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AS GEOTECNOLOGIAS NO ENSINO DE GEOGRAFIA: POSSIBILIDADES DE TRABALHAR A ALFABETIZAÇÃO CARTOGRAFICA COM O GOOGLE EARTH. Tamara de Castro Régis 1 João Ricardo Eller Goulart 2 Ruth Emília Nogueira 3 Resumo Este artigo tem como objetivo apresentar uma proposta de utilização das geotecnologias como instrumento para o ensino e aprendizagem de Cartografia e consequentemente de Geografia. Para tanto, propomos um dialogo acerca das utilizações das geotecnologias como ferramentas a alfabetização cartográfica, entendendo-a como um processo de aquisição de conhecimentos cartográficos que serão necessários para a compreensão posterior de conteúdos geográficos, através da confecção e leitura de mapas pelos estudantes. Foi avaliada a plataforma do Google Earth Pro como ferramenta para o ensino de cartografia e elencadas algumas atividades que podem ser realizadas pelos professores de geografia em sala de aula, utilizando esta geotecnologia como ferramenta para o ensino mais dinâmico de Geografia. Como justificativa a este trabalho se apresenta a necessidade de entender a aproveitar os avanços tecnológicos disponíveis para o ensino, fazendo do momento de aprendizagem algo mais dinâmico e significativo. Ressaltamos ainda a possibilidade de trazer, com a utilização das geotecnologias, os conteúdos geográficos para o espaço de vivência do aluno, auxiliando-o no processo de compreensão do espaço local e fortalecendo o sentimento de pertencimento ao lugar em que estes estão inseridos. Palavras-chave: Geotecnologias; Ensino de Geografia; Alfabetização Cartográfica, Google Earth Pro; Metodologia de Ensino. 1 Mestranda do curso pós-graduação em geografia da Universidade Federal de Santa Catarina. [email protected] 2 Mestrando do curso pós-graduação em geografia da Universidade Federal de Santa Catarina. [email protected]. 3 Professora do Departamento de Geociências da Universidade Federal de Santa Catarina. [email protected].

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AS GEOTECNOLOGIAS NO ENSINO DE GEOGRAFIA: POSSIBILIDADES

DE TRABALHAR A ALFABETIZAÇÃO CARTOGRAFICA COM O GOOGLE

EARTH.

Tamara de Castro Régis1

João Ricardo Eller Goulart2

Ruth Emília Nogueira3

Resumo

Este artigo tem como objetivo apresentar uma proposta de utilização das geotecnologias

como instrumento para o ensino e aprendizagem de Cartografia e consequentemente de

Geografia. Para tanto, propomos um dialogo acerca das utilizações das geotecnologias

como ferramentas a alfabetização cartográfica, entendendo-a como um processo de

aquisição de conhecimentos cartográficos que serão necessários para a compreensão

posterior de conteúdos geográficos, através da confecção e leitura de mapas pelos

estudantes. Foi avaliada a plataforma do Google Earth Pro como ferramenta para o

ensino de cartografia e elencadas algumas atividades que podem ser realizadas pelos

professores de geografia em sala de aula, utilizando esta geotecnologia como ferramenta

para o ensino mais dinâmico de Geografia. Como justificativa a este trabalho se

apresenta a necessidade de entender a aproveitar os avanços tecnológicos disponíveis

para o ensino, fazendo do momento de aprendizagem algo mais dinâmico e

significativo. Ressaltamos ainda a possibilidade de trazer, com a utilização das

geotecnologias, os conteúdos geográficos para o espaço de vivência do aluno,

auxiliando-o no processo de compreensão do espaço local e fortalecendo o sentimento

de pertencimento ao lugar em que estes estão inseridos.

Palavras-chave: Geotecnologias; Ensino de Geografia; Alfabetização Cartográfica,

Google Earth Pro; Metodologia de Ensino.

1 Mestranda do curso pós-graduação em geografia da Universidade Federal de Santa Catarina.

[email protected]

2 Mestrando do curso pós-graduação em geografia da Universidade Federal de Santa Catarina.

[email protected].

3 Professora do Departamento de Geociências da Universidade Federal de Santa Catarina.

[email protected].

