenvolvidas no

município? Quais as tecnologias empregadas? Quais as tecnologias empregadas?

Quais as atividades que ainda utilizam o trabalho manual? Quais as dificuldades

encontradas hoje na agricultura? Se o aluno ou sua família trabalho na atividade

agrícola ou efetua alguma atividade ligada á esse setor? .

Os alunos mostraram-se interessados, mesmo aqueles que não têm ligação

com as atividades agrícolas. Com esse texto foi possível constatar que a maioria dos

alunos e seus familiares não têm mais envolvimento com a área rural, hoje praticam

outras atividades ou se aposentaram e vivem nas cidades. Restando apenas uma

pequena parcela que ainda continua desenvolvendo atividades ligadas á área rural.

Foi apresentado também o projeto na integra com o auxílio do data show,

analisamos os gráficos dos setores econômicos do município onde é possível

constatar que 48% das atividades econômicas estão voltadas para agricultura,

também foi questionado e analisado o gráfico da população que vem diminuindo de

acordo com os sensos realizados pelo IBGE.

Após a realização das pesquisas pelos alunos foram efetuados relatórios,

montagens de vídeos com fotos antigas e atuais fazendo uma comparação entre

agricultura e modo de vida dos antigos moradores do município e fotos da

agricultura atual. Esses materiais foram apresentados á comunidade escolar através

da leitura e explicação dos relatórios e apresentação dos vídeos, momento marcado

pelo encerramento do projeto dia 05/12/2012.

Referências

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SILVA, José Graziano da. O que é questão agrária. São Paulo: Brasiliense, 1998. SPOSITO, Encarnação Beltrão; Arthur Magnon Whitacker. Relações e contradições entre o urbano e o rural. São Paulo: Expressão Popular, 2006. STECA, Lucélia Cunha; FLORES, Mariléia Dias. História do Paraná do século XV na década de 1950. Londrina: EDUEL, 2005. Sítio Internet Disponível em www.gazetadopovo.com.br. Acesso em 10 de junho de 2011. Disponível em www.infoescola.com.br. Acesso em 11 de junho de 2011. Disponível em www.culturamix.com/história. Acesso em 12 de junho de 2011.