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As filhas de velhos:o cuidado como escolha de ser
“Que quer dizer cativar? - É uma coisa
muito esquecida, disse a raposa. Significa
criar laços” (SAINT-EXUPERY, ANTOINE, 1989).
Esse estudo teve como objetivo lançar o olhar para os afetos e significados
inscritos na relação de cuidado com um familiar idoso. Ao longo dos
depoimentos foram reconhecidos sentimentos pulsantes de amor, carinho,
dedicação e gratidão, evidenciando a troca relacional entre aquele que
cuida com quem é alvo do cuidado; a realidade objetiva da tarefa de cuidar
não apagou os aspectos significativos vivenciados no cuidado.
Guto Pompéia em seu livro Na presença do sentido (2004) ao citar Jung,
lança uma perspectiva esperançosa quanto as adversidades enfrentadas
durante a trajetória da vida, dizendo que se eliminássemos nossos maiores
e mais importantes problemas, eliminaríamos também a própria vida, já
que tais experiências nos tornam humanos. Dessa forma, os seres humanos
vão atribuindo significado às vivências e à própria existência.
SHEILA MACHADO TOMONARI LOESCH
JACQUELINE GOMES DA MOTA CORRÊA
Orientadores:
Drª WILMA MAGALDI HENRIQUES
Me FLÁVIO ALVES DA SILVA
GEOVANA MELLISA CASTREZANA ANACLETO
CONTRIBUIÇÕES DA TERAPIA OCUPACIONAL NO CONTROLE E PREVENÇÃO
DE QUEDAS EM IDOSOSISABELA MARIA FRANGOULIDIS TRINDADE
Monografia de conclusão do curso de Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, 2017
INTRODUÇÃOOs fatores associados às quedas nosidosos são intrínsecos e extrínsecos. Osfatores intrínsecos estão ligados aopróprio processo de envelhecimento e sãorelacionados às alterações sensoriais emusculoesqueléticas, declínio cognitivo,dependência funcional, doenças crônicas epolifarmácia. Os fatores extrínsecos sãoaqueles referentes ao ambiente externo,como baixa iluminação, falta de corrimãonas escadas, piso escorregadio, sapatosinadequados, ausência de orientações,entre outros. Diante desse cenário, épossível encontrar uma demanda porcuidados específicos relacionados atemática e o objetivo desse trabalho éidentificar as contribuições da TerapiaOcupacional (TO) no controle e prevençãode quedas em idosos e seu principaisdesafios.
METODOLOGIAO estudo, de natureza qualitativa, é do tipo exploratório descritivo e foi realizado através daaplicação de questionário não presencial, contendo questões voltadas aos âmbitos deatuação do TO nas áreas de geriatria e gerontologia e descrição das intervenções na atençãoàs quedas. O questionário foi enviado via correio eletrônico aos profissionais comexperiência na área atuantes por dois anos ou mais.
RESULTADOS Intervenções da Terapia Ocupacional: orientações quanto a temática das quedas para idosos, familiares e cuidadores; avaliações para identificar riscos; grupos de educação em saúde; adaptação ambiental; adaptação comportamental.Ainda, foi mencionado por diversos participantes a potência das ações compartilhadas esua frequência, geralmente com profissionais da área da fisioterapia, enfermagem emedicina.Principais desafios: Maior investimento na prevenção de quedas; maior aprofundamentoem relação a multifatoriedade do tema; melhor acompanhamento sistemático;sedentarismo; dificuldade de adesão às mudanças comportamentais; falta deacessibilidade urbana; trabalho multiprofissional mais integrado.
ENVELHECIMENTO, RELAÇÕES DE GÊNERO E
QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS E IDOSAS DE
NÚCLEOS DE CONVIVÊNCIA DE SÃO PAULO
A busca pela qualidade de vida se torna um fator determinante na vida do público idoso. E isso, promove maiores expectativas
quando reportamos à questão de gênero, pois, sabe-se que as idosas parecem compreender ou dar maior importância à
qualidade de vida, ao passo que o homem ainda timidamente se aproxima dessa condição.