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INTRODUÇÃO

O ensino de cartografia nos primeiro e segundo ciclo do ensino fundamental ainda

continua frequentemente associado à mera exposição de mapas nas aulas de geografia

ou então ao processo de colorir mapas, prática que vem sendo censurada pelos

pesquisadores na área de cartografia escolar e também recriminada pelos Parâmetros

Curriculares Nacionais (PCN) para o ensino de geografia, por não se tratar de um

verdadeiro ensino dos elementos cartográficos presentes em um mapa e por não trazer

domínios significativos aos estudantes.

O que se questiona é por que muitas vezes o ensino dos conteúdos cartográficos

passa a ser o ato mecânico de colorir ou localizar lugares em um planisfério. Que

situações colaboram para que o ensino de Cartografia seja pouco explorado pelos

professores? A falta de didática para ensinar conteúdos cartográficos muitas vezes

advém de uma formação inicial de professores falha e da carência de formação

continuada e cursos de especialização para se trabalhar esses conteúdos. Percebe-se que

o estranhamento dos professores de Geografia e pedagogos para trabalhar conteúdos

cartográficos se reflete em sua prática em sala de aula, desmotivação e desconhecimento

acerca de metodologias e recursos para que o ensino dos conteúdos cartográficos seja

mais efetivo.

Refletindo acerca deste tema percebemos que a cartografia se mostra aliada ao

ensino de Geografia, principalmente com a concepção da Cartografia Escolar como

metodologia e estratégia de ensino, pautadas na exploração dos elementos cartográficos

e nos mapas.

A carência de recursos didáticos para o ensino se apresenta como um dos

problemas encontrados no processo de ensino aprendizagem de geografia. Essa advém

da carência de tempo dos professores para confeccionar materiais específicos e da falta

de formação para utilizar-se dos recursos existentes.

Neste sentido as geotecnologias pensadas como ferramentas para o ensino vêm

suprir essa lacuna de metodologias e procedimentos didáticos que podem ser explorado

pelos professores para o ensino dos conteúdos cartográficos ao mesmo tempo em que

aproxima os conteúdos do espaço vivido dos alunos, possibilitando uma aprendizagem

significativa.

A utilização das geotecnologias colabora ainda para despertar o interesse dos

alunos ao aproximá-los das tecnologias existentes auxiliando-os a compreender outras

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funcionalidades dos recursos tecnológicos disponíveis, e contribuindo para o processo

de ensino e aprendizagem, tendo em vista que este pode ocorrer dentro e fora dos

ambientes escolares.

As reflexões acima conduzem ao objetivo deste artigo que é a proposição de uma

metodologia para o ensino de Geografia tendo como foco a utilização das

geotecnologias como instrumento para o ensino aprendizagem de cartografia. Para tanto

se buscou as ferramentas disponíveis no Google Earth Pro, elencando possibilidades

para o ensino de determinados conteúdos cartográficos, com o intuito de que o professor

de Geografia tenha disponível uma ferramenta gratuita e de fácil acesso para visualizar

o espaço e ensinar geografia.

METODOLOGIA

Nosso trabalho foi dividido em três momentos: Inicialmente realizamos um

levantamento bibliográfico acerca da utilização das geotecnologias para o ensino de

geografia. Também pesquisamos acerca da cartografia escolar e a alfabetização

cartográfica, com enfoque para os conteúdos que necessitam ser ensinados aos

estudantes neste processo de alfabetização.

Essa pesquisa bibliográfica serviu para dar suporte teórico a segunda etapa na

qual analisamos o software Google Earth Pro como uma possível ferramenta para a

Alfabetização Cartográfica.

Depois, elencamos uma serie de possibilidades de atividades que podem ser

desenvolvidas pelos professores, juntamente com os alunos em uma sala de

computadores, explorando o Google Earth Pro como uma ferramenta para o ensino de

conteúdos cartográficos como, visão obliqua e visão vertical, imagem tridimensional e

bidimensional, simbologia, escala, variáveis visuais, orientação geográfica, entre outros

conteúdos necessários ao processo da alfabetização cartográfica.

