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As plantas e o fogo: até quando conviverão?

Normalmente associamos a presença do fogo ao fim das espécies vegetais, mas não é bem assim. Sem sombra de dúvidas, o fogo geralmente causa enormes prejuízos às plantas, podendo inclusive levá-las a extinção. Poalguns casos, curiosamente elas sobrevivem e, às vezes, até se beneficiam desta situação.

Algumas espécies vegetais são altamente resistentes a ação do fogo, destacandoneste particular as Sequóias (Sequoiadendron giganteumSombreiros/Carvalhos (Quercus suberque sobrevivem a situações rigorosas de queimadas. Outras, apesar de não terem essa capacidade, conseguem também ressurgirem após o fogo, se adaptando ou se defendendo da condição estabelecida ou, até mesmo, sendo estimuladas a recrescereproduzirem devido ao próprio fogo. Será que tudo isto e outras razões a mais que, por limitações de informações sobre o assunto deixamos de relatar aqui, tornam suficientes para não termos preocupações com a ação do fogo sobre as planttratar-se de uma razoável pergunta para refletirmos um pouco e tentar respondêcientificamente ou mesmo empiricamente, seja através das sofisticadas ferramentas atualmente disponibilizadas pela Ciência ou pelas nossas

As pesquisas e as próprias experiências nesse sentido revelam que adaptações morfofisiológicas são as grandes responsáveis pela resistência, regeneração e sobrevivência das plantas ao fogo ao longo dos anos. Talvez aqui eformulada, mas será que isto acontecerá sempre ou será que espécies tidas como resistentes ou tolerantes passarão a serem frágeis e vulneráveis não suportando mais a ação desse fator. O fogo existe desde o surgimento da Tenão causando neste caso malefícios consideráveis às plantas. O problema é que quando ocasionado pelos diversos artifícios criados pelo homem promove impactos negativos de grande magnitude, tais como os obe outros mais.

Parece, portanto, que precisamos ter consciência da importância que deve ser dada ao Controle do Fogo, em um esforço conjunto Sociedade e Governo, envolvendo todos os seguimentos relacionados a esta ação, através de Campanhas Educativas nos diversos meios de comunicações disponíveis, bem como promovendo incentivos e premiações àqueles que protegem as comunidades vegetais livrandoespécies resistentes e resilientes ao fogo, é presumível que as plantas livres deste fator certamente viverão melhor, sem riscos de extinções.

Embora apresentem lá seus benefícios, jamais deveremos imaginar que o “bom” manejo do fogo poderá compensar os malefícios cotidiano, essa convivência das plantas com o fogo não deixará de existir da noite para o dia, mas não poderemos perder a esperança de ver uma hora isto acontecer.

As plantas e o fogo: até quando conviverão?

Normalmente associamos a presença do fogo ao fim das espécies vegetais, mas não é bem assim. Sem sombra de dúvidas, o fogo geralmente causa enormes prejuízos às plantas, podendo

las a extinção. Porém, em alguns casos, curiosamente elas sobrevivem e, às vezes, até se beneficiam

Algumas espécies vegetais são altamente resistentes a ação do fogo, destacando-se neste particular as Sequóias Sequoiadendron giganteum) e

Quercus suber) que sobrevivem a situações rigorosas de queimadas. Outras, apesar de não terem essa capacidade, conseguem também ressurgirem após o fogo, se adaptando ou se defendendo da condição estabelecida ou, até mesmo, sendo estimuladas a recrescereproduzirem devido ao próprio fogo. Será que tudo isto e outras razões a mais que, por limitações de informações sobre o assunto deixamos de relatar aqui, tornam suficientes para não termos preocupações com a ação do fogo sobre as plantas? Modestamente acreditamos

se de uma razoável pergunta para refletirmos um pouco e tentar respondêcientificamente ou mesmo empiricamente, seja através das sofisticadas ferramentas atualmente disponibilizadas pela Ciência ou pelas nossas simples observa ções do dia

