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As 2300 Tardes e Manhãs e a Hora do Juízo O juízo universal No livro do Apocalipse encontramos o anúncio de um juízo. Um juízo universal e de conseqüências eternas. Um dia Lúcifer disse que estava certo e Deus, errado. O Criador deu-lhe o tempo necessário para provar a validade de suas acusações e para esclarecer qualquer dúvida na mente das criaturas. Mas, finalmente, chega o dia em que todas as acusações e seus resultados devem ser julgados. No capítulo 14 de Apocalipse, o apóstolo João nos leva a contemplar essa cena crucial do grande conflito entre o bem e o mal. "Vi outro anjo" - diz o profeta - "voando pelo meio do céu, tendo um evangelho eterno para pregar aos que se assentam sobre a terra, e a cada nação, tribo, língua, e povo." (Apocalipse 14:6). Quem é esse anjo e a quem simboliza? Ao longo de todo o livro do Apocalipse são mencionados muitos anjos. Dessa vez João vê outro anjo. Este "anjo" ou "mensageiro" representa, segundo os comentaristas bíblicos, "os servos de Deus empenhados na tarefa de proclamar o evangelho". 1 Afinal de contas, a missão de pregar o evangelho foi dada por Jesus aos discípulos antes de o Mestre partir." (Marcos 16:15 e 16). Quer dizer que, hoje, existe neste mundo um povo especial, com uma mensagem especial para ser dada aos moradores da Terra. A mensagem que essas pessoas proclamam é a seguinte: "Temei a Deus e dai-Lhe glória, pois é chegada a hora de Seu juízo." (Apocalipse 14:7). Essa mensagem é de suma importância porque é o anúncio do dia do acerto de contas: finalmente chegou a hora do julgamento. Quando o juízo findar, todo o Universo saberá sem sombras de dúvidas quem estava com a razão: Satanás ou Cristo. Lá nos céus, muito tempo atrás, Lúcifer acusou a Deus de ser tirano, arbitrário e cruel. Acusou-O de estabelecer princípios de vida que nenhuma criatura poderia cumprir e, portanto, de não merecer mais adoração nem obediência. Mas agora chegou o momento do veredicto final. A História encarregou-se de acumular as provas. Os livros serão abertos, e o juízo começará. A Bíblia está cheia de afirmações que confirmam a existência de um juízo para a raça humana. Observe algumas delas: 1. "Porque Deus há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más." (Eclesiastes 12:14) 2. "Porquanto [Deus] estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça..." (Atos 17:31) 3. "Porque importa que todos nós compareçamos ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou mal que tiver feito por meio do corpo." (II Coríntios 5:10) Mas a grande pergunta é: Quando acontece o juízo? Como saber o tempo exato em que esse julgamento terá início? Se nosso destino eterno está em jogo, não deveríamos preocupar-nos por estudar a profecia a fim de estar preparados para aquele dia? Dia do juízo Para compreender as profecias do Apocalipse é preciso conhecer bem o Velho Testamento. Isso porque, no Apocalipse, muitos detalhes proféticos do Velho Testamento cobram sentido. No Apocalipse está o maravilhoso final da história que começa no Gênesis. Portanto, para saber quando começa o juízo que o Apocalipse menciona, é preciso rever, na história bíblica, quando se realizava o juízo em Israel, o povo de Deus no Velho Testamento. Segundo o Mishná, que é a coleção dos escritos judeus, o juízo de Israel começava no primeiro dia do sétimo mês, com a Festa das Trombetas, e terminava no décimo dia, com a Cerimônia da Expiação. Até hoje esse dia é denominado "Yom Kippur", que significa literalmente "dia do juízo". 2 Nesse dia, cada verdadeiro israelita renovava sua consagração a Deus e confirmava seu arrependimento, ficando, assim, perdoado e limpo. (Levítico 16:30)

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Artigos extraídos, em sua maioria, do programa "A voz da profecia"

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Page 1: Artigos_a Voz Da Profecia

As 2300 Tardes e Manhãs e a Hora do Juízo

O juízo universal

No livro do Apocalipse encontramos o anúncio de um juízo. Um juízo universal e de conseqüências eternas. Um dia Lúcifer disse que estava certo e Deus, errado. O Criador deu-lhe o tempo necessário para provar a validade de suas acusações e para esclarecer qualquer dúvida na mente das criaturas. Mas, finalmente, chega o dia em que todas as acusações e seus resultados devem ser julgados.

No capítulo 14 de Apocalipse, o apóstolo João nos leva a contemplar essa cena crucial do grande conflito entre o bem e o mal. "Vi outro anjo" - diz o profeta - "voando pelo meio do céu, tendo um evangelho eterno para pregar aos que se assentam sobre a terra, e a cada nação, tribo, língua, e povo." (Apocalipse 14:6).

Quem é esse anjo e a quem simboliza?

Ao longo de todo o livro do Apocalipse são mencionados muitos anjos. Dessa vez João vê outro anjo. Este "anjo" ou "mensageiro" representa, segundo os comentaristas bíblicos, "os servos de Deus empenhados na tarefa de proclamar o evangelho".1 Afinal de contas, a missão de pregar o evangelho foi dada por Jesus aos discípulos antes de o Mestre partir." (Marcos 16:15 e 16). Quer dizer que, hoje, existe neste mundo um povo especial, com uma mensagem especial para ser dada aos moradores da Terra.

A mensagem que essas pessoas proclamam é a seguinte: "Temei a Deus e dai-Lhe glória, pois é chegada a hora de Seu juízo." (Apocalipse 14:7). Essa mensagem é de suma importância porque é o anúncio do dia do acerto de contas: finalmente chegou a hora do julgamento. Quando o juízo findar, todo o Universo saberá sem sombras de dúvidas quem estava com a razão: Satanás ou Cristo. Lá nos céus, muito tempo atrás, Lúcifer acusou a Deus de ser tirano, arbitrário e cruel. Acusou-O de estabelecer princípios de vida que nenhuma criatura poderia cumprir e, portanto, de não merecer mais adoração nem obediência. Mas agora chegou o momento do veredicto final. A História encarregou-se de acumular as provas. Os livros serão abertos, e o juízo começará. A Bíblia está cheia de afirmações que confirmam a existência de um juízo para a raça humana. Observe algumas delas:

1. "Porque Deus há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más." (Eclesiastes 12:14)

2. "Porquanto [Deus] estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça..." (Atos 17:31)

3. "Porque importa que todos nós compareçamos ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou mal que tiver feito por meio do corpo." (II Coríntios 5:10)

Mas a grande pergunta é: Quando acontece o juízo? Como saber o tempo exato em que esse julgamento terá início? Se nosso destino eterno está em jogo, não deveríamos preocupar-nos por estudar a profecia a fim de estar preparados para aquele dia?

Dia do juízo Para compreender as profecias do Apocalipse é preciso conhecer bem o Velho Testamento. Isso porque, no Apocalipse, muitos detalhes proféticos do Velho Testamento cobram sentido. No Apocalipse está o maravilhoso final da história que começa no Gênesis. Portanto, para saber quando começa o juízo que o Apocalipse menciona, é preciso rever, na história bíblica, quando se realizava o juízo em Israel, o povo de Deus no Velho Testamento. Segundo o Mishná, que é a coleção dos escritos judeus, o juízo de Israel começava no primeiro dia do sétimo mês, com a Festa das Trombetas, e terminava no décimo dia, com a Cerimônia da Expiação. Até hoje esse dia é denominado "Yom Kippur", que significa literalmente "dia do juízo".2 Nesse dia, cada verdadeiro israelita renovava sua consagração a Deus e confirmava seu arrependimento, ficando, assim, perdoado e limpo. (Levítico 16:30)

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Nesse dia, também, o sumo sacerdote de Israel efetuava a limpeza ou purificação do santuário, com sacrifícios de animais. Note agora o que a Bíblia diz a esse respeito: "Era necessário, portanto, que as figuras das coisas que se acham nos Céus se purificassem com tais sacrifícios; mas as próprias coisas celestiais, com sacrifícios a eles superiores. Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém, no mesmo Céu, para compadecer, agora, por nós, diante de Deus." (Hebreus 9:23 e 24).

Um santuário no Céu e o juízo Se você analisar com cuidado essa declaração bíblica, chegará à conclusão natural de que existe um Santuário lá nos Céus e que o santuário terreno do povo de Israel era apenas uma figura do verdadeiro que está nos Céus. Bom, se o dia da purificação do santuário de Israel era o dia do juízo para aquele povo, está claro que o dia da purificação do Santuário Celestial será também o dia do juízo da humanidade. Mas quando acontecerá isso? Se descobrirmos essa data, teremos descoberto a data do início do julgamento do planeta em que vivemos. Não é fascinante?

Agora vem algo que surpreende: a Bíblia contém uma profecia quase desconhecida pela humanidade (se você tiver uma Bíblia em casa, é só conferir). Essa profecia esta registrada em Daniel 8:14, e diz assim: "Até duas mil e trezentas tardes e manhãs e o santuário será purificado." Essa profecia não pode se referir à purificação do santuário de Israel, porque essa purificação era realizada a cada ano. Aqui está falando necessariamente da purificação do Santuário nos Céus. E isto é confirmado pela própria Bíblia (Hebreus 9:25 e 26). Isso que dizer que, se descobrimos quando termina essa profecia, teremos descoberto o dia da purificação do Santuário Celestial, ou seja, o dia do juízo dos seres humanos.

Em primeiro lugar, é preciso ter em mente que, em profecia, um dia equivale a um ano (Números 14:34; Ezequiel 4:6 e 7). Para saber, então, quando termina esse período de dois mil e trezentos anos é preciso saber quando ele começa. Essa profecia foi revelada ao profeta Daniel com a seguinte advertência: "A visão da tarde e da manhã é verdadeira. Tu porém cerra a visão porque se refere a dias mui distantes." (Daniel 8:26). E Daniel acrescenta: "Eu, Daniel, desmaiei, e estive enfermo alguns dias... E espantei-me acerca da visão, pois não havia quem entendesse." (Daniel 8:27). Enquanto Daniel orava pedindo que Deus lhe revelasse o significado da profecia, o anjo apresentou-se novamente ao profeta, dizendo: "No princípio das tuas súplicas, saiu a ordem, e eu vim para to declarar, porque és mui amado; considera, pois, a palavra, e entende a visão... Sabe e entende, que desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém até o Ungido, o Príncipe, haverá sete semanas e sessenta e duas semanas... E ele fará um pacto firme com muitos por uma semana; e, na metade da semana, fará cessar o sacrifício." (Daniel 9:23 a 27). Nesse texto estão contidos dados necessários para entender a profecia. Com essa declaração bíblica podemos estabelecer o seguinte diagrama: (primeiro leia os pontos explicativos e depois olhe para o diagrama).

1. Perceba que o período profético de 2300 anos começa quando saiu "a ordem para restaurar e edificar Jerusalém". (Daniel 9:25; Esdras 7:7 e 11; Esdras 7:21 e 22). E a História registra que essa ordem foi dada pelo rei Artaxerxes, da Pérsia, no ano 457 a.C. Este é, então, o ano do início do período profético.

2. A profecia diz que, do ano 457 a.C. "até o Ungido Príncipe" (ou seja, o batismo de Jesus), haveria "sete semanas e sessenta e duas semanas". Esse total de 69 semanas, em linguagem profética, equivale a 483 anos, o que nos leva ao ano 27 d.C., data em que historicamente realizou-se o batismo de Jesus. Até aqui a profecia tem-se cumprido com exatidão.

3. A profecia fala de uma semana a mais (sete dias proféticos = sete anos), que nos leva do ano 27 d.C. até o ano 34 d.C., quando o apóstolo Estevão foi apedrejado pelo povo judeu e, com isso, o tempo de Israel estava acabado. "Setenta semanas estão

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determinadas sobre o teu povo" (Daniel 9:24), tinha dito o anjo ao explicar a profecia para Daniel. Isso também se cumpriu com exatidão.

4. A profecia afirma que, na metade dessa última semana - que nos leva ao ano 31 d.C. - "fará cessar o sacrifício". Noutras palavras, Jesus morreria na cruz e já não seria mais necessário o sacrifício de animais que Israel realizava. A História registra que, exatamente no ano 31 d.C., Jesus foi morto, e você pode ver mais uma vez como a profecia se cumpriu de maneira extraordinária.

5. Até aqui, tudo aconteceu como estava previsto. A profecia foi dada a Daniel por volta do ano 607 a.C. e, séculos depois, tudo se cumpriu ao pé da letra.

6. Agora me acompanhe no raciocínio. Se, depois do período de 70 semanas (490 anos) continuarmos contando o tempo, concluiremos que o período de 2300 anos termina em 1844. Quer dizer que, naquele ano, segundo a profecia, o Santuário Celestial seria purificado, ou seja, começaria o grande julgamento da raça humana.

457 a.C. - Emissão da ordem para reconstruir Jerusalém (Esdras 7:11 e 12). 408 a.C. - Jerusalém reconstruída e o Estado judeu restaurado. 27 d.C. - Batismo de Jesus (Mateus 3:13 a 17). 34 d.C. - Morte de Estevão (Atos 7:54 a 60); a Igreja é perseguida (Atos 8:1 a 3) e o

Evangelho é levado aos gentios (Atos 13:44 a 48). 1844 - Início do Juízo Investigativo (Daniel 8:14; Apocalipse 3:7 e 8).

Vivendo em pleno juízo

Isso é algo surpreendente e de solene significado. A humanidade não pode viver este milênio sem saber que o juízo divino começou. Este não é um assunto para o futuro. Segundo a profecia, foi a partir de 1844 que o destino dos homens começou a ser definido, e milhões de pessoas no mundo ignoram essa verdade. Por isso o Apocalipse declara que era necessário levantar-se um anjo "voando pelo meio do céu, tendo um evangelho eterno para pregar aos que se assentam sobre a terra, e a toda nação, tribo, língua, e povo, dizendo em grande voz: temei a Deus e dai-Lhe glória, pois "É CHEGADA A HORA DE SEU JUÍZO". Perceba que o anjo voa. Isso é urgente. Voar significa rapidez. Não há mais tempo a perder. Perceba que a mensagem é dada em alta voz. Isso não pode ser ignorado por mais tempo. Precisa ser proclamado em toda a Terra e para todos os seres humanos. E, finalmente, perceba que este evangelho é eterno. Não é nada novo; algo que foi inventado por alguém. Trata-se da história do maravilhoso amor de Deus pelos seres humanos.

Infelizmente, o juízo, por algum motivo, é mal compreendido pela humanidade. Muitos confundem o juízo divino com os flagelos e catástrofes que acontecerão antes da volta de Cristo, e que também estão profetizados no Apocalipse. Só que aqueles flagelos são parte da sentença. Eles são resultado do juízo. Não é juízo. A prisão ou pena de morte, por exemplo, não é o juízo da pessoa, mas a condenação. Juízo é o processo pela qual se considera o caso: existe um juiz, um advogado, um promotor de acusação, testemunhas e provas. Veja como o profeta Daniel descreve o juízo celestial: "Continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e o Ancião de dias Se assentou; Sua veste era branca como a neve, e os cabelos da cabeça, como a lã pura... um rio de fogo manava e saía de diante dEle. Milhares e milhares O serviam, e miríades e miríades estavam diante dEle; assentou-se o tribunal, e se abriram os livros." (Daniel 7:9 e 10) Note, aí estão o Juiz e também os livros. Agora confira como o juízo é descrito pelo Apocalipse: "E olhei, e eis não somente uma porta aberta como também a primeira voz que ouvi dizendo: sobe para aqui, e te mostrarei o que

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deve acontecer depois destas coisas." (Apocalipse 4:1). Depois de que coisas? Depois que a porta for aberta, claro. E quando é que a porta foi aberta?

Uma porta aberta em 1844 No santuário de Israel, a porta que levava do lugar santo ao lugar santíssimo, era aberta a cada ano, no Dia da Expiação (que era o dia do juízo). Com relação ao Santuário Celestial é dito que:

"Pois Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, mas no próprio Céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus; nem também para Se oferecer muitas vezes, como o sumo sacerdote de ano em ano entra no santo lugar com sangue alheio. Ora, neste caso, seria necessário que Ele tivesse sofrido muitas vezes desde a fundação do mundo; agora, porém, ao se cumprirem os tempos, Se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de Si mesmo, o pecado." (Hebreus 9:24 a 26)

Que dizer que, em 1844, a porta entre o lugar santo e o lugar santíssimo, lá nos Céus, abriu-se para que Jesus pudesse iniciar a purificação do Santuário. E quando essa porta se abriu, veja o que João viu:

"Imediatamente, eu me achei no espírito, e eis armado no Céu um trono, e no trono alguém sentado." (Apocalipse 4:2).

Depois, João descreve a cena ao longo de todo o capítulo quatro de Apocalipse. Ali são mencionados: o trono de Deus, rodeado de querubins; um arco-íris em cima do trono; e, em volta, 24 pequenos tronos onde se assentam 24 anciãos, que declaram: "Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder." (Apocalipse 4:11).

Não são semelhantes essa declaração e a do anjo de Apocalipse 14, que proclama: "Temei a Deus e dai-Lhe glória, pois é chegada a hora de seu juízo"? Anjos no Céu e homens na Terra confirmam que a glória pertence a Deus, porque alguém quer usurpar essa glória. Depois de descrever a cena, João continua: "Vi na mão direita dAquele que estava sentado no trono, um livro escrito por dentro, e por fora selado com sete selos."

Está montada a cena. O tribunal está instalado. Segundo a profecia isso aconteceu em 1844 e, no presente momento, a humanidade está sendo julgada. Qual é o assunto em pauta? Qual é a acusação? Quais os argumentos? Quem é o acusador? Quem é o Advogado de defesa? Quem são as testemunhas? E quem é o Juiz? A cortina vai cair e o conflito dos séculos será desvendado.

Alejandro Bullón, O Terceiro Milênio e as Profecias do Apocalipse, 1.ª ed., 1998, pág. 29.

Para saber mais sobre: O Princípio do Dia Profético dos 2300 anos. 1. Seventh-Day Adventist Bible Comentary, vol.7, pág. 827. 2. The Jewish Encyclopedia, vol. 2, pág. 281.

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Porque devemos estudar sobre o Santuário?

Todos os que receberam luz sobre estes assuntos devem dar testemunho das grandes verdades que Deus lhes confiou. O santuário no céu é o próprio centro da obra de Cristo em favor dos homens. Diz respeito a toda alma que vive sobre a Terra. Patenteia-nos o plano da redenção, transportando-nos mesmo até o final do tempo, e revelando o desfecho triunfante da controvérsia entre a justiça e o pecado. É da máxima importância que todos investiguem acuradamente estes assuntos, e possam dar resposta a qualquer que lhes peça a razão da esperança que neles há.

Oséas 4:6 Qual era o objetivo de Deus ao ordenar a construção do Santuário? (Êxodo 25:8 e Êxodo 29:43)

Com Deus habitando no meio deles, era intenção divina que eles se santificassem pela sua presença, como no caso do lugar da sarça ardente e Moisés. (Êxodo 3:2 a 4: 17).

Origem

O Santuário foi construído baseado num modelo original. Êxodo 25:9 Foi ordenado a Moisés que construísse a cópia a partir do original que lhe foi mostrado. Fazendo assim, Deus não permitiria que houvesse diferença entre os móveis e os serviços que ocorriam no Santuário. Essa é a garantia que nós temos e, se compreendermos exatamente os símbolos e os serviços que ocorriam no Santuário terrestre e sua relação com o povo de Israel, conseguiremos entender como são os serviços do Santuário Celeste e sua relação com o Povo de Deus da atualidade. Êxodo 25:40 Hebreus 8:5 Os judeus da época de Jesus sabiam que o Santuário construído no deserto e de onde derivaram os templos de Salomão e de Zorobabel fora mostrado a Moisés que o erigira tal como vira. Atos 7:44 Cristo faz questão de mostrar que Ele já entrou no Santuário Celeste e que este foi Ele mesmo quem o construiu, portanto, tudo o que ocorre lá é melhor que o terrestre. Hebreus 8:2 Há um claro indicativo aqui de algumas funções que Jesus desempenha no Santuário Celeste, para onde Ele foi após sua morte e ressurreição. Hebreus 9:24

Localização

O Santuário era retangular medindo aproximadamente cinquenta por vinte e cinco metros. O interessante é que ele sempre deveria ser montado do mesmo jeito, sempre, independentemente de onde estivessem. Êxodo 27:18 Havia apenas uma entrada e essa entrada tanto do pátio como da tenda ficavam na mesma direção. E essa direção tinha de ser invariavelmente para o leste ou nascente. Êxodo 27:12-16

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Há uma lógica e grandiosa razão para Deus ter escolhido a entrada como lado oriental, ou seja, a pessoa para entrar deveria estar dando as costas ao sol, deus dos pagãos. Isso se mostra na visão do profeta Ezequiel. Nessa visão, Deus mostra ao profeta qual era a maior abominação que ele já tinha visto, e que era a adoração do sol. Por isso, o ato da pessoa entrar no pátio do Santuário já mostrava que ela estava desprezando o maior deus pagão. Ezequiel 8:13-16

Pátio

Altar O altar de sacrifício ficava no pátio, logo depois da entrada. Era ali que eram sacrificados os animais oferecidos ao Senhor. Êxodo 40:29

Pia

Na pia tinha lugar as cerimônias de purificação dos sacerdotes. Ela ficava em seguida do altar, e em frente da entrada da tenda. Êxodo 30:18

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Tenda

A Tenda da Congregação era constituída por dois compartimentos: Santo e Santíssimo. A seguir estudaremos os diversos objetos que compunham cada um desses compartimentos e alguns de seus significados. Santíssimo : Arca A arca era um baú sem tampa que Deus mandou fazer de madeira e revestida de ouro. Ninguém poderia tocá-la sem que morresse (Uzá morreu por ter tocado na arca - II Samuel 6:6 e 7). Êxodo 25:10-16

Dentro da arca havia os objetos símbolos da intervenção direta de Deus no trato do seu povo. Hebreus 9:4

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Tábua dos Dez Mandamentos

Deus escreveu os mandamentos em duas tábuas de pedra que Ele mesmo tinha lavrado e o entregou a Moisés. Pela rebeldia do povo, Moisés as quebrou e então teve de lavrar outras pedras e levá-las a Deus que escreveu novamente os mandamentos. Essas tábuas foram colocadas dentro da arca, como símbolo da Justiça Divina. (Êxoso 24:12 Êxodo 31:18 Êxodo 32:19 Êxodo 34:1 Êxodo 34:4) Vara de Arão que floresceu O cajado de Arão floresceu como uma confirmação que Deus havia escolhido a Tribo de Levi para o sacerdócio e a Arão, representante dessa tribo, como líder religioso da nação. Foi colocado na arca como um símbolo da Liderança Divina. ( Números 17:8 ) Maná Maná foi o modo como Deus escolheu para alimentar seu povo no deserto. Era uma massa alimentícia que pela manhã estava ao alcance das pessoas enquanto o sol não o derretesse. Esse milagre aconteceu durante 40 anos, até quando eles entraram em Canaã. Havia uma porção dele na arca como símbolo da Proteção e Cuidado Divino ( Êxodo 16:4 ) Propiciatório

A tampa da arca recebeu o nome de propiciatório. Era feita de ouro puro e tinha dois anjos esculpidos e é interessante que eles ficavam olhando para o interior da arca, como se estivessem olhando para a Lei de Deus, que estava no seu interior.

Êxodo 25:17-22 Shekiná O Shekiná estava em cima do propiciatório.

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Descrição dos querubins. Ezequiel 1:11 Quando Deus se manifesta em glória para a humanidade, por menor que seja, é sempre com esse perfil, para que não fôssemos consumidos. Existem sempre dois anjos cobridores e a presença da Glória Divina entre eles... Isaias 37:16 Salmo 80:1 Assim que Adão e Eva foram expulsos do Éden, a Bíblia relata que dois anjos e uma espada que se revolvia ficou guardando a entrada do Jardim. Gênesis 3:24 Essa espada flamejante era a presença da glória de Deus que se manifestava entre os querubins, assim como ela se manifestava em cima do propiciatório, entre os querubins. Mostrando que essa espada era mesmo a Glória de Deus, temos no caso de Abel e Caim, como eles se portavam perante a presença de Deus. Só Deus deve ser adorado. Mateus 4:10 Se só Deus deve ser adorado, Adão ia adorar à porta do jardim do Éden porque Deus estava ali. Se Caim saiu da face do Senhor, ele esteve com o Senhor na porta do Éden. Gênesis 4:14 e 16 A manifestação do Senhor entre os querubins se repete no velho testamento e no novo quando houve a transfiguração de Jesus no monte, onde Moisés e Elias fizeram as funções dos anjos cobridores. Mateus 17:1-8 Véu Havia um véu que fazia separação entre os dois compartimentos. Ele impedia que a arca fosse vista pelos sacerdotes durante os serviços normais do Santuário. Êxodo 26:31 Êxodo 26:33

Santo Altar de Incenso

Havia um pequeno altar em frente ao véu, onde eram queimados incensos diariamente Êxodo 30:1 Êxodo 30:6 Os incensos que subiam diariamente representavam as orações dos pecadores perdoados. Apocalipse 8:3 e 4 Castiçal O castiçal também era feito de ouro, tinha de estar com pelo menos uma lâmpada acesa durante todo o tempo, dia e noite, e ficava no lado sul do santuário.

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Êxodo 25:31 e 37 Êxodo 26:35 Levítico 24:2-4 O profeta Zacarias teve uma visão que deu a ele um esclarecimento a respeito do castiçal. É muito interessante analisarmos essa visão e seus significados. Mesa dos Pães

Do lado do norte, ou em frente ao castiçal, era colocado 12 pães, divididos em duas pilhas, com um pequeno incenso por cima deles. Esse pão era trocado uma vez por semana quando então era comido pelo sacerdote. Êxodo 25:23 Êxodo 25:30 Êxodo 26:35 Levítico 24:5-9 Os pães representavam a Jesus. Foi Ele quem disse isso. Também é importante perceber a posição de onde essa mesa ficava no compartimento Santo com a rebelião de Satanás.

Funções

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Comparações entre as funções e ações do Sumo Sacerdote no Dia da Expiação e o

Ministério de Jesus

Os serviços que eram desenvolvidos no Santuário prenunciavam o Ministério que Jesus desenvolveria quando estivesse na Terra. Como Jesus é o Sumo Sacerdote do Santuário Celeste, nós podemos entender Suas atividades como mediador se compreendermos as atividades relacionadas ao Santuário Terrestre. Assim, o próprio Santuário e seus rituais eram profecias a respeito do que Cristo faria na Terra. Abaixo estão relacionados os principais que o Sumo Sacerdote fazia no Dia da Expiação e como Cristo, através do Seu Ministério, cumpriu a respectiva profecia.

Vestes do sacerdote Levítico 16:3-5

Vestes de Jesus Daniel 10:5 e 6

Ezequiel 9:2

Sacrifício dos bodes e carneiros: Levítico 16:6-10

Sacrifício de Jesus Hebreus 9:11 e 12;

25, 26 e 28 Hebreus 7:27 e 28

Sacrifício pelo próprio Sacerdote Levítico 16:11

Levítico 16:12-15

A Apresentação de Cristo por

Ele mesmo. João 20:17

Hebreus 6:19 e 20

Só havia um Sumo Sacerdote Levítico 16:16-20

Só um Sumo Sacerdote com um único sacrifício Hebreus 10:10-13

Isaías 53:4

Destino do Bode Levítico 16:21 e 22

Destino de Satanás Apocalipse 20:2 e 3; 7-9

O retorno de Arão Levítico 16:23

O retorno de Jesus Ezequiel 9:11

Castiçal

O profeta Zacarias viu um castiçal ou candelabro, e ele era relacionado com o Espírito Santo.

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Zacarias 4:2-6 Além disso, dos lados havia dois ramos de oliveira de onde vertiam azeite no castiçal que se mantinha aceso. O anjo também nomeou as oliveiras como sendo as duas testemunhas ou filhos do óleo. Zacarias 4:12-14 O profeta João viu as duas testemunhas com poder, testemunhando por 1260 dias. As duas testemunhas ou os dois filhos do óleo são o Velho e o Novo Testamento. A figura que ele usa para mostrar é a mesma que o profeta Zacarias viu em sua visão. Apocalipse 11:3 e 4 O Espírito Santo se manifestou como em línguas de fogo sobre os apóstolos. Atos 2:3 e 4

Ao final dos versos, temos que as duas oliveiras, ou as duas testemunhas são o velho e o novo testamento, ou seja, a Bíblia e vertem de si ouro, que é o conhecimento e combustível para o fogo, representado como o Espírito Santo. Portanto, o Espírito só se manifesta em quem tem o conhecimento da Bíblia e se queremos a presença do Espírito em nossas vidas, temos que ter o conhecimento.

Pão

Jesus: o Pão da Vida

Jesus mesmo se intitulou como o Pão da Vida. João 6:48-51 No Santuário, a mesa dos pães sempre ficava no lado norte, e se ele representa a Cristo, podemos entender que Satanás sempre teve inveja de Jesus e não dos outros membros da Trindade. Isaías trata da presunção de Satanás em querer ser igual a Deus, ou melhor, faz algumas ligações com o santuário, como as bandas do norte, posição de Jesus no Santuário, e o monte da Congregação, que o Santuário também era chamado de Tenda da Congregação. Isaías 14:12-15 Isso também pode ser visto nas lamentações que as mulheres faziam por Tamuz, que estava do lado do norte. Ezequiel 8:13-16 Tamuz era um deus pagão da fertilidade e também o nome de um mês babilônico, mês de plantio. Foi conhecido também como deus Esculápio, em Pérgamo, para onde os sábios babilônicos foram deportados. Era um deus serpente, símbolo da escola de medicina de Pérgamo, representado como uma serpente enrolada em um tronco morto a ao lado nasce um broto (Novo Dicionário Aurélio, Bíblia Sagrada Católica - 31ª edição, O Apocalipse Revelado).

Conclusão

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Santuário Celeste Como já visto, o Santuário Terrestre foi uma cópia do céu, portanto o Santuário Celeste tem as mesmas funções que o da Terra. ( Hebreus 8:2 Hebreus 8:5 Hebreus 9:9 ) Jesus assume a função de Sumo Sacerdote e vai atuar junto ao Pai em nosso favor. Seu sacrifício foi tão perfeito que Ele pode interceder em nosso lugar. É interessante que assim como no Santuário Terrestre as pessoas não poderiam ver a Deus, e para isso tinham um intercessor, o Celeste também, com a grandiosa diferença que Esse intercessor é o mesmo que nos criou, e nos salvou. Hebreus 9:23-25

O Pátio do Santuário Celeste nunca é mencionado na Bíblia. Podemos perceber coisas interessantes:

O sacrifício era feito no pátio, onde também havia a pia. Não havia morte dentro da tenda. Jesus foi batizado aqui na Terra e aqui também foi morto. Jesus morreu fora das portas do santuário do céu.

O único lugar que pecadores poderiam pisar era dentro do pátio, fora da tenda. O único lugar do universo que há pecadores é a Terra.

Hebreus 13:12 A visão de Ezequiel mostra o selamento feito por Jesus e depois a ordem para matar os não selados e encher o átrio de mortos. Como Jesus voltará à Terra para salvar os justos e destruir os ímpios, e os mortos - não selados - estarão na Terra. Ezequiel 9:2-7 Portanto, o átrio ou pátio do Santuário Celeste é a própria Terra.

Como deveríamos viver sabendo que estamos no compartimento exterior ou no Pátio do Santuário Celeste?

Será que compreenderíamos melhor o Sacrifício de Cristo? Entender isso nos auxiliaria a ver melhor o que Jesus faz no céu hoje?

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PARA ONDE VÃO OS QUE MORREM? Alejandro Bullón

"Recebi, outro dia, a ligação telefônica de um pai desesperado por causa da morte de seu filho de 18 anos. Uma jovem vida, cheia de sonhos e expectativas, tinha sido inesperadamente interrompida pela morte, num trágico acidente de trânsito. Como ajudar um pai nessas circunstâncias? Aquele pai me dizia com voz embargada:” Pastor - se ao menos eu soubesse com certeza onde está meu filho! Mas cada um me dá uma versão diferente. Uns dizem que o espírito dele continuará sofrendo enquanto eu não saldar todas as dívidas dele. Outros afirmam que ele reencarnou em outra vida e que hoje é mais feliz do que a gente. E há ainda outros que me aconselham a confiar em Deus porque, segundo eles, se meu filho foi bom, está no paraíso e se não, que Deus tenha piedade dele. Depois disso tudo “- continuou falando o homem -” eu já não sei mais o que fazer, nem o que pensar. Por favor, me ajude!" O clamor deste pai, é o clamor desesperado do ser humano de todos os tempos. Para onde vão as pessoas quando morrem? O que acontece com elas? Existe vida após a morte? Podemos afirmar, pela Bíblia, que existe reencarnação ou diálogo com os espíritos dos mortos? O livro de Apocalipse é uma solene advertência ao homem que vive nos dias de hoje. Afinal, o inimigo usará como instrumento poderoso para enganar aos homens tudo o que estiver relacionado com o estado dos mortos. Sabemos que o diabo usará todos os recursos que estiverem ao seu alcance para levar o ser humano a adorar qualquer coisa e obedecer a qualquer um, menos a Deus. Houve um período na História em que, através do poder romano dos Césares e imperadores, o diabo usou a força, a perseguição e a morte para forçar a consciência. Mais tarde, usou o poder religioso para deturpar a Palavra de Deus e perseguir os” hereges “, cuja única” heresia “era adorar ao Deus verdadeiro e obedecer à Sua Palavra. Posteriormente, na época. Da França atéia, o inimigo usou o racionalismo para negar completamente a existência de Deus e queimar a Bíblia em praça pública. Apesar disso, sempre houve um povo que guardava os mandamentos de Deus e perseverava no testemunho de Jesus. Mas o inimigo não se dá por vencido. Em nossos dias já não persegue, nem queima Bíblias; até o ateísmo está quase obsoleto. Mas o diabo continua agindo para alcançar seus objetivos. Como? Despersonalizou a Deus. Deus deixou de ser uma Pessoa e passou a ser uma simples "energia" que pode estar em todo lugar e em todas as coisas. Além disso, "eternizou" a vida, fazendo crer que a vida do ser humano não tem fim, que a vida neste mundo é apenas uma "passagem" para outras vidas. Eu acredito que se você quiser informações com relação ao que acontece quando o homem morre, tem o direito e o dever de procurar todas as fontes que estiverem disponíveis. Uma dessas fontes necessariamente terá que ser a Bíblia, considerada pelos cristãos como a Palavra de Deus. O que é que Deus diz com relação a esse assunto? Para entender aonde vão os mortos quando morrem é preciso saber primeiro como é que o ser humano foi criado. Veja o que a Bíblia afirma em Gênesis 2, verso 7: "Então, formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente". Uma "alma vivente", no sentido bíblico é uma pessoa viva. Você e eu somos almas viventes. "Alma", no sentido bíblico, nunca é um espírito desencarnado. Quando dizemos que no estádio havia cem mil almas assistindo ao jogo estamos nos referindo a cem mil pessoas vivas. Este é o uso que a Bíblia faz da palavra alma. Bom, pela declaração bíblica você percebe que o ser humano começou a viver no momento em que o pó da terra juntou-se ao fôlego, ou sopro de vida. Pó da terra é pó da terra; não é ser humano. O pó da terra não pensa, não tem fome, nem sede, nem sente frio ou calor. Pó é simplesmente pó; não passa disso. Por outro lado, o sopro de vida é apenas sopro. O sopro, em si, também não pensa, não sente, nem é um ser humano. Mas a Bíblia declara que, quando o pó da terra juntou-se com o fôlego de vida, então sim, surgiu o ser humano vivo. E o que acontece quando o homem morre? A Bíblia responde em Eclesiastes 12,7: "E o pó volte a terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu". Segundo esta declaração, no momento em que o homem morre acontece o inverso do que aconteceu quando ele foi criado. Na criação Deus soprou nas narinas do - homem feito do pó da terra - o fôlego de

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vida, e o homem viveu. Ao morrer, Deus recolhe o Seu fôlego de vida - que a Bíblia chama de "espírito" - e o corpo, feito de pó, é enterrado; com o tempo entra em decomposição; apodrece e finalmente seca e vira pó. E o que acontece com o espírito? Bom, para responder essa pergunta, primeiro teríamos que ter bem claro que, quando Deus deu o Seu fôlego de vida ao ser humano, não lhe deu um fôlego "pensante". A palavra hebraica usada para espírito é ruach que quer dizer exatamente "sopro" e nada mais. Em grego, que é a outra língua bíblica, a palavra usada é pneuma, de onde vem a palavra "pneu" e que também quer dizer ar, sopro, fôlego, e nada mais. O ser humano pensante e vivo só apareceu quando o pó e o sopro divinos se juntaram. É como a luz elétrica: a energia que vem pelo fio não é luz, a lâmpada também não é luz, mas quando a energia se junta com a lâmpada, então aparece a luz elétrica. E o que acontece quando a luz se apaga? A lâmpada está ali, a energia, também. Mas quando através de uma chave, separamos ambas, a luz desaparece. Isto nos ajuda a entender que não existe espírito vivo e pensante depois que o homem morre. A Bíblia é categórica ao afirmar em Eclesiastes 9, versículos 5,6 e 10: "Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, porque a sua memória jaz no esquecimento. Amor, ódio e inveja para eles já pereceram; para sempre não têm eles parte em coisa alguma do que se faz debaixo do sol. Tudo quanto te vier à mão para fazer faze-o conforme as tuas forças, porque no além, para onde tu vais, não há obra, nem projetos, nem conhecimento, nem sabedoria alguma". Se a Bíblia é tão categórica ao afirmar que, quando o ser humano morre, acaba a vida para ele, de onde vem a idéia de que a vida não acaba, e que o espírito continua vivendo após a morte? Voltemos à origem de tudo, no Jardim do Éden. Deus disse ao ser humano que não devia tocar o fruto da árvore da ciência do bem e do mal porque, o dia que o fizesse, certamente morreria. Mas então vem o diabo, disfarçado em serpente e diz: "Não morrereis". Aquele foi o início da teoria de que o homem não morre. Foi o inimigo de Deus o pai dessa idéia que hoje está em voga como nunca, até no meio cristão. Outro dia, um jovem me dizia: "Pastor, eu não acreditava na existência de espíritos, até que um amigo meu perdeu o pai e assistiu a uma sessão espírita, e conversou com o espírito do pai. Não foi uma ilusão dele. Ele ouviu a voz do pai". Eu não duvido que aquele jovem tenha ouvido uma voz, mas, com certeza, não era a de seu pai. Na Bíblia está registrada a história do rei Saul, que se desviou dos caminhos de Deus. Ele esqueceu das advertências claras de que não existem espíritos vivos vagando por aí e recorreu a uma médium espírita. A história está registrada em I Samuel 28: 7,8 e 11 da seguinte maneira: "Então, disse Saul aos seus servos: Apontai-me uma mulher que seja médium, para que me encontre com ela e a consulte. Disseram-lhe os seus servos: Há uma mulher em En-Dor que é médium. Saul disfarçou-se, vestiu outras roupas e se foi, e com ele, dois homens, e, de noite, chegaram à mulher; e lhe disse: Peço-te que me adivinhes pela necromancia e me faças subir aquele que eu te disser... Então, lhe disse a mulher: Quem te farei subir? Respondeu ele: Faze-me subir Samuel." A história continua dizendo que Samuel apareceu envolto num pano e conversou com Saul. Aparentemente, Saul, como o jovem que foi à sessão espírita, conversaram com espíritos de pessoas que já estavam mortas. Embora a Bíblia registre essa história, o contexto prova que aquele espírito não era o de Samuel e sim o de algum espírito demoníaco. As provas são as seguintes: 1. As indicações de que Israel nunca deveria consultar aos mortos eram bem claras. Isaías 8:19 nos diz: "Quando vos disserem: Consultai os necromantes e os adivinhos, que chilreiam e murmuram, acaso, não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos?" Como podia Deus enviar uma mensagem para Saul através do "espírito de um morto", se Ele mesmo o proibira? 2. O registro bíblico de I Samuel 28, verso 6; diz que Deus não aceitava comunicar-Se há muito tempo com Saul: "Consultou Saul ao Senhor, porém o Senhor não lhe respondeu, nem por sonhos, nem por Urim, nem por profetas". A pergunta é: se Deus não queria comunicar-Se com Saul, por meios considerados devidamente lícitos, como é que iria comunicar-Se por meio de um "espírito"?

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3. O texto bíblico de I Crônicas 10:13 registra que: "...morreu Saul por causa da sua transgressão cometida contra o Senhor, por causa da Palavra do Senhor, que ele não guardara; e também porque interrogara e consultara uma necromante". Como poderia Deus ter reprovado o fato de Saul ter falado com o "espírito de Samuel" se tivesse sido Deus quem falou naquela ocasião? Bom, se o espírito com quem Saul falou não era de Samuel, que tipo de espírito era? O Apocalipse responde a essa pergunta, no capítulo 12, versos de 7 a 9, veja: "Houve peleja no céu. Miguel (ou seja, Jesus) e os seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o dragão e seus anjos; todavia, não prevaleceram; nem mais se achou no céu o lugar deles. E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos". E qual é a atividade desses anjos malignos hoje? Qual é a grande especialidade do diabo? Seduzir e enganar, e é justamente a isso que seus anjos se dedicam. Eles se disfarçam de espíritos de mortos e aparecem nas sessões espíritas. Eles são os "fantasmas" e "almas penadas" que vagueiam nas noites escuras, eles se vestem de tradições, fábulas e lendas como o saci pererê, a mula sem cabeça, ou o chupacabras, para atingir o povo mais simples. Outras vezes, manifestam-se através dos OVNIs (Objetos Voadores Não Identificados), e seres extraterrestres para alcançar as mentes mais sofisticadas. "Não morrereis" - disse a serpente no jardim do Éden, e essa mensagem da imortalidade da alma será um dos instrumentos poderosos de engano e sedução que o inimigo usará nesta virada de século. Você poderá achar essa mensagem adaptada para todos os gostos. Pessoas simples participarão nas sessões de baixo espiritismo, como a macumba e o candomblé. Pessoas mais cultas buscarão sessões espíritas tradicionais ou tratamentos de regressão, tentando descobrir espíritos de mortos ou vidas passadas. Muitas destas atividades se apresentam no seu estado grotesco, com sangue de galinhas e bodes pretos, ou despachos misteriosos em determinados lugares. Já outros, se apresentarão em forma de atividades de filantropia e beneficência social, despertando a pergunta: que mal tem? O homem moderno buscará a sabedoria nos "espíritos iluminados" dos faraós egípcios ou dos incas peruanos de Manchupichu. Tentará comunicar-se com seres extraterrestres ou buscará a sabedoria e técnica médicas através do "espírito" de médicos famosos que já estão mortos. Enfim, não há limite para os esforços que o inimigo fará a fim de espalhar a mensagem de que o espírito do homem nunca morre. Você poderá ver essa mensagem todos os dias através das novelas e dos filmes, na TV, no rádio, nas revistas e jornais. Poderá ouvi-la nas conversas de botequim e correndo de um lado para outro, na boca do povo, apresentada por artistas famosos, estrelas da televisão e personalidades de destaque. Mas por que todo esse esforço para divulgar essa mensagem? Porque, se a alma não morre, não há por que preocupar-se muito com esta vida. Se acertarmos ou errarmos, qual é o problema? Existem outras vidas! Para que salvação, Cristo, obediência à Palavra de Deus, se teremos a eternidade toda para continuar evoluindo? A Bíblia ensina claramente que existe imortalidade só em Cristo. Por outro lado, o inimigo ensina que a imortalidade está em você. A Bíblia sempre tenta conduzir a adoração do homem a Deus. O inimigo tenta conduzir a adoração do ser humano a qualquer coisa, menos a Deus. A Palavra de Deus é clara e ao ensinar que, quando o ser humano morre, seu corpo volta para a terra e o sopro de vida retorna a Deus. Não existe mais consciência, a partir desse momento. São equivocadas as idéias de que os espíritos dos maus vão para o inferno, dos bons ao paraíso, dos mais ou menos bons ao purgatório e das crianças ao limbo ou, então, que eles andam vagueando por aí ou reencarnando-se em outras formas de vida. Mas existem pessoas sinceras que, com a Bíblia na mão, não conseguem enxergar esta verdade contundente. Encontramos, por exemplo, a parábola do rico e Lázaro em Lucas 16, versos 19 a 24, que literalmente diz assim: "Ora, havia certo homem rico que se vestia de púrpura e de linho finíssimo e que, todos os dias, se regalava esplendidamente. Havia também certo mendigo, chamado Lázaro, coberto de chagas, que jazia à porta daquele; e desejava alimentar-se das migalhas que caíam da mesa do rico; e até os cães vinham lamber-lhe as úlceras. Aconteceu morrer o mendigo e ser levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu

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também o rico e foi sepultado. No inferno, estando em tormento, levantou os olhos e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio. Então, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim! E manda a Lázaro que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama". A parábola continua, e muitas pessoas acham que essa é uma prova bíblica de que, quando o homem morre, o espírito continua vivendo. Convém ter em conta, então, os seguintes pontos: 1. Esse relato é uma parábola e as parábolas usavam o que o povo cria, fosse certo ou errado, como base para ensinar uma lição espiritual, nunca uma doutrina. 2. O quadro que esta parábola pinta não é literal. Ele é tão irreal que você terá dificuldade para responder as seguintes perguntas: De que tamanho era o seio de Abraão, para que lá coubessem todos os espíritos dos mortos? Aonde foram os mortos que morreram antes de Abraão, se o seio de Abraão é a morada dos espíritos? Está o seio de Abraão que, segundo a parábola, é a morada dos justos, tão perto do inferno que as pessoas de ambos os lados pudessem conversar? É Abraão o chefe lá nos céus, sem cuja autorização ninguém pode fazer nada? e é a ele, e não a Deus, que os homens devem pedir misericórdia? Como você pode ver, a parábola do rico e Lázaro não pode ser considerada uma prova bíblica de que os espíritos dos mortos sofrem no inferno ou desfrutam no paraíso. O ensinamento bíblico é claro ao afirmar que, quando o homem morre, na realidade, é como se adormecesse na inconsciência, até o dia da ressurreição. São Paulo declara em I Tessalonicenses 4:13 e 16: "Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança... Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro". Esta é a bendita esperança do cristão. Se a morte arrancou de você um ente querido, pode ter a certeza de que ele está dormindo. Seu corpo voltou à terra e o sopro de vida está em Deus. Seu ente querido não tem mais consciência de nada. Ele não sofre, nem se alegra, nem tem frio, nem fome. Ele apenas descansa em Cristo. O inimigo de Deus pode inventar a teoria que quiser com relação ao estado dos mortos ou à imortalidade da alma. Crer que o espírito dos mortos vive, pode ser hoje o tema da moda. Mas, quais as provas? Onde nascem as teorias? Quais as fontes de informação? Apocalipse 14, verso 13, porém, é incisivo: "...Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem das suas fadigas, pois as suas obras os companham". Está você triste pela morte de um filho? A saudade bate sem parar? Prepare-se! O Senhor Jesus voltará logo, e ressuscitará seu filho. Você poderá abraçá-lo novamente. Hoje ele "descansa de suas fadigas". Apenas "suas obras o acompanham". Guarde as lembranças dos momentos felizes que passaram juntos e aguarde ansioso a manhã gloriosa da ressurreição.

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A MULHER VESTIDA DE SOL

Alejandro Bullón

Centenas de pessoas assistiam à cruzada evangelística aquela noite quando, subitamente, uma mulher foi possuída pelo demônio. Os gritos que ela dava eram horríveis. A multidão aterrorizada olhava para mim como se perguntasse: "o que faremos?" Algumas pessoas tentavam segurar a mulher, mas não conseguiam. Sua força era descomunal. Jogou todos que a seguravam para um lado e, levantando um enorme banco, atirou-o na minha direção. Tive que sair de lado para não ser atingido. Depois, ela começou a aproximar-se de mim, rastejando, jogando espuma pela boca, com os olhos vermelhos como sangue e gritando: "Vou te matar, eu não faço nada contra você e você vive me perseguindo." Ameaça? Medo? Perseguição? Não sei. Ao longo da vida, tenho visto muitas vezes pessoas serem possuídas pelo demônio. É um quadro deprimente. Dói ver seres humanos completamente dominados pelas forças do mal, mas estamos em guerra. A guerra começou no Céu e transferiu-se para a Terra. E, ao longo da História humana, as tentativas e os métodos que o inimigo usou para arruinar o ser humano e desvirtuar a adoração e a obediência devidas a Deus, foram os mais variados. No capítulo 12 de Apocalipse encontramos profetizado mais um capítulo desta guerra. Vejamos os versos de 1 a 3: "Viu-se grande sinal no céu, a saber, uma mulher vestida do sol com a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça, que, achando-se grávida, grita com as dores de parto, sofrendo tormentos para dar à luz. Viu-se, também, outro sinal no céu, e eis um dragão, grande, vermelho, com sete cabeças, dez chifres e, nas cabeças, sete diademas." Quem é esta mulher? O que ela simboliza? E o dragão? De onde vem e o que quer? O relato bíblico continua dizendo em Apocalipse 12, versos 4 e 5 que: "... o dragão se deteve em frente da mulher que estava para dar à luz, a fim de lhe devorar o filho quando nascesse... e o seu filho foi arrebatado para Deus até ao seu trono." Para entender esta profecia, precisamos retornar ao Jardim do Éden. Ao momento triste do confronto do ser humano caído com Deus. Naquela ocasião, estavam presentes o casal de seres humanos e a serpente que os enganara. Note o que Deus disse à serpente em Gênesis 3, verso 15: "Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar." Esta é a primeira profecia bíblica. Ao mencionar neste verso a "mulher", Deus não estava se referindo unicamente à mulher ser humano, Ele estava falando de Sua Igreja neste planeta. Na Bíblia, a Igreja de Deus é simbolizada de várias maneiras. Algumas vezes ela é comparada ao corpo humano(Efésios 4:12). Noutras, a uma mulher pura que espera pelo noivo(II Coríntios 11:12). Esse simbolismo é confirmado no Apocalipse. Uma mulher pura, vestida de sol, é símbolo da Igreja de Deus(Apocalipse 12:1) e uma mulher de prostituta, vestida de vermelho, simboliza a igreja que pertence ao inimigo de Deus(Apocalipse 17:1-5). Dois comandantes com seus respectivos exércitos. Assim, quando em Gênesis 3:15 Deus falou da luta entre a serpente e a mulher, estava profetizando a luta dos séculos entre o diabo e a Igreja de Deus. "Esta" - diz a profecia referindo-se à Igreja - "te ferirá na cabeça e tu (a serpente), lhe ferirás no calcanhar". Quando Satanás provocou a morte de Cristo no Calvário, feriu a Igreja no calcanhar. Mas Jesus, através da fidelidade de seu povo, ferirá finalmente o diabo na cabeça. No capítulo 12 de Apocalipse vemos outro aspecto da luta entre o diabo e a Igreja de Deus. A mulher está grávida, a ponto de dar a luz a um "Varão que regerá as nações". Este, sem dúvida alguma, é Jesus, o Salvador do mundo. O profeta Isaías já o profetizara muitos anos atrás, vejamos em Isaías 9, versículo 6: "Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz". O salmista Davi identifica melhor, quando diz que ele regerá as nações com vara de ferro(Salmos 2:7-9); do jeito que é revelado em Apocalipse. A profecia afirma ainda que "a serpente antiga, que se chama diabo e Satanás", tentaria destruir a Criança logo que Ela nascesse. Não é preciso conhecer muito de História para saber que Herodes decretou a morte de todas as crianças judias quando Jesus nasceu. A profecia bíblica

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diz que o dragão estava a fim de "devorar o Filho", e a História registra que Herodes decretou a morte das crianças. Quem estava por trás de Herodes? Você percebe mais uma vez a astúcia e o método do inimigo? Ele não se mostra como é. Usa as pessoas, esconde-se atrás delas. Controla-as, domina-as e as leva a cumprir seus propósitos escusos. Evidentemente a mulher que foi possuída pelo inimigo, na noite em que eu pregava, e Herodes, ambos não passavam de marionetes nas mãos do antigo enganador. Ele tentou destruir "o Filho da mulher" e tentará, hoje também, destruir os nossos filhos. Por ventura, está você, como pai, sofrendo por causa de algum filho que se encaminha rumo à destruição? Quem você acha que está por trás das sensações alucinantes das drogas? Quem está por trás das idéias de liberdade, que não passam de libertinagem, mas que levam a juventude de hoje a viver sem princípios éticos nem morais? "Tudo é permitido", dizem. Mas se machucam, ferem-se a si mesmos e destroem seu futuro. Outro dia falava com um jovem, que fugira da casa dos pais para viver uma vida dissoluta: - "Você é o sonho de seus pais", disse para ele colocando a minha mão em seu ombro. - "Ah, pastor" (respondeu-me). "Eu não estou a fim de realizar o sonho dos meus pais; quero é realizar meus próprios sonhos". Mas, que tipo de realização é essa que leva o jovem a perambular pelas ruas madrugada adentro sentindo-se um lixo? Que tipo de sonho é esse que só cria nele o vazio, o desespero e a loucura, depois que o efeito da droga passa? Existe uma força oculta por trás de tudo isso. Lares divididos. Filhos desobedientes. Pais ditadores. Ideais desfeitos. Sonhos estraçalhados. Tudo tem um autor: o dragão que tentou devorar o "Filho da mulher"; e que tentará, hoje, devorar os nossos filhos. Apocalipse 12, no verso 6, continua apresentando a luta entre a igreja de Deus e o dragão. Ele diz: "A mulher, porém, fugiu para o deserto, onde lhe havia Deus preparado lugar para que nele a sustentem durante mil duzentos e sessenta dias". Essa profecia fala de perseguição. Leiamos Apocalipse capítulo 12, versículo 13: "...o dragão... perseguiu a mulher que dera à luz o filho varão". Será que a Igreja de Deus foi perseguida em alguma época da História? Os anais da História universal provam que sim. A História registra um período escuro da humanidade. Uma época em que se tentou dominar a consciência das pessoas. Perseguiu-se por causa da fé. A Igreja Cristã e o Estado se uniram e, conseqüentemente, começaram a entrar no seio da Igreja costumes pagãos que a Palavra de Deus condenava. A profecia, porém, indicava que a verdadeira Igreja de Deus não perseguiria, mas seria perseguida e, por isso, fugiria ao deserto por um período de 1260 dias. Já vimos nesta série, nas palestras anteriores que, profeticamente, um dia significa um ano(Ezequiel 4:6 e 7; Números 14:34). O que quer dizer que a Igreja verdadeira de Deus se esconderia no deserto por um período de 1260 anos. Durante este período, as pessoas que "teimavam" em obedecer a Bíblia, e somente a Bíblia, foram cruelmente perseguidas. Muitos, como os Valdenses, tiveram que se esconder nas cavernas das montanhas para poder sobreviver. Quase literalmente, a terra abriu a boca para esconder a "mulher". O que provocava tão furiosa perseguição era a obediência que a verdadeira Igreja prestava à Palavra de Deus. Afinal, aquela mulher é apresentada no capítulo 12 de Apocalipse como "vestida de sol". O que significa o sol? Veja como responde Davi em Salmos 84, verso 11: "Porque o Senhor Deus é sol e escudo". Essa é a Igreja de Deus, sem dúvida alguma. E por que tem a lua sob os seus pés? Se o sol é símbolo da justiça de Deus, onde estão refletidos os Seus ensinos e princípios? Outra vez, Davi responde em Salmos 119, verso 105: "Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e luz, para os meus caminhos". A conclusão é clara: a Igreja de Deus fundamenta seus ensinos não em tradições humanas, mas na Bíblia, que é a Palavra de Deus. Esse foi o motivo da grande perseguição religiosa. O poder que perseguia não podia aceitar que seus ensinamentos fossem confrontados com a Bíblia. Este período de tempo, em que a verdadeira Igreja de Deus foi perseguida por sua fidelidade à Palavra de Deus, encontra-se registrado na Bíblia de várias maneiras.

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1. Em Apocalipse 11:3 e 12:6 Faz-se menção de 1260 dias 2. Em Apocalipse 11:2; 13:5 São mencionados 42 meses, que, multiplicados por 30 dias do mês, resultam também em 1260 dias. 3. Em Daniel 7:25 e 12:7 e Apocalipse 12:14 menciona-se: "tempo e tempos e metade de um tempo", ou seja, 3 tempos e meio, que, na verdade, equivalem a 3 anos e meio, multiplicados pelos 12 meses do ano, dão 42 meses, que, multiplicados por 30 dias de cada mês, resultam outra vez em 1260 dias. Todos esses versos apresentam o mesmo período de tempo no qual levantou-se um poder que, usando o nome de Deus e atribuindo-se a prerrogativa de ser a Igreja de Deus, perseguiu a verdadeira Igreja de Deus. E tudo pelo simples motivo de que esta "teimava" em manter a doutrina bíblica, pura, do jeito que Jesus a ensinara quando esteve na Terra. Por incrível que pareça, existe na História um período de exatamente 1260 anos de perseguição religiosa, que começa no ano 538, com o edito de Justiniano. Foi Justiniano quem, depois de derrotar os ostrogodos, decretou que o bispo de Roma teria a preeminência sobre os bispos das outras cidades, pelo fato de que Roma era a capital do império e dominava o mundo político daqueles dias. Esse período abrange os anos em que a Igreja perseguiu aqueles que se negavam a obedecer-lhe cegamente. Como já vimos, nessa época a Igreja utilizou um instrumento chamado "Santa Inquisição" e tentou impedir que qualquer pessoa estudasse a Bíblia. Isso para que ninguém percebesse os erros que foram transferidos do paganismo para o cristianismo daqueles dias. Ler e defender verdades bíblicas era considerado heresia, e a pena para os hereges era a fogueira. A inquisição previa ainda confissão de "delitos" sob torturas terríveis. Instrumentos de tortura usados pela Igreja medieval podem ser vistos em vários museus, que a História guarda até hoje, como o Museu da Inquisição, em Lima, Peru. Esse período de perseguição terminou em 1798, quando o General Bertier levou preso o líder religioso da Igreja, chamado Pio VI. Perceba, mais uma vez, o método do inimigo. Ele persegue a Igreja de Deus, mas não se identifica. Pelo contrário, o poder que persegue denomina-se a si mesmo Igreja de Deus, enquanto reclama a adoração e a obediência para si e não para Deus e Sua Palavra. Com certeza, muitas pessoas que faziam parte da pretensa Igreja de Deus achavam que estavam fazendo um favor a Deus, ao perseguir um "bando de hereges" que teimavam em obedecer à Bíblia e não à Igreja. Só que essas pessoas, por mais sinceras que fossem, não percebiam que estavam sendo usadas pelo inimigo de Deus, na tentativa de destruir a verdadeira Igreja. A profecia de Apocalipse 12 afirma que a verdadeira Igreja de Deus, embora perseguida, sobreviveria e teria um remanescente em nossos dias. Este é um remanescente que o demônio odeia e continua perseguindo. É um remanescente que se caracteriza por duas particularidades expressas em Apocalipse capítulo 12, verso 17. Leiamos: "Irou-se o dragão contra a mulher e foi pelejar com os restantes da sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus". Estas características repetem-se novamente em Apocalipse 14:12 ao citar a perseverança dos santos. Veja o que diz: "Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus". Deus declara, sem meias tintas, que Ele tem uma Igreja e que esta tem duas características distintas: tem a fé de Jesus e, ao mesmo tempo, acredita na validade dos Seus mandamentos, tal como a Bíblia os registra. Essas foram as características da Igreja de Deus desde o Éden. Lá no Jardim, Adão e Eva constituíam a Igreja de Deus. Eles eram Seus filhos, Seu povo. Mas o inimigo estava ali para destruir o povo de Deus e apresentou-se disfarçado de serpente, tentando desvirtuar os dois pontos básicos do relacionamento com o Criador: adoração e obediência. "Se comerdes da árvore" - disse a serpente - "sereis como Deus. Você não precisa de Deus, pode ser seu próprio Deus. Não tem porque obedecer".

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Adão e Eva caíram. Mas depois se arrependeram e tornaram a constituir o povo de Deus. Então vieram os filhos: Caim e Abel. Naquela época, Deus pediu o sacrifício de um cordeiro como símbolo de Jesus, o Cordeiro de Deus, que um dia tiraria o pecado do mundo. Abel obedeceu. Levou um cordeiro expressando sua fé no Salvador. Caim desobedeceu. Levou o fruto da terra, direcionando a adoração para o fruto de seu trabalho. Alí, naquele, momento, originou-se a igreja do inimigo de Deus neste planeta. Os dias passaram e a Bíblia registra em Gênesis 6 verso 2 a divisão clara destes dois grupos de pessoas: "Vendo os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas..." Percebe? Filhos de Deus e filhos dos homens. Ai estão as duas únicas igrejas do mundo, porque só existem dois comandantes. Antes do dilúvio, Noé, sua família e muitas pessoas que começaram a construir a arca, faziam parte da Igreja de Deus. Infelizmente, muitos abandonaram as fileiras dos fiéis. Quando o dilúvio chegou, somente Noé e sua família constituíam o povo de Deus, que Ele salvou. Somente eles adoraram ao verdadeiro Deus e obedeceram a ordem de construir a arca. Depois veio o tempo de Abrão (posteriormente chamado Abraão), que vivia adorando e obedecendo ao Senhor numa terra cheia de incrédulos e Deus um dia o chamou. Leiamos juntos o que diz em Gênesis 12, versículos 1 e 2: "...Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei; de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome..." Abraão e seus descendentes são claramente identificados na Bíblia como a Igreja de Deus. As duas características daquele povo eram a adoração ao verdadeiro Deus, Criador dos céus e da Terra, e a obediência fiel à Sua Palavra, que incluía os mandamentos que Deus escreveu posteriormente em tábuas de pedra, no Sinai. Quando Jesus veio, Israel, que era Seu povo, não O aceitou. Rejeitou-o. Eles disseram que não aceitavam outro, senão César. Mas houve doze israelitas que O aceitaram. Os doze discípulos que Jesus usou para estabelecer a Igreja cristã. Por isso, podemos dizer que o povo de Deus sempre existiu ao longo da História. E sempre teve as duas características. Israel pensava que era o povo de Deus por herança, mas esqueceu que somente seria povo de Deus se O adorasse como o verdadeiro Deus - o Deus que Se fez carne na pessoa de Jesus - e obedecesse Seus mandamentos. A Igreja Cristã corre o mesmo perigo. Ela não será a Igreja de Deus só porque Jesus a estabeleceu no início de sua História. Mas continuará sendo à medida em que adore unicamente o Deus verdadeiro, na pessoa de Jesus Cristo, e obedeça à Sua Palavra, que inclui os mandamentos. Afinal, essas sempre foram as características do povo de Deus ao longo da História. Deus sabia que hoje o ser humano andaria confuso diante de tantas igrejas e religiões. Todas pretendem ser a Igreja de Deus e algumas, mais benevolentes ainda, defendem a idéia de que todas as igrejas conduzem a Deus. É muito fácil tomar posições radicais em diferentes aspectos da vida - embora seja pouco prudente fazê-lo - mas quando se trata de vida ou morte e, como já vimos, existe um inimigo que usará qualquer método para enganar o ser humano, vale a pena dar uma olhada no que o apóstolo São Pedro escreveu em II Pedro 1, 19: "Temos, assim, tanto mais confirmada a palavra profética, e fazeis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso..." E, se prestarmos atenção ao que diz a Bíblia, perceberemos que ela afirma contundentemente que Deus tem uma Igreja que conserva duas características: (1)Crê em Jesus e (2)guarda os mandamentos de Deus. O dever de toda pessoa sincera é, através do estudo consciencioso da Palavra de Deus, achar essa Igreja e preparar-se para o futuro. Sem medo do que virá. Que Deus lhe abençoe na busca por encontrar a verdade sobre este assunto.

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OS QUATRO CAVALEIROS DO APOCALIPSE Allejandro Bullón

"Dentre as muitas figuras estranhas do Apocalipse, os cavalos e cavaleiros são uma das que provocam mais medo e espanto nas pessoas. Também é uma das profecias que mais alimenta a imaginação dos "profetas" do fim do mundo. Morte, sangue, espada, fome e pestes são ingredientes extraordinários para elaborar um coquetel terrorista e levar desespero e pavor ao homem moderno, já aflito sob as circunstâncias de violência em que a sociedade vive. Mas o que há por trás desses misteriosos cavalos e seus cavaleiros? Para entender essa profecia, é preciso não perder o fio do grande conflito cósmico que teve início no Céu. Quais foram as acusações que Lúcifer levantou contra Deus? Basicamente duas: a primeira tinha a ver com adoração. Lúcifer queria toda adoração para si. "Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono... subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo". Isaías 14:13 e 14 A segunda acusação tinha a ver com a obediência. Segundo Lúcifer, era impossível que a criatura pudesse obedecer aos princípios preservadores da vida estabelecidos pelo Criador. Portanto, o anjo caído tentou destruir a Palavra de Deus. O conflito cósmico teve início nos Céus, transferiu-se para este planeta e foi sempre fundamentado nestes dois pontos: adoração e obediência. Ao longo da História, o inimigo tem tentado atrair a adoração dos homens para si e, ao mesmo tempo, tem tentado desvirtuar a Palavra de Deus. Para conseguir estes dois objetivos ele usa todos os métodos possíveis: engana, fascina, mente, esconde, disfarça e, quando isso não dá certo, persegue, violenta, mata e destrói. A profecia dos quatro cavaleiros do Apocalipse mostra diferentes métodos que o diabo usou ao longo da História, para alcançar seus objetivos; e apresenta também a maneira como os cristãos reagiram às investidas do inimigo, nos diferentes períodos da História. Isto é básico no processo do julgamento. Muitos intérpretes da Bíblia têm considerado os quatro cavaleiros do Apocalipse como portadores dos juízos divinos. Existem até filmes descrevendo esses misteriosos personagens como cavaleiros vingadores trazendo desgraças e tragédias sobre os seres humanos. Seriam os furacões, terremotos e cataclismos, castigos divinos que os cavaleiros trazem? Deveria a humanidade ficar apavorada diante das possíveis catástrofes que esses cavaleiros anunciam? Existe base bíblica para semelhante especulação? O livro do Apocalipse não pode ser usado com leviandade ou fanatismo irracional. Precisa ser estudado com base teológica e projeção histórica. Estudando dessa maneira, percebemos que os cavaleiros do Apocalipse simbolizam os vários períodos pelos quais passaria a Igreja Cristã, em relação com sua fidelidade à Palavra de Deus. Essa profecia é parte da visão dos sete selos. No programa anterior, vimos o Juiz assentar-Se no trono para iniciar o juízo. O apóstolo João continua narrando o evento da seguinte maneira em Apocalipse, capítulo 5 verso 1: "Vi, na mão direita daquele que estava sentado no trono, um livro escrito por dentro e por fora, de todo selado com sete selos". Aquele livro será aberto para dar início ao juízo. Nele estão as provas e evidências a favor ou contra os seres humanos. Como viveram eles ao longo da História? Permaneceram fiéis a Deus, dando-Lhe a glória e honra, devidas? Foram obedientes à Sua Palavra, ou deixaram-se enganar ou intimidar pelo inimigo de Deus? O livro está selado com sete selos e, quando o último selo for aberto, a história do conflito entre o bem e o mal terá chegado ao fim. Cristo voltará para buscar os Seus filhos que permaneceram fiéis a Ele. Este é um momento solene. Os selos serão abertos e o grande julgamento terá início. Prepare-se para contemplar os registros da História.

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Quando foi aberto o primeiro selo, apareceu "... um cavalo branco e o seu cavaleiro com um arco; e foi-lhe dada uma coroa; e ele saiu vencendo e para vencer". Apocalipse 6:2 Aqui se revela a pureza e o poder de conquista do evangelho diante do paganismo no início da Igreja Cristã. A cor branca é usada na Bíblia como símbolo de pureza."... ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve...". Isaías 1:18 Afirma Isaías, falando da pureza da vida perdoada. Imaginemos o quadro: Jesus acabara de ressuscitar, e tinha retornado aos Céus. Ali estava a Igreja que Ele fundara. Jesus tinha vindo a este mundo não apenas para salvar o homem, mas para confirmar uma verdade inquestionável, que encontramos em Mateus 4:10: "...Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto". E, também, para ensinar que a Palavra de Deus é imutável e eterna (Mateus 5:18). Justamente os dois pontos críticos que o inimigo tenta desvirtuar. A figura do cavalo branco nos revela como se conduziu a Igreja de Jesus no primeiro século. Aquele foi um período de guerra entre a verdade e a mentira; entre a verdadeira e a falsa adoração. A Igreja foi cruelmente perseguida por não querer inclinar-se diante de César que reclamava a adoração para si. Você imagina quem estava por trás de César? A Igreja também foi duramente perseguida por sua fidelidade à Palavra de Deus. O próprio João afirma em Apocalipse 1:9 o seguinte: "Eu, João, irmão vosso e companheiro na tribulação,... achei-me na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de Deus...". Os mártires que morreram e que aparecem ressuscitados na abertura do quinto selo também afirmam que morreram por causa da Palavra de Deus. Mas apesar de toda a fúria desatada contra o povo de Deus neste primeiro período da história da Igreja Cristã, ela se manteve fiel aos dois pontos críticos. Foi uma Igreja vencedora, que fez estremecer o inimigo com sua doutrina pura e seu espírito de evangelização. Ao cavaleiro "foi-lhe dada uma coroa e saiu vencendo e para vencer". Ao abrir-se o segundo selo, diz o texto bíblico que: "E saiu outro cavalo, vermelho; e ao seu cavaleiro, foi-lhe dado tirar a paz da terra para que os homens se matassem uns aos outros; também lhe foi dada uma grande espada". Apocalipse 6:4 Já vimos que o cavalo branco - que significa o primeiro período da Igreja Cristã - expressava a pureza de seu caráter e doutrina. Pureza na adoração, por que, apesar das perseguições, ameaças e mortes, os membros da Igreja primitiva preferiam adorar a Deus antes que a César. Pureza na obediência à Palavra de Deus, porque, apesar do perigo físico que significava obedecer às Escrituras Sagradas, aqueles cristãos do primeiro século mantiveram a doutrina de Jesus inalterada. Mas o grande objetivo de Satanás sempre foi atacar aos filhos de Deus nestes dois pontos. Fazer que a Igreja corrompa a sua adoração e doutrina. E, se não conseguisse isso pela força da perseguição do Império Romano, trataria de fazê-lo por outros meios. O cavalo vermelho revela discórdia, discussão e controvérsia entre os próprios filhos de Deus. Vermelho é a cor do sangue, e, por esse motivo, muitos estudiosos da Bíblia relacionam este período com a época de perseguições extremas que a Igreja atravessou durante os três primeiros séculos, sob as mãos dos Césares. Mas o texto bíblico afirma que "os homens se matavam uns aos outros,"ou seja, esta é uma guerra interna. Não é de fora para dentro, mas dentro da própria Igreja, tendo como protagonistas os próprios cristãos. O que aconteceu foi que a Igreja, no seu afã entusiasta de evangelizar todo o mundo, começou a batizar pessoas que não tinham conhecimento suficiente da doutrina cristã. Muitos gregos, romanos e gentios, começaram a pertencer à Igreja sem ter abandonado os seus velhos costumes e doutrinas, e imperceptivelmente começaram a contaminar a pureza da doutrina bíblica que se mantivera branca durante o primeiro século. Podemos tomar como exemplo, o Imperador Constantino. Ele tornou-se cristão, o que foi motivo de muita alegria para o cristianismo. Já imaginou se o presidente da Rússia se convertesse hoje ao cristianismo? Mas Constantino adorava o Sol no dia consagrado ao deus sol: o domingo. Assim, o Imperador, "convertido" ao cristianismo, trouxe para a Igreja o domingo como dia especial de adoração. Os cristãos nunca se atreveriam a adorar o sol, mas fizeram uma pequena concessão ao adorar a Deus no

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dia dedicado ao Sol. "Quase nada". Você percebe? O sábado foi considerado apenas um detalhe. O importante era adorar o verdadeiro Deus, sem dar muita atenção ao dia. E veja, o inimigo conseguiu o que queria: corromper a pureza da doutrina cristã. A Igreja tinha crescido. Já não estava formada por aquele pequeno grupo que seguiu a Jesus. Havia igrejas cristãs nas maiores metrópoles da época. A quem deviam eles obedecer? Tinha que haver uma cabeça. Naquele tempo, todos consideravam Jesus como a Cabeça da Igreja. "Mas já que Jesus não estava mais presente, alguém devia assumir a liderança da Igreja" - pensavam alguns. E o mais natural é que fosse o bispo de alguma das igrejas existentes. Mas quem? Bom, se Roma era o poder político que dominava o mundo, seria lógico que o bispo de Roma passasse a ter o comando da Igreja mundial. Mas os bispos das outras cidades não aceitaram isso facilmente, o que deu origem a guerras sanguinárias. O historiador Walter Duram declara que "provavelmente, mais cristãos foram degolados por cristãos do que em todas as perseguições que os pagãos fizeram contra os cristãos na história de Roma. O que realmente impressiona é que a profecia já descrevia esse episódio lamentável da história da Igreja. A Igreja Cristã daquele período é simbolizada pelo cavalo vermelho, a cujo cavaleiro foi dado o poder de tirar "a paz de modo que os homens se matassem uns aos outros". Quando o terceiro selo se abre, João diz: "... vi, e eis um cavalo preto e o seu cavaleiro com uma balança na mão". Apocalipse 6:5 A cor preta fala por si mesma. É a antítese do branco. E se o cavalo branco simboliza o período de pureza da Igreja, você já pode imaginar o grau de degradação que este terceiro cavaleiro representa. Esta é a Igreja que vai até o início da Idade Média. Nesse período da História a Igreja não foi capaz de manter pura a adoração ao único e verdadeiro Deus, nem prestou obediência fiel à Sagrada Escritura. Contaminou-se com uma montanha de tradições humanas e costumes pagãos. Enquanto Jesus declarou que Seu "reino não é deste mundo", o líder da Igreja daquela época cobiçou e assumiu o poder terreno. O Império Romano havia caído. Os imperadores tinham desaparecido e a única autoridade que permaneceu foi a do bispo da Igreja Cristã de Roma, antiga sede do poder político. O poder desse líder religioso não era mais apenas espiritual, era também político e social. O cavaleiro montado neste cavalo tem uma balança na mão e, de repente, se ouve uma voz dizendo: "...Uma medida de trigo por um denário; três medidas de cevada por um denário...". Apocalipse 6:6 Esta era uma medida de peso, que na época em que o Apocalipse foi escrito "era a ração que um soldado ou um escravo podia adquirir por dia. Trata-se, portanto, de uma ração mínima de alimento que os pobres recebiam, mas o preço "um denário" era 16 vezes maior que o preço que aquela ração miserável devia custar". Isso significa opressão, exploração e fome. Quer dizer que os lideres da Igreja Cristã daquele tempo se caracterizariam por promover fome espiritual, escondendo do povo o "pão da vida" que é a Palavra de Deus. Como você interpreta o fato da Igreja Cristã daquela época proibir ao povo a leitura da Bíblia ou vender indulgências, chegando ao extremo de afirmar que, ao momento que as moedas batiam no fundo da salva, os pecados eram apagados dos registros celestiais? A verdadeira adoração a Deus e a obediência pura à Sua Palavra ficaram esquecidas. O inimigo, mais uma vez, estava conseguindo seu propósito. Mas a voz que falou, quando o cavalo preto apareceu, disse: "não danifiqueis o azeite e o vinho". O que significa isso? Haveria um remanescente que, a despeito de tudo, permaneceria fiel aos ensinamentos divinos e adorando unicamente o Deus Criador dos céus e da Terra. Na abertura do quarto selo, João é chamado novamente a contemplar a visão. Veja como ela é relatada em Apocalipse 6:8: "E olhei, e eis um cavalo amarelo e o seu cavaleiro, sendo este chamado Morte; e o Inferno o estava seguindo, e foi-lhes dada autoridade sobre a quarta parte da terra para matar à espada, pela fome, com a mortandade e por meio das feras da terra". É aqui que os terroristas da religião se deleitam. É muito fácil sair assustando as pessoas com a imagem de um cavaleiro montado sobre um cavalo amarelo e levando destruição à quarta parte da Terra. Mas já vimos que a visão dos quatro cavalos é apenas uma profecia que anuncia diferentes períodos pelos quais a Igreja passaria na sua História. A visão do cavalo amarelo simboliza o período no qual se consumou a degradação da Igreja Cristã. Esta degradação teve

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início no período simbolizado pelo cavalo vermelho, acentuou-se no período simbolizado pelo cavalo preto e tornou-se terrível neste último período. A Igreja pura que Jesus estabeleceu e que os apóstolos e os primeiros cristãos mantiveram incontaminada durante o primeiro século, foi se corrompendo lentamente. Quando chegamos à Idade Média, encontramos uma Igreja Cristã de nome, que não era nem a sombra da Igreja pura que Jesus fundara. Onde estavam os cristãos que deram a vida por obedecer à ordem divina: "...Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto"? Mateus 4:10 Em nome de Deus, agora os cristãos estavam adorando imagens e esculturas de santos. Onde estavam os fiéis cristãos que foram perseguidos por causa da Palavra de Deus? Onde estavam aqueles que pagaram com a vida a ousadia de obedecer à ordem divina que dizia: "... até que o céu e a terra passem, nenhum i ou um til jamais passará da Lei..."? Mateus 5:18 Os pretensos cristãos naquele período tinham mudado os mandamentos de Deus sob a alegação de que a "santa mãe Igreja" tinha poder para fazê-lo. Mas isso não foi suficiente. A Igreja perseguiu aqueles que "ousavam" obedecer à Escritura. Isso aconteceu durante o período de absoluta supremacia da Igreja na Idade Média. A História universal registra tudo. A Igreja estabeleceu o aparato mais espantoso, jamais visto antes, e conhecido pelo nome de Inquisição, para matar e destruir todos aqueles que não aceitassem as doutrinas contaminadas que, àquela altura da História, a Igreja ensinava. Por isso, seu nome era morte. O historiador católico, Walter Duram, escreve o seguinte: "Com toda a tolerância que se requer de um historiador e que se permite a um cristão, devemos colocar a Inquisição entre as mais escuras manchas no registro da humanidade, pois revela uma ferocidade desconhecida até numa fera". O meu propósito não é descrever as monstruosidades executadas pela Igreja naquela época. O que precisamos entender é que, por trás de tudo, havia alguém que um dia levantou-se no Céu e tentou tirar a soberania divina; tentou desvirtuar a Palavra de Deus e fazer-se, a ele próprio, o centro da adoração e da obediência no Universo. Derrotado no Céu, Lúcifer veio para a Terra e conseguiu enganar Adão e Eva. Jesus veio a esta Terra para resgatar o ser humano, e estabeleceu a Igreja para ser uma comunidade de pessoas que se edificassem juntas, em amor. Jesus deu Sua Palavra para ser o guia supremo dessa Igreja. Ele diz em João capítulo 15 e verso 14 que: "Vós sois meus amigos, se fazeis o que eu vos mando". Jesus disse isso antes de partir. E veja, o inimigo tentou destruir essa Igreja utilizando o poder político e militar do Império Romano, mas não conseguiu. Quanto mais cristãos o imperador matava, mais cristãos apareciam. O inimigo, então, tentou desviar a adoração de Deus para o imperador, mas não conseguiu. A Igreja manteve-se pura na doutrina recebida de Jesus e conservou-se fiel à Palavra Divina. Como o método da violência não deu certo, Satanás começou a entrar devagarinho na Igreja. Começou a misturar paganismo com cristianismo. A Palavra de Deus deixou de ser o centro da vida e doutrina da Igreja e passou a ser substituída por tradições humanas e mandamentos de homens. A Igreja adquiriu poder político e passou de perseguida, no primeiro século, a perseguidora na Idade Média. O líder da Igreja nessa época passou a tomar para si prerrogativas divinas: a perdoar pecados, a condenar e absolver consciências, a exigir adoração e a reclamar infalibilidade. Você percebe? O inimigo estava conseguindo o que sempre quis: Tirar de Deus a adoração e a obediência devidos unicamente a Ele como Criador. Este é um assunto de suma importância no novo milênio. Não se trata simplesmente de religião; trata-se de fidelidade ou apostasia; de vida ou de morte. Graças a Deus, ao longo da História sempre houve um remanescente fiel. Pessoas aparentemente insignificantes que continuaram adorando ao único e verdadeiro Deus e obedecendo fielmente à Sua Palavra. Durante a Idade Média foram os valdenses, albigenses e outros grupos pequenos que se escondiam nas covas e montanhas para poder obedecer a Deus, sem sofrer a terrível perseguição do poder que, em "nome de Deus", queria obrigá-los a desobedecer a Palavra Divina e adorar seres humanos. E esse remanescente continua existindo. O Apocalipse o identifica claramente.

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O JULGAMENTO DA HUMANIDADE Alejandro Bullón

"Eu estava em Nova Iorque na manhã em que saiu o veredito do julgamento de O. J. Simpson, acusado de ter matado a esposa e um amigo dela. Eu estava numa frutaria - lanchonete da esquina da rua 216 Este com a rua 45. Os proprietários tinham colocado uma televisão enorme, e havia muita gente aglomerada em volta para assistir o veredito final. Na realidade, os Estados Unidos praticamente pararam por 2 minutos. A expectativa era generalizada e o resultado do julgamento provocou as mais variadas reações. Os pais das vítimas choravam, sentindo-se impotentes diante do veredito que declarava Simpson inocente das acusações, enquanto o acusado respirava aliviado alegando que a justiça tinha sido feita. No livro de Apocalipse encontramos o anúncio de outro julgamento. Desta vez, um juízo universal e de conseqüências eternas. Um dia, Lúcifer disse que estava certo e Deus, errado. O Criador deu-lhe o tempo necessário para provar a validade de suas acusações e para esclarecer qualquer dúvida na mente das criaturas. Mas, finalmente, chega o dia em que todas as acusações e seus resultados devem ser julgados. No capítulo 14 de Apocalipse, no verso 6, o apóstolo João nos leva a contemplar essa cena crucial do grande conflito entre o bem e o mal, dizendo: "Vi outro anjo voando pelo meio do céu, tendo um evangelho eterno para pregar aos que se assentam sobre a terra, e a cada nação, e tribo, e língua, e povo". Quem é esse anjo e a quem simboliza? Ao longo de todo o livro de Apocalipse são mencionados muitos anjos. Desta vez João vê outro anjo. Este "anjo" ou "mensageiro" representa, segundo os comentaristas bíblicos, "os servos de Deus empenhados na tarefa de proclamar o evangelho". No Evangelho de Marcos, capítulo 16, nos versos 14 e 15 diz que a missão de pregar o evangelho, foi dada por Jesus aos seus discípulos antes de o Mestre partir. Quer dizer que hoje, existe neste mundo um povo especial, com uma mensagem especial para ser dada aos moradores da Terra. A mensagem que estas pessoas proclamam encontra-se em Apocalipse 14, verso 7: "... Temei a Deus e dai-lhe glória, pois é chegada a hora do seu juízo". Essa mensagem é de suma importância porque é o anúncio do dia do acerto de contas: finalmente chegou a hora do julgamento. Quando o juízo terminar, todo o Universo saberá sem sombra de dúvida quem estava com a razão: Satanás ou Cristo. Lá nos céus, há muito tempo atrás, Lúcifer acusou a Deus de ser tirano, arbitrário e cruel. Acusou-o de estabelecer princípios de vida que nenhuma criatura poderia cumprir e, portanto, de não merecer mais adoração nem obediência. Mas agora chegou o momento do veredito final. A história encarregou-se de acumular as provas. Os livros serão abertos, e o juízo começará. A Bíblia está cheia de afirmações que confirmam a existência de um juízo para a raça humana. Observe algumas delas: Eclesiastes capítulo 12, versículo14: "Porque Deus há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más". Veja também o que diz em Atos 17, verso 31: "Porquanto (Deus) estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça..." E finalmente em II Coríntios, capítulo 5, verso 10 a Palavra de Deus diz: "Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo". Mas a grande pergunta é: Quando acontece o juízo? Como saber o tempo exato em que esse julgamento terá início? Se nosso destino eterno está em jogo, não deveríamos preocupar-nos por estudar a profecia a fim de estar preparados para aquele dia? Já dissemos que para compreender as profecias do Apocalipse é preciso conhecer bem o Velho Testamento. Isso porque, no Apocalipse, muitos detalhes proféticos do Velho Testamento exigem sentido. No Apocalipse está o maravilhoso final da história que começa no Gênesis. Portanto, para saber quando começa o juízo que o Apocalipse menciona, é preciso rever, na história bíblica, quando se realizava o juízo em Israel, o povo de Deus no Velho Testamento. Segundo o Mishna, que é a coleção dos escritos judeus, o juízo de Israel começava no primeiro dia do

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sétimo mês, com a festa das trombetas, e terminava no décimo dia, com a cerimônia da expiação. Até hoje esse dia é denominado "Yom Kippur" (Juízo de Israel: 1-10 do Sétimo mês), que significa literalmente "dia do juízo". O livro de Levíticos, capítulo 16, no verso 30, explica que nesse dia, cada verdadeiro israelita renovava sua consagração a Deus e confirmava seu arrependimento, ficando, assim, perdoado e limpo. Nesse dia, também, o sumo sacerdote de Israel efetuava a limpeza ou purificação do Santuário, com sacrifícios de animais. Note agora o que a Bíblia diz a este respeito em Hebreus 9 versículos 23 e 24: "Era necessário, portanto, que as figuras das coisas que se acham nos céus se purificassem com tais sacrifícios, mas as próprias coisas celestiais, com sacrifícios a eles superiores. Porque Cristo não entrou em Santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus". Se você analisar com cuidado esta declaração bíblica, chegará à conclusão natural de que existe um Santuário lá nos Céus e que o santuário terreno do povo de Israel era apenas uma cópia do verdadeiro que está nos Céus. Bom, se o dia da purificação do Santuário de Israel era o dia do juízo para aquele povo, está claro que o dia da purificação do Santuário celestial será também o dia do juízo da humanidade. Mas quando acontecerá isto? Se descobrirmos essa data, teremos descoberto a data do início do julgamento do planeta em que vivemos. Não é fascinante? Agora vem algo que surpreende: a Bíblia contém uma profecia quase desconhecida pela humanidade. Se você tiver uma Bíblia em casa, é só conferir. Essa profecia está registrada em Daniel 8, versículo 14 e diz assim: "... Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o Santuário será purificado". Essa profecia não pode se referir à purificação do Santuário de Israel, porque essa purificação era realizada a cada ano. Aqui está se falando da purificação do Santuário dos Céus. E isto é confirmado pela própria Bíblia em Hebreus capítulo 9, versículos 25 e 26. Isso quer dizer que, se descobrirmos quando termina essa profecia, teremos descoberto o dia da purificação do Santuário celestial, ou seja, o dia que começou o julgamento dos seres humanos. Em primeiro lugar, é preciso ter em mente que, em profecia, um dia equivale a um ano (Números 14:34 e Ezequiel 4:6). Para saber, então, quando termina esse período de dois mil e trezentos anos é preciso saber quando ele começa. Esta profecia foi revelada ao profeta Daniel, com a seguinte advertência, vejamos o que diz: Daniel 8:26: "A visão da tarde e da manhã... é verdadeira; tu, porém, preserva a visão, porque se refere a dias ainda mui distantes". E Daniel acrescenta no verso 27: "Eu, Daniel, enfraqueci e estive enfermo alguns dias... E espantava-me com a visão, e não havia quem a entendesse". Enquanto Daniel orava, ele pediu que Deus lhe revelasse o significado da profecia. Então o anjo apresentou-se novamente ao profeta. Vejamos o que ele diz em Daniel capítulo 9, versículos 23, 25 e 27: "No princípio das tuas súplicas, saiu a ordem, e eu vim, para to declarar, porque és mui amado; considera, pois, a coisa e entende a visão... Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Ungido, ao Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas... Ele fará firme aliança com muitos, por uma semana; na metade da semana, fará cessar o sacrifício..." Nesse texto estão contidos os dados necessários para entender a profecia. Perceba que o período profético de 2.300 anos começa quando saiu "a ordem para restaurar e edificar Jerusalém". E a História registra que essa ordem foi dada pelo rei Artaxerxes, da Pérsia, no ano 457 a.C. Este é, então, o ano do início do período profético. A profecia diz que, do ano 457 a.C. "até o Ungido príncipe" (ou seja, o batismo de Jesus), haveria "sete

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semanas e sessenta e duas semanas". Este total de 69 semanas, em linguagem profética, equivale a 483 anos, o que nos leva ao ano 27 d.C., data em que historicamente realizou-se o batismo de Jesus. Até aqui a profecia tem se cumprido com exatidão. A profecia fala de uma semana a mais(7 dias proféticos = igual a 7 anos), que nos leva do ano 27 d.C. até o ano 34 d.C., quando Estevão foi apedrejado pelo povo judeu e, com isto, o tempo de Israel estava acabado. "Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo..." Tinho dito o anjo ao explicar a profecia para Daniel. Isso cumpriu-se com exatidão. A profecia afirma que, na metade desta última semana - que nos leva ao ano 31 d.C. - "Fará cessar o sacrifício". Noutras palavras, Jesus morreria na cruz e já não seria mais necessário o sacrifício de animais que Israel realizava. A História registra que, exatamente no ano 31 d.C., Jesus foi morto, e você pode ver mais uma vez como a profecia se cumpriu de maneira extraordinária. Até aqui, tudo aconteceu como estava previsto. A profecia foi dada a Daniel por volta do ano 607 a.C. e, séculos depois, tudo se cumpriu ao pé da letra. Agora me acompanhe no raciocínio. Se, depois do período de 70 semanas, continuarmos contando o tempo, concluiremos que o período de 2.300 anos termina em 1844. Quer dizer que, naquele ano, segundo a profecia, o Santuário celestial seria purificado, ou seja, começaria o grande julgamento da raça humana. Isto é algo surpreendente e de solene significado. A humanidade não pode entrar no próximo milênio sem saber que o juízo divino já começou. Este não é um assunto para o futuro. Segundo a profecia, foi a partir de 1844 que o destino dos homens começou a ser definido, e milhões de pessoas no mundo ignoram essa verdade. Por isso Apocalipse 14, versículos 6 e 7 declara que era necessário levantar-se um anjo "... voando pelo meio do céu, tendo um evangelho eterno para pregar aos que se assentam na terra, e a cada nação, e tribo, e língua, e povo, dizendo, em grande voz: Temei a Deus e dai-lhe glória, pois é chegada a hora do seu juízo..." Perceba que o anjo voa. Isso é urgente. Voar significa rapidez. Não há mais tempo a perder. Perceba que a mensagem é dada em alta voz. Isso não pode ser ignorado por mais tempo. Precisa ser apregoado em toda a Terra e para todos os seres humanos. E, finalmente, perceba que este é o evangelho eterno. Não é nada novo; algo que foi inventado por alguém. É a história do maravilhoso amor de Deus pelos seres humanos. Infelizmente, o juízo, por algum motivo, é mal compreendido pela humanidade. Muitos confundem o juízo divino com os flagelos e catástrofes que acontecerão antes da volta de Cristo, e que também estão profetizados no Apocalipse. Só que aqueles flagelos são parte da sentença. Eles são resultado do juízo. Não o juízo. A prisão ou a pena de morte, por exemplo, não é o juízo da pessoa, é a condenação. Juízo é o processo no qual se considera o caso: existe um juiz, um advogado, um promotor de acusação, testemunhas e provas. Veja como o profeta Daniel descreve a cena do juízo celestial em Daniel 7, versos 9 e 10: "Continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e o Ancião de Dias se assentou; sua veste era branca como a neve, e os cabelos da cabeça, como a pura lã... Um rio de fogo manava e saía de diante dele; milhares de milhares o serviam, e miríades de miríades estavam diante dele; assentou-se o tribunal, e se abriram os livros". Note, aí estão o Juiz e também os livros. Agora confira como o juízo é descrito em Apocalipse 4, verso 1: "... olhei, e eis não somente uma porta aberta no céu, como também a primeira voz que ouvi... dizendo: Sobe para aqui, e te mostrarei o que deve acontecer depois destas coisas". Depois de que coisas? Depois que a porta for aberta, claro. E quando é que a porta foi aberta? No santuário de Israel, a porta que levava do lugar santo ao lugar santíssimo, era aberta a cada ano, no Dia da Expiação (que era o dia do juízo). Com relação ao Santuário celestial é dito em Hebreus 9:24 e 26 que: "Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos... porém no mesmo céu... ao se cumprirem os tempos, se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de Si mesmo, o pecado". Quer dizer que, em 1844, a porta entre o lugar santo e o lugar santíssimo, lá nos Céus, abriu-se para que Jesus pudesse iniciar a purificação do Santuário. E quando essa porta se abriu, veja o que João viu em Apocalipse 4:2: "Imediatamente, eu me achei em espírito, e eis armado no céu um trono, e, no trono, alguém sentado".

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Depois, João descreve a cena ao longo de todo o capítulo 4 de Apocalipse. Ali são mencionados: o trono de Deus, rodeado de querubins; um arco-íris em cima do trono; e, em volta, 24 pequenos tronos onde se assentam 24 anciãos que declaram: "Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder". (Apocalipse 4:11) Não são semelhantes essa declaração e a do anjo de Apocalipse 14, verso 7, que proclama: "...Temei a Deus e dai-lhe glória, pois é chegada a hora do seu juízo..." Anjos no Céu e homens na Terra confirmam que a glória pertence a Deus, porque alguém quer usurpar essa glória. Depois de descrever a cena, João continua. Vamos ver o que diz Apocalipse 5, 1: "Vi, na mão direita daquele que estava sentado no trono, um livro escrito por dentro e por fora, de todo selado com sete selos." Aí está montada a cena. O tribunal está instalado. Segundo a profecia isso aconteceu em 1844 e, no presente momento, a humanidade está sendo julgada. Qual é o assunto em pauta? Qual a acusação? Quais os argumentos? Quem é o acusador? Quem é o advogado de defesa? Quem são as testemunhas e quem é o juiz? A cortina vai cair e o conflito dos séculos será desvendado.

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A GUERRA DO BEM CONTRA O MAL Alejandro Bullón

"Em outubro de 1996 estreou, nos Estados Unidos, a série para televisão "Millennium" de Chris Carter. Depois de explorar fenômenos sobrenaturais em uma série produzida anteriormente, o produtor norte-americano apresentou em "Millenium" sua versão do apocalipse. Carter afirmou, ao comentar a sua nova série, que não "podemos explicar o que é o mal, mas podemos descobrir o lado maligno do ser humano". Millenium atingiu a extraordinária marca de 12 milhões de domicílios nos Estados Unidos, explorando o medo do telespectador com cenas de um mundo violento e assustador. Um mundo violento e assustador! É exatamente esse o tipo de mundo em que vivemos. Um mundo em guerra. Não importa onde você viva, se em Buenos Aires ou Rio de Janeiro, se nas alturas de La Paz ou no centro financeiro de Montevidéu. Este é um mundo em guerra. Não se trata de uma guerra com tanques e canhões. Não é o Oriente contra o Ocidente, nem comunismo versus capitalismo. É uma batalha entre o bem e o mal; entre o que é certo e errado; entre a verdade e a mentira. O lado assombroso de tudo é que esta guerra não acontece no ar, na terra ou no mar. O campo de batalha é a mente e o coração do ser humano. A batalha começou no Céu e foi transferida para a Terra. Em Apocalipse capítulo 12, versos 7 a 9, diz: "Houve peleja no céu. Miguel e os seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o dragão e seus anjos; todavia, não prevaleceram; nem mais se achou no céu o lugar deles. E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos". A análise de como esta guerra envolveu o nosso planeta, ajudará muito na compreensão do livro do Apocalipse. O registro histórico de tudo está na Bíblia. No primeiro capítulo de Gênesis encontramos o relato da criação de um mundo perfeito. No terceiro capítulo é descrito o início da grande guerra neste planeta: a luta pela mente e o coração do ser humano; o esforço do inimigo para destruir a lealdade do homem a Deus. Os pontos críticos são os mesmos do inicio do pecado no céu: adoração e obediência. Vejamos como a história começa em Gênesis 3 verso 1: "Mas a serpente, mais sagaz que todos os animais selváticos que o Senhor Deus tinha feito, disse à mulher: É assim que Deus disse: não comereis de toda árvore do jardim?" Nesse verso observamos a principal estratégia do inimigo. Ele não se mostra como realmente é. Disfarça-se, esconde-se, finge, simula e representa. A serpente era o animal mais belo da criação. Não era o bicho nojento que hoje é. Ela se arrasta hoje como resultado da maldição que recaiu sobre ela depois do pecado. Mas, antes disso, era um animal de tão extraordinária beleza que Eva não tinha motivo para temer ou fugir. O inimigo parecia amigo. Era uma companhia agradável. Foi desse modo na criação. Foi também assim ao longo da história. E, com certeza, será de igual maneira em nossos dias. A Bíblia afirma em I Pedro 5, verso 8 que: "... O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar". E acrescenta em II Coríntios 11, versículo 14: "Satanás se transforma em anjo de luz." Não pense você que se na grande batalha dos séculos, ele quiser arregimentá-lo para seu exército, irá se apresentar pelo verdadeiro nome. Não. Virá a você disfarçado de algo maravilhoso e sedutor. Pode ser uma teoria bonita, uma filosofia deslumbrante, uma religião fascinante, ou até um anjo de luz. O texto Bíblico declara também que o inimigo não disfarça apenas a sua pessoa; disfarça também o seu propósito. Ele não disse a Eva que estava ali para destruí-la e trazer desgraça às gerações futuras. Simplesmente levou-a para o terreno da religião. Usou a Palavra de Deus, entretanto, torceu-a e tentou muda-la. Vamos ler em Gênesis 3, verso 1 o que ele disse a Eva: ..."É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim?" Deus não tinha dito isso. Mas o inimigo faz uma leve mudança naquilo que Deus disse. Quase nada. Você percebe? Ele é um diabo religioso. Aceita a Palavra de Deus. Não a nega; não luta contra ela. Apenas a

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torce um pouquinho. O suficiente para criar desconfiança. "Você não precisa ser radical! A palavra de Deus não pode ser levada tão a sério! Vamos, Eva! Qual a diferença entre esta e as outras árvores do jardim? Afinal, todas são árvores, você não acha? Meu amigo, guarde bem este argumento, por que ele será repetido muitas vezes ao longo da história. "A Palavra de Deus não precisa ser levada tão a sério". "É necessário ter mente aberta". "Deus não pode estar preocupado com detalhes tão insignificantes". Lembre-se: esses argumentos serão muito usados ao aproximar-se o novo milênio. O passo seguinte da serpente, depois de ter minado a confiança de Eva na Palavra de Deus, foi levá-la ao terreno da desobediência. "Coma do fruto. Não tema. Nada vai lhe acontecer. Comer um simples fruto não é algo moralmente errado. Deus está tão ocupado com o vasto Universo, que não terá tempo para preocupar-Se com um detalhe insignificante". Satanás centra a discussão em torno do fruto. Aparentemente ele tem razão: aquele era um simples fruto. Mas o que estava em jogo não era o fruto e sim a obediência. É muito fácil para o ser humano distrair-se com exterioridade e esquecer a profunda realidade das coisas que não se vêem. Na grande batalha dos séculos, o inimigo repetirá a mesma estratégia. Levará a humanidade a pensar que Deus não pode estar preocupado com "simples detalhes", esquecendo que, o que realmente está em jogo não são "detalhes", mas a Adoração e a obediência que só Deus merece. A obediência é importante para Deus porque o ser humano é importante. Deus leva a sério a obediência porque Ele ama o ser humano e conhece o estrago que a desobediência gera no caráter e nos relacionamentos do homem. Mas o ser humano ficou entusiasmado diante da possibilidade de tornar Deus descartável. Fascinou-lhe a idéia de ser ele o seu próprio deus. Diz em Gênesis 3, verso 5: "... Se vos abrirão os olhos - tinha dito o inimigo - e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal." Esse é o início da tentativa do homem de romper o seu limite de criatura e tornar-se Divino. E a história é a mesma hoje. Esta passagem Bíblica, tão antiga quanto pareça ser, retrata o modo como age e pensa o homem moderno. Deus passa a ser apenas um objeto de discussão e deixa de ser o supremo comandante da vida. Nos países sul-americanos, como o nosso, 99% da população dizem acreditar em Deus, mas apenas 59% leram alguma vez qualquer passagem da Bíblia, e menos de 40% freqüentam regularmente uma igreja. Esse é o tipo de Deus que a serpente queria: apenas um Deus de nome, com quem o homem se relacionasse sem nenhum compromisso. Ao longo dos séculos, o inimigo usou de diferentes instrumentos humanos para abalar a soberania Divina. Karl Max, para quem a religião era "o ópio do povo"; Sigmund Freud, que considerava a fé uma expressão da infantilidade; Charles Darwin, que buscou as raízes da origem humana na figura ridícula de um suposto ancestral símil; e Friedrich Niezche, que teve a ousadia de decretar a "morte de Deus". E o que dizer do racionalismo, que levou o ser humano a endeusar sua própria capacidade de filosofar ou da tecnologia, que envolve o homem com tantas maravilhas como o computador, o telefone celular, os aviões a jato e as viagens espaciais, fazendo-o concluir que Deus pode ser dispensável? Precisa o homem buscar a Deus neste século de tanta tecnologia? Essa é a grande pergunta que o ser humano faz a si mesmo. E fica confuso. Tão confuso, que corre de um lado para outro tentando encontrar resposta. Vale a pena adorar a Deus? É preciso prestar atenção na Bíblia? Pode um livro tão antigo ter respostas para as inquietudes modernas? Realmente o inimigo conseguiu desestabilizar a confiança do homem em Deus e, juntamente com estes dois assuntos vitais - adoração e obediência - a serpente levantou um terceiro ponto: "Não morrereis". "Deus disse que se vocês comessem desta árvore certamente morreriam, mas não é verdade". - continuou a serpente - "A morte não é o fim da existência; é apenas a passagem para outro tipo de vida. Você pode se reencarnar depois de morto. Ou pode chamar os espíritos dos mortos e conversar com eles." Não são idéias fascinantes? Sim, meu amigo, este é um mundo em guerra. Há duas forças tentando conquistar o coração humano. Deus disse: "morrereis". O diabo afirmou: "não morrereis". Deus aconselhou: "não comais". O diabo contradisse: "se comerdes, sereis como Deus". Existem duas forças e você está no

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meio. Seu coração e sua mente são o objetivo final de ambos os comandantes. A guerra começou no céu e foi transladada para a Terra; e, queiramos ou não, você e eu estamos envolvidos. Não há como fugir dela. Não há como manter-se indiferente. Precisamos colocar-nos de um lado ou de outro. Este é o grande desafio que o Apocalipse apresenta. No momento em que vivemos precisamos tomar uma decisão urgente e sábia. Qual será a sua?

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APOCALIPSE: MISTÉRIO OU REVELAÇÃO? Ajejandro Bullón

"Viajava de São Paulo para Brasília. Minha companheira acidental de viagem era uma senhora de aproximadamente sessenta anos. Ela olhava pela janela e enxugava dissimuladamente as lágrimas que lhe rolavam pelo rosto. Quando pessoas choram é por que não estão conseguindo administrar o vulcão de sentimentos que perturbam o coração e, às vezes, o melhor que se pode fazer é respeitar a dor íntima do ser humano. Minutos depois, quando o avião já estava no ar, ela parecia mais calma. De repente, ela olhou para mim e sorriu levemente: - Está tudo bem? Perguntei. Quase automaticamente, a senhora mexeu a cabeça e disse: - não, nada está bem, está tudo errado. Depois me contou o motivo da viagem. Há pouco mais de um mês que tinha perdido o marido e, algum tempo depois, recebera a trágica notícia da morte do filho. - Nunca fiz mal a ninguém - disse chorando baixinho. - Vou a missa todos os domingos. Cumpro meus deveres de cristã. Ajudo gente necessitada. Por que, então, Deus permite tanta dor na minha vida? Tentei confortá-la falando do amor de Jesus e li para ela um verso do Apocalipse. Seus olhos se iluminaram de repente. - Isso está no Apocalipse? - Perguntou ansiosa. Quando respondi que sim, ela acrescentou: - Eu sempre tive medo de ler o Apocalipse porque pensei que ele só anunciava tragédias. Se você perguntar para as pessoas, verá que a maioria delas, como esta senhora, relaciona o apocalipse com tragédia, destruição, pragas, fim do mundo e mistérios incompreensíveis. Mas o que diz o próprio livro? Qual é a frase inicial? Veja Apocalipse, capítulo 1, verso 1: "Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer." O livro de Apocalipse é uma revelação. Não tem nada a ver com coisas ocultas e misteriosas. Através dele, Deus está querendo revelar algo muito importante para os seres humanos. É algo que "brevemente deve acontecer". Algo de conseqüências eternas para os indivíduos, as famílias e as nações. Ninguém pode aproximar-se do próximo milênio sem saber o que trás o novo século. O que existe por trás do panorama sombrio? Deus criou o ser humano e o abandonou ao seu triste destino? Continuará a morte trazendo dor e tirando-nos os seres mais queridos? O livro do Apocalipse é a resposta divina para o homem confuso e desorientado deste final de século. Mas como entendê-lo sem sermos vítimas do fanatismo simplório ou de complicações teológicas? Se o livro contém uma mensagem tão importante, teria Deus limitado sua interpretação a um pequeno grupo de privilegiados? Qual é a mensagem do Apocalipse para você hoje? O que Deus está querendo comunicar? Para entender este livro é preciso conhecer o contexto histórico. Quem o escreveu? Por que, como e para quem foi escrito primeiramente? Qual era o quadro político, social e cultural do mundo na época em que o livro foi escrito? Não se pode realizar um estudo sério do Apocalipse sem conhecer esses detalhes. Todos os estudiosos da Bíblia aceitam João, o discípulo de Jesus como o autor do livro. Na época em que o livro foi escrito, João era o único dos discípulos ainda vivos. Ele era tão conhecido nas igrejas cristãs da época que não precisava assinar mais do que João, servo de Jesus Cristo. Entre João e Jesus existia uma bonita história de amor, fé e companheirismo que nos ajudará a entender melhor o livro da revelação. Quando João foi chamado por Jesus, era apenas um humilde pescador. Impetuoso e egoísta, João possuía uma personalidade rude e violenta. As pessoas o conheciam como o "filho do trovão". Aquele caráter tinha-lhe criado muitos problemas na vida, por isso, João não era feliz. Lutava para mudar, mas não conseguia, até que conheceu Jesus e achou o segredo da vitória. Ninguém pode viver ao lado de Jesus e continuar sendo a mesma pessoa. No convívio diário com Jesus, o caráter do Mestre vai se reproduzindo na vida do ser humano. Foi isso o que aconteceu com João. Buscou a Jesus em cada momento de sua

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vida. Saiu da rotina de um relacionamento circunstancial, quebrou a monotonia de ser apenas discípulo do mestre e foi o único que encostou a cabeça no peito de Jesus Mas a presença física de Jesus entre seus discípulos, não seria para sempre. Um dia, a multidão O prendeu. Levaram-No ao topo da montanha e O pregaram numa cruz. Todos O abandonaram. Os discípulos mais intrépidos como Pedro, fugiram para salvar sua vida. Sabe quem foi o único que ficou perto de Jesus até o último momento? João, o discípulo que tinha aprendido por experiência própria que sem Jesus seria impossível viver. A Bíblia relata que, mais tarde, Jesus ressuscitou e se apresentou aos seus discípulos. Imagine só a alegria de João ao ver de novo seu grande Mestre, mas imagine também a tristeza quando Jesus anunciou o momento de sua partida. Ele os deixaria. Tinha-o dito muitas vezes ao longo dos três anos de convivência com eles. Veja Suas palavras, relatadas por João, capítulo 14, versos um a três: "Não se turbe o vosso coração, credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu pai há muitas moradas; se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar, e virei outra vez e vos receberei para mim mesmo, para que onde eu estou estejais vós também". Finalmente chegara a hora de partir e a Bíblia narra esse acontecimento em Atos, capítulo 1, verso 9: "Ditas estas palavras, foi Jesus elevado às alturas, à vista deles, e uma nuvem o encobriu dos seus olhos". E agora? O que fazer? Aonde ir sem o mestre? Os discípulos lembraram ainda as últimas palavras de Jesus: "Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da Terra". (Atos 1:8) E foi exatamente isso o que fizeram. Depois do pentecostes os primeiros cristãos se espalharam pelos quatro cantos do mundo conhecido daquela época, pregando o evangelho de Jesus. O que os animava era a promessa: "virei outra vez". Mas o tempo foi passando e Jesus não voltava. Vinte, cinqüenta, sessenta anos e Jesus não cumpria a promessa. Pelo contrário, o povo de Deus estava sendo perseguido terrivelmente. Mas perseguido por quê? Vejamos. O Império Romano dominava o mundo político daquele tempo e de repente o culto ao imperador tornou-se a religião oficial, todo mundo devia adorá-lo. A razão deste culto era simples: O Império Romano era formado por culturas locais, raças e línguas. O que fazer para conservar a unidade dentro de tanta diversidade? A história da humanidade prova que não existe melhor fator de homogeneidade do que uma religião comum a todos. Mas nenhuma religião ou deus local, poderia ser aceito pelos outros facilmente. Havia porém uma figura conhecida e respeitada no mundo político: o imperador romano. Sua autoridade transcendia fronteiras, culturas e religiões locais. Por que não tornar o imperador uma forma de divindade? Portanto, negar-se a adorar ao imperador, não era apenas um ato de irreligiosidade, mas um ato de rebeldia e subversão política. Se alguém se negasse a queimar incenso diante do busto do imperador, não era considerado apenas ateu; era tido como rebelde, desleal e subversivo. Os cristãos conservavam um princípio: "Ao senhor teu Deus adorarás e só a Ele servirás" Como poderiam adorar um ser humano que se atribuía as prerrogativas de Deus? Foi por causa desta atitude que os cristãos começaram a ser perseguidos e assassinados aos milhares. Dentre todos os imperadores, Domiciano, por ser considerado um dos mais cruéis e perversos. Domiciano procurou estabelecer um governo absoluto. Promoveu sua "divindade" através de holocaustos públicos. Os cristãos eram queimados como tochas vivas ou destroçados por feras famintas nos circos romanos. O próprio João foi levado a Roma para ser julgado por causa de sua fé. Ali o antigo "filho do trovão", transformado pela graça de Cristo no "discípulo do amor", defendeu sua fé e deu testemunho de seu amor por Cristo. Seus argumentos foram contundentes e convincentes. O imperador Domiciano, cheio de ira, mandou que jogassem o discípulo num caldeirão de óleo fervente, mas o Senhor Jesus preservou a vida de Seu servo. Mais tarde, por decreto do próprio imperador, João foi enviado à ilha de Patmos - um território rochoso, no arquipélago grego, perto do litoral da atual Turquia. Para ali os criminosos eram enviados a fim de

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morrerem trabalhando como bestas. Foi lá, naquela ilha solitária, por volta do ano 95-96 de nossa era, que tudo aconteceu. João foi tomado em visão e levado às cortes celestiais, de lá pode ver o desenrolar da história. "As coisas que são, e as que hão de acontecer". Deus deu a João a mensagem do Apocalipse porque seu povo precisava entender o que estava se passando. Por que dava a impressão de que Jesus tinha esquecido de Seus servos? Onde estava a promessa de que viria outra vez? Por que a injustiça prevalecia sobre a justiça? Por que os maus prosperavam enquanto aqueles que tentavam ser fiéis a Deus eram perseguidos e mortos? O que os cristãos podiam fazer? Que esperança podiam ter? Já se haviam passado quase 100 anos e Cristo ainda não tinha voltado. Não havia entre eles sábios ou poderosos. Como conseguiriam enfrentar o poderio de Roma, a que ninguém ousara resistir? Por isso, viviam numa encruzilhada: César ou Cristo. O Apocalipse foi escrito justamente para alimentar a fé dos filhos de Deus, para explicar-lhes o porque da aparente tardança e para mostrar-lhes o desenrolar da história desde aqueles dias até o fim. Nada do que acontece hoje, deixou de ser revelado. As guerras, a exploração social e econômica, os problemas ecológicos, a explosão demográfica, o desequilíbrio climatológico , as tragédias no mar, na terra, no ar, tudo foi revelado, tudo tem uma razão de ser, tudo tem uma explicação. Tudo é conseqüência de um conflito cósmico que teve início, muito tempo atrás, num longínquo e distante universo celeste. Mas se Deus queria explicar tudo isso a Seus filhos, por que tantas figuras e simbolismos? Ao ler o Apocalipse, você vai se deparar com cordeiros, monstros, chifres, bestas, selos, trombetas, pragas, cavalos de várias cores, seres estranhos com rosto de boi, de leão, enfim, são três mil símbolos e figuras. Mas, se Apocalipse é uma revelação importante para os seres humanos, se tem que ver com verdades eternas, e também com a morte ou a vida do homem, por que tanto mistério aparente? Não podia Deus ter dado Sua mensagem de uma maneira mais clara? Podia sim. Mas lembre-se de que, quando João escreveu o Apocalipse, a Igreja cristã estava sendo perseguida pelo poder político de Roma. A mensagem do livro apresentava a queda do Império Romano. Você já pensou no que aconteceria com a Igreja se os líderes romanos pudessem entender o conteúdo da revelação? Você verá também que o Apocalipse fala do anticristo e de como as forças ocultas do mal tentarão ao longo da História, destruir a Palavra de Deus. Já imaginou o que aconteceria se todas as pessoas comprometidas com o anticristo pudessem entender? Apesar de tudo, porém, os símbolos não constituem uma linguagem para sábios e filósofos. Diferentemente das idéias abstratas, que só conseguem ser compreendidas por uma elite intelectual, os símbolos apocalípticos constituem uma linguagem acessível a todos: cultos ou iletrados, adultos ou crianças, ricos ou pobres. O livro do Apocalipse é a revelação urgente de algo extraordinário que você precisa saber. É algo que envolve vida ou morte, salvação ou perdição. E esse algo é o fato de que existe um conflito cósmico pairando entre os seres humanos, e você não pode ficar alheio a ele. É uma luta de conseqüências eternas. É a batalha para conquistar a mente e o coração do ser humano. Esse conflito envolve não somente os homens, mas também as forças da Natureza. Só que, como todo conflito, ele está chegando à sua etapa final e é urgente que o ser humano conheça a verdade revelada para essa hora.

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O CONVITE PARA SER FELIZ Alejandro Bullón

Quando você vê as perspectivas do mundo maravilhoso que Deus prometeu estabelecer brevemente, não se apodera de você uma certa apreensão? Um jovem me dizia outro dia: "Pastor, tudo isso é bom demais para ser verdade". E na verdade, é assim. Paulo afirma em I Coríntios 2, verso 9 que: "...Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam. Mas, de que adianta toda essa maravilha se o caminho para chegar lá é tão difícil? Não serão somente os bons que herdarão a terra? Não declara o próprio autor do Apocalipse que: "...aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre..."(Apocalipse 21:8) Apocalipse afirma isso, é verdade. Mas não é verdade que o caminho para chegar lá seja difícil. Acontece que o inimigo quer que você pense dessa maneira, para desanimá-lo e levá-lo a contentar-se apenas com a vida fugaz nesta Terra. Jesus afirma, em Apocalipse 22:12 que:"Eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras." Mas, em seguida Ele complementa, no verso 14: “Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas." Você e eu poderemos estar lá, se hoje lavarmos as nossas vestiduras no sangue do Cordeiro. O Cordeiro é a nossa solução. Ele é a única saída para o problema humano. No Jardim do Éden, quando Adão e Eva tinham arruinado tudo, e se viram nus, tentaram resolver o problema com as suas próprias mãos. O texto bíblico diz que eles "coseram folhas de figueira e fizeram cintos para si"(Gen.3:7) Folhas de figueira, você imagina? Quanto tempo deve durar uma roupa de folha de figueira? Uma semana? Um dia? Uma hora? Assim como a miserável folha de figueira são as soluções que o homem prepara com seu esforço humano. Não duram. Disfarçam, aliviam a dor, mas não curam. Lá no Jardim do Éden, Deus teve que sacrificar um cordeiro para elaborar com a pele do cordeiro vestidos que cobrissem a nudez humana. O sangue daquele cordeiro foi derramado como um símbolo do sangue de Jesus, o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Por isso o livro de Apocalipse termina dizendo: "Bem-aventurados aqueles que lavam suas vestiduras no sangue do Cordeiro". Hoje é o grande dia de decisão. Você precisa confiar. Qualquer ser humano que olhar para seu bom comportamento ou sua conduta irrepreensível estará perdido porque tudo o que o homem toca, fica com a terrível marca de sua própria humanidade e Jesus disse um dia a Nicodemos, veja no livro de João, capítulo 3, versos 5 e 6: "...Quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito." Infelizmente, milhões de pessoas estão desistindo porque acham que não adianta, que por mais que se esforcem, será impossível cumprir com os requisitos necessários para entrar no reino prometido. Esta sempre foi a maneira de pensar do ser humano. Quando Jesus esteve nesta terra, reuniu um dia os Seus discípulos, veja o que está em João 14:1 a 3, o que ele lhes disse:"Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos recebereis para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também" Poderia haver promessa mais alentadora para seres humanos que enfrentam as agruras desta vida? Não devia ter sido aquela promessa, motivo para os discípulos se animarem e glorificarem o nome de Deus? Mas não o fizeram. Imediatamente começaram a pensar que seria impossível estar preparados

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para receber aquela promessa. Tomé falou em nome deles: "Senhor, não sabemos para onde vais; como saber o caminho?" Ao que Jesus respondeu: "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida; ninguém vem ao Pai senão por mim" Jesus é o único caminho. Ele é a solução. Ninguém chegará ao Pai senão por Ele. Pena que Adão e Eva não entendessem isso quando pecaram. De outra maneira não teriam perdido o tempo tentando fazer roupas de folhas de figueira. Teriam corrido em direção do Cordeiro e seus problemas teriam sido solucionados. Israel também não entendeu isto. Por isso quando Jesus veio a este mundo, os israelitas não O aceitaram. Milhões e milhões de seres humanos têm dificuldade para entender que a solução de tudo é Cristo. As pessoas choram sem Deus. Lutam com suas próprias forças, usam seus métodos humanos para sair das dificuldades e quanto mais lutam, sentem que mais se afundam. Existem hoje lares desfeitos, temperamentos distorcidos, corações destroçados, vidas arruinadas. O ser humano busca a saída por todo lado e não a encontra. No entanto, Jesus está ali, com os braços abertos, esperando, suplicando e acreditando no homem. O Livro de Apocalipse é o livro da decisão. Deus de um lado, chamando através do Cordeiro. De outro lado o inimigo de Deus juntando as pessoas que consegue enganar, seduzir ou coagir. Deus reúne Seus filhos no monte Sião. O diabo congrega seus seguidores na vale do Armagedom. Subir o monte demanda renúncia e dor muitas vezes, enquanto que para descer ao vale não precisa fazer nada. Talvez por isso, multidões e multidões se congregam no vale. Se você analisar seriamente a Bíblia verá que hoje existem três grupos de pessoas: os seguidores do Cordeiro, os seguidores do inimigo do Cordeiro e os indecisos. Existem bilhões de seres humanos que ainda não fizeram sua decisão. São pessoas maravilhosas e sinceras que não descobriram a verdade. Elas nunca rejeitaram a Jesus, elas caminham na direção contrária crendo sinceramente que estão seguindo a Jesus. O Apocalipse é o livro catalisador. Depois de estudado você não pode permanecer neutro. Ninguém pode. No fim dos tempos o terceiro grupo desaparecerá. Permanecerão apenas dois grupos. A Bíblia está cheia de ilustrações que provam esta verdade. No fim dos tempos você só encontrará as ovelhas e os cabritos, o trigo e o joio, as virgens prudentes e as imprudentes, os seguidores do Cordeiro e do dragão, a mulher vestida de sol e a mulher vestida de vermelho. Sempre dois grupos, você percebe? Aonde foi o terceiro grupo? Todas essas pessoas maravilhosas, honestas e sinceras, terão que tomar sua decisão em algum momento. Quando o tempo final chegar, permanecer no terreno neutro, será como decidir contra. Hoje é o grande dia da decisão. Por isso Jesus encerra o Apocalipse com um convite: "O Espírito e a noiva dizem: Vem! Aquele que ouve, diga: Vem! Aquele que tem sede venha, e quem quiser, receba de graça a água da vida"(Apocalipse 22:17) Você acha que este mundo está tão contaminado de violência e injustiça, de traição, de dor e sofrimento que não está dando mais para se viver nele? Então venha porque os braços de Jesus estão abertos. Você está ferido, abandonado e triste? Sente-se rejeitado e injustiçado pela vida? Então venha porque Jesus está querendo curar as suas feridas e prepará-lo para a vida eterna. Não importa quem você é, nem como você viveu até aqui. Não importa se você nunca acreditou nestas coisas, mas neste momento, incompreensivelmente, sente o toque do Espírito em seu coração. Por favor, venha, antes que se proclame a última declaração de Jesus, registrada em Apocalipse 22:11: "Continue o injusto fazendo injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo; o justo continue na prática da justiça, e o santo continue a santificar-se". O que significa isto? Que logo, muito breve, o tempo do julgamento chegará ao fim. Você sabe, tudo que começa, acaba, e o grande julgamento da humanidade que teve início em 1844, terá que chegar ao fim. O mal não pode durar para sempre. O pecado não pode triunfar. Lúcifer não pode continuar ferindo os filhos de Deus. Terá que chegar o momento final, em que Jesus olhe para Seu Pai e diga: "Pai, acabei o que tinha que fazer pelo homem. Fui à terra e morri na cruz do calvário para poder salvá-lo. Depois enviei o Espírito Santo para continuar apelando. Como vê, muitos aceitaram o convite, lavaram suas vestiduras no sangue do Cordeiro, mas todos os que tinham que aceitar já aceitaram; está na hora de acabar com a história do pecado".