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GEOTECNOLOGIAS APLICADAS AO ENSINO DE GEOGRAFIA

Atualmente estamos vivenciando a era do desenvolvimento técnico cientifico

informacional que tem como principais características o amplo desenvolvimento dos

meios de circulação de bens e de informação. Estes se concretizam no espaço através

dos encurtamentos das distancias geográficas e do acesso a bens, conteúdos

informacionais e a comunicação a longa distância. Segundo Dias (2009) a redução do

lapso de tempo permitiu instalar uma ponte entre os lugares distantes: doravante estes

estão virtualmente aproximados.

Grande parte deste processo que se materializa nos distintos campos do

conhecimento nos dias atuais advém dos avanços tecnológicos no desenvolvimento das

modernas tecnologias espaciais. Nesta perspectiva podem ser englobadas as chamadas

Geotecnologias. Conforme Fitz (2008), as geotecnologias podem ser entendidas como

as novas tecnologias ligadas às geociências e correlatas, as quais trazem significativos

avanços em ações de planejamento, em processos de gestão, manejo e demais aspectos

relacionados ao espaço geográfico. Como afirma Rosa (2005), as geotecnologias

também são conhecidas como geoprocessamento e envolvem qualquer tipo de

processamento de dados georreferenciados, procurando abstrair o mundo real e

transferi-lo para a tela do computador.

Dentre as geotecnologias mais utilizadas, Florenzano (2005) destaca o

sensoriamento remoto (SR). O sensoriamento remoto, aplicado neste trabalho,

proporciona uma visão de conjunto multitemporal de extensas áreas da superfície

terrestre, permitindo estudos regionais e integrados. Além disso, o SR juntamente com

as demais geotecnologias tem evoluído significativamente nas últimas décadas, à

medida que com a implantação dos satélites artificiais, se tornou possível "(re)conhecer"

a Terra através da coleta de diferentes dados e da aquisição de imagens da sua

superfície.

É considerável o número de satélites orbitando em torno da Terra e captando e

disponibilizando imagens de distintas resoluções que têm sido utilizadas, entre outras

coisas, para estudo de fenômenos ambientais, sociais com destaque para o planejamento

do espaço urbano e gestão de recursos naturais.

Desta forma, estas atribuições têm se tornado cada vez mais frequente a utilização

das geotecnologias aplicadas ao ensino. Esse processo desencadeado a partir da Nova

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Lei de Diretrizes e Bases da Educação (9394/96), resultante em parte da evolução e

ampliação do conhecimento sistematizado, vem sendo assinalada à necessidade de a

educação escolar trabalhar com conteúdos e recursos que qualifiquem o cidadão para a

vida na sociedade moderna tecnológica. Em consonância com a lei, os parâmetros

curriculares nacionais e as diretrizes para o ensino médio, destacam a importância do

trabalho com o conhecimento científico e tecnológico no ensino fundamental e médio,

respectivamente (BRASIL, 2003).

No entanto, essas orientações governamentais vêm de encontro ao ensino

propiciado aos professores em formação no ambiente acadêmico, onde muitas vezes as

geotecnologias são apresentadas apenas como uma ferramenta de análise do espaço

geográfico sem nenhum destaque para a possibilidade de emprego das mesmas para o

ensino de conteúdos geográficos. Essa realidade se reflete na ausência de formação

inicial por parte dos professores para empregar metodologias que envolva essa

tecnologia.

Além dos conteúdos cartográficos que serão apresentados neste trabalho, as

geotecnologias podem ser aplicadas para o estudo de inúmeros conteúdos, tanto da

chamada geografia física como da geografia humana. Um dos aspectos de grande

referência que pode ser destacado, que é propiciado pela utilização das geotecnologias é

a coleta de imagens reais da superfície terrestre, pois estas, pela forma integrada que

apresentam as informações, colaboram para um estudo geográfico pautado em uma

visão sistêmica dos elementos naturais e culturais que compõe o espaço geográfico,

objeto de estudo da geografia.

A CARTOGRAFIA ESCOLAR E A ALFABETIZAÇÃO CARTOGRÁFICA

O saber cartográfico ensinado, que está relacionado à Cartografia e Educação, tem

despertado interesse de pesquisadores brasileiros com o intuito de elaborar estudos que

contribuam com o ensino e a aprendizagem de Geografia, permitindo reflexões, novas

concepções e metodologias de ensino adequadas de acordo com a faixa etária dos

educandos, tendo como resultado a Cartografia Escolar. (MELO, 2007)

A Cartografia Escolar vem se estabelecendo no currículo, sendo vista como um

saber que está em construção no contexto atual, momento em que a tecnologia

influencia as práticas sociais e as concepções educacionais e se destaca a forte

influência da cultura nas práticas escolares. (ALMEIDA, 2007).