Desta forma, esta pesquisa teve como objetivo conhecer o envelhecimento na contemporaneidade em relação à questão
de gênero e a qualidade de vida e de bem-estar físico, social e emocional de idosas e de idosos participantes de Núcleos
de Convivência para Idosos (NCI) da zona sul da cidade de São Paulo. Através de pesquisa empírica de cunho qualitativo,
com entrevistas semiestruturadas junto a oito idosos(as), sendo quatro do sexo masculino e quatro do sexo feminino, com
idades entre 60 e 80 anos.
Os resultados apresentam que os homens, apesar de serem em número menor que o de mulheres participantes,
demonstram muita satisfação em poder participar de atividades que promovam qualidade de vida, apesar de sabermos que
na sociedade machista, os homens nesse sentido, se cuidam menos. As idosas, apresentam maior preocupação com o
envelhecimento ativo e saudável que possa lhes proporcionar um bem-estar psicossocial e uma maior longevidade. A
atuação dos NCI’s realmente contempla o que está previsto nas normativas, de forma a promover a este público, a sua
autonomia, interação social, autoestima e o reconhecimento enquanto cidadãos(ãs) de direito.
Em relação a questão gênero, participantes do gênero feminino busca por uma qualidade de
vida mais eficaz e assiduamente praticada.
Luciane de Cassia de Faria e Maria do Socorro de Sousa
LAR DOS VELHINHOS DE RIO AZUL, O ABANDONO, LÁ FORA
Autor: Talbian Raony Przybycz
Associação Lar dos Velhinhos de Rio Azul, em Rio Azul-PR (aproximadamente quatorze mil habitantes), ILPI sem fins lucrativos, assistencial. Acolhe
atualmente trinta e um residentes, se destaca pelo sistema de moradias (dez casas) onde residem seus moradores, tendo extinguindo os quartos coletivos em
dois mil e doze, trás como lema em sua logo o “Envelhecer com Dignidade". Ao longo dos anos no Brasil as Instituições de Longa Permanência para Idosos
passaram a ter uma imagem negativa frente a exposição midiática e a partir de denúncias de violação de direitos de idosos, com tantos e quase que somente
exemplos negativos o pré-conceito frente as instituições se estabeleceu de maneira generalizada, hoje mesmo ILPIs com trabalho totalmente humanizados são
alvos de desconfiança e frases que causam grandes impactos nos serviços de acolhimento, ressaltando, “está abandonado na instituição”. Com uma
perspectiva de dentro da ILPI para fora e não desta vista de fora, englobando o abandono sofrido pelo idoso antes da institucionalização, seja através de
vínculos familiares rompidos e/ou incapacidade do Estado em propiciar a esse idosos uma situação de assistido a ponto de não sentir-se só e/ou desamparado,
indagamos, “um idoso que está em casa com sua família, porém, solitário e limitado a um quartinho, não estaria tão abandonado quanto um idoso residindo
numa ILPI?” e “um idoso com vínculos familiares e sociais rompidos, residindo na rua?” Estando as ILPIs como última estância depois que todas as outras
possibilidades já se esgotaram, a um equívoco na frase citada no início, pois, o idoso não foi abandonado na ILPI, ele foi se não abandonado antes da
institucionalização um potencial candidato a sofrer abandono lá fora. Considerar abandonado o idoso institucionalizado apenas por assim ele estar, é ignorar o
espaço social onde esse passa a residir, dentro de uma coletividade com possibilidades de criação de novos vínculos e da continuidade de sua vida.