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E nesse dia meu amigo, ninguém mais poderá se perder e nem salvar. Os livros se fecharão e Cristo voltará a esta terra para levar os Seus filhos. Vejamos o que diz Mateus. Capítulo 25, versos 31 a 34:"Quando vier o Filho do Homem na sua majestade e todos os anjos com ele, então, se assentará no trono da sua glória; e todos as nações serão reunidas em sua presença, e ele separará uns dos outros, como o pastor separa dos cabritos as ovelhas; e porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos, à esquerda; então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde,benditos do meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo." Neste grupo você poderá estar. Venha a Jesus e traga-Lhe seu passado. Traga-Lhe os traumas que a vida lhe criou. Traga-Lhe seus pesadelos, lutas e sofrimentos. Lave suas vestiduras no sangue do Cordeiro, e prepare-se para viver com Ele eternamente. Já não há mais tempo para permanecer neste mundo.A noite deste mundo já durou demais. Há muita tristeza, muita dor, a morte vive arrancando seres queridos das pessoas todos os dias, há lágrimas nos cemitérios, há lágrimas no coração de pessoas que não sabem onde encontrar uma solução para seus problemas.Olha, Jesus já esperou demais.A história deste mundo tem que chegar ao fim.O Senhor Jesus está com os braços abertos, por isso, deixe que o espírito de Deus trabalhe em seu coração, tome sua decisão, diga: Senhor, estou aqui, não tenho nada, não sou muita coisa, mas estou aqui.Você sabe, eu sempre disse, você é a coisa mais linda que Deus tem nesta Terra, acredite nisto, confie em Jesus, entregue-lhe seu coração e prepare-se para a vida eterna. Muitas pessoas se perguntam: Como é que devo me entregar ao Senhor Jesus? Sabe, na vida cristã, entregar-se a Cristo é a coisa mais simples, é simplesmente reconhecer que você não pode, você não tem forças, você precisa de Deus, reconhecer que você é um pecador.Olha, nada de se desculpar, querer justificar, querer explicar, simplesmente reconhecer que você é um pecador.Agora o difícil na vida cristã, é permanecer cristão, mas aí está a palavra de Deus,e sempre temos enfatizado sua importância.Abra sua Bíblia, busque, se não tiver, compre uma, peça emprestado, mas estude a cada dia.Trate de comprovar seus pontos de fé na palavra de Deus, não acredite muito nas coisas que eu falo só porque falo, tente verificar se tudo o que eu falei está escrito na palavra de Deus.E acima de tudo, ore muito, clame a Deus, porque os santos homens de Deus escreveram tudo, inspirados pelo Espírito Santo, e esse mesmo Espírito que os inspira, pode iluminar o seu entendimento, para você fazer a interpretação correta da vontade de Deus.Esta é a sua oportunidade de começar a fazer um estudo sério da Bíblia, porque não se trata de uma igreja ou de uma doutrina, trata-se de vida ou morte, de salvação ou perdição.Que o Espírito de Deus o ajude a tomar a decisão correta.

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A NOVA ORDEM MUNDIAL Alejandro Bullón

"Eram 14h4m de dezessete de março. O coração de Buenos Aires quase parou. Na esquina das ruas Suipacha e Arroyo, a embaixada de Israel foi destruída com a explosão de uma bomba que ceifou dezenas de vidas. Coincidentemente, encontrava-me nesses dias na Argentina e pude assistir, através da TV, o desespero do povo, as lágrimas de impotência e as expressões de amargura e revolta. Quem seria capaz de semelhante ato? Só podia ser uma mente enferma ou uma cabeça perdida nos labirintos da loucura. Nenhum homem normal teria coragem de criar aquela cena de horror, sangue e morte. No dia seguinte, no vôo que me levava ao México, fiquei com os olhos perdidos através da janela. Na minha mente ainda borbulhavam as cenas de horror, os gritos de socorro e a solidariedade do povo argentino depois da tragédia. Lembrei-me então de meu país, o Peru, cansado de sangrar, sofrer e chorar suas vítimas inocentes que morrem sem saber o porquê. Se você perguntasse a um jovem militante do "Sendero luminoso" ou da O. L. P. ou de qualquer outro grupo revolucionário que anda semeando morte por diferentes lugares, com certeza lhe diria que ele faz isso como protesto pela injustiça social e que seu objetivo é mudar a ordem das coisas, porque o atual sistema está podre e caindo aos pedaços. Em 1994, dirigi uma cruzada evangelística no Estado Nacional de Lima, no Peru. Compareceram quarenta mil pessoas durante 4 noites. Um mês depois recebi uma carta enviada por um militante de um grupo revolucionário daquele país. Ele dizia o seguinte: "Fui ao Estádio Nacional, não por interessar-me pela programação, mas cumprindo um dever que meu grupo me impusera. Estamos sempre presentes em todas as reuniões públicas. Sabemos de tudo, participamos de tudo. Não pense que sou desalmado, sem coração. Tenho sentimentos, mas também tenho sonhos. Sonho com um país verdadeiramente livre, no qual haja justiça social, e o pobre não seja mais escravizado pelo rico. Quero um país onde as crianças possam nascer com esperança de ser alguém na vida e tenham direito à saúde, educação e dignidade. Sei que é preciso destruir a atual estrutura social para que uma nova tome conta da situação. Por isso minhas mãos estão manchadas de sangue. Por isso não poupei pessoas que imploravam misericórdia. Você acha que não me doía agir assim? Pensa que não tenho coração? Mas todo sonho tem um preço, e eu estava disposto a pagar pelo meu. Até aquele dia, quando o ouvi pregar no Estádio Nacional. Misturado à multidão, escutei-o falar de Jesus. Naquela noite descobri que todo o sangue necessário para construir uma nova sociedade, já fora derramado na cruz. Mas, o que você quer que eu faça agora? Como esquecer as pessoas ajoelhadas, suplicando-me que lhes poupasse a vida? Como conviver com as noites de insônia e os pesadelos horríveis que me atormentam?" Aquela carta é a expressão dramática de muitos corações. Algo está errado neste mundo. Podemos vê-lo todos os dias nas manchetes dos jornais. Podemos observá-lo nas ruas, perto de nós. Podemos senti-lo na injustiça de um mundo que colocou os valores de cabeça para baixo. Prosperam os desonestos enquanto os honestos são considerados tontos, ingênuos ou ultrapassados. Morrem inocentes, sofrem pessoas que não fizeram nenhum mal. A terra está condenada por causa da própria voracidade humana. Há seca em alguns lugares, enchente noutros. Furacões, terremotos, incêndios, tragédias aéreas, doenças misteriosas e incuráveis, enfim, ninguém pode negar que o mundo dirige-se perigosamente para sua autodestruição. Em meio a tudo isso, chega até nós a visão registrada por João no livro de Apocalipse, capítulo 21, versos 1, 3 e4. Veja o que diz: "Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povo de Deus, e Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram." Este será o início da verdadeira nova era. Não tem nada a ver com a era de aquárius neste mundo apodrecido e contaminado pelo vírus do pecado. Não se trata de melhorar este planeta. Trata-se de um mundo completamente novo. De repente você já se perguntou: Por que será preciso que este mundo seja destruído por ocasião da

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volta de Cristo? Lembra-se do cataclismo universal que o autor de Apocalipse descreve? "E o céu recolheu-se como um pergaminho quando se enrola. Então, todos os montes e ilhas foram movidos do seu lugar"(Apocalipse 6:14) E São Pedro acrescenta: "Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor, no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo, e os elementos se desfarão abrasados; também a terra e as obras que nela existem serão atingidas"(II Pedro 3:10) Isto significa uma convulsão geral em nosso planeta, mas a pergunta é, por quê? Porque o mundo que Jesus encontrará no Seu retorno não será o mundo perfeito que Ele entregou ao ser humano no Jardim do Éden. Deus nos entregou um mundo maravilhoso e nós o tornamos um grande cesto de lixo ecológico. Ele criou seres humanos equilibrados e felizes e nós nos tornamos máquinas enlouquecidas devoradoras de prazer. Portanto, é preciso que tudo seja destruído por ocasião de Sua volta, para Ele poder fazer tudo de novo. E aí está agora, descrita pelo apóstolo João a nova terra. Sem mais dor, nem tristeza, nem doença, nem morte. O quadro da história humana está completo. Se você começar a ler a Bíblia perceberá algo interessante. Gênesis começa relatando a criação de um mundo perfeito. Tudo era maravilhoso. Existia harmonia e equilíbrio na criação. Logo vem o capítulo 3 relatando a entrada do pecado a este mundo. Satanás se disfarça para levar o ser humano a adorar qualquer coisa, menos a Deus, e também para levá-lo a desobedecer. Os seres humanos caem. Entram o sofrimento, a dor, a desconfiança, o egoísmo, o espírito de acusação e crítica, a inveja, enfim. O equilíbrio ecológico fica alterado, aparecem espinhos e a terra torna-se improdutiva. É um caos. A partir daí começa a história de pecado deste triste mundo. Ao longo da história, milhões perderam a vida, envelheceram, foram infelizes. Carregaram em sua curta existência, mutilações físicas e psicológicas das quais nunca puderam libertar-se. Então, vem o plano de salvação. Um cordeirinho é sacrificado para cobrir com sua pele a nudez do homem. Deus estava dizendo que um dia enviaria Seu próprio Filho, o Cordeiro de Deus, que seria a única saída para o problema humano. Deus queria restaurar o homem a seu estado original enquanto o inimigo, por seu lado, tentava consumar a destruição. A Bíblia toda, relata a partir dali, a grande luta entre Cristo e Satanás, pelo coração do homem. Satanás seduziu, enganou, e por vezes obrigou a raça humana a rejeitar a Deus e seguir seus próprios caminhos, enquanto Jesus teve sempre um povo que O adorava e Lhe obedecia. O Apocalipse é o desfecho de tudo. Ali se descreve a luta final, ali se desmascara o inimigo e seus estratagemas, ali também se adverte a humanidade da urgência e do perigo do tempo em que vivemos. O mundo será destruído e com ele serão destruídos os que fecharam os ouvidos ao clamor divino. A história chega ao fim. Cristo volta a reclamar Seus fiéis, os leva durante mil anos para o céu, depois os traz de volta para uma terra completamente refeita, nova, transformada. O profeta Isaías diz que nesta terra, os remidos "edificarão casas e nelas habitarão; plantarão vinhas e comerão o seu fruto. Não edificarão para que outros habitem; não plantarão para que outros comam..."(Isaías 65:21 e 22). Pode existir mais justiça social do que esta? A luta entre o capital e o trabalho terá chegado ao fim. Não existirá mais exploração, nem classes sociais, nem diferenças de poder aquisitivo. A violência também terá chegado ao fim. Veja o que a Bíblia diz em Isaías 65:25: "O lobo e o cordeiro pastarão juntos, e o leão comerá palha como o boi... Não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo monte, diz o Senhor". Este é o fim de tudo e o começo de uma vida sem fim. Apocalipse termina relatando a vitória final de Jesus e Seus remidos e a erradicação completa do pecado. Todos os que decidiram segui-Lo, estarão com Cristo no lar, afinal. Ao longo da história porém, milhares de filhos fiéis a Deus, morreram na areia do deserto, esperando o cumprimento da promessa. O autor da carta aos hebreus, capítulo 11, do verso 33 ao 39, se refere a esses filhos fiés. Veja o que ele diz:"Os quais, por meio da fé, subjugaram reinos, praticaram a justiça,

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obtiveram promessas, fecharam a boca de leões, extinguiram a violência do fogo, escaparam ao fio da espada, da fraqueza tiraram força, fizeram-se poderosos em guerra, puseram em fuga exércitos de estrangeiros. Mulheres receberam, pela ressurreição, os seus mortos. Alguns foram torturados, não aceitando seu resgate, para obterem superior ressurreição; outros, por sua vez, passaram pela prova de escárnios e açoites, sim, até de algemas e prisões. Foram apedrejados, provados, serrados pelo meio, mortos ao fio da espada; andaram peregrinos, vestidos de peles de ovelhas e de cabras, necessitados, afligidos, maltratados (homens dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos, pelos montes, pelas covas, pelos antros da terra. Ora, todos estes que obtiveram bom testemunho por sua fé não obtiveram, contudo, a concretização da promessa". Eles viram a terra de longe, mas não entraram nela. Acreditaram na promessa pela fé, mas foram surpreendidos pela morte. Mas a história não se repetirá porque ao vivermos já no terceiro milênio e vermos os sinais da volta de Cristo, temos a certeza absoluta de que, breve, muito breve, estaremos com Cristo, no lar afinal! Este é um momento solene porque quando olhamos para o mundo em que vivemos, olhe,assista ao jornal ou compre hoje os jornais escritos,dê uma olhada nas notícias,eu não sei há quantos anos não deixa de haver guerra em algum ponto do planeta,há violência,há tragédia,há desonestidade,gente que rouba no maior sangue frio e depois vai à televisão com um sorriso e diz que é tudo mentira.E você, pobre trabalhador, que sua, que paga seus impostos,fica revoltado e se pergunta:Até quando é que vai se fazer justiça? Este planeta não pode continuar mais.É por isso que ás vezes, em alguns países há jovens rebeldes querendo mudar a estrutura da sociedade, tomam armas, matam, fazem guerrilha.Mas hoje nós vimos que existe remédio para este mundo: Cristo!E Ele prometeu, está escrito na sua palavra que a história de pecado neste mundo não vai continuar para sempre,está tudo chegando ao fim.E esta série de temas que estamos apresentando não é para assustá-lo.É verdade que nós vemos escrito no livro de Apocalipse coisas relacionadas com cataclismos,terremotos,com perseguição,com luta de consciência,furacões enfermidades incuráveis,pragas,flagelos,mas o objetivo do senhor Jesus Cristo não é apavorar as pessoas.O objetivo desta série também não foi assustá-lo, mas fazer com que você abra os olhos e perceba que estamos vivendo nos últimos anos da história deste mundo.E que o espírito trabalhe em seu coração, criando em você o desejo de preparar-se para a volta de Cristo.Eu quero estar na manhã da ressurreição quando Cristo voltar.Meu pai morreu, hoje descansa no pó da terra, mas ele tem um encontro marcado comigo, e quando o anjo fizer soar a trombeta eu quero abraçar meu próprio pai, eu quero abraçar os amigos que a morte me arrancou. Nesse dia você também pode estar no grupo dos vitoriosos, mas para isso você precisa abrir o coração.Você precisa dizer: Senhor Jesus, eu me rendo a Ti! Eu me entrego nas tuas mãos! Faça isso, agora!

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DEUS ESTÁ NO CONTROLE Alejandro Bullón

"Por que tanta expectativa neste início do terceiro milênio? Alguma coisa estranha acontece com as pessoas cada vez que datas redondas se aproximam, e naturalmente não existiu outra, em nossos dias, mais redonda do que o ano 2000. Um levantamento feito pelo jornal americano "The New York Times", mostrava que todas as reservas para a virada do milênio, ficaram esgotadas nos principais hotéis do mundo. Nos Estados Unidos, uma instituição chamada Millenium Society, reuniu cerca de 6000 associados que se dedicou exclusivamente a preparar a festa para a chegada do ano 2000. Mas nem tudo era festa. Havia também medo. Tinha gente que estava disposta a pagar milhões de dólares para escapar deste planeta, porque pressentia que algo sobrenatural iria acontecer. O quadro que o homem deste início de século vive é assustador. O homem não é feliz, brinca de bem estar mas não é feliz. A felicidade é fruto de uma vida com sentido. O bem estar é apenas ausência de desconforto e o homem corre apenas atrás disso: um bom nível de vida, posição social e cultural para ele e sua família. Mas não é plenamente feliz. É um homem preocupado e atraído com muitas coisas, corre de um lado para o outro, mas não se compromete com nada e termina observando a vida apenas da sua perspectiva humana, assustando-se diante das coisas que acontecem ao redor dele e que não consegue entender. "Deus morreu", declara como o filósofo alemão Friedrich Nietzsche. "Deus se esqueceu de mim", chora, como a viúva desprezada que tenta alimentar seus filhos pequenos. "Ele nunca existiu", esbraveja, como o ateu sem convicção no bar da esquina. Mas, onde está Deus hoje? Existe motivo para olhar angustiado, o futuro desconhecido? O autor do Apocalipse apresenta a Deus no controle das nações, das famílias e das pessoas.Veja o capítulo4, verso2:"Imediatamente, eu me achei em espírito - diz João -, e eis armado no céu um trono, e, no trono, alguém sentado." Deus ainda está no controle das coisas. O homem pode tentar tirar Deus da sua existência, mas Ele ainda tem as rédeas do mundo nas Suas mãos. Você nunca está sozinho. Pode ser que as circunstâncias da vida o tenham levado a alguma situação extrema. Talvez você esteja neste momento só, sem amigos nem parentes, sentindo-se rejeitado, incompreendido e acabado. Pergunta-se talvez onde está o Deus Todo-Poderoso, Criador do céus e da terra, que não aparece para socorrê-lo? Por favor, tenha um pouco de paciência, porque Deus ainda está no controle de tudo. O trono ainda é dEle, embora o inimigo tenha feito de tudo para usurpar a soberania divina. Toda a aparente desgraça que envolve hoje a sua vida, nada mais é do que o esforço do inimigo para tirar Deus de sua existência. Ele quer que você maldiga o nome de Deus e venda sua alma ao diabo. Tentou fazer isso com Jó, o patriarca do Velho Testamento. Quase o levou à loucura,tirou-lhe os filhos, a saúde e os bens materiais. A esposa o abandonou. Ficou só, coberto de feridas malignas da cabeça aos pés. Os amigos o criticaram, disseram que tudo isso era conseqüência de algum pecado que ele escondia. Mas era mentira! Jó era um homem justo. Por que os homens justos sofrem? Por trás de tudo isso está o inimigo, trazendo dor, sofrimento e morte. Mas Deus ainda está no controle. O inimigo pode rir de você hoje e amanhã, mas no terceiro dia nascerá o sol de um novo dia. Foi o que aconteceu na vida de Jó. Ele sarou, teve outra esposa e outros filhos e Deus devolveu-lhe em dobro tudo o que Lúcifer tinha-lhe tirado. O Apocalipse é claro em afirmar que Deus está no controle do universo. Ele ainda está ocupando o trono celestial. A pergunta é: está Ele ocupando o trono do coração humano? Ou está o homem tão ocupado em encontrar- se a si mesmo que não tem tempo nem lugar para Deus? O chamado secularismo está tomando conta do homem do nosso tempo. "Nosso secularismo atual é uma experiência totalmente nova, sem precedentes na história humana, escreve a professora inglesa Karem Armstrong, especialista em religiões e autora do livro "Uma história de Deus". Ela continua dizendo: "um dos motivos pelos quais a religião parece irrelevante hoje, é que muitos de nós não temos o senso de que estamos cercados pelo invisível" O resultado disso é um homem vazio e angustiado que olha com temor o agonizar de mais um milênio. A culpa existencial o atormenta. Não sabe definir por que, mas a consciência o crucifica no madeiro do seu próprio moralismo, ou libertinagem. Se pudesse compreender a mensagem do Apocalipse, seria diferente

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porque João continua descrevendo o trono de Deus da seguinte forma, verso 3: "...Ao redor do trono,há um arco-íris semelhante, no aspecto a esmeralda"(Apocalipse 4:3) O que simboliza o arco-íris? O primeiro arco-íris apareceu logo depois do dilúvio, como a promessa de que Deus não destruiria mais o mundo com água. O arco-íris, no mundo natural, é um fenômeno físico produzido pelo sol e pela chuva. A Bíblia fala do sol da justiça e da chuva da misericórdia divina, logo, podemos aceitar facilmente o simbolismo de que aquele arco-íris que João viu em cima do trono de Deus é a garantia de Sua justiça e Sua misericórdia que nunca nos faltará. O que mais necessita o ser angustiado do que de misericórdia? Ela significa paz, perdão, transformação e graça. Deus, do Seu trono continua dizendo: "filho, eu amo você, não importa o que você é, nem como vive, não importa seu passado ou seu presente, pode vir a mim e receber a minha misericórdia. Nunca mais me lembrarei do seu passado. Me esquecerei de todas as coisas erradas que você fez. Eu o farei renascer e você terá diante de si a perspectiva de uma nova vida". Mas Apocalipse também nos apresenta a história de como o inimigo tentou arrebatar o trono de Deus. Tentou direcionar a adoração do homem para qualquer coisa, menos para Deus. Tentou desvirtuar Seu caráter. Acusou-O de ser tirano, arbitrário e intransigente por ter estabelecido princípios, que na sua opinião, não podiam ser obedecidos pela criatura. Conseqüentemente, tentou levar os homens a criar seu próprio modo de viver, fazendo-os minimizar o valor da Palavra de Deus. Esse trabalho pernicioso do inimigo começou nos céus. Lá, ele conseguiu enganar uma terceira parte dos anjos e com eles, se rebelou abertamente contra o Criador. Você já conhece a história. O diabo foi lançado à terra e seus anjos foram lançados com ele. Desde aquele dia ele e seus anjos têm se dedicado de todas as formas e por todos os meios a continuar a grande luta dos séculos: tentar arrebatar o trono de Deus, do universo e do coração humano. No Jardim do Éden apresentou-se disfarçado de serpente, estabelecendo assim, uma maneira de agir bem característica: enganar, disfarçar, aparentar, seduzir e deslumbrar. Os argumentos que o diabo apresentou a Eva foram os seguintes: primeiro "se você comer do fruto será como Deus", ou seja, "você não precisa de Deus porque pode ser seu próprio deus. Adore a si mesma". Segundo, "Deus disse que se você comer deste fruto morrerá? A verdade é que não morrerá. Portanto, você não precisa obedecer". Você percebe? Adoração e obediência. Estes foram sempre os dois pontos vitais no grande conflito dos séculos. Depois do pecado, Deus apresentou ao ser humano o Evangelho eterno que envolvia o plano da salvação. Os homens deviam sacrificar um cordeirinho, como símbolo do "Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo". Oferecer um cordeiro, significava adorá-Lo e obedecer-Lhe. Mas, vem o diabo e confunde as coisas no coração humano. O povo de Israel, sem perceber, começa a adorar sua própria adoração. As cerimônias, fazem-no perder de vista o verdadeiro Cordeiro que era Jesus. De tal maneira que quando o Messias aparece, ninguém consegue identificá-Lo. Rejeitaram-No , zombaram dEle e O crucificaram. "Veio para o que era seu, e os seus não receberam"(João 1:11) O diabo conseguiu mais uma vez o que queria. O povo estava adorando mais sua própria religião, suas formas, seus ritos, do que o verdadeiro Cristo. Depois veio a igreja cristã, formada basicamente por 12 israelitas que aceitaram Jesus como seu Messias. O cristianismo começou a se desenvolver e se espalhar pelo mundo conhecido daquele tempo. O cristianismo tinha como dever o que o próprio Cristo declarou, quando o diabo tentou destrui-Lo pessoalmente no deserto. Essa declaração dizia: "...Ao Senhor, teu Deus adorarás, e só a ele darás culto"(Mateus 4:10) Naquela ocasião, no deserto, o Senhor Jesus confirmou outro dos grandes pontos da controvérsia com o inimigo: "...Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus"(Mateus 4:4) Adoração e obediência; você percebe como tudo volta ao ponto inicial? Ao longo da história cristã, o diabo tem tentado distorcer estes dois assuntos. Introduziu com muita sutileza a adoração a homens, que embora tivessem vivido uma vida piedosa, não eram merecedores de adoração, pelo simples motivo de que a Bíblia condenava essa prática. Doutrinas erradas começaram a ser introduzidas na igreja cristã. Coisas que não tinham fundamento bíblico. O argumento era que a igreja tinha poder para mudar algumas coisas que estavam escritas na Bíblia. Mas Deus sempre teve um grupo de filhos fiéis que estavam dispostos a adorar o único Deus verdadeiro e

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a obedecer somente Sua Palavra. Estas pessoas foram chamadas de "hereges" e perseguidas pelo único delito de não aceitar outra norma de fé e doutrina que não fosse a Palavra de Deus. As tentativas do inimigo para distorcer a verdadeira adoração e obediência devidas a Deus, foram ao longo da história, as mais variadas. Ele usou a perseguição da própria igreja chamada cristã, usou o ateísmo, a perseguição política, o racionalismo, e em nossos dias, a nova era, o espiritismo e o secularismo. Estes três últimos são instrumentos que o inimigo está espalhando hoje através dos filmes, das novelas, da música, da literatura, dos programas de TV, apresentados e defendidos por estrelas de cinema, astros nas diferentes áreas de atuação humana, enfim, gente famosa, charmosa, carismática, que é seguida, idolatrada e imitada, de tal modo que todas essas filosofias estão até dentro do cristianismo moderno. Neste panorama geral, Deus não passa de uma energia, uma força interior. Ele pode estar em tudo e em todos. Não é mais um Deus pessoal. Não controla a vida. Não passa de um chaveiro que se carrega como um amuleto para pedir ajuda quando o carro está caindo no abismo. "Você pode adorar a Deus do jeito que você quiser" dizem. "Não precisa levar tão a sério esse assunto da Bíblia, afinal de contas é um livro tão antigo", apregoam. E você fica confuso. Mas, o Apocalipse revela que Deus levantaria um povo, simbolizado por um anjo, para proclamar em nossos dias uma mensagem que é o último chamado de Deus aos seres humanos. Essa mensagem é clara, capítulo 14, verso 7: "...Temei a Deus e dai-lhe glória, pois é chegada a hora do seu juízo; e adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas." Este é um chamado à verdadeira adoração e obediência. A advertência é: "Adora o Criador e não a criação". "Dê glória e honra ao Criador e não à criatura". E a razão é solene: "Porque a hora de Seu juízo chegou". Quer dizer. A história não continuará para sempre assim. O tempo do inimigo já entrou na contagem regressiva. Ele acusou, desvirtuou o caráter divino, mentiu, enganou, seduziu. Veste-se de santidade, de luzes, de milagres, de piedade, com o objetivo de direcionar a adoração humana para o lugar errado, mas, seu tempo está chegando ao fim. A hora do juízo já começou. Isto nos leva ao penúltimo capítulo da história humana. Satanás usará uma arma que estava já esquecida. A perseguição. Ele já a utilizou numa época da história, mas não deu certo. Assim mesmo, a profecia diz que o diabo usará com força este instrumento uma vez mais. O terceiro milênio poderá ser o tempo para contemplarmos o cumprimento desta profecia que está registrada desta maneira em Apocalipse 13, de 6 a 8:"E abriu a boca em blasfêmias contra Deus, para lhe difamar o nome e difamar o tabernáculo, a saber, os que habitam no céu. Foi-lhe dado, também, que pelejasse contra os santos e os vencesse. Deu-se-lhe ainda autoridade sobre cada tribo, povo, língua e nação; e adorá-la-ão todos os que habitam sobre a terra, aqueles cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida, do Cordeiro que foi morto desde a fundação da mundo." É interessante notar, que apesar da perseguição que o inimigo dirigirá contra o povo de Deus, sempre haverá pessoas que não se entregarão. Todo mundo estará adorando o poder simbolizado pela besta, menos aqueles cujos nomes estão escritos nos livros da vida. Entre estes pode estar você, se permitir que Deus o ajude a entender o momento solene que a humanidade vive nesta virada do século. A última grande tentativa do diabo para destruir o povo de Deus é distorcer a adoração e a obediência, não durará muito tempo. A volta de Cristo porá fim à história de pecado e rebeldia neste mundo. O inimigo poderá ter tentado arrebatar o trono das mãos de Deus, mas não o conseguirá. O livro de Apocalipse nos revela isso, ao descrever algumas cenas dos remidos vitoriosos lá nos céus. Veja, como, depois que o conflito chega ao fim, as criaturas reconhecem que só Deus era quem merecia adoração, capítulo 11, versos 16 e 17:"E os vinte quatro anciãos que se encontram sentados no seu trono, diante de Deus, prostraram-se sobre o seu rosto e adoraram a Deus, dizendo:"Graças te damos, Senhor Deus, Todo-Poderoso, que és e que eras, porque assumiste o teu grande poder e passaste a reinar." Percebe? "Assumiste o Teu grande poder" dizem os anciãos. Porque "assumiste"? Porque o direito que Deus tinha ao trono, havia sido colocado em dúvida pelo diabo, lá nos céus. No capítulo 19, versos 6 e 7, vemos os remidos vitoriosos lá nos céus, diz assim:"Então, ouvi uma como

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voz de numerosa multidão, como de muitas águas e como de fortes trovões, dizendo: Aleluia! Pois reina o Senhor, nosso Deus, o Todo-Poderoso. Alegremo-nos, exultemos e demos-Lhe a glória, porque são chegadas as bodas do Cordeiro." Você pode ver ai, restabelecida completamente a glória e a adoração devidos unicamente a Deus. As criaturas continuarão adorando-O por toda a eternidade. Assim diz a profecia: "Todos os anjos estavam de pé rodeando o trono, os anciãos e os quatro seres viventes, e ante o trono se prostraram sobre o seu rosto, e adoraram a Deus, dizendo: Amém! O louvor, e a glória, e a sabedoria, e as ações de graças, e a honra, e o poder, e a força sejam ao nosso Deus, pelos séculos dos séculos. Amém!"(Apocalipse 7: 11 e 12) A grande pergunta é: A quem estamos hoje adorando e a quem estamos obedecendo? Deus recuperará o controle definitivo do universo. A profecia é contundente ao afirmar isto. Mas a questão é: Pode Deus ter o controle de sua vida? Ele chama, Ele convida e espera, mas Deus não pode forçar a sua vontade. E neste momento, Ele esta aí, perto de você, com os braços abertos. Na Bíblia encontramos muitas ocasiões em que Jesus chamou, mas não encontramos nenhuma ocasião em que Jesus tenha arrastado alguém.A Sua misericórdia te alcança, o Seu espírito toca o teu coração mas o coração só se abre do lado de dentro,é você precisa abrir e quando você abrir o coração, o senhor Jesus abre os braços e protege você.

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O PRÊMIO DOS VENCEDORES

Alejandro Bullón

"Maradona e Edmundo são dois artistas da bola. Eles não jogam apenas futebol. Usam a bola para construir obras de arte das mais belas, e fazem delirar as multidões. Maradona, da Argentina e Edmundo, do Brasil, são dois futebolistas contraditórios. Constroem com os pés e destroem com as mãos. Depois choram, se arrependem, prometem que tudo vai mudar e pouco tempo depois são outra vez manchete de escândalos fora do campo. Maradona sempre diz: "O problema é meu temperamento". "Não compreendo o que acontece comigo", resigna-se Edmundo. Ambos estão dentro de todos nós. Até o apóstolo São Paulo em certa ocasião escreveu: "Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto. Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?" Ao longo de minha vida tenho visto centenas de pessoas lutarem para vencer o temperamento forte. Por causa do caráter perderam oportunidades de ouro, jogaram no lixo planos promissores, destruíram suas próprias famílias e estraçalharam seus sonhos. Tenho visto também centenas de pessoas escravizadas pelos vícios e hábitos nocivos que destroem lentamente o que de melhor eles têm. Não são pessoas inativas que aceitam resignadas essa situação. São lutadores incansáveis. Procuram ajuda médica, psicológica e até espiritual. Às vezes, percorrem até os meandros misteriosos da feitiçaria, da macumba ou das disciplinas orientais. Mas parece que nada resulta em vitória. Um dia, cansados de tentar e prometer e decidir, caem exaustos e se perguntam: "É a vitória uma realidade ou ela não passa de uma utopia? " O livro de Apocalipse está cheio de promessas ao vitorioso. Quer dizer que a vitória é possível. Veja por exemplo esta cena descrita pelo apóstolo João em Apocalipse, capítulo 15, versos 2 e 3: "Vi como que um mar de vidro, mesclado de fogo, e os vencedores da besta, de sua imagem e do número do seu nome, que se achavam em pé no mar de vidro, tendo harpas de Deus; e entoavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro..." Este é um grupo de pessoas vitoriosas. Elas venceram a besta. Quem estava por detrás da besta? O dragão, a serpente antiga que se chama diabo e Satanás. Ele seduz, engana, cativa e depois destrói. Ele nunca se mostra como é, esconde-se atrás de experiências alucinantes, atrás de sensações maravilhosas, enfim. Ele sabe como chegar até você. Para seu objetivo tudo vale: uma filosofia bonita, um ritmo agradável, um filme de suspense, qualquer coisa. Uma vez que o alcançou, o destrói lentamente, tira de você os valores morais, os princípios, o respeito próprio e até a dignidade. Mas apesar das estratégias do inimigo ali está esse grupo de vitoriosos, cantando um cântico especial. Eles não cantam porque a vida foi fácil para eles. Lembre-se que o povo de Deus nos últimos dias será pressionado para violar sua própria consciência. Lembre-se que existirá um decreto através do qual só poderá comprar e vender aquele que tiver a marca da besta. Portanto, aquele é na verdade, um cântico da experiência. É possível ser vitorioso apesar da adversidade, da perseguição e do infortúnio. Será que você está assistindo este programa, deitado na cama de um hospital, com as pernas amputadas ou condenado pela ciência a uma cadeira de rodas? Ninguém mais pode fazer nada por você? Um câncer incurável está consumindo sua vida dia-a-dia? Apesar disso você pode ser vitorioso. Esta é a mensagem do Apocalipse: a prisão pode aprisionar seu corpo, mas não seus sonhos. Ela pode acorrentar seu presente mas não seu futuro. Aí, onde você estiver, afundado em dívidas, com a empresa à beira da falência, com a família destruída, você pode entoar um cântico de vitória, não por causa das circunstâncias, mas apesar delas. O cântico que aquele grupo de vencedores canta é o cântico de Moisés e do Cordeiro, por quê? O mundo cristão de nossos dias não está conseguindo harmonizar Jesus, o Cordeiro de Deus, com Moisés, o servo a quem Deus entregou os Dez Mandamentos, no Monte Sinai. Por algum motivo as pessoas separam a lei do Evangelho. Mas o verdadeiro Evangelho envolve a lei. Jesus veio morrer neste mundo porque o ser humano não tinha condições de obedecer a lei de Deus por suas próprias forças. Jesus veio para ensinar-nos o caminho para viver uma vida de obediência autêntica. A vitória não é resultado do esforço humano. Não existe disciplina interior que possa capacitá-lo a obedecer autenticamente os elevados princípios da eterna lei de Deus. Tudo o que o esforço humano pode conseguir é disfarçar, aparentar, fingir, mas isso não é obediência.

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Jesus não veio para limpar apenas a fachada exterior de nossa vida. Ele veio para curar por dentro, para colocar paz interior como resultado de uma vida perdoada e depois, levar-nos de vitória em vitória, até a vitória final. Aquele grupo de vitoriosos, "são os seguidores do Cordeiro por onde quer que vá". "...São estes os que vêm da grande tribulação, lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro, razão porque se acham diante do trono de Deus e o servem de dia e de noite no seu santuário... Jamais terão fome, nunca mais terão sede, não cairá sobre eles o sol, nem ardor algum, pois o Cordeiro que se encontra no meio do trono os apascentará e os guiará para as fontes da água da vida."( Apocalipse 7:14 a 17) João, o autor do Apocalipse sabia do que estava falando, quando falava de vitória. Ele mesmo chegara um dia a Jesus carregando uma personalidade completamente deformada pelo pecado. Seu apelidado era "Filho do Trovão", por causa de seu temperamento explosivo. Mas no convívio diário com Jesus o caráter do Mestre foi reproduzindo-se lentamente na vida do discípulo. João foi o único que encostou a cabeça no coração de Jesus. Ele saía da rotina de um relacionamento formal, para entrar na dimensão da busca pessoal de Cristo. Milhões de pessoas hoje chamam-se cristãs. Assistem a igreja uma vez por semana e participam das atividades espirituais estabelecidas. Tudo isso é parte da vida cristã, mas o verdadeiro cristianismo, quebra essa rotina, vai buscando o convívio diário e pessoal com Cristo e nesse convívio, as arestas do caráter vão sendo lapidadas, a pedra bruta torna-se um belo diamante, o ouro se purifica e o caráter de Jesus Cristo vai se reproduzindo na vida de seus filhos. Conta-se que na antiga Grécia existia um grande orador chamado Demóstenes. Era admirado e querido por todos os adolescentes da cidade, mas tinha o hábito errado de andar com a cabeça inclinada sobre o ombro esquerdo. A história conta que a admiração e carinho dos adolescentes era tão grande, que todos eles passaram a andar com a cabeça inclinada sobre o ombro esquerdo. Esta história simples, nos ensina uma lição espiritual profunda. É impossível você viver uma vida de comunhão íntima com Jesus e continuar sendo o mesmo. Algo tem que acontecer. Salvação não é apenas perdão. Ela é também transformação. Quando Deus justifica, Ele também santifica. Por isso aquele grupo de vitoriosos canta as seguintes palavras: "Quem não temerá e não glorificará o teu nome, ó Senhor? Pois só tu és Santo; por isso, todas as nações virão e adorarão diante de ti..."(Apocalipse 15:4) Só Tu és Santo! Esse é o segredo da vitória. O dia em que você parar de tentar sozinho, e entender que só Ele é Santo, você começará a experimentar o sabor da vitória. O ser humano precisa aprender a desconfiar de suas próprias forças e passar a confiar plenamente em Deus, porque só Ele é Santo. É Sua força que nos sustenta. É seu poder que nos garante a vitória. Ele será o tema central de nosso cântico, na gloriosa reunião dos vencedores. O cântico dos vitoriosos termina com uma frase interessante, veja a última parte do verso 4: "...Porque os teus atos de justiça se fizeram manifestos" (Apocalipse 15:4) Que atos de justiça? O juízo acabou. E o veredicto foi emitido. Aquele juízo não teve como propósito que Deus ficasse sabendo de tudo, porque é óbvio que Ele conhece tudo. O propósito daquele juízo é fazer que o universo inteiro chegue à sua própria conclusão de que o inimigo estava completamente errado. Qual era a acusação de Lúcifer? Que Deus era injusto porque tinha dado uma lei que não se podia cumprir e portanto não merecia adoração. Mas os séculos passaram. Todas as criaturas tiveram a oportunidade de ver os estragos do pecado. O diabo perseguiu aqueles que tentaram adorar a Deus e obedecer Seus mandamentos, mas apesar de toda a ira do dragão, aquele grupo manteve-se fiel. Eles são os vencedores da besta, da sua imagem e do número do seu nome. Quem pode agora aceitar a acusação do inimigo de que a lei de Deus não pode ser cumprida? Jesus providenciou os recursos necessários para que a vida daquele grupo fosse uma vida de obediência e de vitória. Por isso "Todas as nações virão e adorarão diante de Ti", diz o cântico. Agora veja algumas das promessas que o Apocalipse, no capítulo 2, tem para os vencedores: 1. "...Ao vencedor, dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no paraíso de

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Deus."(Apocalipse. 2:7) Esta promessa pode ser a grande solução para quem tem medo de envelhecer. Nesta vida nada dura. Começamos a envelhecer a partir do dia em que nascemos. Nossa meninice passa, nossa juventude vai embora, os anos maduros desaparecem e de repente nos vemos envelhecidos e aproximando-nos irreversivelmente da morte. O ser humano não aceita isso. A Ciência descobre cada dia fórmulas que tentam prolongar a vida. Os cirurgiões plásticos enriquecem. A fonte da eterna juventude é procurada com ansiedade por todo lado. Mas aqui está uma promessa que tem que ver com vida eterna. A árvore da vida, que está no meio do Paraíso de Deus é a verdadeira fonte da juventude. Esta promessa foi apresentada para os vencedores. Mas, que tipo de vencedores? O contexto nos dá a entender que esta vitória é num sentido especial sobre os falsos mestres e apóstolos, que tentaram levar os cristãos a comer da árvore do conhecimento humano. 2. Veja a Segunda promessa, verso 11: "...O vencedor, de nenhum modo sofrerá dano da segunda morte."(Apocalipse 2:11) A morte que todos morreremos nesta vida é considerada pela Bíblia como um sono profundo do qual despertaremos por ocasião da volta de Cristo. Mas a segunda morte, é aquela que acontecerá depois do milênio, quando Lúcifer será solto por um período breve de tempo. Esta segunda morte será a punição final para todos aqueles que se renderam diante das seduções do inimigo. Os fiéis seguidores do Cordeiro, não sofrerão esta segunda morte. 3. Terceira promessa, verso 17: "...Ao vencedor, dar-lhe-ei... uma pedrinha branca, e sobre essa pedrinha escrito um nome novo, o qual ninguém conhece, exceto aquele que o recebe."(Apocalipse 2:17) Antigamente, nos julgamentos era costume dar ao réu uma pedrinha branca se era absolvido ou uma preta se era condenado. Poderia ser que o autor do Apocalipse estivesse usando este velho costume para dar a entender a recompensa de absolvição do passado para os vitoriosos. O texto fala que na pedrinha havia um nome novo e biblicamente, o nome definia o caráter de uma pessoa. Quer dizer que Deus está prometendo aqui um caráter completamente transformado para os vencedores. Não é esta uma promessa maravilhosa para os que hoje lutamos com o temperamento rude que carregamos? E porque ninguém conhece este nome? Simplesmente porque ninguém é capaz de compreender o milagre da conversão que acontece na experiência de uma pessoa. Só você sabe quem era antes, e quem é hoje, pela graça de Jesus. Só você sabe as horas de luta, de impotência e às vezes até desespero que enfrentou, clamando por ajuda divina para mudar de temperamento, mas agora tudo passou. Você é um vitorioso. Não é maravilhoso? 4. Nos versos 26 e 28, do capítulo 2 de Apocalipse, vemos a Quarta promessa: "Ao vencedor... dar-lhe-ei ainda a estrela da manhã." O que está Jesus prometendo aqui? Veja como ele se define no último capítulo do Apocalipse, verso 16: "Eu, Jesus, enviei o meu anjo para vos testificar estas coisas às igrejas. Eu sou a Raiz e a Geração de Davi, a brilhante Estrela da manhã."(Apocalipse 22:16). Em outras palavras, Jesus está prometendo aqui Sua própria companhia. Pode haver presente maior? Não sei quanto a você, mas na manhã gloriosa em que Jesus retornar quero abraçá-Lo e matar a saudade de Sua presença na minha vida. Nunca mais quero separar-me dEle. Quero ter para sempre comigo a "brilhante Estrela da manhã." 5. A Quinta promessa está no capítulo 3, verso 5, veja: "O vencedor será assim vestido de vestiduras brancas, e de modo nenhum apagarei o seu nome do Livro da Vida; pelo contrário, confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos" Imagine só o momento quando seu nome brotar dos lábios de Jesus, perante os anjos e perante o Pai, dizendo: "Este filho acreditou em mim, abriu-me o coração e permitiu que eu vivesse na sua vida as grandes obras de vitória. Portanto, não importa seu passado. Tudo foi perdoado. Ele está vestido de minha justiça e seu nome deve permanecer para sempre no Livro da Vida". 6. Sexta promessa, verso 12: "Ao vencedor, fá-lo-ei coluna no santuário do meu Deus..."(Apocalipse 3:12) Uma coluna é parte importante na construção de um templo. Se a coluna se rachar, todo o prédio está comprometido. Aqui está a promessa divina de que os que vencerem, pela sua graça, nunca mais experimentarão o sentimento de insignificância que às vezes se apodera das pessoas neste mundo.

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Outro dia, uma garota me dizia: "Quem vai olhar para mim se não passo de uma faxineira?" Bom, aqui está a resposta divina. Um dia você será coluna no Santuário de Deus. Pode ser que nesta vida ninguém valorize você. Quem sabe as pessoas neste mundo nem olhem para você. Mas, este mundo não vai durar para sempre. Jesus vem logo e você será uma coluna no Seu templo. 7. No verso 21 do capítulo 3, encontramos a sétima promessa: "Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono." Esta é a promessa de eterna glória para o ser humano ao lado de Cristo, mas ao mesmo tempo aqui está mais uma vez o segredo de uma vida vitoriosa. Jesus diz: "Assim como eu venci". Como foi que Ele venceu? Foram noites e dias de dependência do Pai. Jesus era Deus. Podia confiar nas Suas próprias forças para a vitória, mas veio para mostrar-nos o caminho da vitória. Veio para ensinar-nos que a força vem de Deus, não das pirâmides, nem da lua, nem dos astros e nem de dentro do próprio ser humano. Se Jesus sendo Deus passou horas e horas em comunhão com o Pai, quanto mais deveríamos nós, pobres criaturas pecaminosas? Hoje tentamos mostrar o plano de Deus para sua vida. Você nasceu para vencer. Você veio a este mundo para sair da mediocridade de uma vida derrotada. Portanto, clame a Deus do fundo do coração, se por algum motivo você está prisioneiro de algum hábito que não consegue vencer. Rompa em nome de Deus as correntes que o atam, levante-se com fé e ande.

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MIL ANOS DE PAZ

Alejandro Bullón

"Você já ouviu falar do Milênio? O que significa esta palavra? A Bíblia fala de um período de mil anos durante o qual os filhos de Deus habitarão nos céus. Na Bíblia não está registrada a palavra Milênio, o que a Bíblia registra é um período de mil anos, ao qual chamamos de Milênio. Veja o que encontramos no livro do Apocalipse, no capítulo 20, versos 1 a 3: "Então, vi descer do céu um anjo; tinha na mão a chave do abismo e uma grande corrente. Ele segurou o dragão, a antiga serpente, que é o diabo, Satanás, e o prendeu por mil anos; lançou-o no abismo, fechou-o e pôs selo sobre ele, para que não mais enganasse as nações até se completarem os mil anos. Depois disto, é necessário que ele seja solto pouco tempo". Esta profecia anuncia que o diabo será preso por um período de mil anos nos quais não poderá enganar a mais ninguém. Como acontecerá isto? Para compreender, é melhor ter em mente o quadro completo a partir da volta de Cristo. São Paulo, em I Tessalonicenses 4, verso 16, fala claramente da ressurreição dos justos no momento da volta de Cristo. Ele diz o seguinte: "Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro". A promessa da ressurreição por ocasião da volta de Cristo, é para "os mortos em Cristo". Todos aqueles que em vida, aceitaram a Jesus como seu Salvador e obedeceram Sua Palavra. Como está sua vida? Tem certeza de que Jesus é uma realidade em sua experiência, ou Ele não passa de um nome, uma filosofia, um adesivo que se coloca no carro ou um crucifixo que se carrega como se fosse um amuleto? Permite você que Jesus controle sua vida? Então não tenha medo da morte, porque ela será para você apenas o sono, do qual você despertará por ocasião da volta de Cristo. Agora aparece uma pergunta natural, o que acontecerá com os que morreram sem Cristo? O que acontecerá com as pessoas que rejeitaram seguir a Jesus e obedecer Sua voz e que morreram antes da volta de Cristo? Em João 5:28 e 29 a Bíblia fala de duas ressurreições da seguinte forma, veja: "Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo". Você percebe? Uns ressuscitarão para a vida e outros para a morte. Evidentemente, por ocasião da volta de Cristo, só ressuscitarão os justos que viveram uma vida de amizade e companheirismo com Jesus. Veja o que está em Apocalipse 20:6: "Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre esses a segunda morte não tem autoridade; pelo contrário, serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele mil anos." Aqui se fala de uma primeira ressurreição da qual só participarão os justos. E quando ressuscitarão os que rejeitaram a Jesus? Esse será um assunto que veremos mais adiante. Continuemos agora construindo o quadro por ocasião da volta de Cristo. Ao soar a trombeta, os mortos em Cristo, ressuscitam. E os vivos? O que acontecerá com eles? Eles também terão dois destinos diferentes. Vejamos o que diz São Paulo com relação aos que faziam parte do povo de Deus e cujas características foram crer em Jesus e guardar Seus mandamentos. Em I Tessalonicenses 4:17, Paulo descreve assim: "Depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles (os justos ressuscitados), entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor". E os que estiverem vivos naquela ocasião e que não aceitaram a Jesus como seu Salvador,que será deles? A Bíblia responde em Lucas 17:26,27 e 30 da seguinte maneira: "Assim como foi nos dias de Noé, será também nos dias do Filho do Homem: comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e veio o dilúvio e destruiu a todos. Assim será no dia em que o Filho do Homem se manifestar". As pessoas estarão vivendo como todos os dias, nas suas atividades diárias normais. Os escritórios estarão cheios, as fábricas também. As máquinas e computadores funcionarão como todos os dias. Nas ruas as pessoas se movimentarão, como sempre, agitadas de um lado para outro. As crianças de rua e mendigos

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continuarão nas esquinas, estendendo a mão à espera de uma esmola. Nos bancos, as transações financeiras, como de costume, movimentarão milhões e as bolsas nervosas atuarão com a expectativa de sempre. Nas prisões, os presos verão o tempo passar lentamente como todos os dias. De repente, as forças da natureza serão convulsionadas. Veja como o Apocalipse 6:14 a 17 o descreve: "O céu recolheu-se como um pergaminho quando se enrola. Então todos os montes e ilhas foram movidos do seu lugar. Os reis da terra, os grandes, os comandantes, os ricos, os poderosos e todo escravo e todo livre se esconderam nas cavernas e nos penhascos dos montes e disseram aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós e escondei-nos da face daquele que se assenta no trono e da ira do Cordeiro, porque chegou o grande Dia da ira deles; e quem é que pode suster-se?". Que dia de desespero será aquele para os que nunca quiseram saber nada de Jesus e da Sua Palavra. Saber que a história acabou e que eles estiveram do lado errado. O mais triste é que naquele dia haverá gente sincera que estará do lado errado. Jesus mesmo o profetizou, no livro de Mateus, capítulo 7, versos 21 a 23. Diz assim: "Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade". Você vê? Existirá naquele dia gente que se perderá tendo crido em Jesus e até tendo feito milagres e prodígios. Não parece incoerente? Qual é o motivo por que se perdem? Jesus responde: Eles não fizeram a vontade do Pai que está nos céus. Eles não adoraram o verdadeiro Deus nem fizeram Sua vontade. E onde está essa vontade do Pai? Na Bíblia, sem dúvida nenhuma. Do outro lado, porém, os que humildemente seguiram a Jesus e obedeceram Sua Palavra, ainda que isso significasse risco, abrirão os braços para receber a Jesus e serão arrebatados juntamente com os justos ressuscitados para encontrar-se com o Salvador nos ares. Que dia glorioso será aquele. Você poderá rever amigos que foram arrancados de você pela morte. Você poderá abraçar seu filho, seu pai ou seu irmão para nunca mais se separar. Se alguém morreu com câncer, ressuscitará completamente curado. Os defeitos físicos, as mutilações, tudo acabará. Os mortos ressuscitarão com um corpo transformado. São Paulo o descreve assim, na sua I carta aos coríntios, capítulo 15, do verso 51 ao 55. Veja: "Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade , e que o corpo mortal, se revista da imortalidade. E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: tragada foi a morte pela vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?" Não gostaria você de estar ali, naquela manhã gloriosa para contemplar a vitória definitiva sobre a morte? Mas, vamos continuar o tema do Milênio. A Bíblia afirma que Jesus e os Seus remidos, subirão aos céus por um período de mil anos. São João narra assim no livro de Apocalipse. Veja o capítulo 7, verso 9: "Depois destas coisas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos". Este texto prova que os seguidores de Jesus serão levados para o céu logo após a segunda vinda de Cristo, e isto concorda com a promessa que São João registrou no seu evangelho: "...Pois vou preparar-vos lugar. E quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também." (João 14:2-3) Um dia, quando Jesus esteve nesta terra, o discípulo Pedro disse que desejava acompanhar Jesus à suas mansões e a resposta de Cristo foi: "Para onde eu vou, não me podes seguir agora; mas tarde porém, me seguireis". (João 13:36) Finalmente chegou o dia quando estaremos na casa do Pai. Com certeza olharemos de um lado para outro tentando encontrar velhos amigos e teremos muitas surpresas. Gente que pensávamos que estaria lá, não estará, e pessoas que em nossa opinião não tinham direito de entrar no reino dos céus, estarão presentes. Aqui vem uma das atividades que os remidos terão nos céus durante o Milênio. A Bíblia diz: "Vi também tronos, e nestes sentaram-se aqueles aos quais foi dada autoridade de julgar..." (Apocalipse 20:4)

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Mas o juízo já não acabou antes da volta de Cristo à terra? Claro. Aquele foi o juízo investigativo, para decidir quem seria salvo ou não. Mas este é um juízo comprovatório. Para que ninguém tenha dúvidas quanto aos maravilhosos procedimentos divinos. Ali veremos porque as pessoas que pensávamos que se salvariam não se salvaram ou vice-versa e ali daremos mais uma vez glória a Deus porque Seus caminhos são justos. Satanás não tinha razão nenhuma para acusá-Lo de tirano, injusto e arbitrário. E por falar no diabo, qual será a situação dele durante o Milênio? Já vimos que ele estará acorrentado, prisioneiro, sem poder tentar a mais ninguém. Que tipo de prisão é esta capaz de segurar um inimigo tão poderoso? Acontece que por ocasião da volta de Cristo os remidos vivos e os justos ressuscitados serão transladados para os céus. Os ímpios vivos morrerão com o resplendor do rosto de Cristo e a terra ficará desolada. Veja agora como o profeta Jeremias descreve a situação da terra durante o Milênio, no capítulo 4, versos 23 a 26: "Olhei para a terra, e ei-la sem forma e vazia; para os céus, e não tinham luz. Olhei para os montes, e eis que tremiam, e todos os outeiros estremeciam. Olhei, e eis que não havia homem nenhum, e todas as aves dos céus haviam fugido. Olhei ainda, e eis que a terra fértil era um deserto, e todas as suas cidades estavam derribadas diante do Senhor, diante do furor da sua ira." A prisão de Satanás é simbólica. Ele não estará literalmente atrás das grades, mas ao não ter mais a quem tentar nesta terra, simbolicamente estará acorrentado às circunstâncias, num planeta destruído fisicamente e com montanhas de cadáveres por todo lado. Finalmente, quando o período destes mil anos acabar acontecerão algumas coisas interessantes. Em primeiro lugar, os mortos ímpios de todos os tempos, junto com os mortos por ocasião da volta de Cristo, ressuscitarão. O Apocalipse é claro ao dizer: "Os restantes dos mortos não reviveram até que se completassem os mil anos". Você pode perceber que o início e o fim do Milênio é marcado por duas ressurreições? A primeira dos justos e a segunda dos ímpios. Ao mesmo tempo que os ímpios ressuscitam, Satanás é solto novamente, "por pouco tempo". E agora veja o que ele faz com os ímpios que ressuscitarão. João narra da seguinte maneira: veja Apocalipse 20:7 e 8: "Quando, porém, se completarem os mil anos, Satanás será solto da sua prisão e sairá a seduzir as nações que há nos quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, a fim de reuni-las para a peleja. O número dessas é como a areia do mar." Agora feche os olhos e imagine a cena: Jesus e Seus remidos, depois dos mil anos descem novamente à terra, onde será o lar eterno. São João diz: "Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para Seu esposo". Mas então o diabo e todo o seu exército de ímpios ressuscitados, tentam tomar posse da cidade. O Apocalipse o registra assim, capítulo 20, versos 9 e 10: "Marcharam, então, pela superfície da terra e sitiaram o acampamento dos santos e a cidade querida; desceu, porém, fogo do céu e os consumiu. O diabo, o sedutor deles, foi lançado para dentro do lago de fogo e enxofre, onde já se encontram não só a besta como também o falso profeta; e serão atormentados de dia e de noite, pelos séculos dos séculos". Este será o fim do Milênio e também o triste fim da história do pecado. Satanás e seus seguidores, finalmente serão destruídos e segundo o profeta "não se levantará duas vezes a angústia". Breve muito breve as injustiças desta vida chegarão a um final feliz. Agora é momento de entregar o coração a Jesus. Às vezes, neste mundo, você passa por momentos tão difíceis e pensa: será que isto vai acabar um dia? Em nome de Jesus eu te digo: vai acabar sim! O fim de tudo está chegando. Aproveite este momento para entregar o coração a Jesus. Busque uma Bíblia. Comece a estudá-la. Pergunte: "Senhor, como queres que eu viva?" E Deixe o Espírito de Deus o guiar sempre.

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A GRANDE INVASÃO DOS ALIENÍGENAS Alejandro Bullón

"É meia noite e grande parte da humanidade dorme tranqüila. Nas boates, alguns procuram satisfazer o vazio do coração. Há gente na rua, nas esquinas e nos bares. Na calada da noite outros planejam seus delitos. As prisões estão abarrotadas não somente de marginais, mas também de gente inocente que está ali pelo simples delito de querer adorar o Deus da Bíblia e obedecer Seus mandamentos. Eles são acusados de ter "mente estreita" e não querer fazer concessões a fim de unir-se ao grande movimento religioso onde cada um adora a Deus do jeito que achar melhor. De repente a terra é sacudida de um lado para outro. Ouve-se o som de trombetas e o sol começa a brilhar. Todo mundo levanta os olhos para os céus e "Eis que vem com as nuvens, e todo olho O verá, até quantos O traspassaram. E todas as tribos da terra se lamentarão sobre Ele".(Apocalipse 1:7) É a grande invasão dos alienígenas, mas não são os E.Ts. que a imaginação humana criou. É Jesus Cristo, o Rei dos reis e Senhor dos senhores que volta para cumprir Sua promessa. Quando esteve pela primeira vez nesta terra, Jesus andou pelas ruas de Jerusalém calcando um par de sandálias surradas e vestindo uma túnica velha. Foi humilhado, preso, caçoado e finalmente morto na cruz do calvário, pregado como um marginal. Agora, retorna vitorioso e triunfante. E na hora de sua aparição, junto com os justos de todos os tempos, também ressuscitam os maiores inimigos que Ele teve em toda a história. Aí estão presentes "os que O traspassaram". Aquele soldado que cravou uma coroa de espinhos em Sua fronte e O fez sangrar. Aquele que furou seu costado com uma lança, aqueles que O escarneceram e também os maiores perseguidores de Sua igreja. Todos eles ressuscitam somente para ver o triunfo final de Jesus sobre o rebelde Lúcifer e seus seguidores. Em Filipenses 2:9-11, São Paulo, escrevendo sua carta aos Filipenses, declarou em certa ocasião: "Pelo que também Deus O exaltou sobremaneira e Lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor para glória de Deus Pai". Por que você acha que é necessário que até os inimigos de Jesus se ajoelhem e reconheçam o nome de Jesus? Não é suficiente que os justos o façam? É preciso humilhar dessa maneira os inimigos? A resposta talvez possa ser dada com outra pergunta: Por que Deus permitiu que o mal trouxesse dor e miséria à humanidade durante todos estes séculos? Por que Deus não destruiu Satanás e seus anjos, logo assim que eles foram derrotados no céu? Lembra-se das acusações de Lúcifer contra Deus? Lembra-se das dúvidas que infelizmente Lúcifer tinha semeado no coração dos anjos e das outras criaturas do universo? Se Deus tivesse destruído Satanás no início, os outros seres O teriam obedecido talvez por medo, carregando sempre a dúvida em seu coração. Portanto, era necessário tempo. Isso iria significar sofrimento, dor, tristeza e morte de seres humanos inocentes. Mas o tempo chegou ao fim. A dor não continuará atingindo os filhos de Deus. É preciso acabar com a história do pecado. O universo inteiro já teve séculos para observar as conseqüências terríveis do pecado. Agora o veredicto está dado. Não resta dúvida com relação à misericórdia e paciência divinas. É hora de que todo joelho nos céus e na terra confesse que Jesus Cristo é o Senhor. Ele tinha razão. Lúcifer não passava de um impostor. Numa corte não existe melhor evidência a seu favor, que seu inimigo reconheça que você estava certo. Por isso, até os que "O traspassaram", ressuscitarão para ver o retorno glorioso de Jesus. A volta de Cristo a esta terra será um evento de implicações físicas tão grandes para a terra. Veja em Apocalipse capítulo 6, versos de 14 a 16, como João o descreve: "O céu recolheu-se como um pergaminho quando se enrola. Então todos os montes e ilhas foram movidos do seu lugar. Os reis da terra, os grandes, os comandantes, os ricos, os poderosos e todo escravo e todo livre se esconderam nas cavernas e nos penhascos dos montes e disseram aos montes e rochedos: Caí sobre nós e escondei-nos da face daquele que se assenta no trono e da ira do Cordeiro". Este não é um filme de ficção científica. Este é um quadro real descrito no livro de Apocalipse. Hoje você pode achar que não é possível que isto aconteça alguma vez. Parece tão irreal, que muitas pessoas cépticas, se burlam e caçoam da bendita esperança dos cristãos, mas, até essa atitude de incredulidade estava profetizada na Bíblia. Veja II Pedro 3:3,4,9 e 10: "Tendo em conta, antes de tudo, que, nos últimos dias, virão

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escarnecedores com os seus escárnios, andando segundo as próprias paixões e dizendo: Onde está a promessa de Sua vinda? Porque, desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação. Não retarda o Senhor a Sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento. Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor, no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo, e os elementos se desfarão abrasados".

A volta de Cristo é uma realidade. Queira você ou não. Aceite ou não. Esteja preparado ou não. Ele virá. E virá como o ladrão em meio da noite. De surpresa. Quando ninguém suspeita nada. Quando todo mundo acha que as coisas estão normais. De repente o mundo todo acordará para o grande evento da história. Podemos hoje saber quanto falta para a volta de Cristo? Poderia hoje alguém se atrever a fixar uma data? Quando Jesus esteve nesta terra foi claro ao declarar: "Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão o Pai. Portanto, vigiai, porque não sabes em que dia vem o vosso Senhor".(Mateus 24:36 e 42) Se ninguém sabe o dia e a hora de Sua vinda, como pode a humanidade estar preparada? Jesus mesmo nos dá a resposta em Mateus 24, versos 32 e 33: "Aprendei, pois, a parábola da figueira: quando já os seus ramos se renovam e as folhas brotam, sabeis que está próximo o verão. Assim também vós: quando virdes todas estas coisas, sabei que está próximo, às portas". "Todas estas coisas". Que coisas? Jesus apresenta muitos sinais que acontecerão antes de Sua vinda, no capítulo 24 de São Mateus. 1. "Virão muitos em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo, e enganarão a muitos". 2. "Ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; vede, não vos assusteis, porque é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim". 3. "Se levantará nação contra nação, reino contra reino, e haverá fomes e terremotos em vários lugares". 4. "Sereis atribulados, e vos matarão. Sereis odiados por todas as nações, por causa de meu nome. Nesse tempo, muitos hão de se escandalizar, trair e odiar uns aos outros". 5. "Levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos. 6. "Por se multiplicar a iniqüidade, o amor se esfriará de quase todos". 7. "O sol se escurecerá, a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento. "E logo depois destas coisas - disse Deus - Sabei que está próximo, às portas". A pergunta é: precisa você se esforçar muito para ver todos estes sinais acontecendo em nossos dias? O apóstolo São Paulo complementa tudo isto em II Timóteo 3:1-5, dizendo: "Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder". A descrição que São Paulo faz de nossos dias mais parece um retrato do que uma profecia. Mas, Deus revelou tudo isso aos seres humanos, pra que você e eu, hoje, não fôssemos surpreendidos pelo glorioso dia da volta de Cristo. Ao abrir-se o sexto selo em Apocalipse, se menciona algo que Jesus também descreveu no ponto sete dos sinais acima mencionados. São João o apresenta em Apocalipse 6:12 e 13 deste modo: "Vi quando o Cordeiro abriu o sexto selo, e sobreveio grande terremoto. O sol se tornou negro como saco de cinza, a lua toda, como sangue, as estrelas do céu caíram pela terra, como a figueira, quando abalada por vento forte, deixa cair os seus figos". Aqui se fala de 4 sinais físicos prévios à volta de Jesus: 1. Acontece um grande terremoto

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2. O sol se escurece 3. A lua se torna como sangue 4. As estrelas caem. Cumpriu-se isto alguma vez na história de nosso planeta? Vejamos. 1. O terremoto de Lisboa - A história registra muitos terremotos, mas as enciclopédias são unânimes em reconhecer o terremoto de Lisboa como um dos maiores de todos os tempos. Aconteceu no dia 1º. De novembro de 1755 e teve implicações sociais, teológicas e filosóficas sem precedentes. Até pessoas famosas como Kant, Rousseau e Voltaire, foram influenciadas em sua maneira de pensar, pelo terremoto de Lisboa, naquilo que se chamou "O final do otimismo". As pessoas passaram a dizer assustadas: "Se Deus não se interessa por nós, é bom que comecemos a preocupar-nos por nós mesmos". 2. O dia escuro de 19 de maio de 1780 - Estava apenas findando o inverno na Nova Inglaterra, norte dos E.E.U.U. quando o fenômeno aconteceu. Há quatro anos tinha sido declarada a independência daquele país e não se completaram ainda 25 anos desde a tragédia do terremoto de Lisboa, quando na manhã do dia 19 de maio o sol se ocultou às dez horas. As sombras da noite envolveram o Estado de Nova Inglaterra. O dia tornou-se uma noite escura, de modo que até as galinhas correram a seus poleiros e as aves aos seus ninhos. Aquela mesma noite, a lua saiu, vermelha como o sangue, cumprindo-se a descrição anunciada pela profecia. Mas, por que naquele tempo? Por que não antes, nem depois? Lembre-se que Jesus disse: "Logo em seguida à tribulação daqueles dias, o sol se escurecerá, e a luz não dará sua claridade". (Mateus 24:29) A persecução de pessoas que estudavam a Bíblia, contra a vontade da igreja cessou na Europa na metade do século XVIII. O último "herege" martirizado na França, morreu em 1762, foi um pastor da igreja reformada. A profecia dizia: "Logo em seguida à tribulação daqueles dias..." Você percebe o cumprimento profético? 3. A chuva de estrelas de 13 de novembro de 1833 - Este foi um evento extraordinário que a história registrou. Milhares de meteoros caíram, numa impressionante chuva, como estava anunciado nas escrituras. Muitos sentiram-se aterrorizados e prostraram-se rogando pela misericórdia divina. Outros conhecedores da Bíblia sentiram regozijo. Este acontecimento teve lugar na costa oriental dos E.E.U.U. e foi importante para a astronomia porque foi a partir dali que deu-se início ao estudo das chuvas de estrelas. Denison Olmstead, professor de ciências e matemáticas da Yale University, preparou um relatório acurado para o número de janeiro de 1834 da revista norte-americana para as ciências e as artes. Como você pode ver, os sinais da volta de Cristo estão todos cumpridos e o conselho bíblico é: "Quando virdes todas estas coisas, sabei que está próximo, as portas". A volta de Jesus é um acontecimento iminente. Está chegando o momento final do acerto de contas. O convite foi feito. Jesus esperou por séculos o retorno de Seus filhos. Mas está chegando o grande momento de levá-los para casa. Apocalipse 14:14, descreve este acontecimento da seguinte maneira: "Olhei, e eis uma nuvem branca, e sentado sobre a nuvem um semelhante a filho de homem, tendo na cabeça uma coroa de ouro e na mão, uma foice afiada". Este é um acontecimento visível. "Todo olho O verá" diz a Bíblia. Será "como o relâmpago que sai do oriente e desaparece no ocidente". Ninguém deixará de vê-Lo. Não aparecerá na Europa, nem nos Estados Unidos, nem na América do Sul. Não se mostrará para uns poucos, num quarto, em forma de espírito. Nem começará fazendo curas milagrosas em algum canto do planeta. A segunda vinda de Cristo não será nenhum acontecimento secreto nem silencioso. Ele virá. E enquanto muitos gritarão desesperados porque sentem medo de Sua presença, outros levantarão as mãos aos céus e dirão: "Eis que este é o nosso Deus, em quem esperávamos, e ele nos salvará; este é o Senhor, a quem aguardávamos; na Sua salvação exultaremos e nos alegraremos".(Isaías 25:9) Entre estes últimos poderá estar você se hoje entregar o coração a Jesus, abrir a Bíblia e pedir que Ele mostre o plano que tem para sua vida. Amigo querido. Já é muito tarde na noite deste mundo. Há muita maldade e desamor, lá fora. Faz frio. O gelo da indiferença humana torna nosso planeta mais sombrio ainda. Está na hora de voltar para casa do Pai. Ele curará suas feridas. Nunca mais você estará só. Não haverá mais traição nem rejeição. A exploração do ser humano chegará ao fim. NuÉ meia noite e grande parte da humanidade dorme tranqüila. Nas boates, alguns

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procuram satisfazer o vazio do coração. Há gente na rua, nas esquinas e nos bares. Na calada da noite outros planejam seus delitos. As prisões estão abarrotadas não somente de marginais, mas também de gente inocente que está ali pelo simples delito de querer adorar o Deus da Bíblia e obedecer Seus mandamentos. Eles são acusados de ter "mente estreita" e não querer fazer concessões a fim de unir-se ao grande movimento religioso onde cada um adora a Deus do jeito que achar melhor. De repente a terra é sacudida de um lado para outro. Ouve-se o som de trombetas e o sol começa a brilhar. Todo mundo levanta os olhos para os céus e "Eis que vem com as nuvens, e todo olho O verá, até quantos O traspassaram. E todas as tribos da terra se lamentarão sobre Ele".(Apocalipse 1:7) É a grande invasão dos alienígenas, mas não são os E.Ts. que a imaginação humana criou. É Jesus Cristo, o Rei dos reis e Senhor dos senhores que volta para cumprir Sua promessa. Quando esteve pela primeira vez nesta terra, Jesus andou pelas ruas de Jerusalém calcando um par de sandálias surradas e vestindo uma túnica velha. Foi humilhado, preso, caçoado e finalmente morto na cruz do calvário, pregado como um marginal. Agora, retorna vitorioso e triunfante. E na hora de sua aparição, junto com os justos de todos os tempos, também ressuscitam os maiores inimigos que Ele teve em toda a história. Aí estão presentes "os que O traspassaram". Aquele soldado que cravou uma coroa de espinhos em Sua fronte e O fez sangrar. Aquele que furou seu costado com uma lança, aqueles que O escarneceram e também os maiores perseguidores de Sua igreja. Todos eles ressuscitam somente para ver o triunfo final de Jesus sobre o rebelde Lúcifer e seus seguidores. Em Filipenses 2:9-11, São Paulo, escrevendo sua carta aos Filipenses, declarou em certa ocasião: "Pelo que também Deus O exaltou sobremaneira e Lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor para glória de Deus Pai". Por que você acha que é necessário que até os inimigos de Jesus se ajoelhem e reconheçam o nome de Jesus? Não é suficiente que os justos o façam? É preciso humilhar dessa maneira os inimigos? A resposta talvez possa ser dada com outra pergunta: Por que Deus permitiu que o mal trouxesse dor e miséria à humanidade durante todos estes séculos? Por que Deus não destruiu Satanás e seus anjos, logo assim que eles foram derrotados no céu? Lembra-se das acusações de Lúcifer contra Deus? Lembra-se das dúvidas que infelizmente Lúcifer tinha semeado no coração dos anjos e das outras criaturas do universo? Se Deus tivesse destruído Satanás no início, os outros seres O teriam obedecido talvez por medo, carregando sempre a dúvida em seu coração. Portanto, era necessário tempo. Isso iria significar sofrimento, dor, tristeza e morte de seres humanos inocentes. Mas o tempo chegou ao fim. A dor não continuará atingindo os filhos de Deus. É preciso acabar com a história do pecado. O universo inteiro já teve séculos para observar as conseqüências terríveis do pecado. Agora o veredicto está dado. Não resta dúvida com relação à misericórdia e paciência divinas. É hora de que todo joelho nos céus e na terra confesse que Jesus Cristo é o Senhor. Ele tinha razão. Lúcifer não passava de um impostor. Numa corte não existe melhor evidência a seu favor, que seu inimigo reconheça que você estava certo. Por isso, até os que "O traspassaram", ressuscitarão para ver o retorno glorioso de Jesus. A volta de Cristo a esta terra será um evento de implicações físicas tão grandes para a terra. Veja em Apocalipse capítulo 6, versos de 14 a 16, como João o descreve: "O céu recolheu-se como um pergaminho quando se enrola. Então todos os montes e ilhas foram movidos do seu lugar. Os reis da terra, os grandes, os comandantes, os ricos, os poderosos e todo escravo e todo livre se esconderam nas cavernas e nos penhascos dos montes e disseram aos montes e rochedos: Caí sobre nós e escondei-nos da face daquele que se assenta no trono e da ira do Cordeiro". Este não é um filme de ficção científica. Este é um quadro real descrito no livro de Apocalipse. Hoje você pode achar que não é possível que isto aconteça alguma vez. Parece tão irreal, que muitas pessoas cépticas, se burlam e caçoam da bendita esperança dos cristãos, mas, até essa atitude de incredulidade estava profetizada na Bíblia. Veja II Pedro 3:3,4,9 e 10: "Tendo em conta, antes de tudo, que, nos últimos dias, virão escarnecedores com os seus escárnios, andando segundo as próprias paixões e dizendo: Onde está a promessa de Sua vinda? Porque, desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação. Não retarda o Senhor a Sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento. Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor, no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo, e os elementos se desfarão abrasados".

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A volta de Cristo é uma realidade. Queira você ou não. Aceite ou não. Esteja preparado ou não. Ele virá. E virá como o ladrão em meio da noite. De surpresa. Quando ninguém suspeita nada. Quando todo mundo acha que as coisas estão normais. De repente o mundo todo acordará para o grande evento da história. Podemos hoje saber quanto falta para a volta de Cristo? Poderia hoje alguém se atrever a fixar uma data? Quando Jesus esteve nesta terra foi claro ao declarar: "Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão o Pai. Portanto, vigiai, porque não sabes em que dia vem o vosso Senhor".(Mateus 24:36 e 42) Se ninguém sabe o dia e a hora de Sua vinda, como pode a humanidade estar preparada? Jesus mesmo nos dá a resposta em Mateus 24, versos 32 e 33: "Aprendei, pois, a parábola da figueira: quando já os seus ramos se renovam e as folhas brotam, sabeis que está próximo o verão. Assim também vós: quando virdes todas estas coisas, sabei que está próximo, às portas". "Todas estas coisas". Que coisas? Jesus apresenta muitos sinais que acontecerão antes de Sua vinda, no capítulo 24 de São Mateus. 1. "Virão muitos em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo, e enganarão a muitos". 2. "Ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; vede, não vos assusteis, porque é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim". 3. "Se levantará nação contra nação, reino contra reino, e haverá fomes e terremotos em vários lugares". 4. "Sereis atribulados, e vos matarão. Sereis odiados por todas as nações, por causa de meu nome. Nesse tempo, muitos hão de se escandalizar, trair e odiar uns aos outros". 5. "Levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos. 6. "Por se multiplicar a iniqüidade, o amor se esfriará de quase todos". 7. "O sol se escurecerá, a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento. "E logo depois destas coisas - disse Deus - Sabei que está próximo, às portas". A pergunta é: precisa você se esforçar muito para ver todos estes sinais acontecendo em nossos dias? O apóstolo São Paulo complementa tudo isto em II Timóteo 3:1-5, dizendo: "Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder". A descrição que São Paulo faz de nossos dias mais parece um retrato do que uma profecia. Mas, Deus revelou tudo isso aos seres humanos, pra que você e eu, hoje, não fôssemos surpreendidos pelo glorioso dia da volta de Cristo. Ao abrir-se o sexto selo em Apocalipse, se menciona algo que Jesus também descreveu no ponto sete dos sinais acima mencionados. São João o apresenta em Apocalipse 6:12 e 13 deste modo: "Vi quando o Cordeiro abriu o sexto selo, e sobreveio grande terremoto. O sol se tornou negro como saco de cinza, a lua toda, como sangue, as estrelas do céu caíram pela terra, como a figueira, quando abalada por vento forte, deixa cair os seus figos". Aqui se fala de 4 sinais físicos prévios à volta de Jesus: 1. Acontece um grande terremoto 2. O sol se escurece 3. A lua se torna como sangue 4. As estrelas caem. Cumpriu-se isto alguma vez na história de nosso planeta? Vejamos.

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1. O terremoto de Lisboa - A história registra muitos terremotos, mas as enciclopédias são unânimes em reconhecer o terremoto de Lisboa como um dos maiores de todos os tempos. Aconteceu no dia 1º. De novembro de 1755 e teve implicações sociais, teológicas e filosóficas sem precedentes. Até pessoas famosas como Kant, Rousseau e Voltaire, foram influenciadas em sua maneira de pensar, pelo terremoto de Lisboa, naquilo que se chamou "O final do otimismo". As pessoas passaram a dizer assustadas: "Se Deus não se interessa por nós, é bom que comecemos a preocupar-nos por nós mesmos". 2. O dia escuro de 19 de maio de 1780 - Estava apenas findando o inverno na Nova Inglaterra, norte dos E.E.U.U. quando o fenômeno aconteceu. Há quatro anos tinha sido declarada a independência daquele país e não se completaram ainda 25 anos desde a tragédia do terremoto de Lisboa, quando na manhã do dia 19 de maio o sol se ocultou às dez horas. As sombras da noite envolveram o Estado de Nova Inglaterra. O dia tornou-se uma noite escura, de modo que até as galinhas correram a seus poleiros e as aves aos seus ninhos. Aquela mesma noite, a lua saiu, vermelha como o sangue, cumprindo-se a descrição anunciada pela profecia. Mas, por que naquele tempo? Por que não antes, nem depois? Lembre-se que Jesus disse: "Logo em seguida à tribulação daqueles dias, o sol se escurecerá, e a luz não dará sua claridade". (Mateus 24:29) A persecução de pessoas que estudavam a Bíblia, contra a vontade da igreja cessou na Europa na metade do século XVIII. O último "herege" martirizado na França, morreu em 1762, foi um pastor da igreja reformada. A profecia dizia: "Logo em seguida à tribulação daqueles dias..." Você percebe o cumprimento profético? 3. A chuva de estrelas de 13 de novembro de 1833 - Este foi um evento extraordinário que a história registrou. Milhares de meteoros caíram, numa impressionante chuva, como estava anunciado nas escrituras. Muitos sentiram-se aterrorizados e prostraram-se rogando pela misericórdia divina. Outros conhecedores da Bíblia sentiram regozijo. Este acontecimento teve lugar na costa oriental dos E.E.U.U. e foi importante para a astronomia porque foi a partir dali que deu-se início ao estudo das chuvas de estrelas. Denison Olmstead, professor de ciências e matemáticas da Yale University, preparou um relatório acurado para o número de janeiro de 1834 da revista norte-americana para as ciências e as artes. Como você pode ver, os sinais da volta de Cristo estão todos cumpridos e o conselho bíblico é: "Quando virdes todas estas coisas, sabei que está próximo, as portas". A volta de Jesus é um acontecimento iminente. Está chegando o momento final do acerto de contas. O convite foi feito. Jesus esperou por séculos o retorno de Seus filhos. Mas está chegando o grande momento de levá-los para casa. Apocalipse 14:14, descreve este acontecimento da seguinte maneira: "Olhei, e eis uma nuvem branca, e sentado sobre a nuvem um semelhante a filho de homem, tendo na cabeça uma coroa de ouro e na mão, uma foice afiada". Este é um acontecimento visível. "Todo olho O verá" diz a Bíblia. Será "como o relâmpago que sai do oriente e desaparece no ocidente". Ninguém deixará de vê-Lo. Não aparecerá na Europa, nem nos Estados Unidos, nem na América do Sul. Não se mostrará para uns poucos, num quarto, em forma de espírito. Nem começará fazendo curas milagrosas em algum canto do planeta. A segunda vinda de Cristo não será nenhum acontecimento secreto nem silencioso. Ele virá. E enquanto muitos gritarão desesperados porque sentem medo de Sua presença, outros levantarão as mãos aos céus e dirão: "Eis que este é o nosso Deus, em quem esperávamos, e ele nos salvará; este é o Senhor, a quem aguardávamos; na Sua salvação exultaremos e nos alegraremos".(Isaías 25:9) Entre estes últimos poderá estar você se hoje entregar o coração a Jesus, abrir a Bíblia e pedir que Ele mostre o plano que tem para sua vida. Amigo querido. Já é muito tarde na noite deste mundo. Há muita maldade e desamor, lá fora. Faz frio. O gelo da indiferença humana torna nosso planeta mais sombrio ainda. Está na hora de voltar para casa do Pai. Ele curará suas feridas. Nunca mais você estará só. Não haverá mais traição nem rejeição. A exploração do ser humano chegará ao fim. Nunca mais você terá que correr como louco durante 30 dias para receber no fim do mês um salário que dura uma semana. Seus sonhos não serão mais destruídos pelo mal. Você e eu viveremos eternamente com Jesus. Esse dia está chegando. As profecias o indicam claramente. Não há tempo a perder!

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COMO VIVER SEM MEDO DO FUTURO Alejandro Bullón

"Eu estava voltando de Madri para Rio de Janeiro, no vôo 711 da VARIG e dormia profundamente, depois de um dia cansativo e de muito trabalho. De repente acordei. Quando abri os olhos, dois fatos ficaram bem claros em minha mente: o avião parecia cair violentamente e os passageiros gritavam desesperados. Na verdade, foi só uma daquelas turbulências sem maiores conseqüências, mas aquilo serviu para que eu chegasse a uma conclusão surpreendente: numa tragédia, morre muito mais gente por causa do medo que pelo próprio acidente. Para onde poderia sair uma pessoa, lá nas alturas, em meio ao oceano atlântico? Mas era isso o que algumas pessoas pretendiam fazer. O medo paralisa, enlouquece e mata muita gente. O medo leva o ser humano a fazer as coisas mais incoerentes e irracionais. Mas ele está aqui, em nosso dia-a-dia. Vem disfarçado de muitos rostos. Tem pessoas que experimentam o medo da solidão; medo de perder o cônjuge, medo de morrer, de ficar pobre, medo da escuridão, do passado, do futuro, da vida, da realidade, enfim. Outro dia uma senhora desesperada me procurou. Queria que eu fizesse uma oração com ela, porque tinha certeza, que alguém tinha feito um trabalho de macumba contra ela. Em outra ocasião, um garotinho de 5 anos veio falar comigo e me disse: "Pastor, ore para eu não crescer". Aí eu perguntei: "Por que você não quer crescer?" Ele me respondeu que não queria crescer por que tinha medo de ficar adulto e sofrer como seus pais sofriam. Medo, temor, pânico, fobia. Não importa o nome que possam dar, ele é sempre uma coisa que perturba, incomoda e não deixa a pessoa ser feliz. Está nas raízes do ser humano, embora seja uma experiência que só apareceu depois do pecado. Encontramos na Bíblia, no livro de Gênesis, capítulo 3, do verso 8 a 10 que: "Quando ouviram a voz do Senhor Deus, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do Senhor Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim. E chamou o Senhor Deus ao homem e lhe perguntou: Onde estás? Ele respondeu: Ouvi a Tua voz no jardim, e, porque estava nu, tive medo, e me escondi". Imagine você, a dor que deve ter sentido o Pai, quando o filho querido apresentou-se àquela tarde carregando, em sua experiência, um sentimento estranho? A partir dali o medo passou a ser o cotidiano do homem. Hoje tem gente que tem medo de passar por debaixo de uma escada, medo de gato preto, de levantar com o pé esquerdo, da sexta-feira treze, e até de passar próximo a um cemitério. No livro de Apocalipse encontramos uma palavra confortadora de Deus com relação ao temor: João estava na Ilha de Patmos, sozinho e com aproximadamente cem anos de idade. Tinha esperado o cumprimento da promessa que Jesus fizera aos Seus discípulos. Quando Jesus os deixou no monte da ascensão dizendo que voltaria breve para levá-los com ele, João pensou que não morreria sem ver o cumprimento da promessa. Mas o tempo tinha passado e Jesus não voltava. O povo de Deus estava sendo perseguido. Ele mesmo, João, estava naquela ilha desterrado e condenado a morrer como um marginal. Talvez em seu coração se perguntasse: "Onde estás, ó Senhor Jesus? Por que me abandonaste? Por que te esqueceste de mim?" Não é essa a sensação que toma conta de nós quando nada parece dar certo? Está você por ventura vivendo um daqueles momentos em que não vê saída por nenhum lado? Seu casamento está caindo aos pedaços e você não sabe mais o que fazer para reconstruí-lo? Seu filho está amarrado a uma situação da qual você não sabe como tirá-lo? Seu negócio anda mal e, na atual conjuntura de coisas, você não sabe como saldar as dívidas e recomeçar tudo de novo? Aí aparece em seu coração a famosa pergunta: "Onde está Deus que não me ajuda? Por que me abandonou e se esqueceu de mim? Você pode imaginar como João se sentia? Estava tudo escuro à sua volta. Ele não via saída para seu problema. Pensava talvez que a Igreja de Deus seria exterminada completamente por causa da perseguição. E

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quando estava em meio a esses pensamentos, ele teve uma visão que deixou registrada da seguinte maneira em Apocalipse 1:10,12-18: "Achei-me em espírito, no dia do Senhor, e ouvi, por detrás de mim, grande voz, como de trombeta ... Voltei-me para ver quem falava comigo e, voltando, vi sete candeeiros de ouro e, no meio dos candeeiros, um semelhante a filho de homem, com vestes talares e cingido, à altura do peito, com uma cinta de ouro. A sua cabeça e cabelos eram brancos como a alva lã, como neve; os olhos, como chama de fogo; os pés, semelhantes ao bronze polido, como que refinado numa fornalha; e a voz, como voz de muitas águas. Tinha na mão direita sete estrelas, e da boca saía-lhe uma afiada espada de dois gumes. O seu rosto brilhava como o sol na sua força. Quando o vi, caí a seus pés como morto. Porém ele pôs sobre mim a mão direita, dizendo: Não temas; eu sou o primeiro e o último e aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno". Você vê? Jesus sempre aparece no momento mais crucial da existência, quando não temos mais forças e estamos com medo de tudo. Quando sentimos que chegou o fim de nossas tentativas humanas, aí, Jesus sempre aparece. Só que nem sempre, Ele aparece como nós O esperamos. Eu não sei como João esperava a Jesus. Mas o incidente relatado me mostra que o discípulo não esperava seu Senhor daquela maneira, de outro modo não teria caído aos Seus pés como morto, com medo da situação. Ele teria se levantado e corrido para abraçar o seu Senhor, como já tinha feito tantas vezes enquanto Jesus estava na terra. João conhecia o Cristo das sandálias empoeiradas e da túnica velha. O Cristo das mãos calejadas na carpintaria do Seu pai e de repente ali, na ilha, o discípulo se vê com um ser de aparência deslumbrante: tem os cabelos brancos como a neve, os olhos como chama de fogo. Ah! aqueles são olhos que vêem tudo. Nada há oculto para aqueles olhos. Ele conhece tudo. Ele vê tudo. Não há dor que você experimente que Ele ignore, nem lágrima que você derrame que Ele não vê. De Sua boca sai uma espada de dois gumes. O que significa aquela espada? O apóstolo Paulo explica em Efésios 6:17: "Tomai ... a espada do Espírito, que é a palavra de Deus". Lembra-se que uma das coisas que o inimigo quer destruir neste mundo é a Palavra de Deus? Mas ali está ela, vitoriosa e soberana na boca do Senhor Jesus. O aspecto imponente de Jesus confunde o discípulo amado. Em lugar de ficar feliz, ficou triste, em lugar de louvar o nome de Jesus, se apavora. Ele pode ter pensado que, talvez, aquele ser, fosse um capitão do exército Romano, que vinha acabar com sua vida e, então, caiu prostrado esperando a estocada final, tremendo de medo. Foi aí que João sentiu o toque maravilhoso de Jesus. Aquele toque já fez milagres muitas vezes. Um dia tocou os olhos do cego e ele viu, tocou o leproso e as carnes apodrecidas do homem ficaram curadas. Agora essas mãos tocam o ombro de um homem velho, acabado, derrotado e temeroso e a voz suave diz: "Não temas, eu sou". Jesus se identifica depois como o primeiro e o último, aquele que derrotou a morte a agora vive pelos séculos dos séculos. Claro! Se Jesus pode vencer o pior inimigo do homem, que é a morte, Pode vencer qualquer outro obstáculo. Por que temer então? O que pode fazer uma simples escada, ou espelho quebrado ou um gato preto contra você? Que poder tem a escuridão, ou a pobreza ou a doença sobre você? De repente João sente-se curado do temor. Levanta-se de seu marasmo, ergue-se por cima de seus medos interiores. Percebe que nunca esteve só e que não haverá forças do inferno capaz de derrotar o povo de Deus e então, ouve o grande remédio para conservar-se curado do medo. Está escrito em Apocalipse, capítulo 1, versículo 19: "Escreve, pois, as coisas que viste, e as que são, e as que hão de acontecer depois destas". "Escreve", ou trabalha, ou estuda, ou faz, ou constrói ou realiza. Mas ocupe-se em algo. Deixe de se lamentar, levante a cabeça e parta para a ação. "Não to mandei eu? Sê forte e corajoso; não temas, nem te espantes, porque o Senhor, teu Deus, é contigo por onde quer que andares".(Josué 1:9) Existem milhares de pessoas neste mundo que estão morrendo afogadas num mar de lamúrias e lamentações, paralisadas pelo medo sem saber que perto delas há um Deus que não conhece a derrota.

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Em 1956, um barco de pesca achou boiando, no lugar onde deságua o rio Amazonas, um barco pequeno, cheio de gente moribunda. Todos os náufragos foram resgatados e a primeira coisa que eles pediram foi "água". O capitão sorriu, e respondeu para eles: Água? E por que vocês não beberam se há muito tempo estão boiando em água doce?" Tem muitas pessoas morrendo de medo em nossos dias, sem motivo. O Deus do Apocalipse se apresenta hoje e diz: "Não temas, Sou eu. O princípio e o fim. Aquele que venceu a morte e vive pelos séculos dos séculos. Você não precisa ter medo de nada. Você precisa depositar sua confiança em Cristo. É claro que você vivem em um mundo cheio de dificuldades, problemas, lutas. Quem sabe, neste momento, você está vivendo o maior drama de sua vida. Precisa ver como fazer para resgatar seu casamento, que está feito pedaços pela traição, sem poder arrancar o ódio que você sente no coração por alguma pessoa. Quem sabe está desempregado, endividado. Quem sabe um filho seu está na UTI, entre a vida e a morte. Quem sabe, durante meses, você está batendo de porta em porta a procura de um emprego e não consegue. Esta semana alguém rejeitou você ou alguém jogou na sua cara que você não está trazendo dinheiro nem pra comer? A dor se apodera de seu coração. Sente-se ninguém, acabado, e aí, de repente, resolveu ler esta palestra? Não fui eu que escrevi isto, é o Espírito de Deus. O ser humano nada mais é que um instrumento de barro. Jesus quer se aproximar de você, assim como se aproximou de João, na ilha de Patmos. Jesus disse a ele: "Meu filho, nem tudo está perdido porque eu vivo. Eu não conheço derrota. Venci o diabo quando eu ainda era criança. Tentou derrotar-me, tentou tirar-me a vida. Venci-o na cruz, na tumba e hoje eu posso vencer o inimigo em seu coração." Observe o que diz a letra de uma música especial, neste momento. Enquanto você estiver lendo a letra, acredite no Senhor Jesus Cristo e entregue seu coração a Ele.

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ARMAGEDOM, A MÃE DE TODAS AS GUERRAS

Alejandro Bullón

"Durante o mês de dezembro, principalmente às vésperas do natal, recebo muitas cartas. Geralmente elas chegam em grande número, mas nesta época a quantidade é maior porque recebo também dezenas de cartões. Entre todas essas cartas houve uma que nunca consegui esquecer. Quando a recebi, era véspera de natal e eu deveria estar feliz porque aquele tinha sido um ano cheio de bênçãos para mim. Todos os meus filhos estavam de volta depois de um ano longe de casa por causa dos estudos. Deveria estar radiante de alegria, mas não consegui. Aquela carta continuava me machucando por dentro, fazendo-me sofrer, embora eu soubesse que pouco poderia fazer para ajudar aquela família. "Pastor - dizia a carta - este será o natal mais triste de nossa vida. Teríamos preferido que Deus nos tirasse o dinheiro, os bens, a saúde e até a vida, mas que não nos deixasse ver o nosso filho na trágica situação em que se encontra". Depois a carta falava das horas intermináveis de luta para tirar o filho das garras do vício. Aos vinte e três anos um jovem está apenas desabrochando para a vida, mas os pais daquele rapaz não viam mais saída para ele. Foram muitos meses de oração e súplicas a Deus por um milagre. Já o tinham levado para ser tratado por especialistas, já o internaram em centros de recuperação para drogados, mas apesar de tudo, eles viam o filho, dia-a-dia sendo consumido por uma força incontrolável que o levava às drogas. A carta tinha um clamor desesperado. "Será que esta luta vai acabar?" Será que poderei ver meu filho completamente recuperado?" A Bíblia nos assegura que a luta terrível entre o bem e o mal terá fim sim. O diabo pode fazer hoje muita coisa para trazer dor à sua vida. Pode destruir lares e vidas jovens como a daquele rapaz, mas o inimigo será finalmente destruído. No capítulo anterior deixamos de considerar propositadamente o sexto flagelo, porque este tem a ver com o famoso Armagedom, a mãe de todas as guerras. Vejamos em Apocalipse 16:12 a 14 e também o verso 16 o que o texto bíblico relata: "Derramou o sexto a sua taça sobre o grande rio Eufrates, cujas águas secaram, para que se preparasse o caminho dos reis que vêm do lado do nascimento do sol. Então, vi sair da boca do dragão, da boca da besta e da boca do falso profeta três espíritos imundos semelhantes a rãs; porque eles são espíritos de demônios, operadores de sinais, e se dirigem aos reis do mundo inteiro com o fim de ajuntá-los para a peleja do grande Dia do Deus Todo-Poderoso... Então, os ajuntaram no lugar que em hebraico se chama Armagedom". O fato de que em hebraico a palavra Armagedom, signifique "monte de Megido", fez com que muitos intérpretes da Bíblia concentrassem sua atenção no oriente médio como possível local da última batalha dos séculos. Se acrescentarmos a isto o fato de que os países que vivem em torno desse território, estão constantemente em guerra, é fácil acreditar numa grande batalha literal de proporções mundiais, entre oriente e ocidente. Mas, se não perdermos o fio do grande conflito universal que teve início nos céus, com a rebelião de Lúcifer, veremos que a grande guerra do Armagedom não é uma guerra literal de implicações políticas e sim uma guerra espiritual de conseqüências eternas. Existe hoje um inimigo tentando desestabilizar o governo divino. Atacou a Deus nos céus, perdeu a batalha e foi expulso junto com a terça parte dos anos a quem conseguiu enganar. Apresentou-se depois no Jardim do Éden e enganou Adão e Eva. Fez que eles duvidassem do amor de Deus, direcionou a adoração da criatura para a própria criatura e desvirtuou a Palavra de Deus. Aparentemente tinha vencido. Mas ele não contava com o plano da salvação, segundo o qual Jesus viria a este mundo para remir o ser humano e restaurar nele o caráter de Deus que o pecado tinha deformado. O grande conflito entre Lúcifer e Deus prolongou-se através dos séculos, chegando à Igreja Cristã. O diabo perseguiu a Igreja de Deus na pessoa de Herodes e de outros imperadores romanos e quando viu que esse método não dava certo, mudou de estratégia, começou a misturar as verdades bíblicas com as tradições pagãs. Foi deste modo que entraram no seio da Igreja Cristã, doutrinas que nunca tiveram fundamento bíblico. Depois o inimigo usou essa igreja contaminada com o vírus do paganismo para perseguir aos fiéis que "teimavam" adorar o único e verdadeiro Deus, e em obedecer a Sua Palavra. Foram 1260 anos de perseguição, ao fim dos quais a estratégia do inimigo mudou novamente. Desta vez, levantou o racionalismo ateu para tentar abolir qualquer forma de religião. Como conseqüência disso, surgiu o

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evolucionismo que apresentava a teoria das espécies como possível origem da vida. Tentou-se destruir a Bíblia mandando queimar milhares de exemplares em praça pública e ordenando a morte de todo aquele que a estudasse. Mas o diabo não contou com o fato de que a perseguição fortalecia ainda mais o verdadeiro povo de Deus. Em nossos dias o inimigo de Deus está usando estratégias que mais resultados está lhe dando: o secularismo, a nova era, o espiritismo, o cristianismo descompromissado, enfim. Deus deixou de ser o Deus pessoal para tornar-se apenas "uma energia", uma canção bonita ou um adesivo que se coloca no carro. Mas Ele não é o soberano criador do céu e da terra que mereça adoração e obediência. O homem diz acreditar em Deus mas não se compromete com Ele. Vive como se Deus não existisse, dita suas próprias regras e estabelece seu próprio código moral. A grande batalha do Armagedom não tem a ver com alguma guerra política entre oriente e ocidente, por causa do petróleo do oriente médio. O Armagedom é a última batalha entre o bem e o mal que está tendo lugar hoje em cada coração humano. Neste novo tempo, ninguém pode permanecer neutro. Você é ou não é. A guerra não é com canhões e bombas. É uma guerra de idéias. Deus reclamando para si adoração e obediência, e o inimigo de Deus exigindo para si as mesmas coisas. Ou então, direcionando a adoração e a obediência para qualquer criatura ou objeto, menos para Deus. O Apocalipse nos apresenta em várias ocasiões facetas desta grande batalha entre o dragão e Cristo, representado por Sua Igreja nesta terra. Vejamos em Apocalipse 12:17: "Irou-se o dragão contra a mulher e foi pelejar com os restantes da sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus". Você percebe aqui que a ira do dragão é contra pessoas que "guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus". Obediência e adoração. Lembra-se? Vejamos agora Apocalipse 13:1 e 7: "Vi emergir do mar uma besta ... Foi-lhe dado, também, que pelejasse contra os santos e os vencesse..." Leiamos outro texto. Apocalipse 17, versos 3,12 e 14: "...Vi uma mulher montada numa besta escarlate, besta repleta de nomes de blasfêmia, com sete cabeças e dez chifres. Os dez chifres que viste são dez reis ... Pelejarão eles contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá..." Leiamos agora Apocalipse 19:19: "E vi a besta e os reis da terra, com os seus exércitos, congregados para pelejarem contra aquele que estava montado no cavalo e contra o seu exército". Aqui fala-se dos reis da terra, com seus exércitos, congregados para a grande peleja. Ao derramar o sexto anjo a sua taça, também vemos que três espíritos imundos semelhantes a rãs estão congregando os reis do mundo inteiro para a grande peleja. Que tipo de congregação é esta? Como é que o inimigo de Deus está congregando seus exércitos para a batalha final? Primeiro é preciso saber que o Cordeiro também está congregando Seus remidos para a grande batalha. Veja como o apóstolo João narra esta cena em Apocalipse 14:1: "Olhei, e eis o Cordeiro em pé sobre o monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, tendo na fronte escrito o seu nome e o nome de seu Pai". Aqui encontramos o Cordeiro, Jesus, reunido com cento e quarenta e quatro mil fiéis no monte Sião. No Velho Testamento o monte Sião era chamado o monte das Convocações Santas, porque nele se reuniam os filhos de Deus para receber as Suas ordens. Agora vemos aqui, segundo o anjo que deu a visão a João, Jesus com um grupo de fiéis: "...São eles os seguidores do Cordeiro por onde quer que vá. São os que foram redimidos dentre os homens, primícias para Deus e para o Cordeiro".(Apocalipse 14:4) Hoje Jesus está querendo reunir Seus filhos no monte Sião. Como? Quer dizer que todos os seguidores de Jesus devem pegar um avião e viajar às terras bíblicas para encontrar-se com Jesus? Não. Lembre-se que o livro de Apocalipse é um livro simbólico. O Cordeiro simboliza Jesus, os cento e quarenta e quatro mil, simbolizam os filhos fiéis a Deus que O adoram e Lhe obedecem. E o que deve simbolizar o monte Sião? Para entender isto é preciso saber o que era o monte Sião no Velho Testamento. Leremos 3 textos para entermos isso:

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Joel 3:16 1. Sião era o lugar onde Deus falava. "O Senhor brama de Sião e se fará ouvir de Jerusalém..." Joel 3:17 2. Sião era o lugar onde Deus prometia habitar. "Sabereis, assim, que eu sou o Senhor, vosso Deus, que habito em Sião, meu santo monte..." Joel 2:32 3. Sião era o lugar onde Deus queria congregar Seus remidos. "E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo; porque, no monte Sião e em Jerusalém, estarão os que forem salvos..." Perguntamos hoje: 1. Qual é o lugar onde Deus quer falar aos Seus filhos? 2. Qual é o lugar onde Ele promete que se dois ou três estiverem reunidos em Seu nome Ele estará presente? 3. Qual é o lugar onde hoje Deus está congregando Seus fiéis de todos os cantos da terra, aqueles que "guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus? A resposta é óbvia. Deus está reunindo hoje Seus filhos na Sua igreja. Essa é a visão de Apocalipse 14. Essa reunião está acontecendo hoje, em nossos dias. De que maneira? Vejamos: Deus tem um instrumento para chamar Seus filhos e congregá-los na Sua igreja hoje. Esse instrumento é a tríplice mensagem angélica apresentada no mesmo capítulo 14 de Apocalipse: A primeira mensagem está no verso 7, que diz: "...Temei a Deus e dai-lhe glória, pois é chegada a hora do seu juízo; e adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas". Este é um chamado a adorar ao verdadeiro Deus e é também o anúncio da hora do juízo. No verso oito lemos a segunda mensagem: "...Caiu, caiu a grande Babilônia que tem dado a beber a todas as nações do vinho da fúria de sua prostituição". Este é um chamado para estar alerta diante das adulterações da pura doutrina bíblica. E nos versos 9 e 10 vemos que a terceira mensagem declara: "...Se alguém adora a besta e a sua imagem e recebe a sua marca na fronte ou sobre a mão, também esse beberá do vinho da cólera de Deus, preparado, sem mistura, do cálice da sua ira, e será atormentado com fogo e enxofre, diante dos santos anjos e na presença do Cordeiro". Este é um chamado à obediência e observância do dia do Sábado, como dia de repouso, que é o selo de Deus. A única maneira de não receber o selo da besta. É através da proclamação destas três mensagens distintas, que Deus está reunindo hoje Seus filhos, no monte Sião, símbolo da Igreja. Todos aqueles que ouvem e aceitam a mensagem de Apocalipse 14, que entregam o coração a Jesus, decidem adorá-Lo e obedecer Seus mandamentos, aceitam o convite para congregar-se no monte Sião. Por outro lado, o inimigo de Deus também está congregando seus súditos, no vale do Armagedom, utilizando uma tríplice mensagem angélica falsa. Vamos ler Apocalipse 16:13 e 14: "Então, vi sair da boca do dragão, da boca da besta e da boca do falso profeta três espíritos imundos semelhantes a rãs; porque eles são espíritos de demônios, operadores de sinais, e se dirigem aos reis do mundo inteiro com o fim de ajuntá-los para a peleja do grande Dia do Deus Todo-Poderoso". Quem são estes três espíritos imundos? São mensagens, são ensinamentos, são filosofias de vida, que vão contra os principais ensinamentos das três mensagens angélicas verdadeiras: 1. "Adore qualquer coisa, menos a Deus, embora você pense que está adorando-O".

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2. "A alma não morre. Ela é eterna, se reencarna ou continua vivendo como um espírito desencarnado". 3. "Não obedeça a Palavra de Deus. Não dê importância a Seus mandamentos porque eles são obsoletos". Este é o quadro geral. O mundo está se preparando para o fim do grande conflito universal. O mal terá um fim definitivo. Mas antes dele findar, o diabo fará tudo que puder para arruinar o maior número possível de vidas. Para tanto, usará suas ferramentas favoritas: o engano, o disfarce, a sedução e quando isso não der certo: a perseguição. Lembre-se que esses "espíritos de demônios" são "operadores de sinais". Eles vêm acompanhados de "milagres" e "prodígios", de "curas através de médiuns", de "seres extraterrestres". Enfim, tantas maravilhas que enganarão até os mais avisados. Mas Deus nos deixou a Sua Palavra. Ela é a nossa única garantia. Ela é a luz em meio às trevas, ela é a âncora em meio ao mar agitado e turbulento que nosso mundo vive. Você pode confiar Nela.

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AS SETE ÚLTIMAS PRAGAS

Alejandro Bullón

Quando as pessoas escutam falar do Apocalipse, imediatamente pensam em tragédias, flagelos e catástrofes. Mas, será isso que o livro do Apocalipse tem? Vejamos o que diz Apocalipse 19, verso 11: "Vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O seu cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça". Aqui está Jesus voltando. Ele "peleja com justiça". Justiça não é dar razão a quem está errado. Justiça é dar a cada um a sua recompensa. O inocente deve ser libertado e até reivindicado. O culpado deve ir para a prisão. Essa é a verdadeira justiça. Apocalipse 19, versos 13 a 15 diz que Jesus por ocasião de Sua segunda vinda, veja o que diz o texto bíblico: "Está vestido com um manto tinto de sangue, e o seu nome se chama Verbo de Deus; e seguiam-no os exércitos que há no céu, montando cavalos brancos, com vestiduras de linho finíssimo, branco e puro. Sai da sua boca uma espada afiada, para com ela ferir as nações; e ele mesmo as regerá com cetro de ferro e, pessoalmente, pisa o lagar do vinho do furor da ira do Deus Todo-Poderoso". Estas são cenas da volta de Cristo, só que antes disto acontecer, o mundo será testemunha dos sete últimos flagelos da humanidade. São João os descreve em Apocalipse 16:1 desta maneira: "Ouvi, vinda do santuário, uma grande voz, dizendo aos sete anjos: Ide e derramai pela terra as sete taças da cólera de Deus". Vejamos no capítulo 16 de Apocalipse, os sete flagelos: Apocalipse 16:2: "Saiu, pois, o primeiro anjo e derramou a sua taça pela terra, e, aos homens portadores da marca da besta e adoradores da sua imagem, sobrevieram úlceras malignas e perniciosas". Apocalipse 16:3: "Derramou o segundo a sua taça no mar, e este se tornou em sangue como de morto, e morreu todo ser vivente que havia no mar". Apocalipse 16:4: "Derramou o terceiro a sua taça nos rios e nas fontes das águas, e se tornaram em sangue". Apocalipse 16:8 e 9: "O quarto anjo derramou a sua taça sobre o sol, e foi-lhe dado queimar os homens com fogo. Com efeito, os homens se queimaram com intenso calor, e blasfemaram o nome de Deus, que tem autoridade sobre estes flagelos, e nem se arrependeram para Lhe darem glória". Você percebe que aqui o Deus Criador se mostra superior a Sua criação e nem assim ainda os homens O adoram e Lhe dão glória? Apocalipse 16:10 e 11: "Derramou o quinto a sua taça sobre o trono da besta, cujo reino se tornou em trevas, e os homens remordiam a língua por causa da dor que sentiam e blasfemaram o Deus do céu por causa das angústias e das úlceras que sofriam; e não se arrependeram de suas obras". Onde fica o trono da besta? Qual é a cidade sede do poder descrito no capítulo: "A mulher impura, vestida de vermelho" O sexto flagelo será analisado num outro programa. Apocalipse 16:17-21: "Então, derramou o sétimo anjo a sua taça pelo ar, e saiu grande voz do santuário, do lado do trono, dizendo: Feito está! E sobrevieram relâmpagos, vozes e trovões, e ocorreu grande terremoto, como nunca houve igual desde que há gente sobre a terra; tal foi o terremoto, forte e grande. E a grande cidade se dividiu em três partes, e caíram as cidades das nações. E lembrou-Se Deus da grande Babilônia para dar-lhe o cálice do vinho do furor de sua ira. Todas as ilhas fugiram, e os montes não foram achados; também desabou do céu sobre os homens grande saraivada, com pedras que pesavam cerca de um talento; e por causa do flagelo da chuva de pedras, os homens blasfemaram de Deus, porquanto o seu flagelo era sobremodo grande". Você pode imaginar o cataclismo mundial que tomará conta deste planeta quando tudo isto acontecer? Naturalmente, a partir do momento em que Apocalipse é um livro mormente simbólico, pode muitos destes eventos ter um cumprimento simbólico. Mas é bom lembrar que cada vez que o apóstolo João usa as expressões "semelhante a" ou "como que" está usando a linguagem simbólica e no caso dos flagelos, o apóstolo não usa estas expressões. Eu transcrevi os flagelos, tal como eles estão descritos na Bíblia, porque a minha preocupação maior não é enfatizar as tragédias que se aproximam. O meu propósito principal é fazer que você medite nos momentos

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solenes que este mundo vive embora milhões de pessoas nem percebam isso. A Bíblia é um livro tão antigo! Está aí, à disposição de qualquer pessoa, mas, quantos a lêem? Não prefere o ser humano de nossos dias consultar a astrologia, os búzios, a numerologia ou as cartas? O tempo é curto. Deus está esperando há muito tempo.Estamos muito próximos dos eventos finais. II Pedro 3:9 diz que "Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento". Em Apocalipse 7, versos 1 a 3 o apóstolo São João diz: "Depois disto, vi quatro anjos em pé nos quatro cantos da terra, conservando seguros os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem sobre árvore alguma. Vi outro anjo que subia do nascente do sol, tendo o selo do Deus vivo, e clamou em grande voz aos quatro anjos, aqueles aos quais fora dado fazer dano à terra e ao mar, dizendo: Não danifiqueis nem a terra, nem o mar, nem as árvores, até selarmos na fronte os servos do nosso Deus". Por que os anjos não devem soltar a destruição até que os servos de Deus tenham sido selados? É óbvio. O selo de Deus será a proteção deles. Os flagelos não tocarão a vida dos selados. Lembre-se que o primeiro flagelo cai sobre "os portadores da marca da besta e dos adoradores de sua imagem". Nestes dias Deus está chamando Seus filhos. Ele quer colocar em cada ser humano o Seu selo para identificá-lo e protegê-lo dos flagelos no dia em que a cólera de Deus cairá sem medida. No Velho Testamento encontramos duas histórias que mostram a maneira maravilhosa como a graça de Deus alcança qualquer ser humano. A primeira tem que ver com a noite em que o anjo vingador visitaria o Egito porque Faraó não estava querendo deixar partir o povo de Israel. Aquela noite seria terrível. O anjo destruidor sairia à meia noite, levando a morte aos primogênitos. O povo de Israel não estaria livre desta praga simplesmente por ser o povo de Deus. A ordem era: "Tomarão do sangue e o passarão nos postes e nos umbrais das casas e o sangue será o sinal; verei o sangue e passarei e não haverá em vós praga de morte quando ferir a terra do Egito". Mais uma vez encontramos aqui a figura do Cordeiro. Desde a queda do homem, passando pelo Calvário onde Seu sangue foi derramado para limpar os pecados do mundo, a figura do Cordeiro destaca-se, nitidamente, como o personagem central das Escrituras. Não existe salvação sem sangue, não existe graça sem Cordeiro. A segurança dos primogênitos de Israel aquela noite não estava simplesmente no fato de pertencerem ao povo de Deus. O israelita que não pintasse sua porta com o sangue do cordeiro corria risco de vida. A nossa segurança de salvação não pode nunca estar depositada na Igreja. Não é o fato de estarmos batizados e cumprirmos todas as normas da Igreja, que garante a nossa salvação. Não é o batismo que nos salva, não são os cargos que temos, não é o fato de cantarmos no coral ou participarmos das atividades da Igreja. Nossa única esperança está no Cordeiro. Muitos israelitas sacrificaram o cordeiro aquele dia, mas esqueceram de pintar a porta com o sangue. Quando o anjo destruidor apareceu à meia-noite, os primogênitos dessa casa foram destruídos, porque a simples morte do cordeiro não tem valor se o sangue não é aplicado na experiência pessoal do cristão. É preciso acreditar no Cordeiro, mas é preciso pintar a porta do coração com o sangue. Quando os flagelos caírem sobre este mundo, muita gente se perderá acreditando na Bíblia, na Igreja e na mensagem da justificação pela fé, simplesmente porque não viveu uma vida de comunhão com Cristo. Acreditar é bom, mas não basta. Conhecer a doutrina é preciso, mas não é suficiente. O sangue tem que estar aplicado de forma pessoal na experiência do cristão. O grande dia está chegando. Os céus e a terra serão estremecidos. As águas do mar não mais poderão ser contidas nos oceanos. Cristo virá e naquele dia só haverá dois grupos de pessoas: os que com fé se aproximaram do sangue do cordeiro e os que não o fizeram. A outra história tem a ver com Jericó. Jericó era uma das cidades de Canaã que seria destruída. Já vimos quanta paciência teve Deus com aquele povo. Mais de quatro séculos passaram desde o dia em que Deus prometera a Israel que aquela terra seria deles. Mas agora tinha chegado o grande momento da entrada de Israel. O registro bíblico narra que Josué enviou dois espiões para examinar a terra e que o rei de Jericó descobriu a estratégia e mandou perseguir e matar os espiões de Israel.

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Foi ali que apareceu uma mulher chamada Raabe. Era uma pobre prostituta que vendia seu corpo na entrada da cidade. Sua vida estava destruída, seus sonhos estraçalhados. Não tinha muitas perspectivas futuras porque à medida que envelhecesse, com toda certeza os homens não a procurariam mais. Apesar de seu estado deplorável, ela conseguiu enxergar o momento solene que Jericó estava vivendo. O exército de Deus estava chegando e isso significava destruição para Jericó. Mas a chegada de Deus e Seus exércitos não significa necessariamente destruição. Tudo dependeria da atitude das pessoas. A destruição estava próxima, mas ainda não tinha chegado, ainda era hora de responder aos apelos divinos, de entregar o coração a Deus, de adorá-Lo e andar em Seus caminhos. Raabe aceitou o apelo do Espírito ao seu coração e procurou os espiões. Vejamos o que ela disse em Josué capítulo 2, versículos 9,10,12 e 13: "...Bem sei que o Senhor vos deu esta terra, e que o pavor que infundis caiu sobre nós, e que todos os moradores da terra estão desmaiados. Porque temos ouvido que o Senhor secou as águas do mar Vermelho diante de vós, quando saíeis do Egito; e também o que fizestes aos dois reis dos amorreus, Seon e Ogue, que estavam além do Jordão, os quais destruístes. Agora, pois, jurai-me, vos peço, pelo Senhor que, assim como usei de misericórdia convosco, também dela usareis para com a casa de meu pai; e que me dareis um sinal certo de que conservareis a vida a meu pai e a minha mãe, como também a meus irmãos e minhas irmãs, com tudo o que têm, e de que livrareis a nossa vida da morte". A resposta dos espias foi que no dia em que os exércitos israelitas invadissem Jericó, ela deveria colocar um cordão vermelho na janela da casa e todo aquele que estivesse dentro da casa seria salvo. Agora imagine a atitude de Raabe depois que os espias partiram. Seguramente ela correu para casa dos pais e suplicou, "por favor, venham à minha casa, a fim de serem protegidos, porque a destruição está chegando na cidade". Com certeza, ela procurou os amigos e os parentes. Você vê? Quando você tem certeza, pela Palavra de Deus, que o tempo é definitivo, um sentido de urgência apodera-se de você no cumprimento da missão. A Bíblia não nos diz quantos aceitaram o convite de Raabe. Mas relata que finalmente chegou o dia e Israel entrou na cidade. A salvação de Raabe e dos que acreditaram nela, esteve no cordão vermelho, pendurado na janela da casa. Aquele era o sinal. Deus nunca destrói nada sem antes assinalar os Seus servos. Ele os identificou naquela ocasião e os está também selando em nossos dias. O cordão vermelho era o símbolo do sangue de Jesus. Um dia Jesus morreu na cruz do calvário e Seu sangue foi derramado para salvar a humanidade. Era o cumprimento do sacrifício dos cordeiros do Velho Testamento, que apontavam àquele sacrifício maior que aconteceria no calvário. Em João 3:16 a Bíblia declara abertamente: "Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna". "Todo aquele que nele crê". Isto é o que realmente importa. Você pode ter vivido a vida toda longe de Jesus, mas, se neste momento, abrir o coração e crer, o Senhor Jesus o aceitará com certeza. Não há passado que Ele não possa perdoar, não existe vida que ele não possa transformar. Raabe era uma prostituta rejeitada pela sociedade, mas acreditou e foi assinalada para ser protegida no dia da adversidade. Este é o dia. "Se ouvirdes hoje Sua voz, não endureçais vosso coração", é o convite divino. Qual será sua resposta?

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A ATUAÇÃO DOS ANJOS Alejandro Bullón

"Rose vende livros e por tal motivo viaja de um lugar para outro usando os mais variados meios de transporte. Outro dia ela pegou carona com um caminhoneiro. No início tudo parecia normal, mas depois ela percebeu que o rumo da conversa ia colocando-a numa situação constrangedora. As intenções do motorista estavam claras. Primeiro foram as palavras e depois ele partiu para os fatos. Desviou o caminhão da estrada principal, estacionou-o num lugar deserto e avançou sem se importar com as lágrimas da indefesa vítima. Estava tudo perdido. Ou estaria, se de repente, providencialmente, um homem alto e corpulento não batesse na porta do caminhão. O motorista jogou Rose para fora e fugiu. Rose Aparecida suplicou que o homem a acompanhasse até a estrada. Ali o protetor da trêmula garota fez parar uma caminhonete, disse a Rose que não tivesse medo daquela pessoa e misteriosamente desapareceu como num passe de mágica. Rose contou-me a história chorando. "Sei que foi um anjo" afirmou convencida do fato. Existem anjos? Por algum motivo a humanidade toda, de repente começa a voltar sua atenção para essas criaturas celestes. Existe hoje até uma área dos estudos teológicos que se chama angeologia. Música, livros, novelas e filmes estão explorando o tema como nunca antes, dando origem as mais variadas idéias. Ufólogos, esotéricos e espíritas dão sua própria definição. Os racionalistas negam a sua existência. Mas o que diz a Bíblia a respeito do assunto? Os anjos são apresentados como mensageiros divinos, como quando um anjo visitou a Hagar no deserto para confortá-la(Gênesis 21:17), ou quando dois anjos visitaram Abraão(Gênesis 18) e Ló(Gênesis 19). Em outras ocasiões eles são apresentados como vigias como quando os anjos ficaram guardando a porta do Éden(Gênesis 3:24) ou como intérpretes como quando o anjo ajudou a Daniel a interpretar a visão que estava recebendo(Daniel 9:20-23). O livro do Apocalipse menciona os anjos 32 vezes. Ao descrever o trono de Deus, o apóstolo João relata que havia ao seu redor - em cada um dos seus lados - quatro seres viventes cheios de olhos por diante e por trás; o primeiro ser era semelhante a um leão; o segundo, semelhante a um touro; tinha o terceiro ser o rosto como de homem; e o quarto ser era semelhante a uma águia voando(Apocalipse 4:6 e 7). Você pode ver que aqui se mencionam quatro seres viventes, e não especificamente anjos. Mas, no Velho Testamento o profeta Ezequiel teve outra visão do trono de Deus e viu também estes quatro seres estranhos, definindo-os como querubins de Deus(Ezequiel Cap. 1 e 10). Estes seres estão "cheios de olhos por diante e por detrás". Por quê? Lembre-se que estes seres estão presentes ao redor do trono de Deus no momento do juízo. Este é o momento do acerto de contas. Tudo será trazido à luz. Nada ficará oculto e não existe melhor símbolo de vigilância que os olhos. No livro de Provérbios, capítulo 20, no verso 8, o Velho Testamento confirma isto: "Assentando-se o rei no trono do juízo, com os seus olhos dissipa todo o mal". E vejamos o que Davi acrescenta em Salmos 11:4: "Nos céus tem o Senhor o seu trono; os seus olhos estão atentos, as suas pálpebras sondam os filhos dos homens". Mas por que os seres viventes de Apocalipse aparecem com o rosto de leão, touro, homem e águia? Os rabinos judeus explicavam o mistério destes rostos dizendo que "a mais exaltada de todas as criaturas vivas era o homem; dos pássaros a águia, do gado o boi e das bestas do campo o leão. Todos receberam realeza e grandeza e estavam sob o carro de Deus". Quer dizer que estes querubins representam as formas mais destacadas entre os animais. Tendo em conta isto, poderíamos dizer que cada rosto representa a função dos anjos. O leão é o símbolo de bravura e coragem. Ele é o rei dos animais. Assim em muitas circunstâncias da vida, quando você se sentir indefeso, com medo diante de alguma situação, pode contar com a coragem e a bravura que os anjos podem lhe oferecer. O touro é símbolo de nobreza e de trabalho incansável. Alguma vez você já se sentiu cansado e com vontade de desistir? Tem diante de si um desafio tão grande que teme não poder enfrentá-lo? Chame pela força do anjo, e verá que quando achar que não tem mais força para resistir, será fortalecido.