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Ainda sobre a Cartografia Escolar Almeida (2001) ressalta que esta vem se

estabelecendo como um conhecimento construído nas interfaces entre a cartografia, a

educação e a geografia.

Esta interface pode ser visualizada na Figura 1 de Almeida (2009). Nesta, além

de mostrar a relação entre a Geografia, o Ensino e a Cartografia na composição da

Cartografia Escolar, a autora traz também a interdisciplinaridade que pode ser

explorada, e que esta pode ser utilizada na educação formal (ambiente escolar) e

informal (no lazer e no cotidiano), podendo tanto ser utilizada para o aporte do mundo

real como o virtual (internet), ressaltando assim a possibilidade de inserção das novas

tecnologias para o ensino da cartografia para estudantes.

Figura 1 Cenários da Cartografia Escolar

Fonte: Almeida, 2009.

Pesquisadores desta área de estudo debruçam-se sobre a pesquisa de metodologias

para que ocorra o ensino dos conteúdos geográficos utilizando-se da cartografia, ora

como conteúdo a ser aprendido, ora como metodologia para se ensinar conteúdos

geográficos.

Na geografia escolar a cartografia está presente desde as diretrizes que formulam

os conteúdos a serem ensinados, como no PCN de Geografia que traz em sua p. 118 a

seguinte afirmação:

“O estudo da linguagem cartográfica, por sua vez tem cada vez mais

reafirmado sua importância, desde o inicio da escolaridade. Contribui

não apenas para que os alunos venham a compreender e utilizar uma

ferramenta básica da geografia, os mapas como também para

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desenvolver capacidades relativas à representação do espaço”.

(BRASIL, 1998)

O ensino de Geografia com base em colorir mapas, escrever nomes de rios ou

cidades enfim, memorizar as informações representadas nos mapas a muito tem sido

questionado por pesquisadores na área da Cartografia Escolar e se mostra falho, pois

não capacita o aluno para uma análise crítica do que esta sendo observado, muito menos

a se tornar um mapeador consciente. O próprio PCN, na página 118, traz que este

método “não garante que eles [estudantes] construam conhecimentos necessários, tanto

para ler mapas como para representar o espaço cartograficamente”.

Referente à área da cartografia dentro dos parâmetros para ensino de geografia o

PCN traz que ao final do ensino fundamental o aluno deve ser capaz de saber utilizar a

linguagem cartográfica para obter informações e representar a espacialidade dos

fenômenos geográficos. (BRASIL, 1998)

Para o segundo ciclo o PCN traz que a cartografia deve ser uma continuação do

primeiro ciclo, porém mais detalhada. Sendo que o professor deverá abordar de forma

mais aprofundada noções de distância, direção e orientação, assim como deverá ser

trabalhado proporção e escala. É necessário que os alunos adquiram habilidade para

compreender que é preciso obedecer algumas regras e convenções para a confecção de

mapas e que demonstrem domínio destas na produção de mapas simplificados. Alguns

conteúdos devem ser trabalhados no segundo ciclo como localização, pontos cardeais,

divisões e contornos políticos dos mapas, sistemas de cores e legendas.

Ao final deste ciclo referente às habilidades em cartografia,espera-se que o

educando possa:

“utilizar a linguagem cartográfica para representar e interpretar

informações em linguagem cartográfica, observando a necessidade de

indicações de direção, distância, orientação e proporção para garantir a

legibilidade da informação”. (BRASIL, 1998, p. 144)

Analisando os parâmetros curriculares para a Geografia podemos perceber que

estes consideram a cartografia como uma das possibilidades para a compreensão dos

fenômenos ocorridos no espaço geográfico. Ao mesmo tempo em que estes dão

diretrizes para que se faça um trabalho aprofundado das convenções cartográficas, há

uma preocupação de que se articulem os conteúdos com a cartografia de modo a ilustrar

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e enfatizar a importância de seu uso tanto como conteúdo curricular, como instrumento

de analise espacial.