Ressaltamos resumidamente a seguir algumas situações vivenciadas na instituição acima citada. Idoso com vínculos familiares rompidos, sem filhos, histórico de
alcoolismo, morador de rua, casos de violência verbal e física sofridas, acolhido em dois mil e dezesseis, resistente a manter diálogo respeitoso, notadas
grandes mudanças a partir do terceiro mês na ILPI, namorando com outra residente, casando em dois mil e dezenove, apresentando-se respeitoso, prestativo,
romântico, querido por todos; Idoso viúvo desde novo, motorista aposentado, histórico de alcoolismo, perdeu seus bem segundo o mesmo, “ao cair em golpes",
virou catador de latinhas residindo nas ruas, acolhido em dois mil e dezesseis, formou vínculos com colegas de moradia e de instituição, exigia colegas
caprichosos na mesma morada, roupa sempre limpas e novas, faleceu em dois mil e dezenove deixando muitas saudade e um carisma sem igual. Onde
estariam se não “abandono numa ILPI?". Eis apenas dois entre muitos casos em apenas uma Instituição. Instituição não como última parada, sim como local de
continuidade ou de vida nova. A sociedade que julga ILPIs como lugar de abandono, precisa não abandonar olhar, discutir e estar envolvida nas instituições.
MULHERES IDOSAS E O APOIO SOCIAL
Raquel da Silva Pavin1
Sergio Antonio Carlos2
INTRODUÇÃO: Esta pesquisa é sobre mulheres idosas e o apoio social. Teve como objetivo investigar
como mulheres idosas recebem e fornecem apoio social em suas redes de convivência formal e informal,
buscando conhecer como estas mulheres descrevem-se recebendo e fornecendo apoio social em suas
redes de convivência informal e formal, bem como identificar os tipos de apoio social. Para isso, aborda-se
teoricamente às discussões sobre a feminização da velhice e apoio social, questão social, cidadania e
envelhecimento. utilizando autores, como: Agostinho e Máximo (2006), Camarano (2005), Muniz e Barros
(2014), Netto (2001), Ivo (2010), Raichelis (2006) e Teixeira (2006), Beauvoir (1970), Debert (1999), Neri
(2001), E para a discussão do apoio social; dentre inúmeros autores elencados, destacam-se Brito e Koller
(1999), Barrios (1999), Pietrukowicz (2001) e Valla (1998). O estudo, foi aprovado pelo comitê de ética do
Instituto de Psicologia da UFRGS. Número parecer: 3.380.179, com financiamento próprio.
MÉTODOS: A pesquisa é do tipo qualitativo-exploratória. Os objetivos específicos são: a) conhecer
como mulheres idosas descrevem-se recebendo apoio social em suas redes de convivência formal e
informal; b) conhecer como mulheres idosas descrevem-se fornecendo apoio social em suas redes de
convivência formal e informal; c) identificar os tipos de apoio social dados e recebidos por mulheres
idosas. As participantes da pesquisa foram 10 alunas com idades entre 62 anos e 76 anos, vinculadas à
Associação dos Funcionários Municipais de Porto Alegre (AFM), que tem por finalidade ofertar cursos
artesanais. A amostra utilizada foi não probabilística por saturação. O instrumento utilizado para a coleta
de dados foi a entrevista semiestruturada, composta por duas partes. A primeira parte da entrevista foi
constituída pelo levantamento de dados demonográficos, por meio de questões inspiradas na pesquisa:
Os idosos do Rio Grande do Sul (1997). A segunda parte foi composta por entrevistas semiestruturadas,
articulada através do mapa dos cinco campos, inspirado no estudo desenvolvido por Hoppe (1998) .
Decidiu-se utilizar o mapa como disparador para as entrevistas, porque ele possibilitaria que as
entrevistadas descrevessem, de forma mais livre, o apoio social (formal e informal) percebido e exercido
pelas mesmas.Para a análise dos dados Realizou-se um quadro com a classificação dos cinco campos,
especificando os tipos de apoio que surgiam nas falas. A categorização foi desenvolvida conforme a
classificação de Bowling, Norbeck et al., Östergren et al. e Sherbourne & Stewart citados por Griep. Essa
classificação está dividida em: a) apoio emocional; b) apoio afetivo; c) interação social positiva; d) apoio
de informação; e e) apoio instrumental ou material.