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O que simboliza o homem? Sabedoria, inteligência, habilidade para decidir melhor. Está por ventura você num momento em que precisa de muita sabedoria para tomar uma decisão? Chame ao Senhor que não tardará em enviar-lhe o anjo para colocar na sua mente o pensamento oportuno. Uma águia voando! Era este o aspecto do quarto ser vivente. Águia é símbolo de rapidez extraordinária. Alguma vez você esteve com o carro descontrolado diante de um precipício e sentiu como se mãos invisíveis livrassem o carro de uma queda fatal? Era o anjo de Deus que vinha em resposta àquele clamor instintivo: "Senhor, ajuda-me". Ezequiel 1:14 afirma que os anjos que estavam no trono de Deus "corriam, saindo e voltando à semelhança de um raio". Os anjos são seres espirituais, criados antes da existência da Terra. Participaram da grande batalha de Lúcifer contra Cristo. O inimigo conseguiu enganar e trazer consigo a terça parte deles para a Terra. Mas a grande maioria permaneceu fiel a Deus e hoje servem como agentes de salvação e ajuda aos filhos de Deus. Leiamos Salmos 34:7:"O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem e os livra". Afirma o salmista Davi. Nos últimos capítulos da história deste mundo, os anjos desenvolverão missões importantíssimas que tem a ver com o destino dos seres humanos. Por exemplo, Apocalipse 7, verso1 diz, quem são esses "quatro anjos em pé nos quatro cantos da terra... para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem sobre árvore alguma". Quer dizer que estes anjos estão detendo a destruição final que se aproxima da humanidade? Não é reconfortante para você saber que embora os seres humanos possam abandoná-lo, o anjo do Senhor sempre estará perto de você, ainda nos momentos mais difíceis da vida? No início da Igreja Cristã, Herodes mandou perseguir e matar os filhos de Deus. Dentre eles Tiago, foi morto ao fio da espada. Eram dias terríveis de angústia e perseguição para o povo de Deus. Pedro também estava preso, escoltado por quatro escoltas de quatro homens cada uma, como se fosse um assassino de alta periculosidade. Assim é o inimigo. Ao ver que não pode fazer nada contra o próprio Jesus Cristo, sua ira se derrama sobre os Seus seguidores, sem motivo. O único delito dos perseguidos é adorar ao Deus verdadeiro e obedecer a Sua Palavra. Veja agora a maneira como a Bíblia descreve em Atos 12 de 5 a 11 o ministério protetor dos anjos: "Pedro, pois, estava guardado no cárcere; mas havia oração incessante a Deus por parte da igreja a favor dele. Quando Herodes estava para apresentá-lo, naquela mesma noite, Pedro dormia entre dois soldados, acorrentado com duas cadeias, e sentinelas à porta guardavam o cárcere. Eis, porém, que sobreveio um anjo do Senhor, e uma luz iluminou a prisão; e, tocando ele o lado de Pedro, o despertou, dizendo: Levanta-te depressa. Então, as cadeias caíram-lhe das mãos. Disse-lhe o anjo: Cinge-te e calça as sandálias. E ele assim o fez. Disse-lhe mais: Põe a capa e segue-me. Então, saindo, o seguia, não sabendo que era real o que se fazia por meio do anjo; parecia-lhe, antes, uma visão. Depois de terem passado a primeira e a segunda sentinela, chegaram ao portão de ferro que dava para a cidade, o qual se lhes abriu automaticamente; e, saindo, enveredaram por uma rua, e logo adiante o anjo se apartou dele. Então, Pedro, caindo em si, disse: Agora, sei, verdadeiramente, que o Senhor enviou o seu anjo e me livrou da mão de Herodes e de toda a expectativa do povo judaico." Podemos deduzir deste relato que os anjos são capazes de quebrar as leis físicas, atravessar paredes e portões de ferro e realizar coisas do ponto de vista humano, impossíveis. O maravilhoso de tudo isso, é que existe um anjo de Deus perto de você. Desde o dia em que você nasceu, tem um companheiro inseparável. Às vezes, ele o livra de um acidente que poderia ter-lhe provocado a morte e você nem percebe. Mãos invisíveis estão protegendo diariamente sua vida e a de sua família. O inimigo pode aproximar-se de você tentando destruí-lo, mas o anjo do Senhor será sempre seu protetor. Outro dia uma senhora pedia ajuda porque acreditava que a macumba feita pela amante do marido tinha-a alcançado. Tudo dava errado na vida dela, desde que o marido a abandonara e passara a viver com uma mulher que tinha envolvimento com as forças do mal. Depois de confortá-la, li para ela esta promessa registrada no livro dos salmos, capítulo 91, versículos 10 a 12: "Nenhum mal te sucederá, praga nenhuma chegará à tua tenda. Porque aos seus anjos dará ordens a teu

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respeito, para que te guardem em todos os teus caminhos. Eles te sustentarão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra". Por que temer, se a presença dos anjos de Deus garantem que você e sua família estarão seguros? No fim dos tempos, quando os filhos de Deus voltarem a ser perseguidos por obedecer aos ensinamentos bíblicos, os anjos de Deus encarregar-se-ão de alimentá-los e confortá-los em meio à dor da perseguição. Não é tudo isto motivo de agradecimento e fidelidade a Deus?

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O SELO DE DEUS Alejandro Bullón

"Existe no coração humano um certo medo existencial. Independente de religião, cultura ou posição social existe no fundo de cada homem a sensação de que este mundo caminha rumo à sua destruição completa. A pergunta é: como? Os estudiosos do crescimento populacional acreditam que a humanidade está se multiplicando tão aceleradamente que chegará a um ponto em que toda a produção de alimentos não será suficiente para atender as necessidades humanas. Os mais pessimistas crêem até que os homens começarão a se devorar uns aos outros. Há por outro lado os que temem uma guerra nuclear. Acreditam que este planeta não sobreviveria a uma série de explosões atômicas. Para onde fugir então? A violência, o desamor, a exploração do homem pelo homem fazem sentir que este mundo não é um lugar seguro para se viver. Os princípios morais que ainda serviam como alicerces de uma sociedade justa estão sendo cada vez mais discutidos e colocados de cabeça para baixo. Racionaliza-se em torno do que é certo e errado. Discute-se o princípio de autoridade, rejeita-se os valores espirituais. Nossa sociedade é uma sociedade secularista, onde Deus não passa de um nome ou uma simples "energia" que pode ser encontrada em tudo, mas que não tem poder nenhum para intervir nos destinos do homem. O capital encontra-se concentrado nas mãos de uns poucos enquanto o trabalho não é valorizado e com os avanços da tecnologia, ainda torna-se quase dispensável, deixando a grande massa humana em desespero quanto à sua sobrevivência. É preciso fugir deste mundo. Mas para onde? Eis o motivo porque neste início de século aparecem constantemente cultos apocalípticos que apesar dos trágicos desenlaces a que chegam, conseguem seguidores em todos os países e em todas as classes sociais. Estima-se hoje que só na Gran Bretanha existem por volta de 500 cultos apocalípticos, chegando esse número a 2.500 nos Estados Unidos. São todas pessoas angustiadas, desencantadas com este mundo e procurando um mundo melhor. Elas estão dispostas a pagar qualquer preço a fim de encontrar o que procuram: um pouco de paz no coração, um lugar onde não haverá mais dor e sofrimento. Um lugar sem orgulho nem rancor, nem cobiça, nem ciúmes doentios que destroem as relações humanas. Incrível como pareça ser, esse lugar existe. Não está no planeta "Sírius", nem virá com a era de "Aquárius". O apóstolo João o descreve em Apocalipse 7, versos 9, 13, 14, 16 e 17 deste modo: "Depois destas coisas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos... Um dos anciãos tomou a palavra, dizendo: Estes, que se vestem de vestiduras brancas, quem são e donde vieram? Respondi-lhe: meu Senhor, tu o sabes. Ele, então, me disse: São estes os que vêm da grande tribulação, lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro... Jamais terão fome, nunca mais terão sede, não cairá sobre eles o sol, nem ardor algum, pois o Cordeiro que se encontra no meio do trono os apascentará e os guiará para as fontes da água da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima". Você vê? Esse lugar existe. Não haverá ali mais dor. Nunca mais você será traído, nem abandonado. Nunca mais veremos crianças de rua condenadas por uma sociedade injusta, nunca mais a morte arrancará de nossos braços as pessoas que mais amamos. Esse lugar existe. A Bíblia é contundente ao afirmar que você e eu poderemos um dia estar presentes ali. Vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos. Mas antes que chegue aquele dia é preciso passar a última noite deste mundo. Noite é sinônimo de escuridão e frio e muitas vezes medo. Mas o sol do novo dia só nasce depois que a noite escura passa. Veja como Apocalipse 7:1 descreve este quadro: "Depois disto, vi quatro anjos em pé nos quatro cantos da terra, conservando seguros os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem sobre árvore alguma". Vento em profecia é símbolo de destruição e guerra e João vê na visão que este mundo está ameaçado de destruição. Há um cataclismo universal se aproximando, mas João vê algo mais, leiamos Apocalipse 7, versos 2 e 3: "Vi outro anjo que subia do nascente do sol, tendo o selo do Deus vivo, e clamou em grande voz aos quatro anjos, aqueles aos quais fora dado fazer dano à terra e ao mar, dizendo: Não danifiqueis nem a terra,

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nem o mar, nem as árvores, até selarmos na fronte os servos do nosso Deus". Percebe? Antes dos quatro ventos destruidores assoprarem sobre este mundo é preciso que os servos de Deus sejam selados, ou seja, identificados, para serem poupados da fúria da natureza que castigará este planeta sem medida. Como pode você saber se será selado como um servo de Deus ou não? É interessante notar que em Apocalipse achamos dois grupos de pessoas marcados ou selados. No capítulo 13, versículo 16 diz que o poder religioso político simbolizado pela besta faz que "A todos, os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos,faz que lhes seja dada certa marca sobre a mão direita ou sobre a fronte".E no capítulo 7, os servos de Deus também são selados na fronte com o selo de Deus. Aqui aparece de maneira natural a pergunta. Qual é a marca da besta e qual é o selo de Deus? Veja que os que recebem o selo de Deus serão poupados da destruição enquanto João diz em Apocalipse 14:9 e 10 que:"...Se alguém adora a besta e a sua imagem e recebe a sua marca na fronte ou sobre a mão, também esse beberá do vinho da cólera de Deus...". Para saber o que é a marca da besta é preciso primeiro identificar qual é o selo de Deus. A marca da besta será o contrário. O selo geralmente é a identificação de uma pessoa. O selo compreende nome, atribuições, autoridade e caráter do dono do selo. Por trás do selo de Deus está Sua autoridade, Sua Lei e os princípios eternos do governo divino. Por trás da marca da besta você pode achar também a pretensa autoridade, os decretos, e os princípios enganadores do diabo. Por trás do selo de Deus está o desejo de salvar. Por trás da marca da besta encontra-se a vontade de destruir. Por trás do selo de Deus estão o Pai, o Filho e o Espírito Santo; e por trás da marca da besta estão o dragão, a besta e o falso profeta. Apocalipse 7, verso 14 diz que o selo de Deus é colocado na vida dos que "...Lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro". Enquanto a marca da besta é colocada na vida dos que adoram o poder que se atribui poderes divinos sem tê-los. Aqui está em jogo novamente a autoridade divina. Quem tem a última palavra? A quem se deve obedecer? Se você for à Bíblia achará em Ezequiel 20:20 a seguinte declaração:"Santificai os meus sábados, pois servirão de sinal entre mim e vós, para que saibais que eu sou o Senhor, vosso Deus". Você pode dizer, ah, esse verso estava se referindo ao povo de Israel. Mas não está não. Se você analisar sem preconceitos a Sagrada Escritura descobrirá que ao longo da história humana Deus teve sempre Sua Igreja. Esta igreja estava formada sempre pelos filhos de Deus que queriam obedecer a autoridade divina. Mas em todo momento, houve também, homens que quiseram escolher seu próprio caminho, rejeitando a voz de Deus. Foi assim desde o início. Caim e Abel receberam a ordem de oferecer um cordeiro como sacrifício a Deus. Abel obedeceu a ordem e Caim, decidiu fazer algo diferente. Levou o fruto da terra. Perceba que Caim não foi contra Deus. Ele ofereceu o sacrifício, mas não o fez como Deus ordenou, porém como ele achava que devia ser. Isto é chave. No fim da história, os que receberão a marca da besta não estarão contra Deus, eles pensarão que estão servindo a Deus, mas não o farão como Deus pediu, mas como eles acham que deveria ser. A partir daquele incidente de Caim e Abel você poderá sempre perceber a igreja fiel a Deus. Veja como a Bíblia em Gênesis 6:2 a identifica no início: "Vendo os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas...". Você vê? Aqui Deus identifica Sua igreja como "os filhos de Deus". Sempre houve uma igreja de Deus. Não havia estrutura organizada, mas havia uma igreja de Deus formada por filhos dispostos a obedecer. Esse grupo de pessoas que estavam dispostas a ser fiéis a Deus e que acreditavam na salvação em Cristo, simbolizada no sacrifício do Cordeiro, chegou com o tempo a ser o povo de Israel, que além de ser a igreja de Deus, foi também um país politicamente organizado. Tinha o sumo sacerdote que era a autoridade espiritual e o rei que era a autoridade política. A tendência de Israel ao crescer como nação foi a de corromper-se, doutrinal e espiritualmente. Veja como o profeta descrevia essa situação, Jeremias 6 do verso 13 ao 15:"Porque desde o menor deles até ao maior, cada um se dá à ganância, e tanto o profeta como o sacerdote usam de falsidade. Curam superficialmente a ferida do meu povo, dizendo: Paz, paz; quando não há paz. Serão envergonhados, porque cometem abominação sem sentir por isso vergonha; nem sabem que coisa é envergonhar-se...". Mas apesar da corrupção do povo e dos líderes religiosos, sempre existiu um remanescente fiel, que esteve

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disposto a obedecer a Deus e esse era o verdadeiro povo de Deus, Sua verdadeira igreja. A grande tragédia de Israel foi pensar que o fato de um dia ter sido chamado povo de Deus garantia esse estado para sempre. Eles esqueceram que o cordeiro que era sacrificado diariamente como símbolo de Jesus, seria o único que garantiria sua condição de igreja de Deus. Em João 1, verso 11 diz que Jesus veio a este mundo: "Veio para o que era seu, e os seus não o receberam". Jesus era o Messias Salvador. Ele era o verdadeiro Rei de Israel, mas o povo judeu gritou: "Não temos outro rei, senão César". A situação espiritual de Israel quando Jesus nasceu era calamitosa. Jesus em pessoa condenou a hipocrisia de seus líderes. Eram líderes aparentemente espirituais, reclamavam para si o direito de ser o povo de Deus, mas estavam longe de sê-lo. O erro do cristianismo está em pensar que Israel foi rejeitado por Deus e substituído pela igreja cristã. Se você estudar conscienciosamente a Bíblia verá que não é assim. Deus formou a igreja cristã a partir de Israel e não em substituição a ele. Jesus escolheu o remanescente fiel. Aqueles que O aceitaram e O seguiram. A maioria O rejeitou como Messias, mas 12 decidiram segui-Lo e decidiram ser fiéis e obedientes a Deus. Esses 12 discípulos foram a base do que viria a ser a igreja cristã. A característica distintiva do cristianismo é aceitar a Jesus como Salvador e obedecer aos mandamentos de Deus (Apoc 12:17 e 14:12). E uma das chaves dessa obediência é o sábado como dia de repouso. Ezequiel diz que o sábado é o sinal, o selo, a identificação e a marca de Deus. Que o sábado foi só para Israel? Não pode ser, porque na criação, quando ainda não existia o povo de Israel já fora estabelecido o sábado. O sábado era o sinal do povo de Deus. Que Israel já foi rejeitado e junto com ele o sábado? Não pode ser, porque em Apocalipse 7:4, João diz: "Então, ouvi o número dos que foram selados, que era cento e quarenta e quatro mil, de todas as tribos dos filhos de Israel". Você vê? O remanescente espiritual de Israel é o cristianismo. São os que aceitaram Jesus como Salvador, por isso, "lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro". E são também os que decidiram guardar os mandamentos de Deus que inclui a observância do sábado, e por isso recebem o sinal de Deus na fronte. Mas agora vem o inimigo de Deus e tenta impor sua própria maneira de adorar e obedecer. O diabo é astuto. Se ele não conseguir levar você a negar a existência de Deus e rejeitá-Lo, o levará a obedecê-Lo de maneira errada. No jardim do Éden disse Deus, "Se tocares do fruto desta árvore morrereis". Aí vem o diabo e disse, "não morrereis". No coração de sua santa lei disse Deus, "Lembra-te do dia do sábado para santificá-lo". E aí vem o inimigo e diz: "Não precisa ser sábado. Pode ser também domingo". A Caim ele disse: "Não precisa ser um cordeiro, pode ser também o fruto da terra". Enfim, não é como Deus diz, pode ser como você achar melhor. Mas aí está o perigo. Em pensar que se está servindo a Deus quando não se está. Pensar que se está obedecendo, quando está-se agindo contra a vontade de Deus. Pegue a sua Bíblia. Seja sincero e tome todo o tempo que você precisar para achar um verso bíblico que diga que o sábado não é mais o dia de repouso e que foi substituído pelo domingo. Você não achará. Por que então as pessoas guardam o domingo? Existem argumentos. Alguns crêem que o fato de Jesus ter ressuscitado no domingo é autorização para começar a guardar o domingo, mas a Bíblia não o diz. O mais dramático de tudo é fazer a seguinte pergunta: Se o sábado é o sinal ou selo de Deus, qual é a marca da besta? Lembre-se que em Apocalipse 13, versículo 14 fala-se de um poder religioso-político e também fala-se de um país poderoso que: "Seduz os que habitam sobre a terra por causa dos sinais que lhe foi dado executar diante da besta, dizendo aos que habitam sobre a terra que façam uma imagem à besta...". Uma imagem é algo que representa. Quando você fala de verde-amarelo, vem à sua mente imediatamente o Brasil. Quando pensa em branco e azul, Argentina e vermelho e branco, Peru. Porque são esses países que estão por trás dessas cores. Bom, qual é o poder que está por trás do domingo como dia de repouso? Mais ainda, Apocalipse 13 continua dizendo que aquele poder faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, lhes seja dada certa marca sobre a mão direita e sobre a fronte, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca, o nome da besta ou o número de seu nome. Isto é assustador. Aqui a profecia indica que chegará um momento na história deste mundo em que quem guardar o sábado não poderá comprar nem vender. Parece imaginação doentia? Pois vejamos hoje, ainda em

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tempos de paz, se todos os jovens que guardam o sábado têm o direito de fazer suas provas na universidade em outro dia. Vejamos se todas as pessoas que guardam o sábado podem fazer concursos para cargos públicos. Vejamos se todas as pessoas têm o direito de trabalhar no domingo em lugar do sábado. Não é um assunto de mania de perseguição. É algo profético. Está escrito com toda clareza na Bíblia. Só que o assunto não é apenas uma questão de sábado ou domingo. O pano de fundo é obediência e adoração. Os seres humanos parecem não perceber que o inimigo está conseguindo o que sempre se propôs. Mas em Apocalipse 14, versículo 7 levanta-se um grupo de pessoas, simbolizadas pelo anjo para proclamar em alta voz o evangelho eterno. É algo que não muda. Sempre foi assim: salvação em Cristo e obediência aos Seus mandamentos. Esse clamor é: "...Temei a Deus e dai-Lhe glória, pois é chegada a hora do seu juízo; e adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas". Compare isto com o quarto mandamento que ordena guardar o sábado; ali em Êxodo 20:11 diz: "Porque, em seis dias, fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o Senhor abençoou o dia de sábado e o santificou". Coincidência? Parece-lhe coincidência que o último chamado que Deus faz à humanidade tem quase as mesmas palavras que Ele pronunciou quando disse que o sábado era santo? Mas em Apocalipse 14:9 e 10 o último chamado diz mais:"...Se alguém adora a besta e a sua imagem e recebe a sua marca na fronte ou sobre a mão, também esse beberá do vinho da cólera de Deus..." e acrescenta em Apocalipse 18, verso 4:"...Retirai-vos dela, povo meu, para não serdes cúmplices em seus pecados e para não participardes dos seus flagelos". Portanto, este é um momento de decisão. O destino eterno do ser humano está em jogo. Não há mais tempo a perder, pois os últimos eventos da história estão próximos.

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POR QUE OS INOCENTES SOFREM?

Alejandro Bullón

"Era véspera de natal e as famílias se preparavam para comemorá-lo de uma maneira toda especial naquele ano. Fazia anos que os irmãos não se viam, mas desta vez, todos viajaram para a casa do pai, e a família estava feliz. Eram muitos. Filhos, noras, genros e netos. Todos vivendo a alegria do espírito natalino. De repente, ouviu-se o barulho de um disparo e o grito desesperado de uma criança. Quando os familiares entraram no quarto, viram um quadro horroroso: Felipe estava no chão, com o rosto ensangüentado. Faria nove anos no mês seguinte. Seu primo e melhor amigo, Luís, gritava tomado pelo pânico em frente ao guarda-roupa onde o pai guardava o revólver calibre 38 cheio de munição. Nenhum adulto viu o momento em que a arma disparou. As duas crianças brincavam de índio, polícia, bandido e super-herói, quando a tragédia aconteceu. Esse foi o início de um natal que ninguém da família poderá esquecer. A mãe de Felipe chorava aos prantos: "Por que, Senhor? Por que teve que ser meu filho?" O ser humano de nossos dias não consegue tirar do inconsciente esta pergunta terrível. Todos carregamos os nossos porquês. O sofrimento não tem explicação aparente, mas dói, perturba e não nos deixa ser feliz. Como posso comer em paz, quando há no mundo milhões de crianças que perecem de fome? Como desfrutar do calor de um cobertor, no inverno, quando tem gente morrendo de frio nas ruas das grandes cidades? Não existe um Deus de amor? Por que, então, existe sofrimento? No capítulo 6 de Apocalipse, ao abrir-se o quinto selo, João vê pessoas cansadas de sofrer. Elas perguntam o que vemos em Apocalipse 6:10: "... Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?". Essas pessoas são símbolo de todos os que sofrem nesta Terra, sem motivo aparente. Se você olhar para o mundo, perceberá que existe muita injustiça. O mal parece triunfar sobre o bem. A pessoa honesta é considerada boba, enquanto o desonesto é tido como esperto. Até o profeta Habacuque perguntou um dia, veja Habacuque capítulo um, verso treze: "... por que, pois, toleras os que procedem perfidamente e te calas quando o perverso devora aquele que é mais justo do que ele?" A injustiça e o sofrimento dos inocentes, revolta, mas é preciso entender este assunto no contexto do Apocalipse. Em primeiro lugar, Deus não é autor do sofrimento. Nenhuma tragédia nasce na mente divina. A morte, a doença, a traição, a injustiça, as enchentes, secas, terremotos e furacões, enfim, tudo aquilo que traz dor ao ser humano tem origem na mente e no coração do inimigo de Deus. Vejamos o que está escrito em Jeremias 29, verso 11: "Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal..." A Bíblia é clara ao declarar em Gênesis 1:31 que este mundo saiu das mãos de Deus, como um mundo perfeito. Não existia orgulho, nem ciúmes, nem traição. A dor, a morte, a tragédia e o sofrimento não faziam parte do mundo perfeito idealizado pelo Criador. Mas a Bíblia também diz em Gênesis 2:15 a 17 que Deus confiou este mundo aos cuidados do ser humano. "Tomou, pois, o Senhor Deus ao homem e o colocou no Jardim do Éden para o cultivar e o guardar. E o Senhor Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás." Infelizmente, Adão e Eva venderam este planeta ao inimigo de Deus. E o venderam barato. Por um minuto de curiosidade, prazer, ou descontrole. Tanto faz. O é que o venderam barato demais. Às vezes pensamos: como é que Adão e Eva foram tão incautos de trocar um mundo tão belo e perfeito por um minuto de aventura? A realidade é que não foram só eles. Fomos nós. Você, eu e todos os seres humanos. Porque ainda hoje, continuamos fazendo a mesma troca.

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O homem arruína a família por um minuto de curiosidade. Estraga seu futuro por causa de uma aventura. Vende seus valores, seus princípios e até o próprio respeito. Ah, ser humano incoerente, que não valoriza o que tem, que só percebe o quanto perde, depois que o perdeu, que busca desesperadamente a morte, quando Deus lhe confiou a vida. Depois do pecado, o diabo colocou ciúmes, inveja, egoísmo, exploração, morte, dor, as enfermidades, furacões, terremotos, enchentes, secas e tudo aquilo que traz sofrimento e desgraça ao ser humano. A única motivação dele é fazer sofrer a criatura, porque sabe que por trás da criatura está o Criador. O diabo é o arquiinimigo de Deus, mas sabe que na luta corpo-a-corpo está perdido. Já foi expulso uma vez dos Céus. Portanto, a melhor maneira de fazer o Pai sofrer é provocando dor nos Seus filhos. Por outro lado, Satanás quer desvirtuar o caráter de Deus. Esse é o seu grande objetivo, e sabe que, finalmente, a criatura atribuirá todos os motivos de sofrimentos ao Criador. Por ventura, não se perguntou você alguma vez porque Deus permite que crianças indefesas morram de fome enquanto os adultos brigam? Por que Deus permite que crianças inocentes nasçam defeituosas? Deus não é autor dessas tragédias. Mas o ser humano as atribui a Ele inconscientemente. O inimigo conseguiu o que queria: apresentar a imagem de um Deus mau e arbitrário. Surge, então, uma pergunta: "Não é Deus mais poderoso do que o diabo? Não pode Ele impedir que o sofrimento toque nossa vida?" Pode sim. Mas já dissemos que Adão e Eva passaram o título de propriedade deste mundo ao inimigo. E Satanás sente-se tão dono que, quando Jesus esteve aqui, teve a ousadia de mostrar-Lhe todos os reinos do mundo e a glória deles, e dizer: (Mateus 4 verso 9)"... Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares". O diabo não é dono de nada. Ele é um ser criado como qualquer outra criatura, mas acha-se no direito de sentir-se dono do mundo e colocar dor e tristeza naquilo que ele considera sua propriedade. Foi por isso que Deus nunca prometeu que Seus filhos não sofreriam neste mundo. Analisemos os seguintes casos. 1.- Um dia, Lázaro, amigo de Jesus estava enfermo e as irmãs de Lázaro enviaram mensageiros com o seguinte recado: "... Senhor, está enfermo aquele a quem amas". Quer dizer que aqueles a quem Jesus ama também podem ficar enfermos? O que você acha? Mas a história bíblica diz mais. Ela afirma no relato do livro de João, capítulo 11 versículo 32, que Lázaro morreu e Maria reclamou dizendo: "... Senhor, se estiveras aqui, meu irmão não teria morrido". Maria era o típico ser humano que acha que ter a Jesus constitui-se num seguro de vida. 2. O salmista Davi, escreveu, entre outros, o salmo 23 que é considerado o "salmo de ouro". Nele, Davi expressa sua confiança no Senhor como Seu grande Pastor. Mas apesar disso, ele declara no verso 4: "Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo..." Davi não afirma que os que confiam no Senhor não morrerão. Ele diz que aqueles cujo Pastor é o Senhor, nunca estarão a sós, no meio da escuridão e das trevas. O Pastor sempre os acompanhará. 3. Em outra ocasião, Jesus estava com os seus discípulos no alto mar quando sobreveio uma tempestade. A noite ficou escura. Os ventos sopravam contra. Os trovões e relâmpagos ameaçavam e Mateus 8:24 diz que: "... o barco era varrido pelas ondas..." Onde estava Jesus naquele momento? Ali, no barco. Mas apesar disso, dava a impressão de que o barco ia afundar. Quer dizer que, quando Jesus está presente, na sua vida, pode haver momentos tormentosos? Claro que pode. Só que a embarcação não afunda, porque "até os ventos e o mar, Lhe obedecem." 4. Existe outro salmo extraordinário na Bíblia. É o salmo 46. Nele o autor bíblico afirma: "Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações". Perceba a promessa. Aqui não diz que os filhos de Deus não terão tribulações. A promessa é clara: Deus será o nosso refúgio e fortaleza. Socorro bem presente em meio à dor. E se você alguma vez já foi surpreendido por uma tormenta no meio da rua ou do campo, sabe o que significa ter um refúgio. 5. Falando da atitude dos cristãos diante da morte, o apóstolo São Paulo aconselha em I Tessalonicenses 4:13:

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"Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança". Aqui, Paulo fala de duas maneiras de entristecer-se: com esperança e sem esperança. Como se entristecem os que não têm esperança? Amaldiçoam a Deus; clamam por vingança; ficam envenenados e às vezes, até enlouquecem e morrem. E como reagem diante da morte de um ente querido aqueles que têm esperança? Choram, naturalmente, porque têm sentimentos. Sentem saudades, sofrem, mas sabem que, em meio ao sofrimento não estão sozinhos. Jesus está com eles. Por ventura está você vivendo um momento difícil em sua vida? A morte arrancou de você um ente querido e está doendo muito? Não rejeite dor. aceite-a e tente administrá-la com o conforto divino. Outro dia recebi a carta de um amigo que estava passando pelo vale da sombra da morte. Tudo estava escuro ao seu redor e ele não enxergava nenhuma saída para seu problema. Na carta, ele relatava todo o drama que está vivendo e, no final, dizia: "O que mais me dói não são as tribulações que estou enfrentando, mas a minha maneira de reagir diante delas. Eu acho, que como cristão, deveria alegrar-me com as provações e sofrimentos; mas eu não consigo alegrar-me, e sinto que nunca fui um bom cristão". Alguma vez você experimentou esse mesmo sentimento? Então permita-me dizer-lhe algo. Sabe quem é que se alegra e até desfruta do sofrimento? O masoquista, porque tem um desvio de personalidade. Não o cristão. Nenhum ser humano normal buscará, nem se alegrará ou nem desfrutará da dor. Sabe porquê? Por que a dor e o sofrimento são experiências intrusas na existência humana. Deus não nos criou para sofrer, mas para ser eternamente felizes. Cardos e espinhos, dor, enfermidade e morte são conseqüências da entrada do pecado. Portanto, nunca encaixarão confortavelmente na experiência humana. Sempre estarão molestando. Podemos conviver com tudo isso, mas será sempre desconfortável. O conselho bíblico é que devemos regozijar-nos "em meio à dor" e não "por causa da dor". Ou seja, é possível para o cristão conviver vitoriosamente com o sofrimento, por causa da presença de Jesus em sua vida. Os seres humanos, simbolizados no capítulo seis de Apocalipse, verso9, perguntam: "...Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre terra?" Aquelas pessoas tinham sido mortas,- "por causa da Palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam". (Apocalipse 6:9) Você pode perceber que, embora eles tivessem sido cristãos vitoriosos ao ponto de morrer por Cristo, nunca aceitaram o sofrimento como algo normal e, mais ainda, eles achavam que havia chegado o momento de pôr fim à história do pecado. Lembra-se da acusação de Lúcifer no Céu? Ele colocou em tela de juízo o caráter divino. Ele acusou o Criador de não querer a felicidade da criatura. Deus podia ter destruído o inimigo ali mesmo, mas teria ficado para sempre a interrogação: "será que ele tinha razão ou não?" Portanto, era preciso que o tempo transcorresse. Que a história do mal e do sofrimento seguisse seu curso. E hoje observar a insustentabilidade das acusações do diabo. Olhe a dor à sua volta. Observe até os seus entes mais próximos sofrendo. Vá ao outro lado do mundo e veja crianças morrendo de fome, exploradas e abusadas, e responda: deve a história do mal continuar? Deve Deus permitir que o inimigo continue com sua obra perniciosa e egoísta? Egoísmo! Esta é a palavra certa para tentar compreender as motivações do diabo ao provocar sofrimento no ser humano. Ele nos faz sofrer pelo puro prazer de ver o sofrimento. Ele causa dor só para destruir. Mas Deus, em Seu infinito amor, toma esse sofrimento que saiu da mente do inimigo para destruir, e o transforma num instrumento de edificação. Assim, o ouro entra no fogo, mas não se queima como a madeira. Pelo contrário, ele sai mais purificado. O diamante bruto é colocado sob o esmeril e não desaparece como a pedra comum. Ao contrário, sai transformado num diamante valioso de facetas luminosas. Se você confiar no Senhor Jesus é ouro e pedra preciosa. O sofrimento pode vir, mas não será capaz de destruí-lo. Você sairá vitorioso, puro como o ouro e brilhante como o diamante. Abra seu coração para Jesus agora!

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DO SINAI AO CALVÁRIO Alejandro Bullón

O texto para a mensagem de hoje está no livro de Hebreus, capítulo 12:18: "Ora, não tendes chegado ao fogo palpável e ardente, e à escuridão, e às trevas, e à tempestade, e ao clangor da trombeta, e ao som de palavras tais, que, quantos o ouviram suplicaram que não se lhes falasse mais, pois já não suportavam o que lhes era ordenado: Até um animal, se tocar o monte, será apedrejado. Na verdade, de tal modo era horrível o espetáculo, que Moisés disse: Sinto-me aterrado e trêmulo! Mas tendes chegado ao monte Sião e à cidade do Deus vivo, a Jerusalém celestial, e a incontáveis hostes de anjos, e à universal assembléia e igreja dos primogênitos arrolados nos céus, e a Deus, o Juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados, e a Jesus, o Mediador de Nova Aliança, e ao sangue da aspersão que fala cousas superiores ao que fala o próprio Abel". (Hebreus 12:18 a 24) O texto que acabo de ler fala do monte Sinai e do monte Sião. Ele menciona Jerusalém, onde está localizado o monte do Calvário, lugar onde Jesus morreu. O autor da epístola aos Hebreus diz que nós não chegamos ao monte Sinai, mas a Jesus, o Mediador da nova aliança. Quero falar desses dois montes: o Sinai e o Calvário. Eles, aparentemente, são dois montes contraditórios. No Sinai, Deus mata; no Calvário, Deus morre na pessoa de Seu Filho. No Sinai, Deus grita; no Calvário, Deus suplica. No Sinai, Deus ameaça; no Calvário, Deus espera. Conheço muitas pessoas que vivem aflitas por algumas coisas que não compreendem na Palavra de Deus. Certa ocasião, um universitário ateu, me mostrou as aparentes incoerências que achou na Bíblia: um Deus cruel no Velho Testamento e outro Deus bondoso no Novo Testamento. Então me perguntou: "Como você pode acreditar num Deus tão incoerente"? Aquele rapaz tinha sérios conflitos para entender a Bíblia, mas tenho impressão de que muitos dos chamados cristãos também teem sérios questionamentos quando leem a Bíblia. Há muitos cristãos que não gostam do Velho Testamento, e não o leem porque está cheio de relatos sangrentos. Sabem que é parte da Palavra de Deus, mas não se deleitam em lê-lo. Existem outros que vão mais além: anulam o Velho Testamento. Aceitam esses livros como históricos, mas acham que não tem nada a ver com as verdades espirituais. Para eles, o cristianismo está resumido no Novo Testamento. Se isso fosse verdade, o jovem ateu teria razão. Deus seria incoerente. O Deus do Velho Testamento, porém, não é diferente, é o mesmo do Novo Testamento. Ele não é mau e radical no Velho, e bom, amoroso, misericordioso no Novo, não! A Bíblia diz que Deus É eterno, Nele não existe mudança nem sombra de variação. Deus não é homem para mudar. Ele sempre foi amor; Ele não foi intransigência e agora é amor. Ele sempre foi amor e sempre foi justiça. Por que, então, dois montes? Por que no Sinai Deus grita, fala em meio do fogo, do trovão, da fumaça? Se até um animal se aproximasse do monte, seria apedrejado. E por que no Calvário Jesus suplica, chora, morre? Esbofetearam Seu rosto e Ele não disse nada, apenas clamou: "...Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem..." (Lucas 23:34) O que aconteceu a Deus? Aonde foi o Deus do Sinai? É outro Deus o Deus do Calvário? Precisamos entender isto porque por trás desta aparente incoerência, existe uma das mensagens mais lindas que podemos conhecer. Em primeiro lugar, precisamos saber para quem Deus falou no Sinai. Aquele povo do Sinai era um povo que vinha de quatro séculos de escravidão. Durante quatro gerações esse povo só tinha entendido a linguagem do chicote, do grito e da ameaça. Nunca ninguém falou com amor àquele povo. Os patrões egípcios gritavam, xingavam, castigavam e surravam. Eles tinham aprendido a entender a única linguagem que lhes falavam: o grito, a ameaça, o medo, o pânico, o castigo. Quando Deus tirou aquele povo da escravidão e quis levá-lo à terra da liberdade, viu com tristeza que durante os anos de escravidão no Egito, aquele povo havia se esquecido dos princípios que preservam a vida. Meu amigo, as leis não foram estabelecidas para atormentar ninguém. Elas foram estabelecidas para preservar a vida. Quando você vai ao zoológico e passa perto da jaula dos leões, encontra uma placa que diz: "Não se aproxime." Essa lei não é para perturbar ninguém. As leis têm como propósito preservar a vida. Se você quiser, pode fingir que não viu a placa. Mas quando o leão devorar a sua mão, não jogue a culpa no administrador do

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zoológico. Deus estabeleceu leis neste mundo para preservar a vida. Durante os anos de escravidão no Egito, o povo de Israel se esqueceu completamente dessas leis. Os israelitas se afundando, se arruinando, estavam caminhando rumo à morte e à auto-destruição. Mas agora, livres, Deus tinha o trabalho de reeducar esse povo. Como ensinar princípios de vida a um povo que tinha aprendido a entender somente a linguagem do grito, do castigo, da ameaça e do medo? Como falar com amor a um povo que não entendia a linguagem do amor? Como apelar com misericórdia a um povo que durante quatro séculos só tinha entendido a linguagem da ameaça? Num momento da história, como medida de emergência, Deus teve que falar na única linguagem que aquele povo entendia: a linguagem do grito, do fogo e da fumaça. Era a única maneira de se comunicar com eles. Deus tinha a delicada responsabilidade de reensinar aquele povo os princípios preservadores da vida e em Seu infinito amor, teve que deixar de lado Sua linguagem de amor e usar a única linguagem que eles entendiam. Mas por trás desse grito, desse chicote, dessa ameaça, estava o maravilhoso amor de Deus tentando reeducar um povo escravo. Acontece que o plano de Deus não era falar para sempre em meio aos gritos, ao chicote, ao medo, não! Essa era uma linguagem de emergência. Deus queria arrancar o povo da experiência traumática do Sinai e levá-lo lentamente à experiência do Calvário, onde o povo não tivesse que obedecer por dever, mas por amor; onde o povo não tivesse que obedecer por medo, mas por convicção interior; onde as leis não precisassem ser escritas em tábuas em meio ao fogo, mas nas tábuas íntimas do coração. Agora veja, diante dos princípios preservadores da vida que estão sintetizados nos dez mandamentos de Êxodo 20, o mundo cristão se divide em três grandes grupos. O primeiro é formado por aqueles que se agarram com unhas e dentes ao Sinai. Para eles, vida cristã é norma, lei, ponto, vírgula. Para eles, a experiência cristã se resume em andar sempre rastejando diante de Deus. Eles são indignos de olhar para Deus. Para eles, Deus não é um Pai, é um destruidor vingativo. Deus não lhes inspira amor. Eles sentem que seu dever é amá-Lo, mas o que domina sua experiência é o temor e o medo. Vivem apavorados, só pensando em lei, mandamentos e normas. Não têm outra coisa diante dos olhos. A vida cristã destas pessoas é como a experiência de um homem que tem que caminhar 100 metros pisando em ovos com a responsabilidade de não quebrar nenhum deles. Ah, querido! Como andar pisando em ovos sem quebrá-los? Muitos cristãos vivem seu cristianismo assim. Tudo o que eles pensam é lei: Posso fazer? Não posso fazer? É lícito? Não é lícito? A vida deles é uma coleção de proibições, de normas, de regulamentes. Vivem a experiência traumática do Sinai. O outro grupo de cristãos é formado por aqueles que, com a graça de Deus, saem da experiência do Sinai e chegam ao Calvário, onde se apaixonam por Jesus e dizem: "Senhor Jesus, eu Te amo com todo o meu ser, eu quero viver para Ti. Tu morreste na cruz por mim. Andarei em Teus caminhos não porque tenha medo da morte, mas porque quero ver-Te feliz. Guardarei Teus princípios, não porque tenho medo de me queimar no inferno, mas porque Tu és a coisa mais linda na minha vida e eu sei que Tu estabelecestes esses princípios para preservá-la". Esse grupo de cristãos finalmente chegou ao Calvário. O centro da experiência deles não é a lei; é Cristo. O Calvário não acaba com a responsabilidade que eles têm diante da lei de Deus, não. Pelo contrário, aumenta a sua responsabilidade diante dos princípios preservadores da vida. A única diferença é que no Sinai se obedece por medo e no Calvário se obedece por amor. Mas o Calvário não libera ninguém da obediência. Muito cuidado com isso. A diferença é que no Sinai só se está preocupado com tábuas de pedra escritas, mas no Calvário os princípios preservadores da vida já não estão apenas escritos em tábuas de pedra, estão escritos no coração. É a essa experiência que Deus quer levar você: a obediência por amor. Se você meditar um pouco, chegará à conclusão que no Calvário a sua responsabilidade aumenta. Quer entender melhor este assunto? No Sinai Deus dizia: "Não adulterarás". (Êxodo 20:14) No Calvário Deus diz: "Ouviste o que foi dito: não adulterarás. Eu, porém, vos digo: “Qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração já adulterou com ela". (Mateus 5:27 e 28) Você vê? A lei do Calvário é maior que a do Sinai. No Sinai Deus diz: "Não matarás". (Êxodo 20:13) E no Calvário Deus diz: "Ouviste o que foi dito aos antigos: Não matarás... Eu, porém, vos digo que todo aquele que (sem motivo) se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento..." (Mateus 5:21 e 22) Há muita gente sincera, maravilhosamente sincera, que ama a Jesus com todo o seu coração e pensa que a Lei de Deus não tem mais valor hoje. Muito cuidado. O Calvário não o liberta da lei, liberta-o do pecado. Por que haveria de libertá-lo da Lei se ela protege a sua vida? O Calvário aumenta minha responsabilidade diante da Lei, só que já não há a experiência traumática do medo, do chicote e do grito; é a experiência do amor. No Sinai, as pessoas querem obedecer para salvar-se. Mas no Calvário as pessoas salvam-se em Cristo, e obedecem porque estão salvos.

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O terceiro grupo de cristãos é formado por gente maravilhosa e sincera que, querendo sair do Sinai e chegar ao Calvário, se perde no deserto. Eles pensam mais ou menos assim: Jesus me perdoa, me aceita e não preciso mais da Lei. Querido, a Lei de Deus é Seu caráter. E Seu caráter é tão eterno quanto é eterno Deus. Ele não estabeleceu leis para atormentar ninguém. Mas também não estabeleceu Sua Lei para que alguém pense que pode se salvar por cumpri-la. Se você acredita que pode se salvar guardando mandamentos, está completamente enganado. Esta é uma das maiores heresias bíblicas. Ninguém pode salvar-se guardando mandamentos. A Bíblia nunca ensinou isso. Mas se você pensa que quem é salvo em Cristo pode deixar de lado os mandamentos de Deus, precisa também revisar a sua maneira de pensar. O problema não está com a Lei, está com a experiência do ser humano. Deixe a Lei onde sempre esteve. Ela contém os princípios preservadores da vida. Não há nada de errado nos Mandamentos de Deus. O erro está com a nossa experiência. Uns os guardam querendo salvar-se; outros querendo salvar-se em Cristo, tomam os Mandamentos e os jogam fora. O erro está com os seres humanos. Por favor, deixe a Lei de Deus em seu lugar. Um dia, todos teremos que fazer a grande decisão: escolher o caminho. Ou viveremos a experiência traumática do Sinai, ou nos apaixonaremos por Cristo e aprenderemos a viver os princípios de vida por amor a Ele. Aí, obedecer não será uma obrigação porque você O ama. A vida cristã não é mais uma obrigação e você se deleitará em fazer a vontade de seu Pai. Ao longo de minha vida tenho encontrado pessoas sinceras, que pensam que guardando os mandamentos podem salvar-se. Outras, também sinceras, pensando que, se foram salvas em Cristo, não precisam mais guardar mandamentos. Ah, meu amigo, como gostaria neste momento de pedir a Deus que faça algo que ser humano nenhum pode fazer; que entre em seu coração, que abra seus olhos, que lhe mostre que não é guardando os mandamentos que vai se salvar, mas que também lhe mostre que, se você foi salvo em Cristo, não pode deixar de lado os mandamentos de Deus. Você não guarda mandamentos para salvar-se, é Cristo que o salva. Mas se você foi salvo, se deleitará em fazer a vontade de Deus. Você sente um vazio estranho no coração? Há noites em que você se deita e tem a sensação de que tudo na sua vida está errado? Você precisa descobrir a Jesus como seu grande Salvador e Amigo. Aceite-O agora. Ele o receberá. Ele está com os braços abertos, lhe esperando. Ele curará suas feridas e tirará seus temores. Ao Seu lado, você nunca mais estará só.

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ARMAGEDOM: A ÚLTIMA GUERRA George Vanderman

"Armagedom! A simples menção desta palavra provoca todo tipo de temor e especulação. O que acontecerá durante a batalha do Armagedom? A Terceira Guerra Mundial, talvez? Armagedom, seja o que for, parece que não estamos preparados para ele. Mesmo assim, vivemos obcecados para saber tudo sobre a última crise da Terra. Somente tal curiosidade pode explicar o sucesso de vendas do livro intitulado: A Agonia do Planeta Terra. Vamos examinar o plano do Armagedom proposto pelo autor Hal Lindsey. Ele vê uma dramática seqüência de eventos envolvendo conspiração, trapaças e guerras entre as potências mundiais. Esse plano começa três anos e meio após o "arrebatamento", quando anticristo supostamente rompe seu pacto com os judeus. Então ele prossegue interrompendo os cultos no templo em Jerusalém e os sacrifícios de animais. Lindsey chama isso de "abominação da desolação", que causa uma grande tribulação e prepara o palco para o Armagedom. O próximo passo em direção ao dia da destruição acontece quando um exército árabe-africano ataca Israel. De repente, os soviéticos traem seus aliados árabes e lançam sua própria invasão do Oriente Médio. Os russos conseguem obter o controle de toda a área, segundo Lindsey. Então a luta recrudesce de fato. O anticristo reune rapidamente um grande exército da confederação do Mercado Comum Europeu, da China Vermelha, e talvez dos Estados Unidos. Essa poderosa hoste permite ao anticristo demolir a ocupação soviética de Israel. Lindsey afirma que a aniquilação total dos exércitos árabe-africano e soviético deixará somente duas potências para lutar pelo domínio do mundo: "As forças combinadas da civilização Ocidental, sob a liderança do ditador romano, (o anticristo), e as enormes hordas do Oriente, provavelmente unidas sob a máquina de guerra da China Vermelha". Finalmente, Lindsey prediz que estas duas potências remanescentes lutarão entre si pelo controle do mundo. O campo de batalha será a Planície de Megido, no norte de Israel. No clímax da guerra do Armagedom, Cristo voltará com Seus santos para destruir os pagãos e estabelecer Seu reino em Jerusalém para reinar sobre o mundo. Porém, o que a Bíblia ensina sobre o Armagedom é o que realmente importa. Tenho várias dúvidas sinceras sobre o cenário que Lindsey descreve em A Agonia do Planeta Terra. Para começar, não posso aceitar a predição de que "os Estados Unidos deixarão de ser o líder do Ocidente e provavelmente se tornarão, em algum sentido, parte da nova esfera européia de poder". A profecia bíblica ensina o contrário. O livro de Apocalipse prediz um papel poderoso dos Estados Unidos na condução do mundo para a crise final da Terra. E nada me preocupa mais do que os ensinos dos arrebatamentistas de que o templo judeu reconstruído em Jerusalém será o centro do reavivamento espiritual. Lindsey diz: "Haverá uma reinstituição do culto judeu segundo a lei de Moisés com sacrifícios e oblações". Mas, isto não seria competir com o Calvário e negar o sacrifício vicário de Jesus? Quando Ele morreu, o véu do templo se rasgou, simbolizando o fim dos cultos e sacrifícios no templo judeu. Restaurar esses sacrifícios de animais, contradiria o que Cristo realizou como o Cordeiro de Deus. E qualquer coisa que venha a competir com o sacrifício consumado de Cristo não é obra de Deus, portanto o que haveria de tão mau se o anticristo acabasse com esses sacrifícios profanos de animais? Ele estaria fazendo um favor à causa de Cristo! Estamos levantando importantes perguntas aqui. Perguntas que interessam profundamente a todos os que apreciam o Calvário como o único e completo sacrifício para o pecado. Lembre-se da profecia predizendo a obra de Cristo na cruz em Daniel 9:27: "Ele fará cessar o sacrifício e a oferta..." Os ensinos arrebatamentistas levam estas lindas palavras para longe de Cristo e as dão ao anticristo! Seria inadequado tirar Jesus de Daniel 9:27 e colocar ali o anticristo; isto ressuscita a mais questionável doutrina medieval da contra-reforma e mina por completo a verdadeira fé em Cristo. Os arrebatamentistas crêem no sangue de Cristo para sua salvação. Então, por que esperam e oram para que o templo de Jerusalém seja reconstruído, antecipando que sacrifícios de animais serão oferecidos em seu altar?

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Como eles podem considerar tal idolatria um reavivamento espiritual? Se o anticristo atacasse um templo judeu reconstruído em Jerusalém e pusesse fim a seus blasfemos sacrifícios, que negam a morte de nosso Senhor no Calvário, os verdadeiros cristãos diriam que esta seria a bênção de desolação, e não a abominação da desolação. Pense bem nisso. Em 1967, durante a Guerra dos Seis Dias, os israelenses recapturaram a velha Jerusalém. O general Moshe Dayan marchou até o Muro das Lamentações do velho templo e proclamou: "retornamos aos nossos mais sagrados lugares, para nunca mais deixá-los". Eles retornaram a seus lugares sagrados, mas infelizmente, não retornaram ao seu Messias. Eles ainda rejeitam o pacto da graça de Deus. Assim, como podem eles se considerar o povo escolhido de Deus? A Bíblia afirma claramente: "E, se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão, e herdeiros conforme a promessa". Gálatas 3:29. Esclarecidos estudiosos da Bíblia sabem que o Antigo Testamento não está centralizado primariamente em Israel, mas no Messias. E o Novo Testamento aponta para perto do santuário celeste, onde Jesus intercede por nós agora. "Ora, a suma do que temos dito é que temos um sumo sacerdote tal, que está assentado nos céus à destra do trono da majestade, ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou e não o homem". Hebreus 8:1,2. O templo está no Céu agora. O Senhor o construiu, não o homem. Qualquer coisa que possamos construir aqui seria um templo falso. E o que glorifica a obra do homem em construir esse templo falso deve ser um falso ensinamento. Nada poderia ser mais claro do que isto: a verdadeira profecia aponta para o alto, para o templo celeste na Nova Jerusalém, enquanto a falsa profecia aponta para baixo, para o templo terreno na velha Jerusalém. Jesus alertou sobre falsos profetas com enganosas predições relativas à Sua vinda. Poderia toda a atenção colocada sobre Israel ser uma cortina de fumaça do inimigo para desviar os cristãos sinceros da verdadeira questão do Armagedom? É interessante notar que Jesus alertou a igreja para fugir da cidade condenada de Jerusalém. Faríamos bem em aceitar Seu conselho hoje e fugir das falsas profecias sobre Jerusalém. O que a Bíblia quer dizer ao predizer a volta dos judeus para Jerusalém? A resposta vem facilmente quando fazemos mais uma pergunta: de onde sairá o povo de Deus quando retornar a Israel? De Babilônia! Aqui temos a chave para o entendimento da profecia bíblica do final dos tempos: a volta do povo de Deus para Jerusalém deve estar ligada ao alerta final de Apocalipse 18:2 e 4: "...caiu, caiu a grande Babilônia... sai dela, povo meu..." Portanto, quando os profetas do Antigo Testamento falaram sobre a volta para Jerusalém, eles se referiram ao povo de Deus cativo na Babilônia. Os exilados judeus tinham que sair da Babilônia para retornar a Jerusalém. Ora, o que significa para nós hoje "sai da Babilônia"? A cidade nem sequer existe mais! Se você visitar a antiga cidade no Iraque, só encontrará ruínas. Portanto a referência de Deus à moderna Babilônia não pode ser aplicada a uma cidade literal. Existe alguma aplicação espiritual para a Babilônia hoje? Eis uma coisa interessante, algo muito importante: todos os reformadores ensinaram que a Babilônia, no livro de Apocalipse, representa a cristandade caída, a igreja que abandonou a fé de seus fundadores do primeiro século. Temos que admitir, com tristeza, que muitas igrejas hoje perderam a fé profética dos reformadores. Muitos protestantes agora têm adotado as falsidades da contra-reforma, as quais seus próprios fundadores condenaram como a crença da Babilônia. Para nós, então, sair da Babilônia significa trocar a falsidade pela verdade; abandonar qualquer idéia de que o pacto da graça de Deus está sendo cumprido com a nação judaica fora do sangue de Jesus. Retornar a Jerusalém agora significa esperar pela fé a "cidade cujo edificador é Deus", de acordo com Hebreus 11. Essa cidade, é claro, é a Nova Jerusalém no Céu. O Senhor é o edificador dela, e não um arquiteto judeu na velha Jerusalém. Nossa esperança está em: "...Jerusalém que agora existe, pois é escrava com seus filhos. mas a Jerusalém que é de cima é livre; a qual é mãe de todos nós". Gálatas 4:25,26. Temos que procurar a Nova Jerusalém acima de nós, onde Jesus intercede como sumo sacerdote no templo celeste. E dependemos apenas dEle como Salvador, Senhor e futuro Rei! Com isto tudo em mente, estamos preparados para entender a batalha do Armagedom. Somente uma vez a Bíblia menciona essa palavra, no livro

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de Apocalipse, no capítulo 16, versículos 14 e 16: "porque são espíritos de demônios, que fazem prodígios; os quais vão ao encontro dos reis de todo o mundo, para os congregar para a batalha, naquele grande dia do Deus todo-poderoso. E os congregaram no lugar que em hebreu se chama Armagedom". Apocalipse 16:14,16. Essa "batalha naquele grande dia do Deus todo-poderoso" é o conflito final da Terra. Mais do que forças humanas estarão lutando nos exércitos espirituais de Deus e Satanás. O Armagedom será o clímax do grande conflito entre o bem e o mal. Onde será travada essa batalha? Bem, a história não oferece registro de qualquer lugar chamado Armagedom, mas a Bíblia nos dá algumas pistas. O texto diz que a palavra "Armagedom" vem do hebreu. Nesse idioma, a palavra combina "har" que significa monte, e "magedon," que muitos conectam com "megido". Portanto, o nome Armagedom pode ser entendido como "Monte de Megido". O Monte de Megido é uma pista com a qual podemos trabalhar. Na época do Antigo Testamento, Megido era uma cidade-fortaleza pequena mas importante, ao norte de Jerusalém, perto da planície de Esdraelon. Uma vez, nas Escrituras, esta planície é chamada de Planície de Megido. Pode parecer um local lógico para a guerra, mas devemos lembrar que o Armagedom envolve um monte e não uma planície. Temos que encontrar um Monte de Megido, um monte com algum significado espiritual para os exércitos celestes. Bem, destacando-se acima da paisagem de Megido, está o Monte Carmelo. Este monte representa o Monte Megido, o cenário do "Armagedom". Há muito tempo, nesse local, Elias comandou um dramático duelo entre Deus e Seus inimigos. O profeta convocou a nação para comparecer a esse monte e os desafiou a julgar entre o culto falso e o verdadeiro. Ouça seu corajoso apelo: "Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; se for Baal, segui-o..." I Reis 28:21. Deus conquistara uma grande vitória no Monte Carmelo. Ele derrotou os inimigos de Seu pacto, e novamente os derrotará, de uma vez por todas, no Armagedom. De fato, o Comentário Internacional Sobre o Novo Testamento explica: "Har, H-A-R, Har-Magedom é o simbolismo do destronamento final de todas as forças do mal pela força e poder de Deus... Deus emergirá vitorioso e levará consigo todos os que colocaram sua fé nEle". Portanto, agora entendemos que o Armagedom é um duelo entre a verdade e o erro, a lealdade a Deus ou ao poder do mal. Enquanto acontecem, com certeza, batalhas devastadoras entre os exércitos da Terra, o tema dominante das Escrituras é que o Armagedom centraliza-se em torno do conflito espiritual envolve cada ser humano pessoalmente. Para cada um de nós vem o desafio: "Até quando coxeareis entre dois pensamentos"? Obedeceremos ao pacto da graça de Deus e nos afastaremos das falsidades da Babilônia? Seremos contados entre os santos que "guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus"? Todos temos um papel a desempenhar no Armagedom. Quando Deus vencer os poderes do mal, nós também podemos vencer com Ele! O Apocalipse nos assegura que os santos triunfalmente "entoavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro". Apocalipse 15:3. O cântico de Moisés e do Cordeiro! Qual seria ele? Bem, você se lembra como Deus livrou Moisés e os israelitas na batalha com Faraó, durante seu Armagedom, com tribulações e pragas. Nós também enfrentaremos tribulação durante a crise final da Terra. A Bíblia diz que haverá sofrimentos de fato: "Haverá um tempo de angústia, o qual nunca houve, desde que houve nação até aquele tempo; mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo..." Daniel 12:1. Graças a Deus, Ele nos livrará, assim como salvou Moisés e os israelitas há muito tempo. Nós venceremos a tribulação final da Terra através do sangue do Cordeiro - o sangue de Jesus Cristo na verga da porta de nosso coração. Imagine como será estar no Céu, diante do trono de Deus com os santos, naquela grande multidão que ninguém consegue contar. Vestidos com mantos brancos e segurando ramos de palma da vitória, entoaremos

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um canto de júbilo: "... ao nosso Deus... e ao Cordeiro, pertence a salvação". Apocalipse 7:10. Pense sobre o dia que Jesus Cristo atravessará o céu do ocidente. Medite nisso muitas vezes e deixe que isto lhe dê algo pelo que viver. Pode haver algo mais emocionante para se contemplar? Ver primeiro uma pequena nuvem negra. Observá-la aproximar-se cada vez mais até se tornar branca e gloriosa. Uma nuvem diferente de todas que você já viu - uma nuvem de anjos, incontáveis anjos. Ouvir um som como nunca antes você ouviu: o som de uma trombeta ecoando ao redor do mundo. Então, uma voz como nenhuma que você já ouviu: a voz de nosso Senhor chamando os mortos para a vida. A Terra tremerá; túmulos se abrirão; anjos em toda parte levarão criancinhas até os braços ansiosos de seus pais. Entes queridos há muito separados pela morte se reunirão aos gritos de alegria. Então, juntos com aqueles que ressuscitaram, nós que esperamos através da longa noite na Terra, seremos levados até nosso lar celeste. Eu quero estar lá, e sei que você também quer. Deus nos ajude a estarmos prontos para aquele grande dia.

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O QUE EU GOSTO NOS BATISTAS George Vanderman

"Roger Williams viveu por algum tempo na fazenda Plymouth, um museu vivo do primeiro povoado permanente inglês na América. Isso aconteceu no meio do forte frio de janeiro de 1636. Como um pregador exilado e fugitivo, Williams embrenhou-se na floresta em Massachusetts. Durante quatorze semanas, ele vagou pela neve, mal conseguindo sobreviver. De dia, procurava os alimentos que os pássaros deixavam de comer. De noite, tremia de frio abrigado num tronco oco. Bem, finalmente, encontrou refúgio com os índios. Comprando terra deles, Roger Williams fundou a colônia de Providence onde agora fica Rhode Island, que tornou-se a capital da liberdade no novo mundo e o local da primeira Igreja Batista da América. A nova colônia de Roger Williams não teria sido necessária. Afinal, era em nome da liberdade que os Puritanos tinham vindo para Massachusetts. Eles cruzaram o Atlântico, fugindo da perseguição da igreja oficial da Inglaterra. Para criar uma igreja oficial deles próprios, exigia-se que todos os cidadãos sustentassem o clero. Magistrados declararam guerra contra a heresia. A liberdade de consciência era sufocada por essa mistura de religião e governo que lembrava o velho mundo. Entretanto, quando Roger Williams chegou à colônia da Baía em Massachusetts, ele teve uma calorosa recepção. As autoridades até o convidaram para liderar a única igreja em Boston. Mas Williams declinou. Ele não podia suportar a supressão da consciência pelo governo. Ele sabia que muitas das sangrentas batalhas da história tinham sido travadas para defender a fé. E tudo para nada? O verdadeiro cristianismo não pode ser compelido nem legislado. "Os magistrados podem decidir os deveres de homem para homem" disse Williams. "Mas quando eles tentam prescrever os deveres do homem para Deus, eles estão fora de lugar." Williams também ensinou que ninguém devia ser forçado a sustentar o clero. - O quê? interrogaram as autoridades. - O obreiro não é digno do seu salário? - Sim - respondeu Williams - daqueles que o contratam. Os líderes Puritanos não podiam tolerar aquelas novas e perigosas opiniões. Assim, em um julgamento formal, condenaram Williams e ordenaram que fosse exilado. Banido de Boston, ele estabeleceu em Providence o primeiro Governo moderno oferecendo total liberdade de consciência. Williams convidou todos os oprimidos e perseguidos a buscarem refúgio em Providence, seja qual fosse a sua fé. Mesmo que não tivessem qualquer fé, eles eram bem-vindos. E entre esse conjunto de liberdade, a Igreja Batista encontrou raízes na América. Providence se tornou o esboço da Constituição Americana um século e meio depois. Os Batistas se tornaram a maior denominação protestante nos Estados Unidos. São quase 30 milhões de Batistas espalhados entre as cem mil igrejas locais. Essas igrejas pertencem a vários grupos conhecidos como Convenções. O maior deles é o da Convenção Batista do Sul, que possui metade dos Batistas da América como membros. Apesar das igrejas locais serem ligadas a uma Convenção, cada Congregação retém Governo independente. Isso torna mais notável o fato de os Batistas terem se envolvido tanto no Evangelismo mundial. Como você pode ver, os Batistas diferem grandemente em suas crenças. Alguns são conservadores, outros mais liberais. Alguns Batistas seguem de perto o reformador, João Calvino, outros não. Todavia, apesar de suas diferenças, os Batistas são unidos no respeito às Escrituras como única fonte da verdade. A maioria dos outros protestantes e católicos tem suas crenças, mas os Batistas não reconhecem outro padrão além da Bíblia - como eles a entendem, é claro. Os Batistas também concordam que nenhum ser humano tem o direito de escolher a religião para outro - nem

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mesmo os pais para os filhos. Assim, os Batistas não batizam bebês. Em vez disso, eles apenas dedicam seus recém-nascidos a Deus, como Maria e José dedicaram o bebê Jesus. E, quando as crianças Batistas crescem, elas são livres para escolher por si mesmas se querem ser batizadas ou não. Os Batistas fizeram história ao haver trazido a liberdade religiosa para os seus lares e para a sociedade. Como Roger Williams, muitos Batistas ainda acreditam na defesa da separação entre a Igreja e o Estado. Todos sabemos que os Batistas têm a habilidade de produzir grandes pregadores. Entre os mais famosos está Charles Spurgeon de Londres. Hoje temos Charles Stanley, W.A. Criswell e Billy Graham. Um outro Batista, o Dr. James Draper, foi o último presidente da Convenção Batista do Sul. Recentemente tivemos uma conversa em Dallas, Texas. Vandeman - Dr. James Draper, quero que saiba o quanto me alegro por poder conversar com o senhor. James - Estou honrado e agradecido por ter me convidado para partilhar desta entrevista. Por favor, me chame de Jimmy. Vandeman - Jimmy, por que você é um cristão Batista? James - Bem, a primeira razão seria porque meus pais eram Batistas muito atuantes. Meu pai era pregador, e o meu avô era pregador. Vandeman - Então, é de família? James - Isso mesmo. Vandeman - Você é filho de pregador? James - Sim e toda a minha vida tenho aprendido a Palavra de Deus. Cresci numa família que amava o Senhor. Meus pais me conduziram a Cristo. Quando atingi a idade de entender que eu era um pecador e precisava ser salvo, entreguei a vida a Cristo, fui batizado e entrei para a Igreja Batista. Através dos anos, a Igreja e as Instituições Batistas têm me nutrido e encorajado, me treinado e educado; assim, acho que as principais razões são as minhas raízes. Vandeman - Aqueles primeiros anos não foram os que mais o impressionaram? James - Não há dúvida sobre isso. De fato, o mais forte do Cristianismo é o em família, que se dedica ao Senhor. Portanto, tive uma grande herança. Também creio que sou Batista por causa da minha convicção das grandes doutrinas e ensinamentos, e a grande herança da vida Batista. Os Batistas sempre enfatizaram a autoridade da Palavra de Deus e a autonomia da Igreja local. Cada Igreja é autogovernada. Reforçam o sacerdócio do cristão. Cada indivíduo tem o direito de se aproximar de Deus por si mesmo. Estas grandes doutrinas são as que eu abracei e aceitei livremente. A disposição de morrer pelo direito de todas as pessoas crerem no que escolher tem sido a marca e a vida dos Batistas através dos anos. E eu sou grato por fazer parte dessa herança. Vandeman - Gostaria que todos os grupos, os cristãos, em particular, se apercebessem do que vocês deram a eles. Notassem como Deus usou esses reformadores para resgatar a verdade negligenciada. Fale um pouco sobre o custo. James - Muitos Batistas morreram, em nossa fé, para poderem adquirir a liberdade religiosa. E eu creio que o fato de, na América, o Cristianismo custar tão pouco, nós não corremos riscos. Não temos que pagar nada e não existe custo em nossa fé. Isso tem diluído a força do cristianismo até certo grau, mas nossa herança é de forte sacrifício e compromisso. E se você não tem algo pelo qual morrer, provavelmente não tem nada pelo qual valha a pena viver. Vandeman - Obrigado, Jimmy. É, existem muitas coisas que eu gosto nos Batistas. Aprecio a ênfase que eles dão ao Evangelho. Para os Batistas, a religião não é apenas uma teoria, mas uma pessoa. Os Batistas pregam o Cristo crucificado. Também gosto do estilo de culto deles. Poucas coisas são tão

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inspiradoras quanto ao culto cantado dos Batistas. E há uma outra razão porque aprecio tanto os Batistas: eles foram chamados por Deus para resgatar duas verdades negligenciadas - a verdade sobre o batismo do Novo Testamento e o princípio da liberdade religiosa. Você já pensou que, sem os Batistas, a América provavelmente não existiria como uma nação livre? George Vancroft, o conhecido historiador, observou: "Liberdade de consciência, liberdade ilimitada de pensamento foi, desde o início, o troféu dos Batistas". A democracia americana foi fundada na tradição Batista de liberdade religiosa. Mesmo antes dos dias de Roger Williams, os Batistas sofreram muito por sua liberdade. Eles nasceram de uma luta complexa e fascinante entre os protestantes, uma luta pela liberdade de consciência. Tudo começou com o Movimento Anabatista no século 16 na Europa. Enquanto Lutero seguia avante na Alemanha, Ulrich Zwinglio lançou a Reforma na Suíça. Zwinglio ouviu pela primeira vez o Evangelho quando se preparava para o Sacerdócio; e foi chamaddo para a linda catedral de Zurique, em 1519. Ela era chamada de Igreja do povo, então ele decidiu pregar as boas novas. Assim, pondo de lado o Sermão que estava programado, ele abriu o Novo Testamento para o povo. Mas logo Zwinglio encontrou grande oposição. O Conselho da Cidade, influenciado por certos líderes da Igreja, se opôs à mensagem da salvação somente pela fé. Mesmo assim, ele continuou pregando a verdade que o havia libertado. Mas, em 1523, o próprio Zwinglio começou a recuar. Durante um debate público, ele mostrou disposição em se acomodar. Zwinglio imaginou que se baixasse o tom de suas reformas, talvez conseguisse atuar dentro do sistema. Ele não queria alienar os líderes cívicos. Assim, ele modificou sua mensagem buscando apenas uma reforma gradual das tradições da Igreja. Mas alguns dos jovens alunos de Zwinglio ficaram aborrecidos com essa linha. Um deles, Konrad Grebel, protestou que a verdade bíblica exige sempre ação imediata com ou sem o apoio do Governo. E ele estava certo. Grebel ficou desiludido com a disposição do seu professor de se acomodar diante dos políticos. Ele até acusou Zwinglio de permitir que o conselho da cidade exercesse a autoridade que pertence apenas à Bíblia. Zwinglio rejeitou a crítica de Grebel. Então grebel decidiu que a verdade deveria ir avante mesmo sem o reformador. Assim, com alguns amigos, ele organizou os círculos de estudos bíblicos nos lares. Isso lhe parece familiar? E logo eles redescobriram, em seu estudo, a verdade do Novo Testamento sobre batismo. Você se lembra como o Senhor Jesus foi batizado? Lemos a respeito em Mateus 3:16: "E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água..." Jesus saiu da água após ser batizado. Não Lhe espirraram água nem a derramaram. Ele foi submerso no Rio Jordão. Os crentes em Cristo são "enterrados com Ele no batismo", diz o apóstolo Paulo. Infelizmente, a Igreja havia perdido de vista essa importante verdade. Durante séculos, a tradição da aspersão em bebês tinha trazido todos para a Igreja. Agora Konrad Grebel, na Suíça, proclamava que Roma e os reformadores estavam todos enganados. Como você pode imaginar, o conselho de Zurique não gostou do que ele fez. Assim, em 21 de janeiro de 1525, eles aprovaram uma lei proibindo reuniões nos lares para estudos bíblicos. Apesar do decreto, Grebel e seus amigos continuaram estudando juntos. Eles decidiram rejeitar não apenas as tradições de Roma, mas também as concessões de Zwinglio. E, para selar seu compromisso com Cristo, Grebel e seus amigos batizaram uns aos outros uma segunda vez. Eles formaram uma nova comunidade cristã conhecida como os Anabatistas, que quer dizer aqueles batizados duas vezes. Como Martinho Lutero reagiu aos Anabatistas? Em princípio, o reformador alemão defendeu a liberdade total de consciência. Mas, infelizmente, ele mudou o seu ponto de vista. O que o fez mudar de opinião? Bem, foi um processo gradual. Durante a guerra dos camponeses, muitos protestantes foram mortos por príncipes católicos. Milhares pereceram no campo de batalha. Lutero viu o valor de se ter o Governo ao seu lado em vez de estar contra ele. Depois que seus ensinamentos passaram a controlar o norte da Alemanha, Lutero dependia mais e mais dos príncipes protestantes para proteger a Reforma de Roma. Assim, foi formado um relacionamento Luterano Igreja-Estado. Como Zwinglio, Lutero aprovou uma favorável união da Igreja com o Estado. Para eles, pareceu ser uma questão de sobrevivência da Reforma. Mas eles não conseguiram prever os problemas que sempre ocorrem em se misturar religião com política.

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Atualmente, temos uma situação semelhante. Lutando para salvar o mundo, muitos cristãos sinceros estão fazendo pressão para legislar a moralidade, sua própria interpretação da moralidade. Mas aqueles que têm aprendido com o passado recusam favores religiosos do governo. Eles sabem que os problemas espirituais não podem ser resolvidos com ação política. No século 16, os reformadores tinham sido expulsos por Roma; e depois eles expulsavam os Anabatistas. Acredite ou não, chegaram a perseguir seus companheiros de crença. Esse é um dos capítulos mais tristes, mais desconsertantes da história da Igreja. Primeiro Zwinglio influenciou seus amigos políticos a esmagarem os não-conformistas. Os Anabatistas de Zurique foram condenados à pena de morte. Mais tarde, na Alemanha, o colega de Lutero, Melanchthon, argumentou que os Anabatistas deveriam ser executados. "Até a sua pacífica expressão de fé tem subvertido a ordem religiosa e civil", acusou Melanchthon. Ele predisse que a oposição deles ao batismo de bebês iria produzir uma sociedade pagã. Por isso, deviam ser exterminados para salvar a nação. Hoje seria difícil aceitar uma barbaridade dessa. Sem dúvida, os líderes protestantes erraram. Por causa da fraqueza da natureza humana, não devíamos achar isso tão surpreendente. Todo despertamento espiritual tem sido manchado por algumas pessoas desorientadas. Mesmo nas Escrituras há alguns servos fiéis de Deus cometeram muitoss erros graves. Isso também foi verdade durante a Reforma. Os Anabatistas foram arrancados de seus lares, jogados na prisão e cruelmente assassinados. Mas seu sangue foi como a semente. E os Anabatistas que escaparam da espada espalharam sua fé por toda a Europa. Alguns foram para a Noruega, outros para a Itália, Polônia, Holanda e Inglaterra. A Holanda se tornou um paraíso especial para os Anabatistas, assim como para outros refugiados religiosos. Um grupo de cristãos ingleses fugiu de seus colegas protestantes da Igreja da Inglaterra. Refugiaram-se na Holanda. Os dois grupos, Anabatistas e Separatistas ingleses, desfrutaram de uma bela comunhão. Um pastor inglês, John Smyth, foi totalmente convencido pelos ensinamentos Anabatistas e se rebatizou. Os Batistas modernos consideram Smyth um pioneiro da sua fé. Aí, em 1609, o grupo de Smyth voltou para a Inglaterra e organizou a primeira Igreja Batista lá. Em poucos anos, os Batistas da Inglaterra vieram para a América com a sua herança de democracia e liberdade.Roger Williams foi apenas um dos muitos Batistas que lideraram as colônias em direção da liberdade de consciência. James Madison, um dos pioneiros da América, foi ganho para a liberdade religiosa pelos Batistas. Quando menino, em Virginia, ele ouviu um destemido pastor Batista, aprisionado por causa de sua fé, pregando da janela da sua cela. Bem, naquele dia, Madison dedicou sua vida à luta pela liberdade de consciência. Incansavelmente, ele conversou com Thomas Jefferson e outros para garantir a primeira emenda na Constituição Americana. Está escrito simples e majestosamente: "O congresso não criará lei alguma relativa ao estabelecimento da religião, ou à proibição da liberdade de culto." O governo deve proteger a religião, e não removê-la. Do contrário a intolerância certamente se mostrará de novo. A história mostra que toda vez que a religião da maioria é imposta sobre a sociedade, isso resulta em perseguição. Muitos Batistas zelosos estão preocupados, atualmente, porque sua herança de liberdade religiosa está desaparecendo. E estão especialmente tristes em ver alguns de seus irmãos Batistas liderando a luta para legislar sobre a moralidade. Eles sabem que a lei religiosa acorrenta a alma. A perseguição sempre surge quando a fé é imposta, não importa quão sincero seja o motivo por trás dela. As profecias do livro de Apocalipse predizem alguns eventos incomuns e terríveis para a própria América. Poderá a perseguição estilo Puritano surgir de novo aqui? Graças a Deus, ainda podemos desfrutar da liberdade religiosa. Sou grato aos Batistas por trazeram por trazerem sua herança de liberdade para a América. Quer voltar comigo para o século 17 na Holanda? Um grupo de peregrinos tinha decidido iniciar uma colônia na América. Estavam prontos para entrar no navio

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"Speedwell", vindo da Inglaterra, e no "Mayflower". Era um momento de emoção, mas também de muita tristeza. Eles estavam deixando para trás entes queridos para cruzarem o desconhecido Atlântico. Para ajudar a reviver esse momento histórico, vamos imaginar que estamos em Leiden, na Holanda. Estamos no lindo jardim, de frente da mesma Igreja que eles deixaram após as palavras de despedida de seu pastor. Ela parece nova porque a Universidade de Leiden assumiu a responsabilidade de restaurá-la, mas esse foi o lugar exato onde eles ouviram aquela mensagem final. Naquela hora da despedida, seu amado pastor, John Robinson, ficou em pé e disse: "Irmãos, breve iremos nos separar, e só Deus sabe se viverei para ver de novo os seus rostos. Eu lhes peço diante de Deus para me seguirem até onde eu tenho seguido a Cristo. Se Deus revelar a vocês alguma coisa por algum outro instrumento dEle, estejam prontos a receber, assim como estiveram prontos a receber qualquer verdade do meu Ministério. Pois confio muito que o Senhor tem mais verdades e mais luz para serem reveladas da sua Santa Palavra. Da minha parte, não imaginam o quanto estou triste a respeito das Igrejas reformadas. Elas não irão mais longe que os instrumentos da sua reforma. Os Luteranos não podem ser forçados a ir além do que Lutero viu. E os Calvinistas devem ficar firmes onde foram deixados por aquele grande homem de Deus. Apesar de esses reformadores terem sido luzes vivas e brilhantes em sua época, eles não entenderam todos os conselhos de Deus. Mas se vivessem hoje, estariam prontos a aceitar mais luz como a que receberam inicialmente." Que mensagem! Nessas nobres palavras, ouvimos o verdadeiro espírito da Reforma: disposição para aprender e crescer; ansiedade para andar na verdade negligenciada que descobrimos na Palavra de Deus, como Martinho Lutero, em Wittenberg, Conrad Grebel, em Zurique, Roger Williams, em Providence, no novo mundo, e o Metodista John Welsey, da Inglaterra. Não existem oceanos que não tenhamos cruzado, mas novas oportunidades espirituais podem estar nos aguardando logo ali na esquina. Suponhamos que Deus lhe ofereça nova verdade da Sua palavra. Você está disposto a tomar a Sua mão e caminhar nessa luz? Uma maravilhosa experiência o aguarda, se você estiver disposto.

ORAÇÃO Querido Pai, deste interessante local, que se tornou sagrado pelos corajosos homens e mulheres que só se satisfizeram quando seguiram a Ti e a sua própria consciência, confessamos a Jesus Cristo apenas, como nosso guia e ajudador. Mantem-nos fieis a Ele quando nos comprometemos de novo neste momento especial de decisão. Pedimos isso em nome do nosso Salvador, amém.

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O QUE EU GOSTO NOS CATÓLICOS

George Vanderman

"São cinco horas e dezenove minutos. O Pabancolle branco circula a praça de São Pedro em Roma entre a multidão que acena e aplaude. Ninguém nota uma bolsa de viagem sendo aberta. Ninguém vê a mão entrando nela nem a pistola Browning sendo tirada. Aí acontece. O disparo repentino ocorre e o sorridente homem de branco geme de dor. Seus ombros largos se curvam e ele cai lentamente. Os aplausos se transformam em gritos. Em uma dúzia de idiomas, a terrível notícia corre pela multidão: "O Papa foi baleado!" O sangue vermelho jorra de um ferimento aberto. A corrida pela vida em direção do Hospital Gemelli é uma cena de profundo horror. Mortalmente pálido e quase inconsciente, João Paulo murmura: "Por que fizeram isso?" Milhões multiplicados repetiam a angustiante pergunta: "Por quê?" Orações eram feitas de todas as partes. Padres, pastores e rabinos lideravam suas congregações em fervorosas intercessões pelo Papa. João Paulo se recuperou e voltou para os braços abertos de 750 milhões de católicos. Sua cruzada mundial pela amizade e paz seguiu avante. O que há em João Paulo que conquista corações no mundo todo? Eu acho que todos apreciamos seu estilo amigável e caloroso. Não muito tempo atrás, o mundo ocidental vinha flertando a liberdade irrestrita. A sociedade dos anos 60 começou a seguir uma tendência diferente: "Faça o que você quiser." E era tudo em nome da paz e do amor. Mas essa erosão da moralidade nos levou para o esgoto da dor e da vergonha. Sofremos com o problema da gravidez, da embriaguez e do consumo de drogas dos adolescentes. Sem falar do vandalismo, da violência e das doenças sexualmente transmitidas. Tudo isso devido à rejeição dos padrões morais absolutos de Deus, Seus Dez Mandamentos. A América finalmente recobrou os sentidos. O final dos anos 70 trouxe um reavivamento de moralidade, quando muitos que tinham rejeitado a Lei de Deus mudaram de idéia. Eles passaram a entender que aquela ação social jamais poderia tomar o lugar dos valores espirituais. E quanto a tendência diferente que a sociedade vinha seguindo? Eles começaram a achar que ela não servia. Nessa atmosfera de renovação religiosa, João Paulo tornou-se Papa. Ele rapidamente preencheu o vazio da liderança moral. Muitos jamais esquecerão a visita que ele fez aos Estados Unidos no outono de 1979. "Tenho vindo a todos com uma mensagem de esperança e paz de Jesus Cristo.", disse João Paulo. E tinha um conselho especial para os jovens: "Muitos jovens fogem de sua responsabilidade,fogem para o egoísmo, fogem para o prazer sexual, fogem para as drogas, fogem para a violência, eu lhes prometo a opção do amor, que é o oposto da fuga. Pois foi Jesus, nosso Senhor Jesus em pessoa, que disse: `Serão Meus amigos se fizerem o que Eu mandar.'" Muitos pensavam que os jovens tinham rejeitado o chamado do Papa para a lei espiritual e a ordem. Mas não, 19 mil adolescentes no Madison Square Garden bateram palmas quando ele os convidou a disciplinarem suas vidas. Eles pareciam prontos para o desafio da moralidade do Papa João Paulo. E do mesmo modo estava o restante dos mais de 50 milhões de Católicos americanos. Oitenta mil pessoas lotaram o Yankee Stadium para ouvir o Pontífice. Uma avalanche de aplausos se seguiu quando o Papa os admoestou a repartirem com os pobres e os oprimidos. O apelo de João Paulo pela moralidade e compaixão tocava os corações para onde quer que ele fosse. E os americanos de todas as religiões apreciaram seu chamado à responsabilidade espiritual e social. Embora não sendo da fé Católica, o Dr. Samuele Bacchiocchi foi o único não-Católico aceito até hoje como aluno graduado na famosa Pontifícia Universidade Gregoriana em Roma. Após cinco anos de estudos naquela cidade, ele foi premiado com a mais alta honraria que o Pontífice pode dar a um formando: a medalha de ouro da obtenção de escolaridade. Vandeman - Dr. Bacchiocchi, o que o senhor gosta nos Católicos Romanos? Dr. Bacchiocchi - Eu me lembro de várias coisas que realmente aprecio no povo Católico. Em nível pessoal, o que eu gosto é do modo como me trataram durante aqueles cinco anos que passei em Roma, na Pontifícia Universidade Gregoriana. Sabe, eles me aceitaram como um "irmão separado", mas na realidade me trataram como a um verdadeiro irmão cristão, com amor, respeito e bondade. Num sentido mais geral, o que eu gosto nos Católicos é o modo dedicado pelo qual eles realizam seus exercícios religiosos. Eu fui privilegiado,

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enquanto estudava, ao observar meus professores, padres e monges passando as primeiras horas do dia lendo e meditando sobre a realidade espiritual. E o impacto dessa comunhão diária com Deus podia ser sentida de fato em sua disposição única e agradável. Eu também admiro grandemente o espírito de sacrifício de incontáveis padres, monges e freiras como a Madre Teresa que tem servido e continua servindo, sem pensar em seu sacrifício pessoal, aos necessitados, aos que sofrem, aos esquecidos da nossa sociedade atual. Vandeman - Eu concordo com você. Agora, o que você acha dos ensinamentos Católicos? Dr. Bacchiocchi - Como Protestante, tem vários ensinamentos Católicos que o senhor pode entender que eu acho inaceitáveis, como a transubstanciação, a imaculada Conceição, a infalibilidade e a primazia papal. Por outro lado, existem certos ensinamentos Católicos únicos que eu não só admiro, mas acredito que são muito relevantes para a nossa época. Estou pensando particularmente no compromisso Católico Romano para a preservação da santidade do casamento e através da inviolabilidade da vida humana. Vivemos em uma sociedade em que muitos cristãos passaram a ver o casamento, por exemplo, como uma instituição social civil que pode ser prontamente dissolvida quando as circunstâncias pedirem. Por isso, creio que a Igreja Católica tem que ser condecorada por seu compromisso de nos lembrar que o casamento é sagrado e o que Deus uniu ninguém tem o direito de separar. Eu também admiro bastante os esforços que a Igreja Católica vem fazendo atualmente, desde a Vaticano II, em promover a circulação e a leitura da Palavra de Deus. Acredito que essa tendência é muito positiva e pode ajudar os Cristãos a enriquecerem sua experiência de entendimento espiritual e sua realidade. Minha grande esperança e oração é que, como protestantes possamos apreciar mais plenamente a experiência religiosa e as convicções teológicas de nossos amigos Católicos. Em contraposição, que nossos amigos Católicos, através de um estudo renovado das Escrituras, redescubram algumas das verdades bíblicas vitais perdidas. Vandeman - Em um mundo de progresso material, mudança social, os valores morais têm sofrido erosão. Mas a Igreja Católica Romana luta pela moralidade e a decência. E muitos Católicos defendem a integridade da vida humana, juntamente com muitos protestantes conservadores que reconhecem o respeito pela vida humana como uma verdade negligenciada. Essas convicções têm, através dos anos, enriquecido a América, e os Católicos têm sido uma parte importante da fibra moral dessa nação. A Igreja Católica tem permanecido firme, mesmo quando outros têm escorregado. Eu também gosto dos Católicos por causa de seus muitos exemplos radiantes de genuíno amor cristão, um amor altruísta que nada pede em troca, o tipo de amor que Jesus mostrou em Sua vida. Nosso exemplo preferido disso, como o Doutor Bacchiocchi nos lembrou, é a Madre Teresa de Calcutá, Índia. Quem tem um coração tão duro que não se comove ao conhecer a profundidade do que essa querida mulher vem fazendo? E não podemos esquecer que existem milhares outras freiras e padres como Madre Teresa em todos os cantos do mundo. Somente na eternidade saberemos dos sacrifícios desses heróis anônimos. Outra coisa que eu aprecio nos Católicos é seu sincero amor por Jesus e seu crescente interesse pelas Escrituras. Testemunhei isso em primeira mão no Cardeal Kroll da Filadélfia quando trabalhávamos juntos sob a honrosa liderança do Presidente Reagan durante o recente Ano da Bíblia. O Concílio da Igreja do Vaticano II, nos anos 60, incentivou os membros a lerem a Palavra de Deus. E algumas das melhores pesquisas bíblicas estão sendo feitas por estudiosos Católicos. Bem, você sabe que eu não sou Católico Romano. Portanto, existem diferenças entre minhas crenças e as da Igreja Católica. E isso deve ser esperado e entendido, é claro. Provavelmente, a maior diferença entre nós seja a questão da infalibilidade papal, e o papel da tradição na interpretação das Escrituras como base da autoridade espiritual. Mas tenho notado que nos últimos anos, desde o Vaticano II, o desenvolvimento de uma tendência entre muitos estudiosos Católicos e leigos informados. Ou seja, uma tendência de voltar para as Escrituras como base da crença. Eles reconhecem o destacado papel que a tradição desempenhou no passado. Mas existe agora um movimento entre o povo Católico para estabelecer totalmente suas raízes nas Escrituras. E temos que louvá-los por essa tendência. As tradições da Igreja podem mudar através dos tempos, mas a Palavra de Deus permanece a mesma. Essa é outra razão por que mais e mais Católicos estão passando a reconhecer a importância da Bíblia. Seria essa a mensagem que recebemos da visita do apóstolo Paulo à Beréia? Beréia da antiga Macedônia é atualmente a cidade de Veroia na nação grega. Os Bereanos eram felizes por terem o ministério de Paulo. Eles deviam até aplaudi-lo quando ele chegava à cidade. E eles ouviam atentamente tudo o que ele tinha para dizer. Mas os Bereanos analisavam os ensinamentos de Paulo. E o apóstolo não se importava. Atos 17:11: "Ora estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim."

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O apóstolo Paulo convidou a Igreja para avaliar o que ele havia ensinado a ela. Ele queria que seus membros provassem por si mesmos nas Escrituras antes de aceitarem os ensinamentos. Assim, os Bereanos não estavam sendo desleais ao checarem tudo através da Bíblia. Na verdade, Paulo os chamou de nobres. O teste que o apóstolo Paulo aplicava em seus próprios ensinamentos serve para os líderes da Igreja e professores da Bíblia de hoje. Apesar de eu ter algumas diferenças básicas da Igreja Católica Romana na interpretação da Bíblia, deixe-me dizer outra vez: aprecio a referência que muitos Católicos têm pelas Sagradas Escrituras. Precisamos também nos lembrar que todo Catecismo Católico ensina a obediência à Lei de Deus. Mas você já notou a diferença entre os Dez Mandamentos ensinados pela Igreja de Roma e os Dez Mandamentos que encontramos na Bíblia? Note em seu Catecismo que está faltando o segundo mandamento. É aquele que proíbe o uso de imagens no culto. Evidentemente, esse Mandamento criava um problema à luz do ensinamento da Igreja. Assim, ele foi removido totalmente dos Catecismos. Mas como é que a Igreja ainda conta Dez Mandamentos? Bem, ela dividiu o Décimo Mandamento em dois, de modo que ainda temos Dez. Aqui nós temos que ser cuidadosos e justos. Não vamos entender mal o uso das imagens pelos nossos amigos Católicos. Eles não adoram as imagens em si, pois sabem muito bem que são apenas estátuas de madeira e pedra. Eles reverenciam a vida dos santos representados por aquelas imagens. Os Católicos crêem que certos santos andaram tão perto de Deus que seus caracteres se tornaram santos. E agora, através dos méritos desses santos, eles ensinam que os cristãos perfeitos podem se aproximar de Deus. Bem, eu entendo que o segundo mandamento não permite fazer relíquias dos santos. Porque todos os humanos, mesmo os melhores de nós, carecem do ideal de Deus. Todavia, há boas notícias. Todos os que crêem e obedecem o Evangelho são considerados santos. Isso quer dizer que todos podemos nos aproximar de Deus sozinhos através do sangue de Cristo. Assim, muitos Católicos agora têm passado a crer que todos os cristãos são igualmente perfeitos aos olhos de Deus através de Jesus. Vamos examinar o que aconteceu no quarto mandamento, consta como o terceiro no Catecismo Católico. Esse é o Mandamento do sábado, e também foi trocado. Essa pode ser uma revelação surpreendente para alguns, mas a Igreja Católica Romana nos informa livremente sobre a influência dela nessa mudança do sábado para o domingo como o dia de guarda. Há uma história fascinante por trás de tudo. Voltando para o século 16, no histórico Concílio de Trento, a Igreja Católica rejeitou a insistência dos protestantes apenas no uso da Bíblia. E a razão dada por eles era que a Igreja tinha mostrado autoridade para reinterpretar as Escrituras. E, influenciada por sua própria tradição, havia transferido o sábado para o domingo. Em seu livro Canon e Tradição, o Dr. H.J. Holtzmann descreve a cena climática no Concílio de Trento. Note como a decisão foi tomada para dar preferência à tradição na interpretação das Escrituras. "Finalmente, no dia 18 de janeiro de 1562, toda hesitação foi posta de lado. O Arcebispo de Regio fez um discurso no qual ele declarou abertamente que a tradição estava acima das Escrituras. A autoridade da Igreja não poderia mais ficar ligada à autoridade das Escrituras, porque a Igreja havia mudado o sábado para o domingo, não pelo Mandamento de Cristo, mas por sua própria autoridade." Portanto, o que foi que pesou no dia em que foi tudo colocado na balança? Foi o fato de a Igreja ter, com efeito, mudado um dos mandamentos de Deus, o sábado, com a autoridade da tradição. Agora, os protestantes podem estar mais surpresos que nossos amigos Católicos quanto a essa revelação. Afinal, os Católicos Romanos se orgulham do que eles crêem ser a autoridade da Igreja na interpretação das Escrituras. Embora eu pessoalmente não possa aceitar a tradição como tendo qualquer influência sobre a crença, quero dizer que os Católicos são pelo menos consistentes com sua tradição de guardar o domingo. Talvez nossos amigos protestantes deveriam perguntar a si mesmos por que eles guardam o domingo, já que a tradição figura em sua origem. É algo para se pensar, não concorda? Você sabia que a Bíblia provê uma descrição especial do povo fiel de Deus pouco antes da vinda de Jesus? Vamos lê-la em Apocalipse 14:12. "Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os Mandamentos de Deus e a fé de Jesus." Fé em Jesus e a guarda dos Mandamentos de Deus estão juntas. Logicamente, na hora final da terra, os cristãos sinceros em toda parte estarão guardando os Mandamentos de Deus. Todos os Dez.

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Bem, sejam quais forem nossas diferenças, podemos apreciar uns aos outros. E eu vejo tantas coisas que gosto em meus amigos Católicos. Mais do que qualquer coisa, admiro a dedicação de muitos milhares de Católicos ao redor do mundo que têm dado sua vida para aliviar o sofrimento de outros seres humanos. E não conheço nenhum reflexo maior do amor de Cristo que o demonstrado por Maximilian Kolbe, um padre franciscano polonês, que sacrificou sua vida durante a Segunda Guerra Mundial. Aprisionado no campo de prisioneiros em Auschwitz, Kolbe, dia-a-dia, encorajava seus colegas de sofrimento. Ele dividia sua minguada ração com os doentes e enfraquecidos, apesar de estar muitas vezes pior que aqueles que ele ajudava. Ele liderava os prisioneiros em oração, trazendo a luz de Cristo àquele triste campo de prisioneiros. Os captores ficavam furiosos com o cristianismo de Kolbe. Eles o espancavam selvagemente, mas Kolbe apenas orava por eles. E finalmente ele pagou o maior dos preços por sua fé e amor. Uma tarde, as terríveis sirenes começaram a soar. Um prisioneiro havia fugido. Como retaliação, dez homens foram escolhidos para morrer por seu companheiro que fugira. Um dos dez condenados, um jovem pai, caiu no chão aos prantos, pensando em sua família. De repente, Kolbe deu um passo adiante. - O que você quer? - Berrou o comandante do pelotão da morte. Kolbe respondeu suavemente: - Quero morrer no lugar deste prisioneiro. O nazista frio ficou chocado e sem palavras. Finalmente conseguiu dizer: - Pedido concedido. Kolbe foi jogado em um calobouço subterrâneo e abandonado para morrer de fome. Durante seus últimos dias de vida, enquanto morria trêmulo, eles o ouviram orando e cantando. Finalmente, o padre deu seu último suspiro, fiel até à morte. Eu quero encontrar esse querido santo no Céu. Eu quero ser fiel à Palavra de Deus. Haja o que houver. Deus conceda a todos nós tamanha fé nEle que possamos enfrentar o desafio das horas finais na Terra. (Doc 1 Pg 3 Ln 5") Nas demais entrevistas desta série, eu convidei os líderes das diversas denominações para nos ajudar a conhecer sua igreja e nos falar de sua fé pessoal em Cristo. Bem, achei os líderes da Igreja Católica calorosos e cordiais, satisfeitos por sua igreja estar incluída em nossa série, mas preferiram não testemunhar publicamente

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O QUE EU GOSTO NOS LUTERANOS George Vanderman

"O cenário tranqüilo do belíssimo Vale do Rio Reno esconde o tumulto que varreu toda a Europa no início do século 16. Era 18 de abril de 1521. Lá estava um jovem padre alemão defendendo-se contra acusações de heresia. Ao seu redor, estavam príncipes orgulhosos, nobres, honrados generais e líderes da Igreja. Todos naquele salão lotado se inclinavam para ouvir cada sílaba dos lábios daquele lutador solitário: Lutero. "Ir contra minha consciência não é direito e nem seguro. Nunca. Eu não posso e não vou me retratar. Aqui estou, não farei outra coisa. Que Deus me ajude. Amém." Com essas sonoras palavras, Martinho Lutero lançou a Reforma Protestante. Sua posição firme marcou o ponto de virada na História. Mas Lutero conseguiu completar a Reforma ou essa tarefa ficou para nós hoje? No século 16, na Alemanha, o futuro do cristianismo estava na balança. Lutero, um professor universitário, tinha desafiado a pretensão da Igreja de controlar a fé pessoal. Seus ensinamentos provocaram um tumulto religioso e político através de todo o território conhecido como o Sagrado Império Romano. Alguma coisa tinha que ser feita para deter a crise. Finalmente, o imperador Carlos V intimou Lutero a comparecer perante o Conselho Geral em Worms. O palácio imperial, que não existe mais, ficava em um lindo terreno. Embora não se saiba as palavras exatas de Lutero em seu julgamento, não existe dúvida quanto a sua mensagem. A consciência deve dar contas somente a Deus. A salvação é gratuita e é pela fé. A Bíblia é a fonte de autoridade espiritual, e não a tradição da igreja ou os decretos de seus líderes. Essa verdade havia se perdido há séculos. Tinha chegado a hora de trazê-la de volta. Lutero ficou sozinho em Worms. O Imperador zombou: "Esse homem jamais fará de mim um herege!" Como se esperava, o Conselho condenou Lutero. Ele foi proibido de lecionar e seus direitos civis foram cassados. Seus livros foram queimados mas a mensagem que eles continham resistiu à fumaça e às chamas. A despeito dos escárnios generalizados e da perseguição, a mensagem de Lutero entrou no coração do povo. Somente oito anos após o Conselho em Worms, um grupo de príncipes alemães se colocou do lado de Lutero. Eles formaram uma aliança protestando contra a tentativa da Igreja de esmagar a Reforma. E desse protesto dos príncipes na cidade de Spires, em 1529, nasceu o termo "Protestante". Os ensinamentos de Lutero logo se espalharam por toda a Europa, especialmente na Escandinávia. Os seguidores de Lutero cruzaram o Atlântico no início da história colonial. Na Baía de Hudson, em 1619, eles celebraram seu primeiro Natal na América. E as primeiras Igrejas organizadas pelos imigrantes Luteranos pobres eram geralmente pequenas, com poucos pastores. Mas, à medida que os colonizadores Luteranos continuaram vindo para os Estados Unidos, a denominação cresceu rapidamente. Congregações começaram a se unir em grupos conhecidos como Sínodos. Os Luteranos americanos estão hoje divididos entre uma dúzia de Sínodos. Alguns desses Sínodos contêm a grande maioria dos mais de oito milhões de Luteranos. Outras fusões estão em andamento. A Igreja Luterana na América, o maior grupo, e a Igreja Luterana Americana, a terceira maior, se uniram. A Associação das Igrejas Evangélicas Luteranas juntou-se a elas. Agora, seu novo Sínodo terá mais de cinco milhões de membros batizados. A segunda maior organização Luterana, com 2,7 milhões de membros, está no Sínodo de Missouri. Do seu quartel general em St. Louis, eles comandam a mais antiga emissora de rádio religiosa do mundo. "A Hora Luterana" sustentada pela Liga dos Leigos Luteranos, é ouvida em mais de 100 países diferentes. E o doutor Oswald Hoffman, tem sido o locutor desse programa por mais de 30 anos. Agradeço a Deus por preservar seu dedicado e frutífero ministério. Vandeman - Por que o senhor, particularmente, é Luterano cristão? Oswald - Bem, eu sou cristão porque sou um seguidor de Jesus Cristo. E sou Luterano, não porque sigo Martinho Lutero, mas porque, como Lutero, devo minha lealdade a Jesus Cristo. Lutero passou por uma terrível experiência a fim de fazer essa grande descoberta. Ele travou uma grande luta íntima para descobrir que o evangelho não depende das obras que contribuímos, mas que depende da bondade e graça de Deus, que saiu do Seu coração para os seres humanos e é mostrada ao mundo em Jesus Cristo. Esse é o evangelho. Vandeman - O senhor diz que Lutero fez essa grande descoberta. Era então uma "verdade negligenciada", de certo modo?

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Oswald - Sem dúvida, era. Não quer dizer que não estava lá. Ela fizera parte da tradição da Igreja desde a era apostólica. Mas o lixo dos tempos foi se ajuntando ao redor dela, e as pessoas passaram a pensar que estavam dando uma grande contribuição a tudo isso. E Lutero disse: "Não". finalmente, após estudar e ensinar as Escrituras, a contribuição veio de Deus. É por Deus que estamos em Jesus Cristo. Como São Paulo disse aos Coríntios: "o justo viverá pela fé". Martinho Lutero foi um homem que estava sempre feliz quando falava sobre a fé e também sobre o amor. Vandeman - E ele nos deixou as suas traduções. Oswald - Lindíssimas traduções. Para Martinho Lutero, atrás de cada palavra do texto grego e do hebraico das Escrituras, estava a majestade de Deus. Mas ele colocou a Bíblia na linguagem que o povo falava na época. Em várias ocasiões, ele colocou tudo na linguagem que cada lavrador pudesse entender. Assim, o Evangelho conseguiu chegar e, pelo poder do Espírito, entrar no coração das pessoas trazendo a fé de Cristo. Vandeman - Se Martinho Lutero fosse ressuscitado hoje e estivesse de novo entre nós, ele se sentiria a vontade na Igreja de hoje? Oswald - Bem, eu não sei. Alguns problemas que existiam antes foram resolvidos. E alguns problemas novos que não existiam naquele período surgiram. Creio que Martinho Lutero iria avaliá-los baseado na realidade, e ao mesmo tempo ele nos avaliaria. Sobre todos os nossos atos, sobre as nossas organizações, acho que ele teria alguma coisa a dizer. E uma dessas coisas seria: Vocês têm que ficar firmes no Senhor. Têm que se apegar ao evangelho de Jesus Cristo. Têm que proclamá-lo com a autoridade do próprio Deus. Têm que fazer isso à maneira evangélica. O que quer dizer da maneira atraente da fé, que é em Jesus Cristo. Vandeman - Milhões são Luteranos e participam da herança de Martinho Lutero. E eu também me considero um deles. Há tanta coisa que eu gosto na Igreja Luterana. Eu os admiro por colocarem a sua fé para trabalhar na sociedade. Eles provêem orfanatos, hospitais, centros de tratamento para alcoólicos, lares para anciãos. Existem muitas coisas que eu gosto nos Luteranos. Mas há uma coisa que aprecio em especial: O Movimento Luterano foi convocado por Deus para revelar uma verdade negligenciada: o glorioso ensinamento da salvação somente pela fé. Lutero retirou as teias de aranha da Idade Média e restaurou os alicerces do evangelho. No verão, após sua formatura colegial, Lutero esteve muito próximo de se encontrar com a morte. Ele voltava a pé para casa de uma visita aos pais, quando viu-se em meio a uma violenta tempestade. Um raio o atirou ao chão. Coberto de terror, ele gritou: "Santa Ana, ajude-me. Eu me tornarei um monge." E ele cumpriu sua promessa em Erfurt. Lutero entrou para o mosteiro Augustiniano e foi ordenado em 1507. Mas contemplando sua primeira celebração da Missa, ele sentiu-se pequeno pela sua indignidade. Como poderia um pecador estar na santa presença de Deus a menos que ele próprio fosse santo também? Assim Lutero decidiu tornar-se santo. Ele buscou a pureza privando-se dos confortos da vida. E algumas noites, lá em sua cela no Mosteiro, tremendo sob o fino cobertor, ele procurava se consolar: "Eu não fiz nada errado hoje." Aí vinham as dúvidas. "Jejuei o bastante hoje? Sou pobre o bastante? Sou puro o bastante?" Nada do que ele pudesse fazer lhe trazia paz. Ele jamais estava seguro de que havia satisfeito a Deus. Mas finalmente descobriu que a paz que estava se esforçando tanto para obter estava disponível como um presente. A verdade que o libertou está no livro de Romanos, no Novo Testamento. Ele descobriu que o próprio Deus fora punido no lugar dos pecadores, de modo que podíamos ser perdoados. Perdoados gratuitamente, no Senhor Jesus Cristo. Lutero mal podia acreditar nessa boa nova. A despeito de sua culpabilidade poderia ser creditado santidade a ele. Porque Jesus, que realmente é Santo, sofrera o seu castigo. A Igreja sempre havia mandado os pecadores virem a Deus para ter salvação. Mas Lutero introduziu uma nova dimensão vital. Ele descobriu que os que crêem, apesar de pecadores, podem ao mesmo tempo ser considerados justos. Sabe, Deus considera os pecadores santos assim que eles confiam em Jesus. Mesmo antes de sua vida revelar boas obras (o que, é claro, ocorrerá em seguida). Romanos 4:5 diz isto: "Mas aquele que não pratica, mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça".

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O ímpio que se entrega a Jesus é justificado. O perdão vem, não por sermos santos, não pelas obras, Lutero sabia, mas porque confiamos em Jesus. Toda vida, Lutero havia pensado que seria injusto recompensar os pecadores com a vida eterna. Assim ele acreditava no purgatório, onde dizia-se que as imperfeições seriam purificadas após a morte para tornar os cristãos dignos do Céu. Ele pensava sinceramente que, no purgatório, o fiel seria purificado do pecado. Assim, Deus poderia considerá-lo como seu. Lutero também cria que o sofrimento no purgatório poderia ser abreviado, através da concessão de indulgências da Igreja. Essas indulgências eram concedidas àqueles que visitavam os túmulos dos santos e viam suas relíquias. Lutero pensava que esses santos tinham armazenado medidas extras da bondade de Cristo que podiam repartir com os pecadores. Mas agora ele aprendera que: "...Todos pecaram e destituídos estão da Glória de Deus." Romanos 3:23. O próprio Paulo disse que todos estão destituídos. Até os santos têm que depositar suas esperanças no Senhor Jesus Cristo. E por Cristo ser nosso substituto, todos os cristãos são dignos do Céu. Na cruz Deus "nos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz". Colossenses l:12. Não é necessário o Purgatório! O coração de Lutero encheu-se de alegria. Finalmente, sua consciência pesada encontrou paz. Mas o evangelho que tranqüilizou sua alma detonou o conflito com a Igreja. Começou a batalha contra as indulgências. A Igreja do Castelo Wittenberg apresentava uma coleção de relíquias famosas. Entre elas, havia um espinho que garantiam ter ferido a testa de Cristo no Calvário. Bem, as relíquias eram expostas sempre no dia de Todos os Santos. Peregrinos vinham de perto e de longe até Wittenberg em busca de indulgências. Como Lutero ansiava divulgar as boas novas que o haviam libertado daquilo. Assim, no dia 31 de outubro de 1517, na véspera do dia de Todos os Santos, ele afixou uma lista de 95 objeções às indulgências na porta da Igreja do Castelo em Wittenberg. Elas foram escritas no estilo claro, conciso e sem cerimônias. O reformador desafiava qualquer um a debater com ele. "Os santos não têm créditos extras", clamava. "E os méritos de Cristo estão disponíveis livremente. Se o Papa tem poder para livrar qualquer um do purgatório, por que em nome do amor ele não revoga o purgatório livrando todo mundo de lá?" Cópias das teses de Lutero se espalharam por toda a Europa e desencadearam uma tempestade. Lutero não tinha a intenção de se rebelar contra a Igreja. Ele só queria a reforma. Mas ele foi declarado rebelde e herege. Lutero foi advertido para que se retratasse, ou a Igreja relutantemente o puniria. Mas o reformador se sentiu compelido a prosseguir. Ele confidenciou a um amigo: "Deus não me guia. Ele me empurra avante. Ele me leva para frente. Não sou dono de mim mesmo. Desejo viver em repouso, mas sou atirado no meio dos tumultos e das revoluções." Lutero acusou a Igreja de interferir no relacionamento da pessoa com Deus. Ele proclamou que Jesus é o único mediador entre Deus e os pecadores. E que "a verdadeira peregrinação do cristão não é à Roma, mas aos Profetas, aos Salmos e aos Evangelhos". e muitos modos, Lutero, apesar do seu amor pela Igreja, encontrava-se afastando-se dela. E a separação tornou-se definitiva quando ele condenou a Igreja como o anticristo. O Papa Leão X excomungou Lutero em 3 de janeiro de 1521. Seus escritos foram banidos e queimados. Pelas aparências, o próprio Lutero em breve seria também queimado. Mas Frederico, o Sábio, nobre da Saxônia, membro do colégio eleitoral da Saxônia dispôs-se a proteger o reformador. Ele exigiu que o Imperador Carlos conseguisse uma audiência justa na Alemanha. Carlos concordou finalmente com ela em Worms. E quando Lutero recusou retratar-se, seus amigos por segurança o esconderam no castelo Wartburg. E durante seu exílio, Lutero traduziu o Novo Testamento para o alemão em um dos cômodos superiores. Mais tarde, ele também traduziu o Velho Testamento. E após apenas 10 meses em Wartburg, tendo completado seu manuscrito, Lutero corajosamente voltou para Wittenberg e reassumiu a liderança da Reforma. Em sua ausência, os problemas aumentaram. Os fanáticos tinham abusado do zelo religioso popular. E, em 1525, começou a guerra dos camponeses, uma revolta contra os príncipes.

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Lutero recebeu uma severa censura por se recusar a apoiar as exigências políticas dos camponeses. Os conflitos acompanharam toda a sua vida. Algumas vezes, o reformador errou no julgamento. O que mais poderíamos esperar, já que ele liderou a saída de tal escuridão? Foi assim que Lutero iniciou a Reforma. Ele jamais afirmou ter terminado a restauração da verdade. Ele disse que a obra deveria continuar mesmo após a sua morte. Sim, Lutero morreu antes de seus sonhos se realizarem. Sabe, os problemas na Igreja haviam se desenvolvido durante os séculos, e seriam necessários séculos de reforma para solucioná-los. A luta da fé ainda não está terminada. Você alguma vez se perguntou por que a Igreja caiu na Idade Média? Houve muitos fatores, mas deixe-me falar um pouco do passado. Nos primeiros dias do cristianismo, após a morte dos apóstolos, ocorreram alguns fatos muito tristes. A Igreja se afastou da sua fé pura e se afastou da verdade bíblica. Ora, isto foi triste, mas era de se esperar. O apóstolo Paulo havia predito isso. Ele disse que após a sua morte, a heresia dominaria a Igreja. Isso ocorreu exatamente como as Escrituras haviam predito. Não aconteceu da noite para o dia. A deterioração da verdade levou séculos. Tendo falhado ao perseguir a Igreja, o inimigo mudou sua tática. Ele decidiu minar o cristianismo por dentro, usando ardilosas concessões e ensinamentos falsos. Mas o Céu não foi pego despreparado. Com um movimento forte, que chamamos de Reforma, Deus reverteu a trilha da apostasia e a Luz começou a aparecer. Reformadores como Martinho Lutero restauraram verdades que há muito tinham sido escondidas do povo. Mas sabemos que a Reforma não terminou séculos depois da morte dos reformadores. Aquilo foi apenas o começo. Outros continuaram a sua boa obra. Qualquer outra verdade que possamos redescobrir na Palavra de Deus, jamais deixaremos de nos apoiar nos ombros de Lutero. O evangelho que ele proclamou ainda pulsa no coração de cada cristão. Mais do que qualquer outra coisa, Lutero foi um homem de Deus. Quando sobrecarregado e oprimido, ele buscou refúgio nos braços eternos do Todo-Poderoso. Durante um momento especialmente difícil quando a Reforma parecia fracassar, ele parafraseou o Salmo 46 num hino. Protestantes e católicos apreciam igualmente esse hino hoje. Veja a letra inspirada pela fé na primeira estrofe. Jeová Castelo forte é o Deus leal e protetor; e se vacila a nossa fé poder nos dá em Seu amor. Destrói o perspicaz ardil de Satanás, a fim de o derrotar com Seu poder sem par, e aos Seus provê descanso e paz. Pense nisto! Satanás já está derrotado pelo poder maravilhoso de Cristo. Você está oprimido pelo inimigo neste momento? Uma palavra do Céu pode salvá-lo. Você sente o peso da

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culpa ou do medo? Talvez a solidão ou a sensação de fracasso? Talvez enfermo ou triste? Deixe-me garantir-lhe o seguinte: o Deus que guiou e sustentou Martinho Lutero ama você do mesmo modo hoje. Ele também quer ser o seu Castelo Forte.

ORAÇÃO Pai celeste, obrigado por chamar a nossa atenção para uma visão mais ampla. O grande empenho de nosso compassivo Senhor, em resgatar as verdades esquecidas que nosso mundo e nosso coração conturbado precisam tão desesperadamente agora. Que ninguém deixe de aproveitar este precioso oferecimento. Em nome de Jesus nós pedimos, ó Deus. Amém.

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DA CULPA AO PERDÃO

Alejandro Bullón

"Alguma vez você já se sentiu rejeitado, condenado e sem direito a se aproximar de Jesus? Alguma vez você já sentiu que apesar de todos os bens materiais que conseguiu na vida, continua havendo uma sensação de vazio lá dentro do seu coração que não o deixa ser feliz? Então sua vida tem muito a ver com a história de Zaqueu. Vamos ver o que podemos aprender com a história de Zaqueu: "E, tendo Jesus entrado em Jericó, ia passando. E eis que havia ali um varão chamado Zaqueu; e era este um chefe dos publicanos, e era rico. E procurava ver quem era Jesus, e não podia, por causa da multidão, pois era de pequena estatura. E, correndo adiante, subiu a uma figueira brava para o ver; porque havia de passar por ali. E, quando Jesus chegou àquele lugar, olhando para cima, viu-o e disse-lhe: Zaqueu, desce depressa, porque hoje me convêm pousar em tua casa" (Lucas 19:1-5). Zaqueu é apresentado na Bíblia como o símbolo do homem pecador. A história diz que Zaqueu era rico. Homens ricos geralmente usam roupas finas e caras. É interessante notar que às vezes, o pecador é simbolizado na Bíblia por um homem pobre, mal vestido ou quase nu, como no caso do filho pródigo, que voltou para casa vestindo trapos de imundícia e cheirando a porcos. Como na história de Maria Madalena, que foi arrastada pelos cabelos, seminua; ou como no caso do cego de nascença que ficava na porta do templo pedindo esmolas. Já outras vezes, o pecador é simbolizado por um homem rico e bem vestido, como no caso de Naamã, o capitão do exército sírio, que por trás das suas vestes finas e condecorações gloriosas, escondia a miséria de uma lepra consumindo sua vida. Este também era o caso de Zaqueu, que aparentemente tinha tudo para ser feliz: usava roupas finas, seus filhos talvez estudassem em escolas particulares de primeira classe, morava numa das mansões da cidade de Jericó, mas não era feliz. Sentia-se rejeitado pela sociedade e atormentado pela própria consciência. Por que o pecador às vezes é simbolizado por um homem pobre e quase nu, e outras por alguém rico e bem vestido? O que Deus está querendo nos dizer? Sabe, o que Ele está dizendo é que perante Seus olhos, todos os seres humanos são pecadores, com apenas uma diferença: uns são flagrados em seu erro, e seu pecado é descoberto e exposto para vergonha pública. Dedos acusadores levantam-se muitas vezes para apontá-los e condená-los; estão nus. Outros, perante os olhos divinos, são tão pecadores como os primeiros, mas a lepra do pecado está oculta embaixo de uma vestimenta brilhante. Podem passar pela vida sem que nunca ninguém descubra seu erro. Estão vestindo roupas finas, mas infelizes, desprezados, vazios por dentro, como Zaqueu. Esses dois grupos precisam de Jesus. Precisam entender que aos olhos da igreja e da sociedade podem ser diferentes, mas são iguais aos olhos de Deus. Zaqueu procurava ver "quem era Jesus". Estava certo. Vivia uma vida de pecado, usava para proveito próprio a posição que o governo tinha lhe confiado, mas estava certo em sua busca. Cristianismo não é moralismo. A primeira preocupação não deveria ser o que farei ou o que não farei e sim quem é Jesus, a quem amarei e a quem servirei? No caminho de Damasco, a primeira pergunta de São Paulo não foi: "Que queres que eu faça?", mas sim, "Quem és, Senhor?" Cristianismo nunca foi apenas o cumprimento dos quês da igreja, mas acima de tudo fidelidade ao Quem, àquEle que nos achou, nos amou, nos perdoou, e nos transformou. Zaqueu estava certo. Procurava saber quem era Jesus, mas não podia, por causa da "multidão". Qual era a grande dificuldade? Sua pequena estatura? Seu peso? Sua raça? Sua posição social? O que fazia sentir-se indigno? Sua pouca ou muita instrução? Não, isso nunca foi problema para chegar a Jesus. Era a multidão que não lhe permitia aproximar-se do único capaz de preencher-lhe o coração e transformar-lhe a vida. Você já percebeu que durante o ministério de Cristo na Terra, as multidões sempre atrapalharam a obra da redenção? Lembra do paralítico que um dia precisava desesperadamente de Jesus para ser curado, mas não podia chegar perto dEle por causa da multidão? Os amigos tiveram que fazer um buraco no teto para

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que pudesse chegar ao Salvador. Já leu a história da mulher com fluxo de sangue que teve que abrir caminho em meio à multidão para poder tocar o manto de Cristo? Consegue imaginar o cego que precisava de visão, clamando em alta voz: "... Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim!" (Lucas 18:38) As multidões ordenaram-lhe guardar silêncio, mas ele continuou gritando. As multidões sempre se consideraram fiscais da salvação. "Você não, porque é leproso." "Você sim, passe adiante." "Você espere, está imundo; primeiro tome um banho, está cheirando mal, para chegar perto de Jesus." Certo dia a multidão queria impedir que as crianças se aproximassem do Mestre. Então a voz doce de Jesus disse: "... Deixai vir os meninos a mim, e não os impeçais; porque dos tais é o reino de Deus" (Marcos 10:14). Multidões! Deus tenha misericórdia das multidões que andam com uma vara de medir a fé e dizer quem é digno e quem não é. Que Deus nos ajude a mostrar ao mundo quem é Jesus. Que Deus nos ensine a tomar a mão dos que se sentem derrotados, tristes, frustrados e rejeitados. Que nos mostre como segurar o braço dos que pensam que nunca conseguirão. Que nos ajude a amá-los, a compreendê-los, a levá-los a Jesus. Zaqueu sentia-se indigno e pecador. Porém, a multidão o fez sentir-se mais indigno e pecador ainda. Então o homem rico de Jericó pensou que o melhor seria ficar de fora e limitar-se a olhar a Jesus de longe. Foi aí que caiu no erro de muitos hoje, que pensam que cristianismo é seguir a Jesus de longe. Cristianismo, meu amigo, é um relacionamento diário e permanente com Jesus. Não importa se a multidão dificulta sua aproximação dEle. Faça como o paralítico, que entrou pelo teto, ou como a mulher com o fluxo de sangue, que abriu espaço entre a multidão, ou então clame como o cego: "Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim!" Mas não fique em cima da árvore. Não existem desculpas para ficar longe, na passividade de um sicômoro ou na indiferença de quem vê Jesus passar. Cristianismo é compromisso com Jesus, é envolvimento com Sua igreja, é a participação de Sua missão. Cristianismo nunca foi contemplar Jesus comodamente de um sicômoro, enquanto se ruminam mágoas e ressentimentos e se é consumido por lembranças tristes que a multidão imprimiu dolorosamente em sua vida. Não, cristianismo é chegar perto de Jesus, apesar da multidão. Jesus atravessava a cidade seguido pela multidão, e lá estava Zaqueu em cima de um sicômoro. Por que será que os homens estão sempre plantando árvores para ficar em cima vendo Jesus passar? Zaqueu estava em cima de um sicômoro. Mas podia ter sido uma árvore de preconceitos, temores ou dúvidas. Quem sabe uma árvore de mágoas, ressentimentos ou simplesmente de orgulho e incredulidade. Tanto faz. De repente, Jesus parou e, em meio a tanta gente, olhou para Zaqueu: "... Zaqueu, desce depressa, porque hoje me convêm pousar em tua casa" (Lucas 19:5). Tenho tentado muitas vezes imaginar aquela cena. Imagino Zaqueu olhando de um lado para outro, desconcertado, querendo que Jesus estivesse falando com ele, mas com medo de receber uma resposta negativa ao perguntar: - É comigo, Senhor? Não está equivocado? Eu sou Zaqueu, um ladrão, um homem injusto. É comigo que vai jantar esta noite? Você já pensou, meu amigo, que naquele dia havia milhares de pessoas junto a Jesus? Centenas de homens e mulheres que lutavam um contra o outro por um lugar especial perto de Jesus? Cada um sentindo-se com mais direito do que o outro, e de repente o Mestre olha para quem não esperava nada, para quem se sentia indigno, insignificante, perdido entre os galhos de um sicômoro, e o chama pelo nome: "Zaqueu"? Assim são as coisas com Jesus. Para Ele não existem multidões, existem pessoas. Para Ele você não é apenas um produto ou um número na estatística. Você é gente. Ele se preocupa com você, com seus sentimentos, com seus sonhos, alegrias e tristezas. Ele chora com sua dor e se alegra com seus sorrisos. Você é tão importante para Ele que um dia Ele deixou tudo e veio a este mundo para buscá-lo. Ele sabe seu nome, onde você mora, conhece suas ansiedades, sabe que você pode estar tentando ser um homem resistente ao apelo divino, dizendo para si: "Eu só quero vê-Lo de longe." Mas na realidade você é um homem solitário e sincero que precisa dEle como todo ser humano.

