as maldições hereditárias existem

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As maldições hereditárias existem? INTRODUÇÃO A questão sobre as maldições hereditárias tem sido objeto de inúmeras discussões no meio cristão. O problema é muito interessante porque diz respeito à maneira como Deus opera a sua justiça. Nossa intenção não é, de forma alguma, criticar qualquer corrente doutrinária ou qualquer ministério. Fizemos um estudo e o resumimos ao máximo, com embasamento unicamente bíblico. Não pesquisamos qualquer livro sobre o assunto, porque nosso objetivo foi encontrar a pureza do que diz a Palavra de Deus. Portanto, não se quer aqui dar a estas poucas linhas um caráter de réplica ao que tem sido dito em diversas igrejas, mas, tão-somente, oferecer uma visão que nos parece ser correta. "Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor; a sua saída, como a alva, é certa; e ele a nós virá como chuva, como a chuva serôdia que rega a terra." (Oséias 6:3) Se pesquisarmos alguns textos bíblicos, não será difícil notar que a Palavra de Deus contém passagens em que se evidencia, explícita ou implicitamente, a existência de maldições que se estendem por muitas gerações de uma mesma família. Diz, p. ex., o capítulo 20, versículo 5, segunda parte, do livro de Êxodo: ".... sou Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam." Esse é um ponto quase que pacífico dentro das doutrinas que têm surgido no meio evangélico. No entanto, a questão suscita antagonismos quando diz respeito à vida de um cristão. Pode um cristão autêntico carregar o peso de uma maldição proveniente de seus antepassados? A Bíblia, ao que nos parece, não se eximiu de aclarar plenamente essa questão; e ela o fez em diversos de seus textos. Em provérbios, pode-se ler uma passagem muito interessante para que possamos entender como Deus entende essas questões: "A maldição do

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Page 1: As Maldições Hereditárias Existem

As maldições hereditárias existem?INTRODUÇÃO

A questão sobre as maldições hereditárias tem sido objeto de inúmeras discussões no meio cristão. O problema é muito interessante porque diz respeito à maneira como Deus opera a sua justiça. Nossa intenção não é, de forma alguma, criticar qualquer corrente doutrinária ou qualquer ministério. Fizemos um estudo e o resumimos ao máximo, com embasamento unicamente bíblico. Não pesquisamos qualquer livro sobre o assunto, porque nosso objetivo foi encontrar a pureza do que diz a Palavra de Deus. Portanto, não se quer aqui dar a estas poucas linhas um caráter de réplica ao que tem sido dito em diversas igrejas, mas, tão-somente, oferecer uma visão que nos parece ser correta.

"Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor; a sua saída, como a alva, é certa; e ele a nós virá como chuva, como a chuva serôdia que rega a terra." (Oséias 6:3) Se pesquisarmos alguns textos bíblicos, não será difícil notar que a Palavra de Deus contém passagens em que se evidencia, explícita ou implicitamente, a existência de maldições que se estendem por muitas gerações de uma mesma família. Diz, p. ex., o capítulo 20, versículo 5, segunda parte, do livro de Êxodo: ".... sou Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam." Esse é um ponto quase que pacífico dentro das doutrinas que têm surgido no meio evangélico. No entanto, a questão suscita antagonismos quando diz respeito à vida de um cristão. Pode um cristão autêntico carregar o peso de uma maldição proveniente de seus antepassados? A Bíblia, ao que nos parece, não se eximiu de aclarar plenamente essa questão; e ela o fez em diversos de seus textos. Em provérbios, pode-se ler uma passagem muito interessante para que possamos entender como Deus entende essas questões: "A maldição do Senhor habita na casa do ímpio, mas ele abençõa a habitação dos justos." (Provérbios 3:33) O que se infere daqui é que, se há algum critério que aponta o índividuo que deve receber maldição, tal critério aponta para o ímpio. Pelo versículo, a habitação dos justos é abençoada. Portanto, se um pai foi injusto, mas seu filho amou a justiça, poderia Deus, contradizendo o texto de Provérbios, permitir que a maldição habitasse as casas de ambos? No livro de Ezequiel se encontram os trechos mais contundentes a respeito do tema em comento. Eles se encontram no capítulo 18. Aliás, todo esse capítulo se refere às maldições hereditárias, convindo, portanto, que seja lido por inteiro. Vamos, aqui, destacar apenas alguns versículos principais: "Quanto ao seu pai, porque praticou extorsão, e roubou os bens do irmão, e fez o que não era bom no meio de seu povo, eis que ele morrerá na sua iniquidade" (versículo 18) "Contudo dizeis: Por que não levará o filho a iniquidade do pai? Ora, se o filho proceder com retidão e justiça, e guardar todos os meus estatutos, e os cumprir, certamente viverá" (versículo 19) E o versículo que nos parece ser o mais explícito: "A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniquidade do pai, nem o pai levará a iniquidade do filho. A justiça do justo ficará sobre ele, e a impiedade do ímpio cairá sobre ele." (versículo 20) De fato, o nosso Deus é um bom Deus. Ele é um centro do qual irradia toda a justiça. Não pagará o filho pela maldade de seu pai, desde que não dê continuidade