Temos em mente que a Cartografia Escolar pode tanto ser um conteúdo curricular

como uma linguagem da qual o professor pode lançar mão para explicar e ilustrar

diversos outros conteúdos geográficos. Passamos então, a discutir a cartografia como

uma metodologia de ensino e como está sendo explorada a fim de que os alunos tenham

domínio de diversos conteúdos geográficos e possam compreender a relevância destes e

a espacialidade dos fenômenos.

Castellar e Vilhena (2010, p.122) defendem que:

“a linguagem cartográfica torna-se uma metodologia inovadora à

medida em que permite relacionar conteúdos conceitos e fatos;

permite a compreensão pelos alunos de parte e da totalidade do

território e está vinculada a valores de quem elabora ou lê o mapa”.

Porém, para que se explore a linguagem cartográfica é necessário que o professor

domine os conteúdos acerca da cartografia convencional e elabore técnicas ou

metodologias para repassar estes conteúdos para os alunos sob a forma da cartografia

escolar. Somente ao dominar os conteúdos fundamentais de cartografia, como os

elementos dos mapas (escala, simbologia, legenda, coordenadas geográficas) e como se

dá o processo de confecção de um mapa (levantamento de dados, escolha de projeção,

variáveis gráficas) se pode auxiliar o escolar a aprender a ler mapas. E estes, com a nova

habilidade adquirida, podem utilizar-se deste conhecimento para apreender e

compreender conteúdos geográficos representados nos mapas.

Castellar e Vilhena (2010) ressaltam que ensinar a ler em geografia consiste em

criar condições para que o escolar leia o espaço vivido através da utilização da

linguagem cartográfica como meio de coleta de informações. Desta forma, para o que o

escolar adquira a habilidade de ler o mundo, ele necessita estruturar as redes

conceituais; O aluno precisa atribuir sentido ao que esta sendo ou foi cartografado.

Discutindo a possibilidade de ensinar os estudantes a serem mapeadores Almeida,

(2010, p. 18) mostra os problemas existentes a serem enfrentados:

“ [...] Sabe-se que na escola o uso de mapas tem se restringido, na

maior parte dos casos, apenas a ilustrar ou mostrar onde as

localidades, ou ocorrências estão. Por outro lado, a formação do

cidadão não é completa se ele não domina a linguagem cartográfica,

se não é capaz de usar um mapa”.

Complementando as análises de como os mapas são utilizados em sala de aula,

Nogueira e Fuckner (2005, p. 119) refletem que:

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“Os mapas deveriam ser companheiros inseparáveis dos professores

de geografia e serem realmente utilizados e explorados como um

valioso instrumento de ensino. Isto significa começar pelo ensino de

como se fazem mapas e assim evoluir para o ensino com os mapas.”

No mesmo texto esses autores discorrem das dificuldades apresentadas por alguns

professores para ensinar cartografia, sendo que estas advêm principalmente destes não

terem aprendido corretamente ou de forma significativa cartografia nos cursos de

graduação.

Castellar e Vilhena (2010) trazem o conceito de letramento cartográfico sendo

este um processo que tem como objetivo criar condições para que o escolar leia o

espaço vivido, utilizando a linguagem cartográfica. As autoras na, página 24, ressaltam

que: “ler e escrever sobre o lugar de vivencia é mais que uma técnica de leitura, é

compreender as relações existentes entre os fenômenos analisados, caracterizando o

letramento geográfico, com base nas noções cartográficas”.

Para que o letramento geográfico seja possível, Simielli (1996) destaca que é

necessário que o escolar tenha contato com os conteúdos cartográficos tais como área,

ponto e linha, escala e proporção, legenda, visão vertical e obliqua, imagem

bidimensional e tridimensional, sendo que estes conteúdos relativos à cartografia devem

ser apreendidos pelos alunos na alfabetização cartográfica, para que este possa utilizar

dos mapas para reconhecer outros fenômenos presentes no espaço geográfico.

Desta forma podemos compreender que a alfabetização cartográfica, ou o

letramento geográfico como alguns autores preferem chamar, perpassa pela utilização

da linguagem cartográfica como um conjunto de símbolos e diretrizes que servem para

possibilitar que o aluno obtenha domínio acerca da confecção de mapas e que possa

utilizar deste domínio para compreender outros fenômenos apresentados no ensino de

geografia.