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- É comigo, Senhor? - você pergunta. - Sim, é com você, Henrique, Isaura, Francisco, Aparecida, é com você mesmo. - Mas, Senhor! Eu fumo, bebo, tenho uma vida irregular, eu sou indigno. - Não importa, é com você. É por você que Eu vim, Eu o amo não pelo que você faz ou deixa de fazer, mas pelo que você é: um ser humano maravilhoso, apenas isso. Nunca terei palavras para agradecer a Deus, porque um dia, entre bilhões de seres humanos, o Senhor Jesus Se deteve no caminho da vida e olhou para mim. Não me achou em cima de uma árvore. Achou-me atrás de um púlpito, com uma régua na mão para medir o "cristianismo" da minha igreja sem medo de apontar o pecado "pelo nome", pregando sobre o amor de Deus sem jamais tê-lo experimentado, vestindo a imagem de um jovem pastor muito preocupado em descobrir os "pecados ocultos", para levar à igreja a reforma. E o Senhor Jesus, com sua voz mansa disse: - Filho, desce dessa árvore de apóstolo da reforma. Quero ficar com você, quero que Me conheça de verdade e compreenda que as coisas não são assim como você pensa. Quero que saiba que não é com o regulamento numa mão e a vara na outra que se reformam as vidas. A maneira como Jesus tratou a Zaqueu é a maneira como Ele quer levar Sua igreja ao reavivamento e à reforma completa. Veja que Jesus não olhou para Zaqueu e disse: - Zaqueu, você é um ladrão. O que você faz é uma vergonha. Estou disposto a lhe dar o privilégio de Me hospedar, mas antes quero que você confesse publicamente que é ladrão, e que devolva o dinheiro que roubou dos outros. Eu imagino que era isso que a multidão esperava. Mas Jesus não fez nada disso. Havia algo de maravilhoso com Ele. Os pecadores se sentiam amados na Sua presença. Quer dizer que Ele apoiava a vida errada dos homens? Não. Claro que não. A conduta deles é que mudava. Mas Ele nunca os fazia sentir mais pecadores do que já eram. Não precisava agredi-los para inspirar neles o desejo de mudança de vida. E agora vejamos a atitude de Zaqueu. O que foi que ele fez? Será que ele desceu do sicômoro e disse para Jesus: - Obrigado, Senhor, por lembrar-Te de mim. Eu nunca poderei agradecer-Te pelo fato de olhares para mim em meio a tanta gente. Agora fica um pouco aqui. Deixa-me ir e arrumar a casa. As coisas não estão bem por lá. Deixa-me fazer uma faxina completa e preparar uma refeição gostosa, então voltarei e iremos juntos. Foi isso que Zaqueu falou? Não. Por que não? Porque se pudéssemos deixar Jesus aguardando para primeiro limpar a casa não precisaríamos dEle. Aqui está envolvido o maravilhoso princípio da justificação, que é pela fé, e da santificação, que também é pela fé. É Ele que limpa a vida. É Ele que coloca as coisas em ordem. É Ele que corrige, que conserta, que purifica. Por favor, nunca cometamos a tolice de agradecer a Deus pelo perdão e depois, sozinhos, tentemos colocar a vida em ordem. O que foi que Zaqueu fez? Acho que ele colocou sua mão na mão de Jesus. Era um homem solitário, rejeitado pela sociedade e que precisava que alguém lhe restaurasse o senso de humanidade. Ali estava uma mão estendida com amor, e ele agarrou-se a ela, apesar de ser um publicano, um ladrão, um pecador. A multidão não ficou contente com a atitude de Jesus. "Ah!", pensaram no coração, "Ele parecia ser o Messias, mas em lugar de condenar os pecadores, recebe-os, junta-Se a eles e não os repreende". Você já pensou que enquanto Jesus esteve na Terra nunca condenou os derrotados, os marginais, os ladrões ou as prostitutas? As poucas vezes que Ele condenou alguém, foram aqueles que achavam que estava tudo bem com eles, aqueles que se consideravam os guardiões da fé, a norma de vida de seus semelhantes.

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Graças a Deus porque Jesus veio a este mundo buscar os perdidos, os derrotados, os cansados de lutar sem nunca conseguir. Se você é um deles, alegre-se e louve o nome do Senhor, porque foi por você que Ele veio. Ele o está procurando, não importa onde você esteja, onde se escondeu, ou para onde fugiu. Um dia a voz de Jesus o alcançará e o chamará pelo seu nome, e talvez isso esteja acontecendo neste momento. Você está tremendo em cima do sicômoro da vida, sente-se rejeitado, triste, frustrado? Sente que nunca vai conseguir? Ouça a voz do Mestre dizendo: - Filho, Eu amo você. Desça daí, quero ficar com você, quero entrar em sua vida e colocar cada coisa em seu lugar. Quero limpar o que tem que ser limpo, consertar o que tem de ser consertado. Olhe agora para Zaqueu. Nenhuma palavra. Apenas caminhavam juntos, de mãos dadas, e aquele laço de amor penetrou na vida daquele publicano. Enquanto caminhavam juntos, a vida de Jesus, Seu poder, Sua vitória, transmitiu-se para o pobre homem, gerando nele o desejo de mudar de vida. Depois Zaqueu levantou-se e disse: "... Senhor, eis que eu dou aos pobres metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, o restituo quadruplicado" (Lucas 19:8). Este é o resultado inevitável de estar em Jesus e andar com Ele. É impossível andar com Jesus e conviver com o pecado ao mesmo tempo. Essas coisas não combinam. Que dia extraordinário aquele! No início, Zaqueu não passava de um homem solitário, frustrado e vazio, apesar de sua invejável posição social e financeira. No fim do dia era um homem feliz, completo, transformado em Cristo. Zaqueu conhecia os dois lados da vida. O desespero e a esperança, o vazio e a plenitude, a tristeza e a alegria, a condenação e o perdão, a derrota e a vitória. Certamente Zaqueu podia dizer: "Jesus, Tu és a Minha Vida".

ORAÇÃO Senhor, muito obrigado. Obrigado porque um dia me achou em cima da árvore que plantei para permanecer indiferente a Ti. Obrigado porque neste momento posso ouvir Tua voz me chamando pessoalmente. Estou respondendo ao Teu chamado. Abençoa-me sempre. Em nome de Jesus. Amém.

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Inferno: Tormento Eterno ou Aniquilamento? O inferno é uma doutrina bíblica. Mas que espécie de inferno? Um lugar onde pecadores impenitentes queimam para sempre e conscientemente sofrem dor num fogo eterno que nunca termina? Ou um julgamento penal pelo qual Deus aniquila pecadores e pecado para sempre?

Tradicionalmente através dos séculos, as igrejas têm ensinado e pregadores têm proclamado o inferno como tormento eterno. Mas em tempos recentes, raramente ouvimos sermões de "fogo e enxofre", mesmo dos pregadores fundamentalistas, que podem ainda estar comprometidos com tal crença. Sua hesitação em pregar sobre tormento eterno provavelmente não é devida a uma falta de integridade em proclamar uma verdade impopular, mas a sua aversão de pregar uma doutrina na qual dificilmente crêem.

Afinal, como é possível que o Deus, que tanto amou o mundo que enviou Seu Filho unigênito para salvar os pegadores, pode também ser um Deus que tortura as pessoas (mesmo o pior dos pecadores) para sempre, indefinidamente?

Como pode Deus ser um Deus de amor e justiça e ao mesmo tempo atormentar os pecadores para sempre no fogo do inferno? Este paradoxo inaceitável tem levado estudiosos de todas as persuasões a re-examinar o ensino bíblico quanto ao inferno e o castigo final.1

A questão fundamental é: O fogo do inferno tormenta os perdidos eternamente ou os consome permanentemente?

O conceito do inferno como aniquilamento.

A crença no aniquilamento dos perdidos é baseada em quatro considerações:

1. A morte como castigo do pecado; 2. O vocabulário bíblico sobre a destruição dos ímpios; 3. As implicações morais do tormento eterno, e 4. As implicações cosmológicas do tormento eterno.

1. A morte como punição do pecado. O aniquilamento final dos pecadores impenitentes é indicado, em primeiro lugar, pelo princípio bíblico fundamental que o castigo final do pecado é a morte:

"A alma que pecar morrerá" (Ezequiel 18:4 e 20). "O salário do pecado é a morte" (Romanos 6:23).

A punição do pecado compreende não somente a primeira morte, a qual todos experimentam como resultado do pecado de Adão, mas também o que a Bíblia chama a segunda morte (Apocalipse 20:14; 21:8), que é a morte final e irreversível a ser sofrida pelos pecadores impenitentes. Isso significa que o salário final do pecado não é o tormento eterno, mas morte permanente. A Bíblia ensina que a morte é a cessação da vida. Não fosse pela segurança da ressurreição (I Coríntios 15:16 a 18), a morte que experimentamos seria a terminação de nossa existência. É a ressurreição que converte a morte de ser o fim da vida em ser um sono temporário. Mas não há ressurreição para a segunda morte, porque aqueles que a sofrem são consumidos no "lago de fogo" (Apocalipse 20:14). Este será o aniquilamento final.

2. O vocabulário bíblico sobre a destruição dos ímpios. A segunda razão compulsiva para crer no aniquilamento dos perdidos no julgamento final é o rico vocabulário de destruição usado na Bíblia para descrever o fim dos ímpios. Segundo Basil

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Atkinson, o Velho Testamento usa mais de 25 substantivos e verbos para descrever a destruição final dos ímpios.2 Diversos salmos descrevem a destruição final dos ímpios como imagens dramáticas:

Salmo 1:4 a 6 Salmo 2:9 a 12 Salmo 11:1 a 8 Salmo 34:19 a 22

Salmo 58:6 a 11 Salmo 69:22 a 29 Salmo 112:7 a 10 Salmo 145:17 a 20

No Salmo 37, por exemplo, lemos que os ímpios logo "murcharão como as plantas" (v.2); eles "serão desarraigados... e... não existirão" (vv. 9 e 10); eles "perecerão... e em fumaça se desfarão" (v. 20); os transgressores serão destruídos" (v. 38). O Salmo 1 contrasta o caminho do justo com o dos ímpios. Dos últimos ele diz que "não subsistirão no juízo" (v. 5); mas serão "como a moinha que o vento espalha" (v. 4); "o caminho dos ímpios perecerá" (v. 6). No Salmo 145, Davi afirma: "O Senhor guarda a todos que O amam; mas todos os ímpios serão destruídos" (v. 20).

Esta amostra de referências sobre a destruição dos ímpios está em perfeita harmonia com o ensinamento do resto das Escrituras.

Os profetas freqüentemente anunciam a destruição final dos ímpios em conjunção com o dia escatológico do Senhor. Isaías proclama que os "transgressores e os pecadores serão juntamente destruídos, e os que deixarem o Senhor serão consumidos" (Isaías 1:28). Descrições semelhantes se encontram em Sofonias 1:15 a 18 e Oséias 13:3. A última página do Velho Testamento provê um contraste impressionante entre o destino dos crentes e o dos incrédulos. Sobre aqueles que temem ao Senhor, "nascerá o sol da justiça e salvação trará debaixo das asas" (Malaquias 4:2). Mas para os incrédulos o dia do Senhor "os abrasará... de sorte que não lhes deixará nem raiz nem ramo" (Malaquias 4:1). O Novo Testamento segue de perto o Velho ao descrever o fim dos ímpios com palavras e imagens que denotam aniquilamento total:

Jesus comparou a destruição total dos ímpios a coisas como o joio atado em molhos para serem queimados (Mateus 13:30; Mateus 13:40 a 43).

O peixe ruim que é lançado fora (Mateus 13:47 a 50). As plantas daninhas que serão arrancadas (Mateus 15:13). A árvore sem fruto que será cortada (Lucas 13:6 a 9). Os ramos ressequidos que são lançados no fogo (João 15:6). Os lavradores infiéis que serão destruídos (Lucas 20:16 e 17). Os antediluvianos que foram destruídos pelo dilúvio (Lucas 17:27). O povo de Sodoma e Gomorra que foi consumido pelo fogo (Lucas 17:29 e 30). E os servos rebeldes que foram mortos na volta de seu Senhor (Lucas 19:27).

Todas estas ilustrações descrevem de modo gráfico a destruição final dos ímpios. O contraste entre o destino dos salvos e o dos perdidos é de vida versus destruição. Aqueles que apelam às referências de Cristo ao inferno ou fogo do inferno (gehenna):

Mateus 5:22 Mateus 5:29 e 30 Mateus 18:8 e 9

Mateus 23:15 Marcos 9:44 a 49 Mateus 23:33

para apoiar sua crença num tormento eterno, deixam de reconhecer um ponto importante. Como John Stott assinala: "O fogo mesmo é chamado 'eterno' e 'inextinguível', mas seria muito estranho se aquilo que nele é jogado se demonstrasse indestrutível. Esperaríamos o oposto: seria consumido para sempre, não atormentado para sempre. Seque-se que é a fumaça (evidência que o fogo efetuou o seu trabalho) que 'sobe para todo o sempre' (Apocalipse 14:11)".3

A referência de Cristo a gehenna não indica que o inferno seja um lugar de tormento infindo. O que é eterno ou inextinguível não é o castigo mas o fogo que, como no caso de Sodoma e Gomorra, causa a destruição completa e permanente dos ímpios, uma condição que dura para sempre.

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A declaração de Cristo de que os ímpios "'irão para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna'" (Mateus 25:46) é geralmente considerada como prova do sofrimento eterno e consciente dos ímpios. Esta interpretação ignora a diferença entre punição eterna e o ato de punir eternamente. O termo grego aionios ("eterno") literalmente significa "aquilo que dura um período", e freqüentemente refere à permanência do resultado e não à continuação de um processo. Por exemplo, Judas 7 diz que Sodoma e Gomorra sofreram "a pena do fogo eterno". É evidente que o fogo que destruiu as duas cidades é eterno, não por causa de sua duração mas por causa de seus resultados permanentes.

Outro exemplo se encontra em II Tessalonicenses 1:9, onde Paulo, falando daqueles que rejeitam o evangelho, diz: "Os quais, por castigo, padecerão eterna perdição, ante a face do Senhor e a glória do Seu poder." É evidente que a destruição dos ímpios não pode ser eterna em sua duração, porque é difícil imaginar um processo de destruição eterno e inconclusivo. Destruição pressupõe aniquilamento. A destruição dos ímpios é eterna, não porque o processo de destruição continua para sempre, mas porque os resultados são permanentes. A linguagem de destruição é inescapável no livro do Apocalipse. Lá ele representa a maneira de Deus vencer a oposição do mal a Si mesmo e a Seu povo. João descreve com ilustrações vívidas o lançamento do diabo, da besta, do falso profeta, da morte, de hades e de todos os ímpios no lago de fogo que é a "segunda morte" (Apocalipse 2:11; Apocalipse 20:4 a 15; Apocalipse 21:8). Os judeus freqüentemente usavam a frase "segunda morte" para descrever a morte final e irreversível. Exemplos numerosos podem ser achados no Targum, a tradução e interpretação em aramaico do Velho Testamento. Por exemplo, o Targum sobre Isaías 65:6 diz: "Seu castigo será em Gehenna onde o fogo arde todo o dia. Eis, está escrito diante de Mim: 'Não lhes darei descanso durante [sua] vida mas darei o castigo de sua transgressão e entregarei seus corpos à segunda morte'".4

Para os salvos, a ressurreição marca o galardão de outra vida mais elevada, mas para os perdidos marca a retribuição de uma segunda morte que é o final. Como não há mais morte para os remidos (Apocalipse 20:4), assim não há mais vida para os perdidos (Apocalipse 21:8). A "segunda morte", então, é a morte final e irreversível. Interpretar a frase de um outro modo, como um tormento eterno e consciente ou separação de Deus, nega o significado bíblico da morte como uma cessação de vida.

3. As implicações morais do tormento eterno. Uma terceira razão para crer no aniquilamento final dos perdidos e a implicação moral inaceitável da doutrina do tormento eterno. A noção de que Deus deliberadamente tortura pecadores através de séculos sem fim da eternidade é totalmente incompatível com a revelação bíblica de Deus como amor infinito. Um Deus que inflige tortura infinita a Suas criaturas, não importa quão pecadoras foram, não podem ser o Pai de amor que Jesus Cristo nos revelou. Tem Deus duas faces? É Ele infinitamente misericordioso de um lado e insaciavelmente cruel de outro? Pode Ele amar os pecadores de tal modo que enviou Seu Filho para salvá-los, e ao mesmo tempo odiar os pecadores impenitentes tanto que os submete a um tormento cruel sem fim? Podemos legitimamente louvar a Deus por Sua bondade, se Ele atormenta os pecadores através dos séculos da eternidade?

A intuição moral que Deus plantou em nossa consciência não pode aceitar a crueldade de uma divindade que sujeita pecadores a tormento infindo. A justiça divina não poderia jamais exigir a penalidade infinita de dor eterna por causa de pecados finitos. Além disso, tormento eterno e consciente é contrário ao conceito bíblico de justiça porque tal castigo criaria uma desproporção séria entre os pecados cometidos durante uma vida e o castigo resultante durando por toda eternidade.

Como John Stott pergunta: "Não haveria, então, uma desproporção séria entre pecados conscientemente cometidos no tempo e tormento conscientemente sofrido através da eternidade? Não minimizo a gravidade do pecado como rebelião contra Deus nosso Criador, mas questiono se 'tormento eterno consciente' é compatível com a revelação bíblica da justiça divina".5

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4. As implicações cosmológicas do tormento eterno. Uma razão final para crer no aniquilamento dos perdidos é que tormento eterno pressupõe um dualismo cósmico eterno. Céu e inferno, felicidade e dor, bem e mal continuariam a existir para sempre lado a lado. É impossível reconciliar essa opinião com a visão da Nova Terra na qual não mais "haverá morte, nem pranto, nem clamor, porque já as primeiras coisas são passadas" (Apocalipse 21:4).

Como poderia pranto e dor serem esquecidos se a agonia e angústia dos perdidos fossem aspectos da nova ordem? A presença de incontáveis milhões sofrendo para sempre tormento excruciante, mesmo se fosse bem longe do arraial dos santos, serviria apenas para destruir a paz e felicidade do novo mundo. A nova criação resultaria defeituosa desde o primeiro dia, visto que os pecadores permaneceriam como uma realidade eterna no universo de Deus.

O propósito da salvação é desarraigar definitivamente a presença de pecado e pecadores deste mundo. Somente se os pecadores, Satanás e os diabos são afinal consumidos no lago de fogo e extintos na segunda morte, é que verdadeiramente poderemos dizer que a missão redentora de Cristo foi concluída. Tormento eterno lançaria uma sombra permanente sobre a nova criação.

Nossa geração precisa desesperadamente aprender o temor de Deus, e esta é uma razão para pregar o juízo final e castigo. Precisamos advertir as pessoas que aqueles que rejeitam os princípios da vida de Cristo e a provisão de salvação experimentaram afinal um julgamento terrível e "padecerão eterna perdição" (II Tessaloninceses1:9). Precisamos proclamar as grandes alternativas entre vida eterna e destruição permanente. A recuperação do ponto de vista bíblico do juízo final pode soltar a língua dos pregadores, porque podem pregar esta doutrina vital sem receio de retratar a Deus como um monstro.

Revista, Diálogo Universitário, vol. 10, n.º 3, 1998, pág. 9.

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24 Razões Para Guardar o Sábado

Fonte: Supersocial

Passagens do Antigo Testamento

1º) O Sábado [Sétimo Dia] é um dos itens da Lei dos Dez Mandamentos[Êxodo 20.1-17]. 2º) O próprio Deus, ao criar o mundo, guardou o Sábado (dando-nos exemplo)pois, no sétimo dia, descansou, o abençoou e o santificou[Gênesis 2.3]. 3º) Santificar o Sábado é um pacto entre nós e Deus, um sinalexterno, visível, uma declaração pública de que reconhecemos que o Senhor Jeováé o nosso Deus [Ezequiel 20.12]. 4º) Guardar o Sábado [Sétimo Dia] é um sinal exterior, uma evidência externa que nos torna cientes que Deus nos está santificando [Ezequiel 20.20]. 5º) É o memorial da Criação, isto é: o marco que nos lembra que Deus é o Criadordo Universo [Êxodo 20.8-11]. 6º) É o memorial da Justificação pela Fé, da nossa libertação do jugo satânico, da nossa redenção em Cristo Jesus [Deuteronômio 5.12-15]. 7º) O Sábado [Sétimo Dia] vai de Éden a Éden, pois também na Nova Terra, isto é: no Paraíso, será observado pelos salvos por toda a eternidade [Isaías 66.23]. 8º) Deus chama o Sábado [Sétimo Dia] de o ‘Meu santo dia" [Isaías 58.13]. Se a palavra ‘domingo’significa ‘Dia do Senhor’, então o verdadeiro Domingo [‘dia do Senhor’] não é o do primeirodia da semana e sim o Sétimo Dia. Passagens do Novo Testamento 9º) O Senhor, reverenciado e adorado ao se guardar o Sétimo Dia, é Jesus Cristo, o ‘Senhor do Sábado’[Marcos 2.28]. 10º) Guardar o Sétimo Dia é uma demonstração de nosso amor a Deus [João 14.21].‘O cumprimento da Lei é o amor’ [Romanos 12.10]; ‘E o amor é este, que andemos segundos os Seus mandamentos’ [2 João 6]; ‘Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus, quando amamos a Deus e praticamos os Seus mandamentos. Porque este é o amor de Deus, que guardemos os Seus mandamentos’ [1 João 5.2-3]. 11º) Jesus teve por costume guardar o Sábado e freqüentar a igreja neste dia [São Lucas 4.16; 13.10] e os cristãos têm como objetivo seguir o exemplo dado pelo Mestre. 12º) Segundo a afirmação do nosso Criador, Ele estabeleceu o Sábado por nossa causa, isto é: nós, os humanos de todas as épocas, necessitamos do Sábado [Marcos 2.27]. 13º) Como Jesus nos disse que ‘nem um i ou um til jamais passará da lei’, então a guarda do Sábado continua em vigor hoje, pois o céu e a terra ainda não passaram, mas existem, e o Sétimo Dia é um dos itens da Lei[São Mateus 5.18]. 14º) A disputa entre Cristo e Seus inimigos judeus era a respeito da maneira corretade se guardar o Sábado e não em relação a guardar outrodia [Mateus 12.9-12; S. Marcos 2.23-28; 3.1-6 etc.]. 15º) Jesus recomendou que Sua Igreja guardasse o Sábado quarenta anos apósSua ressurreição [Mateus 24.20]. 16º) O apóstolo Paulo guardou o Sábado tanto entre os gentios [Atos 16.11-13], como entre os judeus [Atos 17.2; 18.4,11; 13.42-44]. 17º) A fé não anulou a Lei dos Dez Mandamentos, antes a confirmou [Romanos 3.31]. Então a fé em Cristo, em Sua graça, não anulou o Sábado. 18º) Os cristãos guardam o Sábado não para se salvar, mas porque que foram salvospor Jesus lhes ter creditado Sua morte e Sua vida de perfeita obediência à Lei [2 Coríntios 5.21; Romanos 5.19; São João 15.2]. 20º) Afirmar que amamos a Jesus, e não guardar um dos Dez Mandamentos, seria declarar-nos mentirosos[1 João 2.4]. 19º) Não existe nenhum mandamento abolindo ou alterando a santificação ou a guarda do Sábado, isto tanto no Antigo como também no Novo Testamento. 21º) No Novo Testamento não existe nenhum mandamento para se guardar o domingo [Primeira Feira]. 22º) Quem não guarda o Sétimo Dia, conforme a Bíblia ensina, torna-se culpado de transgredir toda a Lei do Amor ou seja: a Lei da Liberdade em Cristo, a Lei dos Dez Mandamentos [Tiago 2.10-12]. 23º) A Igreja do Deus vivo, o remanescente final, ‘guarda os mandamentos de Deus’[Apocalipse 12.17], logo guarda tambémo santo Sábado do Senhor.

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24º) O Sábado é o sinalde Deus [Ezequiel 20.12;20.20], então, é, igualmente, o sinal do Filho do homem, pois Jesus é Deus [S. João 1.1]. Como há, e haverá, intensa disputa entre o Sábado [Sétimo Dia] e o Domingo [Primeira Feira], antes da volta de Jesus, Deus escreverá no céu o quarto mandamento [isto é: o sinal de Deus], pois Jesus afirmou: ‘Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; todos os povos da terra se lamentarão...; [Mateus 24.30].

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Lidando Com as Brigas e a Raiva no Casamento

Cavs

Casamento é um desafio. É uma relação de duas pessoas diferentes. Diferentes quanto ao temperamento, famílias de origem com suas características diferentes, diferentes quanto a determinados gostos, etc. Parece ser importante haver o seguinte, para um casamento seguir bem:

Respeito Confiança Paciência Lealdade Honestidade Comunicação Manutenção da individualidade (um não anular a sua pessoa para agradar o outro) Descontração Sexualidade de comum acordo Lazer Espiritualidade

Quando surgem brigas (e em todos os casamentos surgir brigas vez ou outra é normal) que geram raiva, é importante aprender a lidar corretamente com ela. Se você a suprime, ou seja, joga-a para dentro de si mesma, você adoece. Se transfere, por exemplo, para os filhos, isso causará lesões psicológicas neles e piorará. Um caminho é dirigir a raiva para o objeto, para o fato e não para a pessoa. Exemplo: se seu marido fez algo que a desgostou, ao invés de lhe dizer "Você é um desastrado!", o que estará atacando a pessoa dele, você pode dizer-lhe: "Quando você teve aquela atitude (atitude qual), fiquei me sentindo muito triste e desanimada, porque pareceu-me que você não ligou para a família." Veja que nesse exemplo você está desabafando, está falando daquilo que não deve ser jogado para dentro de si, mas não está atacando a pessoa. Desse modo sua raiva pode ser expressada sem ferir o outro e, por isso, pode ser aceita, tanto por você quanto pela outra pessoa. Quando surgem brigas num casamento, sempre é bom lembrar que há as brigas produtivas e as improdutivas. Aquelas que são improdutivas nunca levam a conclusão alguma. Ambos terminam se agredindo, verbal e/ou fisicamente, não se consegue ouvir de verdade o que o outro tem a dizer. Ao passo que numa briga construtiva, quando ela termina, há alguma conclusão prática, por exemplo: o marido decide que irá pegar as crianças na escola, a mulher irá fazer as compras, irão dividir o orçamento do casal de maneira mais equilibrada, etc. Há acordos feitos após os momentos de tensão. E são acordos bons para todos. Não há desespero, nem ataques pessoais.

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21 Dicas para um Casamento dar Certo

Fonte: Conviccaotrio.dk3 Invista no seu relacionamento matrimonial para que floresça e dure para sempre

1. Aceite-o(a) como ele(a) é, sem procurar mudá-lo(a), apenas para atender às suas próprias expectativas e interesses. Se for necessário e oportuno, faça-lhe sugestões, nunca imposições. Nunca idealize a sua imagem: o outro é alguém de carne e osso.

2. Ajude-o(a) a superar seus defeitos e limitações. Não explore nem manipule suas carências afetivas e pontos-fracos e jamais critique-o(a) na frente de terceiros.

3. Não lhe faça cobranças de qualquer espécie. 4. Quem ama de verdade, respeita a liberdade. 5. Preserve seu jeito de ser, suas características e gostos pessoais. Não permita

que a sua identidade individual fique apagada ou até mesmo se dissolva na relação.

6. Mantenha seu espaço individual e cultive seus momentos de privacidade. Só assim a relação a dois não se tornará cansativa e estéril.

7. Faça suas próprias escolhas e siga seus próprios caminhos. Nunca abandone seus sonhos e ideais só por não serem também os sonhos do outro. Se isso ocorrer, você certamente cobrará muito caro dele(a) mais tarde.

8. É imprescindível que haja espaço para o outro se relacionar com as demais pessoas. Não queira ser tudo para ele(a), tentando preencher todas as suas necessidades de relacionamento. Estimule-o(a) a relacionar-se com outras pessoas e respeite os seus amigos, mesmo se não os apreciar.

9. Confie no outro: o ciúme é a pior doença que pode atingir uma relação. Jamais o(a) espione, controle seus passos ou faça inspeção nas suas coisas, nem por simples curiosidade. Aliás, quando uma relação chega a esse ponto, é sinal que já acabou há muito tempo ou que nunca existiu.

10. Diga claramente o que você quer e precisa do outro. Não espere que ele(a) adivinhe as suas necessidades, nem lhe esconda suas dificuldades, sejam elas afetivas ou materiais. Aprenda a pedir-lhe ajuda, carinho e colo.

11. Peça e dê ao outro feedback constante a respeito da relação de vocês dois, não só lhe dizendo claramente quando alguma coisa não for bem, mas também falando dos bons momentos que estiverem passando juntos.

12. Habitue-se a cortejar o outro e a manter-se atraente, mesmo depois de já estarem juntos por um longo tempo.

13. Produza-se sempre para se encontrarem, pois intimidade não autoriza você a tratá-lo(a) com descaso e desleixo.

14. Não espere ocasiões ou momentos especiais para fazer-lhe carinho, declarar o seu amor e dizer-lhe o quanto ele(a) é especial para você.

15. Lembre-se de lhe dar pequenos presentes de surpresa, sem que haja nenhum motivo especial para isso.

16. Tenha seus próprios parâmetros e referências para saber a quantas anda a sua relação. Não se deixe levar pelos padrões e referências dos outros. Resista à sedução social de fazer comparações com outros casais.

17. Nunca permita que terceiros interfiram nos rumos da sua relação. 18. Saiba que é impossível você concordar com o outro em tudo e o tempo inteiro,

mas procure sempre resolver suas divergências e conflitos sem agressões, sabendo que desentendimentos, quando bem trabalhados, só contribuem para o crescimento da relação de vocês.

19. Não permita que seus dias de mau-humor (quem não os tem!) se transformem em cenas de violência gratuita dentro da sua relação.

20. Mantenha sua relação sempre em alto astral, sobretudo quando pintarem os baixos da vida.Você está junto dele(a) para crescer e ser feliz, não para sofrer e se degradar.

21. Qualquer que seja a situação, namorem bastante, amem de montão que o resto tem solução!

(Material transcrito de uma das Listas Adventistas de Discussão, da Internet)

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95 TESES DE LUTERO

Debate para o esclarecimento do valor das indulgências Por amor à verdade e no empenho de elucidá-la, discutir-se-á o seguinte em Wittenberg, sob a presidência do reverendo padre Martinho Lutero, mestre de Artes e de Santa Teologia e professor catedrático desta última, naquela localidade. Por esta razão, ele solicita que os que não puderem estar presentes e debater conosco oralmente o façam por escrito, mesmo que ausentes. Em nome do nosso Senhor Jesus Cristo. Amém. 1. Ao dizer: "Fazei penitência", etc. [Mt 4.17], o nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo quis que toda a vida dos fiéis fosse penitência. 2. Esta penitência não pode ser entendida como penitência sacramental (isto é, da confissão e satisfação celebrada pelo ministério dos sacerdotes). 3. No entanto, ela não se refere apenas a uma penitência interior; sim, a penitência interior seria nula, se, externamente, não produzisse toda sorte de mortificação da carne. 4. Por conseqüência, a pena perdura enquanto persiste o ódio de si mesmo (isto é a verdadeira penitência interior), ou seja, até a entrada do reino dos céus. 5. O papa não quer nem pode dispensar de quaisquer penas senão daquelas que impôs por decisão própria ou dos cânones. 6. O papa não pode remitir culpa alguma senão declarando e confirmando que ela foi perdoada por Deus, ou, sem dúvida, remitindo-a nos casos reservados para si; se estes forem desprezados, a culpa permanecerá por inteiro. 7. Deus não perdoa a culpa de qualquer pessoa sem, ao mesmo tempo, sujeitá-la, em tudo humilhada, ao sacerdote, seu vigário. 8. Os cânones penitenciais são impostos apenas aos vivos; segundo os mesmos cânones, nada deve ser imposto aos moribundos. 9. Por isso, o Espírito Santo nos beneficia através do papa quando este, em seus decretos, sempre exclui a circunstância da morte e da necessidade. 10. Agem mal e sem conhecimento de causa aqueles sacerdotes que reservam aos moribundos penitências canônicas para o purgatório. 11. Essa erva daninha de transformar a pena canônica em pena do purgatório parece ter sido semeada enquanto os bispos certamente dormiam. 12. Antigamente se impunham as penas canônicas não depois, mas antes da absolvição, como verificação da verdadeira contrição. 13. Através da morte, os moribundos pagam tudo e já estão mortos para as leis canônicas, tendo, por direito, isenção das mesmas. 14. Saúde ou amor imperfeito no moribundo necessariamente traz consigo grande temor, e tanto mais, quanto menor for o amor. 15. Este temor e horror por si sós já bastam (para não falar de outras coisas) para produzir a pena do purgatório, uma vez que estão próximos do horror do desespero.

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16. Inferno, purgatório e céu parecem diferir da mesma forma que o desespero, o semidesespero e a segurança. 17. Parece desnecessário, para as almas no purgatório, que o horror diminua na medida em que cresce o amor. 18. Parece não ter sido provado, nem por meio de argumentos racionais nem da Escritura, que elas se encontram fora do estado de mérito ou de crescimento no amor. 19. Também parece não ter sido provado que as almas no purgatório estejam certas de sua bem-aventurança, ao menos não todas, mesmo que nós, de nossa parte, tenhamos plena certeza. 20. Portanto, sob remissão plena de todas as penas, o papa não entende simplesmente todas, mas somente aquelas que ele mesmo impôs. 21. Erram, portanto, os pregadores de indulgências que afirmam que a pessoa é absolvida de toda pena e salva pelas indulgências do papa. 22. Com efeito, ele não dispensa as almas no purgatório de uma única pena que, segundo os cânones, elas deveriam ter pago nesta vida. 23. Se é que se pode dar algum perdão de todas as penas a alguém, ele, certamente, só é dado aos mais perfeitos, isto é, pouquíssimos. 24. Por isso, a maior parte do povo está sendo necessariamente ludibriada por essa magnífica e indistinta promessa de absolvição da pena. 25. O mesmo poder que o papa tem sobre o purgatório de modo geral, qualquer bispo e cura tem em sua diocese e paróquia em particular. 26. O papa faz muito bem ao dar remissão às almas não pelo poder das chaves (que ele não tem), mas por meio de intercessão. 27. Pregam doutrina humana os que dizem que, tão logo tilintar a moeda lançada na caixa, a alma sairá voando [do purgatório para o céu]. 28. Certo é que, ao tilintar a moeda na caixa, podem aumentar o lucro e a cobiça; a intercessão da Igreja, porém, depende apenas da vontade de Deus. 29. E quem é que sabe se todas as almas no purgatório querem ser resgatadas? Dizem que este não foi o caso com S. Severino e S. Pascoal. 30. Ninguém tem certeza da veracidade de sua contrição, muito menos de haver conseguido plena remissão. 31. Tão raro como quem é penitente de verdade é quem adquire autenticamente as indulgências, ou seja, é raríssimo. 32. Serão condenados em eternidade, juntamente com seus mestres, aqueles que se julgam seguros de sua salvação através de carta de indulgência. 33. Deve-se ter muita cautela com aqueles que dizem serem as indulgências do papa aquela inestimável dádiva de Deus através da qual a pessoa é reconciliada com Deus. 34. Pois aquelas graças das indulgências se referem somente às penas de satisfação sacramental, determinadas por seres humanos. 35. Não pregam cristãmente os que ensinam não ser necessária a contrição àqueles que querem resgatar ou adquirir breves confessionais. 36. Qualquer cristão verdadeiramente arrependido tem direito à remissão pela de pena e culpa, mesmo sem carta de indulgência.

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37. Qualquer cristão verdadeiro, seja vivo, seja morto, tem participação em todos os bens de Cristo e da Igreja, por dádiva de Deus, mesmo sem carta de indulgência. 38. Mesmo assim, a remissão e participação do papa de forma alguma devem ser desprezadas, porque (como disse) constituem declaração do perdão divino. 39. Até mesmo para os mais doutos teólogos é dificílimo exaltar perante o povo ao mesmo tempo, a liberdade das indulgências e a verdadeira contrição. 40. A verdadeira contrição procura e ama as penas, ao passo que a abundância das indulgências as afrouxa e faz odiá-las, pelo menos dando ocasião para tanto. 41. Deve-se pregar com muita cautela sobre as indulgências apostólicas, para que o povo não as julgue erroneamente como preferíveis às demais boas obras do amor. 42. Deve-se ensinar aos cristãos que não é pensamento do papa que a compra de indulgências possa, de alguma forma, ser comparada com as obras de misericórdia. 43. Deve-se ensinar aos cristãos que, dando ao pobre ou emprestando ao necessitado, procedem melhor do que se comprassem indulgências. 44. Ocorre que através da obra de amor cresce o amor e a pessoa se torna melhor, ao passo que com as indulgências ela não se torna melhor, mas apenas mais livre da pena. 45. Deve-se ensinar aos cristãos que quem vê um carente e o negligencia para gastar com indulgências obtém para si não as indulgências do papa, mas a ira de Deus. 46. Deve-se ensinar aos cristãos que, se não tiverem bens em abundância, devem conservar o que é necessário para sua casa e de forma alguma desperdiçar dinheiro com indulgência. 47. Deve-se ensinar aos cristãos que a compra de indulgências é livre e não constitui obrigação. 48. Deve-se ensinar aos cristãos que, ao conceder indulgências, o papa, assim como mais necessita, da mesma forma mais deseja uma oração devota a seu favor do que o dinheiro que se está pronto a pagar. 49. Deve-se ensinar aos cristãos que as indulgências do papa são úteis se não depositam sua confiança nelas, porém, extremamente prejudiciais se perdem o temor de Deus por causa delas. 50. Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa soubesse das exações dos pregadores de indulgências, preferiria reduzir a cinzas a Basílica de S. Pedro a edificá-la com a pele, a carne e os ossos de suas ovelhas. 51. Deve-se ensinar aos cristãos que o papa estaria disposto - como é seu dever - a dar do seu dinheiro àqueles muitos de quem alguns pregadores de indulgências extraem ardilosamente o dinheiro, mesmo que para isto fosse necessário vender a Basílica de S. Pedro. 52. Vã é a confiança na salvação por meio de cartas de indulgências, mesmo que o comissário ou até mesmo o próprio papa desse sua alma como garantia pelas mesmas. 53. São inimigos de Cristo e do papa aqueles que, por causa da pregação de indulgências, fazem calar por inteiro a palavra de Deus nas demais igrejas. 54. Ofende-se a palavra de Deus quando, em um mesmo sermão, se dedica tanto ou mais tempo às indulgências do que a ela. 55. A atitude do papa é necessariamente esta: se as indulgências (que são o menos importante) são celebradas com um toque de sino, uma procissão e uma cerimônia, o Evangelho (que é o mais importante) deve ser anunciado com uma centena de sinos, procissões e cerimônias.

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56. Os tesouros da Igreja, dos quais o papa concede as indulgências, não são suficientemente mencionados nem conhecidos entre o povo de Cristo. 57. É evidente que eles, certamente, não são de natureza temporal, visto que muitos pregadores não os distribuem tão facilmente, mas apenas os ajuntam. 58. Eles tampouco são os méritos de Cristo e dos santos, pois estes sempre operam, sem o papa, a graça do ser humano interior e a cruz, a morte e o inferno do ser humano exterior. 59. S. Lourenço disse que os pobres da Igreja são os tesouros da mesma, empregando, no entanto, a palavra como era usada em sua época. 60. É sem temeridade que dizemos que as chaves da Igreja, que lhe foram proporcionadas pelo mérito de Cristo, constituem este tesouro. 61. Pois está claro que, para a remissão das penas e dos casos, o poder do papa por si só é suficiente. 62. O verdadeiro tesouro da Igreja é o santíssimo Evangelho da glória e da graça de Deus. 63. Este tesouro, entretanto, é o mais odiado, e com razão, porque faz com que os primeiros sejam os últimos. 64. Em contrapartida, o tesouro das indulgências é o mais benquisto, e com razão, pois faz dos últimos os primeiros. 65. Por esta razão, os tesouros do Evangelho são as redes com que outrora se pescavam homens possuidores de riquezas. 66. Os tesouros das indulgências, por sua vez, são as redes com que hoje se pesca a riqueza dos homens. 67. As indulgências apregoadas pelos seus vendedores como as maiores graças realmente podem ser entendidas como tal, na medida em que dão boa renda. 68. Entretanto, na verdade, elas são as graças mais ínfimas em comparação com a graça de Deus e a piedade na cruz. 69. Os bispos e curas têm a obrigação de admitir com toda a reverência os comissários de indulgências apostólicas. 70. Têm, porém, a obrigação ainda maior de observar com os dois olhos e atentar com ambos os ouvidos para que esses comissários não preguem os seus próprios sonhos em lugar do que lhes foi incumbido pelo papa. 71. Seja excomungado e maldito quem falar contra a verdade das indulgências apostólicas. 72. Seja bendito, porém, quem ficar alerta contra a devassidão e licenciosidade das palavras de um pregador de indulgências. 73. Assim como o papa, com razão, fulmina aqueles que, de qualquer forma, procuram defraudar o comércio de indulgências, 74. muito mais deseja fulminar aqueles que, a pretexto das indulgências, procuram defraudar a santa caridade e verdade. 75. A opinião de que as indulgências papais são tão eficazes ao ponto de poderem absolver um homem mesmo que tivesse violentado a mãe de Deus, caso isso fosse possível, é loucura. 76. Afirmamos, pelo contrário, que as indulgências papais não podem anular sequer o menor dos pecados veniais no que se refere à sua culpa.

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77. A afirmação de que nem mesmo S. Pedro, caso fosse o papa atualmente, poderia conceder maiores graças é blasfêmia contra São Pedro e o papa. 78. Afirmamos, ao contrário, que também este, assim como qualquer papa, tem graças maiores, quais sejam, o Evangelho, os poderes, os dons de curar, etc., como está escrito em 1 Co 12. 79. É blasfêmia dizer que a cruz com as armas do papa, insignemente erguida, equivale à cruz de Cristo. 80. Terão que prestar contas os bispos, curas e teólogos que permitem que semelhantes conversas sejam difundidas entre o povo. 81. Essa licenciosa pregação de indulgências faz com que não seja fácil, nem para os homens doutos, defender a dignidade do papa contra calúnias ou perguntas, sem dúvida argutas, dos leigos. 82. Por exemplo: por que o papa não evacua o purgatório por causa do santíssimo amor e da extrema necessidade das almas - o que seria a mais justa de todas as causas -, se redime um número infinito de almas por causa do funestíssimo dinheiro para a construção da basílica - que é uma causa tão insignificante? 83. Do mesmo modo: por que se mantêm as exéquias e os aniversários dos falecidos e por que ele não restitui ou permite que se recebam de volta as doações efetuadas em favor deles, visto que já não é justo orar pelos redimidos? 84. Do mesmo modo: que nova piedade de Deus e do papa é essa: por causa do dinheiro, permitem ao ímpio e inimigo redimir uma alma piedosa e amiga de Deus, porém não a redimem por causa da necessidade da mesma alma piedosa e dileta, por amor gratuito? 85. Do mesmo modo: por que os cânones penitenciais - de fato e por desuso já há muito revogados e mortos - ainda assim são redimidos com dinheiro, pela concessão de indulgências, como se ainda estivessem em pleno vigor? 86. Do mesmo modo: por que o papa, cuja fortuna hoje é maior do que a dos mais ricos Crassos, não constrói com seu próprio dinheiro ao menos esta uma basílica de São Pedro, ao invés de fazê-lo com o dinheiro dos pobres fiéis? 87. Do mesmo modo: o que é que o papa perdoa e concede àqueles que, pela contrição perfeita, têm direito à remissão e participação plenária? 88. Do mesmo modo: que benefício maior se poderia proporcionar à Igreja do que se o papa, assim como agora o faz uma vez, da mesma forma concedesse essas remissões e participações 100 vezes ao dia a qualquer dos fiéis? 89. Já que, com as indulgências, o papa procura mais a salvação das almas do o dinheiro, por que suspende as cartas e indulgências outrora já concedidas, se são igualmente eficazes? 90. Reprimir esses argumentos muito perspicazes dos leigos somente pela força, sem refutá-los apresentando razões, significa expor a Igreja e o papa à zombaria dos inimigos e desgraçar os cristãos. 91. Se, portanto, as indulgências fossem pregadas em conformidade com o espírito e a opinião do papa, todas essas objeções poderiam ser facilmente respondidas e nem mesmo teriam surgido. 92. Fora, pois, com todos esses profetas que dizem ao povo de Cristo: "Paz, paz!" sem que haja paz! 93. Que prosperem todos os profetas que dizem ao povo de Cristo: "Cruz! Cruz!" sem que haja cruz! 94. Devem-se exortar os cristãos a que se esforcem por seguir a Cristo, seu cabeça, através

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das penas, da morte e do inferno; 95. e, assim, a que confiem que entrarão no céu antes através de muitas tribulações do que pela segurança da paz. 1517 A.D.

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Erros na Bíblia

A Bíblia está CHEIA de erros

-o primeiro erro foi quando Eva duvidou da Palavra de Deus; -o segundo erro aconteceu quando seu esposo fez o mesmo; -e assim erros e mais erros ainda estão sendo cometidos... -porque as pessoas insistem em duvidar da Palavra de Deus.

A Bíblia está CHEIA de contradições

-Ela contradiz o orgulho e o preconceito; -Ela contradiz a lascívia e a desobediência; -Ela contradiz o seu pecado e o meu.

A Bíblia está CHEIA de falhas

-porque Ela é o relato de pessoas que falharam muitas vezes ; - assim foi com a falha de Adão; -com a falha de Caim; -e a de Moisés; -bem como a falha de Davi e a de muitos outros que também falharam. -Mas Ela é também o relato do amor infallível de Deus.

Deus NÃO ESCREVEU a Bíblia

-para pessoas que querem jogar com as palavras; -para aqueles que gostam de examinar o que é bom mas sem fazê-lo; -para o homem que não acredita porque não quer.

O homem moderno DESCARTOU os ensinamentos da Bíblia

-pelas mesmas razões que outros homens tem descartado através da história; -por grande ignorância a sua verdadeira mensagem e conteúdo; -intransigente apatia em recusar considerar suas declarações; -bem conhecidos pseudo-cientistas posando de críticos honestos; -convicção secreta de que este Livro está certo e de que os homens estão errados.

Somente uma pessoa PRECONCEITUOSA acreditaria que:

-os ensinamentos biblícos são passados e irracionais, sendo princípios arcaicos e sem propósito; -a Bíblia está cheia de discrepâncias e afirmações inaceitáveis; -Ela só poderia ser trabalho irrelevante e não inspirado de meros homens.

A Bíblia é , afinal, somente mais um LIVRO RELIGIOSO

-para milhares que não se arriscam serem honestos consigo mesmos e com Deus; -para aqueles que tem medo de aceitar o desafio do próprio Deus a um exame honesto; -para aqueles que não querem examiná-la a fundo porque Ela diz verdadeiramente como os homens são.

E você não pode ENTENDER ou CONFIAR no que a Bíblia diz

-a menos que você esteja disposto a considerar as evidências e encarar face a face o AUTOR! (Tradução de texto escrito por Winkie Pratney)

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ARREBATAMENTO SECRETO

“Então, estando dois no campo, será levado um, e deixado outro. Estando duas moendo no moinho, será levada uma, e deixada outra. Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor”. Mateus 24: 40-42.

Este texto (Mateus 24:40-42) é utilizado para crer-se que os santos serão raptados secretamente antes da volta de Jesus. Esta teoria firmada neste texto isolado é um mito medieval criado pelos adeptos da Contra Reforma. Este ensino empana o magestoso brilho da ressurreição bíblica. Em Mateus 24 Jesus apresenta a maior profecia de Sua vinda. E no contexto (Mat. 24:48-51) evidencia-se o ensino claro de Jesus: Estar alerta, porque ao retornar o Senhor, um será “tomado”, outro será “deixado”. Em Sodoma e Gomorra apenas três pessoas foram “levadas”, isto é: escaparam da destruição. No dilúvio, oito se salvaram. Na destruição de Jerusalém, quem estava alerta (Mat. 24:15-20), fugiu e se salvou. Nenhuma daquelas pessoas foi arrebatada. Arrebatados na Bíblia só houve Enoque e Elias, e o arrebatamento não foi secreto. A Bíblia é clara ao apresentar a doutrina da ressurreição: I Coríntios 15:51-54: – “Eis aqui vos digo um grande mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados. Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade. E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória”. I Tessalonicenses 4:13-18: – “Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais como os demais, que não tem esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem Deus os tornará a trazer com Ele. Dizemo-vos, pois, isto, pela Palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do Céu com alarido e com a voz de Arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com Ele nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor”. Na primeira ressurreição, participarão todos os justos mortos de todas as épocas (I Tess 4: 16). Com os justos vivos, são todos arrebatados (I Tes. 4:17). Mil anos mais tarde ocorre a segunda ressurreição, que é a dos ímpios (Apoc. 20:5).

OBSERVAÇÃO – Um pouco antes da volta de Jesus, ocorre uma ressurreição parcial, menor, segundo Daniel 12:2. Nesta ressurreição parcial, ressuscitarão para contemplar o Senhor os que recusaram, traspassaram, crucificaram, zombaram e escarneceram da agonia de Cristo (Apoc. 1:7). Estas pessoas morrerão três vezes. Primeira: A morte natural. Segunda: Após esta ressurreição especial, depois que tiverem contemplado o Senhor Jesus, voltarão a morrer. Terceira: Após o milênio ressuscitam para serem exterminados com todos os rebeldes. Percebe como é linda e clara a doutrina da ressurreição? Ouça isso: I Coríntios 15: 20 “Mas agora Cristo ressuscitou dos mortos, e foi feito as primícias dos que dormem.” A ressurreição de Moisés, do filho da viúva de Naim, da filha de Jairo e Lázaro, dependiam da ressurreição de Jesus. Isto foi possível porque Cristo ressuscitaria. Cristo ficou como fiador destas ressurreições. Por isso Jesus é a primícia. Houvesse arrebatamento secreto, haveria necessidade da ressurreição? Releia este texto esclarecedor: Apocalipse 1: 7 “Eis que vem com as nuvens, e TODO o olho o verá, até quantos o traspassaram...” ATENÇÃO Quando é dia aqui no Brasil é noite no Japão. Mas, não duvide – TODO olho verá Jesus voltando. Deus esticará a Terra se preciso for . E mais, os que assassinaram a Jesus não possuiam fé, logo, não é o olho da fé. Todos os seres humanos, um dia verão a Deus. Na volta de Jesus, uns serão “levados”, outros serão “deixados”. O RETORNO DE CRISTO SERÁ: • Audível (I Tess. 4:16). • Glorioso (Mat. 16:27; Apoc. 19:11-16). • Súbito e inesperado (Mateus 24:38-39).

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Depois de tudo que Jesus passou por amor a nós; vilipendiado, massacrado, zombado, esbofeteado, ridicularizado, não é melhor que ao invés de voltar à nossa Terra de forma secreta, chegasse Ele triunfalmente ao som de todas as trombetas, diante dos olhos de todos os mortais? Claro que sim! Não é?

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“AFINAL, QUEM SÃO OS 144.000?” Apocalipse 7:4; 14:1-4

• Somente será este o número de salvos? • São esses salvos as primícias dos mortos ou dos vivos por ocasião da vinda do Senhor? • São esses salvos primícias de toda a seara? • São esses os representantes universais dos salvos?

Se Deus tivesse predestinado somente 144.000 para se salvarem, Jesus não precisaria ter vindo ao mundo, pois este número já teria sido completado nos 4.000 anos antes dEle, e de fato, não se contaminaram com mulheres (igrejas). Os milhões de mártires mortos por causa de Cristo e do evangelho superam em muitos os 144.000. E eles também não se contaminaram com mulheres (igrejas), pois morreram justamente para isto evitar. As crianças mortas por Herodes foram os primeiros mártires que morreram por Cristo Infante e estas não se contaminaram de nenhuma maneira. – É impossível somente 144.000 serem os salvos! Se Deus aprouve escolher 144.000 dentre os milhões de salvos para uma função e deleites especiais, alegremo-nos, eles bem o merecem. Se você e eu formos compôr este grupo, ou se morrermos como mártires nos fogos dos últimos dias, Ele nos dará a força e fé de mártir. O importante mesmo é estarmos entre os salvos. Sentir-me-ei honrado em estar num lugar onde haja 144.000 privilegiados pelo Senhor por causa da tremenda experiência que tiveram. Por isso, só eles entoam o cântico de Moisés e do Cordeiro, “pois é o cântico de sua experiência e nunca ninguém teve experiência semelhante.” – O Grande Conflito, pág. 646:3, Ellen G. White. De minha parte somente haverá alegria, muita felicidade, e nem uma pontinha sequer de inveja por este grupo maravilhoso de pessoas que se deram pelo evangelho de Cristo, depondo a vida como mártir. – Quem sabe os 144.000 (primícias) irão ficar dentro da Santa Cidade e a cada Sábado recepcionarão os salvos (seara-massa) vindos de toda a Terra? Isaías 66:22 e 23. “E, se as primícias são santas, também a massa o é...” Rom. 11:16.

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As Sete Últimas Pragas - Parte I

Eu devia ter seis ou sete anos quando ouvi pela primeira vez falar dos últimos flagelos que cairão neste mundo antes da volta de Cristo. Flagelos divinos não eram desconhecidos para mim porque minha mãe já me havia contado acerca dos flagelos que caíram sobre o Egito, quando Faraó não deixou que Israel saísse para a terra da liberdade.

Mas aquilo era História. Acontecera havia muitos anos, num lugar muito distante de mim e com pessoas que eu não conhecia. Minha diferença diante da dor dos egípcios era uma reação muito humana. Eu até respirava aliviado por não ter estado vivo naquela época.

Mas agora as coisas eram diferentes. O Apocalipse menciona flagelos que cairão num futuro bem próximo. Eu imaginava as pessoas gritando de dor por causa das úlceras e chagas malignas e pestilentas. Os mares e rios convertidos em sangue. O Sol esquentando sete vezes mais, enfim, era um quadro apavorante. Aquela noite quase não consegui dormir. Perguntava-me se era aquele Deus de amor do qual tanto falam os adultos. Como um Deus tão bom pode causar tanto sofrimento às Suas criaturas?

Desde aquele dia, não quis mais saber do livro do Apocalipse. Causava-me temor; achava-o cheio de monstros e coisas horríveis.

Compreendendo o caráter divino

O tempo, porém, passou e eu fui crescendo. Ao concluir o segundo grau, fui à Faculdade de Teologia e ali comecei a entender melhor tantas mensagens que, à primeira vista, davam a impressão de serem assustadoras.

Por exemplo: Você já se perguntou alguma vez por que quando lê o Velho Testamento encontra um Deus aparentemente duro e castigador? Até Seu nome é "Senhor dos exércitos". Parece um Deus guerreiro conduzindo Seu exército destruidor e matando homens, mulheres, crianças e botando, depois, fogo em tudo.

Veja por exemplo esta ordem dada a Saul: "Assim diz o Senhor dos exércitos: 'Castigarei Amaleque pelo que fez a Israel: Ter-se oposto a Israel no caminho, quando este subia do Egito. Vai, pois, agora, e fere a Amaleque, e destrói totalmente a tudo o que tiver, e nada lhe poupes; porém, matarás homem e mulher, meninos e crianças de peito, bois e ovelhas, camelos e jumentos'." (I Samuel 15:2 e 3).

Pode este ser um Deus de amor? Por que foi tão cruel matando todos aqueles homens que habitavam na terra de Canaã? Quando o exército de Israel conquistava uma daquelas cidades, o sangue corria pelas ruas. Não adiantava ajoelhar-se e pedir perdão; esses moradores de Canaã deviam ser destruídos sem piedade. E ai daquele que não obedecesse à ordem!

Saul um dia poupou a vida de um rei inimigo, e Deus o retirou do trono e o rejeitou como rei de Israel. Acã foi outro israelita que, em lugar de queimar tudo o que havia na cidade destruída, escondeu uns mantos preciosos e alguns vasos de ouro. Deus ordenou apedrejá-lo na rua.

O interessante é que, se você for ao Novo Testamento, terá a impressão de encontrar outro Deus. O Deus que ama, que espera, que perdoa o que suplica. Esse é o motivo porque muitas pessoas acham a Bíblia incoerente, ou, então, preferem ler o Novo Testamento e rejeitam o Velho. Existe alguma explicação para semelhantes atos divinos? Podemos ter uma pequena luz para entender a aparente mudança de atitude divina do Velho para o Novo Testamento? É Deus injusto, castigador e vingativo?

A paciência divina

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Em primeiro lugar, precisamos saber quem eram os cananeus que foram destruídos "sem piedade". No capítulo 18 do livro de Levítico, encontramos uma advertência que Deus fez a Israel antes de entrar em Canaã: "Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: 'Eu sou Senhor vosso Deus. Não fareis segundo as obras da terra do Egito, em que habitastes, nem fareis segundo as obras da terra de Canaã, para qual Eu vos levo, nem andareis nos seus estatutos'." (Levítico 18:1 e 2)

E quais são essas obras que Israel não devia praticar? Todo o restante do capítulo apresenta as mais diversas perversões que os habitantes de Canaã praticavam. Era homem com homem, mulher com mulher, pai com filha, mãe com filha, enfim, aberrações, depravações e desvios de conduta que eles achavam a coisa mais normal do mundo.

Ainda hoje, nas descobertas arqueológicas que se fazem naqueles lugares, descobrem-se obras de arte daqueles tempos, que expressam a cultura do povo cananeu. Aquele povo tinha rejeitado completamente o Deus Criador. A idolatria e a adoração da criatura e da criação faziam parte da cultura daquele povo. Sem Deus, a conseqüência natural foi estabelecer padrões próprios e humanos de comportamento. Cada um era seu próprio deus e fazia o que achava certo. E quando o ser humano não tem um padrão de comportamento espiritual e moral baseado na vontade divina, não existe limite para as perversões às quais ele pode chegar.

Ao rejeitar a Deus, o povo de Canaã não mais vivia; apenas sobrevivia. Aquilo que o homem vive separado de Deus é, na verdade, uma imitação ridícula de vida, uma caricatura, qualquer coisa, menos vida. Plenitude de vida você pode achar só em Deus. Ele é o único que dá sentido à existência humana. Portanto, aquele povo, ao perder a Deus, tinha perdido a verdadeira vida. A busca desenfreada do prazer não era mais que a procura enlouquecida pela vida que não possuíam mais.

Mas Deus teve muita paciência com os moradores de Canaã. O registro bíblico diz que a primeira vez que Deus prometeu a terra de Canaã para Israel, foi quando Abraão ainda estava vivo. Naquela ocasião Deus disse a Abraão: "E tu irás para os teus pais em paz; serás sepultado em ditosa velhice. Na quarta geração, tornarão para aqui; porque não se encheu ainda a medida da iniqüidade dos amorreus." (Gênesis 15:15 e 16).

Você vê? Apesar da vida licenciosa e libertina, apesar de os cananeus não haverem tido Deus em conta para nada, na opinião divina, ainda não se tinha enchido a medida da iniqüidade daquelas pessoas.

Passaram-se cem anos. Um século de existência é muito tempo para o ser humano. Um dia os filhos de Abraão reclamam de Deus o cumprimento da promessa. "Quando herdaremos a terra?" E a resposta divina foi a mesma: "Ainda não se encheu a medida da iniqüidade dos amorreus."

Quatro séculos de pecado

Passam-se dois, três, quatro séculos. Aquele povo de Canaã não sabe mais o que inventar. As depravações mais horríveis são aceitas como coisas normais entre eles. Os descendentes de Abraão reclamam a promessa: "Até quando Senhor?" E a resposta de Deus continua sendo: " ainda não se encheu a medida da iniqüidade dos amorreus."

É, porventura, esse um Deus radical, intransigente e cruel? Perceba que esse é o Deus do Velho Testamento. Ele espera, suplica, tem paciência. Os seres humanos é que estavam impacientes por herdar a terra, mas Deus disse: "Não. Esperem um pouco. Continuarei chamando; continuarei esperando; quero salvá-los."

Infelizmente, o povo de Canaã não aceitou a salvação. No mundo habitado daqueles dias, eles se tornaram como uma espécie de corrupção moral. Deus, o médico divino, viu que era preciso amputar a perna para salvar o corpo, mas relutou em fazê-lo. Esperou, aguardou até o último instante, mas chegara o momento em que, se não amputasse essa parte do corpo, toda a humanidade seria consumida pelo mal moral.

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Já agira assim antes por ocasião do Dilúvio. Esperou, suplicou, chamou, mas "o pensamento dos homens era só para o mal", afirma o livro de Gênesis. E foi preciso que o Dilúvio viesse para salvar o remanescente fiel formado por Noé e sua família.

Destruição: uma escolha pessoal

Quatrocentos e trinta anos depois que a promessa fora dada, finalmente havia chegado o dia do acerto de contas. Na realidade, a morte e a destruição dos ímpios não é um castigo que vem de Deus; é a eleição do próprio pecador. Deus derrama Sua ira contra o pecado, não contra os homens. Os homens que morrem são aqueles que não quiseram deixar o pecado. A destruição final é uma opção humana. "Acaso tenho Eu prazer na morte do perverso? Diz o Senhor Deus; Não desejo Eu, antes, que ele se converta de seus caminhos e viva?" (Ezequiel 33:11).

Com tudo isso em mente, voltemos agora ao livro de Apocalipse e à pergunta inicial: "Deus mudou?" Veja como João descreve o Senhor Jesus por ocasião de Sua Segunda vinda: "Vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O seu Cavaleiro se chama fiel e verdadeiro e julga e peleja com justiça." (Apocalipse 19:11). Aqui está de volta o "Deus guerreiro". Ele "peleja com justiça".

Justiça não é dar razão a quem está errado. Justiça é dar a cada um a sua recompensa. O inocente deve ser libertado e até vindicado. O culpado deve ir para a prisão. Essa é a verdadeira justiça.

Jesus, por ocasião de Sua Segunda vinda, "estava vestido de um manto salpicado de sangue; e o Seu nome se chama Verbo de Deus. E seguiam-No os exércitos que há no Céu, montando cavalos brancos, com vestiduras de linho finíssimo, branco e puro. Sai de Sua boca uma espada afiada, para com ela ferir as nações; e Ele mesmo as regerá com cetro de ferro e, pessoalmente, pisa o lagar do vinho do furor da ira do Deus Todo-Poderoso." (Apocalipse 19:13 a 16).

Os sete últimos flagelos.

Essas são cenas da volta de Cristo. Só que, antes disso acontecer, o mundo será testemunha dos sete últimos flagelos da humanidade. São João os descreve desta maneira: "Ouvi, vinda do Santuário, uma grande voz, dizendo aos sete anjos: Ide e derramai pela terra as sete taças da cólera de Deus." (Apocalipse 16:1) Os sete flagelos são os seguintes:

1.º "Saiu, pois, o primeiro anjo e derramou sua taça pela terra, e aos homens portadores da marca da besta e adoradores de sua imagem, sobrevieram úlceras malignas e perniciosas." Apocalipse 16:2

2.º "Derramou o segundo a sua taça no mar, e este se tornou em sangue como de morto, e morreu todo ser vivente que havia no mar." Apocalipse 16:3

3.º "Derramou o terceiro a sua taça nos rios e nas fontes das águas, e se tornaram em sangue." Apocalipse 16:4

4.º

"O quarto anjo derramou a sua taça sobre o Sol, e foi-lhe dado queimar os homens com fogo. Com efeito, os homens se queimaram com intenso calor, e blasfemaram o nome de Deus, que tem autoridade sobre estes flagelos, e nem se arrependeram para Lhe darem glória." (Apocalipse 16:8 e 9) - Perceba que aqui o Deus Criador se mostra superior à sua criação, e nem assim os homens o adoram e Lhe dão glória.

5.º

"Derramou o quinto anjo a sua taça sobre o trono da besta, cujo reino se tornou em trevas, e os homens remordiam a língua por causa da dor que sentiam e blasfemaram o Deus do Céu por causa das angústias e das úlceras que sofriam; e não se arrependeram de suas obras." (Apocalipse 16:10 e 11) - Onde fica o trono da besta? Qual a cidade-sede do poder

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descrito no capítulo "Anticristo e a Mulher de Vermelho"?

6.º O Sexto flagelo será analisado em: Armagedom, a Mãe de Todas as Guerras.

7.º

"Então derramou o sétimo anjo a sua taça, pelo ar, e saiu grande voz do Santuário, do lado do trono, dizendo: Feito está! E sobrevieram relâmpagos, vozes e trovões, e ocorreu grande terremoto, como nunca houve igual desde que há gente sobre a Terra; tal foi o terremoto forte e grande. E a grande cidade se dividiu em três partes, e caíram as cidades das nações. E lembrou-se Deus da grande Babilônia para dar-lhe o cálice do vinho do furor de sua ira. Todas as ilhas fugiram, e os montes não foram achados; também desabou do céu sobre os homens grande saraivada, com pedras que pesavam cerca de um talento; e por causa do flagelo da chuva de pedras, os homens blasfemaram de Deus, porquanto o seu flagelo era sobremodo grande." (Apocalipse 16:17 a 21).

Você pode imaginar o cataclismo mundial que tomará conta deste planeta quando tudo isso acontecer? Naturalmente, considerando-se que o Apocalipse é um livro sobretudo simbólico, muitos desses eventos podem ter um cumprimento simbólico. Mas é bom lembrar que cada vez que o apóstolo João usa as expressões "semelhante a" ou "como que" está usando a linguagem simbólica e, no caso dos flagelos, o apóstolo não usa estas expressões.

Eu transcrevi os flagelos tais como estão descritos na Bíblia porque a minha preocupação maior não é enfatizar as tragédias que se aproximam. O meu propósito principal é fazer com que você medite nos momentos solenes que estes mundo vive, embora milhões de pessoas nem percebam isso.

Alejandro Bullón, O Terceiro Milênio, e as Profecias do Apocalipse, 1.ª ed., 1998, pág.121.

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As Sete Últimas Pragas - Parte II

Os últimos momentos de espera

A Bíblia é um Livro muito antigo. Está aí, à disposição de qualquer pessoa; mas quantos a lêem? Não prefere o ser humano de nossos dias consultar a astrologia, os búzios, a numerologia ou as cartas?

O tempo é curto. Deus está esperando há muito tempo. Estamos muito próximo dos eventos finais. São Pedro diz que: "Não retarda o Senhor a Sua presença, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, Ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento." (II Pedro 3:9)

Em Apocalipse 7, o apóstolo São João diz: "Depois disto, vi quatro anjos em pé, nos quatro cantos da terra, conservando seguros os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem no mar, nem sobre árvore alguma. Vi outro anjo que subia da nascente do Sol, tendo o selo do Deus vivo, e clamou em grande voz aos quatro anjos, aqueles aos quais fora dado fazer dano à terra e ao mar, dizendo: Não danifiques nem a terra, nem o mar, nem as árvores, até selarmos na fronte os servos de Deus." (Apocalipse 7:1 a 3)

Por que os anjos não devem soltar a destruição até os servos de Deus tenham sido selados? É óbvio. O selo de Deus será a proteção deles. Os flagelos não tocarão a vida dos selados. Lembre-se de que o primeiro flagelo cai sobre "os portadores da marca da besta e dos adoradores de sua imagem." Nestes dias Deus está chamando Seus filhos. Ele quer colocar em cada ser humano o Seu selo para identificá-lo e protegê-lo dos flagelos que cairão sem medida no dia da cólera de Deus.

Sangue na porta do coração

No Velho Testamento encontramos duas histórias que mostram a maneira maravilhosa como a graça de Deus alcança qualquer ser humano. Mais uma vez encontramos aqui a figura do Cordeiro. Desde a queda do homem, passando pelo Calvário, onde Seu sangue foi derramado para limpar os pecados do mundo, a figura do Cordeiro destaca-se nitidamente como o personagem central das Escrituras. Não existe salvação sem sangue, não existe graça sem Cordeiro. A segurança dos primogênitos de Israel, naquela noite, não estava simplesmente no fato de pertencerem ao povo de Deus. O israelita que não pintasse sua porta com sangue do cordeiro corria risco de vida.

A nossa segurança de salvação não pode nunca esta depositada na igreja. Não é o fato de estarmos batizados e cumprirmos todas as normas da igreja que garante nossa salvação. Não é batismo que nos salva; não são cargos que temos; não é fato de cantarmos no coral ou participarmos das atividades da igreja. Nossa única esperança está no Cordeiro.

Muitos israelita sacrificaram o cordeiro naquele dia, mas esqueceram de pintar as portas com o sangue. Quando o anjo destruidor apareceu à meia-noite, os primogênitos dessas casas foram destruídos, porque a simples morte do cordeiro não tem valor se o sangue não é aplicado à experiência pessoal do cristão. É preciso acreditar no Cordeiro, mas é preciso, também, pintar a porta do coração com sangue.

Quando os flagelos caírem sobre este mundo, muita gente se perderá - acreditando na Bíblia, na igreja e na mensagem de justificação pela fé - simplesmente porque não viveu uma vida de comunhão com Cristo. Acreditar é bom, mas não basta. Conhecer a doutrina é preciso, mas não é suficiente. O sangue tem que estar aplicado de forma pessoal na experiência do cristão. O grande dia está chegando. Os céus e a terra serão estremecidos. As águas do mar não mais poderão ser contidos nos oceanos. Cristo virá e, naquele dia, só

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haverá dois grupos de pessoas: os que com fé se aproximaram do sangue do Cordeiro e os que não o fizeram.

O cordão escarlate

A outra história tem há ver com Jericó. Jericó era uma das cidades de Canaã que seria destruída. Já vimos quanta paciência teve Deus para com aquele povo. Mais de quatro séculos haviam se passado desde o dia em que Deus prometera a Israel que aquela terra seria deles. E agora, finalmente, tinha chegado o grande momento da entrada de Israel.

O registro bíblico narra que Josué enviou dois espiões para examinarem a terra. No entanto, o rei de Jericó descobriu a estratégia e mandou perseguir e matar os espiões de Israel. Foi naquele momento que apareceu uma mulher chamada Raabe. Era uma pobre prostituta que vendia seu corpo na entrada da cidade. Sua vida estava destruída, seus sonhos estraçalhados. Não tinha muita perspectivas futuras porque, à medida em que envelhecesse, com toda certeza os homens não a procurariam mais.

Apesar de seu estado deplorável, ela conseguiu enxergar o momento solene que Jericó estava vivendo. O exército de Deus estava chegando e isso significava destruição para Jericó. Mas a chegada de Deus e Seu exército não significava necessariamente destruição. Tudo dependeria da atitude das pessoas. A destruição estava próxima, mas ainda não tinha chegado. Ainda era hora de responder aos apelos divinos, de entregar o coração a Deus, de adorá-Lo e andar em Seus caminhos.

Raabe aceitou o apelo do Espírito ao seu coração e procurou os espiões dizendo: "Bem sei que o Senhor vos deu esta terra, e que o pavor que infundis caiu sobre nós, e que todos os habitantes da terra estão desmaiados. Porque temos ouvido que o Senhor secou as águas do mar vermelho diante de vós, quando saíreis do Egito; e também o que fizestes aos dois reis dos amorreus, Seon e Ogue, que estavam além do Jordão, aos quais destruíste. Agora, pois, jurai, peço-vos, pelo Senhor que, assim como usei de misericórdia convosco, também dela usareis para com a casa de meu pai; e que me dareis um sinal certo de que conservareis em vida a meu pai e minha mãe, como também a meus irmãos e minhas irmãs com tudo que têm e de que livrareis a nossa vida da morte." (Josué 2:9 a 13). A resposta dos espiões foi que, no dia em que os exércitos israelitas invadissem Jericó, ela deveria colocar um cordão vermelho na janela e todo aquele que estivesse dentro da casa seria salvo.

Sentido de missão

Agora imagine a atitude de Raabe depois que os espias partiram. Seguramente ela correu para a casa dos pais e suplicou: "Por favor, venham à minha casa, a fim de serem protegidos, porque a destruição está chegando a cidade". Com certeza ela procurou os amigos e os parentes. Quando você tem certeza, pela Palavra de Deus, de que o tempo é definitivo, um sentido de urgência apodera-se de seu ser no cumprimento da missão.

A Bíblia não nos diz quantos aceitaram o convite de Raabe. Mas relata que finalmente chegou o dia e Israel entrou na cidade. A salvação de Raabe e dos que aceitaram nela esteve no cordão vermelho, pendurado na janela da casa. Aquele era o sinal. Deus nunca destrói nada sem antes assinalar os Seus servos. Ele os identificou naquela ocasião e os está selando também em nossos dias.

O cordão vermelho era o símbolo do sangue de Jesus. Um dia Ele morreu na cruz do Calvário e Seu sangue foi derramado para salvar a humanidade. Era o cumprimento do sacrifício dos cordeiros do Velho Testamento, que apontavam àquele sacrifício maior que aconteceria no Calvário. A Bíblia declara abertamente: "Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho Unigênito, para o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna." (João 3:16)

"Todo aquele que nEle crê." Isso é o que realmente importa. Você pode ter vivido a vida toda longe de Cristo, mas se, neste momento, abrir o coração e crer, o Senhor Jesus o aceitará com certeza. Não há passado que Ele não possa perdoar; não existe vida que Ele não possa transformar. Raabe era uma prostituta, rejeitada pela sociedade, mas acreditou e foi assinalada para ser protegida no dia da adversidade.

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Este é o dia. "Se ouvirdes hoje Sua voz, não endureçais o vosso coração", é o convite divino. Qual será sua resposta?

Alejandro Bullón, O Terceiro Milênio, e as Profecias do Apocalipse, 1.ª ed., 1998, pág. 127.

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A Natureza do Homem Segundo a Bíblia

Deus fez o homem de dois elementos: 1.º - pó da terra ou corpo e 2.º - fôlego da vida ou espírito, que juntos formaram uma ALMA VIVENTE, como se ver claramente nesta passagem:

"E formou o Senhor Deus o homem, do pó da terra, e soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente" (Gênesis 2:7)

Aqui, como em outras passagens da Bíblia, a palavra "alma" abrange o ser humano todo, tanto corpo (pó da terra) como espírito (fôlego de vida).

A idéia que o povo em geral tem da palavra "alma" é da parte invisível do homem. Acrescentamos que essa idéia popular não veio da revelação divina mas sim dos povos pagãos da mais remota antiguidade, penetrou na igreja apostatada, infiltrou-se na teologia cristã e chegou até nós com foros de verdade bíblica.

"A doutrina da imperecibilidade da alma não é bíblica, mas pagã. Nasceu na Grécia e propagou-se na Igreja, através de Platão, do século V em diante, graças à influência de Agostinho. A doutrina de sua natureza simples, una, indivisível, etc., não se mantém diante das concepções psicológicas modernas e da teoria mais racional acerca da propagação do ser humano, corpo e alma." 1 Essa afirmação é do saudoso mestre, pastor e amigo Prof. Otoniel Mota e leva nosso pleno endosso.

O homem não possui imortalidade inerente, própria, natural. Ele só adquirirá o toque da imortalidade, se for crente, por ocasião do arrebatamento, na primeira ressurreição, quando Cristo vier buscá-lo. Ler atentamente I Coríntios 15:50 a 54; I Tessalonicense 4:15 a 17; João 5:28 e 29. Diz a Bíblia que unicamente Deus possui a imortalidade. I Timóteo 1:17 e 6:16. Logo o homem é mortal. Quando criado, tinha a imortalidade sob condição, que não soube manter, pois o pecado sujeitou-o à morte. E isto se transmitiu a todo o gênero humano.

O Dr. George Dana Boardman (1828-1903), instituidor da famosa "Boardman Foundation of Christian Ethics" na Universidade de Pensilvânia, escreveu no ano de 1880 um livro interessante intitulado Studies in the Creative Week, e nessa obra, abordando o assunto da imortalidade, afirma textualmente: "Do Gênesis ao Apocalipse, nem uma só passagem - quanto eu saiba - ensina a doutrina da imortalidade natural do homem. Por outro lado, o Livro Santo declara, com ênfase, que somente Deus tem a imortalidade (I Timóteo 6:16); quer dizer: Deus exclusivamente possui a imortalidade inerente, em Sua própria essência e natureza imortal..."

"Se, pois, o homem é imortal, é porque a imortalidade lhe foi concedida. Ele, então, é imortal, não porque fosse criado nessa condição, mas porque se tornou assim, sendo sua imortalidade derivada dAquele que tem, Ele só, a imortalidade. Com relação a este fato, tudo indica que a Árvore da Vida no meio do jardim do Éden fora designada como símbolo e garantia.

Que este é o significado da Árvore da Vida é evidente das palavras finais do registro da Queda: 'Então disse o Senhor Deus: Eis que o homem é como um de Nós, sabendo o bem e o mal; ora, pois, para que não estenda a sua mão, e tome também da Árvore da Vida, e coma e viva eternamente, o Senhor Deus, pois o lançou fora do Jardim do Éden...

E havendo lançado fora o homem, pôs querubins ao oriente do Jardim do Éden, e uma espada inflamada que andava ao redor, para guardar o caminho da Árvore da Vida.' (Gênesis 3:22 a 24). Se o homem é inerentemente imortal, que necessidade teria da Árvore da Vida? Isto se nos afigura bem claro: a imortalidade era, por qualquer razão, simbolicamente condicionada

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ao comer da misteriosa Árvore, e a imortalidade se destinava ao homem integral; espírito, alma e corpo." - Studies in the Creative Week, págs. 215 e 216.

Aí está outro depoimento que leva nosso endosso, com a ressalva de que o fato não foi apenas simbólico mas real. O que o homem possui é o "fôlego da vida" ou "vida" (o que dá animação ao corpo), que lhe é retirado por Deus quando expira. E o fôlego é reintegrado no ar, por Deus. Mas não é entidade consciente ou homem real como querem os imortalistas.

Pretendendo contrariar os claros ensinos da Palavra de Deus, alguns alinham textos bíblicos, que vamos considerar resumidamente:

1.ª Consideração:

"E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu." (Eclesiastes 12:7)

"Ao sair-lhe a alma..." (Gênesis 35:18) "... a alma deste menino" "... a alma tornou a entrar nele." (I Reis 17:21 e 22)

Com isso pretendem provar que o homem tem natureza dupla, corpo e alma. Mas na verdade o "espírito" ou a "alma" não tem o sentido que a teologia popular lhe atribui, mas sim, "vida", "fôlego", "sopro", "respiração". Ao nascer o homem, recebe de Deus o "fôlego de vida" (Gênesis 7:22), que ao morrer não poderá reter e retorna para Deus. "Se lhes cortas a respiração, morrem, e voltam ao seu pó" (Salmo 104:29). Sim, o fôlego da vida, (e não uma entidade consciente) é recolhido por Deus quando o homem morre, para reintegrá-lo no ar. Na ressurreição, Deus soprará de novo o fôlego da vida nos mortos.

"Se Deus... para Si recolhesse o seu espírito ou seu sopro... o homem voltaria para o pó." (Jó 34:14 a 16)

Espírito e sopro (ou fôlego) são uma coisa só, e aqui são citados para reforço. Se isto fosse uma entidade real e consciente, então se localizaria no nariz do homem o que é absurdo. (Gênesis 2:7, 7:22 e Isaías 2:22). Mas toda a confusão desaparece se traduzirmos os termos em lide por "vida", "fôlego". O pó volta à terra, e o fôlego é recolhido por Deus "que o deu".

Se "o espírito volta a Deus", então também veio de Deus, pois algo só volta de onde veio. Aí já se terá que admitir a preexistência da alma consciente, isto é, todos nós já existíamos antes de nascermos aqui na Terra. Ora, isto seria o maior dos absurdos. Ainda mais o texto diz, de maneira genérica, que todo o pó volta à terra, como o era, e logicamente toda a alma ou espírito (como querem alguns) volte para Deus.

Notemos bem: "para Deus". Então, sejam bons ou ímpios, vão fatalmente para Deus quando morrem, isto é, terão todos o mesmo destino, com a salvação garantida. Por onde se vê o engano do argumento. Era este fôlego que Cristo e Estevão não podendo reter, quando estavam prestes a expirar (e expirar significa soltar o fôlego, exalá-lo definitivamente), pediram ao Pai que o recebesse de volta. (Atos 7:59 e Lucas 23:46). Mas não era parte consciente, pois Cristo, dias depois, ressurreto, dissera: "Ainda não subi para Meu Pai." 2.ª Consideração:

"Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo." (Mateus 10:28).

Querem provar, com este texto que há corpo e alma imortal. Mas se o texto prova alguma coisa é que a alma é perecível, pois diz: "perecer... a alma e o corpo. Alma aqui tem o sentido de "vida", a "natureza espiritual do homem". Temos a promessa da vida eterna que os ímpios não podem tirar, ainda que nos matem, e neste sentido é que eles não podem matar a alma. Se somos crentes fiéis a Deus, ainda que nos matem, não pereceremos. "Espírito, alma e corpo" é uma forma redundante e enfática de definir a personalidade integral do homem. 3.ª Consideração:

"... um espírito não tem carne nem ossos." (Lucas 24:39).

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Os aterrorizados discípulos, increntes na ressurreição de Cristo, julgavam ver uma "aparição", e não uma pessoa física. Quando Jesus andava sobre o mar, também julgavam ver um "fantasma", ou "espírito" conforme a crença popular.

"Na quarta vigília da noite, foi Jesus ter com eles, andando por sobre o mar. E os discípulos, ao verem-No andando sobre as águas, ficaram aterrados e exclamaram: É um fantasma! E, tomados de medo, gritaram. Mas Jesus imediatamente lhes disse: Tende bom ânimo! Sou Eu. Não temais!" (Mateus 14:25 a 27)

E o ilustre comentarista Broadus nos confirma: "Os discípulos criam em aparições, como também os judeus (excetuando-se os saduceus), e todas as nações parecem naturalmente inclinadas a essa crença. A opinião dos apóstolos, naquele tempo, não tem autoridade para nós, uma vez que eles ainda nutriam muitas noções errôneas, das quais só foram libertados pela subseqüente inspiração do Confortador que lhes fora prometido." - Broadus, Comentário ao Evangelho de S. Mateus, vol. 2, pág. 56.

Também o notável Willinston Walker, em sua obra de história eclesiástica, falando da idéia da imortalidade natural registra: "Os fariseus ensinavam a existência de espíritos tanto bons como maus... opinião que recebeu grande impulso das idéias pérsicas. Acreditavam [os fariseus]... no galardão e suplício eterno, idéias que tiveram grande desenvolvimento nos dois séculos antes de Cristo... Os discípulos de Cristo saíram da camada religiosa imbuída destas idéias." - Willinston Walker, História da Igreja Cristã, pág. 21. Aí está a gênese da idéia pagã imortalista que se infiltrou na teologia popular cristã. Segundo a Bíblia, Deus é espírito, os anjos são seres-espíritos, mas nunca o homem. A palavra espírito (em hebraico neshamah ou ruach e em grego pneuma) é empregada nas Escrituras com diversidade de sentidos, como:

Faculdades morais e intelectuais, caráter, pensamento:

Salmo 51:10 Ezequiel 11:5 Filipenses 1:27 Lucas 1:17 Isaías 19:14 Romanos 1:9 II Timóteo 1:7 Tiago 3:16 I Coríntios 4:20 e 21 Romanos 7:6 Tessalonicenses 2:1 e 2

Com o sentido de ânimo e energia:

Gênesis 45:27 Juízes 15:19 Jó 17:1 Provérbio 15:13 Ezequiel 18:31 Daniel 7:15 Ageu 1:14 Salmo 143:7 Provérbio 17:22 I Samuel 30:12

Com o sentido de fôlego:

Jó 14:10 Jó 27:2 a 4 Lucas 8:55 Eclesiastes 12:7 Gênesis 7:15 Salmo 146:4 Tiago 2:26 Apocalipse 11:11

Com o sentido de vida:

Jó 12:10 I Coríntios 5:5 Apocalipse 13:15

Com o sentido de poder divino:

Gênesis 1:2 Isaías 44:3 e 4 Isaías 61:1 I Coríntios 6:19 e 20

Com o sentido de anjo:

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Atos 8:26 comparar com o verso 29 Hebreus 1:13 e 14 II Crônicas 18:18 a 20 No entanto em nenhum caso espírito significa "entidade abstrata e imortal, que sobrevive à

matéria." A palavra alma (em hebraico nephesh, e em grego psyché), também tem largo emprego na Bíblia, ora significando vida, pessoa, criatura: Gênesis 36:6 Ezequiel 13:17 a 20 Salmo 109:20 Provérbio 11:30 Atos 2:41 Gênesis 46:15 Jeremias 52:29 e 30 Levítico 17:12 Ezequiel 22:25 Atos 3:23 E abaixo reconsideramos os textos apresentados por aqueles que mantém a idéia do imortalismo:

Gênesis 35:18: "Ao sair-lhe a alma (porque morreu)..." Moffatt traduz assim: "E foi-lhe a vida dele (pois morreu)..."

I Reis 17:22, que trata da ressurreição do filho da viúva de Sarepta, Moffatt traduz: "... a vida do menino voltou, e ele reviveu." - Jamais teve o sentido de "entidade consciente e imortal". Isto é puro paganismo que as denominações populares não fazem mais do que repetir.

4.ª Consideração:

"Ora, Deus não é Deus de mortos, porém de vivos; porque para Ele vivem todos." (Lucas 20:38).

Querem que isto prove a imortalidade do homem, e para isso fogem da realidade dos fatos. Aos saduceus que negavam a ressurreição, Jesus diz:

"E acerca da ressurreição dos mortos, não tendes lido o que Deus vos declarou..." Mateus 22:31, e conclui: "Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos." Cristo de modo nenhum Se referia à continuação da vida após a morte, mas à ressurreição, significando claramente ser a ressurreição a única porta pela qual os mortos poderão voltar à vida.

"Das 283 passagens bíblicas sobre 'espírito' (excetuando-se as 305 que mencionam

espírito - Poder Divino), e nas conotações apresentadas, nada há de indicativo que sai de dentro do homem algo que tenha forma e se identifique como um ser - vaporoso, translúcido ou silhuético. Conquanto haja nas Escrituras estas variadas formas em que alma e espírito são empregados, não há delas qualquer indício que signifiquem uma "entidade abstrata que sobrevive à matéria". Não há na Bíblia nenhum texto que autorize a doutrina de uma alma ou um espírito imortais. Só Deus é imortal. (I Timóteo 1:17; I Timóteo 6:16)." - Lourenço Gonzalez, Assim Diz O Senhor, 7.ª ed., 1997, págs. 279 e 280.

A. B. Christianini, Subtilezas do Erro, 2.ª ed., 1981, pág. 247.

1. Otoniel Mota, Meu Credo Escatológico (opúsculo), ed. 1938, pág. 3.

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É o Homem Imortal? - Parte I

Já no início da história humana, começou Satanás seus esforços para enganar a nossa raça. Aquele que incitara rebelião no Céu, desejou levar os habitantes da Terra a unirem-se com ele em luta contra o governo de Deus. Adão e Eva tinham sido perfeitamente felizes na obediência à lei divina, e esse fato era um testemunho constante contra a alegação em que insistira Satanás no Céu, de que a lei de Deus era opressiva, e se opunha ao bem-estar de Suas criaturas.

E, demais, despertou-se a inveja de Satanás ao olhar ele para o belo lar preparado para o inocente casal. Decidiu-se a causar a sua queda, a fim de que, tendo-se separado de Deus e trazido sob o seu poder, pudesse obter posse da Terra, e aqui estabelecer o seu reino em oposição do Altíssimo.

Houvesse Satanás se manifestado em seu verdadeiro caráter, teria sido repelido de pronto, pois Adão e Eva tinham sido advertidos contra este perigoso adversário; ele, porém, operou na escuridão, ocultando seu propósito, para que mais eficazmente pudesse realizar o seu objetivo. Empregando como seu intermediário a serpente, então criatura de fascinante aspecto, dirigiu-se a Eva: "É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim?" (Gênesis 3:1). Se Eva tivesse evitado de entrar em argumentação com o tentador, teria estado em segurança; mas arriscou-se a conversar com ele, e caiu vítima de seus enganos. É assim que muitos ainda são vencidos. Duvidam e argumentam com relação aos preceitos de Deus; e, ao invés de obedecerem aos mandados divinos, aceitam teorias humanas, que tão-somente disfarçam as armadilhas de Satanás.

"Disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos, mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais. Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal." (Gênesis 3:2 a 5). A serpente declarou que se tornariam como Deus, possuindo maior sabedoria que antes, e sendo capazes de uma condição mais elevada de existência. Eva cedeu à tentação; e, por sua influência, Adão foi levado ao pecado. Aceitaram as palavras da serpente, de que Deus não queria dizer o que falara; desconfiaram de seu Criador, e imaginaram que Ele estava a restringir-lhes a liberdade, e que poderiam obter grande sabedoria e exaltação, por transgredir Sua lei.

Nesse caso haveria, na verdade, grande bem a ganhar pela transgressão, e Satanás se demonstraria um benfeitor da raça. Mas Adão não achou ser este o sentido da sentença divina. Deus declarou que, como pena de seu pecado, o homem voltaria à terra donde fora tirado: "És pó, e em pó te tornarás." (Gênesis 3:19). As palavras de Satanás: "… se abrirão os vossos olhos", mostraram-se verdadeiras apenas neste sentido: Depois que Adão e Eva desobedeceram a Deus, seus olhos se abriram para discernirem a sua loucura; conheceram o mal, e provaram o amargo fruto da transgressão.

No meio do Éden crescia a árvore da vida, cujo fruto tinha o poder de perpetuar a vida. Se Adão tivesse permanecido obediente a Deus, teria continuado a gozar livre acesso àquela árvore, e teria vivido para sempre. Mas, quando pecou, foi despojado da participação da árvore da vida, tornando-se sujeito à morte. A sentença divina: "Tu és pó, e em pó te tornarás" – indica completa extinção da vida.

A imortalidade, prometida ao homem sob condição de obediência, foi perdida pela transgressão. Adão não poderia transmitir à sua posteridade aquilo que não possuía; e não poderia haver esperança alguma para a raça decaída, se, pelo sacrifício de Seu Filho, Deus não houvesse trazido a imortalidade ao seu alcance. Ao passo que "a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram", Cristo "trouxe à luz a vida e a incorrupção pelo evangelho". (Romanos 5:12; II Timóteo 1:10). É unicamente por meio de Cristo que a

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imortalidade pode ser obtida. Disse Jesus: "Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não terá a vida." (João 3:36). Todo homem pode alcançar a posse desta preciosa e imensurável bênção, se satisfizer as condições. Todos os que, "com perseverança em fazer bem, procuram glória, e honra e incorrupção", receberão "vida eterna". (Romanos 2:7)

A Grande Mentira

O único que prometeu a Adão vida em desobediência foi o grande enganador. E a declaração da serpente a Eva, no Éden – "Certamente não morrereis" – foi o primeiro sermão pregado acerca da imortalidade da alma. Todavia, esta declaração, repousando apenas na autoridade de Satanás, ecoa dos púlpitos da cristandade, e é recebida pela maior parte da humanidade tão facilmente como o foi pelos nossos primeiros pais.

À sentença divina: "A alma que pecar, essa morrerá" (Ezequiel 18:20), é dada a significação: A alma que pecar, essa não morrerá, mas viverá eternamente. Não podemos senão nos admirar da estranha fatuidade que tão crédulos torna os homens com relação às palavras de Satanás, e incrédulos com respeito às palavras de Deus.

Houvesse ao homem sido permitido franco acesso à árvore da vida, após a sua queda, teria ele vivido para sempre, tendo assim imortalizado o pecado. Querubins e uma espada chamejante, porém, guardavam "o caminho da árvore da vida" (Gênesis 3:24), e a nenhum membro da família de Adão foi permitido passar aquela barreira e participar do fruto doador da vida. Não há, portanto, pecador algum imortal.

Mas, depois da queda, Satanás ordenou a seus anjos que fizessem um esforço especial a fim de inculcar a crença da imortalidade inerente do homem; e, tendo induzido o povo a receber este erro, deveriam levá-lo a concluir que o pecador viveria em estado de eterna miséria. Agora o príncipe das trevas, operando por meio de seus agentes, representa a Deus como um tirano vingativo, declarando que Ele mergulha no inferno todos os que não Lhe agradam, e faz com que sempre sintam a Sua ira; e que, enquanto sofrem angústia indizível, e se contorcem nas chamas eternas, Seu Criador para eles olha com satisfação.

Assim o príncipe dos demônios reveste com seus próprios atributos ao Criador e Benfeitor da humanidade. A crueldade é satânica. Deus é amor: e tudo quanto criou era puro, santo e formoso, até o pecado ser introduzido pelo primeiro grande rebelde. Satanás mesmo é o inimigo que tenta o homem a pecar, e então o destrói, se o pode fazer; e, ao se ter dominado sua vítima, regozija-se na ruína que efetuou. Se lhe fosse permitido, colheria o gênero humano todo em sua rede. Não fosse a interposição do poder divino, nenhum filho ou filha de Adão escaparia.

A Heresia do Tormento Eterno

Quão repugnante a todo sentimento de amor e misericórdia, e mesmo ao nosso senso de justiça, é a doutrina de que os ímpios mortos são atormentados com fogo e enxofre num inferno eternamente a arder; que pelos pecados de uma breve vida terrestre sofrerão tortura enquanto Deus existir!

Onde, nas páginas da Palavra de Deus, se encontra tal ensino? Perderão os remidos no Céu todo sentimento de piedade e compaixão, e mesmo os

sentimentos comuns de humanidade? Devem tais sentimentos ser trocados pela indiferença do insensível, ou a crueldade do

selvagem?

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Não, absolutamente; não é este o ensino do Livro de Deus. Os que apresentaram tais opiniões, podem ser homens ilustrados e mesmo sinceros; mas estão iludidos pelos sofismas de Satanás. Este os leva a interpretar mal terminantes expressões das Escrituras, dando à linguagem a coloração de amargura e malignidade que a ele pertence, mas não ao Criador. "Vivo Eu, diz o Senhor Jeová, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho, e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois por que razão morrereis?" (Ezequiel 33:11). Que ganharia Deus se admitíssemos que Ele Se deleita em testemunhar incessantes torturas; que Se alegra com os gemidos, gritos e flagelos das sofredoras criaturas por Ele retidas nas chamas do inferno? Poderão esses terríveis sons ser música aos ouvidos do Amor infinito? Alguns insistem que a aplicação de intérmino sofrimento aos ímpios mostraria o ódio de Deus ao pecado, como a um mal ruinoso à paz e à ordem do Universo. - Terrível blasfêmia!

A teoria do tormento eterno é uma das falsas doutrinas que constituem o vinho das abominações de Babilônia, do qual ela faz todas as nações beberem. (Apocalipse 14:8; 17:2). Que ministros de Cristo hajam aceito esta heresia e a tenham proclamado do púlpito sagrado, é na verdade um mistério. Eles a receberam de Roma, assim como receberam o falso sábado. É verdade que tem sido ensinada por homens eminentes e piedosos; mas a luz sobre tal assunto não lhes chegou como a nós. Eram responsáveis apenas pela luz que resplandecia em seu tempo; nós o somos pela que brilha em nossa época. Se nos desviamos do testemunho da Palavra de Deus, aceitando falsas doutrinas porque nossos pais as ensinaram, caímos sob a condenação pronunciada sobre Babilônia; estamos a beber do vinho de suas abominações.

Numerosa classe, para a qual a doutrina do tormento eterno é revoltante, é levada ao erro oposto. Vêem que as Escrituras representam a Deus como um ser de amor e compaixão, e não podem crer que Ele destine Suas criaturas ao fogo de um inferno eternamente a arder. Crendo, porém, ser a alma de natureza imortal, não percebem outra alternativa senão concluir que toda a humanidade se salvará, por fim. Muitos consideram as ameaças da Bíblia como sendo meramente destinadas a amedrontar os homens para a obediência, e não para se cumprirem literalmente. Assim o pecador pode viver em prazeres egoístas, desatendendo aos preceitos de Deus, e apesar disso espera-se ser, ao final, recebido em Seu favor. Esta doutrina, admitindo a misericórdia de Deus, mas passando por alto Sua justiça, agrada ao coração carnal, e torna audazes os ímpios em sua iniqüidade.

A Salvação Universal não é ensino das Escrituras Os crentes da salvação universal torcem as escrituras. O professo ministro de Cristo reitera a falsidade apresentada pela serpente no Éden: "É certo que não morrereis." "No dia em que dele comerdes, se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal." Declara ele que o mais viu dos pecadores - o assassino, o ladrão, o adúltero - estarão depois da morte preparados para entrar na bem-aventurança eterna. Fábula aprazível, por certo, muito apropriada para satisfazer o coração carnal!

Se fosse verdade que a alma passa diretamente para o Céu na hora do falecimento, bem poderíamos anelar mais a morte que a vida. Por esta crença, muitos têm sido levados a pôr termo à existência. Dominados por dificuldades e desapontamentos, parece coisa fácil romper o fio da vida e voar para as bênçãos do mundo eterno. Deus deu a Sua Palavra prova decisiva de que punirá os transgressores de Sua lei.

Será Ele demasiado misericordioso para exercer justiça sobre o pecador?

Basta contemplar a cruz do Calvário. A morte do Filho de Deus testifica que "o salário do pecado é a morte" (Romanos 6:23), de que toda violação da lei de Deus deve receber retribuição. Cristo, não tinha pecado, tornou-Se pecado pelo homem. Suportou a culpa da transgressão e o ocultamento da face do Pai, até se Lhe quebrantar o coração e desfazer-se-Lhe a vida. Todo esse sacrifício foi feito para os pecadores pudessem ser remidos.

E toda alma que se recusa a participar da expiação provida a tal custo, deve levar em si própria

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a culpa e o castigo da transgressão. As Condições são Apresentadas

Consideremos o que a Bíblia ensina ainda concernente aos ímpios e impenitentes, que muitos colocam no Céu, como anjos santos e felizes.

"... a quem quer que tiver sede, de graça lhe darei da fonte da água da vida." (Apocalipse 21:6). Esta promessa é apenas para os que têm sede. Somente os que sentem necessidade da água da vida, e a procuram, seja qual for o preço, será ela provida.

"Quem vencer herdará todas as coisas; e Eu serei seu Deus, e ele será Meu filho." (Apocalipse 21:7). Aqui, também, se especificam condições. A fim de herdar todas as coisas, devemos resistir ao pecado e vencê-lo. O Senhor declara pelo profeta Isaías: "Dizei aos justos que bem lhes irá; porque comerão do fruto das suas ações." "Ai do ímpio! Mal lhe irá, porque a recompensa das suas mãos se lhe dará." (Isaías 3:10 e 11)

"Ainda que o pecador faça mal cem vezes, e os dias se lhe prolonguem, eu sei com certeza que bem sucede aos que temem a Deus, aos que temerem diante dEle. Mas ao ímpio não irá bem..." (Eclesiastes 8:12 e 13)

E Paulo testifica que o pecador está entesourando para si "ira … no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus; o qual recompensará cada um segundo suas obras"; "tribulação e angústia sobre toda a alma do homem que obra o mal..." (Romanos 2:5, 6 e 9)

"Nenhum incontinente, ou impuro, ou avarento, o qual é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus." (Efésios 5:5)

"Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor." (Hebreus 12:14)

"Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestes [no sangue do Cordeiro] para que tenham direito à arvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas. Ficarão de fora os cães, os feiticeiros, os adúlteros, os homicidas, os idólatras, e todo o que ama e pratica a mentira" (Apoc. 22:14 e 15). Deus deu aos homens uma revelação de Seu caráter, e de Seu método de tratar com o pecado: "Tendo o Senhor passado perante Moisés, proclamou: Jeová, Jeová, Deus misericordioso e compassivo, tardio em irar-se e grande em beneficência e verdade; que usa de beneficência com milhares; que perdoa a iniqüidade, a transgressão e o pecado; que de maneira alguma terá por inocente o culpado; que visita a iniqüidade dos pais sobre os filhos e sobre os filhos dos filhos até a terceira e quarta geração." (Êxodo 34:6 e 7)

"O Senhor preserva todos os que o amam, mas a todos os ímpios ele os destrói." (Salmo 145:20)

"Quanto aos transgressores, serão à uma destruídos, e a posteridade dos ímpios será exterminada." (Salmo 37:38) O poder e autoridade do governo divino serão empregados para abater a rebelião; contudo, todas as manifestações de justiça retribuidora serão perfeitamente coerentes com o caráter de Deus, como um ser misericordioso, longânimo e benévolo.

Deus não força a vontade ou o juízo de ninguém. Não tem prazer na obediência servil. Deseja que as criaturas de Suas mãos O amem porque Ele é digno de amor. Quer que Lhe obedeçam porque reconhecem inteligentemente Sua sabedoria, justiça e benevolência. E todos os que possuem concepção justa destas qualidades, amá-Lo-ão porque são atraídos para Ele e Lhe admiram os atributos.

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É o Homem Imortal? - Parte II

Despreparados para Entrarem no Céu

Os que escolheram a Satanás como chefe, e por seu poder têm sido dirigidos, não estão preparados para comparecer à presença de Deus. O orgulho, o engano, a licenciosidade, a crueldade, fixaram-se em seu caráter. Podem eles entrar no Céu, para morar para sempre com aqueles a quem desprezaram e odiaram na Terra? A verdade nunca será agradável ao mentiroso; a humildade não satisfará o conceito de si mesmo e o orgulho; a pureza não é aceitável ao corrupto; o amor abnegado não parece atrativo ao egoísta. Que fonte de gozo poderia oferecer o Céu para os que se acham totalmente absortos nos interesses terrenos e egoístas?

Poderiam aqueles cuja vida foi empregada em rebelião contra Deus, ser subitamente transportados para o Céu, e testemunhar o estado elevado e santo de perfeição que ali sempre existe, estando toda alma cheia de amor, todo rosto irradiando alegria, ecoando em honra de Deus e do Cordeiro uma arrebatadora música em acordes melodiosos, e fluindo da face dAquele que Se assenta sobre o trono uma incessante torrente de luz sobre os remidos; sim, poderiam aqueles cujo coração está cheio de ódio a Deus, à verdade e santidade, unir-se à multidão celestial e participar de seus cânticos de louvor? Poderiam suportar a glória de Deus e do Cordeiro?

Não, absolutamente; anos de graça lhes foram concedidos, a fim de que pudessem formar caráter para o Céu; eles, porém, nunca exercitaram a mente no amor à pureza; nunca aprenderam a linguagem do Céu, e agora é demasiado tarde. Uma vida de rebeldia contra Deus incapacitou-os para o Céu. A pureza, santidade e paz dali lhes seriam uma tortura; a glória de Deus seria um fogo consumidor.

Almejariam fugir daquele santo lugar. Receberiam alegremente a destruição, para que pudessem esconder-se da face dAquele que morreu para os remir. O destino dos ímpios se fixa por sua própria escolha. Sua exclusão do Céu é espontânea, da sua parte, e justa e misericordiosa da parte de Deus.

Semelhantes às águas do dilúvio, os fogos do grande dia declaram o veredicto divino, de que os ímpios são incorrigíveis. Não se sentem dispostos a submeter-se à autoridade divina. Sua vontade foi exercitada na revolta; e, ao terminar a vida, é demasiado tarde para fazer voltar o curso de seus pensamentos em direção oposta, tarde demais para volverem da transgressão à obediência, do ódio ao amor.

Poupando a vida do assassino Caim, Deus deu ao mundo um exemplo do resultado que adviria de permitir que o pecador vivesse para continuar o caminho de desenfreada iniqüidade. Pela influência do ensino e exemplo de Caim, multidões de seus descendentes foram levadas ao pecado, até que "a maldade do homem se multiplicara sobre a Terra", e "toda a imaginação dos pensamentos de Seu coração era só má continuamente". "A Terra, porém, estava corrompida diante da face de Deus; e encheu-se a Terra de violência." (Gênesis 6:5 e 11).

Em misericórdia para com o mundo, Deus suprimiu seus ímpios habitantes no tempo de Noé. Em misericórdia, destruiu os corruptos habitantes de Sodoma. Mediante o poder enganador de Satanás, os praticantes da iniqüidade obtêm simpatia e admiração, e estão assim constantemente levando outros à rebeldia. Assim foi ao tempo de Caim e Noé, e ao tempo de Abraão e Ló; assim é em nosso tempo. É em misericórdia para com o Universo que Deus finalmente destruirá os que rejeitam a Sua graça. "O salário do pecado é a morte; mas o dom

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gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor." (Romanos 6:23). Ao passo que a vida é a herança dos justos, a morte é a porção dos ímpios. Moisés declarou a Israel: "Hoje te tenho proposto a vida e o bem, e a morte e o mal." (Deuteronômio 30:15). A morte a que se faz referência nestas passagens, não é a que foi pronunciada sobre Adão, pois a humanidade toda sofre a pena de sua transgressão. É a "segunda morte" que se põe em contraste com a vida eterna. [Veja também em Próximos do Fim: Os mil anos e as duas ressurreições].

Em conseqüência do pecado de Adão, a morte passou a toda a raça humana. Todos semelhantemente descem ao sepulcro. E, pelas providências do plano da salvação, todos devem ressurgir da sepultura. "Há de haver ressurreição de mortos, assim dos justos como dos injustos" (Atos 24:15); "assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo." (I Coríntios 15:22). Uma distinção, porém, se faz entre as duas classes que ressuscitam. "Todos os que estão nos sepulcros ouvirão a Sua voz. E os que fizeram o bem, sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação." (João 5:28 e 29).

Os que foram "tidos por dignos" da ressurreição da vida, são "bem-aventurados e santos". "Sobre estes não tem poder a segunda morte." (Apocalipse 20:6). Os que, porém, não alcançaram o perdão, mediante o arrependimento e a fé, devem receber a pena da transgressão: "o salário do pecado". Sofrem castigo, que varia em duração e intensidade, "segundo suas obras", mas que finalmente termina com a segunda morte. Visto ser impossível para Deus, de modo coerente com a Sua justiça e misericórdia salvar o pecador em seus pecados, Ele o despoja da existência, que perdeu por suas transgressões, e da qual se mostrou indigno.

Assim se porá fim ao pecado, juntamente com toda a desgraça e ruína que dele resultaram. Diz o salmista: "Destruíste os ímpios; apagaste o seu nome para sempre e eternamente. Oh! inimigo! consumaram-se as assolações." (Salmo 9:5 e 6). João, no Apocalipse, olhando para a futura condição eterna, ouve uma antífona universal de louvor, imperturbada por qualquer nota de discórdia. Toda criatura no Céu e na Terra atribuía glória a Deus. (Apocalipse 5:13). Não haverá então almas perdidas para blasfemarem de Deus, contorcendo-se em tormento interminável; tampouco seres infelizes no inferno unirão seus gritos aos cânticos dos salvos.

A Primeira Ressurreição

Sobre o erro fundamental da imortalidade inerente, repousa a doutrina da consciência na morte, doutrina que, semelhantemente à do tormento eterno, se opõe aos ensinos das Escrituras, as regras da razão, e a nossos sentimentos de humanidade. Segundo a crença popular, os remidos no Céu estão a par de tudo que ocorre na Terra, e especialmente da vida dos amigos que deixaram após si. Mas como poderia ser fonte de felicidade para os mortos o saberem das dificuldades dos vivos, testemunhar os pecados cometidos por seus próprios amados, e vê-los suportar todas as tristezas, desapontamentos e angústias da vida? Quanto da bem-aventurança celeste seria fruída pelos que estivessem contemplando seus amigos na Terra?

E quão revoltante não é a crença de que, logo que o fôlego deixa o corpo, a alma do impenitente é entregue às chamas do inferno! Em quão profundas angústias deverão mergulhar os que vêem seus amigos passarem à sepultura sem se acharem preparados, para entrar numa eternidade de miséria e pecado! Muitos têm sido arrastados à insanidade por este inquietante pensamento.

Que dizem as Escrituras com relação a estas coisas? Davi declara que o homem não se acha consciente na morte. "Sai-lhes o espírito, e eles tornam-se em sua terra; naquele mesmo dia perecem os seus pensamentos." (Salmo 146:4). Salomão dá o mesmo testemunho: "Os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma." "O seu amor, o seu ódio e a sua inveja já pereceram, e já não têm parte alguma neste século, em coisa alguma do que se faz debaixo do Sol." "Na sepultura, para onde tu vais, não há obra, nem indústria, nem ciência, nem sabedoria alguma." (Eclesiastes 9:5, 6 e 10).

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Quando, em resposta à sua oração, a vida de Ezequias foi prolongada quinze anos, o rei, agradecido, rendeu a Deus um tributo de louvor por Sua grande misericórdia. Nesse cântico ele dá a razão por assim se regozijar:

"Não pode louvar-Te a sepultura, nem a morte glorificar-Te; nem esperarão em Tua verdade os que descem à cova. Os vivos, os vivos, esses Te louvarão, como eu hoje faço." (Isaías 38:18 e 19)

A teologia popular representa os justos mortos como estando no Céu, admitidos na bem-aventurança, e louvando a Deus com língua imortal; Ezequias, porém, não pôde ver tal perspectiva gloriosa na morte. Com suas palavras concorda o testemunho do salmista:

"Na morte não há lembrança de Ti; no sepulcro quem Te louvará?" "Os mortos não louvam ao Senhor, nem os que descem ao silêncio." (Salmo 6:5; Salmo 15:17).

Pedro, no dia de Pentecoste, declarou que o patriarca Davi "morreu e foi sepultado, e entre nós está até hoje a sua sepultura". "Porque Davi não subiu aos Céus." (Atos 2:29 e 34). O fato de Davi permanecer na sepultura até à ressurreição, prova que os justos não ascendem ao Céu por ocasião da morte. É unicamente pela ressurreição, e em virtude de Jesus haver ressuscitado, que Davi poderá finalmente assentar-se à destra de Deus.

E Paulo disse: "Se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. E também os que dormiram em Cristo estão perdidos." (I Coríntios 15:16 a 18).

Se durante quatro mil anos os justos tivessem à sua morte ido diretamente para o Céu, como poderia Paulo ter dito que senão há ressurreição "os que dormiram em Cristo estão perdidos"? Não seria necessário ressurreição.

O mártir Tyndale, referindo-se ao estado dos mortos, declarou: "Confesso abertamente que não estou persuadido de que eles já estejam na plena glória em que Cristo Se acha, ou em que estão os anjos eleitos de Deus. Tampouco é isto artigo de minha fé; pois, se assim fosse, não vejo nisto senão que o pregar a ressurreição da carne seria coisa vã." – Prefácio do "Novo Testamento" (edição de 1534), de Guilherme Tyndale. É fato inegável que a esperança da imortal bem-aventurança ao morrer, tem determinado generalizada negligência da doutrina bíblica da ressurreição.

Esta tendência foi notada pelo Dr. Adão Clarke, que disse: "A doutrina da ressurreição parece ter sido julgada de muito maiores conseqüências entre os primeiros cristãos do que o é hoje! Como é isto? Os apóstolos estavam continuamente insistindo nela, e concitando os seguidores de Cristo à diligência, obediência e animação por meio dela. E seus sucessores, na atualidade, raras vezes a mencionam! Pregavam-na os apóstolos, nela criam os primitivos cristãos; pregamo-la nós, e nela crêem nossos ouvintes. Não há doutrina no evangelho a que se dê maior ênfase; e não há doutrina no atual conjunto dos assuntos pregados, que seja tratada com maior negligência!" – Comentário Sobre o Novo Testamento, vol. 2 (acerca de I Coríntios 15). Quando, porém, estava para deixar Seus discípulos, Jesus não lhes disse que logo iriam ter com Ele. "Vou preparar-vos lugar", disse Ele. "E, se Eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para Mim mesmo." (João 14:2 e 3). E diz-nos Paulo, mais, que "o mesmo Senhor descerá do Céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor." E acrescenta: "Consolai-vos uns aos outros com estas palavras." (I Tessalonicenses 4:16 a 18). Quão grande é o contraste entre essas expressões de conforto citadas acima, com a teologia pagã da imortalidade da alma!

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Antes de qualquer pessoa poder entrar nas mansões dos bem-aventurados, seu caso deverá ser investigado, e seu caráter e ações deverão passar em revista perante Deus. Todos serão julgados de acordo com as coisas escritas nos livros, e recompensados conforme tiverem sido as suas obras. Este juízo não ocorre por ocasião da morte. Notai as palavras de Paulo:

"Tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do Varão que destinou: e disto deu certeza a todos, ressuscitando-O dos mortos." (Atos 17:31). Aqui o apóstolo terminantemente declara que um tempo específico, então no futuro, fora fixado para o juízo do mundo.

Judas se refere ao mesmo tempo: "Aos anjos que não guardaram o seu principado, mas deixaram a sua própria habitação, reservou na escuridão, e em prisões eternas, até ao juízo daquele grande dia." E cita ainda as palavras de Enoque: "Eis que é vindo o Senhor com milhares de Seus santos; para fazer juízo contra todos." (Judas 6, 14 e 15). João declara ter visto "os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono; e abriram-se os livros; … e os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros". (Apocalipse 20:12)

Se, porém, os mortos já estão gozando a bem-aventurança celestial, ou contorcendo-se nas chamas do inferno, que necessidade há de um juízo futuro? Os ensinos da Palavra de Deus acerca destes importantes pontos, não são obscuros nem contraditórios; podem ser compreendidos pela mente comum.

Mas que espírito imparcial pode ver sabedoria ou justiça na teoria corrente?

Receberão os justos, depois da investigação de seu caso no juízo, este elogio: "Bem está, servo bom e fiel... Entra no gozo do teu Senhor" (Mateus 25:21), quando eles estiveram morando em Sua presença, talvez durante longos séculos? São os ímpios convocados do lugar do tormento, para receberem esta sentença do Juiz de toda a Terra: "Apartai-vos de Mim, malditos, para o fogo eterno"? (Mateus 25:41). Oh! sarcasmo solene! vergonhoso obstáculo à sabedoria e justiça de Deus! A teoria da imortalidade da alma foi uma das falsidades que Roma tomou emprestadas do paganismo, incorporando-a à religião da cristandade. Martinho Lutero classificou-a entre as "monstruosas fábulas que fazem parte do monturo romano dos decretos". – O Problema da Imortalidade, de E. Petavel. Comentando as palavras de Salomão no Eclesiastes, de que os mortos não sabem coisa nenhuma, diz o reformador: "Outro passo provando que os mortos não têm. … sentimento. Não há ali", diz ele, "deveres, ciência, conhecimento, sabedoria. Salomão opinou que os mortos estão a dormir, e nada sentem absolutamente. Pois os mortos ali jazem, não levando em conta nem dias nem anos; mas, quando despertarem, parecer-lhes-á haver dormido apenas um minuto." – Exposição do Livro de Salomão, Chamado Eclesiastes, de Lutero. Em parte alguma nas Escrituras Sagradas se encontra a declaração de que é por ocasião da morte que os justos vão para a sua recompensa e os ímpios ao seu castigo. Os patriarcas e profetas não fizeram tal afirmativa. Cristo e Seus apóstolos não fizeram sugestão alguma a esse respeito.

A Bíblia claramente ensina que os mortos não vão imediatamente para o Céu. Eles são representados como estando a dormir até à ressurreição (I Tessalonicenses 4:14; Jó 14:10 a 12). No mesmo dia em que se quebra a cadeia de prata, e se despedaça o copo de ouro (Eclesiastes 12:6), perecem os pensamentos dos homens. Os que descem à sepultura estão em silêncio. Não mais sabem de coisa alguma que se faz debaixo do Sol (Jó 14:21).

Bendito descanso para o justo cansado! Seja longo ou breve o tempo, não é para eles senão um momento. Dormem, e são despertados pela trombeta de Deus para uma imortalidade gloriosa. "Porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis... Quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória." (I Coríntios 15:52 a 54). Ao serem eles chamados de seu profundo sono, começam a pensar exatamente onde haviam parado. A última sensação foi a agonia da morte, o último pensamento o de que

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estavam a cair sob o poder da sepultura. Ao se levantarem da tumba, seu primeiro alegre pensamento se expressará na triunfante aclamação:

"Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?" (I Coríntios 15:55)

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Objetivos do Espírito Santo

"Quando Ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo". (João 16:8). É através da atuação do Espírito Santo que o homem reconhece seu pecado e o abandona, para tornar-se morada deste santo Ser. (I Coríntios 3:16 e 17)

O ladrão via de regra, só assalta às escondidas. E por que age assim? Porque sabe o que faz é errado. E quem o leva a reconhecer isso? O Espírito Santo. Convence-o...

Da mesma maneira, longe da civilização, sem contato com o homem branco, um índio em sua aldeia, quando rouba uma flecha de seu companheiro, o faz também às escondidas.

E por que o índio age assim? É porque ele sente que não é certo este ato. E quem leva o índio sentir ou saber que o que faz é errado? É o Espírito Santo que atua em todos corações, e no dele também.

Já não lhe aconteceu alguma vez ter a impressão de haver cometido alguma coisa errada,

vindo a sua consciência a doer, produzindo-lhe profundo pesar e tristeza? Isso é a operação diária do Espírito Santo! A influência atuante do Espírito Santo se tornará maior ou menor no coração humano, dependendo da maneira como o homem agir. Se não recusar Seus apelos e atuação, progredirá e se tornará "cheio" do Espírito, e um vaso de benção; recusando, poderá incorrer no pecado imperdoável, e se perderá. (Mateus 12:31 e 32) . A atuação do Espírito na vida do crente é tão essencial quanto o azeite o é na lamparina e a gasolina no automóvel. A luz brilha e o carro anda, pela atuação destes combustíveis. Ambos, no entanto, se tornarão inúteis quando os depósitos estiverem vazios. Por isso, há suprema necessidade de se encher do Espírito, não só uma vez, mas diariamente, constantemente, para testemunhar e brilhar para o Senhor Jesus. O crente sem o Espírito Santo nada realiza. O Espírito Santo nos "convence" do pecado, isto é, faz-nos senti-lo, então nossas naturezas (carnal e espiritual) entram em luta; quem prevalecer, reinará. Paulo, refere-se a esta guerra em Romanos 7:20:

"Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, e sim o pecado que habita em mim."