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às obras paternas. Ao filho justo de um pai que viveu sob maldição, o Espírito de Deus dará novo destino. Por fim, para condensar tudo o que estamos querendo demonstar, diz a rica e divina sabedoria contida nas páginas do livro de Provérbios: "Como o pássaro no seu vaguear, como a andorinha no seu voar, assim a maldição sem causa não encontra pouso." (Provérbios 26:2) Grande e harmônica é a Palavra de Deus! Este último versículo põe em relevo o pensamento do Senhor sobre quem estará sujeito aos efeitos das maldições. Se não houver causa, se o indíviduo não fizer jus à maldição, se ele for um servo fiel a Deus, a maldição não poderá pousar sobre sua vida. O versículo anterior a esse (Provérbios 26:1) diz em sua segunda parte que "... não convém ao tolo a honra." Da mesma forma, dizemos que não convém àquele que foi santificado pelo Sangue de Jesus as maldições. Assim, só se pode concluir que o que determinará a incidência de benção ou de maldição sobre a vida de um indivíduo será o caminho que ele escolher. Se a responsabilidade é individual, de pouco valeria uma série de orações que tenham como finalidade "afastar" as maldições da vida das pessoas. Essas orações teriam, sim, muita força se objetivassem levar a Deus corações contritos, que desejem abandonar os maus caminhos, as práticas injustas e a falta de amor, pois que não há outra razão, senão essas, para que alguns estejam sob o terrível efeito das maldições hereditárias. Realmente, algumas igrejas têm feito trabalhos para libertar cristãos de maldições. Também é certo que muitas das vidas que participam dessas atitudes de fé têm obtido êxito e crescimento espiritual. No entanto, acreditamos que isso não decorra da "quebra de maldições", mas de uma aproximação que as pessoas acabam tendo junto a Deus; e o Senhor não despreza um coração contrito. Ele não recebe apenas aqueles que compreendem teologia ou que tenham vasta cultura bíblica. Isso é muito importante, para todos nós, mas o que Deus busca é siceridade, fé, rrependimento. O caminho para se encontrar o Reino de Deus é agir com a sinceridade de uma criança. Surge então uma pegunta: Se tantas vidas são edificadas nos trabalhos de "quebra de maldições", porque seria tão importante fazer com que as pessoas compreendam biblicamente essa questão? A resposta está, novamente, em Ezequiel 18, nos seus versículos iniciais: "Que quereis vós dizer, citando na terra de Israel este provérbio: Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos se embotaram? Vivo eu, diz o Senhor Deus, não se vos permite mais usar deste provérbio em Israel." (Ezequiel 18: 2, 3) O Senhor proibiu o povo de Israel de repetir um provérbio que expressava o pensamento de que Deus pune os filhos de pais injustos, independentemente da retidão desses filhos. Entendemos essa vedação. Deus quer que compreendamos sua palavra, quer que compreendamos, naquilo que nos é revelado, a sua natureza e sua justiça, para que possamos assimilar esses posicionamentos, bem como vivê-los e transmiti-los aos nosso irmãos. Muitas pessoas culpam suas gerações passadas por seus fracassos. Contudo, muita vez, esses fracassos decorrem de uma vida incauta, sem observância dos preceitos Bíblicos e que não ama a justiça. Assim, muitas dessas pessoas acabam desprezando a necessidade de se modificarem, uma vez que é muito mais fácil identificar uma situação que lhes é exterior como causa de todos os seus problemas. Assim, a Bíblia, como reveladora da natureza de Deus, nos assegura a benção, a vitória, o crescimento e a prosperidade, desde que aceitemos, verdadeiramente, o Senhor Jesus, que nos ensinou que é preciso que se lave, inicialmente, o interior do copo, para que, então, o exterior também se torne limpo. Não subsiste maldição ou qualquer outro sinal externo de derrota para aqueles que têm suas vidas modificadas pelo poder do Espírito Santo de Deus. Nós podemos acrescentar o que fala em DEUTERONÔMIO 28, que fala à respeito de BENÇÃOS e MALDIÇÕES, faça uma leitura você sobre este capítulo inteiro.