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As relações entre instituições de ensino formal, como a escola, e de ensino não-formal Carla Tatiani Teixeira

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Page 1: As relações entre instituições de ensino formal, como a escola, e de ensino não-formal Carla Tatiani Teixeira

As relações entre instituições de ensino

formal, como a escola, e de ensino não-formal

Carla Tatiani Teixeira

Page 2: As relações entre instituições de ensino formal, como a escola, e de ensino não-formal Carla Tatiani Teixeira

Tipos de educação Educação formal: sistema educativo altamente

institucionalizado, cronologicamente graduado e hierarquicamente estruturado que se estende da escola primária até a universidade.

Educação não formal: toda atividade organizada e sistemática realizada fora do quadro do sistema formal de educação (espaço não-formal), para promover determinados tipos de aprendizagem a subgrupos específicos de uma população, sejam adultos ou crianças.

Educação informal: processo pelo qual, durante toda vida as pessoas adquirem e acumulam conhecimentos, habilidades, atitudes e comportamentos através das suas experiências diárias e a sua relação com o meio em que vivem.

•Coombs P et al (1973) News paths to learning for rural children and youth. New York

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Espaço não-formal “Espaço não-formal” descreve lugares, diferentes da escola,

onde é possível desenvolver atividades educativas.

Espaço não-formal

Espaço não-escolar

Instituições

Não instituições

Museus, Zoológicos, Centro de Ciências

Praças, parques, praias

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Museus

Instituição permanente, que adquire, preserva, documenta, pesquisa e comunica para educação e lazer.

Aprendizagem nos museus de ciências ambientes agradáveis e motivadores dificultada pelo tempo reduzido com o qual o visitante

interage com os aparatos. Desafio:

explorar aspectos como o lúdico, a estética, a interatividade e a capacidade de envolver o indivíduo no tema a ser exposto a partir de suas concepções prévias.

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Museus

Pode promover Aprendizagem cognitiva = tanto quanto uma aula do

mesmo assunto. Diferença ganho afetivo, pois a visita gera maior

interesse dos alunos em e é considerada mais divertida

Educação em museus: complementa o currículo formal exercício de afetividade preservação da memória e do patrimônio cuItural

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CONCEPCIONES DEL PROFESSORADO SOBRE VISITAS

ESCOLARES A MUSEOS DE CIENCIAS

Guisasola, Jenaro y Morentin, MaiteEnseñanza de Las Ciencias –

Espanha - 2010

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Introdução

Museus de ciência são importantes e renomados recursos culturais e educacionais.

Escolas e os professores atribuem valor educativo elevado à visitas a museus de ciência

Maioria professores Não definem os objetivos da visita Não prepararam atividades antes, durante e depois

da visita

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Introdução

Um significativo desenvolvimento conceitual ocorre somente quando a visita está ligada a objetivos de aprendizagem que se relacionam com as atividades escolares

Professores importância na organização da saída com os alunos na preparação e adaptação da oferta do

museu a seus próprios objetivos de aprendizagem

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Introdução

Quando o professor prepara a visita: atividades antes, durante e depois da

visita

a experiência de aprendizagem é mais significativa tanto conceitual, afetiva e

coletiva. Guisasola et al 2008

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Objetivo

Analisar as concepções dos professores sobre os objetivos das visitas escolares a museus de ciência, bem como a preparação anterior e pós visita

As perguntas que nortearam a pesquisa são:

1) Quais os propósitos dos professores em uma visita escolar a um museu de ciências?

1) Como os professores preparam a visita ao museu? Como os professores praeparam as atividades para depois da visita? Como avaliam a visita?

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Metodologia Entrevistas:

158 professores 100 escolas diferentes. 87 professores do ensino primário e 71 do ensino secundário.

Professores foram entrevistados no Museu Kutxaespacio de la Ciencia entrevista semi-estruturada.

Primeira parte da entrevista perguntas sobre as questões educacionais e conteúdos relacionados à preparação da visita.

Na segunda parte, os professores são solicitados a indicar livremente os principais aspectos positivos e negativos da visita e das atividades preparadas para depois da visita.

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Resultados Quais os objetivos dos professores ao planejar a

visita ao museu?

OBJETIVO PROFESSORES PRIMÁRIOS

(N=87)

PROFESSORES SECUNDÁRIOS

(N=71)

TOTAL DE PROFESSORES

(N=158)A. Facilitar experiências pessoais e sociais em um entorno científico que promovam aprendizagem e atitudes positivas para a ciência

67% 51% 59,5%

B. Experiência com os módulos do museu e participar de experimentos científicos

32% 28% 30,4%

C. Complemento experimental aos conceitos e teoria estudados em classe

50,5% 56% 53,2%

D. Não criaram objetivos ou nenhuma resposta

1,3% 1,9% 3,2%

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Resultados

Como os professores preparam as atividades antes e depois da visita?