Da mesma sorte, o coração humano deve estar constantemente sendo habitado pelo Espírito Santo. Sua influência santificadora deve ser uma constante em nosso viver, a fim de se evitar uma catástrofe espiritual. O vento sopra (João 3:8), não o vemos, mas ouvimos sua "voz" e os resultados de sua atuação. Da mesma forma, a atuação silenciosa do Espírito Santo no coração humano é traduzida pelos frutos na vida do cristão, que produz frutos do Espírito normalmente. (Gálatas 5:22). Como as árvores dão seus frutos porque foram criadas para dá-los, da mesma forma o cristão repleto do Espírito produzirá gestos e atitudes que lhes são próprios. É fácil saber se o Espírito Santo habita uma pessoa, ou se apenas a convence do pecado. Paulo dá a pista: São os frutos do Espírito (Gálatas 5:22) e os frutos da carne (Gálatas 5:19 a 21). Portanto uma maneira simples, correta e segura de saber se uma pessoa é batizada com o Espírito Santo, não é se ela fala "línguas estranhas", e sim pelos seus frutos (Mateus 7:16 e 21).

Ser batizado com o Espírito é viver em harmonia, em alegria com este Ser. É ser semelhante aos discípulos da primeira Igreja Cristã (Atos 2:42 a 47). É viver em perfeita

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união, livre de todo sentimento de supremacia, egoísmo, cólera, ira, ódio, amando-se mutuamente e todos a Deus. Ser batizado no Espírito Santo é compadecer-se do pobre, socorrer os órfãos e viúvas nas suas necessidades, ajudar o irmão carente, auxiliar o necessitado. Estas são as maiores provas do cristão batizado com o Espírito Santo. Estes são de fato os frutos de uma vida santificada, lavada, banhada, batizada com o Espírito Santo, que vive, sobretudo, de conformidade com os mandamentos de Sua santa lei.

Tal cristão está plenamente apto para ser agraciado pelo Senhor (quando Ele o desejar), de receber a "chuva serôdia", isto é, a plenitude do Espírito Santo, para a conclusão da obra do evangelho no planeta Terra.

Por que o Senhor escolheu fazer da pombinha símbolo do Espírito Santo? (Lucas 3:21 e 22)

A pomba como este Ser divino, é meiga, sublime, suave, macia, calma e tranqüila. Por isso, o Espírito de Deus só atua assim:

No silêncio absoluto. Habacuque 2:20

Sem confusão. I Coríntios 14:33

Com decência e ordem. I Coríntios 14:40

Com reverência. Hebreus 12:28 e 29

Sem gritaria. Efésios 4:31

Voz mansa e delicada. I Reis 19:11 e 12

Louvado sejas, ó Senhor, pelos séculos dos séculos. Amém.

Andar no Espírito Santo só será possível àquele que constantemente está se alimentando do Pão da Vida, as Escrituras Sagradas. Quanto mais se conhece a Bíblia, mais fácil será andar no Espírito. De fato, "aquele que abre as Escrituras Sagradas, e se alimenta do maná celestial torna-se participante da natureza divina". Os que andam no Espírito podem receber a capacitação especial do Espírito Santo para a realização do trabalho de Deus.

Lourenço Silva Gonzalez, Assim Diz o Senhor, 5.ª ed., 1993.

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Arrependimento, o Primeiro Fruto

"Compadece-Te de mim, ó Deus, segundo a Tua benignidade; e, segundo a multidão das Tuas misericórdias, apaga as minhas transgressões. Lava-me completamente da iniqüidade e purifica-me do meu pecado." (Salmo 51:1 e 2)

O arrependimento é um dos primeiros frutos da graça salvadora. Nosso grande Mestre, em Suas lições ao homem caído, extraviado, apresenta o poder vivificador de Sua graça, declarando que por meio dessa graça homens e mulheres podem viver uma nova vida de santidade e pureza. Aquele que vive essa vida põe em prática os princípios do reino do Céu. Ensinado por Deus, ele conduz outros ao caminho reto. Não conduzirá o que manqueja a caminhos de incerteza.

A operação do Espírito Santo em sua vida mostra que ele é um participante da natureza divina. Toda alma assim trabalhada pelo Espírito de Cristo, recebe abundante suprimento de generosa graça que, ao contemplar suas obras, o mundo incrédulo reconhece que ele é controlado e sustentado pelo poder divino, sendo levado a glorificar a Deus. - A Maravilhosa Graça de Deus, pág. 136. Pessoas há que, não obstante todos os afáveis convites de Cristo, continuam a revelar incredulidade em sua vida. Deus diz a tais pessoas: "Até quando, ó néscios, amareis a necedade?... Atentai para a Minha repreensão; eis que derramarei copiosamente para vós outros o Meu Espírito e vos farei saber as Minhas palavras." (Provérbio 1:22 e 23).

O arrependimento do pecado é o primeiro efeito da atuação do Espírito Santo na vida. É o único processo pela qual a infinita pureza reflete a imagem de Cristo em Seus súditos redimidos. Em Cristo habita toda a plenitude. A ciência que não está em harmonia com ele não tem valor. Ele nos ensina a considerar todas as coisas como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus nosso Senhor. Este conhecimento é a ciência mais elevada que qualquer homem pode obter.

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CAPÍTULO 1 – SEÑALES DE LA VENIDA DE CRISTO Muchas son las promesas registradas en la Biblia, pero con toda seguridad, la más recordada y esperada durante los últimos dos mil años por los cristianos del mundo entero es la siguiente: "No se turbe vuestro corazón; creéis en Dios, creed también en mí. En la casa de mi Padre muchas moradas hay; si así no fuera, yo os lo hubiera dicho; voy, pues, a preparar lugar para vosotros. Y si me voy y os preparo lugar, vendré otra vez y os tomaré a mí mismo, para que donde yo esté, vosotros también estéis" (Juan 14: 1-3). [a] Nota: Las letras encerradas en corchetes [ ] son vínculos que lo llevarán al pie de página para leer una nota respecto al pasaje que usted está estudiando. Para retornar al punto donde se encontraba dé clic sobre la misma letra inicial o sobre el botón "Atrás" o "Back" en su barra de navegación. Jesucristo, después de su muerte y resurrección en el año 31 de nuestra era, ascendió a los cielos prometiendo que volvería para destruir la maldad e instaurar su reino donde la paz y la felicidad eternas serán establecidas. [b] ¿Será posible conocer la fecha de este evento? Jesús mismo responde: "Pero del día y la hora nadie sabe, ni aún los ángeles que están en los cielos, sino sólo mi Padre... Pero sabed esto, que si el padre de familia supiera a qué hora el ladrón habría de venir, velaría y no lo dejaría entrar en su casa. Por tanto, también vosotros estad preparados, porque el Hijo del hombre vendrá a la hora que no pensáis" (Mateo 24:36,43,44). Es por esta razón que no debemos detenernos en especulaciones en cuanto a los tiempos que no ha revelado Dios. Jesús nos ha dicho que velemos, pero sin fijarnos en una fecha definida. No podemos aseverar que Jesús regresará dentro de uno, dos o cinco años, pero tampoco debemos posponer su venida diciendo que quizá no se produzca ni en diez ni en veinte años. [c] Aunque es claro que ningún ser humano sabe el momento exacto de la venida de Cristo, Dios sí lo sabe y no permitirá que este acontecimiento llegue sin aviso para quienes lo estén esperando: "Porque vosotros sabéis perfectamente que el día del Señor vendrá así como ladrón en la noche. Cuando digan: «Paz y seguridad», entonces vendrá sobre ellos destrucción repentina, como los dolores a la mujer encinta, y no escaparán. Pero vosotros, hermanos, no estáis en tinieblas, para que aquel día os sorprenda como ladrón" (1 Tesalonicenses 5:2-4).

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¿Por qué razón este grupo no permanece en tinieblas? ¿Qué les permite a ellos conocer lo que el resto del mundo prácticamente ignora? "Tenemos también la palabra profética más segura, a la cual hacéis bien en estar atentos como a una antorcha que alumbra en lugar oscuro..." (2 Pedro 1:19). Según lo enseñado por el Señor Jesucristo, el estar atento a la palabra profética es lo que nos permitirá conocer qué tan cerca se encuentra el día de su segundo advenimiento: "De la higuera aprended la parábola: Cuando ya su rama está tierna y brotan las hojas, sabéis que el verano está cerca. Así también vosotros, cuando veáis todas estas cosas, conoced que está cerca, a las puertas" (Mateo 24:32-33). ¿Cuáles cosas? Hace unos dos mil años los discípulos preocupados por este mismo asunto, consultaron a su Maestro quien les reveló las más importantes. Esta conversación ha quedado registrada en la Biblia para nuestro conocimiento:

"Estando él sentado en el monte de los Olivos, los discípulos se le acercaron aparte, diciendo: -Dinos, ¿cuándo serán estas cosas y qué señal habrá de tu venida y del fin del mundo? Respondiendo Jesús, les dijo: -Mirad que nadie os engañe, porque vendrán muchos en mi nombre, diciendo: "Yo soy el Cristo", y a muchos engañarán. Oiréis de guerras y rumores de guerras; mirad que no os turbéis, porque es necesario que todo esto acontezca, pero aún no es el fin. Se levantará nación contra nación y reino contra reino; y habrá pestes, hambres y terremotos en diferentes lugares. Pero todo esto es solo principio de

dolores" (Mateo 24:3-8).

Si usted es de las personas que gusta estar al día con las noticias, seguramente verá en esta declaración de Jesucristo, una impresionante descripción de lo que está sucediendo ahora mismo en el mundo. Si usted compra el periódico de hoy es muy probable que encuentre información acerca de "seres iluminados" que aseguran que son la encarnación de Cristo y que han venido a salvar al mundo. También leerá acerca de las últimas guerras suscitadas en el Oriente Medio u otras zonas de conflicto. Leerá acerca de los últimos rumores de guerras anunciados por legendarios astrólogos como Nostradamus u otros videntes modernos. Se enterará de los miles de muertos y millones de damnificados dejados por el último terremoto en algún lugar del planeta. Se enterará de la última epidemia colectiva en los países europeos y del nuevo virus letal fabricado por accidente en un prestigioso laboratorio de manipulación genética. Se percatará de la desolación en Etiopía, donde sus habitantes mueren por falta de alimento. Leerá acerca de la crisis económica mundial y de la terrible taza de desempleo que está haciendo que cada vez más personas sufran hambre, aún en los países más industrializados. Si desea ver algunos recortes recientes de periódico, que demuestran que estamos viviendo en el periodo mencionado por Jesucristo, pulse aquí. No obstante el increíble cumplimiento de las palabras de Cristo, debemos tener en cuenta que aunque ellas anuncian que él viene, estas señales no son las últimas ni las definitivas. Si usted lee el pasaje con cuidado notará que Jesucristo dice: "pero aún no es el fin" y "todo esto es solo principio de dolores". [d] Esto indica que aún quedan algunas cosas por venir. ¿Cuáles son esas cosas?, lea con atención la continuación del sermón predicado por el Señor Jesús a los discípulos: "Entonces os entregarán a tribulación, os matarán y seréis odiados por todos por causa de mi nombre. Muchos tropezarán entonces, y se entregarán unos a otros, y unos a otros se odiarán. Muchos falsos profetas se levantarán y engañarán a muchos; y por haberse multiplicado la maldad, el amor de muchos se enfriará. Pero el que persevere hasta el fin, este será salvo. Y

Jesús junto a sus discípulos

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será predicado este evangelio del Reino en todo el mundo, para testimonio a todas las naciones, y entonces vendrá el fin" (Mateo 24:9-14). Observe que a diferencia de la primera parte de su sermón, en este segmento Jesús hace alusión directa a los eventos que deben acontecer justo antes del fin del tiempo, pues termina con las palabras "y entonces vendrá el fin". Resumamos estos eventos:

El pueblo de Dios será entregado a tribulación. Se levantará un odio generalizado en contra de ellos y se les perseguirá hasta la muerte.

Unos a otros se odiarán. Se multiplicará la maldad y el amor de muchos se enfriará.

Falsos profetas se levantarán y engañarán a muchos.

El Evangelio del Reino será predicado en todo el mundo, para testimonio a todas las

naciones.

Aunque muchos intérpretes citan estos cuatro puntos como si se tratasen de hechos aislados, el contexto deja ver que éstos, en realidad, hacen parte de una misma profecía, pues el odio y el desamor de los habitantes de la tierra, sumado a la obra de los falsos profetas, darán como resultado la persecución y muerte de aquellos que se levanten para predicar el Evangelio del Reino de Dios. Esta conclusión es completamente confirmada por Jesús en el libro de Apocalipsis: Advertencia: Lo que describe el siguiente pasaje no es literal en todos sus aspectos. Sólo muestra, mediante símbolos, los personajes y los eventos implicados en el gran conflicto que se desatará antes de la venida de Cristo. "6En medio del cielo vi volar otro ángel que tenía el evangelio eterno para predicarlo a los habitantes de la tierra, a toda nación, tribu, lengua y pueblo. 7Decía a gran voz: «¡Temed a Dios y dadle gloria, porque la hora de su juicio ha llegado. Adorad a aquel que hizo el cielo y la tierra, el mar y las fuentes de las aguas!». 8Otro ángel lo siguió, diciendo: «Ha caído, ha caído Babilonia, la gran ciudad, porque ha hecho beber a todas las naciones del vino del furor de su fornicación». 9Y un tercer ángel los siguió, diciendo a gran voz: «Si alguno adora a la bestia y a su imagen y recibe la marca en su frente o en su mano, 10él también beberá del vino de la ira de Dios, que ha sido vaciado puro en el cáliz de su ira; y será atormentado con fuego y azufre delante de los santos ángeles y del Cordero. 11El humo de su tormento sube por los siglos de los siglos. No tienen reposo de día ni de noche los que adoran a la bestia y a su imagen, ni nadie que reciba la marca de su nombre». 12Aquí está la perseverancia de los santos, los que guardan los mandamientos de Dios y la fe de Jesús. 13Y oí una voz que me decía desde el cielo: «Escribe: "Bienaventurados de aquí en adelante los muertos que mueren en el Señor". Sí, dice el Espíritu, descansarán de sus trabajos, porque sus obras con ellos siguen». 14Miré, y

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vi una nube blanca. Sentado sobre la nube, uno semejante al Hijo del hombre, que llevaba en la cabeza una corona de oro y en la mano una hoz aguda. 15Y otro ángel salió del templo gritando a gran voz al que estaba sentado sobre la nube: «¡Mete tu hoz y siega, porque la hora de segar ha llegado, pues la mies de la tierra está madura!». 16El que estaba sentado sobre la nube metió su hoz en la tierra y la tierra fue segada" (Apocalipsis 14:6-16). Note que este pasaje de Apocalipsis menciona los mismos elementos de Mateo 24 con una semejanza impresionante. Comparemos en detalle los dos pasajes:

Mateo 24:9 dice: "Entonces os entregarán a tribulación, os matarán, y seréis odiados por todos por causa de mi nombre" y Apocalipsis 14:12,13 dice refiriéndose a los que tienen la fe de Jesús: "Aquí está la perseverancia de los santos... Bienaventurados de aquí en adelante los muertos que mueren en el Señor". La causa de su muerte tiene relación directa con la adoración de la "imagen" del versículo 9, pues según Apocalipsis 13:15 a ésta habría de permitírsele que "hablara e hiciera matar a todo el que no la adorara".

Mateo 24:9,12 asegura que para esta época se habrá "multiplicado la maldad" y que el

pueblo de Dios será odiado por "todos". Apocalipsis 14:9 habla de una entidad llamada "la bestia" la cual aparece en Apocalipsis 13:6-8 "blasfemando contra Dios" y haciendo "guerra contra los santos"; y aunque parezca increíble, "todos los habitantes de la tierra" llegarán a estar de acuerdo con ella (vs. 8).

Mateo 24:11 dice que "Muchos falsos profetas se levantarán y engañarán a muchos".

Apocalipsis 14:9 habla acerca de la imposición de la "marca de la bestia" y de la adoración a esta entidad "y a su imagen"; hechos que precísamente tendrán su origen en la obra de un falso profeta: "...el falso profeta que había hecho las señales con las cuales había engañado a los que recibieron la marca de la bestia y habían adorado su imagen" (Apocalipsis 19:20).

Mateo 24:13 dice que "el que persevere hasta el fin, este será salvo". Apocalipsis 14:12,

hablando del pueblo de Dios dice: "Aquí está la perseverancia de los santos, los que guardan los mandamientos de Dios y la fe de Jesús".

Mateo 24:14 hablando de la predicación del último mensaje de misericordia, dice: "Y será

predicado este evangelio del Reino en todo el mundo". Apocalipsis 14:6 dice: "...el evangelio eterno para predicarlo a los habitantes de la tierra, a toda nación, tribu, lengua y pueblo".

Mateo 24:14 dice que inmediatamente después de predicarse el Evangelio a todas las

naciones "vendrá el fin". Apocalipsis 14:16 presenta esta misma verdad al decir "... y la tierra fue segada"; pues el Señor Jesucristo enseñó en Mateo 13:39 que "la siega es el fin del mundo".

Todo lo anterior confirma que Apocalipsis es, en sí mismo, una extraordinaria ampliación de los eventos expuestos por el Señor Jesús en Mateo 24:9-14 y que en realidad son una misma profecía, mediante la cual podremos saber con exactitud que tan cerca o qué tan lejos se encuentra el "fin del mundo". Es importante resaltar que aunque la venida de Jesús está muy cerca, aún no está "a las puertas". Sólo cuando el mundo entero se una en contra del pueblo de Dios, cuando se decrete la muerte sobre los que se nieguen rendir adoración a la bestia y a su imagen (recuerde que son símbolos), podremos saber con certeza que la venida de Cristo es inminente. Amigo lector, no permita que su corazón se angustie y desanime por el anuncio de esta profecía. Es cierto que los que se nieguen a adorar a la bestia y a su imagen serán perseguidos hasta las últimas consecuencias, pero también es cierto que Dios es nuestro Padre, nos ama y no nos dejará solos en la prueba: "Decid a los de corazón temeroso: «¡Esforzaos, no temáis! He aquí que vuestro Dios viene con retribución, con pago; Dios mismo vendrá y os salvará»." (Isaías 35:4).

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Aun si la vida fuese necesario dar por causa de la predicación del evangelio, o si nuestro cuerpo sufriese dolor, y aflicción nuestro corazón, tampoco debemos temer, pues si cultivamos nuestra amistad con Jesús y hacemos de él el centro de nuestras vidas, finalmente venceremos: "Todo el que quiera salvar su vida, la perderá; y todo el que pierda su vida por causa de mí y del evangelio, la salvará" (Marcos 8:35).

"Le dijo Jesús: -Yo soy la resurrección y la vida; el que cree en mí, aunque esté muerto, vivirá. Y todo aquel que vive y cree en mí, no morirá eternamente. ¿Crees esto? (Juan 11:25,26). La Biblia nos dice, además, que no será necesario que todos los hijos de Dios pierdan la vida, pues habrá un gran número de ellos que serán protegidos durante este tiempo y verán venir a Cristo sin haber conocido la muerte. El apóstol Pablo describe esta verdad a la vez que nos anima a colocar nuestra esperanza en el glorioso destino que espera a los que

permanezcan firmes y constantes: "El Señor mismo, con voz de mando, con voz de arcángel y con trompeta de Dios, descenderá del cielo. Entonces, los muertos en Cristo resucitarán primero. Luego nosotros, los que vivimos, los que hayamos quedado, seremos arrebatados juntamente con ellos en las nubes para recibir al Señor en el aire, y así estaremos siempre con el Señor. Por tanto, alentaos los unos a los otros con estas palabras" (1 Tesalonicenses 4:16-18). Los personajes que intervendrán en el conflicto final ya están presentes y sólo están esperando la oportunidad para tomar su papel en el último gran drama de la historia de este mundo. Es importante que todo aquel que crea en la palabra bíblica como única regla de fe y práctica, investigue con diligencia a qué o a quienes se refería Jesucristo en los pasajes proféticos de Mateo 24 y Apocalipsis. ¿Quién es la bestia? ¿Cuál será su marca? ¿Quién es la imagen? ¿Quién es el falso profeta? ¿Quién es la gran Babilonia? ¿Quiénes son los tres ángeles que surcan el cielo anunciando el Evangelio eterno? Este libro ha sido escrito con el objetivo de guiarlo paso a paso para que usted, con la ayuda de la oración y de un "así está escrito", pueda identificar plenamente cada uno de estos símbolos y de esa manera, pueda discernir con exactitud qué tan cerca se halla el retorno de nuestro Señor Jesucristo.

Dé clic en "Atrás" o "Back" en su barra de navegación o presione la letra respectiva, para volver al párrafo que lo envió aquí. [a] A menos que se indique lo contrario, las citas Bíblicas incluidas en este libro, han sido tomadas de la versión de la Biblia "Reina-Valera 1995" (RVR95) de las Sociedades Bíblicas Unidas. El énfasis presente en todas las referencias, tanto bíblicas como seculares, ha sido agregado por el autor con el fin de resaltar la parte más importante de cada texto. [b] Mateo 25:31-34; Apocalipsis 21:1-7. [c] Elena G. de White, Mensajes Selectos, tomo 1, págs. 221, 222. [d] Mateo 24:6, 8.

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CAPÍTULO 2 – SEGUIENDO EL RASTRO

Apocalipsis: para muchos, un libro que encierra misterios inescrutables. Para otros, un libro lleno de historias mitológicas basadas en la imaginación o la creencia popular. Para Jesucristo, su Autor, un libro maravilloso colmado de revelaciones acerca del futuro: "La revelación de Jesucristo, que Dios le dio para manifestar a sus siervos las cosas que deben suceder pronto... Bienaventurado el que lee y los que oyen las palabras de esta profecía, y guardan las cosas en ella escritas, porque el tiempo está cerca" (Apocalipsis 1:1,3). La revelación de Jesús, plasmada en el Apocalipsis,[a] no ha sido dada en lenguaje directo sino en lenguaje simbólico. De la misma manera que el general del ejército envía instrucciones a través de la radio mediante palabras en clave, a fin de que sólo sus soldados (quienes conocen el significado) reciban el mensaje, Jesús envía su revelación en clave para garantizar que el mensaje sólo llegue hasta los sinceros seguidores de su Palabra en el tiempo del fin. El Señor dijo al profeta Daniel lo siguiente: "...Anda, Daniel, pues estas palabras están cerradas y selladas hasta el tiempo del fin. Muchos serán limpios, emblanquecidos y purificados; los impíos procederán impíamente, y ninguno de los impíos entenderá; pero los entendidos comprenderán" (Daniel 12:9-10). ¿Cómo comprenderán los entendidos? El Espíritu Santo ha condensado en la Biblia todo el conocimiento necesario para el discernimiento cabal de sus profecías. Nadie está autorizado para desviarse de la interpretación dada por la Palabra de Dios. Nadie esta autorizado para explicarla según su criterio o personal punto de vista: "Pero ante todo entended que ninguna profecía de la Escritura es de interpretación privada, porque nunca la profecía fue traída por voluntad humana, sino que los santos hombres de Dios hablaron siendo inspirados por el Espíritu Santo" (2 Pedro 1:20,21). Aunque la Biblia contiene en sí misma la interpretación de sus símbolos, es necesario que el que la lea la discierna espiritualmente.[b] Lo cual significa que todo aquel que desee comprender las profecías debe procurar, en primer lugar, acercarse a Dios y hacer de él su mejor amigo. En realidad este es el primer y más importante paso, así lo confirma uno de los más grandes reformadores de todos los tiempos, Martín Lutero:

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"No se puede llegar a comprender las Escrituras, ni con el estudio, ni con la inteligencia; vuestro primer deber es pues empezar por la oración. Pedid al Señor que se digne, por su gran misericordia, concederos el verdadero conocimiento de su Palabra. No hay otro intérprete de la

Palabra de Dios, que el mismo Autor de esta Palabra, según lo que ha dicho: `Todos serán enseñados de Dios.' Nada esperéis de vuestros estudios ni de vuestra inteligencia; confiad únicamente en Dios y en la influencia de su Espíritu. Creed a un hombre que lo ha experimentado".[c] Podemos concluir entonces, que el único medio seguro para entender cualquier profecía, es acudir a Dios en oración con un corazón humilde y susceptible de ser enseñado. Si dejamos nuestro propio criterio a un lado y permitimos que Dios nos hable a través de su Palabra, nos asombraremos de la claridad de aquello que antes nos parecía tan confuso y sin sentido.

El método que utilizaremos para identificar a la bestia será el mismo que utilizó el Señor Jesucristo al explicar sus profecías.[d] Este método consiste en tomar el pasaje que se quiere entender y compararlo con otros que hablen acerca del mismo tema, a fin de hallar pistas y similitudes que nos permitan llegar a una clara y segura identificación. En el anterior capítulo vimos que todos aquellos que se unan a la bestia en su propósito de perseguir al pueblo de Dios, recibirán la justa retribución divina.[e] ¿De dónde surgió esta bestia? ¿Cuál es su historia? Dejemos que sea la Biblia misma quien nos de la respuesta: "1Me paré sobre la arena del mar y vi subir del mar una bestia que tenía siete cabezas y diez cuernos: en sus cuernos tenía diez diademas, y sobre sus cabezas, nombres de blasfemia. 2La bestia que vi era semejante a un leopardo, sus pies eran como de oso y su boca como boca de león. El dragón le dio su poder, su trono y gran autoridad. 3Vi una de sus cabezas como herida de muerte, pero su herida mortal fue sanada. Toda la tierra se maravilló en pos de la bestia, 4y adoraron al dragón que había dado autoridad a la bestia, y adoraron a la bestia, diciendo: «¿Quién como la bestia y quién podrá luchar contra ella?» 5También se le dio boca que hablaba arrogancias y blasfemias, y se le dio autoridad para actuar por cuarenta y dos meses. 6Y abrió su boca para blasfemar contra Dios, para blasfemar de su nombre, de su tabernáculo y de los que habitan en el cielo. 7Se le permitió hacer guerra contra los santos, y vencerlos. También se le dio autoridad sobre toda tribu, pueblo, lengua y nación. 8La adoraron todos los habitantes de la tierra cuyos nombres no estaban escritos desde el principio del mundo en el libro de la vida del Cordero que fue inmolado. 9Si alguno tiene oído, oiga: 10«Si alguno lleva en cautividad, a cautividad irá. Si alguno mata a espada, a espada será muerto»... 14...la bestia ...fue herida de espada y revivió...18Aquí hay sabiduría. El que tiene entendimiento cuente el número de la bestia, pues es número de hombre. Y su número es seiscientos sesenta y seis" (Apocalipsis 13:1-10,14,18).[f] Teniendo este pasaje como base, le invito ahora a tomar un papel y escribir un listado propio con todas las características de la bestia que pueda encontrar, colóquelas una debajo de la otra y deje un espacio prudente al frente de cada una de ellas para escribir allí lo que posteriormente le indicaré. ¿Listo? Después de este primer paso usted debe haber obtenido una lista similar a la siguiente:

La bestia sube del mar (v.1). Tiene siete cabezas (v.1). Tiene diez cuernos (v.1). Tiene características de otras tres bestias: un leopardo, un oso y un león (v.2). Recibe el poder de otra bestia: un dragón (v.2). Tiene boca que habla arrogancias (v.5).

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Blasfema contra Dios (v.6). Blasfema contra el Tabernáculo (v.6). Blasfema contra los que habitan en el cielo (v.6). Gobierna durante 42 meses. (v.5) Su autoridad es sobre toda tribu, pueblo, lengua y nación (v.7). Hace guerra contra los santos y los vence (v.7). Recibe finalmente una herida de muerte (v.10). Su herida es sanada (vs.3,14).

Por favor, lea una y otra vez estas características hasta familiarizarse con ellas, si es posible, repítalas hasta aprenderlas de memoria. Una vez logrado esto, lea atentamente el siguiente extracto de los capítulos 7 y 8 del libro del profeta Daniel, tratando de sacar el mayor número posible de coincidencias y escríbalas en el espacio en blanco que dejó al frente de cada enunciado de su lista. La cursiva añadida al texto le permitirá hallarlas con mayor facilidad:

"3...Y cuatro bestias grandes, diferentes la una de la otra, subían del mar. 4La primera era como un león... 5»Vi luego una segunda bestia, semejante a un oso... 6»Después de esto miré, y otra, semejante a un leopardo... Esta bestia tenía cuatro cabezas... 7»Después... vi la cuarta bestia [el dragón], espantosa, terrible y en gran manera fuerte, la cual tenía unos grandes dientes de hierro; devoraba y desmenuzaba, pisoteaba las sobras con sus pies, y era muy diferente de todas las bestias que había visto antes de ella; y tenía diez

cuernos. 8»Mientras yo contemplaba los cuernos, otro cuerno pequeño salió entre ellos... 20...Este mismo cuerno tenía ojos y una boca que hablaba con gran insolencia, y parecía más grande que sus compañeros. 21Y veía yo que este cuerno hacía guerra contra los santos y los vencía... 25Hablará palabras contra el Altísimo, a los santos del Altísimo quebrantará y pensará en cambiar los tiempos y la Ley; y serán entregados en sus manos hasta tiempo, tiempos y medio tiempo" (Daniel 7:1-28). "...9De uno de ellos salió un cuerno pequeño, que creció mucho hacia el sur y el oriente, y hacia la tierra gloriosa. 10Creció hasta llegar al ejército del cielo... 11Aun se engrandeció frente al príncipe de los ejércitos; por él fue quitado el sacrificio continuo, y el lugar de su santuario fue echado por tierra. 12A causa de la prevaricación le fue entregado el ejército junto con el sacrificio continuo; echó por tierra la verdad e hizo cuanto quiso, y prosperó... 24Su poder se fortalecerá, mas no con fuerza propia; causará grandes ruinas, prosperará, actuará arbitrariamente y destruirá a los fuertes y al pueblo de los santos. 25Con su sagacidad hará prosperar el engaño en su mano; en su corazón se engrandecerá y, sin aviso, destruirá a muchos. Se levantará contra el Príncipe de los príncipes, pero será quebrantado, aunque no por mano humana" (Daniel 8: 1-27). Impresionante, ¿verdad? La similitud existente entre los capítulos 7 y 8 de Daniel con el capítulo 13 del Apocalipsis es evidente. Sin duda alguna, en Daniel se encuentran las claves para lograr la identificación de la bestia. Compare ahora sus hallazgos con lo que aparece a continuación y saque sus propias conclusiones:

Apocalipsis 13:1 presenta una bestia que sube del mar; Daniel 7:3 nos presenta no una, sino cuatro bestias que suben del mar.

Apocalipsis 13:1 muestra una bestia con siete cabezas; Daniel 7:6 nos muestra otra bestia con la misma característica, aunque con tres cabezas menos que la primera.

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Apocalipsis 13:1 y Daniel 7:7 hablan acerca de diez cuernos. Apocalipsis 13:2 presenta una bestia que tiene rasgos tomados de un leopardo, un oso y

un león; Daniel 7:4-6 nos presenta estos mismos tres animales salvajes, ya no como simples características, sino como bestias libres e independientes.

Apocalipsis 13:2 muestra un dragón que le entrega su poder a la bestia; Daniel 7:7,8 nos muestra que el mismo dragón (la cuarta bestia terrible) le hereda su poder al cuerno pequeño, haciéndose este último tan terrible como la bestia de la que surgió.

Apocalipsis 13:5 nos dice que la bestia tiene boca que habla arrogancias; Daniel 7:20 nos presenta al cuerno pequeño con una boca que habla con gran insolencia.

Apocalipsis 13:6 dice que la bestia blasfema en contra de Dios; Daniel 7:25 y Daniel 8:11,25 dicen que el cuerno pequeño habla palabras contra el Altísimo y se levanta contra el Príncipe de los príncipes.

Apocalipsis 13:6 dice que la bestia atentaría contra el tabernáculo; Daniel 8:11 dice que el cuerno pequeño echa por tierra el lugar del santuario.

Apocalipsis 13:6 muestra a la bestia blasfemando en contra de los que habitan en el cielo. De igual manera, Daniel 8:10 muestra al cuerno pequeño creciendo hasta llegar al ejército del cielo.

Apocalipsis 13:5 dice que la bestia gobernará durante 42 meses; Daniel 7:25 dice que el cuerno pequeño gobernará durante el mismo período: tres años y medio.[g]

Apocalipsis 13:7 muestra a la bestia teniendo autoridad sobre toda tribu, pueblo, lengua y nación; Daniel 8:9 muestra este mismo poder territorial al decir que el cuerno pequeño creció hacia el sur, hacia el oriente y hacia la tierra gloriosa.

Apocalipsis 13:7 dice que la bestia haría guerra contra los santos [h] y los vencería; Daniel 7:21 y Daniel 8:24 muestran al cuerno pequeño haciendo guerra contra los santos, venciéndolos.

Teniendo en cuenta lo anterior podemos concluir con certeza, que la bestia de Apocalipsis 13 y el cuerno pequeño de Daniel, son representaciones equivalentes de una misma entidad. No se preocupe por la aparente complejidad de estos símbolos pues en los próximos capítulos analizaremos cada uno de ellos de forma sencilla y comprensible. A medida que avancemos en nuestro estudio se convencerá que la profecía es fácil de entender y que fue dada para ser comprendida especialmente por los más humildes y sinceros. Conclusiones: El siguiente resumen ayudará a clarificar en la mente del lector los puntos principales del presente capítulo:

El Apocalipsis es un mensaje en clave que revela los sucesos que han de acaecer en el futuro. Este mensaje está expresado mediante el uso de diferentes símbolos.

El Apocalipsis es la revelación de Jesucristo. Por tanto, de una u otra manera debe poderse entender, si no, no sería revelación.

La interpretación del Apocalipsis no puede basarse en la suposición o la especulación sino en un estudio cuidadoso de las claves que Dios nos ha dejado en su Palabra.

No bastan la inteligencia ni los estudios, el hombre necesita de Dios y la influencia de su Espíritu para entender la profecía sin confundirse.

Las Escrituras mencionan la existencia de más de una bestia: león, oso, leopardo, dragón, etc.

Las características de la bestia de Apocalipsis 13 envían nuestra mirada al libro de Daniel. La bestia de Apocalipsis 13 y el cuerno pequeño de Daniel 7 y 8 son representaciones de

una misma entidad.

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[a] Apocalipsis (Apokavluyi"). Palabra griega que literalmente significa revelación. Léxico Mejorado de Strong (602). [b] 1 Corintios 2:14 [c] D'Aubigné, lib. 3, cap. 7. Citado en El Conflicto de los Siglos, pág. 142. [d] Lucas 24:25-27, 31. [e] Apocalipsis 14:9-12. [f] Los números pequeños en negrilla corresponden a los versículos del capítulo en cuestión, conforme están registrados en la Biblia. [g] Versión Dios Habla Hoy. La versión RVR95 traduce "tiempo, tiempos y medio tiempo" donde "tiempo"=1, "tiempos"=2. Por tanto 1+2+½ =3 ½ tiempos o años. 3 ½ años x 12 (meses por año)= 42 meses [h] El pueblo de Dios, su iglesia (Salmos 148:14; Hechos 26:10, cf. Hechos 8:3).

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CAPÍTULO 3 – QUIÉN ES LA BESTA? PARTE I

Mucho se ha especulado a través del tiempo acerca de la identidad de la bestia. Cada vez que se ha levantado algún malvado personaje de influencia mundial, como sucedió con Benito Mussolini o Adolfo Hitler, la gente ha proclamado a voz en cuello: "el anticristo ha venido y con él, el fin del mundo". Por supuesto, ya sabemos en qué han terminado tales afirmaciones. Por otra parte, escritores y productores de cine han materializado sus fantásticas teorías en películas de terror donde presentan a la bestia como un monstruo terrible que perseguirá a los habitantes de la tierra para marcarlos con el 666 en la frente o en la mano. "El despertar" por ejemplo, presenta al engendro del demonio, Damián, como el anticristo. El mundo religioso, del que se esperaría mayor unidad al respecto, no se ha podido poner de acuerdo en cuanto a la identidad de la bestia: unos enseñan que la bestia ya vino en la persona de Nerón, Diocleciano o Antíoco Epífanes. Otros afirman que la bestia aún no ha venido y que cuando se manifieste se presentará como un gobernante exitoso el cual, de un momento a otro, cambiará y subyugará despóticamente al mundo instaurando su trono en Israel. Curiosamente ambos, los preteristas como los futuristas dicen basar sus conclusiones en la Palabra de Dios. ¿Quién tiene la razón? ¿Cómo estar seguros? No olvidemos que "ninguna profecía de la Escritura es de interpretación privada",[a] y que, por ende, es necesario que permitamos que ella misma sea quien nos revele paso a paso el significado de sus símbolos. En el capítulo anterior vimos la conexión existente entre Apocalipsis 13, Daniel 7 y Daniel 8. A continuación se presentan estos símbolos en orden de aparición: 1. León. 2. Oso. 3. Leopardo de cuatro cabezas. 4. a. Bestia terrible de 10 cuernos o Dragón. b. Cuerno pequeño o Bestia de 7 cabezas y 10 cuernos. Vemos aquí cuatro bestias (incluyo una "quinta" según lo visto en el capítulo anterior) ¿Qué representan?: "Estas cuatro grandes bestias son cuatro reyes que se levantarán en la tierra ... La cuarta bestia será un cuarto reino en la tierra. . ." (Daniel 7:17, 23). Primero se dice que estas bestias representan reyes. Luego, el mismo ángel explica que aquí la palabra reyes debe entenderse como reinos. De cualquier manera, la existencia de un reino implica la existencia de un rey o de una sucesión de reyes en el mismo trono. Esto revela que la Bestia de Apocalipsis 13 es sólo un símbolo, el cual es utilizado para representar un reino, ¡una potencia mundial!

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El hecho de que Dios se valga de bestias o animales salvajes para representar los reinos del mundo, no es del todo extraño, pues hoy día la gran mayoría de los países del mundo se identifican a sí mismas con animales tales como leones, águilas, serpientes o dragones. Por ejemplo, Alemania, Austria, España, México, Polonia y Estados Unidos se identifican con el águila; Bélgica, Etiopía, Finlandia, Gran Bretaña, India, Noruega e Irán con el león. Rusia con el oso y China con el dragón. Sabiendo ahora de qué nos hablan Daniel y

Apocalipsis, sólo nos queda por averiguar quienes son estos reinos y para ello acudiremos a la historia y a la fuente misma de la profecía.

1. León con alas de águila "La primera [bestia] era como un león, y tenía alas de águila... " (Daniel 7:4). Bíblicamente hay sólo una nación que corresponda con la descripción dada en ese símbolo: Babilonia. Prueba de ello es que este símbolo es fusión de dos animales con los que Dios la representa en otros pasajes : "Rebaño descarriado es Israel; leones lo dispersaron. Primero lo devoró el rey de Asiria; Nabucodonosor, rey de Babilonia lo deshuesó después" (Jeremías 50:17). "...Así ha dicho Jehová, el Señor: »Una gran águila... vino al Líbano y tomó el cogollo de un cedro. Arrancó el principal de sus renuevos, lo llevó a tierra de mercaderes y lo puso en una ciudad de comerciantes. . . «Di ahora a la casa rebelde: `¿No habéis entendido qué significan estas cosas?'. Diles: `He aquí que el rey de Babilonia vino a Jerusalén, tomó a tu rey y a sus jefes y los llevó consigo a Babilonia'." (Ezequiel 17:3,4,12).

El profeta Daniel confirma la anterior aplicación al revelar en otra profecía, que el primero de los cuatro reinos (representados allí por metales en vez de bestias), es Babilonia: "...Tú [Nabucodonosor, rey de Babilonia] eres aquella cabeza de oro. Después de ti se levantará otro reino [de plata], inferior al tuyo; y luego un tercer reino de bronce, el cual dominará sobre toda la tierra. Y el cuarto reino será fuerte como el hierro; y como el hierro desmenuza y rompe todas las cosas, así él lo desmenuzará y lo quebrantará todo" (Daniel 2:38-40; 1:1). Que habla de los mismos cuatro reinos de Daniel

7 es evidente, pues las características, en especial las del cuarto reino son idénticas, por ejemplo, en Daniel 7 la cuarta bestia tiene dientes de hierro con los que devora y desmenuza (7:7). En Daniel 2 el cuarto reino también es fuerte como el hierro y lo desmenuza y lo quebranta todo (2:40). Esta comparación es útil porque confirma que Babilonia es el primero de estos reinos y gobiernan en secuencia. El imperio Babilónico gobernó desde el año 605 a.C. hasta el año 539 a.C. y como lo revela el texto anterior, el profeta Daniel fue ciudadano de aquel imperio (La fotografía muestra las ruinas de los Jardines colgantes de Babilonia). 2. Oso con un costado más alto que el otro

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"Vi luego una segunda bestia, semejante a un oso, la cual se alzaba de un costado más que del otro" (Daniel 7:5) El reino aquí representado es un reino compuesto por dos potencias aliadas: los Medos y los Persas. ¿Cómo lo sabemos? porque el mismo profeta, en ocasión de la caída del reino de Babilonia, declaró: "...Tu reino ha sido roto y dado a los medos y a los persas " (Daniel 5:28). Otra pista la encontramos en el capítulo 8 de Daniel, donde este imperio es representado por un carnero:

"Alcé los ojos y miré, y había un carnero que estaba delante del río, y tenía dos cuernos; y aunque los cuernos eran altos, uno era más alto que el otro... En cuanto al carnero que viste, que tenía dos cuernos: estos son los reyes de Media y de Persia" (Daniel 8:3,20).

El texto dice que el carnero que representa a Medopersia tiene dos cuernos y "uno" de ellos es "más alto que el otro", donde el más alto representa a los Persas y el más bajo representa a los Medos. El hecho de que este desnivel también esté presente en el oso de Daniel 7:5, establece y confirma que los Medos y los Persas unidos, son el reino del que hablaba la profecía. La historia confirma el cumplimiento exacto de las palabras de Daniel:[b] "Hacia el año 553 a.C. [Ciro, rey de Persia] atacó a Astíages, y en una guerra que duró tres años logró anexionar Media a su reino dando comienzo así al gran Imperio Persa que había de durar más de dos siglos".[c] "...La oposición hallada por los Persas fue escasa. Después de ser fácilmente derrotados en las orillas del Tigris, las tropas Babilonias se dispersaron, el rey escapó y toda resistencia fue inútil".[d]

Medopersia gobernó desde el 539 a.C. hasta el 331 a.C (La fotografía muestra la famosa puerta de Jerjes en Persia).

3. Leopardo de cuatro cabezas "Después de esto miré, y otra, semejante a un leopardo... tenía cuatro cabezas; y le fue dado dominio" (Daniel 7:6). En la misma visión donde Daniel vio al carnero representando a Medopersia, se le reveló mediante otro símbolo, quién habría de sucederle en el poder: "Mientras yo consideraba esto, un macho cabrío... vino hasta el carnero de dos cuernos... y corrió contra él con la furia de su fuerza... y lo hirió, y le quebró sus dos cuernos... En cuanto al carnero que viste, que tenía dos cuernos: estos son los reyes de Media y de Persia. El macho cabrío es el rey de Grecia..." (Daniel 8:3-7; 19-22).

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El registro bíblico es contundente: el reino que subió al poder después de la caída de Medopersia fue Grecia. Por tanto, el leopardo de cuatro cabezas de Daniel 7 representa, sin lugar a dudas, al imperio griego. El cumplimiento de esta profecía ha sido confirmado por la historia: "Alejandro Magno [el rey de Grecia] ...aplastó al poderoso ejército de Darío (331) más allá del Tigris y penetró en el corazón del Imperio Persa".[e] Aunque ya tenemos identificado este símbolo y sabemos que este leopardo representa a Grecia, no podemos pasar por alto que éste tiene cuatro cabezas. ¿Qué representan estos símbolos? "Esto, para la mente que tenga sabiduría: Las siete cabezas son ...siete reyes" (Apocalipsis 17: 9,10). Estas cuatro cabezas representan entonces a cuatro reyes o cuatro reinos que habrían de surgir de Grecia. Según la profecía paralela de Daniel 8, estos cuatro reinos habrían de surgir después de que su primer rey fuera quebrantado:

"...Aquel macho cabrío tenía un cuerno notable entre sus ojos... El macho cabrío creció en gran manera; pero cuando estaba en su mayor fuerza, aquel gran cuerno fue quebrado, y en su lugar salieron otros cuatro cuernos ... El macho cabrío es el rey de Grecia, y el cuerno grande que tenía entre sus ojos es el rey primero. En cuanto al cuerno que fue quebrado y sucedieron cuatro en su lugar, significa que cuatro reinos se levantarán de esa nación, aunque no con la fuerza de él" (Daniel 8:5,8,21,22). Como vimos anteriormente, el primer rey de Grecia, fue Alejandro Magno. La profecía asegura que al morir éste, cuatro reyes o cuatro reinos habrían de levantarse de esa misma

nación, profecía que también se cumplió de forma asombrosa: "A la muerte de Alejandro, en el 323, el imperio desapareció, víctima precisamente de su expansión; las rivalidades entre los sucesores del conquistador culminó con su partición: Tracia y Asia Menor para Lisímaco, Macedonia para Casandro, Egipto para Tolomeo, y Babilonia para Seleuco".[f] "Episodio importante de esta lucha fue la batalla de Ipsos, en Frigia, el año 301 a.C., en la que Seleuco y Lisímaco vencieron y mataron a Antígono, lo que dio paso a una primera división del imperio de Alejandro en cuatro reinos".[g] El Imperio Griego gobernó desde el año 331 a.C. hasta el año 168 a.C. (la fotografía muestra las Murallas del templo de Apolo en Corinto, Grecia).

Conclusiones:

Una bestia es sólo un símbolo profético, el cual es utilizado por Dios para representar un reino.

De la misma manera que las primeras tres bestias de Daniel 7 representan tres reinos que gobernaron desde el tiempo del profeta, la bestia de Apocalipsis 13 debe representar un reino, el cual ha de gobernar sobre el mundo entero.

Si en lenguaje profético las cabezas de una bestia representan reyes o reinos que han de levantarse de una misma nación, podemos concluir que las siete cabezas de la bestia de Apocalipsis 13 representan a siete reyes o reinos, que han de levantarse de aquella misma potencia mundial.

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[a] 2 Pedro 1:20. [b] Las profecías que encontramos en Daniel 7 y 8 fueron escritas en los años primero (553 a.C.) y tercero (551 a.C.) de Belsasar, rey de Babilonia (Daniel 7:1; 8:1). En aquella época saber qué imperio iba a derrotar a Babilonia era tan difícil como predecir, hoy día, quién será el presidente de los Estados Unidos dentro de doce años. [c] Historia Universal, tomo 1, pág. 168, Marín. [d] Historia Universal, tomo 8, págs. 38 y 39, Nauta. [e] Diccionario Enciclopédico Terranova, art. "Alejandro Magno", pág.44. [f] Id., art. "Grecia", pág. 692; Si encuentra Id. (ídem) en una referencia, quiere decir que debe buscar la misma fuente de la referencia anterior. Si en su lugar encuentra Ibid. (ibídem), quiere decir que debe buscar la misma página y la misma fuente de la referencia anterior. [g] Historia Universal, tomo 1, pág. 261, Marín.

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CAPÍTULO 4 – QUIÉN ES LA BESTA? PARTE II En el capítulo pasado iniciamos una investigación a través de la historia y las Escrituras a fin de identificar la bestia de Apocalipsis 13. Analizando la profecías pudimos corroborar que antes de su aparición, el registro bíblico asegura que ya habían gobernado otras bestias, de las cuales, tres ya han sido plenamente identificadas:

1. León Babilonia (605 a.C.-539 a.C.) 2. Oso Medopersia (539 a.C.-331 a.C.)

3. Leopardo Grecia (331 a.C.-168 a.C.) No obstante el significativo avance que hemos logrado, todavía nos falta mucha historia por recorrer para llegar hasta nuestros días. Esta sección se encargará de revelar la identidad del más terrible y peligroso reino de la antigüedad: la bestia de los diez cuernos:

Bestia terrible de diez cuernos "Después de esto miraba yo en las visiones de la noche, y vi la cuarta bestia, espantosa, terrible y en gran manera fuerte, la cual tenía unos grandes dientes de hierro; devoraba y desmenuzaba, pisoteaba las sobras con sus pies, y era muy diferente de todas las bestias que había visto antes de ella; y tenía diez cuernos. . . La cuarta bestia será un cuarto reino en la tierra, el cual será diferente de todos los otros reinos, y a toda la tierra devorará, trillará y despedazará" (Daniel 7:7,23). ¿Quién es este reino? Los historiadores aseguran que quien conquistó y subordinó a los generales que heredaron el imperio de Alejandro Magno, fue Roma: "A la muerte de Alejandro, sus generales se repartieron el imperio y poco después Grecia fue convertida en provincia romana".[a] "Roma declaró la guerra al emperador Seléucida [Seleuco, el más fuerte de los generales que sucedieron a Alejandro Magno], quien desde Asia Menor se había dirigido a Grecia. Los romanos le obligaron a abandonar Grecia y el Asia Menor [territorio de Lisímaco], le hicieron pagar una fuerte cantidad en concepto de indemnización... Poco después, en 168 a.C. un ultimátum romano impidió a los Seléucidas invadir Egipto [territorio de Tolomeo], país que se convirtió en protectorado romano... Con provincias en tres continentes, Europa, Africa y Asia, la república Romana, antaño oscura, alcanzó entonces la supremacía del mundo antiguo".[b] Daniel describe a Roma como "espantosa, terrible y en gran manera fuerte". La crueldad de este imperio se deja ver en la forma en que trató a Jesucristo, quien sin haber cometido delito alguno, fue herido, golpeado y condenado a la más degradante de las muertes: "Entonces los soldados del gobernador llevaron a Jesús al pretorio y reunieron alrededor de él a toda la compañía. Lo desnudaron y le echaron encima un manto escarlata; pusieron sobre su cabeza una corona tejida de espinas, y una caña en su mano derecha; e hincando la rodilla delante de él, se burlaban, diciendo: -¡Salve, rey de los judíos! Le escupían, y tomando la caña lo golpeaban en la cabeza. Después de haberse burlado de él, le quitaron el manto, le pusieron sus vestidos y lo llevaron para crucificarle" (Mateo 27:27-31). La inhumana actitud de Roma hacia Jesús y el pueblo de la promesa, perduró mientras existió el imperio. La historia nos dice que los romanos fueron los autores de la terrible masacre de Jerusalén (70 d.C.), la cual dejó un saldo de 1.100.000 hombres muertos.[c] Por otra parte, entre los años 64 y 313 d.C., Nerón, Domiciano, Trajano, Aurelio, Severo, Máximo, Decio, Valeriano, Aureliano y Dioclesiano, se encargaron de decretar las mas fieras persecuciones de

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las que se tenga conocimiento en contra de los cristianos.[d] Miles de ellos murieron despedazados por los leones en el circo romano y otros miles más desfallecieron en medio de terribles sufrimientos en las máquinas de tortura. Todo esto por que se negaban a reconocer al emperador como dios y rehusaban rendir culto al sol y a los dioses egipcios.[e] Era un tiempo en el que la vida tenía poco valor y la intolerancia religiosa cundía en cada rincón del vasto imperio. En el capítulo 2 vimos que la Escritura asegura que la cuarta bestia de Daniel 7 y el dragón del Apocalipsis son símbolos de un mismo reino. Por lo tanto el dragón debe representar también al Imperio Romano. La prueba de que es así, la encontramos en el capítulo 12 de Apocalipsis: "...Y el dragón se paró frente a la mujer que estaba para dar a luz, a fin de devorar a su hijo tan pronto como naciera. Ella dio a luz un hijo varón, que va a regir a todas las naciones con vara de hierro; y su hijo fue arrebatado para Dios y para su trono" (Apocalipsis 12:4-5).

El "hijo varón" del cual está hablando esta profecía es el Señor Jesucristo, quien al nacer fue mandado a matar por el rey Herodes;[f] y posteriormente "arrebatado para Dios y para su trono".[g] El hecho de que Herodes, el rey de Judea, fuera gobernante y representante del Imperio Romano, Confirma que el dragón también es símbolo de este temible imperio.[h] Roma gobernó desde el año 168 a.C. hasta el 476 d.C (La fotografía muestra el Colosseum de Roma).

Los diez cuernos La profecía indica que la cuarta bestia tenía diez cuernos (vers. 7). ¿Qué significa esto? Dejemos que la Biblia nos lo explique: "Los diez cuernos significan que de aquel reino se levantarán diez reyes..." (Daniel 7:24). Ya sabemos que la palabra reyes se usa en la profecía de la misma manera que nosotros usamos la palabra reinos.[i] Por tanto, esto indica que Roma habría de dividirse de la misma manera en que se dividió Grecia. La historia registra que desde el año 378 d.C. varias tribus muchas de las cuales no prosperaron,

desaparecieron o se unieron a otras invadieron el Imperio Romano. De éstas, las que más se destacaron fueron las siguientes: Visigodos, Vándalos, Ostrogodos, Lombardos, Francos, Burgundios, Suevos, Anglosajones, Alamanes y Hérulos. Estas diez tribus bárbaras (con ese nombre se las conoce) son el fundamento de las naciones europeas de la actualidad y son los diez cuernos que surgieron de la cuarta bestia. Los historiadores aseguran que la división del Imperio Romano fue una realidad hacia el año 476 d.C:

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"Desde el año 476, la historia de las tierras que una vez fueron gobernadas desde Roma se transformó en la historia de los pueblos bárbaros, aunque todavía varias generaciones de romanos y súbditos romanizados conservaron sus costumbres y formas de vida".[j] Es importante resaltar que estas tribus bárbaras en realidad no fueron reinos independientes de Roma, sino que hicieron parte de ella. Esto queda demostrado en el hecho de que los cuernos estaban en la cabeza de la cuarta bestia y no separados de ella. La historia lo confirma: "La extinción del poder romano y el colapso de sus estructuras políticas no significaron el fin de su cultura ni la desaparición de sus formas de vida... Cuando los lazos políticos con Roma se rompieron a causa de las invasiones bárbaras, aquellos territorios recobraron su existencia independiente, pero las antiguas influencias culturales permanecieron en las costumbres y creencias, en las leyes y en las instituciones".[k]

¡Roma sigue viva, pero en forma diferente! Las creencias religiosas, las leyes y las costumbres romanas, fueron aceptadas y asimiladas. El cambio consistió tan sólo en la división del territorio y el incremento en número de sus gobernantes. La división del Imperio Romano fue concretada en el año 476 d.C. ¿Qué habría de suceder después? El cuerno pequeño "Mientras yo contemplaba los cuernos, otro cuerno pequeño salió entre ellos, y delante de él fueron arrancados tres cuernos de los primeros. Este

cuerno tenía ojos como de hombre y una boca que hablaba con gran insolencia... Los diez cuernos significan que de aquel reino se levantarán diez reyes; y tras ellos se levantará otro, el cual será diferente de los primeros, y derribará a tres reyes" (Daniel 7:8,24). La identidad del cuerno pequeño es en realidad la más fácil de deducir pues la Biblia proporciona más información acerca de él, que de todas las anteriores bestias juntas. Aunque estas características ya las mencionamos en el capítulo 2 de este libro, se hace necesario exponerlas de manera más clara a fin de que usted saque sus propias conclusiones y lo identifique con plena seguridad: La suma del valor numérico de las letras de su nombre da 666: "Aquí está el saber. Quien tiene, pues, inteligencia, calcule el número de la bestia, porque su número es el que forman las letras del nombre de un hombre, y el número de la bestia es seiscientos sesenta y seis".[l] Es un reino: Al igual que los diez cuernos anteriores, el cuerno pequeño no representa a una sola persona (un rey) sino a una sucesión de reyes: un reino.[m] Surge en un sitio muy poblado: La bestia sube del mar. Esto indica que este reino debe levantarse en medio de un territorio densamente poblado, pues el mar es símbolo de muchedumbres, naciones y lenguas.[n] Surge en la antigua Europa Occidental: Teniendo en cuenta que los diez cuernos de la bestia representan las diez naciones en que se dividió el Imperio Romano y que éstas son el fundamento de los países europeos de la actualidad, podemos concluir que el cuerno pequeño, quien salió de "entre ellos",[o] debe surgir en la antigua Europa Occidental. Quita y pone reyes: El cuerno pequeño piensa que puede "cambiar los tiempos",[p] hecho que según Daniel, es obra exclusiva de Dios, pues sólo él puede quitar y poner reyes según su voluntad.[q] El reino aquí representado, en su intento de ejercer el derecho divino de dirigir el curso de la historia humana, habría de distinguirse por tener el poder suficiente para quitar o nombrar reyes.

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Derribó tres de los diez reinos europeos: "Y delante de él fueron arrancados tres cuernos de los primeros".[r] Cuando este cuerno surgió como potencia mundial, debió derribar a tres de los diez reinos bárbaros que conformaban Europa en aquellos días. Pequeño al comienzo y con el tiempo llegó a ser mayor que los otros: El surgimiento de este poder fue gradual y no espontáneo. Cuando surgió entre los países de Europa la profecía lo describe como "pequeño". Sin embargo, más adelante Daniel llegó a verlo "más grande que sus compañeros".[s] Creció de tal forma que el Apocalipsis lo presenta no como un cuerno, sino como un gran reino, una bestia colosal que finalmente llegaría a gobernar el mundo entero. Surgió alrededor del año 476 d.C. : La división del Imperio Romano en diez reinos se completó en el año 476 d.C. Teniendo en cuenta que el cuerno pequeño se levantó de "entre ellos",[t] podemos concluir entonces que este reino debió surgir alrededor de esta fecha. Gobernó durante 1260 años: Este poder gobierna durante 42 meses.[u] Si tenemos en cuenta que el antiguo mes judío constaba de 30 días; y multiplicamos este número por el número de meses (42), obtendremos un total de 1260 días (42x30=1260). Como la profecía está en lenguaje simbólico, los 1260 días también son simbólicos. En la Biblia, un día profético equivale a un año literal,[v] por tanto, 1260 días proféticos son en realidad 1260 años literales. Cayó y se recuperó: Después de terminados los 1260 años, la bestia es llevada a cautividad donde recibe una herida mortal. Tiempo después vuelve a vivir: "la bestia que fue herida de espada y revivió".[w] Podemos concluir entonces que este reino tiene dos fases de gran poderío a través de la historia, separadas por un tiempo de inactividad. Gobierna en nuestros días: Después de describir la caída y resurrección de la bestia, la profecía revela que finalmente convocará a sus aliados y sus ejércitos para luchar contra el Cordero y sus ejércitos. Como resultado de esta guerra, la bestia será arrojada al lago que arde con fuego y azufre donde será destruida para siempre.[x] La Biblia declara que ese fuego será literal y caerá en ocasión del fin del mundo, cuando Jesús regrese a dar a cada uno conforme a sus obras.[y] Basados en lo anterior podemos concluir entonces que este poder gobierna desde la Edad Media y se extiende hasta el mismo fin del mundo. El mundo aún no ha sido destruido por fuego, por tanto, este poder debe estar gobernando en nuestros días. Es diferente a las otras naciones europeas: El cuerno pequeño es "diferente de los primeros",[z] por tanto, no puede representar tan sólo a un poder político. Es un poder religioso: A diferencia de los otros cuernos, el cuerno pequeño mezcla la política con la religión.[aa] Es un poder perseguidor: Este poder habría de perseguir y destruir a todos aquellos que no se conformaran con sus dogmas; atacando especialmente a aquellos que se mantuvieran firmes en la doctrina pura de Cristo y sus apóstoles.[bb] Trata de cambiar la Ley de Dios: Haciendo uso de su influencia religiosa, este poder intentaría adulterar la Santa Ley de Dios.[cc] Esta Ley, como veremos más adelante, incluye la prohibición del uso de imágenes para el culto y revela que el domingo no es el verdadero día de reposo.[dd] Profesa tener el poder de perdonar pecados y ser igual a Dios: Este poder político-religioso habla blasfemias en contra de Dios.[ee] La Biblia enseña que un hombre blasfema, cuando se hace igual a Dios o cuando pretende perdonar los pecados cometidos contra él.[ff] Por tanto, este poder debe haber dicho tener la autoridad de perdonar pecados y profesar ser como Dios aquí en la tierra. Tiene presencia mundial: "Toda la tierra se maravilló en pos de la bestia... Se le dio autoridad sobre toda tribu, pueblo, lengua y nación".[gg] Es un poder romano: La cuarta bestia representa a Roma y el cuerno pequeño está en su cabeza haciendo parte de ella.[hh] Por tanto, al igual que los cuernos anteriores, este cuerno debe representar un poder romano.

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Para identificar este reino es necesario hacer un breve repaso de las características anteriormente citadas: Las letras del nombre del hombre que gobierna este reino suman seiscientos sesenta y seis. Surgió alrededor del año 476 d.C. en un sitio muy poblado, específicamente, en la antigua Europa Occidental. Su crecimiento fue en aumento hasta que logró derribar a tres de las diez tribus bárbaras y dominar totalmente a las demás a tal punto que pudo poner y deponer reyes a su antojo. Después de alcanzar la cima de su poderío, este reino cayó perdiendo el liderazgo político que había ostentado durante mil doscientos sesenta años. Al cabo del tiempo, su herida mortal fue sanada y está actualmente tratando de alcanzar la autoridad suprema sobre el mundo. No sólo es un poder político, es también un poder religioso. Durante su primera fase intentó usurpar el lugar de Dios, adulterando su Ley y profesando tener la autoridad para perdonar pecados. Todos los que se revelaron en su contra fueron perseguidos y asesinados. Este imperio político-religioso es romano. Sólo hay una entidad en el mundo que cumple con todas estas características: es, sin lugar a dudas, el papado.[ii] Los siguientes capítulos se encargarán de describir en detalle el cumplimiento exacto de cada uno de los puntos anteriormente enunciados.

Dé clic en "Atrás" o "Back" en su barra de navegación o presione la letra respectiva, para volver al párrafo que lo envió aquí. [a] Diccionario Pequeño Larousse Ilustrado, art. "Grecia", pág. 1327. [b] Historia Universal y de la Civilización, t. 1, págs. 160-161, E. Hispano Europea. [c] Atlas Ilustrado de Historia Universal, pág. 11, Editorial Libsa. [d] Ibid. [e] Historia Universal, tomo 8, págs. 148-149, Nauta. [f] Mateo 2:13,14. [g] 1 Pedro 3:22. [h] Elena G. de White, El Conflicto de los Siglos, pág. 491. [i] Daniel 8:21,22. [j] Historia Universal, tomo 8, pág.163, Nauta. El mapa fue tomado de la pág. 166 y muestra la ubicación geográfica de los bárbaros, una vez cayó Roma. [k] Historia Universal, tomo 9, pág.12, Nauta. [l] Apocalipsis 13:18, versión Félix Torres Amat. [m] Daniel 7:24; Daniel 8:21,22. [n] Apocalipsis 17:15; Isaías 17:12. [o] Daniel 7:8. [p] Daniel 7:25. [q] Daniel 2:20,21. [r] Daniel 7:8,24. [s] Daniel 7:8,20. [t] Daniel 7:8,24. [u] Daniel 7:25; Apocalipsis 13:5; ver pie de página g del capítulo 2. [v] Ezequiel 4:6; Números 14:34. [w] Apocalipsis 13:10,14. [x] Apocalipsis 19:19-20; 17:14; Daniel 7:11-14. El Cordero y el Hijo del hombre descritos en estos pasajes, representan al Señor Jesús (Juan 1:29; Lucas 22:47,48). [y] Mateo 13:40; Lucas 17:29,30; 2 Pedro 3:7-10; 2 Tesalonicenses 2:8. [z] Daniel 7:24. [aa] Daniel 7:25; 8:11,12; Apocalipsis 13:5-8. [bb] Daniel 7:21; Daniel 8:24; Apocalipsis 13:7; 14:12. [cc] Daniel 7:25. [dd] Exodo 20:3-17. [ee] Daniel 7:20; Apocalipsis 13:5,6. [ff] Juan 10:30-33; Marcos 2:3-7. [gg] Apocalipsis 13:3,7. [hh] Daniel 7:23, 24. [ii] Elena G. de White, El Conflicto de los siglos, pág. 492.

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CAPÍTULO 5 – DE LA LUZ A LAS TINIEBLAS Aunque en los siguientes capítulos expondré acerca del cumplimiento de las profecías que hablan de la última bestia, me es necesario dejar en claro que aunque sé que la Iglesia fue autora de las más horribles crueldades y herejías en tiempos de la Edad Media, no sería justo ni bueno culpar a los católicos de hoy por lo que hicieron sus antepasados en las cruzadas o en la inquisición. Yo mismo participé desde mi infancia de la vida eclesiástica católica y cumplí fielmente con mis deberes dentro y fuera de la iglesia. Mi gozo más grande era la llegada del domingo, día en el cual solía reunirme con otros hermanos para celebrar la misa y adorar a Dios. Para mí fue un orgullo pertenecer al coro oficial de la iglesia, el cual a su vez era el encargado de realizar muchas obras en pro del bienestar de la comunidad. Con mi grupo de amigos solíamos asistir a retiros espirituales donde compartíamos nuestras flaquezas y temores, hallando apoyo mutuo y gran descanso para nuestras almas. Realmente disfruté de su compañía y aún los recuerdo con gran cariño y aprecio. Sé, por experiencia, que la gran mayoría de los hijos de Dios se encuentran en la Iglesia Católica Romana;[a] ¡Cuánto amor y devoción por el prójimo se ven en muchos de ellos! ¡Cuántos sacerdotes abandonan sus hogares para buscar estrecha comunión con Dios mediante la pobreza y la negación de sí mismos!, ¡Cuántas monjas renuncian a las modas, el lujo, la ostentación y placeres de la vida y se entregan de corazón al servicio de los demás, sin importar los sacrificios! Estas personas son, en muchos aspectos, un ejemplo para quienes profesamos ser heraldos de la verdad para este tiempo. Comento mi experiencia para dejar en claro que al hablar de la Iglesia, no es mi intención hablar en contra de las personas sinceras que hay en ella, sino en contra de aquellos que al infiltrarse en el cristianismo, adulteraron la fe y las doctrinas que antaño fueron dadas a los santos apóstoles. Dios tiene una verdad que debe ser predicada al mundo (véase Apocalipsis 14:6-12), y en estos días finales de la historia, se hace necesario desenmascarar el error para que cuando venga la hora de la prueba, los habitantes de la tierra puedan tomar la decisión correcta y vivir. El siguiente texto le ayudará a comprender el sentido de responsabilidad que tengo y el motivo por el cual proclamo este mensaje: "...«Hijo de hombre, toma en tu corazón todas mis palabras que yo te diré, y pon mucha atención. Luego ve y entra adonde están los cautivos, los hijos de tu pueblo. Háblales y diles: `Así ha dicho Jehová, el Señor', ya sea que escuchen o que dejen de escuchar». . . Diles: «Cuando traiga yo espada sobre la tierra, y el pueblo de la tierra tome a un hombre de su territorio y lo ponga por centinela, y él vea venir la espada sobre la tierra, y toque la trompeta y avise al pueblo, cualquiera que oiga el sonido de la trompeta y no se prepare, y viniendo la espada lo hiera, su sangre será sobre su cabeza. El sonido de la trompeta oyó, pero no se preparó: su sangre será sobre él; pero el que se prepare, salvará su vida. Pero si el centinela ve venir la espada y no toca la trompeta, y el pueblo no se prepara, y viniendo la espada, hiere a alguno de ellos, este fue tomado por causa de su pecado, pero demandaré su sangre de mano del centinela»" (Ezequiel 3:10-11; 33:2-6).

El espíritu del Anticristo El apóstol Juan, el único que utilizó el termino "anticristo", nunca lo aplicó a un solo individuo, sino a un grupo de individuos que ya estaba presente en sus días: "Amados, no creáis a todo espíritu, sino probad los espíritus si son de Dios, porque muchos falsos profetas han salido por el mundo... este es el espíritu del anticristo, el cual vosotros habéis oído que viene, y que ahora ya está en el mundo" (1 Juan 4:1-3). "Muchos engañadores han salido por el mundo, que no confiesan que Jesucristo ha venido en carne. Quien esto hace es el engañador y el anticristo" (2 Juan 1:7). El apóstol Pablo también aseguró que el espíritu del anticristo ya estaba presente en sus días: "Ya está en acción el misterio de la iniquidad; solo que hay quien al presente lo detiene..." (2 Tesalonicenses 2:7).

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¿De dónde dice San Juan, que salieron estos engañadores, falsos profetas o anticristos? "Hijitos, ya es el último tiempo. Según vosotros oísteis que el anticristo viene, así ahora han surgido muchos anticristos; por esto conocemos que es el último tiempo. Salieron de nosotros, pero no eran de nosotros, porque si hubieran sido de nosotros, habrían permanecido con nosotros; pero salieron para que se manifestara que no todos son de nosotros" (1 Juan 2:18,19). Basados en lo anterior podemos sacar las siguientes conclusiones:

El "misterio de iniquidad" o "espíritu del anticristo" ya se encontraba presente en el primer siglo de nuestra era. Tal era la velocidad con que se expandía este mal, que san Juan llegó a pensar que ese era el último tiempo.

Aunque el anticristo ya estaba presente, aún había algo que lo detenía y no le permitía manifestarse abiertamente.

Juan identificó al anticristo como un movimiento, no como una persona en particular. Los "falsos profetas" y "engañadores" son el anticristo que habría de venir. Muchos de estos individuos fueron en algún tiempo dirigentes de la Iglesia. Luego

apostataron. San Pablo, en una carta escrita a los Corintios, explicó que estos engañadores se caracterizaban por hacerle competencia desleal a ellos. Éstos se presentaban en las iglesias

como "grandes apóstoles" y predicaban un evangelio y un Jesús adulterados: "Pero temo que, así como la serpiente con su astucia engañó a Eva, vuestros sentidos sean también de alguna manera extraviados de la sincera fidelidad a Cristo, porque si viene alguno predicando a otro Jesús que el que os hemos predicado, o si recibís otro espíritu que el que habéis recibido, u otro evangelio que el que habéis aceptado, bien lo toleráis. Pienso que en nada he sido inferior a aquellos «grandes apóstoles»" (2 Corintios 11:3-5).

"Porque estos son falsos apóstoles, obreros fraudulentos, que se disfrazan de apóstoles de Cristo. Y esto no es sorprendente, porque el mismo Satanás se disfraza de ángel de luz. Así que, no es extraño si también sus ministros se disfrazan de ministros de justicia; cuyo fin será conforme a sus obras" (2 Corintios 11:13-15). Al contrario de lo que cualquiera pudiera pensar, estos falsos apóstoles no eran toscos o arbitrarios. Para ganarse el apoyo de los feligreses se presentaban como verdaderos cristianos. Sus modales y palabras eran suaves y agraciadas. Su presencia carismática y su don de gentes eliminaban las sospechas y los prejuicios. Así ganaron, según San Pablo, muchos adeptos dentro de la iglesia cristiana: "Pero os ruego, hermanos, que os fijéis en los que causan divisiones y ponen tropiezos en contra de la doctrina que vosotros habéis aprendido. Apartaos de ellos, porque tales personas no sirven a nuestro Señor Jesucristo, sino a sus propios vientres, y con suaves palabras y halagos engañan los corazones de los ingenuos" (Romanos 16:17,18). En uno de sus viajes misioneros, en una reunión de despedida en Mileto, Pablo dijo a los obispos que residían allí lo siguiente: "...Sé que después de mi partida entrarán en medio de vosotros lobos rapaces que no perdonarán al rebaño. Y de entre vosotros mismos se levantarán hombres que hablarán cosas perversas para arrastrar tras sí discípulos" (Hechos 20:29,30). El problema se hizo general. De todas partes se recibían noticias de tan oscura infiltración. Pablo, en una carta escrita a los cristianos en Galacia, nos deja ver que en esa ciudad la apostasía había cundido a tal punto, que la situación prácticamente se había salido de control:

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"Estoy asombrado de que tan pronto os hayáis alejado del que os llamó por la gracia de Cristo, para seguir un evangelio diferente. No que haya otro, sino que hay algunos que os perturban y quieren alterar el evangelio de Cristo" (Gálatas 1:6,7). Esta situación llevó a los discípulos a amonestar al pueblo acerca del inminente peligro de aceptar las ideas de estos falsos apóstoles: "Amados, ...me ha sido necesario escribiros para exhortaros a que contendáis ardientemente por la fe que ha sido una vez dada a los santos, porque algunos hombres han entrado encubiertamente, los que desde antes habían sido destinados para esta condenación, hombres impíos, que convierten en libertinaje la gracia de nuestro Dios y niegan a Dios, el único soberano, y a nuestro Señor Jesucristo" (Judas 3,4). "Pero si aun nosotros, o un ángel del cielo, os anuncia un evangelio diferente del que os hemos anunciado, sea anatema. Como antes hemos dicho, también ahora lo repito: Si alguien os predica un evangelio diferente del que habéis recibido, sea anatema" (Gálatas 1:8-9). Mientras que "el espíritu del anticristo" estuvo detenido, el Evangelio pudo extenderse alrededor del mundo conocido y miles pudieron recibir el amor de la verdad para ser salvos. Sin embargo, la obra de los impostores tarde o temprano habría de dar sus frutos. La caída de la Iglesia Los apóstoles conocían la profecía de Daniel 7 y sabían que un gran cisma habría de conmocionar al pueblo de Dios. Sabían que finalmente de la misma Iglesia habría de levantarse "un rey altivo de rostro y entendido en enigmas" el cual aprovecharía su influencia eclesiástica para "echar por tierra la verdad".[b] Las siguientes declaraciones de los apóstoles Pedro y Pablo, dejan ver con claridad que ellos esperaban el cumplimiento de la profecía: "...Redarguye, reprende, exhorta con toda paciencia y doctrina, pues vendrá tiempo cuando no soportarán la sana doctrina, sino que, teniendo comezón de oír, se amontonarán maestros conforme a sus propias pasiones, y apartarán de la verdad el oído y se volverán a las fábulas" (2 Timoteo 4:2-5). "Hubo también falsos profetas entre el pueblo, como habrá entre vosotros falsos maestros, que introducirán encubiertamente herejías destructoras, y hasta negarán al Señor que los rescató, atrayendo sobre sí mismos destrucción repentina. Y muchos seguirán su libertinaje, y por causa de ellos, el camino de la verdad será blasfemado" (2 Pedro 2:1-3). Es claro: los apóstoles sabían que algo grave iba a ocurrir dentro de la iglesia. "La verdad", como decía la profecía de Daniel 7, sería muy pronto "echada por tierra". Para inicios del siglo IV la antigua semilla de iniquidad que había sido sembrada en el seno de la iglesia, creció hasta dar sus funestos frutos. Constantino, el emperador del Imperio Romano, viendo que los problemas políticos y sociales de su imperio le presagiaban la inminente desaparición de su reinado, formuló varias estrategias para detener el caos, entre ellas, frenar la persecución existente en contra de los cristianos y, ofrecerles puestos de importancia dentro de su gobierno con el fin de tenerlos a su favor. Con este edicto se unió la Iglesia con el Estado, unión que habría de traer terribles consecuencias para la Iglesia y para el mundo: "En el edicto de Tolerancia [de Milán] del año 313 se proclamaba por primera vez, para todo el Imperio Romano, la libertad individual de religión. De hecho, la principal beneficiaria de aquella medida fue la iglesia cristiana... los obispos obtuvieron una consideración y unos derechos similares a los senadores. La iglesia pasó a ser persona jurídica, con capacidad para recibir legados. En contrapartida la iglesia quedaba íntimamente ligada al Estado, con lo que surgía el dogma político que consideraba al emperador como soberano temporal de la iglesia. Habrá que aguardar a la Edad Media para contemplar las consecuencias de tal vinculación".[c] (La fotografía muestra la escultura conmemorativa del edicto de Milán). Jesucristo había enseñado con claridad que la religión y la política no debían mezclarse: "Dad al César lo que es del César y a Dios lo que es de Dios" (Lucas 20:25). Cuando los cristianos comenzaron a recibir honores y consideraciones mundanas, cuando tuvieron facultad de

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gobernar y promulgar leyes, iniciaron su propia búsqueda del poder para obligar al mundo entero a unirse a su religión:

"Lentamente fueron produciéndose cambios radicales en el cuadro de la vida pública. El culto pagano fue prohibido como inmoral... e incluso en el año 319 se prohibieron oficialmente los sacrificios paganos privados... El pueblo cristiano, hasta entonces perseguido, procedió a destruir los lugares de culto paganos. Pronto los cristianos se encontraron ocupando los cargos superiores del Imperio. El propio Constantino entregó al obispo de Roma, para residencia

suya, el palacio del Laterano (Letrán), con el cual situaba al Papa en una posición eminente incluso desde el punto de vista profano".[d] Las palabras de Jesús: "No podéis servir a Dios y a las riquezas",[e] fueron ignoradas. La misma puerta que permitió la entrada de la ostentación, el lujo y el poder, permitió la salida de la pureza y sencillez del evangelio. Miles de prosélitos paganos fueron incorporados a la Iglesia por la fuerza, y con ellos, las fábulas y la idolatría. La sana doctrina fue gradualmente abandonada y herejías destructoras fueron aceptadas: "La condenación [contra los paganos] pudo efectuarse más fácilmente en las localidades populosas que en las aldeas del campo. Como es natural, no desarraigó todos los cultos que tenían miles de años de historia detrás de ellos. Podemos probar [esto] ...por testimonios antiguos, como los de Máximo en Turín, y también por inevitables supervivencias de los antiguos dioses en los cultos de santos que habían ocupado sus lugares".[f]

Durante esta fase, la Iglesia entró en un triste proceso de degradación. El culto a las imágenes de los santos le dio libre expresión a la idolatría y al fetichismo en el seno del cristianismo. Aún hoy podemos ver a muchos cristianos llevando imágenes de "santos", "cristos" y "vírgenes" en procesiones por las calles, de la misma manera que lo hacían los paganos en la antigua Roma con sus dioses: "Difícilmente podían contenerse, cuando observaban los frenéticos movimientos de los fanáticos que se automutilaban en las celebraciones en honor de la diosa Cibeles, la «gran madre», cuya imagen, adornada

con flores, se paseaba por las calles".[g] Las procesiones son prohibidas por las Escrituras con las siguientes palabras: "¡Nuestro Dios está en los cielos; todo lo que quiso ha hecho! Los ídolos de ellos son plata y oro, obra de manos de hombres. Tienen boca, pero no hablan; tienen ojos, pero no ven; orejas tienen, pero no oyen; tienen narices, pero no huelen; manos tienen, pero no palpan; tienen pies, pero no andan, ni hablan con su garganta. Semejantes a ellos son los que los hacen y cualquiera que confía en ellos" (Salmos 115:3-8).

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"¿A quién me asemejáis, me igualáis y me comparáis, para que seamos semejantes? Sacan oro de la bolsa y pesan plata con balanzas; contratan a un platero para que de ello haga un dios, y se postran y lo adoran. Luego se lo echan sobre los hombros, lo llevan y lo colocan en su lugar; allí se está, sin moverse de su sitio. Le gritan, pero tampoco responde ni libra de la tribulación" (Isaías 46:5,7). Otra muestra de la infiltración del paganismo la encontramos en las vestiduras adoptadas por los dirigentes de la Iglesia. Eusebio (265-340 d.C.) el famoso obispo de Cesarea, declara lo siguiente en uno de sus libros: "Con el propósito de presentar al cristianismo en una forma más atractiva a los gentiles, los sacerdotes adoptaron las vestimentas y ornamentos exteriores del culto pagano".[h] Uno de los más significativos ornamentos que se incorporaron es la mitra de doble pico que actualmente usan el Papa y los obispos romanos, la cual proviene de la vestimenta de los sacerdotes de Dagón,[i] el dios-pez de los babilonios. Según lo describe el famoso arqueólogo inglés Austen Layard, el Sumo Pontífice de Dagón usaba un manto especial con forma de pez. La cabeza con la boca abierta hacia arriba formaba un gorro del cual caía un manto hacia la espalda, que le cubría completamente.[j]

El Sumo Pontífice de Babilonia

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La falta más grave la cometieron al introducir en la Iglesia los símbolos y ceremonias que se utilizaban en los rituales de adoración al dios sol.[k] La cena del Señor, por ejemplo, ya no se celebraba partiendo un pan corriente sino tomando una hostia con la forma y el color del sol. (El dibujo ha sido tomado del Catecismo Católico Explicado del P. Eliecer Salesman, pág.254). Se dejó de lado el día de reposo cristiano: el sábado,[l] (le recomiendo leer este pie de página) y se ordenó la observancia de los días que los paganos dedicaban para adorar al sol tales como el domingo y la navidad. Los siguientes textos confirman el origen de tales festividades y cómo se introdujeron al cristianismo: "Sol Invicto... los fieles festejaban el natalicio de Mitra el 25 de diciembre y guardaban el domingo".[m] La Iglesia Católica reconoce: "Jesús... observó el sábado del mismo modo que los demás preceptos de la Ley divina... tampoco los apóstoles dejaron de observar el sábado...".[n]

"Durante los tres primeros siglos el domingo fue un día de trabajo como cualquier otro... Tan sólo en el año 321, por decreto del emperador Constantino, el domingo se convirtió en día de descanso...".[o] "Constantino... veneraba al Sol invicto, "dios salvador", "dios único y supremo". Sus soldados recitaban el domingo, día de la luz y del sol, una oración al astro sin rival".[p] (La fotografía ha sido tomada del Catecismo Católico Explicado del P. Eliecer Salesman, pág.142). "Todo lo que estaba prescrito para el sábado nosotros lo trasladamos al domingo... En ese día, que es el de la luz, el primero, el del verdadero sol...".[q] "En la nueva ley se guarda el domingo en lugar del sábado, no en virtud de un mandato divino, sino por una constitución eclesiástica...".[r] "¿Cómo prueba usted que la Iglesia Católica tiene poder para ordenar fiestas y días de guardar? Rta./ Por el mismo hecho de haber cambiado el Sábado por el domingo, cambio que los mismos protestantes reconocen. Por lo tanto, de buen grado se contradicen, guardando el domingo estrictamente y quebrantando la mayoría de las otras fiestas ordenadas por la misma Iglesia".[s] Para terminar, reflexionemos en las siguientes palabras del Señor Jesucristo: "...¿Por qué también vosotros quebrantáis el mandamiento de Dios por vuestra tradición?... Este pueblo de labios me honra, mas su corazón está lejos de mí, pues en vano me honran, enseñando como doctrinas mandamientos de hombres" (Mateo 15:3, 8-9).

Dé clic en "Atrás" o "Back" en su barra de navegación o presione la letra respectiva, para volver al párrafo que lo envió aquí. [a] Elena G. de White comparte la misma opinión. Véase El Evangelismo, págs. 53, 419,420 y El Conflicto de los Siglos, pág. 621. [b] Daniel 8:23,12; 7:25. [c] Historia Universal, tomo 3, pág. 172, Carrogio. [d] Ibid. [e] Mateo 6:24. [f] Historia de la Humanidad, tomo 2, pág.752, Editorial Planeta. [g] Historia Universal, tomo 8, pág.140, Nauta. [h] Eusebio de Cesarea, Vida de Constantino, Citado en Credos Contemporáneos, pág. 66, Daniel Scarone, UNAC. [i] Dag-on (÷/gd;). Este nombre en hebreo deriva de la palabra dag que literalmente significa pez. Este dios es mencionado en Jueces 16:23 y 1 Samuel 5:2. [j] Austen Henry Layard, Babilonia y Nínive, pág. 343.

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[k] Para Dios ésta es la peor de todas las abominaciones. Véase Ezequiel 8:6-16. [l] De clic sobre el vínculo para leer o descargar el tema: "Un diálogo con Dios acerca del día de reposo". [m] E. Royston Pike, Diccionario de religiones, pág. 322. Esta misma declaración es sustentada por John Romer en el vídeo "El Coloso de Rodas" de la serie "Las Siete Maravillas del Mundo" de Discovery Channel. [n] Enciclopedia de la Religión Católica, tomo 6, pág. 871. Importante: Los cristianos, desde el principio, se reunieron los domingos para recordar la resurrección de Jesús (Justino, 100-165 d.C., Apología de la religión cristiana I, 67) pero de ninguna manera dejaron de guardar el sábado, aunque algunos de los "anticristos" infiltrados en el seno de la cristiandad sí lo hicieron (San Ignacio de Antioquía, 35-107 d.C., Ad Magnesios 9, 1-2). Esto mismo está atestiguado por el Nuevo Testamento donde se afirma que los apóstoles se reunían en el templo todos los días (Hechos 2:42, 46) inclusive el domingo (Hechos 20:7,8), pero guardaban el sábado de la misma manera que lo hizo Jesús (Hechos 16:13, 14; Hechos 13:43, 44). Muchos cristianos, no católicos, citan Colosenses 2:14-16 para "probar" que el sábado del Señor ha quedado abolido, pero no comprenden que allí está hablando de sábados ceremoniales de la antigua ley mosaica, los cuales habían sido añadidos para poder ofrecer los holocaustos en el ritual del santuario (compare con 1 Crónicas 23:29-32). El Glosario de la versión Reina-Valera 1995 reconoce: "Por su significado de «día en que no se trabaja», se llamaba también sabat [sábado] a los días de gran festividad religiosa que no siempre caían en el séptimo día de la semana (Levítico 16.29-31; 23.24, 32, 39)". [o] P. Vincent Ryan, El domingo, día del Señor, pág. 91, Ediciones Paulinas, 1986. [p] Juan M. Pacheco S. J. (Sacerdote Jesuita), Historia de la Iglesia, pág. 51, Bedout. [q] Eusebio de Cesarea (265-340 d.C.), Comm. In Ps. 91: PG 23, 1172. Citado en El domingo fiesta de los cristianos, pág. 86, Julián López Martín. Biblioteca de Autores Cristianos. Este libro tiene licencia del Obispado de Zamora, España. 1991. [r] Santo Tomás de Aquino (1225-1274), Summa Th. II-II q.122 a.4. Id, pág. 148. [s] Manual de Doctrina Cristiana , Daniel Ferris, pág. 67.

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CAPÍTULO 6 – NACE UN TEMIBLE IMPERIO

No obstante la muerte de Constantino (337 d.C.) y la ascensión al trono de Juliano el apóstata, su sobrino (361 d.C.), la Iglesia continuó su proceso de sincretismo con los paganos, creciendo y ampliando su influencia por todo el mundo conocido. Sin embargo, la vana prosperidad de la Iglesia se vio amenazada en gran medida, pues las invasiones perpetradas por los pueblos bárbaros aumentaban sin cesar, generando gran preocupación, ya que éstos, lejos de apoyar sus dogmas, eran en su mayoría reyes arrianos.[a] Para

solucionar el problema, la Iglesia organizó un ambicioso plan de conquista a fin de lograr su incorporación al romanismo: "Las invasiones bárbaras han logrado romper las fronteras del Imperio Romano y se precipitan como un torrente por todo el territorio romano. La Iglesia que había echado tan hondas raíces en la civilización antigua permanece sin embargo en pie, y emprende la conquista de todos aquellos pueblos para el evangelio. Uno tras otro aquellos reinos bárbaros se incorporan a la Iglesia, a quien reconocen como a su madre y maestra. "Al derrumbarse el Imperio Romano los francos se habían establecido en el norte de las Galias. Se mostraban impenetrables a la civilización romana... pero al obtener el trono el rey Clodoveo, el episcopado puso en él grandes esperanzas. Hecho esposo de la católica Clotilde... acabó por vencer sus incertidumbres. Recibió el bautismo... con tres mil hombres de su guardia el 25 de diciembre del 498. "Los suevos habían sido relegados por los visigodos a Galicia (España) y eran arrianos. Su rey Teodomiro, vivamente impresionado por la curación milagrosa de su hijo... pasó al catolicismo con todos los suyos. "Los visigodos se habían establecido en España y estaban contaminados con arrianismo... En el concilio de Toledo, reunido en 589, el rey abjura la herejía y empieza una era de esplendor para la iglesia española. "Los anglosajones... eran paganos y su conversión se debe al Papa San Gregorio Magno... Agustín logró convertir a Etelberto, rey de Kent (597) y gran parte de su nación. "Los alamanes moraban a las orillas del Rhin. Fueron evangelizados principalmente por dos monjes irlandeses, San Columbano y San Galo. "San Gregorio Magno... trabajó activamente por la conversión de los lombardos que habían ocupado el norte de Italia y logró mantener la inestable paz entre estos y los bizantinos".[b] Daniel declara: "Mientras yo contemplaba los cuernos, otro cuerno pequeño salió entre ellos".[c] La historia confirma lo dicho por la profecía, pues dos años después de que las tribus bárbaras iniciaran unánimemente sus ataques contra Roma, nació el Catolicismo: "En el año 378 los visigodos... derrotaron al emperador oriental Valente, en la batalla de Adrianópolis... [lo cual] indujo a los emperadores romanos a aceptarles definitivamente, permitiéndoles que se instalaran al sur del Danubio, en Panonia y Mesia. . . El Imperio Romano entró en un largo y progresivo proceso de desintegración. . . "En el año 380 mediante el Edicto de Tesalónica, se decretó la prohibición del arrianismo en Oriente, y la doctrina ortodoxa de Atanasio fue convertida en religión del Estado. Nacía así el Catolicismo".[d] (La fotografía muestra la Basílica de San Pedro). Los historiadores coinciden en afirmar que tras la estrepitosa caída del Imperio Romano a causa de las invasiones bárbaras, el Pontífice romano tomó el lugar de los antiguos Césares dando origen a un nuevo Imperio, el cual llegó a gobernar completamente a Europa: "...Mientras la administración del Imperio Romano se hundió en todo Occidente hecho que se inició antes de las invasiones de los bárbaros el Papado se convirtió en la institución más estable de Italia, y en muchas cuestiones asumió el papel de los antiguos emperadores... El

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Papado no es más que el espectro del desaparecido imperio Romano y su corona se sustenta sobre la tumba de aquél. El Papa heredó de la Roma pagana el boato [ostentación] de los ropajes, las ceremonias y las instancias administrativas. No sólo era el líder cristiano y el protector de la religión ortodoxa, sino también la semilla de la civilización romana que se alzaba contra la gran masa de bárbaros invasores".[e] "Bajo el Imperio Romano los papas no tenían poderes temporales. Pero cuando el Imperio Romano se hubo desintegrado y su lugar fue tomado por un número de reinos rudos, bárbaros, la Iglesia Católica Romana no sólo llegó a ser independiente de los Estados en asuntos religiosos, sino también a tener autoridad en asuntos seculares".[f] "Durante tres siglos la Iglesia romana había transformado la organización administrativa del Imperio Romano... Su palacio romano, en Letrán, llegó a ser el nuevo senado. Los obispos que vivían en Roma, los sacerdotes y los diáconos, ayudaban al Papa a administrar este nuevo Imperio".[g] No obstante la rapidez con que se desarrolló, su ascenso al poder se vio rodeado de grandes impedimentos, pues tres reinos bárbaros, incluyendo a los hérulos que aún gobernaban en la ciudad de Roma, rehusaron hacerse católicos, como los demás, y amenazaban con destruir el naciente Imperio: "Los ostrogodos se establecieron al norte de Italia y uno de sus más notables reyes fue Teodorico. Aunque arriano fue al principio favorable a los católicos. Pero causas políticas y religiosas le hicieron cambiar de actitud... Como el Papa no pudiera pedir en conciencia todo lo que quería el rey, Teodorico lo hizo apresar a su regreso y sepultar en un calabozo donde murió. "En ninguna parte sufrieron tanto los católicos como en el norte de Africa. Fue invadida por los vándalos al mando de Gensérico, jefe arriano que odiaba a los católicos. Los obispos fueron desterrados, y algunos de ellos y no pocos fieles muertos entre tormentos. Más feroz se mostró su hijo Hunerico que redobló los horrores de la persecución".[h]

"...Entre otras, estas naciones bárbaras que ocupaban diversas partes del Imperio tenían nombre: hérulos, vándalos y ostrogodos. Ante el peligro de contaminación religiosa constituida por la presencia de estos herejes en el seno de la cristiandad, el papado no podía más que desear eliminar tal obstáculo".[i] Pero, ¿cómo podía el papado destruir estos tres reinos si no disponía de ejército?, es más, ¿cómo podría hacerlo tratándose de un poder religioso? La respuesta la da Daniel: "Su poder se fortalecerá, mas no con fuerza propia".[j] Esto indica que el papado habría de utilizar a otros para lograr su objetivo, hecho confirmado por la historia: "...los obispos no cesaban de llamar al emperador en su ayuda... Sobre la instigación de Zenón, emperador de Oriente y amigo personal

del obispo de Roma, una primera potencia arriana iba a ser destruida. En el 493 los hérulos fueron expulsados de Italia por Teodorico".[k] "Justiniano, emperador de Bizancio en el año 527, deseaba restablecer la autoridad imperial en Occidente. Así, Belisario, el mejor de sus generales, combatió en Cartago, de donde expulsó a los vándalos y recuperó gran parte en las antiguas posesiones romanas del norte de África. Comandó después una expedición en Italia y en el año 553 expulsó a los ostrogodos".[l] Aunque la expulsión definitiva del último poder arriano se logró en el 553 d.C., fue el 538 el que marcó el fin de éste, pues en ese año Justiniano hizo desembarcar sus ejércitos en Italia, quitó la ciudad de Roma de sus manos y la entregó al Papa.[m] Con esto, el emperador puso en vigencia el decreto que había escrito cinco años antes en el que reconocía al Papa como

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"cabeza de todas las santas iglesias" y "cabeza de todos los santos sacerdotes de Dios".[n] De esta manera las palabras "Y delante de él fueron arrancados tres cuernos de los primeros",[o] hallaron pleno cumplimiento (la fotografía muestra a Justiniano según el arte de la época). Aunque la profecía muestra que el poder del papado en tiempo de las invasiones bárbaras era "pequeño", anuncia que su poder e influencia aumentaría gradualmente hasta hacerse "más grande que sus compañeros". Las siguientes citas históricas lo demuestran: "En el año 1076, Enrique IV [Rey de Alemania], destituyó al papa, acusándolo de criminal por haberse excedido en sus poderes. [El papa] Gregorio VII, respondió excomulgando al emperador y liberando a sus súbditos de la obediencia debida a este. Abandonado por los príncipes germanos, el emperador se encontró solo y aislado. Cruzó los Alpes a mediados del invierno para pedir el perdón del papa, y se dice que permaneció de pie, en el patio del castillo en Canosa, al norte de Italia durante tres días y tres noches en enero de 1077, antes de que el papa le absolviera de su excomunión".[p] "Con la elección del cardenal Lotario de Segni para el sumo pontificado, quien tomó el nombre de Inocencio III, alcanzó el papado el apogeo de su poder. Como árbitro de la elección imperial hizo reconocer a Otón IV como emperador de Alemania, y cuando éste violó los juramentos hechos en su elección, lo depuso e hizo elegir por los príncipes alemanes a Federico II de Sicilia. "En Francia obligó al rey Felipe Augusto a conservar su esposa legítima la princesa Isambur. Juan sin Tierra de Inglaterra, después de una larga lucha con el Papa, retracta todas las leyes persecutoras que había dictado contra la Iglesia y declara a Inglaterra feudo [propiedad] de la Santa Sede".[q] El poder secular ejercido sobre las naciones europeas fue usado para silenciar a todos los que se negaban a aceptar sus doctrinas. Los libros de historia están llenos de horrendas descripciones de lo sucedido: "En Clermont, Francia, en 1095, se celebró un gran concilio al que asistieron más de 200 obispos y numerosos nobles. [El papa] Urbano, que era francés, dirigió a los reunidos un elocuente discurso: «Dios ha concedido a los franceses, por encima de las demás naciones, una gran eficacia militar. Por ello debéis emprender inmediatamente la acción como remisión de vuestros pecados.»... Cuando el papa terminó, gritaron todos: «¡Dios lo quiere!»... Los cruzados masacraron durante tres días a los habitantes de la ciudad, y recogieron un inmenso botín. Hombres, mujeres y niños musulmanes fueron asesinados; los judíos, quemados en la sinagoga, y la gran mezquita, desvalijada".[r] "En 1012 [los judíos] fueron expulsados de Mainz y en 1096, con la primera cruzada, comunidades completas fueron masacradas. Cientos de miles de judíos murieron... Las siguientes cruzadas (1146 y 1189) intensificaron la ola de masacres y terror... Para 1391, las matanzas de los judíos llegaron a la apoteosis de la crueldad, impulsadas por la agitación virulentamente antisemita de Ferrant Martínez, arcediano [primer diácono] de la catedral de Sevilla... Se calcula que unos 60.000 judíos fueron sacrificados... Durante el mandato del gran inquisidor Torquemada fueron procesadas, ejecutadas y castigadas 114.401 personas, entre judíos, conversos y herejes... En 1616, bajo el emperador Susneyos, la comunidad judía fue sometida a una terrible masacre. Su reino fue destruido y dos tercios de su población fue asesinada o forzada a convertirse al cristianismo".[s] También los cristianos que persistieron en "defender la fe una vez dada a los santos",[t] fueron terriblemente perseguidos y finalmente exterminados: "Muchos fueron los que rechazaron las doctrinas falsas de la Iglesia... A estos se les calificó de «herejes» y fueron perseguidos ferozmente por la Iglesia Católica Romana. Uno de los documentos en los que se ordenó tal persecución, fue el inhumano Ad Extirpanda, que fue editado por el papa Inocencio IV. Este documento declaraba que los herejes tenían que ser aplastados como serpientes venenosas. Sacerdotes, reyes y miembros civiles del sistema romano, fueron llamados a unirse a esta cruzada guerrera. Declaraba el documento que cualquier propiedad que confiscasen les sería dada como propiedad con título limpio y además les prometían remisión de todos sus pecados como premio por matar a un hereje".[u]

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"Al principio, el papa Inocencio III intentó convertir a los albigenses,[v] para lo cual envió como misioneros a los monjes cistercienses, animando el español Santo Domingo a que realizara en 1205 un viaje por toda la zona. El esfuerzo resultó inútil... Este suceso decidió a Inocencio a convocar una cruzada contra los albigenses, y a pedir a Felipe que confiscara las posesiones del conde hereje... La campaña se inició con el asalto a la ciudad de Béziers y la masacre de sus habitantes. «Matadlos a todos; Dios nos recompensará», era la divisa el representante papal, Fernando Amalric".[w]

"En 1232 el papa Gregorio IX creó la Inquisición Romana, como una organización represiva dotada de tribunales especiales para buscar y juzgar a los herejes, apoyándose principalmente en la orden de los frailes dominicos. En 1233 encomendó a éstos [los frailes] el total exterminio de los albigenses, que fueron perseguidos y capturados cruelmente, llevados a juicio y quemados en la hoguera... A fines del siglo XII no había ya rastro alguno de la herejía".[x] "Sabed que el interés de la Santa Sede y los de vuestra corona escribió el papa Martín V os imponen el deber de exterminar a los Husitas.[y] Estos impíos se atreven a proclamar principios de igualdad. Sostienen que todos los cristianos son hermanos... Sostienen que Cristo vino a la tierra para abolir la esclavitud y llaman a la gente a ser libre... Dirigid vuestras fuerzas contra Bohemia. Matad, haced desiertos por doquiera, porque nada podría ser más agradable a Dios y más útil a la causa de los reyes que el exterminio de los Husitas".[z] "Un individuo podía ser penalizado por no asistir a la iglesia, o una mujer azotada por hacer sus faenas en domingo... las leyes civiles apoyaban la autoridad de los tribunales eclesiásticos, y por ello una persona excomulgada debía ser proscrita, encarcelada o quemada si era hereje".[aa] "La restauración del catolicismo [por intermedio del cardenal Reginald Pole, 1554] promovió una campaña de persecución sin precedentes en la historia de Inglaterra. Más de 300 personas fueron quemadas por sus creencias, principalmente en el sur del país, siendo en su mayoría humildes campesinos".[bb] "En el «día de san Bartolomé» del año 1572 hubo una sangrienta masacre en París donde murieron diez mil hugonotes protestantes. El rey francés fue a misa a dar gracias solemnes por haber sido asesinados tantos herejes. La corte papal recibió la noticia con gran regocijo y el papa, Gregorio XIII, ¡fue a la iglesia de San Luis a dar gracias por la victoria! El Papa ordenó que se acuñara una moneda conmemorando el acontecimiento".[cc]

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Medalla acuñada por el Papa para conmemorar la Masacre de San Bartolomé

No obstante la gran cantidad de referencias citadas, harían falta cientos de páginas para describir en detalle la crueldad e intolerancia de este temible imperio. Muchos miles de sinceros cristianos fueron exterminados cuando, al igual que Caín, el obispo de Roma mandó matar a sus hermanos porque preferían obedecer a Dios antes que a los hombres.[dd] La inquisición, las cruzadas, las persecuciones contra los Valdenses y los Albigenses, el exterminio en Bohemia, la matanza en San Bartolomé, las catacumbas, las máquinas de torturas, las hogueras, la muerte, la desolación y toda la historia, nos confirman el cumplimiento de las palabras inspiradas por Dios varios siglos atrás: "Al fin del reinado de estos, cuando los transgresores lleguen al colmo, se levantará un rey altivo de rostro y entendido en enigmas. Su poder se fortalecerá, mas no con fuerza propia; causará grandes ruinas, prosperará, actuará arbitrariamente y destruirá a los fuertes y al pueblo de los santos" (Daniel 8:23,24).

Dé clic en "Atrás" o "Back" en su barra de navegación o presione la letra respectiva, para volver al párrafo que lo envió aquí. [a] Seguidores de la doctrina del sacerdote egipcio Arrio, quien negaba la deidad de Cristo y era enemigo acérrimo de la Iglesia. [b] Juan Manuel Pacheco S. J., Historia de la Iglesia, págs. 72-76, Bedout. [c] Daniel 7:8. [d] Historia Universal, tomo 8, págs. 158,161, Nauta. [e] Historia Universal, tomo 9, pág. 12, Nauta. (Una declaración similar aparece en el libro The Papal Monarchy, págs. 45,46, del sacerdote católico William Francis Barry). [f] The Papacy and World Affairs, pág. 1, University of Chicago Press. [g] Malachi Martin (Exsacerdote Jesuita),The Decline and Fall of the Roman Church, pág. 105. [h] Juan Manuel Pacheco S. J., Historia de la Iglesia, págs. 69,70, Bedout. [i] Antolín Diestre Gil (Doctor en teología por la Facultad Católica de Teología de Barcelona y por la Facultad de Salève en Francia). El sentido de la historia y la palabra profética, volumen 2, pág. 130, Clie. [j] Daniel 8:24. [k] Antolín Diestre Gil, El sentido de la historia y la palabra profética, volumen 2, pág. 130-131, Clie. [l] Historia Universal, tomo 9, pág. 13, Nauta. [m] Charles Diehl, Cambridge Medieval History, tomo. 2, pág. 15. [n] Código de Justiniano, libro 1, título 1. [o] Daniel 7:8,20. [p] Historia Universal, tomo 9, pág. 23, Nauta. [q] Juan Manuel Pacheco S.J., Historia de la Iglesia, pág. 108, Bedout. [r] Historia Universal, tomo 9, págs. 76,78, Nauta.

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[s] Apartes de Reflexiones y Trasfondo, publicaciones de Tribuna Israelita, art. Los Ashkenazitas, Sfarad II y Los judíos de Etiopía (Los puede conseguir en la sinagoga más cercana). [t] Judas 1:3. [u] Ralph Woodrow, Babilonia Misterio Religioso, pág. 162. [v] Denominados así por su establecimiento en la zona francesa de Albi. Este grupo, aunque no se encontraba libre de todos los errores transmitidos por la tradición, se caracterizó por una vida humilde y consagrada a la voluntad de Dios. [w] Historia Universal, tomo 9, pág. 37, Nauta. [x] Id., pág. 38. [y] Seguidores de la doctrina de Juan Hus, sacerdote, teólogo y rector de la Universidad de Praga quien en su intento de reformar la Iglesia fue sentenciado a muerte en Constanza el 6 de julio de 1415 (ver Historia Universal, tomo 9, pág. 112, 113, Nauta; El Conflicto de los Siglos, págs. 104-128.) [z] Papa Martín V, Bula dirigida al rey de Polonia, 1427. [aa] Historia Universal, tomo 9, pág. 19, Nauta. [bb] Historia Universal, tomo 10, pág. 71, Nauta. [cc] Ralph Woodrow, Babilonia Misterio Religioso, pág. 167 (ver descripción ampliada del suceso en El Conflicto de los Siglos, págs. 315-316). [dd] Hechos 5:29.

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CAPÍTULO 7 – EL MÁS GRAVE ATENTADO

Cuando Dios creó a Adán y Eva, les advirtió acerca del peligro que conllevaba el pecado, diciendo: "De todo árbol del huerto podrás comer; pero del árbol del conocimiento del bien y del mal no comerás, porque el día que de él comas, ciertamente morirás".[a] Cuando ellos desobedecieron la voluntad de su

Creador, el corazón del Padre celestial fue quebrantado, pues la Ley no podía ser revocada y sus hijos habrían de morir. "La paga del pecado es la muerte",[b] eran las palabras que resonaban en la mente de Adán y su mujer cuando temblando de miedo se escondieron de la presencia de Dios.[c] ¡Qué terrible! Dios los había creado para que fueran sus hijos, les había dado todo lo que necesitaban, pero ellos en vez de correr a sus brazos de amor en busca de auxilio, se alejaron de él, avergonzados. La tristeza y el dolor cundieron en el cielo; el Padre celestial se encontraba en medio de dos fuegos. De un lado se encontraba su Ley y su Justicia que exigían la muerte del pecador y del otro, su Amor y tierna Misericordia que abogaban por su vida. Fue entonces cuando el Creador manifestó la única alternativa posible: entregar su propia vida para pagar la condena y preservar la existencia de sus hijos. Él habría de despojarse de su divinidad y hacerse hombre para morir en lugar de la raza caída. Prometió a la mujer que de su descendencia habría de nacer un Salvador el cual aplastaría la cabeza de la serpiente que la había hecho caer en el pecado.[d] El profeta Isaías declaró de él: "Mas no habrá siempre oscuridad para la que está ahora en angustia... Porque un niño nos ha nacido, hijo nos ha sido dado, y el principado sobre su hombro. Se llamará su nombre "Admirable consejero", "Dios fuerte", "Padre eterno", "Príncipe de paz"... ¿Quién ha creído a nuestro anuncio... y sobre quién se ha manifestado el brazo de Jehová?... Mas él fue herido por nuestras rebeliones, molido por nuestros pecados. Por darnos la paz, cayó sobre él el castigo,[e] y por sus llagas fuimos nosotros curados... Como un cordero fue llevado al matadero... Aunque nunca hizo maldad ni hubo engaño en su boca" (Isaías 9:1,6; 53:1,5,7,9). ¡Que maravilloso amor!, ¡Dios mismo habría de entregarse al dolor y al sufrimiento para que sus hijos pudieran ser rescatados de la muerte! El Justo habría de padecer por los injustos, para que ellos fueran hechos justicia de Dios en él.[f] Sólo él podría pagar el precio, pues sólo el Autor de la vida,[g] vale por todas sus criaturas. Los apóstoles relatan lo siguiente acerca del cumplimiento de la profecía: "Haya, pues, en vosotros este sentir que hubo también en Cristo Jesús: Él, siendo en forma de Dios, no estimó el ser igual a Dios como cosa a que aferrarse, sino que se despojó a sí mismo, tomó la forma de siervo y se hizo semejante a los hombres. Mas aún, hallándose en la condición de hombre, se humilló a sí mismo, haciéndose obediente hasta la muerte, y muerte de cruz" (Filipenses 2:5-8). "...«Como oveja a la muerte fue llevado; y como cordero mudo delante del que lo trasquila, así no abrió su boca...»... ¿de quién dice el profeta esto; de sí mismo o de algún otro? Entonces Felipe, abriendo su boca y comenzando desde esta escritura, le anunció el evangelio de Jesús" (Hechos 8:32-35).

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"Sed, pues, imitadores de Dios como hijos amados. Y andad en amor, como también Cristo nos amó y se entregó a sí mismo por nosotros, ofrenda y sacrificio a Dios en olor fragante" (Efesios 5:1,2). "Pues ya sabéis que fuisteis rescatados de vuestra vana manera de vivir (la cual recibisteis de vuestros padres) no con cosas corruptibles, como oro o plata, sino con la sangre preciosa de Cristo, como de un cordero sin mancha y sin contaminación. Él estaba destinado desde antes de la fundación del mundo, pero ha sido manifestado en los últimos tiempos por amor de vosotros" (1 Pedro 1:18-20). Aunque Jesucristo murió para pagar la condena de nuestro pecado, su misión no terminó en la cruz. Su sacrificio fue tan sólo el principio de la obra que el prometió hacer por nosotros. Así lo afirma San Pablo: "Pero Dios muestra su amor para con nosotros, en que siendo aún pecadores, Cristo murió por nosotros. Con mucha más razón, habiendo sido ya justificados en su sangre, por él seremos salvos de la ira, porque, si siendo enemigos, fuimos reconciliados con Dios por la muerte de su Hijo, mucho más, estando reconciliados, seremos salvos por su vida" (Romanos 5:8-10). ¡No somos salvos tan sólo por la muerte de Cristo, también somos salvos por su vida, por su resurrección! Si Jesús no hubiera resucitado, su muerte habría sido en vano porque era

necesario que él ascendiera a los cielos para presentarse ante el Padre celestial como nuestro Abogado, Intercesor y Sumo sacerdote:

"Hijitos míos, estas cosas os escribo para que no pequéis. Pero si alguno ha pecado, abogado tenemos para con el Padre, a Jesucristo, el justo" (1 Juan 2:1). "Pues hay un solo Dios, y un solo mediador entre Dios y los hombres: Jesucristo hombre" (1 Timoteo 2:5). "Ahora bien, el punto principal de lo que venimos diciendo es que tenemos tal Sumo Sacerdote el cual se sentó a la diestra del trono de la Majestad en los cielos. El es ministro del Santuario y de aquel verdadero Tabernáculo que levantó el Señor y no el hombre" (Hebreos 8:1,2). La Biblia es clara: Sólo Jesucristo puede ser nuestro Sumo Sacerdote y Mediador, sólo él murió por nosotros, traspasó los cielos y se sentó en el Templo de Dios como nuestro intercesor. Apocalipsis 13:6 y Daniel 8:11 predijeron que el papado habría de engrandecerse frente al Príncipe de los ejércitos,[h] y habría de echar por tierra el lugar de su Santuario, lo cual indica que este poder intentaría usurpar el lugar de Cristo, su ministerio intercesor y su posición en el Santuario celestial. Las siguientes declaraciones de la Iglesia Católica Romana y de la historia hablan por sí solas del cumplimiento de esta profecía: "Sólo el papa puede ser llamado vicario de Cristo... por eso el Papa está coronado con una triple corona, como rey del cielo, de la tierra y de las regiones inferiores... El Papa es como si

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fuese Dios sobre la tierra".[i] (La fotografía muestra el símbolo oficial del Papado, observe la corona triple sobre las llaves). "El Papa es infalible cuando decide sobre doctrina de fe o de moral y manda que sea aceptada por toda la iglesia... Su voz es la voz de Cristo".[j] "El Papa materializaba sus reflexiones en las «bulas», y como vicario de Cristo, solamente él tenía el poder de conceder la absolución para los pecados muy graves".[k] "...el Papa era el vicario de Cristo, la intersección entre el cielo y la tierra".[l] Repetidamente se asegura que el Papa es "el vicario de Cristo", ¿y qué es un vicario? Según el diccionario, un vicario es alguien "que tiene las veces de otro o le sustituye".[m] Tan temeraria pretensión papal era lo que tenía en mente el apóstol San Juan cuando escribió: "También se le dio boca que hablaba arrogancias y blasfemias... y abrió su boca para blasfemar contra Dios, para blasfemar de su nombre, de su tabernáculo y de los que habitan en el cielo".[n] La Biblia es enfática al enseñar que un hombre blasfema cuando se hace igual a Dios o cuando pretende perdonar los pecados cometidos contra él.[o] Ninguno de los apóstoles pretendió jamás ocupar el lugar de Cristo, ni siquiera después de su ascensión al cielo. Tomás, refiriéndose a Jesús dijo: "Señor mío y Dios mío", Pablo lo llamó "nuestro gran Dios y Salvador Jesucristo" y Juan lo reconoció como "Señor de señores y Rey de reyes".[p] Jamás se escuchó en ellos pretensiones de grandeza, poder o infalibilidad. Por el contrario, reconocían su debilidad y su continua dependencia del poder de Cristo. Pablo, por ejemplo, expresó en una oportunidad: "soy el más pequeño de todos los santos" y Pedro, con el mismo espíritu de humildad, se presentó a sí mismo como "siervo y apóstol de Jesucristo".[q] Es importante destacar que Pedro no dijo ser el "vicario" o sustituto de Cristo, sino su "siervo". El Señor Jesucristo hablándole a Pedro declaró: "Y yo también te digo que tú eres Pedro, y sobre esta roca edificaré mi iglesia, y las puertas del Hades no la dominarán. Y a ti te daré las llaves del reino de los cielos: todo lo que ates en la tierra será atado en los cielos, y todo lo que desates en la tierra será desatado en los cielos".[r] Algunos, malinterpretando estas palabras han enseñado que el Papa, como "sucesor" de Pedro, tiene autoridad para "atar y desatar" lo que él desee en asuntos de doctrina, fe y práctica. ¿Será verdad que el Papa está autorizado para cambiar la verdad por el error, la "fe que fue dada alguna vez a los santos" por "las fábulas"?.[s] Cuando los discípulos escucharon que Jesucristo dijo a Pedro: "todo lo que ates en la tierra será atado en los cielos, y todo lo que desates en la tierra será desatado en los cielos", quedaron confundidos y acercándose a Jesús le preguntaron: "¿Quién es el mayor en el reino de los cielos? A lo cual les respondió que si deseaban entrar en el reino de los cielos todos debían humillarse como lo hace un niño; y para que no quedara duda de que el poder de atar y desatar no era tan sólo de Pedro les dijo a todos: "De cierto os digo que todo lo que atéis en la tierra será atado en el cielo; y todo lo que desatéis en la tierra será desatado en el cielo".[t] La Palabra de Dios explica que Pedro, al igual que los demás apóstoles y profetas, fue colocado como fundamento para nosotros, pero sólo para enseñar la verdad de Jesucristo, quien es en realidad, la Piedra principal sobre la cual él y los demás apóstoles han sido a su vez colocados: "Por eso, ya no sois extranjeros ni forasteros, sino conciudadanos de los santos y miembros de la familia de Dios, edificados sobre el fundamento de los apóstoles y profetas, siendo la principal piedra del ángulo Jesucristo mismo" (Efesios 2:19,20). El apóstol Pedro no osó decir: "Yo soy Pedro. He sido nombrado por Jesús como su vicario, por tanto, vengan a mí, confiesen sus pecados y yo los absolveré". Nunca pretendió ser infalible ni tener la misma autoridad de Jesucristo; antes bien, al ser lleno del Espíritu Santo, declaró: "Este Jesús es la piedra... la cual ha venido a ser la cabeza del ángulo. Y en ningún otro hay salvación, porque no hay otro nombre bajo el cielo, dado a los hombres, en que podamos ser salvos" (Hechos 4:8,11,12). "Vosotros también, como piedras vivas, sed edificados como casa espiritual y sacerdocio santo, para ofrecer sacrificios espirituales aceptables a Dios por medio de Jesucristo" (1 Pedro 2:5).

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La Biblia proclama que Jesucristo ha colocado un firme fundamento sobre el cual nosotros hemos de ser edificados: sobre el testimonio de los profetas y apóstoles. En ninguna manera nos autoriza a ser edificados sobre sus sucesores, mucho menos si éstos se han desviado de la sana doctrina. Si tenemos en cuenta la autoridad del apóstol Pedro en asuntos de doctrina y reconocemos la unidad de las Escrituras respecto al único y suficiente Sumo Sacerdocio de nuestro Señor Jesucristo en el Santuario celestial, podemos concluir entonces que la pretensión del Papa de ser "el vicario de Cristo" no es más que un engaño para apartar al mundo de Dios y su verdad. Este título, que en latín se escribe "Vicarivs Filii Dei", es a su vez el asombroso cumplimiento de las palabras que el profeta de Patmos escribiera casi 2000 años atrás: "Quien tiene, pues, inteligencia, calcule el número de la bestia, porque su número es el que forman las letras del nombre de un hombre, y el número de la bestia es seiscientos sesenta y seis".[u]

Dicho título cumple perfectamente con los requisitos presentados por el contexto profético: es un nombre blasfemo, es un nombre romano, está en latín (su idioma oficial), decodificado según el valor de los números romanos e identifica a un hombre.[v]

El testimonio de San Pablo El apóstol Pablo era un asiduo estudiante de las profecías Bíblicas y conocía especialmente la referente al capítulo 7 del libro de Daniel. Sabía que el Hijo del hombre no podría venir sin que antes se hubiera manifestado el poder del cuerno pequeño, quien a su vez era "detenido" por la influencia mundial que en su época tenía el Imperio Romano.[w] El siguiente pasaje resume lo que él entendía acerca de este poder y de su obra: "Con respecto a la venida de nuestro Señor Jesucristo y nuestra reunión con él... ¡Nadie os engañe de ninguna manera!, pues no vendrá sin que antes venga la apostasía y se manifieste el hombre de pecado, el hijo de perdición, el cual se opone y se levanta contra todo lo que se llama Dios o es objeto de culto; tanto, que se sienta en el templo de Dios como Dios, haciéndose pasar por Dios... Ya está en acción el misterio de la iniquidad; solo que hay quien al presente lo detiene, hasta que él a su vez sea quitado de en medio. Y entonces se manifestará aquel impío, a quien el Señor matará con el espíritu de su boca y destruirá con el resplandor de su venida. El advenimiento de este impío, que es obra de Satanás, irá acompañado de hechos poderosos, señales y falsos milagros, y con todo engaño de iniquidad para los que se pierden, por cuanto no recibieron el amor de la verdad para ser salvos" (2 Tes. 2:1-11).

El término "apostasía", usado aquí por el apóstol Pablo, tiene el mismo sentido de la frase "echará por tierra la verdad" usada por Daniel al describir la obra del cuerno pequeño,[x] pues esta palabra textualmente significa "Cambiar de opinión o de doctrina".[y] Esto es confirmado por el apóstol al decir que este poder, valiéndose de "hechos poderosos, señales y falsos milagros", vendrá "con todo engaño de iniquidad para los que se pierden".

El título "el hombre de pecado",[z] traducido textualmente del idioma original se puede

transcribir "El hombre sin ley".[aa] Según esta descripción, este poder habría de levantarse en contra de Dios, usurparía su autoridad y atentaría contra su Santa Ley, hecho que también coincide con la descripción que hace Daniel del cuerno pequeño: "y pensará en cambiar los tiempos y la Ley".[bb] La Enciclopedia Católica afirma: "El Papa es como si fuera Dios sobre la tierra, único soberano de los fieles de Cristo, jefe de los reyes, tiene plenitud de poder, a él le ha sido encomendada por Dios omnipotente la dirección no sólo del reino terrenal sino también del reino celestial... El Papa puede modificar la Ley divina, ya que su poder no es de hombre sino de Dios, y actúa como vicerregente de Dios sobre la tierra con el más amplio poder de atar y soltar a sus ovejas".[cc]

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Como consecuencia de la obra del papado, el segundo mandamiento fue borrado, el cuarto cambiado y el décimo dividido en dos. Usted puede comprobarlo. Compare los Diez Mandamientos que aparecen en su Biblia,[dd] con los que aparecen en cualquier catecismo católico.