Tendo em vista o exposto acima, a cartografia se destaca como uma possibilidade

significativa para o ensino, tanto a exploração dos mapas como a exploração pelos

mapas, são conteúdos que se não forem trabalhados corretamente podem deixar lacunas

no conteúdo que prejudicariam a aquisição de outros conhecimentos pelos estudantes.

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POSSIBILIDADES DE APLICAÇÃO DO GOOGLE EARTH PRO PARA A

ALFABETIZAÇÃO CARTOGRÁFICA.

O Google Earth é um software desenvolvido e distribuído pela empresa Google.

Ele apresenta um modelo tridimensional da terra construído a partir de um mosaico de

imagens obtidas de distintos satélites. Este por ser um programa gratuito e de fácil

acesso, apresenta grande potencial para ser utilizado para o ensino. Para ter acesso ao

software é necessário apenas um computador com sistema operacional Windows, Mac

ou Linux e acesso à internet.

A instalação do software é feita a partir de um site especifico. Atualmente, a

versão gratuita mais atualizada do software é o Google Earth Pro, sendo que por muitos

anos sua licença tinha que ser comprada, com um valor aproximado de $399 (cerca de

R$ 1200,00), para se ter acesso à todas as ferramentas.

Para fazer download do software é necessário acessar o link 4 e concordar com os

termos de serviço. No canto superior esquerdo da tela aparecerá uma chave de

segurança que deverá ser colocada junto ao seu e-mail para finalizar o download.

Entre as possibilidades apresentadas pelo Google Earth, destaca-se a possibilidade

de exploração de um vasto conteúdo geográfico em diferentes escalas, indo do nível

sideral ao nível da rua, sendo possível realizar passeios turísticos em 3D, pesquisar

locais, rotas e acessos, visualizar imagens históricas, acessar imagens do fundo do mar,

realizar cálculos de distancia e área, além de outras possibilidades de mapeamento e

pesquisa com SIG.

Pensando em propor atividades com o Google Pro para a alfabetização a

cartográfica, trazemos o Quadro 1, proposto por Simielli (1995), com os conteúdos

cartográficos que devem ser apreendidos pelos estudantes para que estes possam

realizar atividades como mapeadores e para que estejam aptos para a leitura e

compreensão dos conteúdos geográficos através da utilização de mapas.

Quadro 1. Conteúdos da Alfabetização Cartográfica.

4 http://www.google.com.br/earth/download/gep/agree.html

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Fonte: Adaptado de Simielli (1995).

Pensando em como trabalhar os conteúdos expostos acima utilizando o Google

Earth, seguem algumas proposições de atividades que podem ser feitas pelos

professores.

Inicialmente, para localizar qualquer lugar no Google Earth Pro é necessário clicar

na ferramenta pesquisar no canto superior direito da tela, neste caso digitamos

“Florianópolis” e clicamos em pesquisar (Figura 2).

Figura 2. Iniciando Pesquisa no Google Earth Pro.

Fonte: Google Earth Pro (2015).

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A Figura 3 apresenta a barra de ferramentas do Google Earth Pro, todas as

funções mais básicas do programa estão neste local. Posteriormente, essas ferramentas

serão citadas no texto.

Figura 3. Barra de Ferramentas.

Fonte: Google Earth Pro (2015).

Orientação e Localização: Os conteúdos de orientação e a localização podem ser

trabalhados juntamente com a rosa dos ventos, pois o software aponta para o

norte, sendo possível inverter a imagem de forma que o norte mude sua posição

na rosa dos ventos, deixando de ser “apontado para cima” e ficando “ para

baixo” (ver seta vermelha na Figura 4). Com este recurso é possível trabalhar os

limites dos estados, fronteiras ao norte ao sul, Leste e o Oeste desconstruindo os

referenciais de orientação dos alunos.

Figura 4. Localização e Orientação.

Fonte: Google Earth Pro (2015).

