as aventuras de cascudinho
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Cartilha #3TRANSCRIPT
As aventuras de
CASCU DI NHO
inchinhaANO 2012 N.º 3
PPP
PATROCÍNIO:
Apresentação
Esta cartilha é fruto do trabalho dos
alunos das escolas que acompanham
com entusiasmo o progresso do
projeto Pé-de-pincha,
para a sensibilização dos moradores
das comunidades ribeirinhas e o povo
em geral, com o objetivo de
aumentar o número de quelônios
em nossos rios, igarapés e várzeas e para
que a futura geração também possa
conhecê-los, apreciando e cuidando
dessa maravilha da natureza.
Graças ao patrocínio da Petrobras,
através do Programa Petrobras
Ambiental, poderemos conhecer
um pouco mais destas histórias e ajudar
a conservar, de forma participativa,
os tracajás e outros quelônios
da Amazônia.
Copyright © 2012 – Projeto Pé-de-Pincha/UFAM
Coordenação EditorialPaulo Cesar Machado AndradePaulo Henrique G. OliveiraAldeniza Cardoso de LimaSandra Helena AzevedoAlfredo Belém Pontes
Projeto GráficoGráfica Moderna
DiagramaçãoMarcela Costa de Souza
RevisãoProf. Paulo Andrade
Impressão e Acabamento Gráfica Moderna
Andrade, Paulo Cesar Machado (Org.) As aventuras do Cascudinho. Paulo Paulo Cesar Machado Andrade, Paulo Henrique G. Oliveira, Aldeniza Cardoso de Lima, Sandra Helena Azevedo e Alfredo Belém Pontes (Organizadores). Manaus: Gráfica Moderna, 2012.
ISBN: 978-85-xxxxx
1. Quelônios 2. Conservação 3. Comunidades
CDU
Mãe, vou visitar meu primo Cabeçudo lá no Alema.
Pode ir Cascudinho, maspor favor tomemuito cuidado.
CASCUDINHO em
uma viagem cheia de surpresas
Não se esqueça que estamos no tempo da desova. Nessa época todo cuidado é pouco.
Não se preocupe mãe.Nós moramos aqui noAlgodoal. Não é possível que daqui proAlema eu corra algum perigo.
A viagem estava tranquila até ele chegar na ponta da serraria.
Cascudinho se despediu da mãe e partiu.
Meu Deus!O que você tem?
Ele está muitodoente. Comeu uma coisa quenão devia.
Cascudinho
então indagou
Acho que foi umasacola, que caiu dacanoa de um homeme ele pegou.
Mas, o que elecomeu de tãoruim?
O filhote de tucunaré estava morrendo.
Que coisa triste...Desejo melhoraspara o seu filho.
Muito obrigado.Vou levá-lo ao doutorpeixe-boi.
Cascudinho não se conformava com aquela situação, porém,
continou sua viagem.
Esses humanos me
surpreendem. Acabei
de ver uma quase morte,
causada por um homem
e agora vejo vários
alunos reunidos
limpando a praia.
Ao chegar perto da praia do Cajual, cascudinho levantou sua
cabeça para tomar ar e, qual não foi sua surpresa!!!
LIXO
?
Só pode ser alguma
atividade do projeto
Pé-de-Pincha.
Esse sim é um projeto
maneiro!
Cascudinho então se animou por ver uma coisa boa, feita pelo
homem. E continuou sua viagem.
Cascudinho então pensou:
Então essa é a famos ponta do Heraldo. Fico feliz porque as pessoas estão procurandooutro meio de sobreviver.Assim os recursos naturaisdescansam um pouco.
Se eu não trabalhasse aqui, a essa horatava pescando.
Eu também. Essaépoca eu ia atrásde tracajás.
Quando passou um pouco da praia do Cajual, Cascudinho
escutou uma conversa:
No caminho, encontrava com cardumes de diversos peixes.
Ouvia barulho das rabetas e de vez em quando, subia para dar
uma olhadinha e pensava...
Terra Santa tem tantos
lugares bonitos. Preciso
sair mais vezes e desfrutar
dessa beleza.
Cascudinho feliz da vida, seguiu viagem. Estava contente pelo
que tinha visto.
Ia tão distraído que nem notou que não estava saindo do lugar.
As pedras! Nem
acredito que
cheguei! Minha mãe
vai ficar feliz.
Meu Deus! Mais o
aconteceu? Eu não
consigo nadar... Oh não!
Estou preso numa
malhadeira.
Cascudinho ia deslumbrado com as belezas, que nem se tocou
que já estava na boca do Alema, bem pertinho das pedras.
Socorro, Socorro!Alguém me ajude porfavor. Me tirem daqui.Minha mãe vai ficarmuito triste se eunão voltar.