RESULTADOS: Evidenciou-se que as mulheres idosas entrevistadas possuem ampla rede de
apoio social, fornecem e recebem apoio, bem como estabelecem trocas mútuas. Observa-se que
na rede informal, composta por familiares, acabam fornecendo mais apoio do que recebendo (duas
não estabelecem relações com vizinhos e destaca-se a troca mútua de apoio entre amigos). Na
rede de apoio formal, possuem muitas trocas mútuas com os grupos e recebem mais apoio do que
fornecem aos contatos formais. Destaca-se que dentre os tipos de apoio elencados no estudo, os
apoios instrumental e material aparecem de forma mais significativa nas relações com a rede em
conjunto com o afetivo e o emocional.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: A pesquisa objetivou conhecer como as mulheres idosas se
percebem fornecendo e recebendo apoio social nas relações que estabelecem em suas redes
formais e informais, bem como quais os tipos de apoio que identificam. O mesmo reforça o
importante papel social ocupado por mulheres idosas em suas redes informais, como família,
amigos e vizinhos, e nas formais, como em grupos e contatos formais. Reitera-se que, para além
do apoio social recebido pelas mulheres idosas, o apoio fornecido por elas se faz mais
expressivo. Possibilitou a compreensão sobre a vida de mulheres idosas que possuem relações
em âmbito familiar e social e que executam importantes ações na sociedade. Não mais vistas
como fragilizadas e que somente necessitam de apoio, são protagonistas de suas vidas,
executando trocas e dando suporte aos membros de sua rede informal e formal.
REFERÊNCIASGRIEP, Rosane Harter; CHOR, Dóra; FAERSTEIN, Eduardo. Confiabilidade e Validade de
Instrumentos de Medida de Rede Social e de Apoio Social Utilizados no Estudo Pró-Saúde. 2003.
177 f. Tese (Doutorado) - Curso de Ciências na área de Saúde Pública, Escola Nacional de Saúde
Pública, Fundação Oswaldo Cruz Escola Nacional de Saúde Pública, Rio de Janeiro, 2003,
apud NORBECK et al., 1981
HOPPE, Martha M. W. Redes de apoio social e afetivo de crianças expostas à situação de risco.
1998. 86 f. Dissertação (Mestrado). Curso de Pós- Graduação em Psicologia do Desenvolvimento,
Instituto de Psicologia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 1998.
RIO GRANDE DO SUL. Conselho Estadual do Idoso. Os idosos do Rio Grande do Sul: Estudo
multidimensional de suas condições de vida: Relatório de Pesquisa. Porto Alegre: CEI, 1997.1 Assistente Social. Mestra em Políticas Sociais e Serviço Social pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Doutoranda no Programa de Pós
Graduação em Memória Social e Bens Culturais pela Universidade La Salle e bolsista PROSUC/CAPES. E-mail: [email protected] Assistente Social, Mestre em Educação e Doutor em Serviço Social. Professor Titular Aposentado da Universidade Federal do Rio Grande do Sul –
UFRGS. Atualmente professor colaborador convidado do PPG em Política Social e Serviço Social da mesma Universidade. E-mail: [email protected]
Perfil de idosos institucionalizados: estudo descritivo
Luana Aparecida da Rocha¹, Beatriz Rodrigues de Souza Melo², Gustavo Carrijo Barbosa¹, Bianca Franceschini Siqueira¹,
Aline Cristina Martins Gratão¹
1 Universidade Federal de São Carlos, Brasil.
2 Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Brasil
Introdução
O envelhecimento populacional passa a constituir neste século
um dos fenômenos mais desafiadores pelas suas múltiplas
consequências. Tendo em vista esse cenário e ao aumento das
doenças crônicas presentes nesta população, há uma crescente
demanda por serviços e cuidados prolongados para ser suprida.