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Coordenadas Geográficas: O software apresenta as coordenadas geográficas de

qualquer ponto da face da Terra. Para tanto, é necessário ir até a barra de

ferramentas, que fica parte superior da tela (Figura 3), clicar na opção “adicionar

marcador” e posicionar o ponto no local desejado. Depois, basta retornar ao

marcador, para visualizar as coordenadas (Figura 5). Com esta ferramenta, o

professor pode ir com os alunos a lugares próximos a escola, coletar as

coordenadas com o GPS e identificar os lugares no software. O inverso também

pode ser feito, coletando as coordenadas no software e depois as validando em

campo com os alunos. Além disso, o professor pode pedir aos alunos que

localizem as coordenadas coletadas no software em um mapa ou planisfério.

Figura 5. Coordenadas Geográficas.

Fonte: Google Earth Pro (2015).

Visão Obliqua e Visão Vertical: Segundo Simielli (1996) a visão obliqua é

aquela que temos de um objeto ou de um lugar, quando o olhamos de cima e um

pouco de lado. Já a visão vertical é quando o espaço é visto do alto, como se o

observador estivesse em linha reta. Os mapas sempre se encontram na visão

vertical. Pensando em como trabalhar estes tipos de visão com o Google Earth,

percebemos que assim que pesquisamos sobre determinado lugar, a primeira

imagem que aparece dele é uma visão vertical e assim que se dá o zoom, pode-se

através do recurso street view , que aparece sobre a forma de um “bonequinho”

no canto direito da tela (Figura 6), obter uma imagem a nível do solo, uma

imagem oblíqua.

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Figura 6. Street View.

Fonte: Google Earth Pro, 2015.

Essas distintas imagens podem ser mostradas aos alunos pelo professor, sendo

solicitado que eles apontem a diferença entre elas. Além disso, é possível apontar a

diferença de escalas de visualização, assim como os fenômenos eles representariam com

cada tipo de imagem (ver Figura 7).

Figura 7A. Visão Vertical e 7B.Visão Oblíqua.

iMA

Fonte: Google Earth Pro, 2015.

Imagens bidimensionais e tridimensionais: Há no software a possibilidade de se

trabalhar imagens bidimensionais, como as expostas acima (Figura 7), e imagens

tridimensionais como exemplificado na Figura 8. Essas distintas imagens podem

ser exploradas pelo professor, primeiramente apresentando a vista tridimensional

da cidade a partir do software, e depois mostrar como ela é representada em

mapas ou imagens bidimensionais. Além disso, podem ser confeccionadas

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também maquetes de determinadas áreas utilizando-se como base as imagens

bidimensionais, de forma a explorar melhor a terceira dimensão que não fica

muito bem captada em uma fotografia. Existe ainda a possibilidade no Google

Earth Pro de se fazer tour por pontos turísticos. Para tanto, é necessário que a

camada 3D esteja ativada, esta se encontra no canto inferior da tela no lado

esquerdo.

Figura 8. Imagem tridimensional no Google Earth Pro.

Fonte: Google Earth Pro (2015).

Escala: A escala representa à medida que um espaço foi reduzido para ser

representado. No Google Earth Pro é possível realizar medições da distância

entre pontos no terreno com a ferramenta linha (Figura 9). Além disso, o

software também aceita a realização de cálculos de áreas com a ferramenta

polígono, em diversas unidades de medição. Nesta perspectiva, torna-se viável

calcular a escala numérica da visualização na tela, já que tendo a distância real

no terreno, basta medir essa linha que aparece na tela com uma régua e realizar o

cálculo da escala a partir da fórmula e=d/D. Outra forma possível de se observar

a escala é ir na barra de ferramentas e clicar em salvar imagem. Nesta opção, é

possível que todos os elementos que são obrigatórios em um mapa sejam

inseridos na visualização, incluindo a escala. É possível ainda trabalhar com o

Zoom, aumentando ou diminuindo, e pedindo aos alunos que analisem como

representariam os objetos presentes na imagem, questionando-os qual escala se

deve usar para representar determinadas feições ou fenômenos. É importante

destacar a proporcionalidade inversa da escala com foco no denominador, por

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exemplo, escala de 1/5000 é maior do que escala de 1/500000, pois a medida

real do terreno está dividida apenas 5000 vezes.

Figura 9. Cálculo de distâncias.

Fonte: Google Earth Pro, 2015.