Não chore. Vamos
chamar nosso pai
para te ajudar.
Cascudinho chorava desesperado, esperneava-se, sacudia-se e
mais enrolado ficava...
Por favor seu Tucunaré,me ajude!
Coidadinho.
Dessa ele
não escapa.
Infelizmente não posso
fazer nada. Só os
homens sabem desarmar
essa coisa.
Cascudinho tentava sem sucesso se comunicar com o pescador,
mas ele nem se importava com o sofrimento de Cascudinho e o
colocou na canoa.
Tem alguma coisa
naquela malhadeira.
Está mexendo muito.
Fico muito triste, mas
realmente não posso ajudá-lo.
Desculpe Cascudinho, tenho
que ir, pois um pescador se
aproxima.
Por favor seu Tucunaré,
me ajude! Minha mãe não
aguentará mais essa
decepção. Ano passado
nessa época, meu pai foi
pego por um pescador
e meus irmãos doram
comidos porum jacaré
ainda pequenos.
Cascudinho tentava sem sucesso se comunicar com o pescador,
mas ele nem se importava com o sofrimento de Cascudinho e o
colocou na canoa.
O pescador então aproximou-se da malhadeira e começou
a puxá-lo.
Cascudinho tentava sem sucesso se comunicar com o pescador,
mas ele nem se importava com o sofrimento de Cascudinho e o
colocou na canoa.
Por favor não me leve.Eu tenho que cuidarda minha mãe.
Um tracajá. E é um
dos grandes. Vai dar
um bom guisado.
Quando a canoa do homem chegou em frente à comunidade do
Alema, um barco se aproximou.
O pescador seguia contente para sua casa enquanto Cascudinho
chorava desesperado na canoa.
Não. Eu só peguei
um tracajá.
Nós estamos atrás
de pitiú para mandar
pra Manaus. Tu tens
algum aí?
Eu pago 15 reais
por um dos grandes.
Venha aqui seu
Raimundo. Veja a
belezura que estava
presa na malhadeira.
Cascudinho escutou o barulho e ficou com mais medo ainda,
O dono do barco, colocou Cascudinho embaixo do estrado
junto com outros de sua espécie.
Ótimo, vou ganhar
um bom dinheiro
com ele.
Pode levar, eu ia comer,
mas estou precisando de
dinheiro.
Não. Nós fomos
pegos em um
arrastão.Puxa vida! Vocês
também foram
comprados!
O pescador então, pegou cascudinho e falou:
O barco parou e os agentes ambientais do Projeto Pé-de-Pincha
entraram no barco.
Oi. Vocês pode
parar o barco
só um instante!
Eles continuaram conversando e nem perceberam que uma rabeta
se aproximava.
Mas o que é isso?
O meu barco não
tem nada de errado.
Nós pedimos a
autorização de
vocês para
revistarmos
o barco.
Melhor ainda.
Assim, não
demoramos.
Podem revistar. Eu
só sei que não vou
ficar no prejuízo.
Vão atrasar minha
viagem...
Antônio, me ajude a
virar as tábua do
estrado.
Dentro do barco...
Enquanto o agente tenta convencer o homem para soltar os
tracajás, Cascudinho conversa com seus novos amigos.
Olha aqui, a natureza
é de todos. Eu tenho
várias encomendas e
não vou ficar no
prejuízo.
O que significa isso
seu Raimundo? O
Senhor sabe que isso
não é certo.
Eu nunca fiquei
num lugar tão
sinistro.
Não fiquem mais com
medo. Esses agentes
estão do nosso lado.
Já, já saimos daqui.
Os agentes tiraram algumas tábuas e logo descobriram porque o
homem ficou tão irritado.
Tomara que
você tenha
razão.
Eu nunca pensei
nisso. Mas quando
você falou que a
ganância do homem
é uma ameaça para a
humanidade... Você
me convenceu.
Como eu estava
dizendo seu
Raimundo, é muito
importante
a conservação.
Estou um pouco
envergonhado por
minha ignorância.
Não. O pagamento
é a liberdade deles.
Então que dizer
que podemos
soltar os tracajás?
É claro que podem.
E eu vou ter que
pagar alguma coisa?
Enquanto isso...
Cascudinho nadou mais um pouco do lugar onde foi solto e...
Puxa! É tão bom está
no rio de novo.
Eu não falei.
Estamos livres.
Esses agentes
merece um
bom prêmio.
Tchau, Cascudinho.
Obrigado pela força.
Oi. Meu nome é
Tucuxinho. Você não
é aquele tracajá que
estava preso na
malhadeira!
Que bom que você
escapou. Não queria
estar na sua pele.
Ops! No seu casco.
Sim, sou eu.
Meu nome
é Cascudinho.