As pesquisas e as próprias experiências nesse sentido revelam que adaptações morfofisiológicas são as grandes responsáveis pela resistência, regeneração e sobrevivência das plantas ao fogo ao longo dos anos. Talvez aqui esteja a resposta a pergunta acima formulada, mas será que isto acontecerá sempre ou será que espécies tidas como resistentes ou tolerantes passarão a serem frágeis e vulneráveis não suportando mais a ação desse fator. O fogo existe desde o surgimento da Terra provocado por fenômenos naturais como os raios, não causando neste caso malefícios consideráveis às plantas. O problema é que quando ocasionado pelos diversos artifícios criados pelo homem promove impactos negativos de grande magnitude, tais como os observados nos incêndios às florestas, queimas dos canaviais

Parece, portanto, que precisamos ter consciência da importância que deve ser dada ao Controle do Fogo, em um esforço conjunto Sociedade e Governo, envolvendo todos os

acionados a esta ação, através de Campanhas Educativas nos diversos meios de comunicações disponíveis, bem como promovendo incentivos e premiações àqueles que protegem as comunidades vegetais livrando-as deste mal, pois não obstante serem algumas

resistentes e resilientes ao fogo, é presumível que as plantas livres deste fator certamente viverão melhor, sem riscos de extinções.

Embora apresentem lá seus benefícios, jamais deveremos imaginar que o “bom” manejo do fogo poderá compensar os malefícios provocados pelo seu mau uso. Pelo que vemos no cotidiano, essa convivência das plantas com o fogo não deixará de existir da noite para o dia, mas não poderemos perder a esperança de ver uma hora isto acontecer.

AREIA-PB, 21 de abril de 2012

M.Sc. doutorando em ciências do solo

As plantas e o fogo: até quando conviverão?

essa capacidade, conseguem também ressurgirem após o fogo, se adaptando ou se defendendo da condição estabelecida ou, até mesmo, sendo estimuladas a recrescerem, germinarem ou reproduzirem devido ao próprio fogo. Será que tudo isto e outras razões a mais que, por limitações de informações sobre o assunto deixamos de relatar aqui, tornam suficientes para

as? Modestamente acreditamos se de uma razoável pergunta para refletirmos um pouco e tentar respondê-la, quer

cientificamente ou mesmo empiricamente, seja através das sofisticadas ferramentas simples observa ções do dia-a-dia.

As pesquisas e as próprias experiências nesse sentido revelam que adaptações morfofisiológicas são as grandes responsáveis pela resistência, regeneração e sobrevivência

steja a resposta a pergunta acima formulada, mas será que isto acontecerá sempre ou será que espécies tidas como resistentes ou tolerantes passarão a serem frágeis e vulneráveis não suportando mais a ação desse fator. O

rra provocado por fenômenos naturais como os raios, não causando neste caso malefícios consideráveis às plantas. O problema é que quando ocasionado pelos diversos artifícios criados pelo homem promove impactos negativos de

servados nos incêndios às florestas, queimas dos canaviais

Parece, portanto, que precisamos ter consciência da importância que deve ser dada ao Controle do Fogo, em um esforço conjunto Sociedade e Governo, envolvendo todos os

acionados a esta ação, através de Campanhas Educativas nos diversos meios de comunicações disponíveis, bem como promovendo incentivos e premiações àqueles que

as deste mal, pois não obstante serem algumas resistentes e resilientes ao fogo, é presumível que as plantas livres deste fator

Embora apresentem lá seus benefícios, jamais deveremos imaginar que o “bom” manejo do provocados pelo seu mau uso. Pelo que vemos no

cotidiano, essa convivência das plantas com o fogo não deixará de existir da noite para o dia,

João Abílio Diniz Engenheiro agrônomo

doutorando em ciências do solo UFPB/EMATER-RO