Simbologia: A confecção de legendas pode ser trabalha de algumas maneiras no

Google Earth Pro. Primeiramente o programa computacional já dá algumas

simbologias (Figura 10a), podendo-se pedir para o aluno identificar quais

elementos essas simbologias pertencem, sugerindo que criem outros símbolos

quando acharem pertinente. Outra forma é acessar no menu ferramentas a opção

salvar (ver Figura 10b). Neste caso, o software permitirá a geração de um layout

de mapa, permitindo que simbologias e demais convenções obrigatórias sejam

adicionadas, e posteriormente exportadas em formato de imagem.

Figura 10. Simbologia.

Fonte: Google Earth Pro (2015).

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Para além dos conteúdos cartográficos, o software Google Earth Pro ainda pode

ser utilizado para explorar o lugar de vivência do aluno através do recurso de imagens

antigas desde o ano de 2003 até 2015, sendo possível observar crescimento das cidades,

áreas florestadas e outras modificações no espaço geográfico. Pode se elencar que a

qualidade das imagens vem aumentando em virtude dos sensores de captação mais

modernos e discutir o processo de captação de imagens e quais usos são feitos destes

materiais.

Figura 9. (A) mapeamento de 2003. (B) mapeamento de 2015.

Fonte: Google Earth Pro (2015).

O software Google Earth Pro pode ser utilizado também no preparo de saídas de

campo. Nele o professor pode articular um pré-campo dividindo os alunos em grupos e

solicitando que os mesmos analisem elementos presentes nas imagens do local a ser

visitado, colhendo informações, por exemplo, sobre vegetação, toponímia, se o local é

residencial, industrial ou de serviços. Posteriormente, estas informações podem ser

visualizadas e complementadas em campo. Outra possibilidade de utilização é para

discutir a rota do campo e os pontos de parada, conforme mostra a Figura 10B.

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Figura 10A. Preparação campo, área a ser visitada. 10 B Rota de campo, com pontos de parada.

Fonte: Google Earth Pro, 2015.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Atualmente com os avanços tecnológicos na área da informação e comunicação

(TICs), os professores são contemplados com um arsenal de ferramentas que podem ser

aplicadas para o ensino de distintos conteúdos geográficos. Essas ferramentas permitem

a integração da cartografia com conteúdos geográficos físicos e sociais e podem ser um

diferencial no sentido de motivar os alunos, despertando neles o interesse pelos

conteúdos estudados.

Conhecendo a realidade das escolas do município de Florianópolis, estas em sua

quase totalidade apresentam laboratórios de informática munidos de computadores e

acesso a internet, com técnicos para auxiliar os professores. No entanto, para a

utilização destes espaços, é pré-requisito que o professor articule a atividade prática

com os conteúdos a serem ensinados, e que esta prática esteja bem definida em seu

plano de ensino. Além disso, é necessário ter um cronograma dos conteúdos e das

ferramentas a serem utilizadas neste espaço, assim como uma forma de avaliação que

contemple os conteúdos ensinados e a utilização das tecnologias.

O desconhecimento de softwares que podem ser utilizados para o ensino de

geografia, assim como a falta de tempo para articular essas novas tecnologias aos planos

de ensino já construídos, faz com que os professores acabem não utilizando essas

ferramentas, as quais podem ser importantes para que o ensino dos conteúdos

geográficos e cartográficos.

Analisando o Google Earth Pro como uma possível ferramenta para o ensino de

cartografia, acabamos por concluir que ele tem muito potencial para ser utilizado em

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sala de aula. Para tanto, é necessário apenas o conhecimento dos conceitos cartográficos

e um pouco de criatividade para visualizar as potencialidades de cada ferramenta e

articular com os conteúdos, além do empenho dos professores para aprender a utilizar o

software e tempo para a preparação das aulas.

Embora ele tenha aplicabilidades mais complexas e inúmeras outras ferramentas

para integração com SIG, todas as atividades propostas neste artigo foram efetuadas

utilizando a barra de ferramentas mais simples, que requer de conhecimento básico

acerca de códigos já empregados em outros softwares como as ferramentas: pesquisar,

zoom, edição de informações, construção de polígono ou forma, salvar, imprimir.

Portanto, a utilização das geotecnologias no ensino de geografia é mais uma

possibilidade metodológica que pode auxiliar os professores a propiciar uma

aprendizagem significativa de cartografia, e consequentemente de geografia, atendendo

as novas diretrizes da educação nacional e o atual momento tecnológico em que todos

estão inseridos.

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