Olá botinho, quero
uma informação.
Cascudinho encontra o boto mais famoso do pedaço.
Sim. É ele mesmo.
Você fala do cabeçudo,
filho da dona Cabeçuda?
E o que você é
pra ele?
Como eu estava dizendo,
preciso saber onde mora
meu primo cabeçudo.
Muito bem. Levarei
você lá. Cabeçudo é
um grande amigo meu.
Se não fosse aqueles
agentes eu estaria a
caminho de Manaus.
Meu filho, que perigo.
Tucuxinho avisará sua
mãe que está tudo bem
com você.Cascudinho,
que aventura
você viveu!
Na casa do cabeçudo...
Tia Cabeçuda é irmã de
minha Cascuda.
Claro Cascudinho.
Você deve estar
com muita fome.
Olha Cascudinho, nós
vamos brincar muito. Afinal,
você só voltará na companhia
do Tucuxinho e ele foi
avisar sua mãe de sua
chegada.
É Cabeçudo, tirando a parte
da malhadeira foi uma viagem
maravilhosa.
E falando em maravilhosa
tia Cabeçuda, a senhora
poderia me oferecer um
daqueles seus pratos
maravilhosos!
Nesse momento cabeçudo interrompe:
Estou muito feliz de estar
aqui. Por um momento
pensei que nunca mais
ia vê-los.
Não se preocupe
sobrinho, agora você
está em segurança.
Depois de tudo que vi e ouvi
durante essa viagem, eu
cheguei a uma conclusão:
– Para o homem ainda tem
solução.
Cascudinho ficou em silêncio por alguns minutos e falou:
Cascudinho, o Tucuxinho
chegou. Está na hora da
viagem.
Sou eu dona Cabeçuda.
Vim pegar o Cascudinho.
Já estou pronto Tia.
Venha aqui Cabeçudo
deixa eu lhe dar um
abraço.
Claro Cascudinho,
já estou com
saudades.
Uma semana depois, alguém bate na porta.
Tchau para todos.
Até a próxima!!!
Tchau!!!
Vamos Cascudinho
temos uma viagem
longa pela frente.
FIM
et mas ps oa sP
1. Encontre as palavras que
ajudam a proteger os quelônios:
5/praia – 7/tracajá; ninhada – 8/berçário
Z V H P I Q U E T E
O P T E X V T F O U
X F B D L D M J K T
A O L E Y P P I O B
K N U P W N R R K E
F I X I B F O T U R
T N V N L T T L J Ç
C H O C A D E I R A
K O N H I T Ç M H R
T R O A D P Ã K U I
J M L Z T X O I R O
Z V H P I Q U E T E
O P T E X V T F O U
X F B D L D M J K T
A O L E Y P P I O B
K N U P W N R R K E
F I X I B F O T U R
T N V N L T T L J Ç
C H O C A D E I R A
K O N H I T Ç M H R
T R O A D P Ã K U I
J M L Z T X O I R O
LIGUE O
DESENHO
E PINTE!
A) TRACAJÁS (Podocmenis
unifilis):
São quelônios que vivem nas
águas da Amazônia e fazem seus
ninhos na praia de areia, nos
barrancos e até no meio do capim.
Os ninhos tem cerca de 18 cm de
profundidade. As fêmeas pesam
cerca de 5 a 7 kg e põem entre 12 a
35 ovos. Os machos são menores,
pesam cerca de 3 kg e tem pintas
amarelas na cabeça igual aos
seus filhotes, que nascem após 58
a 62 dias de incubação. Estes são
os verdadeiros Pés-de-pincha.
B ) P I T I Ú S O U I A Ç Á S
(Podocnemis sextuberculata):
São quelônios menores que os
tracajás, que vivem em rios e
lagos de águas barrentas ou
claras. A fêmea pesa em torno de 4
a 5 kg e põem cerca de 6 a 25 ovos
em ninhos na areia. Os filhotes
nascem após 60 d ias de
incubação e tem seis (6)
“carocinhos”no plastrão.
C) CALALUMÃS OU IRAPUCAS
(P. erythrocephala): São quelônios
menores que o iaçá que vivem em
rios de água preta. As fêmeas
pesam entre 3 a 4,5 kg e botam de
8 a 10 ovos na areia. Os filhotes
nascem após 70 d ias de
incubação e tem pintas vermelhas
na cabeça.
VAMOS APRENDER COM O PINCHINHA:Tracajás, Pitiús e Calalumãs:
Figura 1. Filhote e fêmea de tracajá (P. unifilis)
Figura 2. Filhote e fêmea de pitiú (P. sextuberculata)
Figura 3. Filhote e fêmea de calamã (P. erythrocephala)
REALIZAÇÃO: PATROCÍNIO:
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