AÇÕES DOS PROFESSORES ANTES DA VISITA

PROFESSORES PRIMÁRIOS

(N=87)

PROFESSORES SECUNDÁRIOS

(N=71)

TOTAL DE PROFESSORES

(N=158)

A. Conhecem a “oferta escolar” do museu

46%40

41%29

43,6%69

B.1. Conhecem os materiais didáticos do museu

10%9

51%36

28,5%45

B.2. Utilizam os materiais didáticos na preparação da visita

7%6

32%23

18,3%29

C. Realiza em classe alguma atividade prévia à visita

43,7%38

45%32

44,5%70

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Resultados

AÇÕES DOS PROFESSORES DEPOIS DA VISITA

PROFESSORES PRIMÁRIOS

(N=87)

PROFESSORES SECUNDÁRIOS

(N=71)

TOTAL DE PROFESSORES

(N=158)A. Não realizam nenhuma atividade 32%

2838%27

34,8%55

B. Realizam alguma atividade 68%59

62%44

65,2%103

B.1. Falam em geral da visita e seus aspectos lúdicos, sem mencionar atividades concretas relacionados com o currículo

58,6%51

48%34

54%85

B.2. Realizaram experiências similares das visitas nos museus, mandaram fazer um relatório sobre a visita

7%6

8,5%6

7,5%12

C. Trabalharam os materiais didáticos do museu

2,3%2

5,5%4

3,8%6

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Resultados

ASPECTOS POSITIVOS PROFESSORES PRIMÁRIOS

(N=87)

PROFESSORES SECUNDÁRIOS

(N=71)

TOTAL DE PROFESSORES

(N=158)Aspectos técnicos : duração, organização, distribuição dos módulos e salas...

13,7%12

9,9%7

12,1%19

Aspectos didáticos: boas qualidades de comunicação do monitor, fácil compreensão na visita guiada

39,1%34

43,6%31

41,1%65

Aspectos de conteúdo: boa relação da visita com os conteúdos do currículo

19,5%17

12,7%9

16,5%26

Aspectos procedimentais: interatividade dos módulos, experimentação.

18,4%16

35,2%25

25,9%41

Aspectos atitudinais: os estudantes se divertiram, boa cooperação em grupo, boa atitude dos estudantes

35,6%31

30,9%22

33,5%53

Nenhuma resposta 3 2 3%5

Como os professores avaliaram a visita ao museu? (Aspectos positivos da visita)

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Resultados

Professor organizador papel de apenas organizar a visita ao museu. Não realizam atividades pré ou pós visita e nem consultam os materiais didáticos do museu (organização e aspectos lúdicos) – 75%

Professor tradicional Se preocupam além da organização e aspectos lúdicos, da experimentação e aprendizagem de conceitos científicos.

Professor inovador se preocupam não só com os aspectos lúdicos e experimentais, mas também com a aprendizagem de conceitos e procedimentos concretos do currículo do curso (utiliza materiais didáticos para preparar a visita com atividades para antes e depois da mesma) – APENAS 5%

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Conclusões

Maioria dos professores não realizam uma preparação para as visitas professores ficam passivos (observando a atuação de

monitores) não buscam estabelecer relações dos conteúdos vistos

no museu com aqueles trabalhados em sala de aula

Os museus perdem o potencial pedagógico de ensino

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Conclusões

Prováveis razões: Professores não consideram uma tarefa

profissional

Problemas de tempo, necessidades dos estudantes e pressões econômicas limitam as possibilidades e a boa disposição para realizar uma preparação adequada;

Formação dos professores

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OBRIGADA!!!

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Referências Bibliográficas Mortara, A.A. Desafios da Relação museu-escola. Comunicação e

educação, São Paulo. v. 10. p. 50 a 56. 1997.

Jacobucci, D. F. C. Contribuições dos espaços não-formais de educação para a formação da cultura científica. Em extensão, Uberlândia. v. 7. 2008.

Rocha, V.; Lemos, E. S. Schall, V. T. A contribuição do museu da vida para a educação não formal em saúde e ambiente: uma proposta de produção de indicadores para a elaboração de novas atividades educativas. X Reunión de la Red de Popularización de la Ciencia y la Tecnología en América Latina y el Caribe (RED POP - UNESCO) y IV Taller “Ciencia, Comunicación y Sociedad” San José, Costa Rica, 2007

Requeijo, F.; Nascimento, C. M. P.; Costa, A. F.; Amorim, A. G. e Vasconcellos, M.M.N. Professores, visitas orientadas e museu de ciência: uma proposta de estudo da colaboração entre museu e escola. Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências, Florianópolis, 2009.