El título "hijo de perdición" confirma que este poder es un falso sistema de apostolado

cristiano y no uno incrédulo, judío o pagano, pues este título es el mismo que utilizó el Señor Jesucristo para referirse a Judas, el apóstol que lo traicionó.[ee]

La frase: "se sienta en el templo de Dios, haciéndose pasar por Dios" es una prueba directa

de que intentaría usurpar la autoridad y funciones sacerdotales del Señor Jesucristo, pues, según la Biblia, él es quien verdaderamente está sentado en el templo celestial: "...tenemos tal Sumo Sacerdote el cual se sentó a la diestra del trono de la Majestad en los cielos. El es ministro del Santuario y de aquel verdadero Tabernáculo que levantó el Señor y no el hombre" (Hebreos 8,1,2).[ff]

El Papa sentado en su trono

El testimonio de Martín Lutero "¡Oh! ¡cuánto no me ha costado, a pesar de que me sostiene la Santa Escritura, convencerme de que es mi obligación encararme yo solo con el papa y presentarlo como el Anticristo! ¡Cuántas no han sido las tribulaciones de mi corazón! ¡Cuántas veces no me he hecho a mí mismo con amargura la misma pregunta que he oído frecuentemente de labios de los papistas! '¿Tú solo eres sabio? ¿Todos los demás están errados? ¿Qué sucederá si al fin de todo eres tú el que estás en error y envuelves en el engaño a tantas almas que serán condenadas por toda la eternidad?' Así luché yo contra mí mismo y contra Satanás, hasta que Cristo, por su Palabra infalible, fortaleció mi corazón contra estas dudas".[gg] "El Papa... quiere apagar la luz del Evangelio destinada a iluminar al mundo. Es, entonces, el Anticristo predicho por Daniel, por el Señor Jesucristo, Pedro, Pablo y el Apocalipsis".[hh]

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[a] Génesis 2:16,17. [b] Romanos 6:23. [c] Génesis 3:8-10. [d] Génesis 3:15. [e] La fecha exacta de este suceso fue revelada por el profeta Daniel unos 500 años antes de la Era Cristiana (Daniel 9:26). Más adelante ahondaremos sobre el tema. [f] 1 Pedro 3:18; 2 Corintios 5:21. [g] Jesucristo (ver Hechos 3:13-15). [h] Este Príncipe es Jesucristo: "A Jesús... Dios ha exaltado con su diestra por Príncipe y Salvador" (Hechos 5:30,31; ver también Daniel 9:25 y Colosenses 2:8-10). [i] Lucius Ferraris, Prompta Bibliotheca, tomo VI, págs. 25-29, citado en el Comentario Bíblico Adventista, tomo 4, pág.857. [j] Catecismo Católico, pág. 94, Herder. [k] Historia Universal, tomo 9, pág. 19, Nauta. [l] Id., pág. 96. [m] Diccionario Enciclopédico Terranova, pág. 1476. [n] Apocalipsis 13:5,6. [o] Juan 10:30-33; Marcos 2:3-7. [p] Juan 20:28; Tito 2:13; Apocalipsis 17:14. [q] Efesios 3:8; 2 Pedro 1:1. [r] Mateo 16:18,19. [s] Judas 1:3,4; 2 Timoteo 4:2-5. [t] Mateo 18:1-4, 18. [u] Apocalipsis 13:18, versión Félix Torres Amat. [v] Esta aplicación fue descubierta y presentada en tiempos de la Reforma por el protestante Andreas Helwig (1572-1643). L. E. Froom, The Prophetic Faith of Our Fathers, tomo 2, págs. 605-608, citado en el Comentario Bíblico Adventista del Séptimo Día, tomo 7, pág. 337. La traducción literal de este título en latín es "vicario del Hijo de Dios". [w] Daniel 7:23-27. [x] Daniel 8:11,12. [y] Diccionario Pequeño Larousse Ilustrado, pág. 82. [z] Es importante recordar que según lo estudiado en Daniel 7, Daniel 8 y Apocalipsis 13, no debemos ver en este personaje a un único individuo, sino a una sucesión de individuos gobernando sobre un mismo reino. [aa] La palabra griega anomías (ajnomiva") que aquí se traduce como "pecado", también se puede traducir como "transgresión de la ley" (Léxico Mejorado de Strong, 458). Esto queda demostrado al descomponerla gramaticalmente: El prefijo a (a) significa "sin" y la palabra nómos (novmo") significa "Ley" (Léxico Mejorado de Strong, 3551; ver también el Comentario Bíblico Adventista del Séptimo Día, tomo 7, págs. 280, 668). La palabra anomías aparece traducida en la versión RVR95 como "infracción de la Ley" en 1 Juan 3:4. [bb] Daniel 7:25. [cc] Lucio Ferraris, Prompta Bibliotheca, tomo VI, art. "Papa II", págs. 25-29. Citado en el Comentario Bíblico Adventista del Séptimo Día, tomo 4, pág. 857. [dd] Éxodo 20:3-17. [ee] Juan 17:12. [ff] Es interesante notar la relación existente entre esta característica y el título "anticristo": La palabra griega antíjristos (ajntivcristo") es una palabra compuesta por otras dos: antí (ajnti) que significa "en contra de" o "en lugar de", y jristos (cristo") que significa "Cristo". Por lo tanto, anticristo puede significar: uno que se opone a Cristo, o uno que pretende ocupar el lugar de Cristo, o uno en quien se combinan ambas características. La partícula antí aparece en la RVR95 traducida como "en lugar de" en Mateo 2:22; Lucas 11:11; 1 Corintios 11:15 y Santiago 4:15. [gg] Martyn, págs. 372, 373, Citado en El Conflicto de los Siglos, págs. 152,153. [hh] L' Epanouisssement de la Pensée de Luther, pág. 316, citado en El Sentido de la Historia y la Palabra Profética, tomo 1, pág.303. Antolín Diestre Gil, Editorial Clie.

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CAPÍTULO 8 – DOS FASES SIGNIFICATIVAS

La Biblia afirma que la bestia atraviesa por dos fases de gran poderío a través de la historia, separadas por un tiempo de inactividad política. Estudiemos en detalle los eventos que marcaron el principio y el fin de cada una de ellas: Primera Fase Cuando estudiamos acerca del surgimiento del Papado, encontramos que éste habría de nacer en tiempo de las invasiones bárbaras, entre los años 378 y 476 d.C. Vimos cómo, con sorprendente exactitud, surgió tan sólo dos años después de que los visigodos se

establecieran al sur del Danubio y se consolidó como gobernante supremo de Europa hacia el año 538 d.C. por decreto del emperador Justiniano. La profecía señala que a partir de entonces, el papado habría de gobernar durante "tiempo, tiempos y medio tiempo" que es lo mismo que "3 ½ años, 42 meses o 1260 días".[a] Si tenemos en cuenta que en profecía un día profético equivale a un año literal,[b] los 1260 días que aquí se presentan, son en realidad 1260 años. Por tanto, si queremos saber cuando habría de llegar a su fin este poder, lo único que debemos hacer es sumar al 538 estos 1260 años:

538 d.C. + 1260 años = 1798 d.C. Las matemáticas de Dios señalan el año 1798 d.C. como el año en que el poder político del papado terminaría. Los siguientes textos nos muestran el proceso que hizo posible el increíble cumplimiento de la profecía: "La asamblea constituyente publicó el 27 de agosto de 1789 los Derechos del hombre y del ciudadano o sea 17 artículos en que se proclamaban la soberanía del pueblo y la libertad individual, aún de conciencia y pensamiento... poco después abolía la asamblea los votos monásticos y las órdenes religiosas... Todos los eclesiásticos debían jurar el cumplimiento de esta constitución so pena de ser considerados como perturbadores del orden público... Los sacerdotes que se negaron a prestar el juramento fueron condenados a la deportación. Pronto comenzaron a llenarse las cárceles de eclesiásticos. En septiembre de 1792 fueron asaltadas las prisiones de París por una banda de sicarios y asesinados los prisioneros, entre estos tres obispos y más de doscientos sacerdotes. Esta matanza de la capital fue imitada en varias ciudades... Las iglesias fueron saqueadas y profanadas, los sacerdotes y religiosos encarcelados en masa; en Nantes, Carrier hizo ahogar a más de doscientos en el Loira; otros fueron deportados a la Guayana y no pocos guillotinados. "Se intentó reemplazar el culto cristiano por el culto a la razón. En la catedral de Notre-Dame se celebró la fiesta de esta nueva divinidad, representada por una actriz, que sentada en un estrado recibió las adoraciones de sus devotos. Se reformó el calendario... se sustituyó la semana por la década y el décimo día era el día de la patria que reemplazaba al domingo. "Pronto los ejércitos franceses al mando de Napoleón Bonaparte se dirigieron contra los Estados Pontificios. El Papa fue obligado a firmar la paz de Tolentino (1797) por la que perdía parte de sus estados y se obligaba a pagar una fuerte contribución de guerra. "La muerte del general francés Duphot en Roma, dio ocasión al Directorio francés para hacer invadir los Estados Pontificios por las tropas del general Berthier.... El 15 de febrero de 1798... el papa fue hecho prisionero y conducido a Valence (Francia) donde murió".[c] "El papado se había extinguido: no quedaba ni un solo vestigio de su existencia, y entre todas las potencias católicas romanas, ni un dedo se alzó en su defensa. La ciudad eterna no tenía más príncipe ni pontífice; su obispo era un cautivo moribundo en un país extraño; y casi se había lanzado ya el decreto según el cual no se permitiría que se levantara un sucesor en su lugar".[d] "Media Europa pensó... que con el papa, el papado también había muerto".[e]

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Durante la Edad Media, el papado había procesado, encarcelado y ejecutado a miles de sinceros cristianos que se negaban a aceptar sus dogmas. Miles de ellos fueron encerrados de por vida en oscuros calabozos donde inquisidores los torturaban exigiéndoles, en nombre de la Santa Iglesia, que negaran la verdad que habían encontrado en las Escrituras.[f] Lo que le sucedió al catolicismo en la última década del siglo XVIII, fue tan sólo el cumplimiento de la sentencia divina que contra este poder había sido promulgada siglos atrás en el libro de Apocalipsis: "Si alguno tiene oído, oiga: Si alguno lleva en cautividad, a cautividad irá. Si alguno mata a espada, a espada será muerto" (Apocalipsis 13:9,10).

La herida mortal El papado, que años atrás había logrado someter a los países de Europa, que había puesto y depuesto reyes, príncipes y gobernadores a su antojo, perdió finalmente su autoridad política: los Estados Pontificios le fueron expropiados y su poder intimidatorio fue completamente anulado: "Pío VI había muerto en la cautividad: El cónclave para elegir su sucesor se reunió en Venecia, y después de no pocas dificultades fue elegido Papa el cardenal Bernabé Chiaramonti, quien tomó el nombre de Pío VII... Napoleón elegido emperador quiso ser coronado como tal e invitó al Papa con este fin a París... La ceremonia de la coronación tuvo lugar en la catedral de Notre-Dame (2 de diciembre de 1804), y en ella Napoleón no permitió que el Papa le coronara sino que lo hizo por su propia mano... [Poco después] el emperador invadió los Estados Pontificios y los anexionó a su imperio. El Papa lanzó una bula de excomunión contra los autores de la expoliación. Furioso, Napoleón hizo apresar al Papa y llevarlo cautivo a Savona (al norte de Italia). Se le mantuvo allí estrechamente custodiado... No podía recibir visitas sin la autorización de sus guardianes, ni leer ni escribir cartas".[g] "En 1870 daba Víctor Manuel II el último paso. Sus tropas se presentaron ante Roma a la que

bombardearon durante cinco horas... El 20 de septiembre el ejército piamontés hacía su entrada en Roma por la brecha de la Porta Pía. Era la ruina del poder temporal de los papas... El Papa se consideró en adelante como prisionero del Vaticano. Los sucesores de Pío IX asumieron la misma actitud y permanecieron como prisioneros en Roma".[h] Segunda Fase "Vi una de sus cabezas como herida de muerte, pero su herida mortal fue sanada...la bestia que fue herida de espada y revivió" (Apocalipsis 13:3,14). Este pasaje anuncia claramente que aunque el papado habría de morir víctima de la herida recibida en 1798, finalmente resucitaría para recobrar su poder perdido. La historia confirma que en efecto esto fue lo que sucedió: "En 1926 se abrieron las negociaciones

entre la Santa Sede y el gobierno de Italia para solucionar la `cuestión romana'. El 7 de febrero de 1929 se firmaba el Pacto de Letrán, en el que actuó como representante de Italia, Benito Mussolini, jefe del gobierno. Por él se creaba el Estado soberano del Vaticano... Quedaba así asegurada la independencia material y moral del Pontificado".[i] La historia señala el año 1929 como el año en que el poder temporal del papado fue restaurado. El hecho de que no haya esgrimido hasta el momento el mismo tipo de poder que

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tuvo en la Edad Media no es prueba de que no se haya recuperado, pues tanto el crecimiento como la caída del papado han sido, son y serán, procesos graduales.[j] Al comienzo de la primera fase (538 d.C.), el papado se vio forzado a depender de Justiniano para sentarse en su trono en Roma. Lo mismo sucedió al comienzo de la segunda fase (1929 d.C.), pues tuvo que depender de Mussolini para sentarse de nuevo en su trono. Es impresionante ver cómo, desde febrero de 1929 el papado se ha venido recuperando de forma gradual, constante y sistemática. No sólo rescató parte de los territorios pontificios que había perdido, sino que su máximo dirigente asumió el título de Jefe de Estado. Los siguientes textos reflejan, sin lugar a dudas, el alarmante poder e influencia que el papado ejerce en la política mundial de nuestros días: "Ha sido el papa Juan Pablo II quien ha tenido en sus manos la llave para destruir el Imperio Soviético. Actas reveladoras del Politburó... muestran a los grandes jefes del Kremlin luchando

en vano para controlar el alarmante poder e influencia del Papa en Europa oriental. Por otra parte, en Washington, Ronald Reagan... envió al director de la CIA, William Casey, a reuniones secretas con Su Santidad... Poco después... se encontraron en Roma y comprometieron inmensos recursos de estas dos superpotencias... para dar marcha atrás a las divisiones de Yalta y apurar la descomposición del comunismo... Con Reagan, el papa diseñó una santa Alianza en contra de los comunistas".[k]

"Juan Pablo II, que hoy [16 de octubre de 1998] cumple veinte años de pontificado, tiene ganado su puesto en la historia por muchas razones adicionales al evidente hecho de ser uno de los hombres más influyentes de nuestro tiempo... Sus travesías suman el equivalente a tres recorridos de ida y vuelta a la luna y se dividen en 84 giras por el exterior... Casi 550 jefes de Estado han mantenido entrevistas con el Santo Padre en el Vaticano o en sus respectivos países... Juan Pablo II ha demostrado ser un roble en materia dogmática y política... Juan Pablo II ha sido un activo protagonista de la convulsionada vida política de este final de siglo. Se dice que su interés por `liberar' Polonia lo llevó a una alianza con la CIA en tiempos de Ronald Reagan. Cierto o no, con la ficha polaca cayó todo el dominó: el gigante soviético, que durante cuatro décadas asustó a occidente, se derrumbó en meses".[l] Vemos algunas cosas impresionantes: Reuniones secretas con la CIA... Dos superpotencias... Santa Alianza... El Kremlin luchando en vano para controlar el alarmante poder e influencia del papa en Europa oriental... Juan Pablo II destruyendo al imperio soviético... Casi 550 jefes de Estado manteniendo entrevistas con el papa... Un roble en materia dogmática y política... Estas evidencias prueban que el papado se ha recuperado satisfactoriamente de su herida de muerte y que actualmente está procurando alcanzar el poder absoluto sobre las naciones del mundo. Pero, ¿hasta cuándo durará su supremacía? Leamos: "Entonces vi el cielo abierto, y había un caballo blanco. El que lo montaba se llamaba Fiel y Verdadero, y con justicia juzga y pelea... Vi a la bestia y a los reyes de la tierra y sus ejércitos, reunidos para guerrear contra el que montaba el caballo y contra su ejército. La bestia fue apresada, y con ella el falso profeta que había hecho delante de ella las señales con las cuales había engañado a los que recibieron la marca de la bestia y habían adorado su imagen. Estos dos fueron lanzados vivos dentro de un lago de fuego que arde con azufre" (Apocalipsis 19:11,19,20). El Rey que monta el caballo blanco y sus ejércitos representan a Jesucristo y sus ángeles viniendo a pelear contra la bestia.[m] Como resultado de esta guerra, la bestia será arrojada al lago que arde con fuego y azufre donde será destruida para siempre. Por tanto, la segunda fase de este poder terminará con la segunda venida de Cristo. El siguiente diagrama resume lo que vimos en este capítulo acerca de los tiempos implicados en la vida política y religiosa del papado:

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Dé clic en "Atrás" o "Back" en su barra de navegación o presione la letra respectiva, para volver al párrafo que lo envió aquí. [a] Daniel 7:25; Apocalipsis 13:5; Apocalipsis 12:14,6. [b] Ezequiel 4:6; Números 14:34. Más adelante estudiaremos la profecía de las setenta semanas de Daniel 9:24-27, donde la validez del principio "día por año" es plenamente confirmada. [c] Juan Manuel Pacheco S. J., Historia de la iglesia, págs. 186- 190, Bedout. [d] George Trevor, Rome: From the fall of the Western Empire, pág. 440. [e] Joseph Rickaby S. J., The Modern Papacy, en Lectures on the History of Religions, tomo 3, conferencia 24, pág. 1, Catholic Truth Society. [f] Ralph Woodrow, Babilonia Misterio Religioso, pág. 164. [g] Juan Manuel Pacheco S. J., Historia de la iglesia, págs. 192-196, Bedout. [h] Id. págs. 198-199. [i] Ibid. Encontrará esta misma afirmación en el Diccionario Enciclopédico Terranova, art. "Vaticano", pág. 1461. [j] Comentario Bíblico Adventista del Séptimo Día, tomo 4, pág. 864. [k] Carl Bernstein y Marco Politi, Su Santidad, contraportada, Editorial Norma. Los autores de este libro son dos reconocidos periodistas que durante muchos años han cubierto las noticias de los líderes de los Estados Unidos y del Vaticano. [l] Periódico El Tiempo, 16 de octubre de 1998, pág. 10 A. Colombia. [m] Apocalipsis 20:16,13. Cf. Apocalipsis 17:14.

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CAPÍTULO 9 - LOS ESTADOS UNIDOS EM LA PROFECÍA - PARTE I

En el capítulo anterior pudimos notar el enorme poder e influencia del papado en el mundo contemporáneo, lo cual prueba que ya estamos viviendo bajo la segunda fase de su supremacía. No obstante, lo que hasta ahora hemos visto ha sido tan sólo la punta del iceberg, pues sus planes van más allá de lo que imaginamos. La siguiente declaración hecha poco antes de la caída del comunismo por el ex sacerdote jesuita Malachi Martin, lo demuestra:

"Voluntaria o involuntariamente, listos o no, todos estamos involucrados en una triple competencia global a todo o nada, sin reservas... La competencia es para ver quién establecerá el primer sistema mundial de gobierno que haya existido alguna vez sobre todas las naciones... "Aquellos de nosotros que tenemos menos de setenta años veremos instaladas al menos las estructuras básicas del nuevo gobierno mundial. Los que tienen menos de cuarenta años con certeza vivirán bajo su autoridad y control legislativo y judicial... "Retendrá la autoridad y esgrimirá el doble poder de la autoridad y el control sobre cada uno de nosotros como individuos y sobre todos nosotros como una comunidad; sobre los seis mil millones de habitantes que los demógrafos preveen que habrá en este planeta a comienzos del tercer milenio... "No es decir demasiado, en efecto, que el propósito del pontificado... es ser el vencedor en esa competencia que ya está desarrollándose".[a] Malachi Martin aseguró hace más de una década que un Nuevo Orden Mundial debe ser instituido en nuestros días. Según su punto de vista, los más firmes aspirantes para obtener el control mundial son: El papado representado por Juan Pablo II, el Comunismo representado por Mijaíl Gorbachov y el Occidente capitalista representado por los Estados Unidos.[b] Quienes ya vivíamos en 1989 vimos con asombro cómo los Estados Unidos y el Vaticano firmaron una "Santa Alianza", a fin de destruir al poder Comunista. De esta manera el tercer contrincante fue eliminado, quedando tan sólo estas "dos superpotencias".[c] ¿Cuál de las dos logrará finalmente imponer el Nuevo Orden Mundial? ¿Qué dice la Biblia al respecto? "Después vi otra bestia que subía de la tierra. Tenía dos cuernos semejantes a los de un cordero, pero hablaba como un dragón. Ejerce toda la autoridad de la primera bestia en presencia de ella, y hace que la tierra y sus habitantes adoren a la primera bestia, cuya herida mortal fue sanada" (Apocalipsis 13:11-12). Este pasaje nos asegura que la primera bestia, cuya herida mortal fue sanada, será adorada por los habitantes del mundo entero, lo cual nos permite concluir que será el papado quien finalmente gobernará durante este Nuevo Orden Mundial.[d] Pero, ¿cómo obtendrá ese poder? La profecía dice que él no está solo; existe otra bestia igualmente poderosa que lo apoya y promueve. ¿A quién representa esta bestia? Para identificarla haremos un listado con sus principales características:

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Es un reino: Al igual que la bestia de siete cabezas y diez cuernos, esta bestia debe representar un reino.[e] Surge en algún sitio distante de Europa: Esta bestia no surge del mar como las otras, lo cual es un claro indicio de que no es una nación Europea. Surge de forma pacífica: Al hablar del surgimiento de esta bestia, la Biblia no menciona mares tormentosos ni vientos impetuosos en busca de conquista. Por el contrario, tanto su aspecto como el modo en que se levanta difiere grandemente de las bestias que hemos estudiado anteriormente. Se la presenta con características tomadas de un cordero, animal que se destaca por su mansedumbre y humildad. Deducimos, pues, que, a diferencia de las demás, esta nación no surgió como resultado de revoluciones, guerras ni conquistas. Surge en un sitio prácticamente despoblado: Esta bestia no sube del mar, sino "de la tierra". Si tenemos en cuenta que el mar representa "pueblos, muchedumbres, naciones y lenguas",[f] y que "la tierra" es un sitio donde hay pocas aguas, podremos concluir que este reino debe levantarse en un territorio que hasta entonces se encontraba prácticamente despoblado. El territorio donde se levantó esta nación sirvió de refugio para los perseguidos de la Edad Media: El capítulo 12 de Apocalipsis nos presenta la persecución que los hijos fieles de Dios tuvieron que soportar durante los oscuros años de la Edad Media, con las siguientes palabras: "Cuando el dragón vio que había sido arrojado a la tierra, persiguió a la mujer que había dado a luz al hijo varón. Pero se le dieron a la mujer las dos alas de la gran águila para que volara de delante de la serpiente al desierto, a su lugar, donde es sustentada por un tiempo, tiempos y la mitad de un tiempo. Y la serpiente arrojó de su boca, tras la mujer, agua como un río, para que fuera arrastrada por el río".[g] Aquí el dragón representa a Satanás actuando a través de Roma;[h] la mujer representa a la iglesia fiel;[i] tiempo, tiempos y medio tiempo es lo mismo que los 1260 años de supremacía papal;[j] y el agua simboliza las multitud de pueblos que se levantaron para perseguir.[k] En otras palabras, este pasaje presenta la persecución a la que fue sometida la Iglesia fiel durante la primera fase del papado. ¿Qué habría de pasar después? Veamos: "Pero la tierra ayudó a la mujer, pues la tierra abrió su boca y se tragó el río que el dragón había echado de su boca".[l] ¡La tierra (el sitio despoblado del que hablamos en el punto anterior) ayudó a la mujer!, por tanto, el mismo territorio del cual se levanta la nación representada por la bestia de dos cuernos, sirvió de refugio a los protestantes que huían de la persecución religiosa del papado en Europa. Era una nación joven en 1798: Esta bestia tiene cuernos como de cordero. Se le llama cordero a un macho de oveja que está iniciando su juventud.[m] Juan vio a esta bestia subir de la tierra justo después de que la primera bestia recibió su herida mortal,[n] lo cual significa que, en el mismo instante que el papado sucumbía, la nación aquí representada se encontraba creciendo y fortaleciéndose. Es una nación con libertad civil y religiosa: "Tenía dos cuernos semejantes a los de un cordero..." Cuando estudiamos Daniel 8 vimos que allí también aparece una bestia con dos cuernos. Allí la bestia es un carnero y sus cuernos representan a los medos y los persas quienes se unieron para formar el Imperio Medopersa.[o] Basados en lo anterior, podríamos concluir que los dos cuernos de la bestia que sube de la tierra simbolizarían dos naciones uniéndose con el fin de formar un gran imperio. Sin embargo, el Apocalipsis revela que en este caso la regla no puede aplicarse. Primero que todo, los dos cuernos son semejantes a los cuernos del cordero. Apocalipsis 5:6 nos dice que el Cordero que fue inmolado tiene 7 cuernos. Es evidente que aquí el Cordero no es símbolo de un reino, es símbolo de Jesús.[p] 1 Samuel 2:10 hablando de él dice: "Jehová... dará fortaleza a su Rey y ensalzará el cuerno de su Mesías".[q] La palabra "cuerno" aquí utilizada, es símbolo del poder y la majestad de Jesús. Siete cuernos indicarían la plenitud y magnificencia de ese poder. Los dos cuernos semejantes a los del Cordero deben representar los dos principios de gobierno que Jesucristo enseñó cuando estuvo aquí en la tierra los cuales son: "Dad a César lo que es de César y a Dios lo que es de Dios".[r] En otras palabras, las cosas de la Iglesia no deben mezclarse con las cosas del Estado. Estos dos cuernos deben representar un gobierno cuyos fundamentos sean la libertad civil y la libertad religiosa. Gobierna durante la segunda fase del papado: "Ejerce toda la autoridad de la primera bestia en presencia de ella y hace que la tierra y sus habitantes adoren a la primera bestia, cuya

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herida mortal fue sanada". Lo anterior indica que este poder debe ejercer su autoridad en presencia del papado después de su resurrección en 1929. ¡Esta nación debe estar gobernando en nuestros días! Tiene excelentes relaciones diplomáticas con el Vaticano: Esta nación hará que todos los paises del mundo adoren al papado. Por tanto, este poder debe tener excelentes relaciones diplomáticas con el Vaticano. Tiene poder sobre las demás naciones del mundo: Apocalipsis 13:12 dice: "Ejerce toda la autoridad de la primera bestia en presencia de ella...". Después de su pacífico surgimiento, esta nación habría de cambiar su carácter manso que lo caracterizaba en sus comienzos y se consolidaría como la más grande e influyente potencia del mundo. Para identificar este poder hagamos un breve repaso de las características anteriormente citadas: Es un reino o una nación. Surge en algún sitio distante de Europa. Surge de forma pacífica sin necesidad de luchar en contra de otras naciones. Se levanta en un lugar donde viven muy pocos habitantes. Sirve de refugio a los protestantes que huyeron de la persecución religiosa del papado en Europa. Se consolidó como una nación de principios cristianos dando libertad religiosa y libertad civil a todos sus habitantes. En 1798 estaba en vías de desarrollo e impuso su supremacía después del año 1929, durante la segunda fase del papado. Ha fomentado excelentes relaciones con el Vaticano y tiene actualmente gran influencia e injerencia sobre todas las naciones del mundo.

"Una nación, y sólo una, responde a los datos y rasgos característicos de esta profecía; no hay duda de que se trata aquí de los Estados Unidos de Norteamérica".[s] (La fotografía muestra el Capitolio de los Estados Unidos). Desde sus comienzos, el territorio donde surgieron los Estados Unidos estuvo habitado tan sólo por pequeños grupos indígenas y cazadores nómadas. Permaneció en esta condición hasta que en el siglo XVI varios navegantes franceses, ingleses y españoles comenzaron a

poblarla.[t] En 1620 un grupo de puritanos ingleses conocidos con el nombre de "Padres Peregrinos", llegaron a bordo del Mayflower y fundaron Nueva Inglaterra.[u] A partir de entonces, América del Norte se convirtió en refugio y baluarte de quienes eran perseguidos a causa de su fe en Europa. Para el año 1642 habían inmigrado unas dieciséis mil personas. Tomaron el nombre de Estados Unidos de América al proclamar la independencia el 4 de julio de 1776.[v] Su primer presidente, George Washington, subió al cargo el 4 de marzo de 1789 (el mismo año que la asamblea constituyente francesa determinó la caída del papado mediante la publicación de los Derechos del Hombre y del ciudadano).[w] Establecieron un gobierno sobre el firme fundamento de la libertad civil y religiosa. Sus convicciones hallaron cabida en la declaración de la independencia y aún permanecen en la Constitución como principios fundamentales de la nación.[x] Su expansión territorial se efectuó rápidamente. En 1803 compraron el territorio de Louisiana a Francia; en 1819 el de Florida a España; en 1846 se adueñaron de Texas, Nuevo México y California y en 1848 adquirieron el territorio de Oregon mediante un acuerdo con Canadá.[y]

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Su poder político y militar quedó demostrado en 1917 con su victoriosa intervención en la Primera Guerra Mundial a favor de los Aliados. En 1941 su participación en la Segunda Guerra Mundial fue decisiva para derrotar a Hitler y para frenar las ambiciones expansionistas de Japón, mediante la explosión de las bombas atómicas lanzadas sobre Hiroshima y Nagasaki. La influencia estadounidense en la política mundial se reflejó en la postguerra con la constitución de la ONU, la guerra fría con la URSS, la OTAN y la guerra de Corea.[z] De un modo general los Estados Unidos han intervenido posteriormente en todas las cuestiones políticas y económicas importantes del mundo.[aa] Desde sus inicios fue un país protestante y albergó un profundo sentimiento anticatólico a causa del maltrato que recibieron sus antepasados en Europa. Con el tiempo, el recelo y el prejuicio fueron desapareciendo hasta que finalmente en la década de los ochenta, el presidente Ronald Reagan cambió la legislación con el fin de establecer relaciones diplomáticas con la Santa Sede.[bb] Entre 1981 y 1982 el presidente Reagan y Juan Pablo II intercambiaron en secreto varias cartas acerca de los acuerdos armamentistas entre los soviéticos y Estados Unidos. Reagan envió al director de la CIA, William Casey para que suministrara al Papa información secreta que le sería de mucha ayuda en su lucha por la eliminación del comunismo, hecho que finalmente se concretó el 25 de diciembre de 1991 con la caída de la bandera rusa sobre la cúpula verde del Kremlin.[cc] Estados Unidos es actualmente el país más poderoso del planeta.[dd] Como podemos ver, no hay duda acerca de la identidad de la segunda bestia de Apocalipsis 13. Las características dadas en la profecía revelan que son los Estados Unidos quienes finalmente ordenarán entregarle la supremacía mundial al Vaticano.

Dé clic en "Atrás" o "Back" en su barra de navegación o presione la letra respectiva, para volver al párrafo que lo envió aquí. [a] Malachi Martin, The Keys of This Blood A Struggle for World Dominion between Pope John Paul II, Mikhail Gorbachev and the Capitalist West (Las Llaves de Esta Sangre: Una lucha por el dominio mundial entre Juan Pablo II, Mijaíl Gorbachov y el Occidente capitalista), págs. 15-17. [b] Ibid. [c] Carl Bernstein y Marco Politi, Su Santidad, Contraportada, Editorial Norma. [d] Elena G. de White, Maranata, pág. 192. [e] Daniel 7:23. [f] Apocalipsis 17:15; Isaías 17:12. [g] Apocalipsis 12:13-15. [h] Apocalipsis 12:9. [i] Apocalipsis 19:7-8; Efesios 5:25-27. [j] Véase explicación de este punto en el artículo "4.b. Cuerno pequeño" del capítulo 4. [k] Apocalipsis 17:15. [l] Apocalipsis 12:16. [m] Diccionario Enciclopédico Terranova, art. Cordero, pág. 398. [n] Apocalipsis 13:10,11. [o] Daniel 8:3,20. Véase también el capítulo 3 de este libro. [p] Juan 1:29. [q] Traducción literal del texto hebreo según la versión Reina Valera Antigua (1909). [r] Lucas 20:25. [s] Declaración de Elena G. de White en 1888, El Conflicto de los Siglos, pág. 493. [t] Diccionario Enciclopédico Terranova, art. Estados Unidos de América, pág. 562. [u] Id. pág. 563. [v] Diccionario Pequeño Larousse Ilustrado, art. Estados Unidos, pág. 1282. [w] Ibid. [x] Elena G. de White, El Conflicto de los Siglos, pág. 494.

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[y] Diccionario Pequeño Larousse Ilustrado, art. Estados Unidos, pág. 1282. [z] Diccionario Enciclopédico Terranova, art. Estados Unidos de América, pág. 563. [aa] Diccionario Pequeño Larousse Ilustrado, art. Estados Unidos, pág. 1282. [bb] Carl Bernstein y Marco Politi, Su Santidad, págs. 280,281, Editorial Norma. [cc] Id. Págs. 380, 381, 515. [dd] Periódico El Tiempo, domingo 12 de julio de 1998. Pág. 11-B, Colombia.

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CAPÍTULO l0 - LOS ESTADOS UNIDOS EM LA PROFECÍA - PARTE II

En la primera parte de este tema centramos nuestra atención en la identificación de la segunda bestia de Apocalipsis 13, ahora nos detendremos en la manera en que esta nación logrará que el mundo entregue su poder al papado. Para lograr un entendimiento claro de esta parte, analizaremos detalladamente cada versículo: La voz de dragón. "Después vi otra bestia que subía de la tierra. Tenía dos cuernos semejantes a los de un cordero, pero hablaba como un dragón" (Apocalipsis 13:11). El texto revela que los nobles atributos de cordero que caracterizaron a los Estados Unidos durante sus primeros años de existencia, se verán finalmente opacados cuando éste comience a hablar como dragón. ¿Qué significa hablar como dragón? El capítulo 12 de Apocalipsis nos brinda algunas pistas: "Y fue lanzado fuera el gran dragón, la serpiente antigua, que se llama Diablo y Satanás, el cual engaña al mundo entero. Fue arrojado a la tierra y sus ángeles fueron arrojados con él... Cuando el dragón vio que había sido arrojado a la tierra, persiguió a la mujer que había dado a luz al hijo varón... Y la serpiente arrojó de su boca, tras la mujer, agua como un río, para que fuera arrastrada por el río" (Apocalipsis 12:9,13,15). Este pasaje declara que el dragón es Satanás y que la forma en la que él habla es arrojando agua de su boca. Las muchedumbres, representadas aquí por las aguas,[a] aparecen siendo arrojadas tras la mujer, que como ya hemos estudiado, representa a la iglesia fiel.[b] El significado del texto no admite duda alguna: el hablar del dragón representa la persecución de Satanás en contra de la Iglesia de Cristo, por tanto, el hecho de que la profecía diga que la segunda bestia finalmente hablará como dragón, quiere decir que, al igual que el papado, la nación de los Estados Unidos impondrá alguna ley que atraerá la persecución sobre los hijos fieles de Dios.[c] El fuego del cielo "Ejerce toda la autoridad de la primera bestia en presencia de ella, y hace que la tierra y sus habitantes adoren a la primera bestia, cuya herida mortal fue sanada. También hace grandes señales, de tal manera que incluso hace descender fuego del cielo a la tierra delante de los hombres" (Apocalipsis 13:12,13).

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La profecía afirma que esta nación hará grandes señales con el fin de lograr que el mundo entero adore al papado. Éstas serán tan grandes que aún hará descender fuego del cielo a la tierra delante de los hombres. ¿Será literal este fuego? ¿Estará hablando aquí de algún bombardeo o de una guerra nuclear? El segundo libro de los Reyes nos ayudará en la comprensión del texto: "Elías respondió al capitán de cincuenta: -Si yo soy hombre de Dios, que descienda fuego del cielo y te consuma con tus cincuenta hombres. Y descendió fuego del cielo que lo consumió a él y a sus cincuenta hombres" (2 Reyes 1:10). El profeta Elías hizo caer fuego del cielo con el fin de demostrar que era un hombre de Dios. El hecho de que se diga lo mismo de los Estados Unidos, significa que esta nación afirmará hablar en el nombre de Dios y que grandes señales de índole sobrenatural aparecerán para apoyar esa pretensión. ¡El mundo entero creerá que Estados Unidos estará cumpliendo los designios divinos cuando ordene entregarle el poder al papado! Es por esta razón que el Apocalipsis le llama "el falso profeta": "La bestia fue apresada, y con ella el falso profeta que había hecho delante de ella las señales con las cuales había engañado a los que recibieron la marca de la bestia y habían adorado su imagen..." (Apocalipsis 19:20). Una imagen de la primera bestia "Engaña a los habitantes de la tierra con las señales que se le ha permitido hacer en presencia de la bestia, diciendo a los habitantes de la tierra que le hagan una imagen a la bestia que fue herida de espada y revivió. Se le permitió infundir aliento a la imagen de la bestia, para que la imagen hablara e hiciera matar a todo el que no la adorara" (Apocalipsis 13:14,15). Observe que la imagen de la bestia es una entidad diferente a las dos bestias anteriores y que surge como resultado de las concesiones de la segunda bestia con los habitantes de la tierra. ¿Qué representa esta imagen? Si tenemos en cuenta que una imagen es una copia tomada de un original, esto quiere decir que como resultado de los acuerdos logrados entre los Estados Unidos y las demás naciones de la tierra, se levantará un movimiento con las mismas características opresivas del papado. Prueba de esto lo encontramos en el mismo pasaje, el cual dice que la imagen, al igual que la iglesia medieval, hará matar a todo aquel que no se someta a sus dictámenes. La primera bestia surgió como resultado de la unión ilícita entre la Iglesia y el Estado.[d] El contexto de este pasaje permite ver que esta situación se repetirá, pues muestra a la gran nación Norteamericana asociándose con los demás reyes de la tierra con el fin de legislar en asuntos de índole religioso. Teniendo en cuenta que el poder representado por la imagen de la bestia es similar a la primera bestia (el papado) y que la religión oficial de los Estados Unidos es el protestantismo, podemos concluir que este sistema opresivo mundial se levantará como resultado de la unión ilícita de la Iglesia protestante y el gobierno de los Estados Unidos. Es muy triste tener que

decir esto, pues yo mismo soy protestante, pero es lo que el Señor ha revelado que sucederá cuando los miembros de las iglesias se asocien con el mundo en su afán de convertir a la humanidad. Sin embargo, vale la pena aclarar que en este grupo de protestantes no estarán los sinceros hijos de Dios, pues éstos saldrán de entre ellos y se unirán al remanente fiel. Se impone la marca de la bestia "Y hacía que a todos, pequeños y grandes, ricos y pobres, libres y esclavos, se les pusiera una marca en la mano derecha o en la frente, y que

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ninguno pudiera comprar ni vender, sino el que tuviera la marca o el nombre de la bestia o el número de su nombre" (Apocalipsis 13:16,17). Mucho se ha especulado acerca de la marca de la bestia; algunos piensan que es el código de barras que se ha implementado para reconocer mediante láser el precio de los alimentos. Otros, piensan que esta marca aún está en el futuro y que consistirá en un microchip injertado en la frente o la mano de cada ser humano. ¿Quién tiene la razón? Primero que todo debemos recordar que Apocalipsis es un libro simbólico y que cada detalle descrito allí es tan sólo la representación de algo real y tangible. También debemos tener en cuenta que aquí lo que se impone es una marca perteneciente a la primera bestia, que es el papado. ¿Qué tienen que ver las cuestiones religiosas del papado con códigos de barras o microchips? Obviamente, nada. Lo que realmente presenta el pasaje es a los Estados Unidos haciendo que se coloque una "marca" de origen católico en la frente o en la mano de todos los habitantes de la tierra. Pero, ¿en qué consistirá esta marca? Para averiguarlo debemos investigar primero en qué consiste el sello de Dios, pues éste aparece, al

igual que la marca de la bestia, siendo simultáneamente colocado en la frente de los que han permanecido fieles a Dios: "Vi también otro ángel, que subía desde donde sale el sol y que tenía el sello del Dios vivo. Clamó a gran voz a los cuatro ángeles a quienes se les había dado el poder de hacer daño a la tierra y al mar, diciendo: `No hagáis daño a la tierra ni al mar ni a los árboles hasta que hayamos sellado en sus frentes a los siervos de nuestro Dios'. Y oí el número de

los sellados: ciento cuarenta y cuatro mil sellados de todas las tribus de los hijos de Israel" (Apocalipsis 7:2-4). El siguiente pasaje revela con claridad en qué consistirá el sello que los 144.000,[e] recibirán en sus frentes: "Después miré, y vi que el Cordero estaba de pie sobre el monte de Sión, y con él ciento cuarenta y cuatro mil que tenían el nombre de él y el de su Padre escrito en la frente" (Apocalipsis 14:1). ¡El nombre del Cordero y el de su Padre! El sello de Dios consiste en tener el nombre de Dios en la frente. Esta figura es una clara alusión al sello que, con el nombre de Dios, era colocado sobre las frentes de los sumo sacerdotes del antiguo pacto: "Harás además una lámina de oro fino, y grabarás en ella como grabadura de sello, SANTIDAD A JEHOVÁ. Y la pondrás con un cordón de azul, y estará sobre la mitra; por la parte delantera de la mitra estará... y sobre su frente estará continuamente, para que obtengan gracia delante de Jehová." (Exodo 28:36-38. RVR60). Es importante notar que este sello debía estar sujetado con un "cordón de azul", éste era el único medio mediante el cual el sello podía permanecer en la frente del sumo sacerdote. ¿Qué representa este cordón de azul? permitamos que sea la misma Palabra de Dios quien nos lo revele: "Jehová habló a Moisés y le dijo: «Habla a los hijos de Israel y diles que se hagan unos flecos en los bordes de sus vestidos, por sus generaciones; y pongan en cada fleco de los bordes un cordón de azul. Llevaréis esos flecos para que cuando lo veáis os acordéis de todos los mandamientos de Jehová... Así os acordaréis y cumpliréis todos mis mandamientos, para que seáis santos ante vuestro Dios" (Números 15:37-40).

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El hecho de que el cordón de azul recuerde la observancia de todos los mandamientos de Jehová, y que éste fuera el medio ordenado por Dios para sujetar su Nombre, es una clara explicación de que la manera en que los hijos fieles de Dios en el tiempo del fin tendrán "el nombre de Jesús y el de su Padre escrito en su frente", es mediante la observancia de todos los mandamientos de Dios. Jesucristo enseñó esta misma verdad cuando hizo la promesa de enviar el Espíritu Santo sobre sus discípulos: "El que tiene mis mandamientos y los guarda, ese es el que me ama; y el que me ama será amado por mi Padre, y yo lo amaré y me manifestaré a él... El que me ama, mi palabra guardará; y mi Padre lo amará, y vendremos a él y haremos morada con él" (Juan 14:21,23). Teniendo esta base, leamos de nuevo el pasaje que habla acerca de los 144.000 junto con la confirmación dada por el verso 14 del mismo capítulo: "Después miré, y vi que el Cordero estaba de pie sobre el monte de Sión, y con él ciento cuarenta y cuatro mil que tenían el nombre de él y el de su Padre escrito en la frente... Aquí está la perseverancia de los santos, los que guardan los mandamientos de Dios y la fe de Jesús" (Apocalipsis 14:1,14). Teniendo ya claro que la obediencia a los mandamientos de Dios mediante la fe, es lo que constituye la esencia del sello de Dios, y que éste es contrario a la marca de la primera bestia, podemos concluir, entonces, que la marca de la bestia debe representar la obediencia y sumisión al papado, demostrada en la observancia de sus leyes, mandamientos y decretos. ¿Pero cuales serán esos mandamientos? Al comparar los diez mandamientos tal como aparecen en la Biblia (Éxodo 20:3-17), con los que aparecen en el catecismo católico, podemos ver que, en esencia, sólo el mandamiento, "acuérdate del sábado para santificarlo", podría llegar a ser el punto focal del conflicto, pues los demás mandamientos: "No tendrás dioses ajenos delante de mí", "No te harás, ni adorarás imágenes", "No tomarás el nombre de tu Dios en vano", "Honra a tu padre y a tu madre", "No matarás", "No cometerás adulterio", "No hurtarás", "No dirás falso testimonio" y "No codiciarás", permanecen, de una u otra manera, sin mayores cambios (véase el siguiente cuadro).

Los Diez Mandamientos de

Dios

(Santa Biblia, Éxodo 20: 3-17)

Los Diez Mandamientos del

papado

(Catecismo Católico Herder, pág. 190)

1. No tendrás dioses ajenos delante de mí. 1. No tendrás otro Dios más que a mí.

2. No te harás imagen, ni ninguna semejanza de lo que esté arriba en el cielo, ni abajo en la tierra... No te inclinarás a ellas, ni las honrarás.

(Borrado, pero implícito en el primer mandamiento según las págs. 198 y 199 del

mismo catecismo).

3. No tomarás el nombre de Jehová tu Dios en vano.

2. No tomarás el nombre de Dios en vano.

4. Acuérdate del sábado para santificarlo. Seis días trabajarás y harás toda tu obra, pero el séptimo día es de reposo... No hagas en él obra alguna... porque en seis días hizo Jehová los cielos y la tierra, el mar, y todas las cosas que en ellos hay, y reposó en el séptimo día; por tanto, Jehová bendijo el Sábado y lo santificó.

3. Santificarás las fiestas: "Dios quiere que los domingos y fiestas le honremos... con la celebración de la santa misa. A ello nos obliga la Iglesia en nombre de Cristo... El que sin motivo justificado no va a misa los domingos y fiestas de precepto, peca gravemente" (Explicación del mandamiento según las págs. 206, 207 del mismo catecismo).

5. Honra a tu padre y a tu madre. 4. Honrarás padre y madre.

6. No matarás. 5. No matarás.

7. No cometerás adulterio. 6. No cometerás acciones impuras.

8. No hurtarás. 7. No hurtarás.

9. No dirás contra tu prójimo falso testimonio. 8. No levantarás falsos testimonios ni mentirás.

10. No codiciarás la casa de tu prójimo: no codiciarás la mujer de tu prójimo, ni su siervo, ni su criada, ni su buey, ni su asno, ni cosa alguna de tu prójimo.

9. No desearás la mujer de tu prójimo.

10. No codiciarás los bienes ajenos.

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Observe que en términos generales, tanto los que recibirán la marca de la bestia, como los que recibirán el sello de Dios, profesarán guardar los Diez Mandamientos, pero la diferencia principal entre los dos será la observancia del sábado o el domingo. Vale la pena recordar que el domingo no tiene su origen en las Santas Escrituras sino en el culto al dios sol y que la misma Iglesia Católica reconoce haber hecho el cambio.[f] La observancia de un día u otro determinará a quién se le estará rindiendo obediencia, si a Dios y su Palabra, o al papa y a su tradición. ¿Tenemos los adventistas alguna prueba que confirme que la controversia del conflicto final tiene relación específicamente con la observancia de un día de reposo? ¡Claro que sí! Compare usted mismo los siguientes pasajes: "En medio del cielo vi volar otro ángel que tenía el evangelio eterno... Decía a gran voz: «¡Temed a Dios y dadle gloria, porque la hora de su juicio ha llegado. Adorad a aquel que hizo el cielo y la tierra, el mar y las fuentes de las aguas!... "Y un tercer ángel los siguió, diciendo a gran voz: «Si alguno adora a la bestia y a su imagen y recibe la marca en su frente o en su mano, él también beberá del vino de la ira de Dios..." (Apocalipsis 14:6-10). La misma fuente de la profecía revela que el punto focal será la adoración y a quién está dirigida. Los que adoran a Dios lo reconocen como "aquel que hizo el cielo y la tierra, el mar y las fuentes de las aguas" y lo demostrarán mediante la fiel observancia del sábado, pues este pasaje es justamente una cita inspirada en el cuarto mandamiento de la Ley de Dios (compare con Exodo 20:11). Si el punto de controversia respecto a la verdadera adoración estará centrado en el asunto del sábado ¿no es lógico concluir, entonces, que la adoración al papado tenga relación directa con la observancia del domingo? ¿no es, pues, el falso día de reposo, el signo o marca de la autoridad de la iglesia romana, "la marca de la bestia"?.[g] Quiero aclarar que aunque el asunto del día de reposo será el centro de la controversia, no creo que el día de reposo en sí, es lo que tiene mayor importancia. Dios siempre se ha valido de cosas simples para probar la obediencia de sus hijos. ¿Recuerda el caso de Adán y Eva? Allí por ejemplo, la prueba que decidió el destino de la humanidad, no consistió en terribles e irresistibles tentaciones, peregrinaciones lejanas o metas difíciles de alcanzar. La prueba consistió simplemente en tomar o no, del fruto que Dios había prohibido.[h] Ahora hago la pregunta ¿era el fruto lo más importante? ¡Claro que no!, lo que estaba en prueba era la obediencia, el fruto fue tan sólo el medio utilizado por Dios para saber si el hombre le era fiel o no. La Biblia dice "El que es fiel en lo muy poco, también en lo más es fiel; y el que en lo muy poco es injusto, también en lo más es injusto",[i] todo aquel que por amor a Dios obedezca este mandamiento, que a mi manera de ver es el más pequeño de la Ley, estará guardando perfectamente los demás mandamientos del Señor, incluyendo aún los que no aparecen registrados en el decálogo. La observancia del sábado o el domingo simplemente será una

señal mediante la cual se podrá saber quién está morando en el corazón de cada individuo: si Jesucristo o el enemigo de Dios.[j] Teniendo claro que la marca de la bestia es la fiel obediencia al Papa, ya sea en pensamientos o en acciones (marca en la frente o en la mano), y que el domingo se constituirá en la más significativa prueba de sumisión a su voluntad, podemos reanudar el análisis que veníamos haciendo acerca del papel que los Estados Unidos representarán en la imposición de la autoridad papal:

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"Y hacía que a todos, pequeños y grandes, ricos y pobres, libres y esclavos, se les pusiera una marca en la mano derecha o en la frente, y que ninguno pudiera comprar ni vender, sino el que tuviera la marca o el nombre de la bestia o el número de su nombre" (Apocalipsis 13:16,17). La profecía asegura que todos se verán afectados: pequeños y grandes, ricos y pobres, libres y esclavos, religiosos y escépticos, no importará el estatus social o la solvencia económica. Los que se nieguen a recibir la marca perderán el privilegio de comprar y de vender, se les retirará su sustento y se verán en terribles dificultades para sobrevivir. Algunos serán perseguidos y encarcelados, y otros serán enviados a la pena de muerte (vers. 15). Escenas tan terribles, como las que el mundo contempló en tiempos de las Cruzadas y la Inquisición, finalmente se repetirán gracias al interés del país norteamericano de entregar la autoridad del mundo al papado, mediante la imposición del domingo como día obligatorio de descanso. El hecho de que la profecía diga que esta nación utilizará su poder civil para implementar leyes de origen religioso es un indicio de que la pared de separación entre la Iglesia y el Estado, que la gran nación norteamericana ha defendido desde su proclamación de Independencia, será finalmente derrumbada por alguna ley de carácter especial o alguna enmienda Constitucional.[k]

Conclusiones: El siguiente resumen ayudará a clarificar en la mente del lector los puntos principales del presente tema:

Según el ex sacerdote jesuita Malachi Martin, el pontificado está luchando desde hace varios años por establecer el primer sistema mundial de gobierno que haya existido alguna vez sobre todas las naciones: El Nuevo Orden Mundial.

De los tres competidores que existían: el Vaticano, Estados Unidos y Rusia, sólo quedaron

los dos primeros; pues con la "Santa Alianza" que hicieron Juan Pablo II y Ronald Reagan, se vino abajo el gigante soviético.

El Vaticano y Estados Unidos aparecen en Apocalipsis 13 representados por la bestia de

siete cabezas y diez cuernos y la bestia semejante a un cordero, respectivamente.

La profecía asegura que el Vaticano gobernará el Nuevo Orden Mundial y que los Estados Unidos serán los primeros en ayudarlo a alcanzar ese propósito.

Los Estados Unidos pronto hablarán como Dragón, al imponer alguna ley que atraerá la

persecución sobre los hijos fieles de Dios alrededor de todo el mundo.

El hecho de que la segunda bestia haga "descender fuego del cielo" significa que la nación estadounidense afirmará hablar en el nombre de Dios y que grandes señales de índole sobrenatural aparecerán para apoyar esa pretensión. ¡El mundo entero creerá que Estados Unidos estará cumpliendo los designios divinos cuando ordene entregarle el poder al papado! Por esta razón se le llama también, "el falso profeta".

La imagen de la bestia será un sistema opresivo mundial que se levantará como resultado

de la unión ilícita de las Iglesias protestantes caídas y el gobierno de los Estados Unidos.

La marca de la primera bestia consiste en la obediencia a los mandamientos del papado, en especial, la observancia del domingo, día que no tiene origen en el cristianismo, sino en la adoración del dios sol.

Aún nadie ha recibido la marca de la bestia. La marca sólo existirá cuando los Estados

Unidos, negando los principios de su Constitución, impongan la observancia del domingo mediante leyes restrictivas y persecutoras.

Mientras que los seguidores del papado reciben la marca de la bestia, el pueblo remanente

recibirá el sello de Dios.

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El sello de Dios será colocado sólo sobre aquellos que aman a Jesús y a su Padre sobre todas las cosas, demostrándolo con una vida limpia de pecado y la obediencia voluntaria de todos los mandamientos, incluyendo el sábado.

Dé clic en "Atrás" o "Back" en su barra de navegación o presione la letra respectiva, para volver al párrafo que lo envió aquí. [a] Apocalipsis 17:15. [b] Apocalipsis 19:7-8; Efesios 5:25-27. [c] Elena G. de White, El Conflicto de los Siglos, pág. 495. [d] Véase "La caída de la Iglesia" en el capítulo 5. [e] Algunos han visto en el número mencionado en este pasaje (144.000) la cantidad real de redimidos en el tiempo del fin. Sin embargo, es necesario tener en cuenta que este número se encuentra incluido en medio de un contexto más simbólico que literal. Apocalipsis 7:4-8 explica que este número es producto de multiplicar el número de tribus del pueblo de Israel (12), con la cantidad de individuos que conforman cada tribu (12.000). En el antiguo Israel se utilizaba la palabra hebrea aleph (¹la), que literalmente significa "mil" o "millar" (Números 1:16, 10:4), para referirse a una familia (Jueces 6:15, 1 Samuel 23:23). Lo que este pasaje nos presenta es un conjunto de doce familias de creyentes por cada una de las doce tribus de Israel. El número doce siempre ha sido utilizado como distintivo del pueblo fiel de Dios. Doce fueron los apóstoles de Jesús (Mateo 10:2), quienes fueron constituidos como fundamento de la gran familia de Dios que es su Iglesia (Efesios 2:20,19). El Nuevo Testamento es claro al afirmar que el Israel al cual se refiere el Apocalipsis no está compuesto exclusivamente por descendientes directos de Jacob sino también por los gentiles, quienes hemos sido hechos judíos gracias a la

promesa hecha a Abraham y a la reconciliación realizada por nuestro Señor Jesucristo (Efesios 2:12-14, Romanos 2:28,29, Romanos 9:6,8,25). Los 144.000 son, entonces, la gran familia de Dios compuesta por todos aquellos que han reconocido a Jesús como su Mesías y que por amor a él y a su padre, guardan los mandamientos (ver Apocalipsis 14:12). [f] Véase las últimas páginas del capítulo "De la luz a las tinieblas". [g] Elena G. de White, El Conflicto de los Siglos, pág. 501; Maranata, pág. 162. [h] Génesis 2: 16,17. [i] Lucas 16:10. [j] Ezequiel 20:18-20. [k] Elena G. de White, El Conflicto de los Siglos, pág. 663.

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CAPÍTULO 11 – LA ÚLTIMA BABILONIA

De la misma manera que la profecía de Apocalipsis 13 revela detalles que no se veían a simple vista en Daniel 7 y 8, existe otra profecía en el capítulo diecisiete del Apocalipsis, la cual ampliará y confirmará lo que hemos visto hasta el momento de manera contundente. En el capítulo 1 de este libro leímos rápidamente el pasaje de Apocalipsis 14:6-16 donde, a través de diversos símbolos, se presentaba el mensaje del Evangelio eterno siendo predicado a todas las naciones. Dentro del mismo vimos que

estaban incluidos tres mensajes especiales: El anuncio de la llegada del juicio de Dios, la caída de Babilonia y la amonestación en contra de la bestia y su imagen (vers. 7-9). Hasta el momento hemos visto con claridad todo lo referente al tercer mensaje y a estas alturas ya debemos estar en la capacidad de identificar las entidades y eventos aquí representados. En el presente capítulo enfocaremos nuestra atención en el segundo mensaje, el cual nos habla de Babilonia y su posterior caída: "Vino uno de los siete ángeles que tenían las siete copas y habló conmigo, diciendo: «Ven acá y te mostraré la sentencia contra la gran ramera, la que está sentada sobre muchas aguas. Con ella han fornicado los reyes de la tierra, y los habitantes de la tierra se han embriagado con el vino de su fornicación». Me llevó en el Espíritu al desierto, y vi a una mujer sentada sobre una bestia escarlata llena de nombres de blasfemia, que tenía siete cabezas y diez cuernos. La mujer estaba vestida de púrpura y escarlata, adornada de oro, piedras preciosas y perlas, y tenía en la mano un cáliz de oro lleno de abominaciones y de la inmundicia de su fornicación. En su frente tenía un nombre escrito, un misterio: «Babilonia la grande, la madre de las rameras y de las abominaciones de la tierra». Vi a la mujer ebria de la sangre de los santos y de la sangre de los mártires de Jesús. Cuando la vi quedé asombrado con gran asombro" (Apocalipsis 17:1-6). La profecía habla de una mujer llamada Babilonia, y dice que ella está sentada sobre la bestia de siete cabezas y diez cuernos. ¿Qué tiene que ver el imperio católico nacido en el 380 d.C., con Babilonia, imperio destruido en el 539 a.C. por los medopersas? Algunos intérpretes, buscando conciliar esta aparente incoherencia, afirman que aquí se está hablando del imperio antiguo de Babilonia y que la bestia mencionada en este pasaje no es la misma bestia de Apocalipsis 13 sino que hace referencia al dragón de Apocalipsis 12. Se basan en lo siguiente:

La bestia de este pasaje tiene siete cabezas y diez cuernos, el dragón de Apocalipsis 12 también (compare Apocalipsis 17:3 y Apocalipsis 12:3).

La bestia de este pasaje es de color escarlata (rojo encendido), el dragón de Apocalipsis 12

también (compare Apocalipsis 17:3 y Apocalipsis 12:3). De esta manera dicen ellos desaparece el problema, pues Babilonia, al igual que los demás imperios de la antigüedad, fueron manejados por el dragón, símbolo de Satanás.[a] Babilonia, entonces sería, en este caso, una de las siete cabezas de aquel gran dragón. Sin embargo, es necesario resaltar que a este último no se le llama "bestia" en ninguna parte de la Escritura y que el color no es un argumento definitivo, pues las palabras griegas usadas

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en estos pasajes no son las mismas; pues una significa literalmente "escarlata" o "bermejo" y la otra significa simplemente "rojo" o "color de fuego".[b]

Es un hecho comprobado que la bestia que aparece en el pasaje que estamos estudiando es la misma primera bestia que aparece en Apocalipsis 13. Un análisis comparativo lo demuestra:

Apocalipsis 13 Apocalipsis 17

"Aquí hay sabiduría. El que tiene entendimiento..." (v. 18).

"Esto, para la mente que tenga sabiduría..." (v. 9).

"Vi subir del mar una bestia..." (v. 1). "Vi... una bestia escarlata..." (v. 3).

"Vi subir del mar una bestia que tenía siete cabezas y diez cuernos" (v. 1).

"Vi... una bestia escarlata... que tenía siete cabezas y diez cuernos" (v. 3).

"...sobre sus cabezas, nombres de blasfemia" (v. 1).

"...sobre una bestia escarlata llena de nombres de blasfemia" (v. 3).

"...toda la tierra se maravilló en pos de la bestia" (v. 3).

"Los habitantes de la tierra... se asombrarán viendo la bestia..." (v. 8).

"...todos los habitantes de la tierra cuyos nombres no estaban escritos desde el principio del mundo en el libro de la vida del Cordero" (v. 8).

"Los habitantes de la tierra, aquellos cuyos nombres no están escritos en el libro de la vida desde la fundación del mundo..." (v. 8).

"...la bestia que fue herida de espada y revivió" (v. 14).

"La bestia que has visto era y no es, y está para subir del abismo e ir a perdición" (v. 8).

Observe que ambos capítulos comparten la misma descripción: Afirman que para poder encontrar la identidad de la bestia se requiere sabiduría especial. Asignan el nombre "bestia" a este poder. Dicen que esta bestia tiene siete cabezas y diez cuernos. Revelan que la bestia tiene nombres de blasfemia. Hacen énfasis en el maravilloso poder e influencia de ésta en el mundo entero. Hacen alusión al hecho de que los que adoran a la bestia no están escritos en el libro de la vida del Cordero y relatan la caída de la misma y su posterior resurrección.[c] Las similitudes existentes entre los dos capítulos demuestran, sin lugar a dudas, que la bestia de Apocalipsis 13 es la misma bestia de Apocalipsis 17.[d] Nos queda la pregunta: Si la bestia de este pasaje representa al papado, ¿por qué razón aparece Babilonia sentada sobre ella, como si se tratase de un jinete montando su caballo? Lo primero que debemos tener en cuenta es que el Apocalipsis es un libro simbólico y que aquí Babilonia es sólo una representación, ya que aparece relacionada directamente con los eventos finales de la historia de este mundo (el Evangelio eterno a todas las naciones). Para saber qué representa Babilonia, es necesario tener en cuenta que ella comparte todos los atributos de la bestia de Apocalipsis 13, como si se tratase de una misma entidad. Veamos algunos detalles adicionales tomados del mismo capítulo 17: "Vino uno de los siete ángeles que tenían las siete copas y habló conmigo, diciendo: «Ven acá y te mostraré la sentencia contra la gran ramera, la que está sentada sobre muchas aguas... También me dijo: «Las aguas que has visto, donde se sienta la ramera, son pueblos, muchedumbres, naciones y lenguas... Y la mujer que has visto es la gran ciudad que reina sobre los reyes de la tierra»... Vi a la mujer ebria de la sangre de los santos y de la sangre de los mártires de Jesús. Cuando la vi quedé asombrado con gran asombro" (Apocalipsis 17:1,15,18,6). Observe que la mujer aparece "sentada" sobre "pueblos, muchedumbres, naciones y lenguas". Apocalipsis 13:7 dice lo mismo de la bestia: "se le dio autoridad sobre toda tribu, pueblo, lengua y nación". Note, además, que la mujer es igualmente una "ciudad" la cual "reina sobre los reyes de la tierra". En el sexto capítulo de este libro vimos que fue la bestia la que reinó sobre los reyes de la tierra en tiempos de la Edad Media y que su sede se estableció en la ciudad de Roma.

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La mujer, dice el versículo 6, está "ebria de la sangre de los santos y de la sangre de los mártires de Jesús". Apocalipsis 13:7 dice que es la bestia la que hizo guerra contra los santos y los venció. Todo lo anterior nos persuade de que la mujer no es una entidad diferente a la bestia, sino por el contrario, es uno de los componentes de este poder, que por alguna razón nos fue ocultado en Apocalipsis 13. ¿Y cuáles son los dos componentes que dieron origen al papado? Recordemos: "En el año 380 mediante el Edicto de Tesalónica, se decretó la prohibición del arrianismo en Oriente, y la doctrina ortodoxa de Atanasio fue convertida en religión del Estado. Nacía así el Catolicismo".[e] La bestia de Apocalipsis 13 surgió gracias a la unión del poder civil y el poder religioso (Iglesia + Estado), por tanto, Babilonia debe representar a alguno de estos dos. Lea usted mismo los siguientes pasajes y procure deducir quién es quién: "Esto, para la mente que tenga sabiduría: Las siete cabezas son siete montes sobre los cuales se sienta la mujer, y son siete reyes... También me dijo: «Las aguas que has visto, donde se sienta la ramera, son pueblos, muchedumbres, naciones y lenguas" (Apocalipsis 17:9,10,15). Fácil, ¿verdad? Los pasajes son claros al indicar que la mujer está sentada sobre reyes y naciones, los cuales constituyen el poder civil (Estado). Por tanto la mujer debe representar, sin duda alguna, al poder religioso (Iglesia). Este es un hecho ampliamente confirmado en otros pasajes. Veamos dos ejemplos: "Gocémonos, alegrémonos y démosle gloria, porque han llegado las bodas del Cordero y su esposa se ha preparado. Y a ella se le ha concedido que se vista de lino fino, limpio y resplandeciente, pues el lino fino significa las acciones justas de los santos" (Apocalipsis 19:7-8). "Por esto dejará el hombre a su padre y a su madre, se unirá a su mujer y los dos serán una sola carne. Grande es este misterio, pero yo me refiero a Cristo y a la iglesia". (Efesios 5:31-32).

No obstante, debemos tener en cuenta que esta mujer no aparece unida a Cristo sino a los "reyes de la tierra". Babilonia representa, sin lugar a dudas, a la Iglesia cristiana que, con el fin de recibir legados y honores del Imperio Romano, apostató de la verdad. La profecía afirma: "La mujer estaba vestida de púrpura y escarlata, adornada de oro, piedras preciosas y perlas". Es impresionante ver cómo esta descripción coincide perfectamente con la realidad de aquellos oscuros años. La Biblia repetidas veces compara

al pueblo de Dios que ha abandonado la verdad e ido en pos de otras creencias, con una mujer infiel o ramera. Las siguientes afirmaciones, hechas por Dios mismo, son ejemplo de ello: "No te alegres, Israel, no saltes de gozo como otros pueblos, pues has fornicado al apartarte de tu Dios. Amaste el salario de rameras en todas las eras de trigo" (Oseas 9:1) "Pero como la esposa infiel abandona a su compañero, así os levantasteis contra mí, casa de Israel, dice Jehová" (Jeremías 3: 20). El vino que embriaga a las naciones

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En el capítulo 5 vimos que cuando la Iglesia quiso valerse del Estado para legislar en asuntos religiosos, el resultado fue la incorporación de falsas doctrinas en el seno de la cristiandad. Esta verdad es también confirmada por Apocalipsis 17. Analicemos el siguiente pasaje: "Con ella han fornicado los reyes de la tierra, y los habitantes de la tierra se han embriagado

con el vino de su fornicación" (Apocalipsis 17:2). Este texto deja claro que el vino, el cual surgió como consecuencia de la unión ilícita de la iglesia con los reyes de la tierra, embriagó al mundo entero. ¿Qué representa este vino? El versículo 4 nos da una pista: "La mujer estaba vestida de púrpura y escarlata, adornada de oro, piedras preciosas y perlas, y tenía en la mano un cáliz de oro lleno de abominaciones y de la inmundicia de su fornicación" (Apocalipsis 17:4). La mujer lleva el vino en el cáliz que tiene en su mano, y según este pasaje, el vino consiste en abominaciones. ¿A qué cosas llama la Biblia abominaciones? Leamos: "No sea hallado en quien haga pasar a su hijo o a su hija por el fuego, ni quién practique adivinación, ni agorero, ni sortílego, ni hechicero, ni encantador, ni adivino, ni mago, ni quien consulte a los muertos. Porque es abominación para Jehová cualquiera que hace estas cosas, y por estas cosas abominables Jehová, tu Dios, expulsa a estas naciones de tu presencia" (Deuteronomio 18:10-13). "Maldito el hombre que haga una escultura o una imagen de fundición, cosa abominable para Jehová, obra de manos de artífice, y la ponga en lugar oculto. Y todo el pueblo responderá: Amén" (Deuteronomio 27:15). "Me llevó al atrio de adentro de la casa de Jehová, y vi que junto a la entrada del templo de Jehová, entre la entrada y el altar, había unos veinticinco hombres, con sus espaldas vueltas al templo de Jehová y con sus rostros hacia el oriente, y adoraban al sol, postrándose hacia oriente. Me dijo: ¿No has visto, hijo de hombre? ¿Es cosa ligera para la casa de Judá cometer las abominaciones que cometen aquí?" (Ezequiel 8:16-17). "Por tanto, Así ha dicho Jehová, el Señor: por cuanto te has olvidado de mí y me has echado a tus espaldas, por eso, lleva tú también tu lujuria y tus fornicaciones. Y me dijo Jehová: hijo de hombre, ¿No juzgarás tú a Ahola y a Aholiba, y les denunciarás sus abominaciones? Porque han adulterado y hay sangre en sus manos. Han fornicado con sus ídolos, y aún a sus hijos que habían dado a luz para mí, hicieron pasar por el fuego, quemándolos. Aún me hicieron más: contaminaron mi santuario en aquel día y profanaron mis sábados" (Ezequiel 23:35-38). "El que aparta su oído para no oír la ley, hasta su oración es abominable" (Proverbios 28:9 Biblia de Jerusalén). El hecho de que la iglesia romana le haya dado la espalda a la Ley de Dios y haya incorporado al cristianismo doctrinas de los pueblos paganos, ha hecho que con justicia nuestro Señor Jesucristo le llame "Babilonia la grande". Usted se preguntará: ¿Y por qué ese nombre? La respuesta es simple: Porque Babilonia fue la cuna de la religión falsa. Fue allí donde Nimrod, bisnieto de Noé, se reveló en contra de Dios iniciando, junto con su esposa Semiramis, el culto al sol, la luna y las estrellas.[f] Fue allí donde se instituyó el primer día de la semana (domingo) y el solsticio de invierno (25 de diciembre), como dias consagrados al dios sol. Fue allí donde se inventó la hostia y nació la creencia de la transubstanciación. Fue allí donde nació el culto a los muertos, la doctrina del limbo y del purgatorio. Fue allí donde se hizo la primera imagen de escultura y se llevó en procesión.[g]

Page 204: Artigos_a Voz Da Profecia

Apocalipsis 17:5 nos declara que Babilonia es "la madre de las rameras", lo que indica que no está sola y que tiene hijas que siguen sus mismos pasos. Es triste tener que reconocer que la gran mayoría de iglesias que se dicen protestantes, se han unido con Babilonia al sacrificar parte de la verdad, acomodándose a doctrinas y tradiciones que no tienen ningún apoyo en la Palabra de Dios.[h] Queda confirmado, pues, que el vino que la mujer lleva en su mano es una representación de las falsas doctrinas con las que tiene engañados a la gran mayoría de

los habitantes de la tierra.[i]

La identidad de las siete cabezas de la bestia Aunque ya vimos que las cabezas hacen alusión al poder civil, es significativo tener en cuenta la segunda aplicación que la profecía hace de las mismas: "Me llevó en el Espíritu al desierto, y vi a una mujer sentada sobre una bestia escarlata llena de nombres de blasfemia, que tenía siete cabezas y diez cuernos... Esto, para la mente que tenga sabiduría: Las siete cabezas son siete montes sobre los cuales se sienta la mujer" (Apocalipsis 17:3,9). El texto dice con claridad evidente que las siete cabezas de la bestia representan a siete montes sobre las cuales está sentada la mujer (Téngase en cuenta que aquí los montes no son el símbolo, son el significado). Esto quiere decir, que la Iglesia debe tener su sede en un sitio donde físicamente existen siete montes. ¿Cumple la Iglesia Romana con esta característica geográfica? Leamos: "Roma,... Residencia del Papa... centro del papado y del mundo cristiano... la capital de los papas".[j] "Lutero... vislumbró... la ciudad de las siete colinas. Con profunda emoción, cayó de rodillas y, levantando las manos hacia el cielo, exclamó: ¡Salve Roma santa!".[k] "Fue cuando acostumbraba orar así y cuando estaba en ese ánimo de confianza total en María que Juan Pablo II tuvo... su única visión sobrenatural de las cosas futuras... Fue como si él hubiera estado presente en Fátima... Lo que estos espectadores vieron y registraron en el lugar es lo que Juan Pablo vio en los cielos luminosos del Lacio sobre las siete colinas de Roma, en agosto de 1981".[l]

Los siete montes sobre los cuales está situada Roma son: Palatina, Capitolina, Quirinal, Viminal, Esquilina, Celia y Aventina.[m] Cuando estudiamos acerca del cuerno pequeño dijimos que éste representaba un poder romano debido a que surgió de la cabeza de la cuarta bestia.[n] El hecho de que en Apocalipsis 17, la bestia y sus cabezas sean claramente identificadas con Roma, es una confirmación más de que verdaderamente el papado es el poder señalado por la profecía. Conclusiones

La bestia de Apocalipsis 17 es la misma primera bestia de Apocalipsis 13.

La Biblia compara al pueblo de Dios que ha apostatado e ido en pos de falsas creencias, con una mujer infiel o ramera.

Page 205: Artigos_a Voz Da Profecia

El vino con el que la mujer embriaga a los habitantes de la tierra son sus falsas y acomodadas doctrinas.

La iglesia romana recibe el nombre de "Babilonia" debido a que la religión de aquella

antigua civilización fue asimilada por ella.

Las siete cabezas de la bestia también representan siete montes sobre las cuales está sentada la mujer. Roma es mundialmente conocida como "la ciudad de las siete colinas".

Aunque en profecía los montes representan imperios mundiales (Daniel 2:35,44), esta regla

no puede aplicarse en este caso, pues aquí los montes no son el símbolo sino el significado (Apocalipsis 17:9).

"La diferencia principal entre la bestia de Apocalipsis 13 y la de Apocalipsis 17 es que en la

primera, que se identifica con el papado, no se hace distinción entre los aspectos religioso y político del poder papal, mientras que en la segunda los dos son distintos: la bestia y la mujer representan al poder político y religioso respectivamente".[o]

Dé clic en "Atrás" o "Back" en su barra de navegación o presione la letra respectiva, para volver al párrafo que lo envió aquí. [a] Apocalipsis 12:9. [b] Léxico Mejorado de Strong, 2847, 4450. Las palabras griegas aquí usadas son Kokkinon (kovkkinon) y Purrhos (purro;"). Si no dispone del Léxico de Strong, puede comparar esta traducción con la de la Biblia de Jerusalén o Nacar-Colunga. [c] Véanse detalles en el capítulo 8, "Dos fases significativas". [d] El Comentario Bíblico Adventista del Séptimo Día, tomo 7, pág. 864, apoya esta afirmación al decir: "Esta bestia se parece en ciertos aspectos al gran dragón bermejo del cap. 12:3, y en otros, a la bestia semejante a un leopardo del cap. 13:1-2 El contexto hace parecer más estrecha esta última relación". [e] Historia Universal, tomo 8, págs. 158,161, Nauta. Citado previamente en el capítulo 6, "Nace un temible imperio". [f] Ralph Woodrow, Babilonia Misterio Religioso, págs. 9-18. [g] Si desea detalles, lea el tema "La caída de la iglesia" en el capítulo 5. [h] Elena G. de White, El Conflicto de los Siglos, pág. 433. [i] Elena G. de White, Maranata, pág. 169. [j] Diccionario Pequeño Larousse Ilustrado, art. Roma, págs. 1548-1550. [k] D'Aubigné, lib. 2, cap. 6 (Citado en El Conflicto de los Siglos, pág. 134). [l] Malachi Martin ex S.J., Las Llaves de Esta Sangre: Papa Juan Pablo II contra Rusia y el Oeste por el control del Nuevo Orden Mundial, págs. 626,627. [m] Diccionario Bíblico Adventista del Séptimo Día, art. Roma, pág. 1001. Véase también el Comentario Bíblico Adventista, tomo 7, art. Montes, pág. 868. [n] Ver el artículo: "4.b. Cuerno pequeño" en el capítulo 4 de este libro. [o] Comentario Bíblico Adventista del Séptimo Día, tomo 7, art. Bestia, pág. 864.

Page 206: Artigos_a Voz Da Profecia

JESUS UM PRESENTE DO CÉU

(NEUMOEL STINA)

Você Gosta de receber presentes? Qual o tipo de presente que você mais gosta? Há um

presente, do qual eu quero falar, um grande presente, que muda a vida. De um modo geral

todos apreciamos oferecer e receber presentes. Há ocasiões no ano em que se vive em função

do comércio de presentes. São milhares, milhões de presentes. Mas, há alguns presentes que

são especiais.

Era um dia ensolarado de primavera. Eram quase 12 horas, no momento mais quente do dia,

quando Jesus e seus discípulos caminhavam da Judéia para a Galiléia. Era-lhes necessário

atravessar Samaria.

Quando chegaram próximo da aldeia de Sicar, Jesus cansado da longa caminhada a pé sob

um sol escaldante , sentou-se para descansar junto ao poço de Jacó. (herança que Jacó havia

dado ao seu filho José)

Os discípulos haviam ido a cidade comprar alimentos, Jesus estava sozinho junto à fonte

quando uma mulher chegou para tirar água.

Jesus estava sedento e aproveitou para pedir àquela mulher um pouco de água para beber. A

mulher ficou surpresa que um Judeu pedisse qualquer coisa a uma “desprezada Samaritana”.

Geralmente eles não falavam com elas. Judeus e Samaritanos não se comunicavam. E a

mulher comentou isso com Jesus.

O que aquela mulher não sabia é que Aquele homem não era um simples Judeu. Ali diante

dela estava o Grande Presente de Deus para o mundo caído.

Esta história está no evangelho segundo São João no capítulo 4. E no verso 10 de São João 4,

Jesus se revelou àquela mulher como o presente de Deus com as seguintes palavras: “Se você

conhecesse o presente de Deus, e quem é que está pedindo água, você pediria e Ele daria a

você a água da vida.”

Esta revelação de Jesus abriu espaço para um maravilhoso diálogo que transformou a vida

daquela mulher. A samaritana levava um vida atribulada. Já havia tido 5 maridos e vivia

amasiada com o sexto homem de sua vida.

Era uma mulher de vida difícil. Ninguém queria se relacionar com ela. Nenhuma mulher vinha

tirar água ao meio-dia, só ela. Mas Jesus, o presente de Deus transformou a sua vida. Ela

reconheceu nEle não apenas um Judeu, mas o Senhor, o Profeta, o Messias, o Cristo. Sua

vida mudou completamente porque ela recebeu o presente de Deus-Jesus Cristo.

Page 207: Artigos_a Voz Da Profecia

Ela não aguentou tanto amor ao receber Este presente. Posso até imaginar aquela face

amarga, a testa enrugada pela preocupação , ganhar uma expressão de suavidade que emana

do Senhor.

Quando recebemos a Jesus o presente de Deus, nossas prioridades mudam. Começamos a

olhar o mundo e a vida de maneira diferente. João diz que a mulher acabou nem levando a

água para sua casa.

Os versos 28 a 30 ensinam que a Samaritana deixou seu cântaro junto à fonte, e indo à cidade

contou a todos que havia encontrado o Messias, o Cristo, e todos os habitantes da aldeia

saíram ao encontro de Jesus.

Há esperança para o pecador? As Escrituras afirmam que sim. “Cristo morreu pelos nossos

pecados”. I Corintos 15:3. Deus ordenou que no nome de Jesus “se pregasse o

arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém”.

Lucas 24:47.

A salvação que Deus oferece, porém, é achada tão só pelos que sentem tristeza pelos seus

pecados e deles se arrependem verdadeiramente. Há duas espécies de arrependimento: Uma

é constituída de tristeza por causa das conseqüências do pecado; a outra, tristeza pelo pecado

em si mesmo. O verdadeiro arrependimento é aquele que faz-nos sentir tristeza pelo mal que

fizemos por termos ofendido a Deus.

Talvez hoje eu esteja falando para alguém de vida atribulada, pessoas marginalizadas,

pessoas sofridas, pessoas abandonadas, pessoas tristes, pessoas em crise, pessoas que não

tem coragem de olhar no espelho.

Talvez você se sinta em desespero, como quem não tem mais esperança. Com medo de olhar

a tudo e a todos.

Pensando até que o mundo desabou sobre a sua cabeça.

Eu quero dizer para você que ainda há esperança. Hoje, Jesus, o presente de Deus, está

dizendo a você.

“Venha a mim e coloca sobre mim toda sua carga e eu vou aliviar você”. Mateus 11:28

Meu amigo, minha amiga, eu sou apaixonado por Jesus, ele é para mim um amigo

maravilhoso.

Vou lhe dizer algo mais:

Se Jesus foi capaz de aceitar Davi um assassino e adúltero;

Se Jesus foi capaz de aceitar Pedro, que o negou por 3 vezes;

Page 208: Artigos_a Voz Da Profecia

Se Jesus foi capaz de aceitar o Ladrão arrependido;

Se Jesus foi capaz de aceitar Maria Madalena, a pecadora;

Se Jesus foi capaz de aceitar a Samaritana;

Ele é capaz de aceitar a você e a mim também.

Basta apenas aceitarmos o presente do Céu.

Embrulhado no cesto da manjedoura,

Sangrando na cruz, para nos redimir.

Vindo sobre as nuvens para nos buscar.

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A VOZ DA PROFECIA

NEUMOEL STINA

DEUS ESTÁ COM VOCÊ

Como é bom saber que Deus está conosco não é mesmo? É uma coisa sensacional saber que

Deus fala conosco e nos ouve apesar de algumas vezes não estarmos em sintonia com Ele.

Ele vem, chega até nós e diz assim: Firme aí meu filho, firme aí milha filha: “Eu estou com

você”.

Hoje eu quero que você veja o retrato deste Pai, na pessoa do Filho. Esta fisionomia é que eu

peço que você imagine, pois quando Ele veio, conversava com todas as pessoas, procurava

especialmente os pecadores. As crianças viam nAquele rosto a beleza singela do próprio amor

divino.

Crianças pulavam no pescoço do Senhor, acariciavam sua barba, conversavam com Ele e

recebiam o carinho do Salvador.

Uma outra coisa maravilhosa na vida de nosso Senhor é que Ele dava uma atenção especial

às pessoas desanimadas, às pessoas discriminadas, às que não iam à igreja, que eram

criticadas e o Senhor procurava esse seguimento e contava histórias por meio de parábolas,

comia com esse pessoal, e na hora da refeição ia animando essas pessoas.

O Senhor ia dando uma expressão de como é o amor de Deus de forma tão natural e

maravilhosa.

Há textos sagrados que indicam a atenção do Senhor com as pessoas pecadoras. Por

exemplo, no evangelho de S. Mateus 9:10 você tem a comprovação disto: “E sucedeu que

estando Ele em casa, à mesa, muitos publicanos e pecadores vieram e tomaram lugares com

Jesus e seus discípulos”. (esses publicanos eram pessoas odiadas pelos religiosos)

O texto dá uma idéia de que eles se sentiam bem à vontade na presença do Senhor. É que

Deus é amor e o amor une as pessoas. Ele ama a todos nós. A você e a mim.

Às vezes você pensa em Deus como alguém inacessível? Não pense assim! Fique tranquilo

porque Deus ama aquele que mais necessita. Veja um outro texto.

No evangelho de S. Lucas 5:29 -31 diz: - “Então lhe ofereceu Levi um grande banquete em

sua casa, e numerosos publicanos e outros estavam com eles. Os fariseus murmuravam contra

os discípulos de Jesus perguntando: Por que comeis com os publicanos e pecadores?

Respondeu-lhes Jesus: “Os sãos não precisam de médico e sim os doentes”.

Page 210: Artigos_a Voz Da Profecia

Esse é um pensamento que é muito bonito, é um pensamento que tranquiliza os que estão

com a vida atrapalhada, que têm problemas, que se encontram em alguma dificuldade, presos

pelas circunstâncias. Mesmo para os que estão fazendo coisas erradas, há esperança.

Se você está levando a vida por levar, ou entrando por um caminho que não é o melhor. Ainda

assim, presença do Senhor lhe dará uma bênção muito grande e Ele vai produzir uma canção

em sua vida, no meio das tristezas, no meio das confusões.

Você pode até pensar: transformar a minha vida em uma canção parece uma utopia! Eu não

sei o que você está pensando, nesta hora, talvez esteja pensando: isso não é para mim, eu

não acredito! Você pode não acreditar, mas realmente o amor de Deus pode fazer isso por

você.

Mesmo que você diga: “eu sou problemático, minha vida não segue o rumo que devia seguir.”

Lembre-se que Jesus veio para estar com você.

Você, que está me ouvindo, pode ser que tenha caído em algum problema, e pensa que Deus

não se importa com você. Por favor acredite!

Deus está perto de você, “Ele está com você”, Ele quer apoiar você como apoiou o ladrão que

estava ao lado de Jesus quando Ele estava morrendo por você e por mim.

Os dois ladrões xingavam. De repente um deles percebeu na fisionomia de nosso Senhor

aquele amor maravilhoso de Deus para com o ser humano, e disse: Senhor, estou sentindo

aqui dentro do meu coração uma coisa que eu não sentia antes; a vontade de mudar, mas é

tarde... Não posso descer da cruz.

Também, não posso desfazer tudo de errado que fiz. Mas, o grande amor de Deus voltou-se

para ele, e ele sentiu que a misericórdia o abraçava.

Então arriscou um pedido: Quando o Senhor voltar em seu reino me deixe entrar lá?

A resposta veio, imediata: Em verdade lhe digo hoje, você estará comigo no Paraíso.

Fique tranquilo, “Ele está com você”...

Se Ele ouviu o ladrão que apenas suspirou por uma vida melhor, Ele vai atender você, ainda

que não mereça e não saiba como pedir.

Basta acreditar no amor de Deus porque Ele diz: “Estou com você”.

Page 211: Artigos_a Voz Da Profecia

Jesus prometeu - Mateus 28:20 - “Eis que eu estou convosvo todos os dias até a consumação

dos séculos”.

E quando tudo aqui terminar nós estaremos com Jesus.

João 14:3 - “E vos recebereis para mim mesmo, para que onde eu estou, estejais vós também”.

Lembre-se, Deus está com você. Abra o seu coração.

Page 212: Artigos_a Voz Da Profecia

A VOZ DA PROFECIA NEUMOEL STINA

O SACRÍFICIO DE JESUS

Antes mesmo de criar a Terra, Deus sabia da possibilidade de o homem tornar-se pecador. A

Trindade reunida em conselho, fez o plano para a salvação dos seres humanos, caso viessem

pecar. O pecado traz como consequência a morte.

Jesus, o Filho de Deus, segunda pessoa da trindade se apresentou para morrer em lugar do

homem pecador.

Vindo revestido de humanidade, Jesus pagaria com Sua própria vida o preço terrível do

pecado. Descrevendo o desprendimento de Cristo, o apóstolo Paulo assim expressa: “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus; pois Ele subsistindo

em forma de Deus, não julgou como usurpação ser igual a Deus; antes a si mesmo se

esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e

reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a

morte, e morte de cruz”. Filipenses 2:5 a 8.

Assim Jesus, tornou-se o servo sofredor, das profecias do Antigo Testamento, e sofreu as

dores da humanidade. Sua morte na cruz do Calvário, estabeleceu para sempre a garantida de

perdão e vida a todos aqueles que O aceitassem como Salvador.

A morte de Jesus foi expiatória, vicária. Vamos compreender bem o que isto significa. Quando

mencionamos que a morte de Jesus foi expiatória, significa que Sua morte eliminou a culpa que

o pecado de Adão e Eva impôs à humanidade, bem como as suas terríveis consequências.

A morte de Jesus é expiatória pelo fato de haver com Seu sangue, purificado o homem da

mancha do pecado. Um sacrifício assim só seria aceito de Alguém que vivesse em plena

conformidade com a vontade e as leis de Deus.

A vida santa, justa e sem pecado de Cristo, o habilitou a ser o sacrifício expiatório, para livrar a

humanidade da culpa e da mancha do pecado. A morte é vicária pelo fato de ser em

substituição aos pecados dos que deveriam morrer.

O sacrifício de Cristo substituiu a eliminação da humanidade, pelo fato de Jesus suportar sobre

si os pecados de todos. O profeta descrevendo o sofrimento do Messias escreveu: “Ele foi

ferido pelas transgressões e moído por nossas iniquidades: o castigo que nos traz a paz estava

sobre Ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. . . mas o Senhor fez cair sobre Ele a

iniquidade de todos nós. . . porquanto derramou a Sua alma na morte e levou sobre Si o

pecado de muitos.” Isaías 53:5, 6, 12.

Page 213: Artigos_a Voz Da Profecia

Estes versos de Isaías nos ajudam a compreender o efeito vicário, ou seja, de substituição. Os

pecados e culpas que nos mancharam podem ser transferidos para Aquele que suportou os

pecados da humanidade e nos torna puros e perdoados.

Antes de Jesus vir a esta Terra, este processo foi realizado nas cerimônias em que morria o

inocente cordeirinho para quem eram transferidos os pecados do pecador arrependido.

Alguém poderá perguntar: Por que foi necessário que Jesus morresse? Ao criar Adão e Eva,

Deus os dotou com uma tendência para o bem e com a capacidade natural de obedecer.

Ao caírem na armadilha de Satanás, a natureza humana se corrompeu e perdeu a capacidade

natural de obedecer a Deus. Além disso, o homem não possuía poder em si mesmo para

eliminar a culpa e as consequências que o pecado trouxe a toda raça.

A justiça divina previa a morte como resultado natural do pecado. Este não é um ato de

vingança da parte de Deus, mas um fato natural. Compreendendo que o pecado é separação

de Deus, ao ter pecado, o homem perdeu também a vida. Porque a vida só existe em Deus.

O homem só poderia conservar a vida que Deus lhe havia dado enquanto permanecesse

ligado a Fonte de Vida que é o próprio Deus. O pecado desconectou o homem de Deus, e por

isso veio a morte e esta passou a todos os seres viventes.

A única maneira de tornar ligar o homem a Deus, era se Alguém viesse e pudesse vencer onde

Adão e Eva haviam falhado.

Quem conseguisse essa vitória, estaria em condições de pagar o preço pelo pecado de Adão

e toda a humanidade. Jesus se ofereceu para salvar o homem.

Ao viver sua vida santa, irrepreensível, e sem pecado, Jesus demostrou que teria sido possível

a Adão ter obedecido às leis de Deus. Com Sua vida justa, Jesus satisfez a justiça divina que

pede obediência às leis eternas.

A primeira etapa havia sido vencida. A outra etapa seria o pagamento do preço do pecado de

Adão e Eva e de toda humanidade. Este preço era a própria vida. Jesus então morreu,

satisfazendo a justiça eterna que seria a morte como consequência do pecado.

Sua morte na cruz satisfez a justiça de Deus. O preço estava pago. Da mesma maneira como

pelo pecado de Adão e Eva, todos se tornaram pecadores, pela morte Cristo, todos agora tem

direito a vida.

Page 214: Artigos_a Voz Da Profecia

O amor de Deus deve ser amplamente exaltado pois se Sua justiça pedia a morte do pecador,

Seu amor fez todas as provisões necessários para dar esperança de vida a todos quantos

cressem no Seu nome.

Desta maneira era necessário que Alguém pagasse com a vida pelo pecado. O homem

condenado a morrer, não poderia reverter esta situação. Portanto era necessário que Cristo,

pois foi Ele que se dispôs, morresse para que o homem pudesse viver para sempre na

companhia de Deus novamente.

Abra o seu coração para este tão grande amor, e, aceite o sacrifício de Jesus.

Page 215: Artigos_a Voz Da Profecia

A VOZ DA PROFECIA

NEUMOEL STINA

VOCÊ PODE CONFESSAR SEU PECADO Por natureza o ser humano tem dificuldade de enfrentar seus erros. Ninguém gosta de se sentir

culpado.

Certamente você também notou que ao serem entrevistados os suspeitos, quase que todos

eles afirmam inocência, dizendo não sei de nada, eu só estava passando por aqui, eles me

prenderam por engano, ou coisa assim.

O problema do ser humano é sempre o mesmo. Ninguém gosta de ser flagrado. Ninguém

gosta de ser culpado. E para isso usa todos os meios possíveis para escapar. Você notou que

a palavra pecado está sendo riscada do nosso vocabulário? Não seria porque a humanidade

está desconhecendo ou rejeitando a lei moral dos Dez Mandamentos?

Um outro grande problema é o materialismo. Estamos também tão preocupados com a nossa

sobrevivência, com os problemas do dia a dia, na escola, no trabalho, e mesmo em casa, ter

que por alimento sobre a mesa cada dia. A dispensa e a geladeira estão vazias, e tantas outras

coisas que não temos tempo para pensar em temas realmente relevantes.

E ao mesmo tempo somos invadidos por um vazio esquisito e não temos a paz que

gostaríamos. A essa altura costumam entrar hábitos e vícios que procuram abafar até a voz da

própria consciência.

Por isso as pessoas afirmam que são boas e corretas, e dizem: eu, se não puder fazer o bem,

o mal eu não faço. Não “percebem” nada de errado em suas vidas, mas com facilidade

enxergam defeitos nos outros. Uma dessas pessoas conversando com um cristão disse: Eu

não sinto nenhum peso do pecado como vocês dizem. Eu sei porque disse o religioso: Quando

você carrega um balde de água você sente o peso da água, certo? Mas quando mergulha em

uma piscina não sente o peso, porque está no meio da água. Quem vive mergulhado no

pecado já não sente mais.

O declínio dos padrões morais e a pressão da cultura através dos meios de comunicação

exercem uma lavagem cerebral capaz de cegar e anular de certo modo até as convicções

pessoais, e tudo é visto como natural, dispensando qualquer tipo de revisão do comportamento

ou reflexão sobre os valores éticos.

Page 216: Artigos_a Voz Da Profecia

Seria muito próprio saber o que Deus pensa! Depois de lermos as Escrituras Sagradas

percebemos os padrões que Deus espera de nós: “Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de

vossos atos de diante dos meus olhos; cessai de fazer mal.

Aprendei a fazer bem; procurai o que é justo; ajudai o oprimido; fazei justiça ao órfão; tratai da

causa das viúvas. Vinde então, e argüi-me, diz o Senhor: ainda que os vossos pecados sejam

como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o

carmesim, se tornarão como a branca lã.” Isa.1:16-18.

O grande apostolo São Paulo em sua terceira viagem missionária, chegou a cidade de Éfeso.

As ruínas demonstram que Éfeso era uma importante cidade dos tempos antigos. Quando

Paulo a visitou ela era uma cidade relativamente nova. O imperador a tinha reconstruído há 25

anos. A rua principal tinha um quilometro pavimentado com mármore puro, destacando as

suntuosas lojas que refulgiam à luz do sol. A noite era iluminada, coisa incomum naqueles dias.

O teatro principal acomodava 24.000 pessoas e tinha um palco giratório. Essa cidade era

famosa pelo grande templo de Diana, quatro vezes maior que o templo de Atenas. Merecia a

justa fama de ser uma das sete maravilhas do mundo antigo. Mas Éfeso, com toda a sua

importância, modernidade e sofisticação não poderia mascarar a decadência moral.

Hoje, os turistas podem ainda ver as ruínas dos edifícios, onde as prostitutas da época

tentavam impor as suas negociações. A Bíblia Sagrada afirma que quando Cristo estava sendo

apresentado, as pessoas iam se convencendo: “E muitos dos que tinham crido vinham,

confessando e publicando os seus feitos. Também muitos dos que seguiam artes mágicas

trouxeram os seus livros, e os queimaram na presença de todos.” Atos 19:18,19.

A Bíblia nos garante a seguinte promessa: “Assim como está longe o Oriente do Ocidente,

assim afasta de nós as nossas transgressões.” Salmo 103:12.

É verdade! Deus as afastará, e você não precisará ter mais qualquer sentimento de culpa.

Que oportunidade esplendida para você e para mim hoje! Não tente entender como Deus

perdoa os seus pecados. Não importa o que você tenha feito, Ele perdoará você, e lhe dará

uma grande benção, descrita nos Salmos - “Bem-aventurado aquele cuja transgressão é

perdoada, e cujo pecado é coberto.” Salmo 32:1

Um estudante de Teologia foi convidado a fazer um sermão em uma Igreja onde havia uma

senhora de quem se dizia que Deus a amava muito e lhe contava tudo o que ela perguntava

para Ele.

O jovem pregador duvidou da capacidade dessa senhora, mas fez o seguinte teste:

Perguntou, é verdade que Deus conta para a senhora tudo o que deseja saber? Ela

Page 217: Artigos_a Voz Da Profecia

respondeu: é verdade pastor. Deus me conta tudo o que peço a Ele. Muito bem, disse o rapaz.

Agora quero que a senhora pergunte a Deus, qual o pecado que eu cometi quando comecei a

fazer o curso teológico. Eu já me arrependi do que fiz, mas desejo que a senhora pergunte a

Deus qual era o pecado. Assim vou acreditar na senhora.

Terminada a pregação o moço veio até essa senhora e perguntou: Como é? Deus contou para

a senhora, Deus respondeu a sua pergunta? Ele Se comunicou coma a senhora? Ela

respondeu: Sim, Ele Se comunicou comigo. E o que Ele contou para a senhora? Ele disse o

seguinte: Que desde o início do culto, Ele procurou lembrar qual o pecado que você tinha

cometido, mas Ele disse que não estava conseguindo Se lembrar.

Graças a Deus, podemos confessar todos os nossos pecados diretamente a Ele e Ele promete

esquecer-Se e lançar esses pecados no fundo do mar.

Louvado seja o Senhor, porque a Ele podemos confessar os nossos pecados e poderemos

estar certos de que seremos tratados com o maior respeito. “Porque lhes perdoarei a sua

maldade, e nunca mais me lembrarei dos seus pecados.” Jeremias 31:34

Talvez a maior razão que temos para confessar nossos pecados seja a que encontramos em I

João 1:9: “Se confessarmos nossos pecados Ele é fiel e justo para nos perdoar e nos purificar”.

Meu filho não precisamos esconder de Deus os nossos problemas, os nossos pecados. Abra o

jogo com Ele e você vai sentir uma paz maravilhosa, uma sensação de alívio. Vai ter um novo

animo, vai se sentir uma nova pessoa.

Você pode confessar seu pecado. Jesus continua chamando: “Vinde a mim todos os que estais

cansados e eu vos aliviarei:”

Page 218: Artigos_a Voz Da Profecia

A VOZ DA PROFECIA NEUMOEL STINA

DEUS, O PAI

Você conhece Deus o Pai? Já percebeu que todos nós sentimos necessidade de alguém mais

poderoso que nós mesmos?

Cansado de cultuar o próprio eu, muitos hoje estão procurando algo melhor. Algo que produza

maior satisfação, maior felicidade. E isto se traduz em conhecer a Deus.

Felizmente, Deus quer que O conheçamos, e por esta razão Se revela de muitas maneiras: Na

natureza, na Bíblia, em Seu Filho Jesus Cristo e podemos até conhecê-Lo através de

revelações sobrenaturais.

A Bíblia não faz tentativas diretas de provar a existência de Deus. - ela parte desse

pressuposto. As primeiras palavras bíblicas, “No princípio criou Deus os céus e a terra” Gên

1:1, revelam muito sobre Deus.

Antes que o mundo existisse, Ele já existia. Ele é o Criador e a Fonte de toda matéria e vida.

Entretanto, há muita coisa sobre a natureza essencial de Deus que desconhecemos.

Muitas vezes nós perguntamos sobre a natureza de Seu Ser, e como Ele pode ser eterno,

infinito e onipresente.

Mas, até certo ponto, Sua natureza pode ser compreendida através da maneira como Ele nos

trata, bem como por aquilo que nos diz a Seu respeito.

Sua garantia de amor eterno é fundamental para a revelação de Si mesmo. O Novo

Testamento retrata a Deus especialmente como nosso amoroso Pai celestial. (Mat 5:45)

Através da adoção feita por Cristo, tornamo-nos Seus filhos e filhas.

“Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que

crêem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da

vontade do homem, mas de Deus.” João 1:12 e 14.

Deus, nosso pai celestial não é simplesmente uma espécie de força impessoal.

A afirmação feita por Cristo à uma mulher junto ao poço de Sicar, de que “Deus é Espírito”

(João 4:24), não tinha por objetivo indicar que Deus é sem forma ou sem centro de existência

ou atividade.

Page 219: Artigos_a Voz Da Profecia

A natureza do Deus infinito é incomparavelmente superior a dos seres humanos finitos, e não

deve ser confundida com a nossa natureza.

Ele é sobrenatural e exaltado, acima de nossa capacidade de compreensão. Ele existe num

plano ou dimensão que é incomparável para nós.

No entanto, o conceito hebraico de espírito é mais concreto do que abstrato. Deus ocupa

espaço, embora não possa ser visto por seres humanos.

Fomos formados à Sua imagem (Gên 1:27), indicando que Ele possui forma específica. Por

toda a Bíblia Deus é abordado como pessoa.

Embora os termos utilizados nas Escrituras para descrevê-Lo sejam sem dúvida selecionados,

a fim de serem facilmente entendidos pelos seres humanos, eles O retratam como pessoa. Ele

fala, ouve, vê, escreve, Ele lamenta, Se entristece, e sente ira e alegria.

Ele tem vontade (Sal 40:8), julga ( Rom 2:16; Sal 7.11), perdoa (Isaías 55:7)), e guarda

segredos (Deut 29:29). No entanto, Ele está acima de todos, criou a todos, e mantém a todos.

Ele é onipotente (Apc 19:6), alto e santo (Isa 57:15), onisciente (I João 3:20), possui infinita

sabedoria (Efés 1.8), é eterno, imortal (I Tim 1:17), onipresente (Sal 139:7; Jer 23:24) - e livre

de todas as limitações de espaço e tempo em Suas atividades.

Além disso, Deus é o centro auto determinador e controlador do que está acontecendo no

Universo. Ele concede propósitos e trabalha para que Seus propósitos sejam executados.

Apesar de todas as artimanhas de Satanás, Deus está trabalhando para cumprir seu propósito

de nos salvar.

As qualidades e poderes revelados em Deus o Filho e em Deus o Espírito Santo também nos

mostram como é o Pai.

“A Bíblia apresenta-nos Deus em Seu alto e santo lugar, não em estado de inatividade, não em

silêncio e isolamento, mas rodeado de milhares de milhares e milhões de milhões de seres

santos, todos à espera para Lhe cumprir a vontade.

Por meios que não podemos entender, acha-Se Ele em ativa comunicação com todas as partes

de Seu domínio.

É, porém, neste mundo minúsculo, nas almas para cuja salvação deu Seu Filho unigênito, que

se centraliza o Seu interesse, bem como o de todo o Céu. Deus Se inclina do Seu trono para

escutar o clamor do oprimido.

Page 220: Artigos_a Voz Da Profecia

A toda sincera súplica, responde: “Eis-Me aqui.” Ergue o aflito e o oprimido. Em todas as

nossas aflições, É Ele afligido também. Em toda tentação e em toda prova, o anjo de Sua face

perto está para livrar.” (DTN 356)

Que em nossos lábios haja muita reverência quando falarmos de Deus, e que este Deus

maravilhoso nos cubra com suas ricas e abundantes bênçãos, pois Ele é o nosso Pai.

Page 221: Artigos_a Voz Da Profecia

A VOZ DA PROFECIA NEUMOEL STINA

DEUS, O FILHO

Quem é Jesus? Quando você ouve o nome de Jesus, você pensa em Deus? Ele é Deus? Hoje

trataremos sobre o Deus Filho.

Nossa esperança de salvação se centraliza exclusivamente em Jesus. O termo pelo qual Ele é

conhecido, o Filho de Deus, reflete o Seu lugar no plano da salvação, função esta determinada

antes da criação do mundo.

Antes de Sua encarnação Ele existia como Deus, desde a eternidade, no sentido mais

completo e elevado. Ele é Deus em natureza, em poder, e em autoridade. (S. João 1: 1 e 2;

17:5 e 24; Fil 2: 6)

Cristo é o Criador de todas as coisas (João 1:3; Col 1: 16 e 17; Hebreus 1: 2). E mesmo depois

que Adão e Eva pecaram, Cristo manteve contato íntimo e constante com o mundo.

Ele é o membro da Trindade que ficou encarregado de se identificar conosco. Veja o que diz

Filipenses 2:5-8: “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois

ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes a si

mesmo se humilhou, tornando-Se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura

humana, a sim mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte e morte de cruz.”

Através dEle o caráter de Deus é revelado aos seres humanos caídos, a salvação da

humanidade é efetuada, e o mundo julgado. (S. João 5:24-29).

Sendo verdadeiramente Deus para sempre, Cristo se tornou verdadeiramente e totalmente

homem.

Centenas de anos antes que Ele nascesse, os profetas predisseram Seu nascimento virginal e

o local onde deveria nascer - Belém. (Isa 7:14; Miquéias 5:2)

Concebido do Espírito Santo e nascido da virgem Maria, Ele se criou na vila montanhosa de

Nazaré da Galiléia. Durante Sua vida na Terra Jesus viveu e sofreu tentações como ser

humano, mas jamais pecou, exemplificando perfeitamente a justiça e o amor de Deus e

deixando-nos um exemplo perfeito a ser seguido. (Heb 2:16-18; I Ped 2:21 e 22)

Cristo viveu de modo simples e altruísta. Enquanto criança e jovem, Ele trabalhou na

carpintaria em Nazaré, sempre Se demonstrando amável e interessado nos outros.

Page 222: Artigos_a Voz Da Profecia

Quando tinha cerca de trinta anos, João Batista O batizou por imersão no rio Jordão. Ele não

foi batizado a fim de ser purificado dos pecados, pois jamais pecara, mas foi batizado para

“cumprir toda a justiça”.

Através do batismo Ele se identificou com os pecadores, dando os passos que nós devemos

dar, e fazendo o que nós devemos fazer.

Quando Jesus foi batizado, o Espírito Santo desceu sobre Ele em forma visível, como pomba, e

a voz de Deus, dos céus, pronunciou as palavras: “Este é o Meu Filho amado, em quem Me

comprazo”. Mateus 3:17

Após este evento Jesus dedicou cerca de três anos e meio ao Seu ministério amorável e

altruísta, procurando levar a mensagem do evangelho a ricos e pobres, a judeus e gentios.

Por meio de milagres, inclusive milagres de cura e ressurreição dos mortos, Jesus manifestou o

poder e o amoroso interesse de Deus, e provou ser o prometido Messias.

Seus ensinos eram incomparáveis em sua simplicidade e poder para mudar corações e vidas.

Até mesmo os guardas enviados para prendê-Lo, a certa altura de Seu ministério, foram

incapazes de fazê-lo por terem ficado impressionados com o poder e sensatez de Seus

ensinos.

Ao serem indagados quanto à razão de não O terem aprisionado, puderam apenas responder:

“Jamais alguém falou como este homem.” João 7:46

Antes da fundação do mundo Deus havia elaborado um plano para enfrentar a possibilidade

do surgimento do pecado na Terra. Por intermédio da morte de Cristo, aqueles que O

aceitassem, se tornariam de novo filhos de Deus e herdariam a vida eterna.

Quando Jesus estava prestes a iniciar Seu ministério, João Batista apontou-O como “O

Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. João 1:29

Jesus concluiu Seu abnegado ministério com sacrifício supremo - dando Sua vida para prover

aos homens um meio de escape do pecado e suas consequências.

Jesus sofreu e morreu voluntariamente na cruz do Calvário, por nossos pecados e em nosso

lugar. Mas a morte e a sepultura não puderam reter o Criador.

Ele ressuscitou dos mortos e ascendeu aos Céus após aparecer várias vezes aos Seus

discípulos e comissioná-los a levar avante a pregação do evangelho, que Ele havia começado

durante Seu breve ministério.

Page 223: Artigos_a Voz Da Profecia

Ele não abandonou ou esqueceu Seu povo na Terra ao ascender ao Céu, mas iniciou um novo

ministério em nosso favor no santuário celestial - um ministério de intercessão e preparação de

Seu povo para ocupar um lugar no reino que Ele planeja restaurar na Terra.

Cristo virá novamente, em breve, em nuvens de glória, acompanhado de Seus anjos, para o

livramento final de Seu povo e a restauração de tudo o que se perdeu por causa do pecado.

O centro de convergência da Bíblia é Jesus Cristo. Nosso amor por Cristo deve nos motivar a

obedecer os Seus mandamentos, seguir Seu exemplo, e a sujeitar nossa vida a Ele, para que

Ele possa viver por Seu Espírito em nós.

Deixe Jesus, o Deus filho viver em você.

Page 224: Artigos_a Voz Da Profecia

A VOZ DA PROFECIA NEUMOEL STINA

DEUS, O ESPÍRITO SANTO

O assunto de hoje fala de Deus o Espírito Santo. As lamparinas brilhavam fracamente no cenáculo enquanto os discíspulos conversavam com o

Mestre. As perguntas que Lhe fizeram após o convívio de aproximadamente três anos e meio

demostraram que eles ainda não haviam entendido completamente a razão de Sua missão na

Terra. Eles continuavam esperando que Ele libertasse sua nação do domínio romano.

Jesus, ao procurar prepará-los para os alarmantes acontecimentos que pairavam sobre eles,

podia entender sua confusão. Ele falou do dom que Ele e Seu Pai enviariam ao mundo - o

Espírito Santo.

“Não se preocupem com o futuro”, teria Ele dito com efeito. Vocês terão Minha presença na

pessoa do Espírito Santo. Ele os guiará e os susterá através de cada experiência, por mais

difícil e probante que seja”.

Como um dos membros da Trindade, o Espírito Santo é uma pessoa, e totalmente divina. Ele

participou ativamente com o Pai e o Filho na Criação, e a partir de então tem estado

intimamente envolvido na concretização do plano da salvação.

No Evangelho de João, nos capítulos 14, 15 e 16, está registrada a descrição que Cristo fez

da obra do Espírito Santo.

Ele é chamado o Espírito da verdade (14:17), O qual é enviado em nome de Jesus (verso26)

para habitar com os discípulos (verso 17). “Esse vos ensinará todas as coisas e vos fará

lembrar de tudo o que vos tenho dito” (14:26.)

Ele foi enviado para dar testemunho de Jesus (15:26). E pelo fato de não estar limitado pelo

tempo ou espaço, ele pode representar a Cristo perante pessoas de todos os lugares e de

todas as épocas.

Além de cooperar com o trabalho dos discípulos de Cristo, habilitando-os a cumprir sua

comissão, o Espírito Santo estaria presente entre os inconversos, convencendo-os do pecado,

da justiça e do juízo (16.8).

É possível que a pessoa e a obra do Espírito Santo sejam as menos entendidas dos membros

da Trindade. Isto é porque a natureza da Sua obra é representar Cristo e o Pai em vez de Si

mesmo.

Page 225: Artigos_a Voz Da Profecia

Através do ministério do Espírito Santo, homens de Deus escreveram as Escrituras, as quais

testificam de Jesus. “Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas

os homens santos de Deus, falaram inspirados pelo Espírito Santo” II Pedro 1:21

Ele encheu de poder a vida de Cristo. Através do Seu ministério as Escrituras vêm até nós

cheias de vida, tornando Cristo real, amolecendo nosso coração para aceitar o Salvador, e nos

capacitando a viver para Ele.

O Espírito Santo está envolvido em cada aspecto de nossa experiência cristã. Quando nos

dirigimos a Deus é porque o Espírito trabalhou em nosso coração.

E quando o Espírito Santo trabalha no nosso coração Ele desperta em nós o desejo de

conhecer a Deus, e viver segundo a Sua vontade.

Quando desejamos conhecer melhor a Deus através da Bíblia, e pedimos entendimento, o

Espírito Santo nos guia aos textos que devemos estudar, ajuda-nos a obter compreensão clara

através de nosso estudo e das impressões divinas quanto ao significado dos textos, e nos

ajuda por em prática em nossa vida o que lemos. Ele então nos dá força para viver as verdades

que aprendemos.

Quando sentimos tristeza por nossos pecados e nos arrependemos, é porque o Espírito Santo

está operando em nosso ser.

Tudo o que compreendemos a respeito de Deus e de Jesus, o entendemos mais

completamente porque o Espírito Santo, de modo humilde e anônimo, está fazendo o trabalho

que foi comissionado a fazer em favor de cada pessoa.

O Espírito Santo também fortalece a igreja e os indivíduos através dos dons espirituais, alguns

dos quais são notáveis em sua natureza, enquanto outros são menos extraordinários mas

igualmente essenciais.

Muitos dos dons do Espírito são mencionados em Efésios 4:11, onde lemos: “E Ele mesmo

concedeu uns para apóstolos, outros para profetas outros para evangelistas, e outros para

pastores.”

Mencionado tanto nos primeiros como nos últimos versos da Bíblia, o Espírito Santo tem

estado em atividade na Criação, Encarnação, e Redenção.

Como representante pessoal de Jesus, Ele faz pelas pessoas o mesmo que Jesus faria se

estivesse fisicamente presente.

Page 226: Artigos_a Voz Da Profecia

“Quando o Espírito de Deus toma posse do coração, Ele transforma a vida. Os pensamentos

pecaminosos são afastados, renunciadas as más ações; o amor, a humildade, e a paz tomam

o lugar da ira, da inveja e da contenda.

A alegria substitui a tristeza, e o semblante reflete a luz do Céu. Ninguém vê a mão que

suspende o fardo, nem a luz que desce das cortes celestiais. A bênção vem quando, pela fé, a

alma se entrega a Deus.

Então, aquele poder que olho algum pode discernir, cria um novo ser à imagem de Deus.” DTN,

173. É a atuação de Deus, Espírito Santo.

Que Ele possa tocar o nosso coração e que nossa vida possa ser transformada dia a dia. É o

nosso grande anseio, Amém.

Page 227: Artigos_a Voz Da Profecia

A VOZ DA PROFECIA NEUMOEL STINA

EM BUSCA DOS PERDIDOS

Hoje quero tratar de um assunto palpitante. Faz bem ao nosso coração pensar e sentir que

Deus está profundamente interessado em Seus filhos terrestres.

O assunto está baseado em São Lucas capítulo 19 versos de 1 a 10. trata-se do encontro de

Jesus com um homem chamado Zaqueu.

O Senhor havia entrado na cidade de Jericó e atravessava a cidade. A multidão arrastava

Jesus. E havia ali um homem que queria ver o Mestre. Este fato não chama muita atenção

porque durante sua vida e ministério muitas pessoas buscaram ver Jesus.

O que chamou a atenção é que aquele homem era um dos maiorais dos publicanos. Ele era de

pequena estatura, mas , muito rico, e por causa da multidão, saiu correndo à frente e subiu

numa árvore, por onde certamente Jesus iria passar.

É certo que não conhecemos bem os planos de Deus para nossa vida, mas podemos pelo

menos tentar nos colocar numa posição onde possamos ser alcançados por Jesus. E foi o que

Zaqueu fez.

Deus em Sua sabedoria e providência tomou todas as precauções para que pudéssemos ser

salvos.

É maravilhoso imaginar Jesus passando pela avenida, apertado pela multidão, e quando chega

exatamente debaixo da árvore sobre a qual Zaqueu está, Jesus pára.

Toda a multidão para juntamente com Ele. Todos em silêncio querem ver e saber porque

Jesus parou. Zaqueu que está no meio dos galhos da árvore nem consegue se conter ao ver

Jesus bem de pertinho.

Ele pensa consigo mesmo: que privilégio o meu. Jesus parou bem aqui! De súbito, lembra-se

de que é um maldito ladrão cobrador de impostos, odiado por seus próprios irmãos, seus

concidadãos. Enquanto está pensando em sua vida como uma verdadeira tragédia,

considerando-se um homem vazio, Jesus olha pra cima, em sua direção.

Page 228: Artigos_a Voz Da Profecia

Zaqueu tenta se esconder no meio da ramagem, mas o olhar de Jesus não lhe permite. Mais

do que isso, Jesus lhe dirige a palavra e o chama pelo nome e diz: “Zaqueu, desce depressa,

pois me convém ficar hoje em tua casa.” Lucas 19:5.

Fico a pensar como Zaqueu deve ter se sentido quando ouviu Jesus pronunciar seu nome.

Penso que uma corrente de energia passou por todo o seu corpo, por todo o seu ser. E mais

emocionado ainda deve ter ficado ao Jesus dizer que era necessário ir à sua casa.

Zaqueu não se achou digno de receber em sua residência o Príncipe do Universo, O Rei dos

reis, o filho de Deus. Não porque sua casa fosse simples, pelo contrário era um homem muito

rico. Talvez porque se sentisse pecador.

A despeito deste sentimento, a Bíblia diz que Zaqueu desceu a toda pressa e O recebeu com

alegria. Na verdade acho que Zaqueu saltou lá de cima.

Deve ter ido pra casa com um sorriso enorme nos lábios e com muita alegria no coração. Todo

o povo ficou em suspense.

Como poderia Jesus, se hospedar na casa de um traiçoeiro? Ladrão do seu próprio povo?

(Porque cobradores de impostos eram empregados dos romanos). O que a multidão não sabia

é que as pessoas sadias não precisam de médicos, mas as doentes sim.

Jesus não repreendeu Zaqueu por ser um homem altamente desonesto. O próprio Zaqueu

reconheceu que sendo amigo de Jesus, agora, deveria mudar de vida e antes que Jesus

dissesse qualquer coisa Zaqueu tomou uma decisão. Resolveu dar metade dos seus bens aos

pobres e devolver quadruplicadamente ao que foi defraudado.

Ao que Jesus replicou: Hoje houve salvação nesta casa. A verdade é que Jesus está

interessado em procurar os perdidos.

Em Lucas 19:10 Ele diz: “Porque o filho do homem veio buscar e salvar o perdido.” Deus

sempre está à procura do pecador. Gên 3:9 “Adão onde estás?” I Reis 19:9 “O que fazes aqui

Elias?”

Mas, há outra coisa bonita neste relato que não pode ser esquecida: A presença de Jesus

mudou a vida de Zaqueu. Deus nunca espera que nos entreguemos a Ele depois de nos

tornarmos santos e bons.

Ele espere que nos entreguemos a Ele tais como somos. É Ele quem vai nos transformar, nos

modificar.

Page 229: Artigos_a Voz Da Profecia

Talvez hoje eu esteja falando para alguma pessoa que está completamente distante de Deus.

Lembre-se meu amigo, lembre-se minha amiga, Jesus veio buscar e salvar o perdido. Jesus

está passando hoje e deseja pousar em sua casa.

Convide-O para entrar. Peça que perdoe seus pecados, porque por Seu amor Jesus nos

salvou.

Page 230: Artigos_a Voz Da Profecia

A VOZ DA PROFECIA NEUMOEL STINA

AS ESCRITURAS SAGRADAS

O Deus da Bíblia é um Deus que Se revela a nós. Ele não nos deixa sozinhos em nosso estado

de desamparo, afastados dEle devido ao pecado.

Aproxima-Se de nós, mostrando-nos Seu caráter, revelando Sua vontade, oferecendo-nos a

salvação que providenciou.

Ele é o Deus que fala. “ Havendo Deus, outrora, falado muitas vezes, e de muitas maneiras,

aos pais, pelos profetas, nestes últimos nos falou pelo Filho a quem constituiu herdeiro de

todas as coisas, pelo qual também fez o Universo.” Hebreus 1:1 e 2

As Escrituras Sagradas, abrangendo os dois Testamentos, Antigo e Novo, são o vivo relato da

fala de Deus. São mais do que a história de encontros divinos extraídos do passado, mais do

que momentos comemorativos, da fé de gerações anteriores - são a Palavra de Deus.

Foi Deus, o Espírito Santo, quem primeiro trouxe a luz da Palavra, influindo sobre a mente dos

escritores da Bíblia. (II Pedro 1:20 e 21)

O mesmo Espírito que age por meio das Escrituras, hoje em dia dirigi-Se a nós pessoalmente,

convidando-nos a voltar para Deus, convencendo-nos do pecado, iluminando-nos a mente e

insistindo em nosso coração: “Hoje se ouvirdes a Sua voz, não endureçais os vossos

corações.” Hebreus 3:7 e 8.

Visto que Deus é o Autor das Escrituras, elas são vivas e inalteráveis.

Assim como Jesus, o Filho de Deus, se fez carne (João 1:14), as Escrituras constituem uma

singular fusão da divindade e da humanidade.

Deus não ditou as Escrituras, nem as deu para nós numa linguagem extraterrena. Antes, influiu

sobre as pessoas com uma variedade de antecedentes, pessoas que eram muito instruídas

ou pouco instruídas, pessoas que eram de sangue real ou de estirpe comum.

Estes homens foram realmente inspirados. Deus moveu-lhes a mente, inspirando-os com Sua

mensagem para a humanidade; eles então expressavam as idéias divinas em suas próprias

palavras.

Page 231: Artigos_a Voz Da Profecia

Assim a Bíblia é ao mesmo tempo completamente humana e mais do que humana. Deus fala

por meio de suas palavras, pensamentos, figuras e histórias humanas. Embora a Bíblia tenha

muitos escritores, tem um só Autor.

As Escrituras têm autoridade. Devemos crer no que elas ensinam e praticar o que mandam.

Toda a opinião humana deve ser submetida à prova pela Escritura. Elas são, em todas as suas

partes, a verdade infalível.

As Escrituras podem tornar-nos sábios “para a salvação pela fé em Cristo Jesus” II Timóteo

3:15 São infalíveis na exposição do plano de Deus para a redenção da humanidade perdida.

Tanto no Antigo como no Novo Testamento, esse plano é o mesmo, centralizando-se em Jesus

Cristo.

Deus não muda. “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e eternamente”. Hebreus 13:8 A

revelação de Seu caráter nas Escrituras é inalterável. Visto que Seu meio de salvar homens e

mulheres perdidos é um só, a descrição que as Escrituras fazem desse meio nunca poderá ser

suplantada.

Num mundo de mudanças e alterações de valores cambiantes e conflitantes pretensões de

verdade, a Palavra de Deus continua sendo a norma infalível.