Devido à dependência gerada na pessoa comprometida por
demências e outras comorbidades, houve um aumento de
serviços especializados como as Instituições de Longa
Permanência para Idosos (ILPIs). Assim, faz-se necessário
descrever o perfil dos residentes nesta modalidade para que
ações frente ao cuidado de qualidade seja planejado.
Objetivo
Descrever o perfil de moradores de uma ILPI, de caráter
privado, pertencente a um município do estado de São Paulo.
Métodos
Estudo descritivo-exploratório, que visou identificar as
principais características sociodemográficas e de saúde de
moradores de instituição de cuidados prolongados, no segundo
semestre de 2018. O estudo foi aprovado por comitê de ética de
uma Universidade Federal.
Resultados
Variável Distribuição (n= 7)
Sexo 71,4 % sexo feminio
Idade 81,29 (média)
Estado civil viuvez 85,7%
Escolaridade
(anos)
6,86 (média)
Comorbidades (n°) 2,57 (média)
Medicamentos (n°) 5,43 (média)
Etiologia de
demência
Alzheimer 42,9%
Mista 28,6%
Outras 28,6%
Discussão:
O perfil vai de encontro com a literatura, pois
quadros demenciais são muito comuns na
população idosa, com prevalência que dobra a
cada cinco anos a partir dos 65 anos e o alto
percentual de composição de mulheres na
população do estudo em questão associa-se à
alta prevalência de demência, além da questão
da viuvez e a falta de suporte.
Considerações finais
Ressalta-se a relevância da caracterização
desses idosos para avaliar formas de ofertar
serviços qualificados e subsidiar o
planejamento e a implementação de
intervenções visando à melhoria nas condições
de saúde destes indivíduos.
Referências:
Parmera JB, Nitrini R. Demências: da investigação ao diagnóstico / Investigation and diagnostic
evaluation of a patient with dementia. Rev Med 2015; 94(3):179-184.
Almeida AV, Mafra SCT, Silva EP, Kanso S. A Feminização da Velhice: em foco as características socioeconômicas, pessoais e familiares das idosas e o risco social. Textos & Contextos 2015; 14(1): 115-131.
As unidades do Sesc São Paulo realizam o chamado
Ponto de Encontro, onde mensalmente recebem o público idoso
para participar de ações e debates, ter contato com a programação
do mês seguinte e discutir possibilidades de ações futuras,
valorizando as intenções e a participação ativa dos idosos.
As ações voltadas às pessoas idosas passam por
constantes avaliações e reformulações na intenção de responder às
demandas que se apresentam a cada momento. Sendo assim, ao
longo do período de distanciamento social, esses encontros foram
mantidos de maneira remota.
O Sesc Guarulhos permaneceu com a periodicidade mensal e
adotou a plataforma Microsoft Teams como ferramenta para promover as
reuniões e, assim, o contato e a interação entre os participantes do grupo,
mesmo com a unidade fechada. Antes do primeiro encontro, os idosos
receberam orientações e tutoriais sobre como utilizar a plataforma.
Outras unidades adotaram o mesmo formato, variando a
periodicidade e a plataforma, porém, mantendo o contato e o vínculo com
seu público.
Em agosto, o Sesc Guarulhos expandiu a atuação dentro do
Ponto de Encontro Virtual, agregando o projeto “Envelhecimento em pauta:
cenários e perspectivas”, com o objetivo de ampliar e aprofundar as
discussões, trazendo especialistas convidados e tratando, principalmente,
de assuntos relacionados à pandemia, quarentena e distanciamento
social. Os encontros especiais seguiram até novembro.
Para a edição de dezembro do Ponto de Encontro Virtual está
programado um Sarau, atividade que também migrou do presencial para o
online. A intenção é encerrar 2020, um ano de adversidades e incertezas,
em clima de festa e celebração pela oportunidade de manter o vínculo e as
ações para o público idoso.