“Lâmpada para os nossos pés e luz para nossos caminhos” Salmos 119:105, assim é a

Palavra de Deus para nós.

A Bíblia nos diz como viver dia a dia, Livra-nos das areias movediças do erro. Guia-nos através

dos perigos dos últimos tempos. Lembra-nos de que somos filhos e filhas do Deus vivo, criados

por Ele, amados por Ele, aceitos por Ele em Jesus Cristo e destinados a viver eternamente

com Ele.

Nela Encontramos a Jesus, a Palavra que se fez carne, nosso Salvador e Senhor.

Alimentando-nos dela, somos “regenerados ” (I Pedro 1:23) e transformados diariamente na

Sua imagem. (II Coríntios 3:18)

Assim as Escrituras são nossa luz, nosso alimento, nosso refúgio. Como guiaram o povo de

Deus em todos os séculos, ainda constituem o “gozo e alegria” de nosso coração (Jeremias

15:16), nosso consolo na aflição, nosso conselho na prosperidade e nossa esperança de vida

eterna.

Ao começarmos o estudo das Escrituras, devemos lembrar-nos de seu caráter singular. Os

meios comuns de investigação são inadequados; necessitamos da orientação do Espírito

Santo.

Page 232: Artigos_a Voz Da Profecia

As coisas espirituais se discernem espiritualmente (I Coríntios 2.11-14). Precisamos ser

submissos às Escrituras como a Palavra de Deus, dispostos a receber a instrução que Deus

tem para nós. “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz ás igrejas.” Apocalipse 2:7.

O Convite de Deus a todos os homens e mulheres é:” Oh! provai, e vede que o Senhor é bom.”

Salmos 34:8.

A todo aquele que abre a Bíblia com o coração anelante, Deus se revela como seu Autor. As

Escrituras Sagradas são dotadas de Sua vida; Ele, o Deus que fala, ainda está falando hoje.

Deixe o amoroso Deus falar ao seu coração através de Sua Santa Palavra. Com certeza, você

sentirá a paz que ele quer que Seus filhos sintam.

Pode ser até que você pense que o amor de Deus seja uma coisa qualquer.

Mas se você pensar que Deus amou tanto que deu Seu filho, você vai descobrir que o amor de

Deus é sem igual.

Saiba que o amor de Deus nunca passará porque Deus é eterno, E sua Palavra é fiel e nunca

falhará.

Page 233: Artigos_a Voz Da Profecia

A VOZ DA PROFECIA NEUMOEL STINA

COMO VENCER A TRISTEZA

Quem viveu alguns anos já se encontrou com a tristeza várias vezes. É o tipo de sensação que

nenhum de nós jamais gostaria de ter.

Há várias situações que provocam a tristeza. Por exemplo quando você perde coisas ou

possessões, quando a sua empresa vai mal, ou a casa se vai em um negócio mal feito.

Quando de repente fica sem emprego, sem os amigos e você entra no mundo da solidão.

Quando perde um parente através da morte ou do divórcio, parece que a tristeza é profunda e

dói demais.

Em horas assim difíceis você recorre as promessas da Palavra de Deus? Ainda consegue

acreditar no amor divino quando tudo esta escuro? O próprio Filho de Deus quando aqui

esteve, passou por momentos de tristeza.

O profeta Isaías O chamou de homem de dores. Certamente apesar dos sentimentos de alegria

por salvar a humanidade da morte, a tristeza da traição, o abandono dos apóstolos nos

momentos cruciais do seu sofrimento, invadiram e machucaram o Seu coração.

Até o Seu querido Pai, que várias vezes O chamou de Filho Amado, teve que deixá-Lo sofrer

para realizar a salvação da humanidade.

É bom saber que mesmo quando estamos tristes, podemos ter a certeza de Seu amor, e de

Sua companhia ao nosso lado. Essa é uma das maravilhosas promessas que Ele nos deu. No

livro do profeta Isaías capítulo 57:15: “Porque assim diz o Alto e o Sublime, que habita a

eternidade, o qual tem o nome de Santo. Habito no alto e santo lugar, mas habito também com

o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos, e vivificar o coração dos

contritos.”

Após Sua ressurreição, o Senhor deixou tudo para acompanhar a pé, dois discípulos que iam

para a cidade de Emaus, que estavam vencidos pela decepção e pela tristeza.

Mais uma vez cumpriu a promessa, e mais do que isto, revelou a Sua consideração e o

carinho por todas as pessoas tristes. (Luc 24:13)

Page 234: Artigos_a Voz Da Profecia

Há outros exemplos bíblicos que são um conforto para os tristes e sofredores. Foi em um

deserto que Deus supriu durante 40 anos, a um milhão de peregrinos, com o pão vindo do céu.

Foi durante um período de fome nacional que o Senhor mandou ao profeta Elias duas refeições

diária transportadas por aves. Durante uma grande crise, houve farinha suficiente e azeite

quase interminável para sustentar uma fiel e carente viúva, que pertencia ao povo de Deus. A

extremidade humana é a oportunidade de Deus.

Amigo, se está faltando alguma coisa, coloque sua confiança no Senhor porque Ele não o

abandonará. Quando você disser: o que vamos comer hoje ou amanhã?

Lembre-se das palavras de Jesus: “Vosso Pai Celestial sabe que necessitais destas coisas.

Portanto não vos inquieteis com o dia de amanhã.” Mateus 6:31-33

Se está perdendo a saúde, lembre-se do Médico dos médicos. Aquele que curou a tantos

enfermos, vai também reservar uma benção para você.

Lembre-se também que todas as coisas vão contribuir para o bem integral daqueles que

buscam com sinceridade os caminhos de Deus. (Romanos 8:28)

Se o mundo hoje se tornou uma ameaça... Se a segurança e a paz estão cada vez mais

distantes...Se o temor coletivo intranquiliza todas as classes.

Podemos sentir a paz descrita no evangelho de João 14:27: “Deixo-vos a paz, a minha paz

vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.”

Se hoje você está triste porque perdeu uma oportunidade e está se lamentando: por que

aconteceu isto? Ah se eu tivesse feito isto ou aquilo! Eu deveria estar dormindo quando aceitei

aquela proposta. Por que eu não disse não?

Amigo, quem acredita em Deus, pode sempre recomeçar, pode recuperar o tempo e as coisas

perdidas. Recomeçar, ter forças para superar os obstáculos, são os desafios de todo aquele

que crê. Em II Coríntios 6:2 está escrito: “Eis agora o tempo oportuno. Eis agora o dia da

salvação.”

Vivemos num mundo de tristeza. Se você está triste porque sua imagem foi manchada e as

pessoas não confiam mais em você...

Se está recebendo críticas e o seu mundo parece desabar, lembre-se que você é muito

precioso para Deus.

O profeta Jeremias registra uma belíssima declaração de amor dedicada a você: “Com amor

eterno eu te amei, por isso com benignidade te atraí.” Jeremias 31:3

Page 235: Artigos_a Voz Da Profecia

Se está desolado porque a morte feriu o seu lar, lembre-se que Deus tem um remédio para isso

também. Aquele Jesus que disse : Lázaro sai para fora!, vai dizer a mesma frase aos nossos

queridos, no dia maravilhoso em que vai voltar ao mundo.

Naquele dia todas as nossas tristezas irão embora para sempre. Apenas precisamos acreditar.

Acreditar na virada que Deus vai dar em toda essa situação.

O que precisamos é aprender a plantar esperança. A Bíblia diz:“Aquele que sai andando e

chorando enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo os seus feixes.” Salmo 126:6.

“Ao anoitecer pode vir o choro, mas a alegria vem pela manhã.” Salmo 30:5

Há duas coisas que podem nos ajudar -

1. Jesus nos dá forças para suportar.

2. Jesus colocará fim ao sofrimento quando vier.

Graças a Deus podemos aguardar com fé a chegada dessa gloriosa manhã. E isso nos dá

serenidade. Nenhuma tempestade é suficientemente forte para nos assustar quando sabemos

que o nosso barco chegará ao Porto com segurança.

Não há tristeza que possa diminuir a alegria da bem-aventurança que nos aguarda. Louvemos

ao Senhor, porque através dEle podemos hoje superar a tristeza.

Page 236: Artigos_a Voz Da Profecia

A VOZ DA PROFECIA NEUMOEL STINA

COMO SER FELIZ

Em João 15:11, O Senhor Jesus disse: “Estas coisas vos tenho dito para que o meu gozo

esteja em vós e o vosso gozo seja completo.”

Quando alguém que está feliz chega parece que ilumina o lugar. Há pessoas que nem

precisam falar, só a presença já torna o ambiente mais calmo, mais seguro, mais agradável.

E você é feliz? O verdadeiro cristão e assim. O patriarca Davi apresenta uma razão básica

para essa felicidade: “Minha alma se regozijará no Senhor e se deleitará na sua salvação.”

Salmo 35:9

Pensando bem, por que não ser feliz? Os nossos pecados foram perdoados, a presença e o

poder de Deus agora estão conosco, e temos um futuro esplendoroso na terra dos sonhos - o

Céu.

Quando perguntaram ao grande compositor clássico Haydn(Raidîn) por que suas composições

sacras eram tão alegres, deu uma bonita resposta: Não posso compor diferente, escrevo o que

sinto.

Quando penso em Deus, meu coração se enche de tanta alegria que as notas dançam e pulam

enquanto escrevo. Deus me deu um coração feliz, e tenho que serví-lo com espírito alegre.

Geralmente é culpa nossa quando mergulhamos na neblina fria da depressão, e nos

demoramos em baixo de nuvens densas e escuras.

Quase todos estão nessa hora se queixando de alguma coisa, da situação mundial. A violência

das grandes cidades esta rondando agora até as cidades pequenas.

A insegurança social, a instabilidade do sistema financeiro. Hoje a globalização leva crises

setoriais para todas as regiões da Terra. As doenças de uma comunidade logo chegam aos

demais lugares.

Page 237: Artigos_a Voz Da Profecia

Enquanto isso, existe uma alegria exterior que não nasce dentro da pessoa. São festas, orgias,

vícios, paixões de curta duração que tentam esconder um vazio horrível que se instalou dentro

do ser humano.

Em tais cicunstâncias “Até no riso tem dor o coração, e o fim da alegria é a tristeza”, como diz

Provérbios 14:13.

Porém Isaías diz: “Regozijar-me-ei muito no Senhor, a minha alma se alegra no meu Deus.

Porque me cobriu de vestes de salvação, e me envolveu com o manto de justiça. ” Isaías 61:10

Há dois bonitos exemplos nos registros do Novo Testamento, descrevendo de modo prático

como a salvação faz a pessoa feliz.

Quando o chanceler da Etiópia recebeu instruções da Palavra de Deus e, mandou parar o

carro, ambos desceram às águas para ser batizado, e Filipe batizou o eunuco. Tanto ele como

o apóstolo que o batizou ficaram muito felizes.

Quando saíram da água o Espírito do Senhor arrebatou a Filipe, não o vendo mais o oficial. E

este foi seguindo o seu caminho, cheio de júbilo. Atos 8:26-40

O outro exemplo de alegria cristã é a do carcereiro de Filipos descrito em Atos 16:34,

coincidentemente também após o seu batismo: “E levando os dois apóstolos para a sua casa

lhes pôs a mesa e, com todos os seus manifestava grande alegria, por terem crido em Deus. “

Essa sensação parece o padrão normal de todos aqueles que aceitam a salvação oferecida por

nosso Senhor Jesus Cristo.

Jesus quer que sejamos felizes. Ele diz: “Tenho-vos dito isto estas coisas, para que o meu

gozo esteja em vós, e o vosso gozo seja completo.” João 15:11

“A luz difunde-se para o justo, e a alegria para os retos de coração. Alegrai-vos no Senhor, ó

justos, e dai louvores ao seu santo nome.” Salmo 97:11, 12.

O Cristianismo verdadeiro ilumina a vida. Alguns pensam que a religião limita a vida das

pessoas, deixando-as frustradas e tristes. Mas a realidade é justamente o contrário.

Os que escolhem os caminhos do pecado, vivem agredidos em seus sentimentos, apresentam

traumas, sequelas e marcas do pecado em suas vidas.

Alguns até escolhem a morte súbita pelo suicídio. Outras preferem a morte lenta, com o uso

indiscriminado de vícios e drogas.

Page 238: Artigos_a Voz Da Profecia

Mas os cristãos verdadeiros respiram um clima diferente. São inspirados pelas promessas da

vida eterna que está no futuro. E como consequência acabam sendo felizes aqui também.

Graças a Deus o Seu reino prometido não é comparado a um funeral, mas a uma grande festa

de casamento, com direito a um delicioso banquete, uma alegria interminável por toda a

eternidade.

Quando entrarmos nesse Reino, serão ditas as seguintes palavras: “Muito bem, servo bom e

fiel. Foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei: Entra no gozo do teu Senhor.” Mateus

25:21

E vejam o que diz Isaías: “Os resgatados do Senhor voltarão e virão a Sião com cânticos de

júbilo. Alegria eterna coroará as suas cabeças; gozo e alegria alcançarão, e deles fugirá a

tristeza e gemido.” Isaías 35:10

“Eu me alegrarei com vocês, e nunca mais se ouvirá voz de choro, nem de clamor.” Isaías

65:19

Amigo, não troque essa alegria por nada neste mundo. Por que sofrer procurando as imitações

falsas e ser capturado pelo engano do pecado?

Venha para os braços de Deus. . .e você sentirá uma alegria que jamais sentiu. Não espere

para ser feliz. Aceite agora e comece a sentir hoje mesmo o sensacional gostinho do céu.

Page 239: Artigos_a Voz Da Profecia

A VOZ DA PROFECIA NEUMOEL STINA

COMO VENCER AS PREOCUPAÇÕES

O que fazer para vencer as preocupações?

Todo mundo anda preocupado e ansioso. Algumas nações possuem armas que poderiam fazer

deste mundo um deserto. Certas doenças tiram a vida de milhões de pessoas cada ano. E

novas formas de enfermidades continuam aparecendo, surpreendendo e desafiando as

maiores autoridades médicas e adicionando ameaças terríveis.

E ainda mais, aqueles valores morais que ajudam a preservar a sociedade estão sendo mais e

mais ignorados. Por causa disso as chances de sermos agredidos ou assaltados são muito

maiores que antes.

Além disso, a preocupação com a saúde, a segurança da família, o perigo de perder o

emprego. Os pacotes econômicos, a instabilidade das bolsas afetando até àqueles que não

investem na ciranda financeira.

O mundo está enfermo e parece que houve contágio geral. Não só a economia se tornou

globalizada, mas, a violência, a poluição, e as doenças já estão em todas as regiões da Terra.

Mas consideremos juntos, as palavras encorajadoras que Jesus nos deixou. Estão no

Evangelho de João, capítulo 14:1-3

“Não se turbe o vosso coração. Credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai

há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E

quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez e vos receberei para mim mesmo, para que

onde eu estou estejais vós também.”

Aqui encontramos a resposta de Jesus para o problema das preocupações. Ele apresenta três

razões porque devemos parar de nos preocupar.

Note, que as primeiras palavras do texto são: não se turbe o vosso coração. O grande Deus

do universo que sabe todas as coisas -o nosso Pai Celestial - é muito sábio para enganar-se e

Page 240: Artigos_a Voz Da Profecia

muito bom para ser descortês. “O Deus eterno é seu refúgio”, e os braços eternos o

sustentarão (Deuteronômio 33:27). Então por que nos preocupar?

Muitas vezes ficamos preocupados, e pensamos que os nossos pecados não foram perdoados.

Deus, o nosso Pai celestial, é um Deus de amor. Ele se importa conosco, tem por nós grande

consideração.

Deus conhece todas as nossas tristezas, nossos desapontamentos, e aqueles sentimentos

que nos machucam.

Ele perdoa nossos pecados , e os lança nas profundezas do mar. (Miquéias 7:19)

Vejamos agora as 3 razões que nos ajudam a acabar com as preocupações:

1. A primeira razão porque um filho de Deus deve parar de preocupar-se é: “Não se turbe o

vosso coração, credes em Deus, crede também em mim.”

Qualquer pessoa que crê em Deus, não entra em desespero. Primeiro porque crer em Jesus

como o filho de Deus significa salvação, significa vida eterna. (João 17:3)

E segundo, aquele que crê em Jesus não é condenado, portanto tem seus pecados perdoados

Por que então preocupar-se com os pecados? Se ainda nos preocupamos com eles, é sinal

que não acreditamos no perdão, ou então ainda não nos arrependemos.

Na primeira carta do Apóstolo João temos uma idéia do tratamento que o Pai nos dá através de

Jesus: “Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, porém, alguém

pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o justo. Porque é por meio do próprio Jesus

Cristo que os nossos pecados são perdoados. E não somente os nossos, mas também os do

mundo inteiro.”

É também uma questão de lógica. Não temos que nos preocupar, porque se Deus investiu em

nós a ponto de morrer numa cruz, Ele tudo fará para resolver os nossos problemas e nos

preparar para a Vida Eterna. Deus não faz as coisas incompletas. Não temos que nos

preocupar.

2. A segunda razão porque não nos preocuparmos é: “Vou prepara-vos lugar.” (Verso 2)

Não se preocupe, vou preparar um lugar para você. Existe um céu além, à sua espera. Será o

fim das injustiças humanas, da inversão de valores, do sofrimento dos inocentes, da penúria

dos pobres, da insegurança e intranquilidade dos ricos.

Page 241: Artigos_a Voz Da Profecia

Não se preocupe, existe um lugar maravilhoso esperando por nós. Lá não haverá, doença,

morte, traumas ou sofrimento algum. Haverá então uma alegria maravilhosa e sensacional,

com as maiores surpresas cada dia da eternidade.

Veja o que a Palavra de Deus diz: “E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não

existirá. Já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram.”

Apocalipse 21:4

3. Agora no verso 3 deste capítulo 14 de João, Jesus nos apresenta a terceira razão porque

não devemos nos preocupar: “E quando eu for, e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que onde eu estou estejais vós também.”

Não se preocupe porque Jesus voltará em breve. Virá com poder, glória e majestade,

acompanhado de milhões de anjos.

Virá justamente nesta época de medo, insegurança e angústia. Vejamos o que está escrito em

Lucas 21:25-28 - “Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas; sobre a terra, angústia das nações em perplexidade.

Haverá homens que desmaiarão de terror pela expectativa das coisas que sobrevirão ao

mundo; pois os poderes dos céus serão abalados. Então se verá o Filho do homem

vindo numa nuvem, com poder e grande glória. Quando estas coisas começarem a

acontecer, exultai e erguei as vossas cabeças, porque a vossa redenção se aproxima.”

Meu filho, está chegando o grande dia em que o Senhor virá nos buscar. O que nos aguarda é

tão maravilhoso, que as dificuldades de hoje não poderão nos segurar.

Não tenha medo de nada, porque o nosso Rei está chegando. Volte-se para Deus. Creia, e

encontrará a única paz que é capaz de vencer todo tipo de preocupação.

Page 242: Artigos_a Voz Da Profecia

A VOZ DA PROFECIA

NEUMOEL STINA

DESVIOS NA ESTRADA DA VIDA

Você já viajou de carro alguma vez?

Em algumas viagens, especialmente as mais longas, quase sempre há algum imprevisto. E os

imprevistos nos atrasam.

Mas o que mais incomoda nos imprevistos, são os desvios. Que muitas vezes são longos e

demorados.

Foi uma barreira que caiu da montanha ou um acidente que bloqueou toda a estrada. Ou ainda

alguma outra coisa qualquer.

Quando chega um desvio, você já sabe: É perda de tempo, atraso na viagem, cansaço

adicional.

Por vezes há parentes ou amigos esperando e não dá para avisar que haverá atraso. Outras

vezes você tem um compromisso sério, e qualquer atraso representa mão de obra e

contratempos. Uma coisa vai puxando outra e acaba nos complicando.

Na estrada da vida, as coisas são muito parecidas.

Tudo vai bem, de repente um probleminha na escola dos filhos começa a incomodar, ou lá no

emprego as mudanças atingiram você e você começa a mudar o seu estilo de vida.

A vida religiosa também não escapa dessas surpresas inesperadas. Você parecia ter paz, as

coisas iam bem na igreja. Em casa todos aparentavam estar felizes, e inesperadamente entra

uma pedrinha dentro do sapato.

Até essa área tem os seus altos e baixos, como a bolsa de valores. Só que no sentido

espiritual, essas trepidações acabam favorecendo a nossa maturidade. O apóstolo Pedro até

diz que isso desenvolve uma outra virtude chamada perseverança e termina por beneficiar o

nosso bem global. (I Pedro 1:6,7)

Há um grande princípio bíblico que nos consola e mais ainda, nos assegura que os desvios

que perturbam o curso da nossa vida, se analisados pelo prisma do amor de Deus, podem

com certeza representar um bem maior que está para nos acontecer.

Esse texto está em Romanos 8:28: “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem

daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu decreto.”

Page 243: Artigos_a Voz Da Profecia

Há vários exemplos bíblicos que comprovam os desígnios da Providência. Vamos citar apenas

dois:

Moisés foi escolhido por Deus para ser o libertador do Seu povo no passado. No entusiasmo de

querer agir com rapidez acabou matando um egípcio que fustigava gente de sua família. Daí,

teve que fugir porque faraó queria vingar-se dele. Foi esconder-se em um deserto e lá ficou por

40 anos até morrer o monarca que queria matá-lo. Um desvio irrecuperável de acordo com a

lógica humana.

Mas nesses 40 longos anos, O Senhor trabalhou aquele coração violento, para a paciente

tarefa de liderar o povo de Deus no futuro, naquele mesmo deserto. Sem aqueles momentos de

silêncio e devoção o mundo não veria um dos maiores líderes de todos os tempos.

E além disso, na solidão do deserto, Deus o inspirou diretamente a escrever o Pentateuco, que

são os cinco primeiros livros da Bíblia, e também o livro de Jó.

Outro exemplo magnífico aconteceu com José.

Aos 17 anos duas profecias indicavam o sucesso desse rapaz e o futuro brilhante que o

aguardava. De repente acontece um grande desvio na estrada da vida. Foi vendido pelos

próprios irmãos para uma caravana de ismaelitas que o levariam como escravo do segundo

homem do Egito, Potifar.

Quando as coisas iam melhorando, acontece um desvio adicional em sua vida. Acabou sendo

acusado injustamente de estupro e foi parar em uma prisão por 2 anos.

Mas não perdeu a fé em Deus. Não se desanimou. Qualquer pessoa mediocre não teria forças

para pensar em uma guinada para o bem naquelas circunstâncias.

Mas José pensou. Não apenas pensou, mas confiou na direção divina, que não deixa ninguém

no meio da estrada. Após esse desconfortável desvio, contra toda a lógica ele foi colocado

numa posição de honra inigualável. Tornou-se a pessoa mais importante do Egito, depois de

Faraó.

Querido amigo, não sei o que pode estar ocorrendo em sua vida agora mesmo.

Você pode estar sem emprego agora.

Você pode ter um processo esmagando a sua tranquilidade.

Pode estar com problemas na família.

A doença pode estar rondando a sua casa.

Você pode até pensar que Deus não se importa com uma pessoa que não deu a Ele o primeiro

lugar até hoje.

Mas filho, acredite que Deus porá você de volta na estrada.

Uma estrada melhor, que vai levar você ao LAR CELESTIAL.

Page 244: Artigos_a Voz Da Profecia

Acredite em Jesus, pois Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida.

Você pode desviar de tudo e de todos nesta vida, mas uma coisa você não pode fazer: se

desviar de Jesus.

Se há desvios na estrada de sua vida, deixe Jesus conduzir você. Coloque-O em primeiro

lugar.

Ele vai levá-lo de volta aos braços do Pai.

Page 245: Artigos_a Voz Da Profecia

A VOZ DA PROFECIA NEUMOEL STINA

SALVO, APESAR DAS DESCULPAS

O tema de hoje lembra uma rebelião atual em um presídio dos tempos antigos. Os apóstolos

Paulo e Silas haviam sido presos por causa da pregação cristã. Ao contrário da lógica e do

costume, começaram a cantar e justamente a meia noite o poder de Deus iluminou a prisão.

Como se fosse um terremoto todas as portas se abriram. O chefe dos carcereiros se assustou

muito, pensando que era uma fuga em massa.

Mas, percebendo que todos estavam em seu lugar, admitiu estar diante de um acontecimento

sobrenatural. E, dirigindo-se a Paulo e Silas, disse: “Senhores, que devo fazer para ser salvo?

Responderam-lhe: “Crê no Senhor Jesus, e serás salvo, tu e tua casa.” Atos 16:30, 31. O que

o carcereiro pensava ser uma rebelião, transformou-se num maravilhoso encontro com Jesus.

Paulo e Silas puderam falar de Jesus como Salvador. Jesus não foi apenas um grande mestre,

como Confúcio, Budha, Zoroastro e outros. Ele foi e é o que nenhum deles vindicou ser. Jesus

Cristo é o Salvador. O Salvador do mundo.

Em Seu nascimento o anjo disse: “Chamarás o Seu nome Jesus, porque Ele salvará o Seu

povo dos pecados deles.” Mateus 1:21.

Ele dá mais que instrução - Ele dá libertação. Ele oferece mais que princípios elevados ou

ideais de moralidade. Cristo dá poder para vencer - poder sobre o pecado e os vícios. Poder

que habilita a viver para Deus.

O apóstolo Paulo expressa essa dualidade assim: “Desventurado homem que eu sou. Quem

me livrará?. . .Graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor.” Romanos 7: 24, 25.

Este texto deixa claro que eu não posso salvar-me a mim mesmo. Não posso pelos meus atos

ou por minha vontade, purificar-me dos pecados e me transformar.

Mas, existe solução em Jesus. “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.” João

1:29 De todos os mais de 31.000 versos da Bíblia, existe um que expressa o quanto Deus

ama você e deseja vê-lo salvo.

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo

aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” João 3:16.

Page 246: Artigos_a Voz Da Profecia

Deus - Autoridade Máxima

Amou o mundo de tal maneira - A Maior Motivação

Que deu o Seu Filho Unigênito - A Maior Dádiva

Para que todo aquele - O mais amplo convite

Que nEle crê - A única saída

Não pereça - A maior libertação

Mas tenha a vida eterna - A maior benção, a melhor aquisição.

Amigo, por que não recebe ao Senhor como o seu Salvador? Por que ficar longe dele? Como

pode resistir a esse amor? Não há nenhuma razão para não acreditar nele.

As pessoas podem apenas dar desculpas. Meu filho, será que você também estaria pensando

em dar alguma desculpa para não aceitá-lo?

1. Seria porque não está querendo abandonar algum pecado, algum procedimento

incorreto? Acha difícil abandonar isso por Ele? Na Palavra de Deus em II Coríntios 8:9,

você compreenderá, que Ele deixou tudo por você: “Pois conheceis a graça de nosso Senhor

Jesus Cristo, que sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que pela sua pobreza vos

tornásseis ricos.”

2. Você alega que não pode aceitá-lo porque é um grande pecador? Leia então Hebreus

7:25 e terá a resposta, pois “ Ele e capaz de salvar totalmente os que por Ele se chegam a

Deus, vivendo sempre para interceder por eles”. Amigo, não importa quão fundo tenha caído

no pecado, Cristo é capaz de levantar você.

3. Mas você pode dizer que se sente indigno. Este é exatamente o tipo de pessoa que Ele

quer ajudar. Está escrito: “Fiel é a palavra e digna de toda aceitação, que Cristo Jesus veio ao

mundo, para salvar, os pecadores, dos quais eu sou o principal.” I Timóteo 1:15.

4. Está com medo de não ser aceito? Aquele que jamais recusou qualquer pecador, garante

em João 6:37: “Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo

nenhum o lançarei fora.”

5. Você pode até dizer: Eu iria a Cristo, mas receio que não teria forças para perseverar.

Isso pode ser verdade, mas lembre-se de que Ele é capaz de guardar você. Escute só, uma

das grandes promessas da Bíblia: “Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres,

porque eu sou teu Deus, eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha poderosa mão.”

Isaías 41:10.

6. Será que você não quer ir a Ele porque acha que já é bom o suficiente? Que você não

faz mal a ninguém e não precisa de mais nada? Em Efésios 2:8, 9 aprendemos: “Porque pela

Page 247: Artigos_a Voz Da Profecia

graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras para que

ninguém se glorie.

Amigo, se você faz a sua parte, crendo, Cristo com certeza fará a dEle salvando. Realmente,

verdadeiramente, você precisa se decidir.

Alguns dizem: Eu vou, mas não agora. Algum dia. Vou dar um tempo. Como o indeciso

monarca Felix vou esperar uma época conveniente. (Atos 24:25)

Deus diz , HOJE

Satanás diz, Amanhã

Deus diz, AGORA

Satanás diz, Outra Hora, Depois.

Mas você já notou que tanto o amanhã como o depois nunca chegam? Diz a Palavra de

Deus: “Eis agora o tempo oportuno, eis agora o dia da salvação.” II Coríntios 6:2

Querido, venha agora correndo para os braços do Pai. Faça desta decisão, o momento mais

feliz da sua vida. Comece agora mesmo a receber a benção da paz, que você não encontraria

em nenhum outro lugar do mundo.

Convide Jesus para habitar em seu coração. Se você estiver sentindo o chamado do Espírito

de Deus, diga simplesmente a Jesus. Habita em mim.

Page 248: Artigos_a Voz Da Profecia

A VOZ DA PROFECIA NEUMOEL STINA

A NOVA TERRA

Se pudéssemos penetrar o futuro e contemplar a linda pátria do amanhã, vibraríamos de

emoção! E se formos fiéis ao Senhor, nós a veremos um dia.

As Escrituras muito têm a dizer dessa Pátria melhor, especialmente da cidade que está no céu e que há

de vir, a capital do maravilhoso mundo novo de Deus.

Alguns lêem a seu respeito e dizem: Não pode ser real. A terra em que vivemos é que é real,

nós homens somos reais.

Com certeza a Palavra de Deus é real. Numa de suas visões o apóstolo João contemplo a

cidade que há de vir. Ele escreveu: “Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, descendo do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para seu esposo.

Então ouvi a grande voz que vinha do trono dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os

homens, Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus e Deus mesmo estará com

eles. E lhes enxugará dos olhos toda a lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá

luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras cousas passaram.” Apocalipse 21:2-4

A cidade não é apenas chamada de a Nova Jerusalém, mas também o Tabernáculo de Deus.

Nosso planeta, que foi o teatro da queda do homem, torna-se o local da cidade de Deus. esta

terra, que foi regada com o sangue de Cristo, goza tanto da presença de Deus que se diz ser

habitada por Ele. E Deus “enxugará dos olhos toda lágrima”. Deus fará isto removendo a

causa das lágrimas.

A respeito do tamanho da cidade- ela é suficientemente grande? Será capaz de acomodar

milhões de salvos? A Bíblia nos diz: “Aquele que falava comigo tinha por medida uma vara

de ouro, para medir a cidade, as suas portas e a sua muralha. A cidade é quadrangular,

de comprimento e largura iguais. E mediu a cidade com a vara até doze mil estádios. O

seu comprimento, largura e altura são iguais. Mediu também a sua muralha, cento e

quarenta e quatro côvados, medida de homem, isto é, anjo. A estrutura da muralha é de

jaspe; também a cidade é de ouro puro, semelhante a vidro límpido.” Apocalipse 21:15-18

Doze mil estádios se cada estádio a 185 metros, 12.000 estádios são 2.200 quilômetros. Se

esta medida representa a inteira circunferência da cidade, como alguns julgam, a Nova

Page 249: Artigos_a Voz Da Profecia

Jerusalém terá 555 quilômetros de cada lado, ou seja uma superfície um pouco mais que a do

estado de São Paulo. Como vemos há na cidade espaço para incontáveis milhões.

As doze grandes portas, de pérola, devem ser unicamente para beleza, porque nunca se

fecham. Tal como a graça e a misericórdia de Deus, elas se abrem para todas as direções da

rosa dos ventos e permanecem abertas para sempre.

Mas, ninguém jamais entrará por aquelas portas de pérola sem antes haver passado pela

estreita porta do arrependimento. Só os obedientes, mediante a abundante graça de Cristo, ali

entrarão. Verdadeiramente podemos dizer como João, ao ver os remidos entrarem no céu:

“Bem aventurados aqueles que guardam o seus mandamentos, para que tenham poder na

árvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas. “Apocalipse 22:14

É impossível para nós, agora , termos mais que um vislumbre da glória dessa cidade. Temos

de esperar para vê-la. Mas o quadro acha-se nas Escrituras e o podemos ler mesmo assim.

Não há necessidade de luz do sol na cidade. A Bíblia afirma: “A cidade não precisa nem do sol,

nem da lua, para lhe darem claridade, pois a glória de Deus a iluminou, e o Cordeiro é a sua

lâmpada. As nações andarão mediante a sua luz, e os reis da terra lhe trazem a sua glória. As

suas portas nunca jamais se fecharão de dia, porque nela não haverá noite.” Apocalipse 21:23-

25

Não há noite na cidade. Nela não será necessário descanso nem sono. Pensai no tempo que

gastamos dormindo.

Lá está a Árvore da Vida, junto ao rio: “Então me mostrou o rio da água da vida, brilhante como

cristal, saindo do trono de Deus e do Cordeiro.

No meio de sua praça, de uma a outra margem do rio, está a árvore da vida, produzindo doze

frutos, dando seu fruto de mês em mês, e as folhas são para a cura dos povos.” Apocalipse

22:1 e 2

Desde o Gênesis até o Apocalipse lemos de uma só árvore da vida. Os homens terão

novamente acesso a ela, e cumprir-se-ão as palavras do profeta: “Pois como os dia da árvore

são os dias do meu povo.” Isaías 65:22

Manando do trono de Deus, corre através da cidade o rio da vida. Que de mais majestoso que

o deslizar das águas de um grande rio! Que emoção será para os salvos verem pela primeira

vez o grande rio deslizando para o horizonte - o rio da vida.

Essa cidade está agora no céu, onde Jesus nos foi preparar lugar. Para ela serão levados os

salvos quando Jesus voltar. O Salvador orou para que todos os que O amam possam estar

com Ele onde Ele está (João 17.24), e essa oração será atendida.

Page 250: Artigos_a Voz Da Profecia

A Nova Jerusalém descerá para esta terra, afinal, para ser aqui a capital de um novo mundo.

Esta é a cidade com que os homens tem sonhado, a cidade que há de vir. Ela não é uma

miragem existe agora mesmo, e um dia estará aqui.

Nós, você e eu, podemos ter uma casa nessa cidade. É só querermos. O convite é para todos:

“O Espírito, e a noiva dizem: Vem. Aquele que ouve diga: Vem. Aquele que tem sede, venha, e

quem quiser beba de graça a água da vida.” Apocalipse 22:17

Não quer você, prezado ouvinte, beber do rio da vida na cidade de Deus? Então tome a água

da vida aqui. Toma-a agora, aceitando ao Senhor Jesus Cristo como Teu Salvador pessoal, e

obedecendo ao ensino do evangelho.

Basta entregar o coração à Cristo e dedicar a vida à Ele em obediência e amor.

Fazendo assim teremos um lugar com Cristo na Nova Terra, na Santa Cidade que há de vir.

Esta é a doce esperança do cristão.

Page 251: Artigos_a Voz Da Profecia

A VOZ DA PROFECIA NEUMOEL STINA

COMO SUPERAR A DEPRESSÃO

Como surge a depressão? Quais os sintomas? Você imagina que tem depressão? Se esse

fantasma o assusta, a Voz da Profecia garante a você que é possível superá-lo.

A depressão se parece com uma sensação de desapontamento. Parece uma sombra, uma

nuvem densa em cima da sua cabeça. Você se levanta cansado e tudo o que faz exige

bastante esforço.

Tudo fica mais difícil. Aí você quase não sai, não aceita convites, prefere isolar-se cada vez

mais.

Você tenta não entregar-se, procura combater esse gigante, mas volta a sentir um desânimo

que suga toda a energia restante.

Parece que uma escuridão o cerca por todos os lados e você começa a descer ao poço sem

fundo da depressão.

Os psicólogos afirmam que a depressão aflige a pessoa mais do que qualquer outra doença. E

se houver alguma outra enfermidade, tal doença na presença da depressão galopa na direção

errada.

A depressão nos ronda muito mais do que imaginamos. Especialmente nas cidades grandes. A

selva de concreto se tornou tão cruel conosco, não só pelas ofensas, mas também por nos

ignorar e depois nos agredir com o espectro do medo.

Esses dias fiquei surpreendido ao saber que 46% da população de São Paulo já teve algum

tipo de atendimento psicológico. O fato mais perturbador segundo os profissionais é que os

casos não tratados de depressão atingem números alarmantes.

A depressão pode estar ligada a alguma perda que tivemos. De um parente, a perda do

namorado, da auto-estima, a perda de um emprego ou o medo de perdê-lo. Também pode

estar ligada a uma reação de desapontamento, uma frustração grave e dolorida. Geralmente

são ferimentos emocionais.

Comumente as pessoas estacionam em um clima negativo, descrito pelos especialistas como

baixo astral. Elas conseguem viver, mas tudo ao redor fica sombrio e se sentem “pra baixo”.

Page 252: Artigos_a Voz Da Profecia

Às vezes foi um insulto, uma rejeição, uma injustiça sofrida, multiplicados pela tristeza e pela

raiva.

A chave para a depressão está em nossa reação a ela, nossa atitude para com essas coisas

ruins que cruzam nosso caminho.

A depressão se desenvolve no cérebro. Se quisermos atacar de frente a depressão, temos que

eliminar hábitos errados de pensar. Isso não é fácil, mas através da graça de Deus se torna

possível.

Foi exatamente isso que aconteceu com o apóstolo Paulo quando escreveu a carta aos

Filipenses. Estava preso dentro de um calabouço romano, escuro e úmido. Com certeza era

uma forte razão para um grande desapontamento

e tristeza.

O ativo e incansável batalhador do Evangelho, estava agora confinado entre paredes geladas

de pedra. Dali escreve uma carta de ânimo aos filhos na fé. Filipenses começa e termina

invocando a graça divina sobre todos eles.

Paulo não deixou seus pensamentos afundarem na escuridão das circunstâncias. Não permitiu

que a ansiedade, o ressentimento e a raiva o dominassem.

Paulo colocou sua situacão depressiva nas mãos de Deus. Ele apontou seu

problema na direção do Céu e quando fez isso, começou a ver a luz iluminando a masmorra

fria e insalubre. Ele viu que a graça de Deus podia fazer coisas positivas por ele. Que era

capaz de reverter os seus problemas, mágoas e tristezas. E ainda conseguiu escrever estas

palavras, que estão registradas em sua carta aos Filipenses:

“As coisas que me aconteceram contribuíram para o progresso do Evangelho”. Filipenses 1:12.

“Dou graças ao meu Deus quando me lembro de vós.” Filipenses 1:3

“Regozijai-vos sempre no Senhor. Outra vez digo, regozijai-vos.” Fil. 4:4

“Posso todas as coisas naquele que me fortalece.” Filip 4:13

“Esquecendo-me das coisas que para traz ficam, prossigo para o alvo.” Filipenses 3:13 e 14

Na cela solitária poderia relembrar o passado e abominar o presente, mas resolveu acreditar no

futuro. Decidiu ser alegre e agradecer.

Reverteu todo o quadro da depressão e mergulhou nas promessas divinas a ponto sentir-se

feliz mesmo ali onde estava.

Conseguiu desfocar o problema pungente, para enaltecer as vitórias do Evangelho: “Com isto

me regozijo, disse ele, sim, sempre me regozijarei.” Filipenses 1:18

Como então podemos superar a depressão?

Page 253: Artigos_a Voz Da Profecia

Além de procurar um médico, porque depressão é doença, a fé é um elemento fundamental no

processo da cura da depressão e muitas vezes o fator decisivo. É preciso confiar em Deus e

pensar positivamente.

Um cardiologista chamado para uma emergência, antes de sair indicou uma paciente aos seus

assistentes dizendo: “esta moça é portadora de TS.”

Como ela não sabia que TS era a sigla da sua doença, imaginou logo que TS era o código das

palavras em inglês: Terminal State = estado terminal. Deprimida pensou que seus dias

estavam contados e morreu em poucos dias na UTI do hospital.

O reverso também ocorre. Um senhor com o coração enfraquecido, estava em situação

gravíssima. Normalmente o coração tem dois sons apenas. Mas este era um caso de falência

do músculo cardíaco, e surgiu um terceiro som denominado “ritmo de galope”, estágio terminal

da doença. O cardiologista disse aos alunos: “agora vocês vão assistir a um bom galope.” Mas

o incrível aconteceu. O paciente em duas semanas recebeu alta completamente curado.

Ele havia entendido que o bom galope seria a reabilitação que ele teria. Imediatamente quando

ouviu a expressão, a esperança estimulou sua mente e o processo de cura e restauração foi

iniciado para a sua imensa alegria.

Amigo, mediante a confiança em Deus, você pode superar todos os seus problemas. Inclusive

a depressão. E deixar aos cuidados divinos toda e qualquer dificuldade que esteja enfrentando.

Deixe suas preocupações e fardos aos cuidados do Salvador Jesus, que disse: “Venham a Mim

todos os cansados e oprimidos e Eu os aliviarei.” Mateus 11:28

Se você acreditar em Jesus, começará em você o milagre da cura e da restauração.

Page 254: Artigos_a Voz Da Profecia

A VOZ DA PROFECIA

NEUMOEL STINA

FÉ, ARREPENDIMENTO, E CONFISSÃO

Na palestra de hoje queremos abordar sobre a resposta positiva que podemos dar a Deus.

Iniciamos com a leitura do texto de Hebreus 11:6 - “Ora, sem fé é impossível agradar a Deus;

porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe e que é

galardoador dos que O buscam”.

1. Portanto o primeiro ingrediente da resposta humana é a fé. O próprio capítulo 11 da carta

aos Hebreus nos primeiros versículos provê alguns conceitos do que possa ser a fé. Todavia

não estamos interessados tanto em definições quanto em compreender como é que a fé atua.

O apóstolo Paulo escrevendo aos Efésios, assim se expressou: “Porque pela graça sois salvos,

por meio da fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus” Efésios 2:8.

Ligando esta declaração com Gálatas 5:22 onde a fé é incluída como fruto do Espírito,

compreendemos claramente que o homem não pode de si mesmo crer e confiar em Deus. A

salvação da humanidade é um ato da graça divina. Deus tomou todas as providências para

assegurar aos seres humanos a certeza da salvação.

Cabe ao homem aceitá-la ou rejeitá-la. Porém, embora Deus não force as decisões dos Seus

Filhos, o Espírito Santo atua no coração dos homens convencendo-os do pecado, da justiça e

do juízo: João 16:8

Muitas vezes os homens ficam convencidos da sua condição pecaminosa e para aceitar a

salvação necessitam de fé, para crer e confiar em Deus. A única coisa que o homem precisa, é

a fé, e a fé não vem de si mesmo. É dom de Deus.

O Espírito Santo concede o dom da fé, para todos aqueles que desejam crer e aceitar o plano

da redenção. O mérito não está no homem. O homem não é salvo pela fé. A graça de Deus é

que salva a humanidade.

A fé é o elemento que habilita o homem a receber em sua vida os benefícios da salvação.

2. O Segundo elemento da resposta é o arrependimento: Paulo escreveu acerca do

arrependimento. Diz ele: “Porque a tristeza segundo Deus, opera arrependimento para a

salvação, que a ninguém traz pesar, mas a tristeza do mundo opera a morte.” II Coríntios 7:10

Há uma diferença clara e básica entre a tristeza segundo Deus e a tristeza do mundo. E essa

diferença é que uma opera a salvação, e a outra opera a morte.

Page 255: Artigos_a Voz Da Profecia

A tristeza segundo Deus, que opera arrependimento para a salvação, não é apenas um

sentimento. O verdadeiro arrependimento não envolve apenas mudança sentimental. É mais

amplo, mais profundo.

O arrependimento genuíno envolve mudança de rumo. Mudança na direção que se está

seguindo. Veja a diferença:

Você faz alguma coisa errada. Alguém lhe diz que você errou. Você fica triste por ter errado e

muda de atitude. Isto faz a diferença.

A tristeza segundo Deus, faz com que você não só fique triste pelos seus erros, mas faz com

que você mude de rumo, fazendo com que você se coloque num caminho em que não vai mais

errar.

Há dois exemplos na Bíblia que ilustram bem este fato. São os exemplos de Pedro e Judas. Os

dois eram discípulos de Jesus. Judas traiu o Mestre. Mateus registra a reação de Judas em

face ao seu erro.

“Então Judas, que o traíra, vendo que fora condenado, trouxe arrependido, as trinta moedas de

prata aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos, dizendo: Pequei traindo sangue inocente.

Eles porém disseram: que nos importa? Isso é contigo. E ele atirando para o templo as moedas

de prata, retirou-se e foi-se enforcar.” Mateus 27:3-5

O que Judas experimentou? Foi o verdadeiro arrependimento? Não, Judas sentiu remorso pelo

que havia feito. Mas, não estava arrependido. A tristeza que ele sentiu foi para a morte. Judas

sentia remorso pelos resultados de suas ações.

E como foi o arrependimento de Pedro. Vejamos o que a Bíblia nos diz: “Então começou ele a

praguejar e a jurar dizendo: Não conheço esse homem. E imediatamente o galo cantou. E

lembrou-se Pedro das palavras de Jesus, que lhe dissera: Antes que o galo cante, 3 vezes me

negarás. E saindo dali chorou amargamente.” Mateus 26:74 e75

O choro de amargura de Pedro não revelava apenas tristeza pelo que havia feito. Seu

amargurado pranto era o desabafo e o reconhecimento de que havia pecado e necessitava

mudar o rumo de sua vida.

Jesus viu sinceridade em seu amigo Pedro, deixou um recado especial para ele, transmitido

pelo anjo às mulheres que foram ao sepulcro: “Mas ide, dizei a seus discípulos e a Pedro,

que ele vai adiante de vós para a Galiléia; ali o vereis, como ele vos disse”. Marcos 16.7

De um homem impulsivo e inconstante, Pedro tornou-se um pregador corajoso e destemido.

Experimentara o verdadeiro arrependimento. Ocorrera uma mudança no rumo de sua vida.

Page 256: Artigos_a Voz Da Profecia

3. A confissão é o terceiro passo. Quando o indivíduo vê quão errado, quão distante está de

realizar a vontade de Deus, e decide viver segundo o plano divino, ele confessa a Deus todos

os seus pecados e falhas.

“Se confessarmos nossos pecados.” Esta é condição para recebermos o perdão de Deus. A

confissão envolve o relacionamento com Deus e com o próximo. Devemos confessar nossas

culpas e pecados a Deus, contra quem pecamos, e o próximo que ofendemos, ou contra quem

erramos.

Assim procedendo, rogamos a bênção do perdão de Deus. E a promessa é dada: “Ele é fiel e

justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”.

Que o Senhor nos ilumine para que nossa compreensão se abra e possamos exercer a fé,

experimentar o verdadeiro arrependimento e confessar nossas culpas a Deus e esperar, na

doce certeza de seu perdão.

Amigo querido: Se você for a Jesus agora ele nunca deixará você. E estando em Jesus você

será leal, fiel e viverá dia a dia sonhando com o céu.

Saiba que mesmo que todos o abandonarem Jesus nunca o deixará.

Page 257: Artigos_a Voz Da Profecia

A VOZ DA PROFECIA NEUMOEL STINA

POR QUÊ SOFREMOS?

Não faz muito tempo visitei uma senhora em seu lar, que segurando a mão de seu esposo,

pronunciou suas últimas palavras nesta vida. Poucos meses antes, ela fora acometida de

câncer e em menos de um ano, a doença a venceu e muito cedo, foi para o descanso. Toda a

família sofreu muito, e ainda sente saudade de alguém que foi muito especial.

Com certeza em todas as famílias o sofrimento se faz presente.

Por quê temos que sofrer?

Por quê acontecem tantas tragédias e sofrimentos?

Talvez porque alguns só conseguem encontrar a Deus mediante sofrimentos, lágrimas e

perdas.

Porém, a mais confortadora promessa é que “todas as coisas cooperam para o bem daqueles

que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o Seu propósito”. Romanos 8:28.

Muitos tem questionado a Deus quando defrontados por realidades negativas, mas é

importante sabermos que Deus não é o autor do sofrimento. Deus jamais desejou que

houvesse tristeza, lágrimas e morte.

Jesus explicou isto em Mateus 13:24-30 onde compara nosso mundo a um campo onde um

homem semeou a boa semente. Naquela noite um inimigo semeou ervas daninhas. Mais tarde,

quando as plantas cresceram notou-se a presença das ervas más. Os servos do proprietário

indagaram sobre a qualidade das sementes, mas o homem, seguro de si, esclareceu: “Um

inimigo fez isto”.

Com esta parábola Jesus Cristo descreveu o que aconteceu ao nosso mundo.

A terra era perfeita e linda ao sair das mãos do Criador. Mas alguém tentou destruir, as belas

obras de Deus, semeando muitas sementes más, e obteve êxito no que fez.

Então surgem algumas perguntas:

Quem é este inimigo? De onde ele veio? Por quê ele tem inimizade para com Deus? Por quê

Deus não o eliminou?

Page 258: Artigos_a Voz Da Profecia

A Bíblia diz que este inimigo surgiu no próprio céu e que foi expulso de lá por causa do que

fizera. A Bíblia afirma: “E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e

Satanás, o sedutor de todo o mundo”. Apocalipse 12:9.

Aqui o inimigo é identificado como diabo e satanás. Já em Isaías 14:12 ele é chamado de

Lúcifer, ou anjo de luz que era seu nome original.

Como Lúcifer veio à existência? Deus o criou. Mas Deus não o criou como um demônio. A

Bíblia esclarece: “Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se

achou iniquidade em ti”. Ezequiel 28:15. Deus o criou perfeito, mas Lúcifer escolheu o mau

caminho e tornou-se em diabo.

O que então conduziu este ser perfeito à rebelião? Egoísmo, egocentrismo! Ele desejou uma

posição mais elevada do que possuía. Isaías explica este mistério da origem do mal: “Tu dizias

no teu coração, eu subirei ao céu,... eu exaltarei o meu trono e ... me assentarei,... eu serei

semelhante ao Altíssimo”. Isaías 14:13-14. Lúcifer não estava satisfeito com todas as

vantagens que Deus lhe dera. Ele cobiçou posição mais elevada; invejando a Jesus Cristo. Ele

desejou ser semelhante ao Altíssimo. Esqueceu-se que era apenas uma criatura e Jesus o

Criador.

Como Lúcifer agiu?

Ele planejou, conspirou e executou seu plano. Em primeiro lugar ele pretendeu ter maior

sabedoria que o próprio Deus, e por implicação, que seria um governador melhor do que Deus.

Orgulhoso de seus talentos e sabedoria sentiu-se capaz de maiores responsabilidades.

Ezequiel diz: “Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua

sabedoria, pecaste...”. Ezequiel 28:16-17

Em sua rebelião contra Deus, ele seduziu a terça parte dos milhões de anjos das hostes

celestes, e houve guerra no céu. Deus poderia ter destruído a Lúcifer com apenas uma palavra,

mas isto levaria milhões e milhões de seres criados, à dúvida.

Por guerrear contra Deus, ele não mais poderia permanecer no céu. A Bíblia afirma que ele “foi

expulso e com ele os seus anjos”. Apocalipse 12:9

Infelizmente, para nós, seres humanos, ele fez deste planeta, o seu lar. Durante seis mil anos

os habitantes da terra temos uma manifestação dos princípios do seu governo. Seis mil anos

de tragédias, sofrimentos e morte. Seis mil anos tentando destruir o homem, separando-o de

Deus.

Embora seus ataques nunca tenham cessado, ele tem reservado para estes últimos dias do

final da história, terríveis investidas, especialmente contra o povo de Deus, que procura fazer a

vontade do Senhor. Diz o texto sagrado: “Irou-se o dragão contra a mulher, e foi pelejar com os

restantes de sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus”. Apocalipse 12:17.

Page 259: Artigos_a Voz Da Profecia

Amigo querido, se você tem se esforçado em guardar os mandamentos de Deus e fazer a

vontade divina, pode ter certeza: você também enfrentará os ataques do inimigo nestes últimos

dias.

Talvez neste momento você esteja perguntando: Como poderei vencer um inimigo tão

poderoso e tão astuto?

A resposta é simples: você e eu podemos vencê-lo do mesmo jeito que Cristo o venceu.

Nas tentações que o diabo lhe fez, Jesus venceu pelo método “Está escrito”. A Palavra de

Deus e Seus ensinos faziam parte da vida de Cristo.

Dentro de muito pouco tempo, Deus colocará fim a esta rebelião do inimigo. Chegará o tempo

em que, como diz o profeta Ezequiel. “Satanás será reduzido a cinzas e não mais existirá.

Ezequiel 28:18-19. Em Apocalipse 20:10 lemos que o diabo será destruído pelo fogo do último

dia.

E completando este recado de Deus para Seus filhos sofredores, a Bíblia diz: “A angústia não

se levantará outra vez”. Naum 1:9.

O usurpador do governo da terra será destruído, e as consequências nefastas do seu reino

desaparecerão. Não haverá mais sofrimento pois “Deus lhes enxugará dos olhos toda a

lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, por que as primeiras

coisas passaram”. Apocalipse 21:4

Como será maravilhoso este Mundo feito novo! Para ser governado por um Deus de amor.

Quão maravilhoso será estarmos livres do sofrimento, da angústia, da dor e da morte.

E isto se dará muito em breve, quando Jesus regressar.

Você gostaria de estar pronto para o dia em que Deus fará novas todas as coisas?

Quando Deus terminar com o sofrimento e com a dor?

Hoje Jesus está lhe chamando para uma nova vida, um novo reino.

Amigo querido, se você está cansado de sofrer ouça a voz de Jesus dizendo: “Vinde a Mim,

todos os que estais cansados e eu vos aliviarei”... Mateus 11:28.

Page 260: Artigos_a Voz Da Profecia

A VOZ DA PROFECIA NEUMOEL STINA

BÊNÇÃOS DO SOFRIMENTO

Vivemos na terra de um inimigo, Satanás, que o Senhor Jesus Cristo chama “o príncipe deste

mundo”. (João 16:11) E enquanto esse inimigo estiver em ação, haverá sofrimento para todos

os homens.

Falando de sofrimento, façamos claro, aqui, que o autor do sofrimento é Satanás e não Deus.

Satanás é o autor das doenças. Quando Jesus curou a mulher que por dezoito anos andara

encurvada, “sem de modo algum poder indireitar-se”, falou dela como uma filha de Abraão “a

quem Satanás trazia presa”. Lucas 13:16

Quando lemos os dois primeiros capítulos do livro de Jó, podemos ver ali que Satanás

provocou as calamidades que o feriram. O fogo que caiu do céu e queimou suas ovelhas, o

vento que fez desabar a casa em que estavam seus filhos, matando-os, poderiam parecer atos

de Deus, mas na realidade Satanás era o seu autor.

É certo também que com muita frequência nós mesmos somos culpados da doença e até da

morte prematura, por não observarmos a leis que Deus deu para a preservação da saúde.

Ao paralítico que curou junto ao tanque de Betesda, Jesus disse: “. . .não peques mais ( não

violes mais as leis de Deus, morais e físicas), para que não te suceda coisa pior”. João 5:14

Que os maus sofram, é coisa fácil de entender. Mas que os bons também sofram, muitas vezes

mais que os maus, é difícil de entender.

Porque o justo sofre? Porque sofre o homem que teme a Deus? Não tem o Pai celeste poder

para proteger os que O amam? Sabemos que tem.

Mas, por estranho que pareça, os sofrimentos e aflições são parte do plano de Deus para Seus

filhos. Na sua sabedoria Ele permite a aflição a fim de nos aprimorar o caráter e nos preparar

para o Lar de glória que tem para nós.

No que diz respeito ao sofrimento, o próprio Senhor Jesus Cristo não foi exceção. Com efeito,

Cristo é chamado “o Príncipe dos sofredores”. “Era desprezado”, profetizou Isaías, “e o mais

rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e como um de quem

os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso. Certamente ele tomou

Page 261: Artigos_a Voz Da Profecia

sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por

aflito, ferido de Deus, e oprimido”. Isaías 53: 3 e 4

Cristo foi hostilizado por Seus irmãos mais velhos que Ele; foi perseguido pelos líderes

religiosos durante o Seu ministério. Foi maltratado, no Seu julgamento, como nenhum outro

homem foi. E por fim derramou a sua alma na morte para nos prover a salvação.

Assim como Cristo passou por provações, também seus seguidores devem passar pelo fogo

das tribulações. Disse Jesus: “No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o

mundo.” João 16:33

Passar por aflições é pois parte da escola de Deus para os Seus filhos. Mas, ao enfrentá-las,

devemos ter em mente que elas são instrumentos do Seu amor. “Filho meu, não menosprezes

a correção que vem do Senhor, nem desmaies quando por Ele fores repreendido, porque o

Senhor corrige a quem ama, e açoita a todo filho a que recebe.” Hebreus 12:6

O apóstolo Paulo foi outro exemplo de homem que muito sofreu. Na verdade, logo ao chamá-lo

para ser o apóstolo dos gentios, Cristo disse: “. . .eu lhe mostrarei quanto lhe importa sofrer

pelo meu nome”. Atos 9:16

Quais benefícios nos vem do sofrimento?

1. Primeiro: o sofrimento nos conserva humildes, dependentes de Deus. “e para que não me

ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi-me posto um espinho na carne,

mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte.” II Coríntios 12:7

Paulo assim escreveu, referindo-se ao “espinho na carne” como sendo uma provável doença

nos olhos, resultante da visão que ele tivera quando a caminho de Damasco. Mesmo pedindo

para Deus o curar, não foi atendido. E Deus lhe respondeu “A minha graça te basta” II Coríntios

12.9

2. Segundo: As aflições por que passamos fazem-nos conhecer o nosso próprio coração. Elas

nos revelam pontos negativos do nosso caráter, revelam os nossos defeitos. Então pelo apego

ao Salvador, podemos vencê-los dessa maneira crescendo em graça, aproximando-nos cada

vez mais do alvo a nós proposto: “. . .sede vós perfeitos como perfeito é o vosso pai celeste.”

Mateus 5:48.

3. Terceiro: As provações que nos sobrevêm fortalecem-nos a fé. “. . .para que o valor da

nossa fé, uma vez confirmado, muito mais precioso do o outro perecível, mesmo apurado por

fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo”. I Pedro1:7

4: Quarto: O sofrimento nos aproxima de Deus, firma-nos em Cristo. leva-nos a melhor

entender os caminhos do Senhor, mais apreciar o Seu caráter; e a mais amá-Lo. Após a noite

Page 262: Artigos_a Voz Da Profecia

de aflição Jó poderia dizer a Deus: “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te

vêem”. Jó 42:5

Deus permite as aflições. Permite que Seus filhos sofram. Mas permite, para o nosso bem, e

está conosco na tribulação. “Quando passares pelas águas eu serei contigo, quando pelos

rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama

arderá em ti.” Isaías 43:2

Talvez você hoje, esteja passando por tremenda aflição, e não entenda porque Deus está

permitindo este sofrimento. É necessário então exercitar a fé na bondade e na sabedoria do

Pai celeste.

É necessário lembrar que Ele visa o nosso bem presente, e o nosso bem eterno. Lembrar

também que Ele está conosco na prova.

E passada a prova, entenderemos melhor os altos desígnios do fiel Salvador. Confiemos nEle,

demonstrando o nosso amor.

Depositemos nEle nossa confiança, nossa fé.

Eu quero hoje reafirmar minha fé em Deus. E você amado ouvinte gostaria de firmar sua fé na

pessoa de Jesus?

Page 263: Artigos_a Voz Da Profecia

A VOZ DA PROFECIA

EXISTE MESMO INFERNO?

(NEUMOEL STINA)

A crença popular ensina que quando uma pessoa morre, se foi boa, vai para o Paraíso; se foi

má, vai para o Inferno.

Há também uma doutrina chamada purgatório, que existe em conexão com a doutrina do

inferno.

Mas o que a Bíblia ensina sobre este assunto?

Se estudarmos a Bíblia com cuidado, vamos descobrir que ao Jesus voltar a esta terra, “os

mortos ouvirão a Sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e

os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo”. João 5:28-29.

A Bíblia também ensina que quando Jesus voltar, Ele se assentará no Seu trono para julgar o

mundo “com justiça”.

Seria possível harmonizar as doutrinas da Volta de Jesus e da Ressurreição, com a doutrina do

inferno?

Se quando alguém morre, vai ou paraíso, ou para o inferno ou mesmo para o purgatório, qual

seria a importância ou o significado da ressurreição e mesmo de um julgamento por ocasião da

Volta de Jesus?

A Bíblia afirma que quando Jesus voltar, Ele mesmo vai separar os bons dos maus, o trigo do

joio, as ovelhas dos cabritos. (Mateus 25:31-33)

A Bíblia ensina enfaticamente em Apocalipse 22:12 que somente quando Jesus regressar é

que cada um receberá a recompensa segundo as suas obras.

Ao tratarmos deste assunto controvertido, queremos lembrar outra vez aos nossos queridos

amigos, ouvintes, que somente a Palavra de Deus pode esclarecer e dizer a verdade. O que

fugir disso é conjectura humana.

Vejamos um pouco da história:

Dante Alighieri, que viveu na Idade Média, de 1.265 a 1.321, escreveu uma obra intitulada: “A

Divina Comédia”, dividida em 3 partes: Inferno, Purgatório e Paraíso.

Com esta obra, Dante abalou o pensamento teológico da época.

Infelizmente, o Inferno de Dante, estava baseado nos ensinos pagãos de Platão e Virgílio.

Page 264: Artigos_a Voz Da Profecia

Os escritos de Dante influenciaram até mesmo o cristianismo, pois as características principais

do Inferno, segundo a concepção hindu, persa, egípcia, grega e cristã, são essencialmente as

mesmas.

O Inferno tem sido descrito como a morada dos espíritos malignos, o lugar da vingança divina,

onde não há misericórdia e cujo sofrimento é sem fim.

Então nós perguntamos: Como harmonizar todas estas idéias com o ensino da Bíblia que diz

que Deus é amor? Se você é um pai, admitiria a idéia de castigar um filho incessantemente?

Com certeza que não! Será que Deus seria mais severo que um pai terrestre?

Há na Bíblia 4 expressões que são traduzidas por Inferno. São elas: Sheol do hebraico, e

Geena, Hades e Tártaro do grego.

Analisemos brevemente estas 4 palavras usadas e traduzidas por Inferno, e então vejamos na

Bíblia, as suas aplicações:

A palavra Sheol às vezes é traduzida por sepultura, como no Salmo 16:10. “Não deixarás a

minha alma na sepultura”. Sheol

Também a palavra Hades significa sepultura, ou morte. Aparece 11 vezes no Novo

Testamento. “Onde está ó morte a tua vitória?. Hades I Coríntios 15:55

A palavra Geena também significa “lugar de queimar”. Ocorre 12 vezes no Novo Testamento e

é a forma grega de “Vale de Hinon”.

O vale de Hinon, ao sul de Jerusalém, foi o local onde o povo de Israel ofereceu sacrifícios

humanos, de criancinhas, ao “deus” Moloque. Deus determinou que aquele vale seria chamado

de “vale da matança” Jeremias 7:32.

Mais tarde o vale de Hinon tornou-se o local da queima de lixo e de cadáveres. Por isso o fogo

e a fumaça existiam ali constantemente, e o que o fogo não destruía, os vermes consumiam.

Era símbolo de destruição. Geena

A última das 4 palavras traduzidas por Inferno, é Tártato. Significa prisão, ou profundo abismo,

e refere-se aos anjos caídos do céu, quando Lúcifer se rebelou contra Cristo e foi expulso de

lá. Apocalipse 12:9. Acha-se uma vez mais na Bíblia, em II Pedro 2:4. Tártaro

A Palavra de Deus ensina que quando os seres humanos morrem, todos vão para o Sheol ou

Hades, sepultura, quer sejam bons, quer sejam maus, justos ou injustos, salvos ou perdidos.

Eles dormem o sono inconsciente da morte, e aguardam a volta de Jesus para o juízo final,

bem como a recompensa que cabe a cada um. O Salmo 89:48 pergunta: “Que homem há, que

viva, e não veja a morte?. e Salomão confirma: “O mesmo sucede ao justo e ao perverso”.

Eclesiástes 9:2.

Sim amigos, bons e maus, justos e injustos, todos os que morreram estão na sepultura e

aguardam o dia final.

Page 265: Artigos_a Voz Da Profecia

Talvez isso possa surpreendê-lo, mas atualmente não existe em lugar nenhum, um inferno de

fogo, queimando pecadores, como também não há almas libertas do corpo. Quando as

pessoas morrem elas vão para a sepultura, para o sono da morte; ninguém vai ao Paraíso, ao

Purgatório ou ao Inferno.

Exatamente agora, não existe nenhum Inferno, mas haverá sim, um Inferno, no futuro e será

aqui mesmo na terra. Isso é o que a Bíblia ensina. Foi Satanás quem inventou o chamado

Inferno de Fogo, para desvirtuar o caráter e a imagem de Deus. A fim de que as pessoas

pensem que Deus é vingativo, cruel, queimando os ímpios por toda a eternidade. Seria isto

amor? Seria isto justo?

Desde o princípio tem sido parte da obra do enganador distorcer o caráter divino, levando

criaturas a terem ódio do Criador.

Graças a Deus, não existe ninguém queimando num Inferno. O Senhor não tem prazer na

morte do ímpio. Deus mesmo afirma: “Tão certo como eu vivo, diz o Senhor Deus: não tenho

prazer na morte do ímpio, mas que o ímpio se converta do seu mau caminho e viva”. Ezequiel

33:11.

Por ocasião da Segunda Vinda de Cristo, os justos mortos ressuscitarão.

I Tessalonisenses 4:16. E Então receberão a recompensa.

Somente quando Jesus regressar é que os justos serão levados ao Paraíso. Lá reinarão com

Cristo por mil anos e julgarão os ímpios, para comprovar a justiça de Deus. Apocalipse 20:4 e I

Coríntios 6:2-3.

Após mil anos no céu, Jesus Cristo e os santos retornarão à terra. Naquela ocasião Jesus

Cristo dará a recompensa aos ímpios. A Palavra de Deus afirma que quando os ímpios

quiserem destruir a Cidade Santa e derrotar a Cristo e os salvos, então “descerá fogo do céu e

os consumirá”. Apocalipse 20:9.

Nessa mesma ocasião, o diabo, a morte e o inferno (sepultura), também serão destruídos para

sempre, pois serão lançados no lago de fogo e enxofre. Apocalipse 20:10 e 14.

Este fogo eterno - o inferno de Deus - destruirá tudo, e eliminará todo o mal: desde Satanás, o

causador do pecado, até o último dos pecadores. Diz a Bíblia que quando esta terra for

incendiada pelos fogos do inferno, no dia final, “todos os soberbos e todos os que cometem

perversidade, serão como a palha... não sobrará nem raiz e nem ramos”. Malaquias 4:1-3

A atitude de Deus ao destruir os ímpios é chamada na Bíblia de “o ato estranho de Deus”.

Isaías 28:21. Pois a destruição é contrária ao caráter de Deus, pois “Deus é amor”. I João 4:8

Um dia Deus destruirá os ímpios num inferno de fogo, aqui nesta terra. Mas, somente depois

de julgá-los pois Deus é amor e justiça..

Page 266: Artigos_a Voz Da Profecia

O ensino bíblico de que o inferno de fogo será somente depois do juízo final, é coerente com o

caráter justo de Deus, e se harmoniza perfeitamente com as promessas da segunda vinda de

Cristo e da ressurreição dos mortos.

Amados ouvintes: a idéia de um fogo de tormento eterno tem levado milhões a servirem a Deus

por medo. Deus, no entanto, deseja serviço simples, franco e sincero. Em amor Ele nos salvou.

Em amor Ele cuida de nós.

Se O amarmos e O servirmos de coração, não precisaremos temer os fogos do inferno, pois

poderemos ter a certeza de alcançar a vitória final, a vida eterna.

E esta vitória é o resultado da bênção de Deus. O meu desejo é que o Senhor o abençoe

também.

Page 267: Artigos_a Voz Da Profecia

A VOZ DA PROFECIA

AS TRÊS FASES DO JUIZO

Neumoel Stina

Muitos de nossos amigos ouvintes tem escrito perguntando sobre o julgamento. Trata-se de um

assunto muito significativo, e no programa de hoje vamos falar sobre As Três Fases do Juízo.

As três fases são: Investigativa, Judicativa e Executiva. Cada fase é marcada por um grande

acontecimento.

Para que possamos compreender o assunto do juízo, precisamos começar com a profecia de

Daniel 8 porque o juízo está relacionado com a purificação do Santuário. E a Bíblia diz: “E até

2.300 tardes e manhãs e o santuário será purificado”. Daniel 8:14

Para saber quando começou a purificação do santuário, precisamos saber quando terminaram

as 2.300 tardes e manhãs. Em Ezequiel 4:6-7, a Bíblia ensina que um dia equivale a um ano,

portanto 2.300 tardes e manhãs são 2.300 anos. Precisamos saber onde o período termina,

mas para sabê-lo, precisamos saber quando começa.

Em Daniel 9:23-27, encontramos o fio da meada. O período começa com a ordem para

reedificar e restaurar Jerusalém. Em Esdras 6:14, encontramos o decreto, que está transcrito

na íntegra em Esdras 7:11-28. O decreto é composto de 3 editos: 537AC, por Ciro; 520AC, por

Dario e 457AC por Artaxerxes.

Sendo que devemos começar a contagem a partir de 457AC, e setenta semanas são 490 anos,

pelo princípio dia - ano, chegaremos até o ano 34 da nossa era. Ficam faltando para 2.300

anos, 1.8l0 anos, e somados ao ano 34, chegaremos ao ano 1.844 da nossa era.

Quando Jesus morreu, na cruz do Calvário, o véu do santuário terrestre se rasgou de alto a

baixo, simbolizando a extinção do santuário terrestre.

O santuário da terra era uma cópia do modelo que está no Céu. Êxodo 25:40; Hebreus 9:23-24

e11:1-5

Apenas para solidificar a idéia do juízo, alguns textos:

Atos 17:30-31 “Deus tem um dia para julgar o mundo...”.

Daniel 7:9-10 “Assentou-se o juízo e abriram-se os livros...”.

Malaquias 3:16 “Há um memorial diante de Deus...”.

Eclesiástes 12:14 “Deus há de trazer a juízo toda obra...”.

A Primeira Fase do Juízo se chama Investigativa ou Pré-advento:

Apocalipse 14:6-7 diz: Chegou a hora do juízo.

Guilherme Miller pregou a vinda do juízo como sendo a Volta de Jesus. Ele pregou desde

1.831 até 1.844.

Em I Pedro 4:16-17, a Bíblia diz que o juízo começa pela casa de Deus.

Page 268: Artigos_a Voz Da Profecia

Assistido por anjos celestiais nosso Sumo Sacerdote, Jesus Cristo, entra no lugar santíssimo

do santuário celestial. Comparece à presença de Deus o Pai, para fazer expiação por todos os

que creram no Seu nome.

O Juízo é baseado no que está escrito nos livros.

Há vários livros: O livro da vida, o livro memorial e também o livro dos pecados.

Quando alguém tem pecados para os quais não houve arrependimento e confissão, o nome do

culpado é omitido do livro da vida.

O Juízo é executado com precisão: “Assim como os traços fisionômicos são reproduzidos com

precisão infalível sobre a polida chapa fotográfica, assim o caráter é fielmente delineado nos

livros dos céus”. G.C. 490.

O Juízo investigativo termina pouco antes de Jesus voltar à terra, em Sua segunda Vinda.

Quando isto acontecer todos os casos estarão decididos.

A Segunda Fase do Juízo se chama Determinativa ou Judicativa

Em Apocalipse 20:1-4 a Bíblia ensina que os ímpios só vão ressuscitar depois do milênio,

período em que acontece a segunda fase do juízo.

Conforme I Coríntios 6:2-3, os santos, resgatados por Jesus, por ocasião da Segunda Vinda,

participam do juízo.

Durante os mil anos, entre a ressurreição dos justos e a ressurreição dos ímpios, ocorre esta

fase do julgamento.

Enquanto os santos estão nos céus com Jesus, participando do juízo, os ímpios estão mortos

na terra.

Os ímpios ressuscitarão no final do milênio para receberem a condenação.

A Terceira Fase do Juízo se chama Executiva ou Conclusiva

Em Malaquias 4:1-3 a Bíblia diz que os ímpios serão feitos em cinzas.

Em Apocalipse 20:9 diz que desceu fogo dos céus e os consumiu.

No final dos mil anos ocorre a segunda grande ressurreição. Os ímpios ressuscitarão dos

mortos comparecendo perante Deus para a execução do juízo escrito.

Quando se abrem os livros, o olhar de Jesus incide sobre cada ímpio, e cada um se torna

cônscio de seus pecados.

Ali estão muitos que pertenceram a raça de grande longevidade, de grande intelecto, reis

generais, guerreiros orgulhosos, ambiciosos, aqueles que participaram na morte de Jesus,

também aqueles que em todos os tempos se exaltaram acima de Deus, e muitos outros.

Diante de todos os fatos do grande conflito, o Universo inteiro, inclusive os rebeldes exclamam:

“Justos e verdadeiros são os Teus caminhos, Ó Rei das nações”.

Os ímpios recebem sua recompensa na terra. Serão como a palha.

Quando todos os ímpios forem destruídos, inclusive o diabo, estará para sempre terminada a

história da obra de ruína causada por Satanás.

Quando tudo aqui terminar, e esta terra renovada se tornar a morada dos salvos, onde você

pretende estar?

Page 269: Artigos_a Voz Da Profecia

Talvez você possa estar pensando: Bem, acho que estou perdido.

Eu desejo animar você agora com estas lindas promessas da Palavra de Deus:

“Se confessarmos os nossos pecados Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos

purificar de toda injustiça”. I João 1:9

Em João 3:18 Jesus disse: “O que crê em mim não é julgado”.

“Filhinhos, estas coisas vos escrevi para que não pequeis, todavia se alguém pecar, temos um

advogado junto ao Pai, Jesus Cristo” I João 2:1.

Amigo ouvinte: Logo tudo passará. Se nos apegarmos firmemente a Jesus, estaremos livres

da condenação. Nem precisamos nos preocupar com o juízo.

Jesus é o nosso Libertador, nosso Advogado e Salvador. Louvado seja o nome de Jesus.

Se você quiser, pode se apegar a Jesus, ir com Ele para o céu, passar mil anos com Ele e

depois de tudo poderá dizer:

“O grande conflito terminou, pecado e pecadores não mais existem. O Universo inteiro está

purificado... desde o minúsculo átomo até o maior dos mundos, todas as coisas, animadas e

inanimadas, em sua serena beleza e perfeito gozo, declaram que Deus é amor”. G.C.684.

E então por toda eternidade gozar das alegrias que Deus preparou para os que O amam.

Talvez você esteja apreensivo, ou com medo do juízo, mas pode ser que Jesus quer abençoar você.

Page 270: Artigos_a Voz Da Profecia

A VOZ DA PROFECIA NEUMOEL STINA

COMO ESTUDAR A BÍBLIA

Deus nos fala pelo santo Livro. A Bíblia nos apresenta Deus. O Seu plano de salvação é

exposto na Bíblia com clareza. O caminho que devemos trilhar nos é revelado.

A Santa Bíblia é pois uma carta de Deus a nós dirigida. E o Seu divino Autor espera que a

conheçamos.

“O primeiro e mais elevado dever de todo ser racional é aprender das Escrituras o que é a

verdade, e então andar na luz, animando outros a lhe seguirem o exemplo.” (CS, pág. 648)

EWG

Cada indivíduo deve estudar o grande Livro por si mesmo, pois “cada um de nós dará contas

de si mesmo a Deus.” Romanos 14:12. Importantes quanto possam ser os guias religioso e

mesmo a Igreja, não são eles que responderão por nós.

O papel da igreja e dos líderes religiosos, é tornar conhecido o que o Livro diz e levar

pecadores a Cristo. A base da fé é a Palavra de Deus. No dia do juízo os destinos de todos

serão decididos pelo que a Bíblia diz.

Deus a todos possibilitou conhecer o Seu Livro, pois coloca-o ao alcance de todos. Centenas

de milhões de exemplares das Escrituras são produzidos em cerca de 1.600 línguas e dialetos.

Nesta palestra consideraremos algumas regras que devem ser observadas no estudo da Bíblia.

Também alguns métodos que podem ser seguidos nesse estudo.

Quanto às regras, ou normas de interpretação, aqui estão as principais:

Primeira - O estudo das Escrituras deve ser feito com oração. Há uma dimensão espiritual na

mensagem do Livro. E esta só pode ser discernida espiritualmente. Antes pois de abrir a Bíblia

devemos pedir, com humildade, a iluminação do Céu. Então o Espírito Santo nos abrirá a

mente para lhe entendermos o ensino. “. . . mas . . . o Espírito Santo”, disse Jesus, “a quem o

Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas. . .” João 14:26

Segunda - Para compreendermos bem as Escrituras, devemos ter a disposição de praticar

seus ensinos, de seguir a luz delas recebida. O Salvador ensinou: “Se alguém quiser fazer a

vontade dele, conhecerá a respeito da doutrina, se ela é de Deus, ou se eu falo por mim

mesmo.” João 7:17

Page 271: Artigos_a Voz Da Profecia

Terceira - Cada ponto das Escrituras deve ser interpretado em harmonia com o conjunto de

ensino do Livro. Devidamente compreendido, um ensino não contradiz o outro. Com certa

frequência encontramos declarações que podem ter vários sentidos. Devemos dar, a cada

uma, o sentido que se harmonize com os demais sentidos.

Quarta - O Santo Livro deve ser o seu próprio interprete. Daí a necessidade de comparar um

trecho com outro. Nas palavras do apóstolo Paulo, aprendemos: “Disto também falamos, não

em palavras ensinadas pelo espírito, comparando as coisas espirituais com espirituais.” I

Coríntios 2:13

Quinta - Devemos dar sentido literal às declarações do Livro Sagrado, a não ser que haja clara

indicação de serem elas simbólicas, ou figurativas. As parábolas de Jesus estão entre os

trechos figurativos. Mas, em geral elas são introduzidas como tais. As parábolas, como também

as profecias simbólicas, das quais temos bom número em Daniel e Apocalipse, devem ter a

interpretação que lhes dão as próprias Escrituras.

As demais porções do Livro devem, geralmente, ser tomadas ao pé da letra. Resumindo,

devemos permitir que o próprio Sagrado Livro se explique a si mesmo, e mais importante

ainda, devemos pedir a iluminação do céu.

Como ajuda neste mais importante dos estudos, é recomendável ter um dicionário bíblico,

também uma chave bíblica. A Sociedade Bíblica do Brasil publicou uma Chave Bíblica que

muito facilita a localização dos textos sobre um dado assunto.

Há uma série de cinco livros que cobrem toda a História Sagrada, desde a criação até o futuro

reino de Deus. Eles são um comentário da Bíblia; de alto valor para sua devida compreensão.

Seus títulos: Patriarcas e Profetas, Profetas e Reis, O Desejado de Todas as Nações, Atos

dos Apóstolos e O Grande Conflito. Para o estudo das parábolas recomendamos o livro

Parábolas de Jesus. Todos estes seis livros podem ser adquiridos da Casa Publicadora

Brasileira, Caixa Postal 34, Tatuí, São Paulo, CEP 18270.000

Para o estudo da Bíblia por tópicos recomendamos o livro Estudos Bíblicos, no qual são

tratados duzentos importantes tópicos, com textos das Escrituras e ainda cerca de 4.000

perguntas sobre assuntos religiosos. O livro Estudos Bíblicos pode também ser adquirido da

Casa Publicadora Brasileira.

Prezado ouvinte: A Bíblia é o maior tesouro. Explorando-a encontraremos ricas e preciosas

jóias. Dela aprenderemos muitos assuntos. Veremos que apesar ter sido escrita à muito tempo,

ela é um livro atual.

Page 272: Artigos_a Voz Da Profecia

Em suas palavras encontramos orientações e alívio. Apresentam também teologia, doutrina,

verdade, apelo e tem uma vitalidade que será sempre nova e recriadora até os finais dos

tempos.

Mas, o mais importante é que a Bíblia nos mostra um Deus de amor que enviou o Seu único

Filho para resgatar a humanidade, de um mundo literalmente perdido.

Deixe Deus falar ao seu coração através da Santa Bíblia.

Page 273: Artigos_a Voz Da Profecia

A VOZ DA PROFECIA NEUMOEL STINA

DONS ESPIRITUAIS

As palavras que Jesus pronunciou antes de subir ao Céu, causaram profunda impressão no

coração dos discípulos. A ordem que Ele deixou foi: “Ide por todo o mundo e pregai o

evangelho a toda a criatura.” Marcos 16:15

Esta seria uma tarefa impossível para um grupo tão pequeno de pessoas. Porém Jesus

prometeu que eles receberiam poder do Espírito Santo para levar avante essa bandeira.

Em seguida a ascensão de Cristo ao Céu, os discípulos gastaram a maior parte de seu tempo

em oração. Harmonia e humildade ocuparam o lugar da discórdia e inveja.

Sua íntima comunhão com Cristo e a unidade resultante eram a preparação necessária para o

recebimento do Espírito Santo.

Assim como Jesus recebera a dotação especial do Espírito Santo para realizar Seu ministério,

os discípulos receberam o batismo do Espírito Santo a fim de serem habilitados a testemunhar.

E os resultados foram magníficos. O que parecia impossível tornou-se realidade

Da mesma maneira que os discípulos foram capacitados a realizar a tarefa que lhes foi

designada, o mesmo Espírito hoje distribui seus dons à Igreja com um objetivo específico, que

nas palavras do apóstolo Paulo, deve ser proveitoso.

Paulo ressaltou também a importância deste assunto, dizendo que acerca dos “dons

espirituais não queria que os irmãos fossem ignorantes” I Coríntios 12.1. Portanto, o que é

necessário saber sobre esse tema tão importante para os cristãos?

A resposta a esta pergunta encontra-se nas explicações de Paulo aos Coríntios. Veja o que a

Bíblia declara: “A manifestação do Espírito Santo é concedida a cada um visando um fim

específico” I Coríntios 12:7

Nenhum dom do Espírito é dado para benefício da pessoa que o recebe. Os dons são

concedidos para alcançar um determinado objetivo. Em Efésios 4:12 encontramos alguma

coisa mais, que nos ajuda a compreender isso. Lemos assim: “Com vistas ao aperfeiçoamento

dos santos para o desempenho do Seu serviço, para edificação do corpo de Cristo.”

Assim, a primeira razão pela qual são dados os dons espirituais é para edificação da Igreja do

Senhor. A utilização dos diversos dons na igreja e na pregação da mensagem de Deus ao

mundo, faz com que a obra possa ser levada avante.

Page 274: Artigos_a Voz Da Profecia

Em Efésios 4, os versos de 4 a 6 demonstram que embora haja dons diferentes, o Espírito é o

mesmo, e o mesmo Deus opera tudo em todos.

Isto nos faz pensar que não existe um dom que esteja acima ou que seja melhor do que outro.

Jamais devemos exaltar um dom em detrimento de outro. Todos eles são necessários e

importantes para Deus e Sua Igreja.

Na sequência o apóstolo enumera alguns dons e conclui essa parte dizendo o que

encontramos no verso11: “Mas um só e o mesmo Espírito realiza todas estas coisas,

distribuindo-as como lhe apraz, a cada um, individualmente”.

Temos aqui mais um ponto interessante. O próprio Espírito Santo é que reparte os dons a cada

um como lhe apraz. Isto significa que todos aqueles que estão em Jesus recebem do Espírito

Santo algum dom para edificação da igreja.

Durante seu ministério, já quase no final de sua jornada, Jesus contou uma parábola onde um

homem ao ausentar-se de seu país chamou alguns de seus empregados e lhes deu alguns

bens.

Isto se encontra no Evangelho de Mateus 25:14 a 30. E a um deu cinco talentos a outros dois,

e a outro um, a cada um segundo a sua própria capacidade e então ausentou-se. Isto é partiu.

E o relato diz que os dois empregados que receberam cinco e dois talentos saíram a negociar e

ganharam outro tanto. Mas o que recebeu um só, foi e o enterrou.

Depois de muito tempo voltou aquele senhor e fez o ajuste de contas. Os dois primeiros foram

agraciados com o reconhecimento do patrão. Mas aquele que enterrou o seu talento foi

considerado inútil e banido da presença do seu senhor.

Esta parábola ensina algumas lições interessantes. O senhor que partiu para bem longe

representa Cristo. Os três servos representam os muitos seguidores de Jesus.

De igual modo, todos aqueles que aceitam a Jesus como seu Salvador pessoal são

capacitados pelo Espírito Santo com algum dom, algum talento.

Por mais humilde e simples que seja uma pessoa, ela é muito preciosa à vista de Deus. Os

homens podem desprezá-la mas o Senhor de todos nós, a honra dando-lhe dons e talentos

segundo Sua vontade. Ninguém deve desprezar a si mesmo, pois fazendo assim está

desonrando ao seu Senhor.

Page 275: Artigos_a Voz Da Profecia

Todos os filhos de Deus são de imenso valor para Ele. É importante também que utilizemos os

dons que temos recebido de Deus para glória do Seu nome e edificação de Sua Igreja.

Assim fazendo, aquilo que recebemos se multiplicará. Ocorrerá um desenvolvimento, um

crescimento na nossa vida.

Permita Deus, que todos os que nos ouvem, possam ser úteis para promover a Sua vontade,

segundo a capacidade que receberam, e quando vier nosso Senhor possam ser achados fiéis

na utilização de seus dons e talentos.

Que ao Jesus voltar, todos possamos ouvir dEle: “ Bem está servo bom e fiel, entra no gozo do

Teu Senhor”.

Page 276: Artigos_a Voz Da Profecia

A VOZ DA PROFECIA

NEUMOEL STINA

OS DEZ MANDAMENTOS DA BOA SAÚDE

O mundo moderno vive buscando caminhos para encontrar a saúde.

Muitos de nossos ouvintes tem-nos escrito preocupados com sua saúde física; alguns solicitam

que oremos em seu favor; outros nos pedem conselhos sobre o regime alimentar saudável e

equilibrado, bem como conselhos gerais sobre saúde.

No programa de hoje vamos apresentar dez regras para se ter boa saúde.

Todos queremos ter saúde e também desejamos boa saúde aos nossos queridos.

João, o discípulo amado, em sua terceira carta, no verso 2, assim escreveu ao seu amigo Gaio:

“Amado, acima de tudo faço votos por tua prosperidade e saúde, assim como é próspera a tua

alma”.

O apóstolo equiparou o seu desejo de bem-estar espiritual com o bem estar físico. Os gregos

possuíam um lema que dizia: “Mente sadia em corpo sadio”.

Com os grandes avanços da tecnologia na ciência médica, ficou mais que provado, que há um

íntimo relacionamento entre o bem estar físico e mental e vice-versa; em outras palavras: se a

mente vai bem, a tendência é que o corpo também esteja bem; por conseguinte, um corpo

sadio será morada apropriada para uma mente sadia.

Foi Jesus quem disse: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”. João 10.10.

O propósito do Salvador é que tenhamos vida feliz, não apenas no aspecto espiritual, mas

físico também.

As Escrituras afirmam que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo; em outras palavras,

nosso corpo foi designado para hospedar o Espírito de Deus, o Representante de Cristo na

terra. Lemos em I Coríntios 3:16 e 6:19, o seguinte: “Acaso não sabeis que o vosso corpo é

templo do Espírito Santo, que habita em vós da parte de Deus, e que não sois de vós

mesmos?”

Sendo que o próprio Deus deseja habitar em nós, com a presença do Seu Espírito, que é a

terceira pessoa da trindade, deveríamos nos preocupar em tratar bem do nosso corpo e mantê-

lo da melhor forma possível.

A seguir vamos passar os dez mandamentos da boa saúde:

Primeiro mandamento: Respirar Ar Puro. Nos grandes centros urbanos, com milhares de

fábricas e automóveis o ar se tornou poluído e perigoso. Há gases venenosos em suspensão

na atmosfera - em tão grandes quantidades, que às vezes torna a vida na cidade

desaconselhável.

Page 277: Artigos_a Voz Da Profecia

Mas onde encontrar o ar puro? Junto à natureza, nas florestas, ou no interior, longe de áreas

industriais.

Vamos ressaltar duas coisas: a) A fumaça do cigarro, ou o alcatrão, tem efeito tão prejudicial

ou até mais que o monóxido de carbono exalado pela descarga dos veículos; b) Não basta

penas procurar o ar puro, é preciso saber respirar corretamente para que o sangue seja

devidamente oxigenado e revivificado.

Segundo mandamento: Luz Solar. Vivendo em apartamentos, trabalhando em fábricas e

escritórios fechados, ou estudando, milhões não recebem os benefícios da exposição aos raios

solares.

O sol é poderoso purificador, mata os germes, faz com que o sangue circule pela periferia do

corpo, combate o raquitismo, ajuda no crescimento dos bebês, e ajuda a fixar vitaminas no

organismo.

O melhor período para exposição ao sol são as primeiras horas da manhã. Por outro lado a

exposição direta e demorada ao sol, especialmente nas horas centrais do dia, é prejudicial à

saúde.

Terceiro mandamento: Abstinência. Uma vida de equilíbrio e sem excessos, é muito

necessária. Estimulantes como o chá, o café e o álcool causam sérios problemas. Estimulam o

organismo dando falsa sensação de bem-estar enquanto o corpo é desgastado.

Embora poucos saibam, quase todos os refrigerantes contém cafeína, que estimula o sistema

nervoso aumentando a secreção ácida do estômago.

Quarto mandamento: Exercício Físico. Muitos problemas de saúde surgem como consequência

do trabalho sedentário. A falta de exercício predispõe o organismo a uma série de males como

a obesidade, por exemplo.

Quase todos os tipos de exercícios físicos são recomendáveis, mas é importante ressaltar que

devem ser praticados com equilíbrio e moderação, sempre sob orientação e supervisão

médica, especialmente se a pessoa já atingiu 40 anos de idade.

Os exercícios regulares ajudam a manter a forma, estimulam a circulação, tonificam os

músculos e ampliam o prazer da vida. Uma boa caminhada diariamente é uma boa sugestão.

Quinto mandamento: Regime Alimentar Equilibrado. Não é tanto a quantidade que é

importante, mas a qualidade dos alimentos e sua utilização com equilíbrio. Nosso organismo,

necessita receber de modo bem distribuído, dosagem correta de proteínas, vitaminas,

carboidratos, gorduras e sais minerais. Para qualquer caso de dieta especial a recomendação é

procurar um médico.

Os alimentos estão divididos em 3 grandes grupos:

a) Construtores, b) Reguladores, e c) Energéticos.

Page 278: Artigos_a Voz Da Profecia

Os alimentos construtores são os que desenvolvem os ossos, músculos, sangue, pele e

demais órgãos. São encontrados na carne bovina, no peixe, no fígado, no feijão, na lentilha, na

ervilha, no amendoim e no feijão soja, bem como nos ovos, no leite e derivados como

coalhada, iogurte, queijo, etc.

Os alimentos reguladores são os que mantém o organismo em bom funcionamento e são

encontrados: a) nas verduras cruas como agrião, cenoura, alface, repolho, rabanete, salsão,

acelga, salsa, e cebolinha. b) nos legumes e hortaliças cozidos: cenoura, couve, espinafre,

beringela, brócolis, abóbora, couve-flor, vagem, ervilha, repolho e cebola. c) nas frutas em geral

como limão, abacaxi, tangerina, caju, laranja, maçã, mamão, manga, melão, caqui, pêssego,

uva, melancia, figo, pera, banana e abacate.

Os alimentos energéticos são os que dão energia e calor. São encontrados a) nos cereais

como milho, trigo, aveia, centeio, cevada, arroz, b) nos tubérculos como: batatas, cará, inhame,

mandioca, batata-doce, c) nas gorduras, como: manteiga, óleo, margarina, d) no mel, no

melado e no açúcar.

O equilíbrio no uso dos alimentos é fator essencial na manutenção da boa saúde.

Sexto mandamento: Uso de Água. A água deve ser tão pura como o ar; deve-se ingerir

diariamente de 6 a 8 copos, de preferência fora do horário das refeições.

Sétimo mandamento: Higiene Pessoal. Deve-se dar toda atenção ao cuidado externo do corpo,

tanto no que diz respeito à aparência quanto à saúde. O vestuário deve ser sempre limpo e

confortável; o banho diário é indispensável, bem como a higiene bucal. Uma pessoa asseada é

saudável, e mais: é respeitada.

Oitavo mandamento: Repouso. O repouso do sono é indispensável. Deve-se separar

religiosamente 8 horas para dormir, cada noite. É durante o sono que o corpo se recupera e

que as células nervosas se recondicionam. Dormir cedo e levantar cedo é uma prática muito

saudável.

Nono mandamento: Descanso. Há pessoas que procuram ganhar a vida em poucos meses.

Trabalham desordenadamente, sem parar. Isto destrói o organismo. É necessário tomar tempo

para dormir diariamente, tempo para recreação no descanso semanal e tempo para descansar

nas férias anuais. Devemos viver de modo equilibrado, tendo tempo para trabalhar, pensar,

sorrir e recrear.

Décimo mandamento: Confiança em Deus. Na vida moderna há muitas tensões e

preocupações, muitas angústias e falta de paz. As preocupações desnecessárias envenenam a

mente e enfraquecem o corpo. A única solução é confiar em Deus. Aquele que nos criou

suprirá todas as nossas necessidades. Se confiarmos nEle, Ele tudo fará por nós. E se O

colocarmos em primeiro lugar na nossa vida, Ele promete conceder-nos tudo o que carecemos.

Page 279: Artigos_a Voz Da Profecia

Lembremo-nos do que disse Jesus: “Buscai pois em primeiro lugar o Seu reino e a Sua justiça

e todas as outras coisas vos serão acrescentadas”. Mateus 6:33.

Page 280: Artigos_a Voz Da Profecia

A VOZ DA PROFECIA NEUMOEL STINA

PERDÃO PARA O QUE CONFESSA

É fácil para o homem assumir a culpa de um erro que cometeu? Sabemos discernir, neste

mundo tão corrupto, o certo do errado?

Temos realmente necessidade de perdão? Precisamos confessar o erro que cometemos?

O título da palestra de hoje é: PERDÃO PARA O QUE CONFESSA.

O mundo já não vê o pecado como pecado. Por que levarmos a culpa? Com efeito, o pecado

não é chamado pecado, e sim tão só um desajustamento.

Por que os homens não assumem a responsabilidade pelo que fazem? Porque não dizer: “A

culpa é minha - tão somente minha. Eu sou o culpado. Eu pequei.”

Quando uma nação rejeita o Deus vivo, os padrões de moral começam a cair. Com o

relaxamento das normas de moral, vem o enfraquecimento do caráter e do senso de

responsabilidade. E daí por diante o dilúvio de crimes e deliquência.

O abandono da responsabilidade moral decorre também da rejeição dos dez mandamentos. Se

deixamos cair por terra a norma divina para a conduta do homem, a natureza carnal assume as

rédeas do comando e põe de lado a honestidade, a pureza, a modéstia, e a virtude.

Há hoje no mundo uma rebelião contra toda forma de autoridade e de lei: contra os pais e as

restrições do lar; contra os professores e os regulamentos escolares; contra o governo e as leis

civis; contra Deus e os Dez Mandamentos.

O apóstolo Paulo profetizou que tais condições existiriam no tempo do fim. Na Palavra de

Deus lemos: “Sabe, porém, isto: Nos último dias sobrevirão tempos difíceis; pois os homens

serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais,

ingratos irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis,

inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, antes amigos dos prazeres que amigos de

Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes.” II

Timóteo 3:1-5

O abaixamento das normas da moral representa um golpe de morte para os lares, bem como

para a igreja; e a sociedade está colhendo os resultados.

Page 281: Artigos_a Voz Da Profecia

Será que os homens reconhecerão que os mandamentos de Deus, são para o nosso tempo?

E que são preceitos morais que Deus deu à raça humana para possibilitar vida harmônica

sobre a Terra?

A terrível inquietação que há em tantos corações hoje poderia ser removida se os homens se

dispusessem a dizer: “Sou culpado. Necessito de perdão. Estou pronto a fazer a vontade de

Deus.”

As condições para obter a misericórdia de Deus são simples e razoáveis. O Senhor não requer

de nós atos penosos a fim de que alcancemos o perdão dos pecados.

Não precisamos empreender longas e afadigantes peregrinações, nem praticar duras

penitências a fim de recomendar nossa alma ao Deus do céu ou expiar nossas transgressões;

mas o que confessa os seu pecados e os deixa, alcançará misericórdia, diz a Palavra de Deus.

Devemos ter presente que a confissão do pecado, quer pública quer privada, deve nascer do

coração e ser expressa em claros termos. A confissão não deve ser feita levianamente. O

salmista diz: “Perto está o Senhor dos que tem o coração quebrantado, e salva os de espírito

oprimido.” Salmo 34:18

A verdadeira confissão é sempre específica. Reconhece cada pecado. Alguns pecados são de

natureza tal que deveriam ser confessados somente a Deus. Outros deveriam ser confessados

àqueles a quem ofendemos. Quanto aos pecados que se tornaram públicos, esses devem ser

publicamente confessados.

Deus não pode aceitar a confissão do pecado a não ser que dele nos arrependamos e o

abandonemos. Deve haver decidida mudança na vida. Tudo o que ofende a Deus deve ser

abandonado.

A instrução divina é: “Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos

meus olhos: cessai de fazer o mal.

Aprendei a fazer o bem; atendei à justiça, repreendei ao opressor; defendei o direito do órfão,

pleiteais a causa das viúvas.” Isaías 1:16 e 17

A confissão deve ser feita por intermédio de Cristo. Quando vamos ao Salvador e Lhe pedimos

perdão dos pecados, crendo que Ele perdoa, e cumpre a promessa divina: Quanto dista o

Oriente do Ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões”. Salmo 103: 12.

O Salvador Jesus Cristo, remove o pecado, e não temos mais aquela inquietante consciência

de culpa. Que oportunidade temos hoje - você e eu, de limpar a página do nosso passado!

Page 282: Artigos_a Voz Da Profecia

Não importa o que você tenha feito, quão má tenha sido sua vida, você será perdoado se com

arrependimento confessar os seus pecados.

A Bíblia nos diz: “Bem aventurado aquele cuja iniquidade é perdoada, cujo pecado é coberto.

Bem aventurado o homem a que o Senhor não atribui iniquidade, e em cujo espírito não há

culpa.” Salmo 32: 1, 2.

Depois do seu grande pecado, o rei Davi disse à Natã, o profeta: “Pequei contra o Senhor”. E

porque confessou Natã respondeu: “Também o Senhor te perdoou o teu pecado”. II Samuel

12:13.

Isto é o que sempre acontece quando confessamos o pecado, com arrependimento, e pomos

nossa confiança em Cristo.

A Escritura diz: “O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as

confessa e deixa, alcançará misericórdia.” Provérbios 28:13

Lemos também: “Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim, e

dos teus pecados não me lembro mais.” Isaías 43:25

Sim, amigo, ao que crê em Jesus como seu Salvador, Deus promete esta bênção: perdoar e

esquecer os pecados. É a palavra de Deus empenhada.

Confesse então os seus pecados, e descanse na certeza do pleno perdão divino.

Page 283: Artigos_a Voz Da Profecia

A VOZ DA PROFECIA NEUMOEL STINA

REFLEXÕES SOBRE O PRIMEIRO DIA DA SEMANA

Alguma vez você já parou para pensar, por que a maioria dos cristãos guarda o primeiro dia da

semana?

O que a Bíblia pode nos ensinar sobre o primeiro dia?

O título da palestra de hoje é: REFLEXÕES SOBRE O PRIMEIRO DIA DA SEMANA.

A Voz da Profecia tem um grande respeito a sua consciência e a sua liberdade de crer.

Louvamos ao bendito nome de Deus porque o Seu imenso amor é para todos, sem

nenhuma discriminação.

Todos os textos apresentados neste programa são passagens bíblicas. Espero que este tema,

nos inspire e nos ajude na caminhada rumo ao Lar Celestial.

A Bíblia nos diz: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu Seu Filho Unigênito

para que todo aquele que nele crê não pereça mas tenha a vida eterna.” João 3:16.

Como consequência desse amor que excede a todo entendimento, somos devedores a

todos, do respeito e do carinho que o Senhor nos tem dado. Estas ponderações serão

expostas dentro deste critério, para que todos permaneçamos unidos em Cristo.

Vejamos então, algumas considerações relacionadas ao primeiro dia da semana:

1. Sabemos que o primeiro trabalho registrado na Bíblia foi feito no primeiro dia da

semana. Está em Gênesis 1:1-5 e esse trabalho foi feito pessoalmente pelo próprio Deus.

2. Na lista dos Dez Mandamentos, o primeiro dia da semana figura como um dos dias

destinados ao trabalho. Confira no texto de Êxodo capitulo 20: 8-11.

3. Não existe nenhum registro de que algum dos patriarcas tenha guardado o domingo

ou ensinado algo sobre ele.

4. Nenhum profeta repousou nesse dia ou deu algum conselho para que os fiéis o

guardassem.

5. Por intermédio do profeta Ezequiel, Deus reitera a classificação do primeiro dia da semana

como dia de trabalho.” Ezequiel 46: 1.

Page 284: Artigos_a Voz Da Profecia

6. O Criador não descansou no primeiro dia. Não o abençoou como dia sagrado. Em

outras palavras não o santificou como dia de repouso.

7. Jesus Cristo, quando esteve pessoalmente na Terra, não descansou no primeiro dia

da semana e nem o santificou para uso sagrado.

8. Não existe nenhum texto ou registro de que os apóstolos tenham guardado esse dia.

9. Não encontramos nenhum texto em toda a Bíblia autorizando a mudança do dia de

guarda para o primeiro dia da semana.

10. Não existe nenhuma lei requerendo a sua observância. Por essa razão, não existe

transgressão para o trabalho feito nele. A Bíblia declara: “Porque onde não há lei, não há

transgressão.” Romanos 4:15.

11. Não há nenhuma proibição de trabalhar no primeiro dia da semana, ou seja, no

domingo. Em todo o Novo Testamento você não encontra qualquer penalidade por violar

esse dia. Também não há nenhuma benção prometida por observá-lo e não há

instrução alguma como deveria ser guardado.

12. Nunca foi chamado dia de repouso. Seu nome é apenas primeiro dia da semana.

13. Jesus nunca fez referência ao primeiro dia da semana.

14. O primeiro dia da semana é mencionado somente oito vezes em todo o Novo Testamento:

Mateus 28:1; Marcos 16:2, 9; Lucas 24:1; João 20:1, 19; Atos 20:7; I Cor.16:2. Seis desses

versos referem-se ao episódio da ressurreição, sem nenhum comentário, nenhuma

recomendação, ou qualquer tipo de alteração doutrinária.

No texto de Atos pregaram e partiram o pão, coisa que faziam todos os dias no templo

e até nas casas. (Atos 5:42)

Finalmente, em I Coríntios 16:2, Paulo sugere que, logo no primeiro dia da semana, em

casa mesmo, as famílias separassem a sua contribuição para evitar perda de tempo

quando o apóstolo chegasse.

15. Não existe, em todo o Novo Testamento, qualquer ordem para partir o pão em

determinados dias, prova de que adotaram o costume diário para esse ritual.

16. Jesus celebrou a última Ceia em uma quinta-feira à noite.

Page 285: Artigos_a Voz Da Profecia

17. O Novo Testamento silencia-se completamente em relação a alguma mudança do

dia de repouso do Sábado para qualquer outro dia da semana.

18. Em nenhum texto da Palavra de Deus há mandamento, ou a mais leve sugestão, de

que deveriam guardar o primeiro dia da semana em memória da ressurreição, porque

isso iria certamente, contrariar o mandamento bíblico.

19. Outra razão é porque Deus já tinha definido a forma de comemorar a morte e a

ressurreição de Jesus. Ela é apresentada em Romanos 6: 3-5. Nós lemos: “Ou não sabeis que

todos os que fomos batizados em Cristo Jesus, fomos batizados na sua morte? Fomos pois

sepultados com ele na morte pelo batismo, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os

mortos pela glória do Pai, assim também andemos em novidade de vida. Porque se fomos

unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente o seremos na semelhança da sua

ressurreição.”

Não seria este o momento de para e pensar porque a maioria(esmagadora) guarda o primeiro

dia da semana e não o sábado?

Querido irmão, que o amor maravilhoso de Nosso Senhor Jesus Cristo o abençoe. A

graça bendita e imensa de Deus o Pai, e a comunhão poderosa do Espírito Santo

acompanhem a sua vida e renovação do seu zelo nos caminhos do Senhor.

****E agora o Senhor te abençoe e te guarde. O Senhor faça resplandescer o seu rosto

sobre ti e tenha misericórdia de ti. O Senhor sobre ti levante o seu rosto e te de a Paz.

Page 286: Artigos_a Voz Da Profecia

A VOZ DA PROFECIA NEUMOEL STINA

A LEI DE DEUS E A LEI DE MOISÉS

Você sabe qual a diferença da Lei de Deus e da Lei de Moisés? Hoje queremos oferecer a

você, um estudo comparativo destas leis. Às vezes elas são confundidas pelo leitor

apressado.

Mas elas são muito diferentes, tanto na forma, como também na essência. Uma compõe-

se de regulamentações cerimoniais dos sacrifícios feitos no santuário. São as ordenanças

que ajudavam os adoradores do passado a crerem no Redentor que viria, a outra é um

transcrito da vontade de Deus para seus filhos, isto é: a Lei Moral de Deus.

O título da palestra de hoje é: LEI DE DEUS E A LEI DE MOISÉS.

Analisemos a Lei de Moisés – A Lei Cerimonial:

O grande apóstolo Paulo, é claríssimo em afirmar que o sangue de cordeiros ou novilhos,

não podia apagar os pecados de ninguém. Era apenas um símbolo que apontava para o

grande Substituto. (Hebreus 10:4).

É lógico, porque se aquele sangue removesse pecados, Deus não precisaria ter enviado

o Seu querido Filho para morrer em uma cruz. Em outras palavras, se os que viveram antes

de Cristo eram salvos pelos sacrifícios dos cordeirinhos, Jesus não precisaria ter vindo

para morrer por nós.

Todo aquele sistema era um cheque pré-datado que foi coberto quando Jesus chegou.

É por isso que o grande João Batista, conversando com os seus discípulos, ao ver o

Senhor, apontou para Ele e disse as inesquecíveis palavras: “Eis o Cordeiro de Deus

que tira o pecado do mundo.” João 1:29.

No exato momento que o Salvador morria no Calvário, rasgou-se o véu do templo de

alto a baixo, porque a santidade daqueles ritos simbólicos havia sido cravada na cruz, e

todas aquelas leis que regulamentavam os sacrifícios simbólicos, caducaram de vez

(Colossenses 2:14), como se as cédulas imperfeitas, rotas e manchadas fossem

trocadas pela nova moeda, a única que tem valor, a única que pode comprar o ser

humano perdido.

Page 287: Artigos_a Voz Da Profecia

Veja o que a Bíblia diz sobre o sacrifício de Jesus: E entoavam novo cântico, dizendo: “ Digno

és de tomar o livro e abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o teu sangue

compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação.” Apocalipse

5: 9

A outra é a Lei Moral, a base do caráter e do Reino de Deus. Veja como elas são

completamente diferentes uma da outra.

A Lei Moral é chamada de lei real, (Tiago 2:8), A Lei Cerimonial de lei de ordenanças, (Efésios

2:15).

A Lei Moral foi escrita pelo dedo de Deus em tábuas de pedra, (Êxodo 31:18), a Lei Cerimonial

foi escrita por Moisés. (II Crônicas 35:12).

A Lei Moral foi posta dentro da arca, (Êxodo 40:20), e a Lei Cerimonial foi posta ao lado da

arca. (Deuteronômio 31:24-26)

A Lei Moral é perfeita, (Salmo 19:7), enquanto nenhuma coisa foi aperfeiçoada na Lei

Cerimonial. ( Hebreus 7:19).

A Lei Moral deverá permanecer firme para sempre, ( Salmo 111:7, 8), e a Lei Cerimonial foi

cravada na cruz. (Colossenses 2:14).

A Lei Moral não foi anulada por Deus, (Mateus 5:17), a Lei Cerimonial foi abolida por Ele.

(Efésios 2:15).

A Lei Moral foi engrandecida por Cristo, (Isaías 42:21), e a Lei Cerimonial foi cancelada por Ele.

( Colossenses 2:14).

A Lei Moral mostra o pecado, (Romanos 3:20; e Romanos 7:7), enquanto a Lei Cerimonial foi

constituída em consequência do pecado. ( Levítico, capítulos 3 a 7).

No tempo de Jesus Cristo, o povo judeu era muito interessado em leis, especialmente a lei

cerimonial. Eles a consideravam extremamente importante, e adicionaram a ela muitos

outros regulamentos e tradições o quanto quiseram, e isso se tornou uma tremenda

carga para o povo. Um peso insuportável.

Iam tão longe nessas composições humanas, e eram tão fanáticos nisso que algumas

vezes deixavam de obedecer a Lei Moral para seguir essas tradições acumuladas.

(Mat.15:6)

Page 288: Artigos_a Voz Da Profecia

Contra essa situação, Jesus Se insurgiu dizendo: “Em vão me adoram ensinando

doutrinas que são preceitos de homens.” Mateus 15:9.

Mas Jesus defendeu a Santa Lei de Deus com uma clareza cristalina, ampliando a visão

letrista para ir ao espírito da Lei. Pecado não é só matar fisicamente, mas

emocionalmente também. Adulterar não é apenas contato físico, mas imaginação impura

abrigada na mente, intenção deliberada, ou seja , largar as rédeas soltas para os

sentimentos pecaminosos.

Dos fiéis que estarão entrando nas mansões eternas se dirá: “Aqui está a

perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus.”

Apocalipse 14:12.

Querido amigo, venha para os braços do Pai. Se hoje se sente pequeno, frágil, incapaz de

obedecer ao Senhor, deixe de lutar sozinho.

Venha depor suas carências ao pé da cruz. Aquele que morreu por você, não o

deixará no meio da estrada. Aquele que morreu para salva-lo, investiu tudo em sua

vitória.

Por isso deu a poderosa graça, da presença maravilhosa de Deus em sua vida. O poder

do Espirito Santo o ajudará.

Lembre-se, agora você está nascendo de novo para o Reino de Deus. Venha Filho,

render a sua própria vontade. Aquele que tudo fez por você não lhe negará bem

algum.

Então vai cumprir-se em sua vida, a linda promessa: “Ao vencedor gravarei sobre ele o

Nome do Meu Deus, o nome da cidade do meu Deus, a Nova Jerusalém que desce do céu,

vinda do céu, da parte do meu Deus e o Meu Novo Nome.” Apocalipse 3:12.

Page 289: Artigos_a Voz Da Profecia

A VOZ DA PROFECIA NEUMOEL STINA

O QUE JESUS DISSE SOBRE OS 10 MANDAMENTOS

A Bíblia Sagrada é um livro cheio de conselhos, ordenanças e mandamentos. Algumas vezes

encontramos pessoas que desconhecem a natureza e o propósito desses códigos sagrados.

Outros não entendem o papel que eles desempenham no Plano de Deus.

A palestra de hoje tem como título: O QUE JESUS DISSE SOBRE OS 10 MANDAMENTOS.

O apóstolo Paulo diz: “que tudo o que foi escrito, para o nosso ensino foi escrito, a fim de

que, pela paciência e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança.” Romanos 15:4

Entretanto, algumas leis visavam regulamentar as cerimônias que apontavam para os

bens futuros (Hebreus 10:1), até que eles chegassem para abençoar o povo de Deus.

A lei de Moisés é um exemplo típico, pois disciplinava e orientava assuntos referentes

aos sacrifícios de cordeirinhos que simbolizavam o grande Cordeiro de Deus, Jesus

Cristo, Aquele que tira o pecado do mundo. João 1: 29.

Quando Jesus morreu lá no Calvário, rasgou-se o véu do templo de alto a baixo, em uma

clara demonstração de que a santidade daquele formalismo contido nas leis cerimoniais

havia caducado e não tinham mais sentido.

Seria uma aberração confundir a lei que regia todo aquele cerimonial e que foi cravada

na cruz, com a Lei Moral, dos 10 Mandamentos.

Com a chegada de Cristo, a cédula cheia de ritos e cerimonias simbólicas não mais

teria razão de vigorar . Ao contrario, a Lei Eterna permaneceu inabalável.

Se esta Lei Moral pudesse ter sido abolida, Deus não precisaria ter feito o grande

Sacrifício. Que diria o Salvador com respeito aos mandamentos da Lei de Deus?

Na Bíblia, lemos o Jesus disse: “Não penseis que vim revogar a lei ou os profetas. Não vim

para revogar, vim para cumprir. Porque em verdade vos digo: Até que o céu e a terra passem,

nem um “I” ou um “til” jamais passará da lei até que tudo se cumpra. Aquele, pois, que

violar um destes mandamentos, ainda que dos menores, e assim ensinar, será considerado

mínimo no reino dos céus. Aquele porém que os observar e ensinar, esse será

considerado grande no reino dos céus.” Mateus 5: 17-19.

Page 290: Artigos_a Voz Da Profecia

No Sermão da Montanha, Jesus fez fortes declarações sobre a perpetuidade da Lei de Deus e

proclamou que sua missão era cumpri-la, e mostrá-la em todo o seu vigor tanto no ensino

como na obediência. Quer uma prova disso? Não matarás. Esta ordem está mencionada

em um dos Dez Mandamentos.

Jesus disse: “Ouvistes o que foi dito aos antigos: Não matarás; Eu, porém vos digo que todo

aquele que (sem motivo) se irar contra seu irmão, estará sujeito a julgamento. Ouvistes

que foi dito: Não adulterarás. Eu, porém, vos digo: Qualquer que olhar para uma mulher

com intenção impura, no coração, já adulterou com ela. ” Mateus 5:21, 22, 27, 28.

Isaías já havia profetizado no capítulo 42:21: “Foi do agrado do Senhor, por amor de sua

justiça, engrandecer a lei e fazê-la gloriosa.” Cumprindo a profecia, Jesus tornou a Lei

muito mais forte e abrangente.

Os Dez Mandamentos são a única parte das Santas Escrituras, escrita diretamente por

Deus, e com o Seu próprio dedo gravada em duas tábuas de pedra.

Além disso, Ele pessoalmente proclamou essas palavras em voz audível acompanhado de

uma gloriosa manifestação de poder. E Hoje Ele quer gravá-la em nosso coração.

Reconhecendo que a lei é santa, justa e boa (Romanos 7:12), importantes líderes de várias

igrejas fizeram declarações sólidas a favor dos Dez Mandamentos:

No Catecismo Completo da Religião Católica, de Deharbe, página 172, lemos: “Os Dez

Mandamentos encerram a lei que por natureza congrega a todo homem, porque esta

aprofundado na natureza humana e foi escrita por Deus em todos os corações

humanos.”

Na Constituição da Igreja Presbiteriana, página 87, está escrito: “ Esta lei. . . é uma regra

perfeita entregue por Deus no Monte Sinai em dez mandamentos.”

O Manual da Igreja Batista diz: “Cremos que a Lei de Deus é a regra eterna e imutável do seu

governo moral. Ela é santa, justa e boa.” Página 15 edição americana.

As Doutrinas e Disciplinas da Igreja Episcopal Metodista no artigo VI afirmam: “Nenhum

cristão pode eximir-se da obediência aos mandamentos chamados morais.”

Importantes comentaristas bíblicos como Alberto Barnes e grandes pregadores como Carlos

Spurgeon, e João Wesley pregaram poderosos sermões sobre a imutável Lei que

representa o caráter Santo de Deus.

Page 291: Artigos_a Voz Da Profecia

Todos esses santos homens de Deus sabiam que a Salvação é unicamente possível

por Jesus Cristo. E nenhum ser humano poderia sem o poder de Deus guardar estes

mandamentos ou quaisquer outros conselhos da Palavra de Deus.

Sendo salvos pela graça de nosso Senhor Jesus Cristo, o cristão é dotado de um poder

celestial capaz de transformar a vida e torná-lo semelhante ao Senhor.

Deus nos reveste de Jesus. Em Gálatas 3:27, nós lemos: “Porque todos quantos fostes

batizados em Cristo de Cristo vos revestistes”.

Quando nascemos de novo, somos habilitados com a capacidade de viver uma nova vida. Só

assim poderemos dizer juntamente com o salmista: “A minha língua celebre a tua lei,

pois todos os teus mandamentos são justiça. Salmo 119:172.

Amigo, não importa o que tenha acontecido em sua vida. Mesmo que tenha desrespeitado a

Lei de Deus, volte-se para Jesus agora. O Senhor tem o poder de perdoar e criar um

coração novo, uma vida nova e você agora mesmo se torna um herdeiro da fé no

Eterno Reino de Deus.

Page 292: Artigos_a Voz Da Profecia

A VOZ DA PROFECIA NEUMOEL STINA

O QUE JESUS DISSE SOBRE O SÁBADO

Você tem dúvidas quanto ao dia correto de descanso? Você sabe por quê Deus disse que o

corpo e a mente precisam descansar? Mas, você ainda não sabe exatamente o que Deus

estabeleceu quanto a este assunto? A palestra de hoje tem como título: O QUE JESUS DISSE

SOBRE O SÁBADO.

Um dos textos mais conhecidos da relação Cristo e Sábado está registrado na Bíblia no livro

de Marcos capítulo 2, e nos versos 27 e 28: “O sábado foi estabelecido por causa do homem,

e não o homem por causa do sábado; de sorte que o Filho do homem é senhor também do

sábado.”

Esses versos vieram depois de um incidente em que os discípulos estavam sem comer e no

dia de sábado colheram algumas espigas de milho para matar a fome.

Diante da crítica dos fariseus o Senhor argumentou que Davi, estando também com fome,

comeu os pães do santuário que só os sacerdotes poderiam comer e ficou sem pecado.

Os líderes judeus no tempo de Cristo haviam criado uma série de proibições relacionadas com

a guarda do Sábado, limitando até o numero de passos que a pessoa podia dar. Se

ultrapassasse o número deveria ficar parada até terminar o Sábado no por do sol.

Outra coisa, as curas efetuadas por Jesus Cristo eram consideradas pelos fariseus como

pecado. E Jesus não concordava com essas interpretações que colidiam com o pensamento

divino e roubavam a benção que o Sábado devia proporcionar .

Um dos argumentos fortes do Senhor é que os que O condenavam, socorriam os seus

próprios animais quando caiam na valeta em um dia de sábado.

Jesus estava na igreja no Sábado e uma vez entrou alguém com a mão ressecada. Jesus

perguntou : “E lícito nos sábados fazer o bem ou fazer o mal? Salvar a vida ou tirá-la? Mas

eles ficaram em silêncio. Olhando-os ao redor, indignado e condoído com a dureza dos seus

corações, disse ao homem: Estende a tua mão. Estendeu-a, e a mão lhe foi restaurada.”

Marcos 3:4, 5.

Achavam que por tê-lo curado, Jesus não guardou o Sábado e elaboraram um plano para

matá-lo por isso. (Verso 6).

Page 293: Artigos_a Voz Da Profecia

Como Senhor do santo Sábado Ele queria afastar todas as tradições erradas e regras

humanas que distorciam a santidade desse dia. Para Jesus o Sábado está relacionado com

bênçãos. Por isso estava todos os Sábados na Igreja.

Na Bíblia lemos o que fala acerca de Jesus: “Indo para Nazaré, onde fora criado, entrou num

sábado, na sinagoga, segundo o seu costume, e levantou-se para ler.” (Lucas 4:16)

Recomendou que os fiéis orassem para que a destruição de Jerusalém não ocorresse no Santo

dia de repouso. (Mateus 24:20).

Jesus transmitia esse respeito para com o sétimo dia através de Sua vida e após ter morrido

na cruz do Calvário, as fiéis mulheres cristãs, foram levar unguentos e especiarias para ungi-

lo, mas no Sábado descansaram conforme o mandamento.

Nós lemos em Lucas 23: 56: “ Então, se retiraram para preparar aromas e bálsamos. E, no

sábado, descansaram, segundo o mandamento.”