Em 2021, os encontros continuam virtuais, até que haja a
possibilidade de retorno seguro à unidade.
palavras-chave: espaços de diálogo;
letramento digital; ações remotas
Ana Carolina dos Santos FerreiraSesc Guarulhos
Ponto de Encontro
Virtual
no Sesc Guarulhos
SISTEMA DE CUIDADO INTEGRADO BASEADO NA
COMUNIDADE: RELATO DE EXPERIÊNCIA DO SISTEMA
JAPONÊS DE CUIDADO DOS IDOSOS.Sesoko, A.
Centro de Referência à Saúde do Idoso (CERESI) – Prefeitura de Guarulhos - SP
Caracterização do problema
O envelhecimento populacional brasileiro é um fato que sinaliza a necessidade de
formulação de políticas públicas específicas para os idosos. Atualmente o Japão é o
país em todo o mundo com a maior proporção de idosos na sua população. Assim, é
interessante conhecer as experiências desse país no cuidado do idoso para inspirar
ações aqui no Brasil.
Descrição
Curso de treinamento no Japão sobre o sistema de cuidado e assistência aos idosos,
realizado de maio a agosto de 2017 com apoio da Japan International Cooperation
Agency (JICA) e Yokohama International College of Social Welfare. Um dos assuntos
estudados durante o treinamento foi o Sistema de Cuidado Integrado baseado na
Comunidade cujo objetivo é permitir ao idoso viver em sua casa, na comunidade em
que está habituado, mesmo se necessitar de cuidados intensivos de longa duração.
Esse sistema visa assegurar de maneira ampla cuidado à saúde, cuidado de longa
duração, ações de prevenção, habitação e suporte à subsistência. O Centro Regional
Integrado de Apoio é o núcleo desse sistema, pois é o local onde a equipe de
profissionais atendem a população idosa.
O sistema tem como princípios:
1. Aumentar a colaboração entre as instituições de saúde;
2. Melhorar e aumentar a capacidade e flexibilidade dos serviços de cuidados de longa
duração;
3. Promover a prevenção;
4. Assegurar serviços de assistência à subsistência e à proteção de direitos.
5. Construir ou adaptar moradias adequadas aos idosos.
O Centro regional integrado de apoio é o núcleo desse sistema, pois é o local onde a
equipe de profissionais (enfermeiros especializados em saúde pública, assistentes
sociais e gerentes de cuidados) atendem a população idosa. As funções desses
centros são:
1. Promover ações de prevenção a agravos que levem a institucionalização dos idosos.
2. Elaborar plano de cuidados dos idosos.
3. Orientar sobre problemas diversos.
4. Proteger os direitos dos idosos.
5. Fortalecer os laços com a comunidade.
Lições aprendidas
- Necessidade de trabalho intersetorial coordenado.
- Centros regionais integrados de apoio localizados em diversos
bairros da cidade para facilitar o acesso dos idosos.
- A administração dos Centros regionais integrados de apoio é
concedido às instituições privadas e organizações não
governamentais e fiscalizado pelo poder público.
Recomendações
- Criação de Centros regionais integrados de apoio ao idoso
com equipe interdisciplinar e olhar gerontológico.
- Criação da função de gerente de cuidado para organizar os
cuidados nos aspectos biológicos, psicológicos, econômicos e
sociais.
- Investimento em ações de prevenção de agravos à saúde e de
envelhecimento ativo e saudável.
Centro regional integrado de apoio do bairro de
Shirosato Kozukue da cidade de Yokohama.
Mapa de abrangência do Centro regional
integrado de apoio e as atividades desenvolvidas
em diversos locais.
Grupo de voluntários do Centro regional
integrado de apoio preparando café para
encontro dos idosos.
Aula de “Locomo taiso”- exercícios físicos que
podem ser realizados com os idosos sentados,
oferecido pelo Centro regional integrado de
apoio.
Folhetos sobre o serviços oferecidos no Centro
regional integrado de apoio
Convite para atividades
recreativas e de promoção da
saúde realizadas no Centro
regional integrado de apoio