A mensagem de Jesus havia sido entendida: “ Não vim para destruir a lei e os profetas, vim

para cumprir.” Mateus 5:17.

Para aqueles que pensavam que o Sábado é uma instituição criada apenas para judeus,

basta ler o relatório do Gênesis, quando Deus o estabeleceu para Adão e Eva, ou seja para a

humanidade e devia permanecer para recordar o Poder Criador:

Na Palavra de Deus lemos: “Assim, foram acabados os céus e a terra, e todo o seu exército. E

havendo Deus terminado no dia sétimo a sua obra, que fizera, descansou nesse dia de toda a

sua obra que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou; porque nele

descansou de toda a obra que, como Criador, fizera.” Gên. 2:1-3.

É interessante pensar que quando Jesus afirmou que É o Senhor do Sábado, Ele estava

falando com conhecimento de causa. Ele é o Criador. A Trindade estava presente, mas

Jesus foi o agente da criação, portanto foi Ele quem pronunciou a benção sobre o

sétimo dia.

A Palavra de Deus declara em João 1: 1-3 e 14 “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava

com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram

feitas por intermédio dele , e sem Ele nada do que foi feito se fez. E o Verbo se fez carne, e

habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória como do unigênito do

Pai.”

Foi Ele quem disse: “Lembra-te do dia do Sábado para o santificar. Seis dias trabalharas e

farás toda a tua obra Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus. Porque em seis dias

Page 294: Artigos_a Voz Da Profecia

fez o Senhor o Céu e a Terra, o mar e tudo o que neles há. E ao sétimo dia descansou. Por

isso o Senhor abençoou o dia de sábado e o santificou.” Êxodo 20:8-11. O sábado é portanto

um memorial da Criação.

O Sábado foi criado para que depois de seis dias de lutas e trabalhos, o corpo repouse

devidamente, e possa desligar-se dos compromissos materiais, das preocupações

rotineiras da vida.

Desligar-se também da escola, da firma, dos trabalhos diários, para comungar com o

Maravilhoso Pai Celestial. Estamos nesse momento honrando a Sua Palavra como o

Criador do Universo.

Se o Sábado fosse respeitado não haveria ateus, porque todos creriam em Deus, não

haveria violência, porque todos teriam respeito pela vida, teríamos mais segurança,

compreensão e amor.

O Sábado é um memorial da presença divina em um mundo agredido pelo pecado. Um

memorial da Redenção também.

Jesus disse: “Venham a Mim todos os que estão cansados e oprimidos e eu os aliviarei.”

Mateus 11:28

Venha filho, venha para o convívio sagrado com o Senhor Jesus. Ele oferece a você o

descanso, a benção e a santificação, que jamais encontrará em outros caminhos. Venha

para a benção. Venha para a Paz.

Page 295: Artigos_a Voz Da Profecia

VOZ DA PROFECIA NEUMOEL STINA

É IMPOSSÍVEL SERVIR A DOIS SENHORES

Você acredita que é possível servir a dois senhores? Você também acha que é possível seguir dois caminhos ao mesmo tempo? Acha que é possível seguir a Deus, e servir a outros deuses ao mesmo tempo?

A palestra de hoje tem por título: É IMPOSSÍVEL SERVIR A DOIS SENHORES.

Há muitas pessoas que gostam das coisas de Deus e das coisas de Satanás. Parece até que

acham que podem desfrutar o melhor dos dois mundos: este e o que virá.

Virar-se à direita e à esquerda simultâneamente, para cima e para baixo de uma vez. E

pensam, na verdade, que poder fazer isto. Procuram servir a dois senhores.

Aos olhos dos outros, elas podem ser uma coisa, mas aos olhos de Deus são outra

inteiramente diferente. Podem pensar que estão marchando rumo ao céu, mas na realidade

seguem na direção oposta. Assim, naturalmente, não enganam senão a si mesmas.

Na Bíblia temos, em II Reis, capítulo 17 nos versos 24 a 41, uma descrição dessa dupla na

religião. Muitos dos israelitas da parte norte da Palestina, haviam sido levados em cativeiro

pelo rei da Assíria, e em seu lugar ele estabeleceu certos povos pagãos reunidos de várias

partes de seu império.

Esses estrangeiros levaram seu culto estranho consigo, o culto de vários deuses dos pagãos

que os rodeavam.

Rapidamente, houve uma mistura de religião na terra. Para muitos deles, um deus era tão bom

como o outro, de modo que não somente adoravam seus próprios ídolos, mas começaram a

adorar o verdadeiro Deus, juntamente com eles, como está escrito:

“Assim que ao Senhor temiam, e também a seus deuses serviam, segundo o costume das

nações dentre as quais tinham sido transportados.” II Reis 17:33.

Isto é a descrição da religião de muitas pessoas que conhecemos. Observam todas as formas

exteriores da fé cristã, vão de quando em quando à igreja, ou mesmo regularmente, aceitam as

ordenanças do batismo e da ceia do Senhor.

Parecem pessoas religiosas, segundo as suas próprias idéias, são bons cristãos. São dignas e

são religiosas. Existem porém outros deuses além do Deus vivo, além do Deus do céu.

Page 296: Artigos_a Voz Da Profecia

Há os deuses do dinheiro, do prazer, da satisfação própria. Sua religião é em verdade uma

religião mestiça. Espiritualmente, vivem uma vida dupla, servem a dois senhores.

Aos olhos de Deus, tal religião não vale mais que aquela religião misturada do povo do norte

da Palestina.

Podemos dizer duas coisa quanto à religião dividida, que adora a Deus e a mundo ao mesmo

tempo, num esforço de misturar os dois cultos:

Em primeiro lugar, ela é uma religião falsificada, e toda pessoa sincera, em toda parte, a

despreza.

Mesmo os infiéis e os ateus apontam com desdenhoso dedo ao falsificado, e bem o podem

fazer.

Em segundo lugar, essa religião desagrada Deus, rebaixando-O a um plano secundário, uma

espécie de igualdade com os outros deuses que os homens fazem.

Em alguns países o povo faz deuses de pedra, metal, madeira, etc. Em outros países os

deuses são diferentes, mas ainda tão pagãos como aqueles, deuses sem vida, de igual

maneira.

Se um falso deus é feito de pedra ou de uma idéia, que diferença faz? Tudo quanto se

interpuser entre o coração humano e o Deus vivo, o Governador do universo, o Pai de nosso

Senhor Jesus Cristo, o Redentor da humanidade, é deus falso, e não tem lugar no culto de um

cristão.

Nós sabemos que nenhum homem pode ser leal a dois governos, ao mesmo tempo. Jesus

declarou: “Ninguém pode servir a dois senhores. . ” Mateus 6:24.

Disse também: “Quem não é por mim, e contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha”.

Mateus 12:30.

Para a completa felicidade do ser humano, importa que sua vida tenha um centro, e esse

centro deve ser ocupado por Jesus. Coisa alguma deve ofuscar Jesus, coisa alguma deve

tomar o seu lugar em nosso coração.

Na Bíblia lemos: “Não terás outros deuses diante de mim”. Êxodo 20:3.

O mundo está à espera de cristãos devotados a um único propósito. O mundo está cansado da

vida dupla de homens que servem a dois senhores, e deseja ver demonstrada a vida celeste.

Quando Jesus esteve na Terra, era inteiramente consagrado à vontade de Deus. A mesma

dedicação à religião do Céu deve ser vista em Seus professos seguidores.

Page 297: Artigos_a Voz Da Profecia

Alguém disse que a maior parte das dificuldades no buscar viver a vida cristã provém de tentar

viver a vida pela metade. Isso foi o que aconteceu com Judas. Ele queria ambos os mundos.

Mas, acabou perdendo ambos.

Certa vez Jesus disse: “Assim, pois, qualquer de vós, que não renuncia a tudo quanto tem, não

pode ser meu discípulo”. Lucas 14:33.

Ele precisou dizer isso de maneira vigorosa, a fim de nos sacudir para entrarmos na realidade

de que não podemos viver vida dupla, e ainda assim sermos cristãos.

Esta linguagem é forte. Não devemos então comer, vestir-nos, ter um lar, lidar com finanças, ou

ter amigos? Isto não é o que o Senhor quer dizer.

O ponto é que tudo isto deve ser secundário. Estas coisas não devem ser colocadas em

primeiro plano, ou mesmo em igualdade com as coisas de Deus.

Para viver uma vida cristã bem sucedida, para ter paz de espírito, agradar a Deus, não

podemos ter como deuses estas coisas e mais Cristo.

Cristo deve ocupar o lugar mais importante em nosso coração.

Todas as outras coisas que pareciam ter muito valor em nosso vida, não terão mais tanta

prioridade se Cristo ocupar o primeiro lugar no coração.

Foi Jesus que disse: “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas

coisas vos serão acrescentadas.” Mateus 6:33.

Buscai a Jesus em primeiro lugar.

Page 298: Artigos_a Voz Da Profecia

A VOZ DA PROFECIA NEUMOEL STINA

MESMO SOFRENDO, CONFIE EM DEUS

Com certeza em todas as famílias o sofrimento se faz presente.

Por quê temos que sofrer? É difícil explicar alguns por quês.

Não faz muito tempo visitei uma senhora em seu lar, que segurando a mão de seu esposo,

pronunciou suas últimas palavras nesta vida. Poucos meses antes, ela fora acometida de

câncer e em menos de um ano, a doença a venceu e muito cedo, foi para o descanso. Toda a

família sofreu muito, e ainda sente saudade de alguém que foi muito especial.

O tema da palestra de hoje é: MESMO SOFRENDO, CONFIE EM DEUS.

Por quê acontecem tantas tragédias e sofrimentos?

Talvez, porque alguns só conseguem encontrar a Deus mediante sofrimentos, lágrimas e

perdas.

Porém, a mais confortadora promessa é que “todas as coisas cooperam para o bem daqueles

que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o Seu propósito”. Romanos 8:28.

Muitos tem questionado a Deus quando defrontados por realidades negativas, mas é

importante sabermos que Deus não é o autor do sofrimento. Deus jamais desejou que

houvesse tristeza, ou lágrimas, e mesmo a morte.

Jesus explicou isto em Mateus 13:24-30 onde compara nosso mundo a um campo no qual um

homem semeou a boa semente. Naquela noite um inimigo semeou ervas daninhas. Mais tarde,

quando as plantas cresceram notou-se a presença das ervas más. Os servos do proprietário

indagaram sobre a qualidade das sementes, mas o homem, seguro de si, esclareceu: “Um

inimigo fez isto”.

Com esta parábola Jesus Cristo descreveu o que aconteceu ao nosso mundo.

A terra era perfeita e linda ao sair das mãos do Criador. Mas alguém tentou destruir, as belas

obras de Deus, semeando muitas sementes más, e obteve êxito no que fez.

Então surgem algumas perguntas:

Quem é este inimigo? De onde ele veio? Por quê ele tem inimizade para com Deus? Por quê

Deus não o eliminou?

Page 299: Artigos_a Voz Da Profecia

A Bíblia diz que este inimigo surgiu no próprio céu e que foi expulso de lá por causa do que

fizera. A Bíblia afirma: “E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e

Satanás, o sedutor de todo o mundo”. Apocalipse 12:9.

Aqui o inimigo é identificado como diabo e satanás. Já em Isaías 14:12 ele é chamado de

Lúcifer, ou anjo de luz que era seu nome original.

Como Lúcifer veio à existência? Deus o criou. Mas Deus não o criou como um demônio. A

Bíblia esclarece: “Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se

achou iniquidade em ti”. Ezequiel 28:15. Deus o criou perfeito, mas Lúcifer escolheu o mau

caminho e tornou-se em diabo.

O que então conduziu este ser perfeito à rebelião? Egoísmo, egocentrismo! Ele desejou uma

posição mais elevada do que possuía. Isaías explica este mistério da origem do mal: “Tu dizias

no teu coração, eu subirei ao céu,... eu exaltarei o meu trono e ... me assentarei,... eu serei

semelhante ao Altíssimo”. Isaías 14:13-14. Lúcifer não estava satisfeito com todas as

vantagens que Deus lhe dera. Ele cobiçou posição mais elevada; invejando a Jesus Cristo. Ele

desejou ser semelhante ao Altíssimo. Esqueceu-se que era apenas uma criatura e Jesus o

Criador.

Como Lúcifer agiu?

Ele planejou, conspirou e executou seu plano. Em primeiro lugar ele pretendeu ter maior

sabedoria que o próprio Deus, e por implicação, que seria um governador melhor do que Deus.

Orgulhoso de seus talentos e sabedoria sentiu-se capaz de maiores responsabilidades.

Ezequiel diz: “Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua

sabedoria, pecaste...”. Ezequiel 28:16-17

Em sua rebelião contra Deus, ele seduziu a terça parte dos milhões de anjos das hostes

celestes, e houve guerra no céu. Deus poderia ter destruído a Lúcifer com apenas uma palavra,

mas isto levaria milhões e milhões de seres criados, à dúvida.

Por guerrear contra Deus, ele não mais poderia permanecer no céu. A Bíblia afirma que ele “foi

expulso e com ele os seus anjos”. Apocalipse 12:9

Infelizmente, para nós, seres humanos, ele fez deste planeta, o seu lar. Durante seis mil anos

os habitantes da terra temos uma manifestação dos princípios do seu governo. Seis mil anos

de tragédias, sofrimentos e morte. Seis mil anos tentando destruir o homem, separando-o de

Deus.

Embora seus ataques nunca tenham cessado, ele tem reservado para estes últimos dias do

final da história, terríveis investidas, especialmente contra o povo de Deus, que procura fazer a

vontade do Senhor. Diz o texto sagrado: “Irou-se o dragão contra a mulher, e foi pelejar com os

restantes de sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus”. Apocalipse 12:17.

Page 300: Artigos_a Voz Da Profecia

Amigo querido, se você tem se esforçado em guardar os mandamentos de Deus e fazer a

vontade divina, pode ter certeza: você também enfrentará os ataques do inimigo nestes últimos

dias.

Talvez neste momento você esteja perguntando: Como poderei vencer um inimigo tão

poderoso e tão astuto?

A resposta é simples: você e eu podemos vencê-lo do mesmo jeito que Cristo o venceu.

Nas tentações que o diabo lhe fez, Jesus venceu pelo método “Está escrito”. A Palavra de

Deus e Seus ensinos faziam parte da vida de Cristo.

Dentro de muito pouco tempo, Deus colocará fim a esta rebelião do inimigo. Chegará o tempo

em que, como diz o profeta Ezequiel. “Satanás será reduzido a cinzas e não mais existirá.

Ezequiel 28:18-19. Em Apocalipse 20:10 lemos que o diabo será destruído pelo fogo do último

dia.

E completando este recado de Deus para Seus filhos sofredores, a Bíblia diz: “A angústia não

se levantará outra vez”. Naum 1:9.

O usurpador do governo da terra será destruído, e as consequências nefastas do seu reino

desaparecerão. Não haverá mais sofrimento pois “Deus lhes enxugará dos olhos toda a

lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, por que as primeiras

coisas passaram”. Apocalipse 21:4

Como será maravilhoso este Mundo feito novo! Para ser governado por um Deus de amor.

Quão maravilhoso será estarmos livres do sofrimento, da angústia, da dor e da morte.

E isto se dará muito em breve, quando Jesus regressar.

Você gostaria de estar pronto para o dia em que Deus fará novas todas as coisas?

Quando Deus terminar com o sofrimento e com a dor?

Hoje Jesus está lhe chamando para uma nova vida, um novo reino.

Amigo querido, se você está cansado de sofrer ouça a voz de Jesus dizendo: “Vinde a Mim,

todos os que estais cansados e eu vos aliviarei”... Mateus 11:28.

Page 301: Artigos_a Voz Da Profecia

A VOZ DA PROFECIA NEUMOEL STINA

JESUS FEZ DO LADRÃO UM SANTO

Você acredita que um criminoso pode ser perdoado? Você acha que o mais vil pecador pode

encontrar perdão em Jesus?

Você fica surpreso quando numa das prisões um ladrão se torna cristão?

O tema da palestra de hoje é: JESUS FEZ DO LADRÃO, UM SANTO.

A Bíblia narra uma história maravilhosa. Uma história que mostra, que mesmo em meio a

tantos sofrimentos, sofrimentos causados pelas feridas da cruz, Jesus perdoou e salvou um

pecador prestes a morrer.

O relato se encontra no Evangelho de Lucas, e a narrativa é impressionante. No capítulo 23,

nos versos 39 a 43, o médico amado nos diz: “E um dos malfeitores blasfemava dele,

dizendo: Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo, e a nós também.

Respondendo, porém, o outro, repreendia-o, dizendo: Tu nem ainda temes a Deus,

estando na mesma condenação? E nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o

que os nossos feitos mereciam; mas este nenhum mal fez.

E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino. E disse-lhe

Jesus: Em verdade te digo hoje, estarás comigo no Paraíso.”

Antes de ser crucificado, Jesus sofreu escárnio, levou 39 chibatadas e lhe colocaram uma coroa de espinhos que fez com que o sangue escorresse em Sua face.

Então Jesus foi colocado num madeiro. A cruz de Jesus foi colocada entre outras duas cruzes.

Sofreu, estendido à espera de uma morte que Ele não merecia.

Ao seu lado estavam suspensos dois ladrões, eles pendiam entre a vida e morte. Porém, um

deles foi atingido pela fé e disse: “Senhor lembra-te de mim quando entrares no teu reino”.

Estas foram as últimas palavras gentis ditas a Jesus antes de Sua morte, pronunciadas, não

por um líder religioso, nem pelo discípulo que Ele amava, nem mesmo pela Sua mãe que

estava ao pé da cruz, mas por um simples e moribundo ladrão.

Com as palavras: “Em verdade te digo hoje, estarás comigo no paraíso”, aquele ladrão passou

dos braços da cruz para os braços acolhedores do Salvador.

Page 302: Artigos_a Voz Da Profecia

Não sabemos nada acerca desse criminoso. Não sabemos o quanto roubou ou quantas vezes

teria roubado. Não conhecemos as pessoas lesadas, nem tampouco os motivos que o levaram

a roubar.

Sabemos apenas que era um ladrão. Quem sabe foi um filho obstinado cuja mãe teria o

coração partido, e cujo pai, há muito já tinha perdido as esperanças nele depositadas.

Porém de acordo com o relato de Mateus, sabemos que ele se juntara à multidão quando

caçoavam de Jesus. (Mateus 27:44)

Entretanto, o que o fez mudar tanto. . . a ponto de ter um ato de heroísmo ao enfrentar a todos

por Jesus e com humildade submeter-se a Ele?

Em meio às agressões e insultos lançados contra Jesus, esse ladrão ouviu Jesus apelar para

uma corte superior à corte de César. O apelo não era por justiça, mas por misericórdia.

E misericórdia não para consigo mesmo, mas para com aqueles que o acusavam. As

agressões eram agudas e implacáveis, mas Jesus não as devolvia. Ele as confinava em seu

coração. “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.” Lucas 23:34

Aquele assaltante que ouvia tudo isto, virou sua cabeça para enxergar melhor e viu aquele

homem de cujos lábios saíam palavras tão ternas.

Quando seus olhos encontraram os do Salvador, por um momento tudo parou. Naqueles olhos

não viu ódio, nem desprezo, nem julgamento. Viu apenas uma coisa. . . perdão.

Então ele soube. Ele estava face à face com o Filho de Deus, que em agonia dava Sua vida

pelos pecadores. Aquele ladrão não sabia muito sobre teologia. Sabia apenas três coisas:

aquele Jesus era um rei, o seu reino não era deste mundo, e tal rei tinha o poder de levar até o

mais indigno para o seu reino. Era tudo que sabia e nada mais. Mas, isto era o suficiente.

E de um momento para outro, aquele coração foi transformado pelo poder de Cristo, o

crucificado. Fico maravilhado quando penso sobre isso. Que Jesus maravilhoso.

Em meio aos insultos humilhantes da multidão, e apesar das dores cruciantes ali sofridas,

Jesus ainda estava a serviço do Pai.

Foi o olhar perdoador de Cristo, que transformou o coração do ladrão, que aos olhos do povo

estava perdido.

Aquele ladrão viu em Jesus Cristo, que foi zombado e que estava pendendo na cruz, o seu

Redentor, sua única esperança, e em seu apelo humilde e sincero ele obteve a salvação.

Page 303: Artigos_a Voz Da Profecia

Quando o olhar de Cristo penetra no coração, é impossível resistir a tão maravilhoso chamado.

Talvez hoje eu esteja falando para alguém que necessite de perdão, que precisa de sentir paz.

Não deixe para amanhã. Abra o seu coração para Cristo. Deixe que Ele o envolva com os seus

braços de amor.

Cristo está esperando de braços abertos. Como Ele o fez para o ladrão que estava perdido.

Ele continua de braços abertos para você.

Jesus quer lhe dar o perdão. Ele quer lhe dar a salvação. Aceite o convite, vá correndo para os

seus braços, pensando no que Ele fez por você.

Page 304: Artigos_a Voz Da Profecia

A VOZ DA PROFECIA NEUMOEL STINA

ENTENDENDO A PALAVRA DE DEUS

Centenas de guerras ocupam a mente de milhões de pessoas no mundo. Há um temor e

espanto em cada coração. Você acha que existe escape para tanta destruição? Será que em

algum lugar acharemos o caminho a seguir?

O título da palestra de hoje é: ENTENDENDO A PALAVRA DE DEUS.

Uma guerra sem sentido aconteceu em Kosovo. Uma guerra civil onde reinou o preconceito

racial.

Milhares de civis morreram. A OTAN – Organização do Tratado do Atlântico Norte – lançou

bombas em lugares estratégicos e mesmo assim muitas pessoas inocentes foram mortas.

Mulheres sem seus maridos eram estupradas na frente de seus filhos pequenos. Crianças

foram mortas. Algumas vezes foram decapitadas e suas cabeças foram usadas como bolas de

futebol, onde soldados sem escrúpulos chutavam de um lado para outro.

Milhares de pessoas tentaram fugir para a Albânia, procurando escapar assim de tal carnificina.

Muitos foram mortos em lugares de refúgio, porque os soldados erraram o alvo.

Que mundo é este onde seres humanos criados pelo Deus de amor, fazem tamanha maldade

com seus próprios irmãos?

Milhões de pessoas também estão à procura do escape para os seus dilemas, para os seus

problemas, para sua dor. Paradoxalmente nesta época de avanços científicos e tecnológicos,

e apesar do apoio que a psicologia e a psiquiatria procuram oferecer, aumentam os desajustes,

os traumas, a solidão e o desespero. A resistência humana e a capacidade de superar as

dificuldades, tudo é posto à prova.

Sem falar no desemprego e na onda de crises financeiras que intranquilizam o mundo todo. Na

fome, nas crianças abandonadas, pessoas morando em lugares que nem animais

conseguiriam sobreviver.

Page 305: Artigos_a Voz Da Profecia

As pessoas estão à procura de uma verdade, de um caminho que lhes dê sentido à vida e um

pouco de paz para sobreviver. Os próprios governos em várias regiões da Terra, desejariam

acalmar essa avalanche de inquietação social e impedir as explosões de insatisfação e

violência, mas se sentem quase incapazes.

Parece que os problemas vão além do simples espaço físico para se instalam dentro do próprio

coração. As multidões estão com a mente e o coração carentes de uma luz maior, uma bússola

que possa dar-lhes uma direção. Não sabem para onde estão indo, e que caminho estão

seguindo.

Mas estão à procura de uma saída. Desvairados, correm atrás de panacéias como as bebidas

alcóolicas e as drogas.

Mascaram suas realidades nos 3 dias do carnaval, para outra vez se descobrirem insatisfeitos,

desiludidos com os seus problemas não resolvidos e até agravados.

Outro dia vi um adesivo colado no vidro de um automóvel, que dizia: “Não me sigam, que estou

perdido”. Isso dá uma idéia da insegurança das pessoas. Na verdade “O ser humano é um

enigma para si mesmo.”

Mas o nosso Pai Celestial não deseja que Seus filhos fiquem perdidos por aí, sem um roteiro

seguro. Ele quer guardar você das dúvidas que assaltam a sua mente. Ele não quer que você

caminhe na escuridão, passando por perigos na noite escura desse mundo.

Ele deixou um roteiro, um mapa para lhe indicar o caminho e dar sentido à sua vida. O rei e

patriarca Davi assim escreveu no lindo e inspirado Salmo 119:105 - “ Lâmpada para meus

pés, é Tua Palavra e Luz para o meu caminho”.

É essencial, entretanto, que as pessoas estudem com atenção para perceberem o verdadeiro

sentido da Bíblia, comparando o texto que estão lendo, com outros textos, para não darem

suas próprias interpretações aos Escritos Sagrados, como advertiu o Senhor em Mateus:

22:29 : “Errais não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus.”

É também fundamental pedir a assistência divina quando vamos abrir a Santa Bíblia. No Salmo

119:18 está escrito: “Abre os meus olhos para que eu veja as maravilhas da Tua lei.” Essa é

uma coisa que o Senhor aprecia muito fazer.

Veja o que diz a Palavra do Senhor: Então lhes abriu o entendimento para compreenderem as

Escrituras.” “Derramarei o Meu Espirito e vos farei saber as minhas palavras.” Prov.1:23

Page 306: Artigos_a Voz Da Profecia

Mencionamos há pouco a importância de comparar o que o Espírito Santo disse em um texto,

com o que Ele declarou em outro texto sobre o mesmo assunto. Dessa forma um verso se

torna a chave para desvendar o sentido de outro verso ou conjunto de versos.

Por exemplo: Em Lucas 21 encontramos pessoas perguntando a Jesus sobre o templo de

Jerusalém e o fim do mundo. Já em Mat 24 afirma que essas pessoas que perguntaram eram

os apóstolos do Senhor.

E através de Marcos 13, no verso 3 descobrimos que os apóstolos que perguntaram foram

Pedro, Tiago, João e André.

Comparar um texto com o outro é uma regra básica ao se estudar a Bíblia.

Uma das razões porque há tantas doutrinas discordantes em diferentes igrejas, é que essa

regra geral não está sendo respeitada, e o diapasão de todo o Livro de Deus não está sendo

ouvido.

Outro fator importantes para a pessoa compreender as Escrituras é praticar os seus ensinos.

Em João 7:17 encontramos: “Se alguém quiser fazer a vontade dele, conhecerá a respeito da

doutrina, se ela é de Deus ou se falo por mim mesmo.”

O certo é que, aquele que não deseja obedecer a verdade, nunca poderá entende-la. Quando

andamos de acordo com a luz que recebemos de Deus, através de Sua Palavra, mais e mais

seremos iluminados nesse conhecimento.

Devemos entender que as Santas Escrituras, do Gênesis ao Apocalipse, são a revelação de

Jesus Cristo. A Sua santa face nos olha e nos lê, a partir dessas páginas sagradas. Ele é Jesus

o nosso Redentor e Rei vindouro, capaz de salvar a todos os que se achegam por Ele ao Pai.

(Hebreus 7:25) Entender isso é a maior de todas as alegrias.

Agora, pegue a sua Bíblia e comece a ler com amor e devoção. E sentirá uma Presença

Gloriosa acompanhando você e trazendo vida, saúde e as bênçãos da paz. Compreender a

Bíblia é conhecer pessoalmente o seu Autor. E, com certeza, Ele iluminará não apenas a sua

mente, mas também os seus caminhos.

Page 307: Artigos_a Voz Da Profecia

A VOZ DA PROFECIA NEUMOEL STINA

COMO ESTUDAR A PALAVRA DE DEUS

Deus nos fala pelo santo Livro. A Bíblia nos apresenta Deus. O Seu plano de salvação é

exposto na Bíblia com muita clareza. Assim, o caminho que devemos trilhar nos é revelado.

Muitas pessoas escrevem para A Voz da Profecia e dizem que gostariam de conhecer melhor a

Bíblia Sagrada.

Na palestra de hoje que tem por título: COMO ESTUDAR A PALAVRA DE DEUS, veremos

algumas instruções de como podemos nos aperfeiçoar no estudo da Palavra de Deus.

A Bíblia é a carta de Deus a nós dirigida. E o Seu divino Autor espera que a conheçamos.

“O primeiro e mais elevado dever de todo ser racional é aprender das Escrituras o que é a

verdade, e então andar na luz, animando outros a lhe seguirem o exemplo.” (CS, pág. 648)

EWG

Cada indivíduo deve estudar o grande Livro por si mesmo, pois “cada um de nós dará contas

de si mesmo a Deus.” Romanos 14:12. Importantes quanto possam ser os guias religiosos e

mesmo a Igreja, não são eles que responderão por nós.

O papel da igreja e dos líderes religiosos, é tornar conhecido o que o Livro de Deus diz e levar

pecadores a Cristo. A base da fé é a Palavra de Deus. No dia do juízo os destinos de todos

serão decididos pelo que a Bíblia diz.

Deus possibilitou a todos, conhecer o Seu Livro, pois coloca-o ao alcance de todos. Centenas

de milhões de exemplares das Escrituras são produzidos em cerca de 1.600 línguas e dialetos.

Nesta palestra consideraremos algumas regras que devem ser observadas no estudo da Bíblia.

Também alguns métodos que podem ser seguidos nesse estudo.

Quanto às regras, ou normas de interpretação, aqui estão as principais:

Primeira - O estudo das Escrituras deve ser feito com oração. Há uma dimensão espiritual na

mensagem do Livro. E esta só pode ser discernida espiritualmente. Antes pois de abrir a Bíblia

devemos pedir, com humildade, a iluminação do Céu. Então o Espírito Santo nos abrirá a

mente para lhe entendermos o ensino. “. . . mas . . . o Espírito Santo”, disse Jesus, “a quem o

Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas. . .” João 14:26

Page 308: Artigos_a Voz Da Profecia

Segunda - Para compreendermos bem a Palavra de Deus, devemos ter a disposição de

praticar seus ensinos, de seguir a luz dela recebida. O Salvador ensinou: “Se alguém quiser

fazer a vontade dele, conhecerá a respeito da doutrina, se ela é de Deus, ou se eu falo por mim

mesmo.” João 7:17

Terceira - Cada ensino da Bíblia Sagrada deve ser interpretado em harmonia com o conjunto

de ensinos do Livro. Devidamente compreendido, um ensino não contradiz o outro. Com certa

frequência encontramos declarações que podem ter vários sentidos. Devemos dar, a cada

uma, o sentido que se harmonize com o contexto. Observando o contexto imediato e o contexto

geral das Escrituras.

Quarta - O Santo Livro deve ser o seu próprio interprete. Daí a necessidade de comparar um

trecho com outro. Nas palavras do apóstolo Paulo, aprendemos o seguinte: “Disto também

falamos, não em palavras ensinadas por sabedoria humana, mas pelo espírito, comparando as

coisas espirituais com as que são espirituais.” I Coríntios 2:13

Quinta - Devemos dar sentido literal às declarações do Livro Sagrado, a não ser que haja

claras evidências de serem elas simbólicas, ou figurativas. As parábolas de Jesus estão entre

os trechos figurativos. Mas, em geral elas são introduzidas como tais. As parábolas, como

também as profecias simbólicas, das quais temos bom número em Daniel e Apocalipse, devem

ter a interpretação que lhes dão as próprias Escrituras.

As demais porções do Livro devem, geralmente, ser tomadas ao pé da letra. Resumindo,

devemos permitir que o próprio Sagrado Livro se explique a si mesmo, e mais importante

ainda, devemos pedir a iluminação do céu.

Como ajuda neste mais importante dos estudos, é recomendável ter um dicionário bíblico,

também uma chave bíblica. A Sociedade Bíblica do Brasil publicou uma Chave Bíblica que

muito facilita a localização dos textos sobre um dado assunto.

E como estudo adicional há uma série de cinco livros que cobrem toda a História Sagrada,

desde a criação até o futuro reino de Deus. Eles são um comentário da Bíblia; de alto valor a

devida compreensão da Palavra de Deus.

Seus títulos: Patriarcas e Profetas, Profetas e Reis, O Desejado de Todas as Nações, Atos

dos Apóstolos e O Grande Conflito. Para o estudo das parábolas recomendamos o livro

Parábolas de Jesus. Todos estes seis livros podem ser adquiridos da Casa Publicadora

Brasileira, Caixa Postal 34, Tatuí, São Paulo, CEP 18270.000, ou pelo telefone 0800552616

Para o estudo da Bíblia por tópicos recomendamos o livro Estudos Bíblicos, no qual são

tratados duzentos importantes tópicos, com textos das Escrituras e ainda cerca de 4.000

Page 309: Artigos_a Voz Da Profecia

perguntas sobre assuntos religiosos. O livro Estudos Bíblicos pode também ser adquirido da

Casa Publicadora Brasileira.

Prezado ouvinte: A Bíblia é o maior tesouro. Explorando-a encontraremos ricas e preciosas

jóias. Dela aprenderemos muitos assuntos. Veremos que apesar ter sido escrita à muito tempo,

ela é um livro muito atual.

Em suas palavras encontramos orientações e alívio. Apresentam também teologia, doutrina,

verdade, apelo e tem uma vitalidade que será sempre nova e recriadora até os fins dos tempos.

Mas, o mais importante é que a Bíblia nos mostra um Deus de amor que enviou o Seu único

Filho para resgatar a humanidade, de um mundo literalmente perdido.

Deixe Deus falar ao seu coração através da Santa Bíblia.

Page 310: Artigos_a Voz Da Profecia

A VOZ DA PROFECIA NEUMOEL STINA

AS ESCRITURAS FALAM DE DEUS

Na palestra de hoje que tem por título: AS ESCRITURAS FALAM DE DEUS, veremos que

Deus deixou ensinamentos precisos para o nosso bem estar.

O Deus da Bíblia é um Deus que Se revela a nós. Ele não nos deixa sozinhos em nosso estado

de desamparo, afastados dEle devido ao pecado.

Porque Deus nunca permite que Seus filhos fiquem desamparados.

Aproxima-Se de nós, mostrando-nos Seu caráter, revelando Sua vontade, e oferecendo-nos a

salvação que providenciou.

Ele é o Deus que fala. A Bíblia diz: “Havendo Deus, outrora, falado muitas vezes, e de muitas

maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos nos falou pelo Filho a quem constituiu

herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o Universo.” Hebreus 1:1 e 2

As Escrituras Sagradas, abrangendo os dois Testamentos, Antigo e Novo, são o vivo relato da

fala de Deus. São mais do que a história de encontros divinos extraídos do passado, mais do

que momentos comemorativos da fé de gerações anteriores - são a Palavra de Deus.

Foi Deus, o Espírito Santo, quem primeiro trouxe a luz da Palavra, influindo sobre a mente dos

escritores da Bíblia. (II Pedro 1:20 e 21)

O mesmo Espírito que age por meio das Escrituras, hoje em dia dirigi-Se a nós pessoalmente,

convidando-nos a voltar para Deus, convencendo-nos do pecado, iluminando-nos a mente e

insistindo em nosso coração: “Hoje se ouvirdes a Sua voz, não endureçais os vossos

corações”, diz a Palavra do Senhor.

Visto que Deus é o Autor das Escrituras, elas são vivas e inalteráveis.

Assim como Jesus, o Filho de Deus, se fez carne (João 1:14), as Escrituras constituem uma

singular fusão da divindade e da humanidade.

Vejam que Deus não ditou as Escrituras, nem as deu para nós numa linguagem extraterrena.

Antes, Deus influiu sobre as pessoas com uma variedade de antecedentes, pessoas que

Page 311: Artigos_a Voz Da Profecia

eram muito instruídas e outras pouco instruídas, pessoas que eram de sangue real ou de

estirpe comum.

Estes homens foram realmente inspirados por Deus. Deus moveu-lhes a mente, inspirando-os

com Sua mensagem para a humanidade; e então eles expressavam as idéias divinas em suas

próprias palavras.

Desta maneira a Bíblia é ao mesmo tempo completamente humana e mais do que humana.

Deus fala por meio de suas palavras, pensamentos, figuras e histórias humanas. Embora a

Bíblia tenha muitos escritores, Ela tem um só Autor.

As Escrituras têm autoridade. Devemos crer no que elas ensinam e praticar o que mandam.

Toda a opinião humana deve ser submetida à prova pela Escritura. Elas são, em todas as suas

partes, a verdade infalível.

As Escrituras podem tornar as pessoas sábias “para a salvação pela fé em Cristo Jesus” II

Timóteo 3:15 São infalíveis na exposição do plano de Deus para a redenção da humanidade

perdida. Tanto no Antigo Testamento como no Novo Testamento, esse plano é o mesmo. E ele

centraliza-se na pessoa de Cristo.

Deus não muda. “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e eternamente”. Hebreus 13:8 Portanto

a revelação de Seu caráter nas Escrituras é inalterável. Visto que Seu meio de salvar os

perdidos é um só, a descrição que as Escrituras fazem desse meio nunca poderá ser

suplantada.

Num mundo de mudanças e alterações de valores cambiantes e conflitantes pretensões de

verdade, a Palavra de Deus continua sendo a norma infalível.

“Lâmpada para os nossos pés e luz para nossos caminhos” Salmos 119:105, assim é a

Palavra de Deus para nós.

A Bíblia nos diz como viver dia a dia, Livra-nos das areias movediças do erro e do pecado.

Guia-nos através dos perigos dos últimos tempos. Lembra-nos de que somos filhos e filhas do

Deus vivo, criados por Ele, amados por Ele, aceitos por Ele em Jesus Cristo e destinados à

vida eterna com o Senhor.

Nela Encontramos a Jesus, a Palavra que se fez carne, nosso Salvador e Senhor.

Alimentando-nos dela, somos “regenerados ” (I Pedro 1:23) e transformados diariamente na

Sua imagem (II Coríntios 3:18), na imagem de Deus, na imagem de Jesus.

Assim as Escrituras são nossa luz, nosso alimento, nosso refúgio. Como guiaram o povo de

Deus em todos os séculos, ainda constituem o “gozo e alegria” de nosso coração (Jeremias

Page 312: Artigos_a Voz Da Profecia

15:16), nosso consolo na aflição, nosso conselho na prosperidade e nossa esperança de vida

eterna.

Louvado seja Deus pela Palavra, pela Escritura, pela Bíblia.

Ao começarmos o estudo das Escrituras, devemos lembrar-nos de seu caráter singular. Os

meios comuns de investigação são inadequados; necessitamos da orientação do Espírito

Santo.

As coisas espirituais se discernem espiritualmente (I Coríntios 2.11-14). Precisamos ser

submissos às Escrituras como a Palavra de Deus, dispostos a receber a instrução que Deus

tem para nós. “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz ás igrejas.” É o que a Bíblia diz em

Apocalipse 2:7.

O Convite de Deus a todos os homens e mulheres é:” Oh! provai, e vede que o Senhor é bom.”

Salmo 34:8.

A todo aquele que abre a Bíblia com o coração anelante, Deus se revela como seu Autor. As

Escrituras Sagradas são dotadas de Sua vida; Ele, o Deus que fala, ainda está falando hoje.

Deixe o amoroso Deus falar ao seu coração através de Sua Santa Palavra. Com certeza, você

sentirá a paz que ele quer que Seus filhos sintam.

Pode ser até que você pense que o amor de Deus seja uma coisa qualquer.

Mas se você pensar que Deus amou tanto que deu Seu filho, você vai descobrir que o amor de

Deus é sem igual.

Saiba que o amor de Deus nunca passará porque Deus é eterno, E sua Palavra é fiel e nunca

falhará.

Page 313: Artigos_a Voz Da Profecia

A VOZ DA PROFECIA NEUMOEL STINA

A BÍBLIA É A PALAVRA DE DEUS

O que vem à sua mente quando você ouve a expressão palavra de Deus?

Você acredita que Deus pode falar ao seu coração? E que você pode ter alívio e paz nas

palavras vindas de nosso Criador?

O título de palestra de hoje é: A BÍBLIA É A PALAVRA DE DEUS.

Vejamos como foi o princípio de tudo: “Disse Deus: Haja luz e houve luz. Disse também Deus:

ajuntem-se as águas debaixo dos céus num só lugar, e apareça a porção seca. E assim se fez.

Disse mais: haja luzeiros no firmamento...E assim se fez.” Gênesis1:3, 9, 14 e 15. Se você ler

todo o capítulo 1 de Gênesis, você vai perceber que o instrumento que Deus usou para criar o

mundo foi Sua Palavra. Deus falou e logo tudo apareceu.

Não tinha luz na terra e Deus falou e a terra foi iluminada. O que não existia passou a existir.

Assim foi com as águas, com a terra, com o firmamento, com o sol, com a lua, com as estrelas,

com as plantas e árvores, com os animais e toda a criação de Deus.

Deus falou e as coisas aconteceram. Deus disse e tudo se fez de forma bela, plena e com

perfeição. O próprio Deus afirmou após cada ato criador, que o que fizera era bom.

Deus deve ter pensado antes de falar. Deve ter imaginado detalhes, formas, cores e planejado

de forma minuciosa tudo o que deveria passar a existir pelo poder de Sua palavra.

Ele deve ter pensado com carinho e satisfação em tudo aquilo que Ele criaria. Você consegue

ver o ar de satisfação na face de Deus depois de ver as coisas que Ele projetou prontas, se

movendo, existindo?

Meu querido ouvinte, você acha que os anjos e o universo se alegraram quando viram o poder

do grande artista e arquiteto?

Acredita realmente que todo o Universo aplaudiu com admiração o bom gosto e a sabedoria do

supremo Deus?

Na Bíblia encontramos a resposta. Veja o que diz o livro de Jó, capítulo 39, no verso 7. Na

Bíblia na linguagem de hoje este texto foi traduzido assim: “Na manhã da criação as estrelas

cantavam em coro, e os servidores celestiais soltavam gritos de alegria. Certamente ecoou nos

pensamentos e lábios dos seres criados: “Bendita Palavra de Deus”.

Page 314: Artigos_a Voz Da Profecia

Depois de Deus criar todas as coisas por Sua palavra, o Criador usou esta mesma Palavra

para Se revelar ao homem.

No princípio Deus falava face a face com Adão. Você já imaginou o que a conversa de Deus

com Adão produzia de bem estar na existência do primeiro homem?

Isto não é difícil de se imaginar, porque você, assim como eu, já deve ter tido determinadas

conversas com amigos ou parentes, aquelas conversas gostosas que mais parecem um fonte

de vida e ânimo, do que qualquer outra coisa.

Assim deveria ser entre Adão e Deus. Era uma conversa, uma comunhão vivificante. Ouvir

Deus falando, conversar e estar com Ele deveria ser a melhor parte do dia de Adão e Eva.

Porém, o diabo veio com o pincel do pecado e borrou todo o quadro perfeito que Deus havia

criado. Por causa disto, a palavra de Deus não pode mais chegar ao homem livremente. Houve

uma barreira na comunicação Deus - homem.

E esta barreira passou a toda criação.

A partir de então Deus se comunicaria de forma especial, através de pessoas escolhidas, para

serem comunicadores da voz e da vontade de Deus, e eles são chamados de profetas.

Quarenta profetas que ao longo de aproximadamente 1600 anos escreveram o que

conhecemos como a Palavra de Deus, a Bíblia.

O apóstolo Paulo afirmou em II Tim. 3:16 que “toda a Escritura é inspirada por Deus”. A palavra

traduzida por inspirada, vem do grego theopneustos que significa literalmente “proveniente do

fôlego de Deus”.

Foi Deus quem inspirou os pensamentos dos profetas e eles com suas próprias palavras,

estilos e expressões comunicaram as verdades divinas aos homens. Pedro diz que “Homens

santos falaram da parte de Deus movidos pelo Espírito Santo” (II Ped 1:21). Os escritores

bíblicos indicaram que o Espírito Santo foi a fonte de suas revelações.

Davi declarou: “O Espírito do Senhor fala por intermédio, e a Sua palavra esta na minha língua”

(II Sam. 23:2). Paulo escreveu: “Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos,

alguns deixarão a fé” (I Tim 4:1). A conclusão que se chega é que Deus é o autor da Bíblia e a

Bíblia é a Palavra de Deus.

Quando você entra em contato com a Bíblia é como se você tivesse ao seu lado um divino e

amorável conselheiro para orientar e ajudar em todos os seus caminhos. Paulo ainda diz: “Pois

tudo o que outrora foi escrito, para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência, e

Page 315: Artigos_a Voz Da Profecia

pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança” (Rom 15:4). Consolo, esperança, ensino

e salvação são resultantes do contato com a palavra de Deus.

Quando você olhar para a Bíblia busque enxergar mais do que papel e tinta. Tente ouvir a

mansa voz de Deus a lhe falar ao coração.

A Bíblia é a palavra de Deus e pode criar em você um mundo de harmonia interior, coloridos,

pela paz, bondade, amor, fidelidade, humildade, domínio próprio.

O mesmo Deus que disse: “Haja luz e houve luz”, pode fazer acender uma luz na sua vida

onde hoje é só escuridão. A palavra de Deus tem poder para trazer a existência o que não

existe. A palavra de Deus pode transformar qualquer situação.

Deus pensou em você quando inspirou os profetas a escreverem Sua palavra. Na Bíblia há

uma mensagem personalizada para você. Através dela Deus quer suprir as suas necessidades

mais profundas. O que é mais fácil para Deus, falar e fazer o sol e a lua aparecerem do nada e

pendurá-los no firmamento ou através de Sua Palavra escrita fazer-nos novas criaturas?

Talvez hoje você precise de Palavras doces para curar as suas ferida. Ou então precise de

uma promessa para alegrar o seu coração.

Ou ainda gostaria de escutar uma palavra de consolo porque seu coração está quebrantado

porque um querido que realmente você amava morreu.

Pode ser que seu filho esteja mergulhado no mundo das drogas e você não sabe o que fazer.

Na Bíblia, que é a Palavra de Deus você encontrará consolo e respostas às perguntas que

realmente ninguém conseguiu responder. E o mais importante encontrará a voz de Deus a lhe

falar no profundo do coração.

Page 316: Artigos_a Voz Da Profecia

A VOZ DA PROFECIA NEUMOEL STINA

SALVOS PELA GRAÇA, APESAR DA LEI

Todo extremo é perigoso. Mesmo nas coisas positivas não devemos ficar nos extremos

Muitas vezes corremos o risco de errar em querermos assumir posições extremas em nossa vida diária.

No âmbito religioso isto também acontece.

Na palestra de hoje que tem por título: SALVOS PELA GRAÇA, APESAR DA LEI, vamos tentar

compreender este tema tão importante para nossa vida.

Sempre quando estudamos a Lei de Deus, precisamos nos precaver de dois erros:

O primeiro é tentar pelos próprios esforços agradar a Deus. Isto resulta numa grande falha que

está no senso de justiça própria, onde julgamos obter salvação pelos nossos atos.

O segundo é pensar que a fé em Jesus isenta da obediência. Este erro é tão prejudicial como o

primeiro.

Na Bíblia encontramos, em vários Livros, ajuda para melhor compreendermos onde está o

ponto de equilíbrio neste assunto.

Vamos ler o que encontramos em Efésios 2:8 a 10 - “Porque pela graça sois salvos mediante a

fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. Pois

somos feituras dEle, criados em Cristo Jesus, para boas obras, as quais Deus de antemão

preparou para que andássemos nelas”.

Se atentarmos bem para o texto, poderemos ver que a primeira declaração é que somos salvos

pela graça de Deus, e este dom não vem de nós.

Isto coloca de imediato a verdade, que o ato de salvar a humanidade procede de Deus. A

salvação portanto é uma dádiva de Deus para o homem.

A salvação não brota a partir do coração humano. Por mais que uma pessoa seja dada a fazer

o bem, por mais que suas obras sejam excelentes, a salvação não vem de si mesma. A

Salvação é um ato da graça de Deus.

Então vem a pergunta: o que é a graça divina? E como esta graça atua em nossa vida?

Graça é definida como favor, misericórdia, perdão. A graça é um atributo, uma característica

divina exercida para com os seres humanos. Não a buscamos, porque não podemos, pois ela

nos foi dada pôr Deus.

Page 317: Artigos_a Voz Da Profecia

Ao cair em pecado, o homem experimentou as amargas conseqüências da transgressão.

Naquela condição, não havia nada que pudesse fazer para modificar a sua situação. Não fosse

a intervenção divina, e a humanidade estaria condenada a uma miserável existência e por fim a

morte, sem nenhuma esperança de vida.

A graça de Deus que foi primeiramente oferecida a Adão e Eva, e, por extensão à toda

humanidade, provê uma porta de saída para a condição pecaminosa do homem. Deus,

sabendo que o homem por si só nada poderia fazer, já havia estabelecido um plano de

salvação, caso o pecado entrasse no mundo.

Deus em sua misericórdia executou fielmente o Seu plano, e Jesus veio até nós, pagou o preço

que o pecado exigia: a morte.

Com Sua vida santa e sem pecado, e com Sua morte em sacrifício, Jesus comprou o direito de

salvar perfeitamente a todos quantos crerem no Seu nome.

Tudo o que Deus poderia fazer para salvar a humanidade da condição de pecadores, Deus

realizou. O sacrifício de Jesus foi perfeito e completo. Sua ressurreição, e ascensão confirmam

e provam isto.

Assim, o homem, não poderia fazer nada para se salvar, porque era impossível para ele, mas

Deus providenciou de maneira maravilhosa. E esta maravilhosa graça Deus oferece a todos. É

um presente divino para humanidade.

Somente um amor inexplicável é capaz de executar este plano maravilhoso. Agora, nós que

fomos criados com a capacidade de escolher o que queremos para nossa vida, poderemos ou

não aceitar este precioso presente divino. Está em nós aceitar ou não este sacrifício de amor.

Afirmamos que receber da graça de Deus a salvação em Cristo Jesus, sem acrescentar a isto

qualquer coisa mais, é o único meio que a Bíblia apresenta, pelo qual devemos ser salvos .

Agora que entendemos que somos salvos gratuitamente quero perguntar: O fato de termos

sido agraciados com a salvação em Jesus, elimina ou isenta a vida de obediência do crente?

A segunda parte do texto lido no princípio esclarece a nossa pergunta. Nos é dito que, somos

do Senhor, criados para boas obras, preparadas por Deus para andarmos nelas.

O fato de termos recebido a salvação em Cristo Jesus pela fé, não nos isenta de termos uma

vida de obediência.

Os mandamentos de Deus retratam o Seu plano de vida, a Sua vontade para o ser humano.

Deus deseja que sigamos por esse caminho. Justamente é isso que o homem não consegue

Page 318: Artigos_a Voz Da Profecia

fazer separado de Jesus. Mas, quando a pessoa aceita a Sua graça salvadora, não só recebe

o perdão dos pecados, mas recebe também poder para viver segundo a vontade do Senhor.

Assim sendo, a vida de obediência não compra a salvação. A vida de obediência é uma

conseqüência natural de alguém que está salvo em Jesus.

Em São Mateus 7:20 a Palavra de Deus nos lembra: “Pelos seus frutos, os conhecereis”. Uma

boa árvore frutífera, bem enraizada, deverá produzir bons frutos. Só saberemos no entanto, se

assim é, no momento em que ela produzir.

Com o cristão não é diferente. Sua fé se assemelha à raiz. Não pode ser vista. Mas quando a

raiz do cristão está bem aprofundada e bem plantada em Jesus, os frutos surgirão. Os frutos de

uma vida segundo a vontade de Deus, são os frutos da obediência.

Uma vida sem Jesus é uma vida vazia. O problema não está na lei. O problema não está em

Jesus. A dificuldade não está na obediência. O problema está quando alguns querem obedecer

a lei por suas próprias forças, e pensam com isso estar agradando a Deus e tornando-se

merecedores da salvação.

A salvação é um presente de Deus. E presente é de graça. Aqueles que aceitam este precioso

presente, que é o perdão divino, passam a viver uma vida de conformidade com a vontade do

Senhor. Deus também dá poder para que se possa ter uma experiência vitoriosa.

Quando isso acontece como resultado da presença de Jesus na vida, a obediência não é

exercida para salvar. Mas como conseqüência, como resultado de um coração renovado, e

salvo pela graça do Senhor Jesus Cristo.

Quando nos tornarmos semelhantes a Jesus, nossa conduta refletirá o retrato do nosso

relacionamento com o Salvador. A obediência não se tornará um fardo, e sim uma alegria.

Você pode estar imaginando que os Mandamentos são um fardo que o cristão terá que levar

por toda a vida.

Mas se você pensar em Deus como um Pai amoroso que só quer o bem para os Seus filhos,

você entenderá que nosso Pai celestial jamais nos pediria algo que não fosse para nos tornar

felizes.

Que possamos refletir o amor de Cristo, e que nossa vida produza o suave perfume que emana

de Jesus.

Page 319: Artigos_a Voz Da Profecia

A VOZ DA PROFECIA NEUMOEL STINA

A ESCOLHA É INDIVIDUAL

Você já imaginou se o seres humanos fossem criados como robôs? Ou que se o mundo fosse uma grande indústria e que todas as pessoas trabalhassem e não tivessem descanso? E todos recebessem apenas uma ração como alimentação? Na palestra de hoje que têm por título: A ESCOLHA É INDIVIDUAL, veremos que Deus nos criou de maneira assombrosamente maravilhosa.

Quando Deus criou o homem, Deus o criou como um ser livre. A capacidade de escolha foi

concedida à humanidade a fim de que o homem pudesse desenvolver o seu caráter.

Se não fosse assim, o homem seria como uma máquina, um robô. Possuindo porém o livre

arbítrio, nossos primeiros pais tiveram a oportunidade de exercer a faculdade da escolha,

quanto a aceitarem e obedecerem o plano de Deus, ou não.

Muitos pensam que a vida de Adão e Eva era ociosa no Paraíso. Mas, isto não é verdade. Diz

o relato bíblico que “Deus pôs o homem no Jardim do Éden para o lavrar e guardar.” Gênesis

2:15.

Os animais também receberam nomes dados pôr Adão. Assim eles estavam envolvidos com as

atividades normais da vida, e viviam felizes no seu relacionamento mútuo, bem como no seu

relacionamento com Deus.

Deus deu orientações a respeito da escolha. A Bíblia nos diz: “De toda árvore do jardim

comerás livremente, mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque no

dia em que dela comerdes, certamente morrerás.” Gênesis 2:16 e 17.

Esta orientação nos indica que Deus se comunicava diretamente, face a face, com Adão e

Eva. Serve-nos de base também para concluir que o Senhor tomava tempo para instruir

pessoalmente o santo par.

Não erramos em afirmar que Deus lhes contou a história da rebelião ocorrida no Céu e que

eles não estavam livres da presença do tentador. Mas, se desejassem, poderiam seguir fiéis e

leais ao Criador. Enquanto quisessem, seriam felizes e permaneceriam livres das

consequências do pecado.

Page 320: Artigos_a Voz Da Profecia

As Escrituras Sagradas nos trazem o triste registro de como Adão e Eva cederam as

insinuações de Satanás. Está relatado no livro de Gênesis, capítulo 3, nos versos de 1 a 6.

Muitas pessoas incrédulas tem zombado da maneira como a Bíblia trata e apresenta esse

assunto. Ele é muito mais abrangente do que o simples comer um fruto proibido.

Percebemos em todos os aspectos a perfeita harmonia de caráter de um Deus que é

plenamente Santo e plenamente justo.

Sendo o homem livre, e existindo o pecado, era necessário que Adão e Eva, por sua própria

escolha, manifestassem o desejo de serem fiéis a Deus ou não. Houvesse Deus estabelecido

uma prova difícil e todos o julgariam tirano e arbitrário.

Escolhendo Deus uma única árvore, num lugar onde havia tantas outras e com tanta variedade

de frutos, mostrou Sua bondade, simpatia e misericórdia para com o par inocente.

E muito mais do que ter comido um fruto, Adão e Eva, com esta atitude, revelaram acreditar

mais nas palavras da serpente, que até então não havia falado, do que nas palavras de Deus.

O problema central da queda do homem foi a desconfiança, a falta de fé nas orientações de

Deus. A serpente, que foi usada como médium por Satanás, apresentou-lhes uma outra versão

dos resultados de se comer daquele fruto.

E entre crer nas palavras do Criador, e crer nas palavras da serpente, Adão e Eva escolheram

as palavras da serpente. Que tragédia!

Deus disse que haveriam de morrer. Satanás afirmou que não morreriam. Adão e Eva não

morreram imediatamente. Mas tão logo pecaram iniciou-se um processo de morte na natureza

humana e em toda a criação.

O pecado trouxe separação entre Deus e o homem. O profeta Isaías menciona que são os

nossos pecados que fazem separação entre nós e nosso Deus. Isaías 59:2.

Sendo o homem criado perfeito, puro, santo, sem nenhuma inclinação para o mal, esta

natureza foi manchada e corrompida. Após o pecado, o homem passou a ter uma natureza

dividida entre o bem e o mal.

Perdeu a capacidade natural de fazer o bem e obedecer a Deus embora tenha restado algo em

si da imagem de Deus com que foi criado. A natureza do homem tornou-se má, egoísta, sem

capacidade de resistir ao mal por si só. Sua vontade e desejos tornaram-se pecaminosos.

Page 321: Artigos_a Voz Da Profecia

Quando Deus criou o homem, deu-lhe amplo domínio sobre toda a natureza. Gênesis 1:26.

Após o pecado, o homem perdeu esse domínio.

Satanás levando o homem ao pecado, usurpou-lhe esse direito. Em II Coríntios 4:4, lemos que

Satanás é chamado o deus deste século.

Na própria natureza vemos a realidade da existência do bem e do mal. Nela vemos simetria,

beleza, encantamentos mil. Mas vemos também a destruição que o pecado impôs à perfeição

criada por Deus.

O apóstolo Paulo define este assunto muito bem, na carta aos Romanos 8:22 - “Porque

sabemos que toda criação geme e está com dores de parto até agora.”

Mas a pior de todas as consequências do pecado é a morte. Disse Deus: “No suor do teu rosto

comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste formado, porquanto és pó, e em

pó te tornarás.” Gênesis 3:19

O apóstolo Paulo confirmou esta sentença quando afirmou - “O salário do pecado é a morte”

Romanos 6:23. Deus é o autor e o doador da vida. Pelo poder que emana de Deus todos os

seres vivos são conservados com vida. Quando o homem pecou, automaticamente ficou

separado de Deus e naquele mesmo momento começou a morrer.

Todos nós nos tornamos pecadores também. Muitas pessoas pensam que pecadores são

aqueles que praticam pecados ou más ações. Isto está certo, mas não revela a outra face do

assunto.

Paulo na mesma carta aos Romanos diz o seguinte: “Portanto, assim como por meio de um só

homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a

todos os homens porque todos pecaram.” Romanos 5:12

Deus em seu infinito amor arquitetou um plano maravilhoso. Certamente que o salário do

pecado é a morte. Mas, Jesus o dom da vida, veio ao mundo para que pudéssemos ter

novamente a vida que Deus planejou para cada ser humano.

O sacrifício de Cristo na cruz do Calvário possibilitou nossa entrada para a eternidade. Ainda

que venhamos a morrer nesta vida, temos a promessa da ressurreição. Basta simplesmente

aceitar a Jesus como Salvador. E um dia, longe de todo mal, viveremos eternamente ao lado

de nosso Criador.

Page 322: Artigos_a Voz Da Profecia

JESUS É A VERDADEIRA IGREJA (NEUMOEL STINA)

Alguma vez você já sentiu sede? Não sede de água, mas de algo que preenchesse sua vida?

Algo que fizesse com que o vazio que você sente por dentro desaparecesse?

Já desejou algum dia estar em paz consigo mesmo e com Deus?

Na palestra de hoje que tem por título: JESUS É A VERDADEIRA IGREJA, ficará bem claro

que a verdadeira igreja deve saciar a sede espiritual de seus membros.

Aquele Jesus que disse: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba.” João 7:37, é o mesmo

que se encontrou com a mulher samaritana, junto ao poço, perto da cidade de Sicar.

Esta história está registrada em João 4. Tentemos imaginar juntos.

O sol palestino lançava seus raios fulgurantes e imparciais tanto sobre uma desconhecida

samaritana, quanto sobre o Salvador do mundo. Cansado da viagem, Jesus sentou-se à beira

do poço de Jacó. Ela também se encaminhou para o poço, sem saber que tinha um encontro

marcado com o plano de Deus. Pois ela foi a razão porque Jesus disse que “era necessário

passar por Samaria.”

Ela estava cansada. Se sentindo inútil, sem vida. Não tanto por causa do jarro vazio que

levava, mas por causa do vazio que carregava em seu coração. Um vazio deixado ao longo de

rudes anos passados.

As torrentes de paixão, que já foram célebres em sua vida, acalmaram-se. E ela estava

desgastada e alquebrada, com o rosto todo marcado de rugas.

Por esta razão ela vinha a esta hora, a hora mais quente do dia, evitando os comentários

gerados pela sua reputação. As outras mulheres costumavam vir à tardinha, quando o ar

estava mais fresco e confortável.

Elas não vinham apenas para retirar água do poço, mas também vinham para tirar o véu que

eram obrigadas a usar pela sociedade machista em que viviam.

Elas vinham em busca de companhia, de uma conversa informal, de riso, e naturalmente, de

mexericos - a maior parte se referindo exatamente àquela mulher.

Talvez você esteja se escondendo atrás de supostos véus, para se camuflar. Talvez para

esconder a vergonha que você sente ao praticar algo, e até se esconder de si mesmo.

Page 323: Artigos_a Voz Da Profecia

Assim, para esquivar-se das mulheres de Sicar, ela enfrentava o sol escaldante. Qualquer

coisa para evitar o olhar recriminador daquelas de melhor reputação.

Por um período de cinco maridos ela tinha vindo a esse poço. Sempre ao meio- dia. Sempre

sozinha.

Sentimentos de culpa eram seus únicos companheiros enquanto repassava a fútil estrada da

vida por onde tinha andado. Sua mente volta ao passado, para as encruzilhadas da vida, onde

caminhos deveriam ter sido tomados, onde talvez tivesse encontrado a felicidade. Mas ela

sabia que nunca poderia voltar atrás.

Estava num beco sem saída, vivendo um tipo de relação que sabia não a levaria a nada. Mas

por enquanto ela precisava do homem com quem ela vivia.

Sua presença preenchia as noites solitárias com um mínimo de companhia, embora insípida e

morna.

Tinha passado de homem para homem como se, num deserto, tivesse sido acometida de

insolação e delírio. Para ela, o casamento tinha sido uma miragem fugidia.

Retornava sempre à fonte matrimonial, com esperanças de extrair alguma coisa com que

saciar sua sede de amor e de felicidade. Mas sempre e sempre saia desapontada.

E assim, sob o peso de tais pensamentos, chegou à fonte de Jacó, com o cântaro vazio,

símbolo da sua própria vida.

Quando seus olhos encontraram os do Salvador, Ele percebeu dentro dela uma dor cavernosa,

uma cisterna na alma, que permaneceria vazia se Jesus não a enchesse.

Através dos olhos, Jesus mergulhou no passado dela com muita ternura. Viu cada chama

explodindo de paixão... e as feridas decorrentes dos fracassos.

E, no entanto, para ela, uma mulher com a vida arruinada, Jesus ofereceu uma das mais

profundas explicações já vistas nas Escrituras a respeito de comunhão - ensinou que Deus é

espírito e que a comunhão não é uma aproximação física à Igreja, mas uma aproximação da

alma ao Espírito de Deus.

Também digno de nota é aquilo que Jesus não disse. Ele se referiu à condição marital passada

e presente daquela mulher, sem nunca mencionar seu pecado.

Page 324: Artigos_a Voz Da Profecia

Não fez nenhum apelo ao arrependimento. Não apresentou nenhum plano de salvação. Não

ofereceu nenhuma oração.

Para ela este estranho era a princípio simplesmente um “judeu”. . . que logo passou a ser

“Senhor” . . . e então “um profeta”. Enfim ela o viu exatamente como Ele é - “ o Messias”, “o

Salvador”.

Ao ter aquele momento íntimo de percepção, ela O deixa para dar as boas novas àquela

cidade que tanto a acolheu como a repeliu.

Talvez hoje eu esteja falando para alguém cuja a vida esteja vazia, parecendo que não há mais

solução.

Talvez eu esteja falando para alguém que ainda não encontrou a felicidade que merece ao lado

de uma pessoa. E que tentando encontrar viveu com muitos parceiros e chegou a conclusão

que não há mais esperança.

Ou mesmo para alguém que já perdeu as esperanças no campo espiritual, no campo da

religião.

Voltemos àquele dia bem distante, que para trás, sobre a areia, ficou o jarro de água, vazio. E

para aquela mulher que era criticada pela sociedade, abriu-se à sua frente uma vida

inteiramente nova. E com o coração transbordando de água viva, começou a andar, a

princípio devagar, e depois tão depressa quanto as suas pernas puderam levar.

E só então começou a viver uma vida plena, porque Jesus foi a fonte inesgotável em sua vida a

partir de então.

Amado ouvinte, se o seu balde está vazio, Jesus é a fonte. Jesus é a verdadeira Igreja. Se

você tem sede, Jesus é a água da vida. Permita que Ele realize os desejos do seu coração.

Page 325: Artigos_a Voz Da Profecia

AVOZ DA PROFECIA NEUMOEL STINA

O DIA DA SALVAÇÃO

Você crê que Deus tem um plano que objetiva salvar?

Confia que uma pessoa possa viver eternamente com Jesus?

O que é Salvação? Você acredita no processo da Salvação? Acredita que Cristo nos salva do

pecado? Você crê que chegará o dia quando a Salvação não estará mais disponível?

O tema da palestra de hoje é : O DIA DA SALVAÇÃO.

Alguém disse que salvação é o completo processo pelo qual Cristo nos livra e redime do

pecado, traz-nos de volta ao lar, e põe-nos a trabalhar para Ele. Mas isto não é tudo.

Podemos acrescentar que a salvação inclue também livramento dos males deste mundo,

ressurreição, imortalização do povo de Deus, e a renovação da própria terra, que se tornará o

lar dos remidos.

Certa vez Jesus disse: “porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido.”

Lucas 19:10.

Não somente o homem havia se perdido, mas também a Terra – o mundo maravilhoso em que

o homem havia sido originalmente colocado.

Com Sua morte, Cristo tomou posse novamente, comprou de volta o que foi perdido, inclusive

a própria natureza. O apóstolo Paulo diz:

“Porque sabemos que toda criação geme. . . e não só ela, mas, também nós. . . igualmente

gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo.”

Romanos 8:22, 23

O Senhor Jesus Cristo, levou uma coroa de espinhos – os espinhos eram símbolo do pecado e

seu efeito sobre as coisas criadas e sobre o homem.

Page 326: Artigos_a Voz Da Profecia

O profeta Isaías diz: “Porque assim diz o Senhor que tem criado os céus, o Deus que formou a

terra, e a fez; ele a estabeleceu, não a criou vazia, mas a formou para que fosse habitada: Eu

sou o Senhor e não há outro.” Isaías 45.18.

Um dia a terra será habitada por um raça redimida, santa e imortal. Somente então, a salvação

será terminada no seu completo sentido.

Salvação na verdade é saúde – cura do mal do pecado e tudo o que ele envolve. No princípio

Deus fez o mundo perfeito. Criou o homem reto, mas o homem caiu em pecado, desobedeceu

a Deus, rebelou-se contra o governo divino.

A Bíblia diz que “pecado é a transgressão da lei”. I João 3:4. E lemos também em Romanos

6:23 que “o salário do pecado é a morte.” O salário do pecado não é apenas morte física, mas

também morte espiritual, separação de Deus.

Que esperança há então para os pecadores? A Bíblia diz que Cristo veio para trazer

esperança.

“Fiel é a palavra e digna de toda a aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os

pecadores, dos quais eu sou o principal.” I Timóteo 1:15. Estas palavras foram escritas pelo

apóstolo Paulo.

Esta foi a obra de Cristo no mundo; esta foi a razão por que Ele veio – para salvar pecadores.

Na Bíblia lemos: “E dará à luz um filho e chamarás o seu nome Jesus; porque ele salvará o seu

povo dos seus pecados.” Mateus 1:21

Jesus tornou-se nosso Salvador porque Ele morreu pelos nossos pecados. Tomou o nosso

lugar para que todos os que O aceitarem como Salvador, sejam recebidos por Deus como se

eles próprios tivessem morrido por seus pecados.

Nós lemos: “Porque o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim que: se um morreu

por todos, logo todos morreram.” II Coríntios 5.14. Em outras palavras: Cristo tomou o meu

lugar, o teu lugar.

Quando aceitamos a Cristo como nosso Salvador, nós o fazemos mediante a fé. Em Efésios

2:8 encontramos: “ Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós; é dom

de Deus.”

A graça é um favor imerecido de Deus, que nos renova, nos cria de novo, justifica-nos,

livrando-nos dos fardos do pecado e da miséria; e dá-nos forças para viver para Cristo no

mundo. É pela fé que nos apropriamos da salvação que há em Cristo.

Page 327: Artigos_a Voz Da Profecia

A salvação é digna da nossa maior atenção, do mais diligente estudo do Livro de Deus.

Quando aceitamos o sacrifício de Jesus no Calvário nos tornamos cristãos, e se somos cristãos

podemos dizer que somos salvos.

Quando vamos a Cristo e aceitamos seu sacrifício expiatório, e abandonamos os velhos

hábitos e os pecados antigos, nós somos Justificados, ou seja nos tornamos justos diante de

Deus.

Então, por uma vida diária de obediência, andando em harmonia com o Seus mandamentos,

estamos sendo Santificados pelo poder e presença do Espírito Santo.

E na segunda vinda de Cristo, seremos Glorificados, se permanecermos fiéis até o fim. Então a

salvação será completada no reino da glória.

Cristo não aparecerá a segunda vez para morrer na cruz, mas aparecerá sem pecado, isto é,

não mais para tratar com o pecado. Ele virá para consumar a salvação.

O dia da salvação começou quando Deus no princípio, ofereceu aos homens a salvação

simbolizada pelo sacrifício sangrento.

Abel, filho de Adão, ofereceu tal sacrifício, e através dos séculos a salvação foi oferecida aos

homens mediante sacrifícios semelhantes.

Então, de maneira plena, Cristo ofereceu a salvação através de Sua própria pessoa, quando

andou entre os homens e provou a morte na cruz.

Isto foi seguido da pregação do Evangelho pelos apóstolos. Desde aquele dia até hoje a

salvação tem sido mais e mais difundida. O oferecimento da salvação está sendo feito em todo

o mundo.

Jesus disse: “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda a criatura.” Marcos 16:15. O

Evangelho são as boas novas do oferecimento, por parte de Deus, da salvação para os

pecadores; pois a Escritura diz que o homem é salvo do poder e da condenação do pecado já

nesta vida; e no dia final será salvo dos efeitos do pecado – a tristeza, a dor e a morte.

Para todos nós o tempo de graça é curto. É somente enquanto estamos vivos que podemos

decidir pelo Evangelho ou contra ele. Por isso o apóstolo diz: “eis aqui o tempo aceitável, eis

aqui agora o dia da salvação.” II Coríntios 6:2.

Enquanto podemos tomar decisões é que existe para nós o dia da salvação.

A fragilidade de nossa vida também traça um círculo ao nosso redor, e nos diz: “Eis aqui agora

o dia da salvação. Decide hoje”.

Page 328: Artigos_a Voz Da Profecia

Deus ajude a você, prezado amigo ouvinte a dizer Sim à voz do Espírito de Deus, que hoje o

chama para a Salvação.

Page 329: Artigos_a Voz Da Profecia

A VOZ DA PROFECIA

JESUS, A ÚNICA SOLUÇÃO

Neumoel Stina Como pastor, tenho recebido muitas pessoas que enfrentam problemas gravíssimos. Humanamente fica a impressão de que tais problemas não podem ser resolvidos. Mas procuro sempre mostrar aos que me procuram ,que há uma saída. Você acredita que há saída para todos os problemas? O título da palestra de hoje é: JESUS, A ÚNICA SOLUÇÃO. Muitas vezes na vida sentimos como se tudo fosse uma tempestade rugindo, pronta a lançar seus raios. E essa tempestade parece que vai estragar todos os ideais que durante longos anos, nos agarramos como se fossem soluções imediatas para todos os problemas. O ser humano é propenso a pensar que a solução para tudo está nele mesmo, e que por suas próprias forças, tendo um pensamento positivo, direcionado para o que é bom, conseguirá vencer todos os obstáculos. Contudo, existem milhares de pessoas que dia a dia encontram refúgio das tormentas da vida pela sua fé no Deus vivo. O apóstolo Paulo também enfrentava problemas, mas ele tinha uma tremenda confiança. Assim ele disse o que está escrito na carta aos Romanos, no capítulo 7, nos versos 24 e 25: “Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte? Graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor.” Os problemas podem ser diversos. Podem ser problemas financeiros, familiares ou até mesmo problemas de ordem espiritual. Voltar-se para Deus num momento em que o mundo está passando por uma das suas maiores crises, parece até uma válvula de escape. No entanto milhares de pessoas normais e inteligentes, tentaram e provaram que o relacionamento vital com Cristo é a experiência eficaz. Essas pessoas descobriram que a fé em Cristo é mais do que adequada para as pressões deste tempo em que vivemos. Deus não nos criou para sermos derrotados, desanimados, frustrados, almas perdidas, buscando em vão pela paz no coração e na mente. Deus tem planos maiores para nós. A resposta para nossos problemas, por maiores que sejam, está tão perto de nós quanto a Bíblia, tão simples como matemática de primeira série e tão real como as batidas de nosso coração. Com toda a certeza todos os problemas que enfrentamos em nossa vida, são resultantes de milhares de anos de pecado. Quando o pecado entrou no mundo toda a pureza, toda paz e toda felicidade plena, foram cada dia mais maculadas. E como pecadores que somos, estamos sujeitos a todos os reveses da vida. Mesmo num mundo pecaminoso há solução para todos os problemas que enfrentamos ou que um dia poderemos enfrentar. Nós temos essa graça da paz de Cristo, porque Ele nos libertou através de Seu sacrifício na cruz do Calvário Quando Winston Churchill era criança, seus pais levaram os filhos para um passeio no campo. Winston foi nadar num tanque com as outras crianças. Ele entrou num lugar em que o tanque era fundo, e teria se afogado se o filho do jardineiro não houvesse pulado para dentro do tanque e arrastado o menino para um lugar seguro. Querendo recompensar o garoto que lhes salvou o filho, o casal Churchill perguntou aos pais dele o que poderiam fazer. O pai disse que o filho queria ir para a universidade e tornar-se médico. O casal Churchill prontificou-se a pagar as despesas do rapaz enquanto estivesse fazendo o curso de Medicina.

Page 330: Artigos_a Voz Da Profecia

Anos mais tarde, após a Conferência de Teerã, Winston Churchill foi acometido de pneumonia, e sua vida corria perigo. O Rei da Inglaterra ordenou que o caso fosse colocado sob os cuidados do melhor médico disponível. O médico escolhido foi o Dr Fleming, aquele que desenvolveu a penicilina, a mesma pessoa que muitos anos antes disso salvara a vida de Churchill, evitando que morresse afogado. Winston Churchill, primeiro-ministro da Inglaterra, expressou sua gratidão com estas palavras: “Raramente um homem deve duas vezes a vida ao mesmo libertador.” Cristo nos livra de morrermos afogados no pecado, e também nos livra dos efeitos do pecado. Sua graça nos restaura. Sejamos francos: devemos a vida, não uma ou duas vezes, mas muitas vezes ao divino poder de Cristo para salvar e regenerar. E no poder regenerador de Cristo, está toda a solução dos seus e dos meus problemas, sejam quais forem. Mas não há dúvidas que devemos além de crer, fazer a nossa parte, para que o relacionamento com Cristo seja duradouro e estável. As plantas e flores não crescem em virtude de seu próprio cuidado, e ansiedade ou esforço, mas, pelo recebimento daquilo que Deus forneceu para lhes servir à vida. Aí vai um conselho valoroso para quem quer fazer de Cristo a solução de seus problemas. “Consagrai-vos a Deus pela manhã; fazei disto vossa primeira tarefa. . . “A vida em Cristo é uma vida de descanso. Pode não haver êxtase de sentimentos, mas deve existir uma constante, serena confiança. Vossa esperança não está em vós mesmos; está em Cristo. . . Não deveis, pois, olhar para vós mesmos, nem permitir que o pensamento demore no próprio eu, mas olhai para Cristo.” Caminho Para Cristo, págs 68-70. Sobre a autoridade da Palavra de Deus, eu declaro que Cristo é a resposta para toda atordoante perplexidade que assola a humanidade. Em Cristo se encontram as bênçãos que precisamos: a cura para a preocupação, o bálsamo para a privação, a cura para nossas feridas e a suficiência para nossa insuficiência. Abra o seu coração, e deixe Jesus ser a solução para todos os seus problemas

Page 331: Artigos_a Voz Da Profecia

A VOZ DA PROFECIA

RECOLHENDO OS REJEITADOS

Pr Neumoel Stina É terrível se sentir rejeitado. Muitas crianças são rejeitadas pelos pais. Outras pessoas são rejeitadas por estarem doentes. Muitos são rejeitados por serem pobres. Você já se sentiu rejeitado? Já sentiu a dor de uma rejeição? Você já foi ignorado por alguém? O título da palestra de hoje é: RECOLHENDO OS REJEITADOS. Em nossa sociedade há muitos rejeitados. Talvez em nossa vizinhança há alguém que seja rejeitado. Jesus conhece muito bem este sentimento. Ele também foi rejeitado. No livro de João no capitulo 1 nos versos 11 e 12 nós lemos: “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome.” Talvez esta seja a razão pela qual as pessoas das classes menos privilegiadas se aproximaram de Jesus. Os rejeitados deste mundo podem encontrar amparo nAquele que também foi rejeitado. Foi por isso que doentes, ladrões e prostitutas seguiram a Jesus. E Jesus, no entanto, tornou os rejeitados em Filhos do reino. O rejeitado pode ser um doente. Em Marcos 2 dos versos 1 a 12, temos uma história que no mínimo mostra um doente rejeitado que se tornou a figura central de um grandioso milagre. Este episódio deu-se logo no início do ministério público de Jesus. Cafarnaum havia sido palco de alguns milagres onde Jesus curara um endemoninhado, um leproso, a sogra de Pedro e demais curas. A cidade fica às margens do mar da Galiléia. Ao Jesus retornar a Cafarnaum, sua fama já era grande e muitos vieram vê-Lo e ouvi-Lo. Embora Jesus não tivesse ainda chamado a todos os discípulos, Pedro já fazia parte dos poucos que haviam sido escolhidos. A casa de Pedro então, foi o local onde isto aconteceu. A casa estava cheia, havia gente por todos os cantos, nem mesmo à porta havia mais lugar. Além das curas, dos milagres, as pessoas se aglomeravam em torno de Jesus porque sua mensagem trazia paz ao coração. A palavra que Jesus anunciava transmitia lhes perdão e Salvação. É dentro deste contexto que um pobre pecador, rejeitado pela família, pelos amigos, pela igreja, líderes e povo, enfim por todos, busca conforto para sua desesperada situação. O paralítico abandonado conseguiu granjear pelo menos a simpatia de pelo menos quatro homens, que talvez estivessem em condição semelhante de rejeição. E estes homens o levaram de maneira exótica até que o mesmo pousou a frente de Jesus. Entrar numa casa pelo telhado e na hora em que está acontecendo uma grande reunião não é algo comum. Parece até que Deus tem um plano para com aqueles que conseguem desafiar as dificuldades e obstáculos para terem uma audiência com o Rei do universo. O intruso chamou a atenção de todos. Deve ter havido um silêncio preocupante, mas o que chamou a atenção do Mestre foi à fé daqueles homens. E então Jesus disse ao paralítico: “Filho, perdoado são os teus pecados.” Primeiro Jesus chamou aquele trapo humano de filho, e ali era Deus chamando o paralítico de Filho de Deus. Todos os que aceitam Jesus como Salvador, são chamados Filhos de Deus. Jesus disse: Os teus pecados estão perdoados. Aquele homem era doente em razão de seus pecados. Nem todas as doenças são resultado direto do pecado da pessoa, mas nos caso em estudo, aquele homem era doente em decorrência de uma consciência culpada. Jesus disse: “Levanta, toma o teu leito e vai para a tua casa”. Ele se levantou, imediatamente, tomou o leito e retirou-se.”Marcos 2:11. Diante da ordem de Jesus o abandonou, e sem procurar racionalizar o que aconteceu, colocou-se em pé, tomou seu leito e foi para casa. Antes do milagre da cura outros tinham que leva-lo para o outro. Agora não, ele próprio colocou-se em pé e andou. Antes outros tinham que levar o seu leito, mas agora ele não só carregava o leito como também andava. Chegou pelo telhado porque não havia outro meio como entrar na casa, mas saiu em meio à multidão que lhe abriu caminho. Entrou como um rejeitado, doente, um João-ninguém, mas saiu como um filho de Deus, perdoado e curado. Outro exemplo que a Bíblia relata de um rejeitado é a história de Zaqueu. A história está registrada em Lucas 19:1-10.

Page 332: Artigos_a Voz Da Profecia

Aconteceu na cidade de Jericó. . Não é a mesma Jericó destruída por Josué. Era o local da moradia dos publicanos, ou seja, dos cobradores de impostos. Zaqueu era o maioral do publicanos, era também muito rico. Ali, um judeu podia se tornar um traidor de seu próprio povo, entregar-se aos romanos e viver uma vida tranqüila e regalada. Na nova Jericó um homem se tornava rico por receber alta porcentagem das arrecadações dos impostos. Zaqueu era um publicano, porém, mais do que isto ele era o chefe dos publicanos, um tipo de Secretário de fazenda. Ele era muito rico, e tinha alcançado elevada posição social. Zaqueu queria ver Jesus, porém seu tamanho não contribuía, pois era de baixa estatura. Como a multidão fosse grande, deixou de lado sua posição de grandeza, correu à frente e tomou lugar subindo numa árvore, no caminho onde Jesus deveria passar. Gosto de imaginar o pulsar do coração daquele homem de posição com suas caras vestes, agora em cima da árvore, no momento em que Jesus parou debaixo do sicômoro , olhou para cima e o chamou pelo nome. “Zaqueu desce depressa, me convém pousar em tua casa”. Poderia ter sido uma situação embaraçosa para Zaqueu, mas ele se esqueceu de si mesmo, ele queria ver Jesus e a oportunidade chegou. E Zaqueu desceu depressa e recebeu a Jesus. Todos ficaram incomodados porque Jesus se hospedou na casa de Zaqueu que era rejeitado por ser ladrão. O que ninguém via naquele ladrão, Jesus viu. Viu um filho de Abraão, um herdeiro do reino de Deus. E a prova disto é que sem Jesus fazer qualquer reprimenda a Zaqueu por sua vida de pecado, ele mesmo resolveu corrigir seus erros devolvendo o que havia roubado. Não há porque se sentir rejeitado. Jesus ama a cada um. Não importa a raça, a cor, a situação financeira. Jesus veio buscar e salvar o perdido. Se hoje você se sente rejeitado, dê a Jesus a chance de receber você em Seus braços de amor.

Page 333: Artigos_a Voz Da Profecia

A VOZ DA PROFECIA QUEM VERÁ O SENHOR?

Neumoel Stina

Alguma vez em seu coração, você teve dúvidas sobre quem vai para o céu? Qual é o preparo necessário para aqueles que aguardam a vinda de Jesus para vê-Lo face a face? O título da palestra de hoje é: QUEM VERÁ O SENHOR? A Bíblia afirma que “quem crer e for batizado será salvo”.(Marcos 16:16). Será que crer em algo muda a vida de uma pessoa? Ou continuamos a agir da mesma maneira que agíamos enquanto não críamos? Será que crer em Jesus acarreta mudança de hábitos? Jesus é o nosso exemplo. Deus deu-nos uma definição de santidade que Ele requer daqueles que são Seus filhos. E é através de Jesus, que veio mostrar-nos a natureza da santidade, que Deus requer da humanidade. Jesus trouxe à esfera humana uma vida sem mancha, e deu-nos o exemplo de um viver santo. O nosso comportamento mostra externamente o que somos por dentro. É certo que comportamento não salva. Moralismo e religião também não salvam. Embora nossa maneira de ser e nosso procedimento não nos recomendem à salvação, nosso jeito de viver diz se estamos sendo santificados ou não. Na verdade o que fazemos fala muito mais alto do que o que falamos. No livro de Gálatas no capítulo 5, nos versos 22 e 23 nós lemos sobre comportamento que temos quando somos cheios do Espírito de Deus. A Bíblia diz: “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio.” E um dos frutos do Espírito Santo, ou uma parte do Fruto do Espírito é o domínio próprio. Não é algo do ser humano, é uma dádiva de Deus. E esta dádiva nos é concedida através da comunhão e relacionamento com Deus. Para quem acha que são nove os frutos do Espírito, conforme Gálatas 5:22, então domínio próprio é um dos frutos. Para aqueles que entendem que o texto está dizendo que é um fruto com nove qualidades, ou com nove características, então o domínio próprio é uma qualidade ou uma característica. O que é domínio próprio? Respondendo com uma frase curta: Domínio próprio é o controle de si mesmo. Domínio próprio é o controle do homem, que só pode ser exercido sob o poder de Deus, porque domínio próprio é uma dádiva do Espírito Santo. Porém você pode estar pensando. O que é que devo dominar? Onde está o meu excesso? Somos tentados de diversas maneiras. Cada um tem seu ponto fraco. Alguns precisam ter domínio sobre o apetite. Por exemplo, Satanás tentou Jesus, quando ele havia ficado 40 dias jejuando em oração. Assim como ele tentou a Jesus, a grande arma de Satanás é aproximar-se dos homens com suas esmagadoras tentações para condescendência com o apetite. Satanás conhece seu próprio poder para vencer o homem neste ponto. A transigência com o apetite foi a base para os pecados que levaram cidades inteiras a serem apagadas da face da Terra. Ter uma vida saudável requer a abstinência do álcool, do fumo, de não comer carnes imundas e, na medida do possível abster-se completamente de alimentos gordurosos. Ter domínio sobre o apetite é abster-se completamente do que é prejudicial, e usar com moderação o que é bom. Outras pessoas precisam dominar seus impulsos e reações. Nossos impulsos e reações têm a ver com o nosso comportamento. E o comportamento está ligado às nossas tendências quer sejam elas herdadas ou cultivadas, no dia a dia. A verdade é que todos nós temos razões de sobra para sermos o que somos. Além de nossas dificuldades próprias, o dia a dia nos deixa tensos. O que sentimos é que a humanidade está cada vez mais agitada, mais impulsiva e menos paciente. Como resultado, há mais nervosismo, mais discussões e perda do domínio próprio. Porém o domínio próprio é fundamental na vida. É o que faz a diferença entre o vitorioso e o derrotado. O vitorioso sabe dominar, o homem comum não sabe. Em Provérbios 16:32, lemos: “...é melhor saber se controlar do que conquistar uma cidade.” BLH. Martinho Lutero uma vez disse: “Não podemos impedir que as andorinhas voem por sobre nossa cabeça, mas podemos impedir que façam ninho em nossa cabeça.” Vez por outra pensamentos incorretos assaltam nossa mente, e muitos alimentam tais pensamentos. Antes de qualquer ação pecaminosa, está o pensamento pecaminoso. Se quisermos poderemos levar nossos pensamentos em sujeição ao Senhor, que nos dará o poder para viver uma vida de conformidade com Sua vontade. Caso não cuidemos dos pensamentos, eles se transformarão em palavras e ações. Isto porque segundo a Palavra de Deus, “a boca fala do que está cheio o coração”; “pelos seus frutos os conhecereis”. É possível ter domínio próprio? Como consegui-lo? O homem por sua própria força não pode dominar

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seu espírito. Somente Cristo poderá conseguir o domínio próprio. É Cristo que pode conduzir os pensamentos e palavras em sujeição à vontade de Deus. Não há nenhuma mágica para se ter domínio próprio, a única possibilidade é Jesus Cristo. Se mantivermos com Ele vívida comunhão, nosso caráter será transformado na semelhança do Seu caráter. Por isso podemos cristalizar em nossa mente o seguinte: “Não basta apenas estar na presença de Jesus, é preciso comungar com Ele”. Entregue sua vida a Jesus e permita que Ele o transforme e cumpra em você o Seu querer. Coloque hoje mesmo sua vontade nas mãos de Jesus e então você terá bem claro em sua mente o querer de Deus e sentir como Ele está ansioso para te abraçar e abençoar.

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A VOZ DA PROFECIA

CERTO OU ERRADO Neumoel Stina

Você já tomou uma decisão que parecia estar totalmente certa? E depois se deu conta de que tomou a decisão errada? Já teve dúvidas ao tomar alguma decisão? Já ficou arrependido por ter tomado uma decisão errada? O título da palestra de hoje é: CERTO OU ERRADO. Nossas atitudes influenciam nossa vida de maneira espantosa. Um minuto de escolha errada pode fazer diferença para o resto da vida. Vamos voltar no tempo e analisar alguns fatos que marcaram a história da humanidade. Adão, e Eva, nossos primeiros pais, tiveram uma escolha errada em suas vidas. Eva achava que a serpente poderia estar falando a verdade, e se isso acontecesse, ela seria como a serpente declarou: “Conhecedora do bem e do mal”. Gênesis 3:5 up. Mal sabia ela o fim que teria. Seu esposo, Adão, também tomou uma atitude desleal para com Deus, pois duvidou de Sua palavra. Uma escolha errada que desencadeou o mal para a humanidade toda. A Palavra de Deus sempre nos alertou com respeito a isso. Deus teve um cuidado especial para com a humanidade alertando sobre a vida, alertando sobre o que é certo e o que é errado. A Bíblia declara: “Há caminho que ao homem parece direito, mas ao fim dá em caminhos de morte”. Provérbios 14:12. Como poderia Adão saber sobre o que aconteceria? Como poderia ele prever tal situação? Será que eles não perceberam o erro que iriam cometer? Ninguém os avisara? Deus havia dado as instruções para o casal, mas eles não executaram como Deus havia ordenado. Deus havia dito o que aconteceria, mas eles por um instante acharam que aquilo não seria perigoso ou não os mataria, isto porque estavam sob influência do inimigo, pai da mentira e criador do pecado. Pela primeira vez colocaram o seu próprio entendimento em primeiro lugar. Nós, seres humanos, temos a mania de achar o que é ou o que não é melhor para a nossa vida. Porém, só Deus sabe o que é melhor para a vida de todos os homens e mulheres. Nada está além de seu conhecimento. Mas Adão e Eva haviam duvidado do amor de Deus por eles, achando que o Senhor estava mentindo. Jonas também tomou uma atitude contrária à ordem dada por Deus. Deus mandou Jonas seguir e pregar o arrependimento em Nínive, e sobre a destruição da cidade se o povo não se arrependesse de seus pecados. Por um momento, ele hesitou e tentou fugir. Jonas achou que seria a atitude certa. Mas Deus havia ordenado que ele pregasse. Jonas teve medo de que o povo não o aceitasse e quisesse a sua morte. Mas Deus tinha um plano para ele e a cidade de Nínive. Deus tinha um propósito para os habitantes daquela cidade que estava tomada pelo mal do pecado desde que se voltassem para Ele, Deus os aceitaria e os salvaria. Jonas tomou uma embarcação para fugir e covardemente se escondeu no porão do navio. Esta história está registrada no livro de Jonas. Aconteceu, porém uma grande tempestade na viagem de Jonas. Lançaram a sorte e Jonas foi lançado ao mar e foi engolido por um peixe muito grande. E lá dentro na barriga do peixe, em desespero Jonas clamou por misericórdia. Ele reconheceu a vontade de Deus e que somente a Deus pertence à salvação. Depois de três dias e três noites o grande peixe vomitou Jonas em uma praia. Então obedecendo a Deus, ele foi a Nínive e pregou do amor perdoador de Deus. Os ninivitas creram em Deus e se arrependeram amargamente de seus pecados. Deus não se alegra na morte, mas no arrependimento. “Há maior alegria no céu por um pecador, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento” Lucas 15:7. Algumas atitudes, no entanto, tomam outro rumo. A história de Jó é marcante. Ele foi ferido fisicamente por Satanás, porque Satanás queria provar a Deus que não poderia haver sequer um justo na face da terra. Quando Jó escolheu estar do lado de Deus estava ele ansiando por manter a comunhão que ele tinha com o Pai.

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Mesmo estando na situação de desespero, onde perdeu todos os filhos, todos os pertences à própria saúde, ele escolheu tomar a atitude que lhe parecia correta, ficar do lado de Deus. A diferença entre Jó e os homens de hoje, é que ele tinha um contado íntimo com o Senhor, e a maioria de nós, mantemos um contato superficial com Deus ou então nenhum contato com Deus. As atitudes que tomamos podem nos levar ao erro se pensarmos com nossa própria vontade. Devemos experimentar o conforto que nos dão as atitudes tomadas com o auxílio Divino. A vida terá outro significado se pedirmos a Deus que nos ilumine antes de tomarmos qualquer atitude em nossa vida. “Quanto ao mais, irmãos, regozijai-vos, sede perfeitos, sede consolados, sede de um mesmo parecer, vivei em paz; e o Deus de amor e de paz será convosco”. II Coríntios 13:11 Nós temos um mapa que nos diz como devemos agir e tomar nossas decisões. A Bíblia está repleta de exemplos que nos ajudam a tomar atitudes para o bem próprio e dos nossos semelhantes. A Bíblia é a Palavra de Deus. “Em paz também me deito, logo pego no sono porque só tu, Senhor, me fazes repousar seguro”. Salmos 4: 4 a 6 e 8. Apenas Deus pode nos dar a segurança por meio de Seu Santo Espírito. Erga sua voz ao céu e peça a Deus em cada decisão que você tiver que fazer, e você verá que Ele é o Deus que guia nossos passos e só Ele nos faz andar em segurança. Que hoje você escolha pedir o auxílio de Deus em todas as suas atitudes e que o Pai tenha misericórdia de você e o ajude e o guie em todos os seus caminhos.

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A SOBERANIA DE DEUS

Neumoel Stina

O que você pensa quando alguém diz que Deus é soberano? Você questiona essa afirmação? Você duvida de que Deus é o Ser Supremo? Ou você acha que existe alguém maior que o próprio Deus? O título da palestra de hoje é: A SOBERANIA DE DEUS. A soberania de Deus é um fato bem firmado nas Escrituras Sagradas. Ela dá ao ser humano a perspectiva correta para ser observada por toda a vida. A soberania de Deus envolve Seu governo e controle absoluto de toda a Sua criação. Deus governa de maneira absoluta sobre todos os assuntos do homem. Deus ocupa o trono do Universo. Tudo o que acontece é porque Ele faz acontecer diretamente ou permite conscientemente que aconteça. Podemos até pensar que Deus deixa coisas ruins acontecerem em nossa vida. Devemos estar certos de que o mal se originou de Satanás e não de Deus. As coisas ruins que acontecem são conseqüências do pecado e do mal que envolve nosso Planeta. Portanto nada na história acontece ou deixa de acontecer que não esteja sob Seu total controle. Podemos dizer que em Deus temos força. O apóstolo Paulo declara: “Posso todas as coisas nAquele que me fortalece”. Filipenses 4:13. Costumo dizer que o livro de Filipenses é o livro da Bíblia preparado para nossa auto-estima. Afirmar que se pode tudo com Deus, porque Ele nos dá força é o tipo apropriado de pensamento positivo. Fazer conforme a vontade de Deus, no entanto, dá uma dependência completa do socorro divino. Ouvi um dia alguém dizer que a vida é agridoce. Há dias em que levantamos de bem com a vida, felizes porque nos sentimos no topo do mundo, ou então o emprego vai bem, os filhos estão bem encaminhados, não há problemas com dinheiro. Mas, de um minuto para outro parece que tudo despenca. Você fica com uma tremenda dor de cabeça, descobre que perdeu o emprego, e que o dinheiro que parecia que você tinha desapareceu de sua conta bancária. Porém em Romanos 8:28, nós lemos: “Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o Seu propósito”. Olhando para a Soberania de Deus, dá para entender que as coisas positivas e negativas não acontecem por acaso. Tudo faz parte do plano soberano de Deus para nossa vida. A soberania de Deus significa que Ele não permite o acaso. Nosso pensamento deve ser de confiança. Devemos ficar atentos para perceber como Deus nos está usando, e devemos ser fiéis à Sua vontade. É através da comunhão diária com Deus que adquirimos dependência total. E essa dependência é de primordial benefício. É através comunhão que reconhecemos que Deus é soberano e aceitamos de bom grado a vontade divina para nossa vida. Na devoção diária criamos um elo de ligação com Deus que facilita nosso entendimento de como Deus é grandioso e misericordioso para com todos os seus filhos, individualmente. Alguém pode questionar a origem do mal. Considerando que Deus é Soberano, por que permitiu a existência e proliferação do mal, especialmente à luz do fato de Ele odeia o pecado. Romanos 1:18 declara: “A ira de Deus se revela do céu contra toda a impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça”. Deus permitindo o pecado, a glória e os atributos e de Seu caráter ficam mais nitidamente revelados. Ao permitir a existência do mal, Deus está permitindo que tudo que venha se opor ao Seu reino mostre inquestionavelmente que nenhum mal ou inimigo tem sucesso contra o Todo-Poderoso.

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Deus permite o mal por causa do Seu amor. Porque ao Ele criar, Ele cria com liberdade. Ele não quer impor obediência. Se Deus impusesse obediência, invalidaria a natureza autêntica dessa obediência, especialmente porque Ele olha para o coração. A maior prova da soberania de Deus é o livre arbítrio que Ele deu ao ser humano. Deus soberanamente decretou liberdade ao homem para exercer escolha moral, e desde o princípio Ele tem cumprido esse decreto permitindo ao homem escolher entre o bem e o mal. Certas coisas foram decretadas pelo livre-arbítrio de Deus, e uma delas é a lei da escolha e das conseqüências. Deus declarou que todo aquele que voluntariamente se entrega a seu Filho Jesus, e aceita Seu sacrifício na cruz, receberá a vida eterna e se tornará filho de Deus. Por outro lado àqueles que escolhem fazer o mal e continuam na rebeldia contra Deus e a autoridade do céu, receberão no final de tudo a morte eterna. Negar a possibilidade, o livre-arbítrio seria anular o que Deus criou. A personalidade do homem seria como a de um robô que precisa ser programado. Podemos afirmar com certeza que Deus não causa o pecado, não o incita, não autoriza e nem aprova o mal. Mas em seu misericordioso amor deixa acontecer permitindo que suas criaturas, as quais Ele dotou com vontade moral possam escolher o caminho a ser seguido. Permitindo o mal, Deus demonstra que Ele é realmente Soberano. Quando o homem se rebela contra a Sua autoridade, Deus de maneira invalida o seu mal para realizar Seus propósitos ao bater no coração de cada pecador oferecendo o Seu perdão. Deus poderia simplesmente ter destruído o mal desde o princípio. Porém, Deus acima de tudo é um Deus de amor. Quando o homem escolhe o mal, não anula a vontade soberana de Deus, mas a cumpre, pois Deus não determinou qual seria a escolha do homem, e sim que ele teria liberdade de escolha. Deixe que o Espírito de Deus impulsione o seu coração para o bem. Uma garotinha certa vez respondeu, ao ser indagada de como ela se defendia do pecado: “É simples, disse ela quando o mal bate na porta do meu coração, eu peço a Jesus que abra a porta”. O segredo de uma vida vitoriosa é deixar que Jesus ocupe o trono de nosso coração.

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BUSCANDO A OVELHA PERDIDA

Neumoel Stina

Você já se viu perdido? Sem saber o que fazer? Já se sentiu desespero ao ver sua desorientação? Qual é a sensação de estar perdido? Como é sentir que Deus está longe? O título da palestra de hoje é: BUSCANDO A OVELHA PERDIDA. Uma das grandes parábolas da Bíblia é o da ovelha errante, ou seja, a da ovelha perdida. Ela representa pessoas que estando nos braços de Deus, mas por uma curiosidade ou descuido qualquer, deixam o aconchego do Pai para descobrir novos caminhos. Esta parábola está registrada no livro de Lucas no capítulo 15. Jesus tinha uma maneira muito peculiar de mostrar os erros e de responder as perguntas das pessoas. Ele respondia as perguntas de um jeito amoroso, que fazia com que seus ouvintes ficassem com os olhos fixos nEle. Jesus era muito criticado, porque era cercado continuamente por todos os tipos de pessoas. As pessoas eram de todo o tipo: pobres, ricas, doentes, pecadoras. Os fariseus e escribas se consideravam santos e de certo modo se achavam no direito de julgar a todos, inclusive a Jesus. Jesus sabia que estava sendo criticado. E num dia em que estava rodeado por uma grande multidão foi que Jesus contou várias histórias. E dentre elas, a historia da ovelha errante, a história da “ovelha perdida”. Ele começou falando: “Que homem entre vós, tendo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove, e não vai após a perdida até que venha a achá-la? E achando-a, a põe sobre os seus ombros, feliz; E, chegando a casa, convoca os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida. Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento”.Lucas 15: 4-7. Jesus é maravilhoso. Ele contou esta história para motivar as pessoas que Ele sabia que um dia se sentiriam longe de Deus e tentariam voltar para Ele e não teriam forças. Não teriam forças talvez por vergonha, ou por medo ou mesmo covardia. Nossa vida é cheia de situações que muitas vezes nos levam a errar, mesmo sabendo que não deveríamos agir de maneira errada, não temos forças para resistir o mal. Talvez neste exato momento você esteja enfrentando uma situação assim: talvez você esteja agora longe de Deus. Você sabe que está longe. De noite com a cabeça no travesseiro você começa a pensar de como sua vida esta indo de mal para pior, e que tolice você cometeu ao se afastar de Deus. Mas onde adquirir forças para voltar para os braços de Deus? Sua dor é muito grande e tem vergonha de admitir que comete erros sucessivos e não é forte o suficiente para deixar de errar. A verdade é que a solução não está em você. O problema é de Deus. Somente Deus pode resolver os seus problemas e ajudar você a sair do fundo do poço em que se encontra. Como na parábola da ovelha perdida o bom pastor vai atrás da ovelha, Deus está chamando você a voltar para Seus braços dizendo que só Ele pode curar a ferida profunda que está dentro do seu coração. O que você precisa fazer é escutar a voz do Bom Pastor chamando pelo seu nome. Quando se admite o erro é sinal de que o Espírito Santo de Deus está tocando seu coração. O ser humano por natureza não tem forças para lutar contra o mal que assola nosso mundo. O mundo está repleto de pecado. O pecado impregnou o mundo de tal maneira que muitas vezes nos cega e nos deixa surdos para que não conseguimos sair do buraco que nos encontramos. Pecar é natural, errar é natural. Antinatural é escutar a voz de Deus. Mas pelo Espírito de Deus, o Espírito Santo, é possível ouvir a voz de Deus. Como a ovelha errante da parábola que saiu de perto do pastor. No aprisco a ovelha tinha segurança, alimento e o cuidado dia e noite do pastor. Raciocinando bem ela foi ingênua ao sair da área segurança. Assim acontece também ao ser humano. Como a ovelha quis conhecer as coisas que lhe atraía os olhos, o homem quer sentir prazeres e sensações que o afastam de Deus. O homem nasce com tendência para o mal. Como a ovelha que curiosamente deixou seu pastor.

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Porém ela se arrependeu. Sentiu medo. Imagine quando ela se viu sozinha sem segurança, talvez estivesse presa entre espinhos. Que medo terrível ela sentiu. Você já sentiu um medo terrível de estar irremediavelmente perdido? Para sempre perdido? A boa notícia é: perca o medo. Pense no que Jesus disse: “Haverá mais alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento”. Só fato de você estar sentindo medo e arrependimento é sinal de que o Espírito Santo tocou seu coração e o está impulsionando a mudar de vida e de pensamentos. Deus não erra. E Ele não errou ao criar o ser humano à Sua imagem. A única coisa que separa o homem de Deus é o pecado. E o pecado foi vencido na cruz do Calvário, quando Cristo deu Sua própria vida em favor de Seus amados filhos. Na parábola, o pastor sai em busca de uma ovelha, o mínimo que pode enumerar. Assim, se houvesse apenas uma pessoa perdida, você, Cristo teria dado a vida para que você pudesse voltar para os braços de Deus. Então não há o que temer. O amor de Cristo acalma qualquer coração angustiado por causa do pecado. Ele está de braços abertos esperando você, e está chamando pelo seu nome. Talvez neste exato momento você não tem forças para continuar. Preste bem atenção, Deus está correndo ao seu encontro para resgatar você. Volte hoje mesmo para os braços de Deus. Não deixe para amanhã. Deixe o amor de Deus acalmar seu coração e você finalmente sentirá segurança, paz e felicidade.

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A ORIGEM HISTÓRICA DA BÍBLIA

Entenda porque alguns livros não foram aceitos como parte do cânon sagrado

A Escritura Sagrada recebe o título de Bíblia, palavra grega que significa "livros", divido ela reunir um conjunto de livros inspirados, chamados livros canônicos.

"Cânon bíblico", o que é? Cânon é uma palavra latina que significa "modelo". O termo latino é derivado do grego kanon, de "cana", instrumento de medida usado nos tempos bíblicos no lugar do nosso "metro" hoje.

O cânon bíblico, portanto, "é a lista de livros inspirados que formam a Bíblia, os quais dão testemunho autorizado da revelação de Deus, servindo como norma de procedimento cristão, e como critério ou régua, através dos quais se mede e julga correto e justo um pensamento ou doutrina (Gálatas 6:16; II Timóteo 3:16)." - Dicionário de Teologia Fundamental, págs. 122 e 123. Editora Vozes e Santuário, edição 1994.

Os livros inspirados, como expressão da Palavra de Deus, que formam o cânon bíblico original, como regra de fé e doutrina, são 39 da Escritura hebraica do Antigo Testamento, e 27 do Novo Testamento, totalizando os 66 livros canônicos, que como verdades infalíveis e eternas, possuem autoridade final.

LIVROS NÃO INSPIRADOS

As Bíblias que contém sete livros a mais, foram extraídas da "Bíblia grega", ou "Septuaginta", traduzida na Bíblia hebraica para o grego no ano 250 a.C., quando então foram incluídos outros sete livros, que não faziam parte dos livros inspirados da Bíblia hebraica original, que são: Tobias, Judith, I e II Mababeus, Sabedoria, Eclesiástico e Baruc. - Frei Mauro Strabeli, Bíblia, perguntas que o povo faz, págs. 16 e 17, Edição Paulinas.

Naquela época, a Grécia cominava o mundo e foi o rei Ptolomeu Filadelfo, do Egito, que ordenou a tradução da Septuaginta. Provavelmente os sete livros foram anexados a ela, a pedido dele, na ocasião ou posteriormente.

Porque esses sete livros não devem ser aceitos como inspirados ou canônicos:

Como lembra o Frei Mauro Strabeli, "a Escritura do Velho Testamento, considerada como original, é a Bíblia hebraica, cujos livros foram como ´canônicos´ de início e sem nenhuma discussão". - Ibidem, pág. 16.

Esses livros não foram escritos por profetas, pois era uma época de interrupção na sucessão profética. Por isso, só os 39 livros eram considerados divinos ou inspirados, argumenta o respeitado historiador judeu Flávio Josefo, nascido pouco depois da morte de Cristo. - Resposta a Ápíon, Livro I, 8.

Segundo Josefo, o cânon do Antigo Testamento com 39 livros, foi fechado entre 465 e 425 a.C.. E no ano 90 d.C., o concílio jucaico de Jamni analisou os demais sete livros, mas os rejeitou. - Resposta àquelas Perguntas, pág. 53, Editora Candeias.

Além dos sete livros não fazerem parte do cânon bíblico original, eles só foram considerados como inspirados pela Igreja Católica no Concílio de Trento, em 8 de abril de 1546, sendo chamados deuterocanônicos [ou canônicos de segunda época]. - Dicionário de Teologia Fundamental, pág. 124. Editora Vozes, edição de 1994. A Igreja Católica oficializou-os, objetivando deter o movimento de Reforma Protestante.

"Jesus e os apóstolos só usaram os 39 livros hebraicos originais."

Os judeus, aos quais Deus confiou no passado a guarda das Escrituras e Seus oráculos (Romanos 3:2), "só aceitam como inspirados o cânon

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hebraico de 39 livros. Eles rejeitam os sete livros tidos como deuterocanônicos." - Bíblia do Pontífice de Roma, pág. 6.

Jesus e os apóstolos só usaram os 39 livros hebraicos originais, pois eles citaram 1.378 vezes o Antigo Testamento, mas nenhuma só vez os sete livros. Portanto, o escritor Josefo estava certo ao afirmar: "Só temos 39 livros, os quais temos justa razão para crermos que são divinos". - Resposta a Ápio, livro I, 8.

A Igreja cristã primitiva os rejeitou como inspirados e canônicos, permitindo que fossem lidos só como livros de edificação histórica. - Manual Bíblico, pág. 358.

Os Pais da igreja, tais como Atanásio, Gregório, Hilário, Rufino e Jerônimo, adotaram o cânon dos 39 livros hebraicos. - Bíblia do Pontífice de Roma, pág. 6.

Jerônimo, que traduziu a Bíblia hebraica para o latim, entre 382 a 404 d.C. - a chamada Vulgata Latina - tornou-se um defensor do cânon restrito dos 39 livros hebraicos, e só traduziu o livro não inspirado de Tobias para a Bíblia "Vulgata" por ordem dos bispos. - Dicionário de Teologia Fundamental, pág. 124, Editora Vozes.

Eles ensinam erros doutrinários e históricos conforme a exposição abaixo:

Alguns erros ensinados pelos sete livros não inspirados, que se chocam frontalmente com os 66 livros canônicos da Bíblia. Livros canônicos ou Escritura

1 - Narração de anjo mentindo sobre sua origem. Tobias 5:1-9 Isaías 63:8; Oséias 4:2

2 - Diz que se deve negar o pão aos ímpios. Eclesiástico 12:4-6 Provérbios 25:21-22

3 - Uma mulher jejuando toda a sua vida. Judith 8:5-6 Mateus 4:1-2

4 - Deus dá espada para Simeão matar siquemitas, Judith 9:2 Gênesis 34:30; 49:5-7

5 - Dar esmola purifica do pecado. Tobias 12:9 e Eclesiástico 3:30 I Pedro 1:18-19

6 - Queimar fígado de peixe expulsa demônios. Tobias 6:6-8 Atos 16:18

7 - Nabucodonosor foi rei da Assíria, em Nínive. Judith 1:1 Daniel 1:1

8 - Honrar o pai traz o perdão dos pecados. Eclesiástico 3:3 I Pedro 1:18-19

9 - Ensino de magia e superstição. Tobias 2:9 e 10; 6:5-8; 11:7-16 Tiago 5:14-16

10 - Antíoco morre de três maneiras. I Macabeus 6:16; II Macabeus 1:16; 9:28 Isaías 63:8; Mateus 5:37

11 - Recomenda a oferta pelos mortos. II Macabeus 12:42-45 Eclesiástes 9:5-6

12 - Ensino do purgatório ou imortalidade da alma. Sabedoria 3:14 I João 1:7; Hebreus 9:27

13 - O suicídio é justificado e louvado. II Macabeus 14:41-46 Êxodo 20:13

Tais erros e contradições revelam que esses sete livros não passam no imbatível teste de "inspiração bíblia", dos livros sagrados e canônicos, inseridos na "Constituição dogmática da fé católica", no Concílio Vaticano I, que assim diz: "Os livros da Bíblia, a Igreja reputa-os sagrados e canônicos, não porque tenham recebido por ela (a Igreja), aprovação ou autoridade: nem somente porque contém a revelação sem mistura de erros, mas sim porque, tendo sido escritos sob a inspiração do Espírito Santo, tem como autor o próprio Deus Deus, e como tais foram dados a sua Igreja." - Bíblia Traduzida pelo Pontífice Instituto Bíblico de Roma, pág. 6.

Diante dessa declaração, não podemos dizer que esses sete livros são inspirados e canônicos, porque a Igreja Católica os declarou, pois ela própria diz que não é a igreja que os qualifica como inspirados e canônicos. E se dissermos que tais livros são inspirados pelo Espírito Santo, tendo como autor o próprio Deus, estaremos admitindo que Deus Pai e o Espírito Santo são autores de erros e contradições!

A prova final, que esses sete livros não são inspirados, é que seus autores nunca reclamaram inspiração para eles, e, além de Macabeus afirmar que não havia profeta em seu tempo (I Macabeus 4:46; 9:27; 14:41), ele encerrou seu livro confessando sua incapacidade para expô-lo, ao assim se desculpar: "Se minha narração está imperfeita e medíocre, é que eu não pude fazer

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melhor" (II Macabeus 2:24; 15:38 e 39). "Jerônimo, o tradutor da Vulgata, chamou a esses sete livros de apócrifos, que significa ocultos, secretos, escondidos ou não inspirados." - Introdução Geral à Bíblia, pág. 88.

Os sete livros apócrifos são apenas de valor histórico e literário. Portanto, só devemos aceitar como inspirados os 66 livros canônicos, como regras de fé e doutrina. (II Pedro 1:21).

Autor: Enio dos Santos

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A Segunda Vinda de Cristo - Parte I

A Segunda Vinda de Cristo

"Mamãe", confidenciou um pequeno à hora de ir para cama, "sinto tanta saudade de meu amigo Jesus. Quando Ele virá?" - Essa criança mal poderia imaginar que o desejo de seu pequeno coração tem sido o anseio de longas eras. As palavras finais da Bíblia asseguram que o retorno ocorrerá em breve: "Certamente venho sem demora." E João, o revelador, o leal companheiro de Jesus, acrescenta: "Amém. Vem, Senhor Jesus" (Apocalipse 22:20).

Contemplar a Jesus! Unir-se a Ele para sempre, a Ele que nos ama infinitamente mais do que podemos imaginar! Receber o fim de todo sofrimento terrestre! Desfrutar da eternidade com os amados ressurretos, os quais agora dormem! Não admira que desde a ascensão de Cristo os Seus amigos tenham contemplado o futuro na expectativa deste dia.

Um dia Ele virá, ainda que até mesmo para os santos a Sua vinda constitua uma irresistível surpresa - pois todos tiram sua soneca ou dormem durante a longa espera (Mateus 25:5).

À "meia-noite", na hora mais escura da Terra, Deus manifestará Seu poder ao libertar Seu povo. As Escrituras assim descrevem os eventos: "Grande voz" procede "do santuário", do lado do trono, dizendo: "Feito Está!" Esta voz sacode a Terra, causando tão "grande terremoto como nunca houve igual desde que há gente sobre a Terra" (Apocalipse 16:17 e 18). As montanhas tremem, rochas são lançadas em todas as direções, e toda a Terra tem suas camadas deslocadas como as ondas do oceano. Sua superfície se rompe e "caíram as cidades das nações... Toda ilha fugiu, e os montes não foram achados" (versos 19 e 20). "O céu recolheu-se como um pergaminho quando se enrola. Então todos os montes e ilhas foram movidos de seus lugares" (Apocalipse 6:14).

A despeito do caos que se está manifestando no mundo físico, o povo de Deus toma coragem quando vê "o sinal do Filho do homem" (Mateus 24:30). Enquanto Ele desce sobre as nuvens do céu, todos os olhos vêem o Príncipe da Vida. Nessa oportunidade Ele vem, não como homem de dores, mas como vitorioso conquistador que reclama o que é Seu. Em lugar de coroas de espinhos, Sua cabeça sustenta uma gloriosa coroa, e "tem no Seu manto, e na Sua coxa, um nome inscrito: Rei dos reis e Senhor dos senhores" (Apocalipse 19:12 e 16).

Em Sua vinda, grande desespero atingi aqueles que se recusaram a reconhecer Jesus como Salvador e Senhor, e rejeitaram as exigências de Sua lei durante a existência. Nada torna tão claro aos transgressores sua culpa quanto aquela voz que tão pacientemente insistiu: "... convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois, por que haveis de morrer?" (Ezequiel 33:11).

"Os reis da Terra, os grandes, os comandantes, os ricos, os poderosos, e todo escravo e todo livre se esconderam nas cavernas e nos rochedos: Caí sobre nós, e escondei-nos da face dAquele que Se assenta no trono, e da ira do Cordeiro, porque chegou o grande dia da ira dEles; e quem é que pode suster-se?" (Apocalipse 6:15 a 17).

Mas o gozo daqueles que durante muito tempo aguardavam esse dia, sobrepuja o desespero dos ímpios. A vinda do Redentor traz a seu glorioso clímax a história do povo de Deus; é este o seu momento de libertação. Com vibrante adoração eles exclamam: "Eis que este é o nosso Deus, em quem aguardávamos: na Sua salvação exultaremos e nos alegraremos" (Isaías

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25:9). À medida que Jesus Se aproxima, chama Seus santos adormecidos de suas sepulturas e comissiona os anjos a reunir "os Seus escolhidos, dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus" (Mateus 24:31). Em todo mundo, os justos mortos ouvem a Sua voz e se erguem de seus sepulcros - oh, feliz momento!

Então os justos vivos são transformados "num momento, num abrir e fechar de olhos" (I Coríntios 15:52). Glorificados e sendo agora portadores da imortalidade, junto com os justos ressuscitados, são os santos erguidos aos ares, para o encontro com seu Senhor, com O qual permanecerão para sempre (I Tessalonicenses 4:16 e 17).

A Certeza do Retorno de Cristo Os apóstolos e os cristãos primitivos consideravam o retorno de Cristo como a "bendita esperança" (Tito 2:13; Hebreus 9:28). Esperavam que todas as promessas e profecias das Escrituras se cumprissem por ocasião do Segundo Advento (II Pedro 3:13; Isaías 65:17), pois esse é o próprio alvo da peregrinação cristã. Todo que ama a Cristo olha ansiosamente em direção ao futuro, ao dia em que estará apto a compartilhar em comunhão face a face - com Ele, com o Pai, com o Espírito Santo e com os anjos.

O Testemunho das Escrituras

A certeza do Segundo Advento encontra suas raízes na confiabilidade das Escrituras. Pouco antes de Sua morte, Jesus explicou aos discípulos que estaria retornando para junto do Pai a fim de preparar-lhes lugar. Mas Ele também prometeu: "Virei outras vez" (João 14:3). Assim como a primeira vinda de Cristo à Terra fora profetizada, também a Sua segunda vinda é antecipada pelas Escrituras. Mesmo antes do Dilúvio, Deus contou a Noé que seria a vinda de Cristo em glória o evento que poria fim ao pecado. Ele profetizou "Eis que veio o Senhor entre Suas santas miríades, para exercer juízo contra todos e para fazer convictos todos os ímpios, acerca de todas as obras ímpias que impiamente praticaram, e acerca de todas as palavras insolentes que ímpios pecadores proferiram contra Ele" (Judas 14 e 15). Mil anos antes de Cristo, o salmista falou da vinda do Senhor para reunir o Seu povo, dizendo: "Vem o nosso Deus, e não guarda silêncio; perante Ele arde um fogo devorador, ao Seu redor esbraveja grande tormenta. Intima os Céus lá em cima, e a Terra, para julgar o Seu povo. 'Congregai os Meus santos, os que comigo fizeram aliança por meio de sacrifícios'" (Salmo 50:3 a 5). Os discípulos de Cristo se regozijaram na promessa de Seu retorno. Em maio às dificuldades que encontravam, a certeza dessa promessa sempre permitiu a renovação de sua coragem e força. O mestre voltaria a fim de levá-los para a casa do Pai!

A Garantia Representada Pela Primeira Vinda.

A segunda vinda acha-se intimamente vinculada à primeira vinda de Cristo. Se Ele não houvesse vindo pela primeira vez e obtido vitória decisiva sobre o pecado e Satanás (Colossenses 2:15), não haveria razão para crer que algum dia voltará e porá fim ao domínio de Satanás sobre este mundo, restaurando-o à perfeição original. Uma vez, porém, que Ele apareceu "para aniquilar pelo sacrifício de Si mesmo o pecado", temos também razões para crer que Ele "aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que O aguardam para salvação" (Hebreus 9:26 e 28).

O Ministério Celestial de Cristo.

A revelação de Cristo a João torna claro que o santuário celestial é o centro do plano da salvação. Apoc. 1:12 e 13 Apoc. 3:12 Apoc. 4:1 a 5 Apoc. 5:8 Apoc. 7:15 Apoc. 8:3 Apoc. 11:1 e 19 Apoc. 14:15 e 17 Apoc. 15:5,6 e 8 Apoc. 16:1 e 17 As profecias indicadoras de que Ele já iniciou Seu ministério final em favor dos pecadores, acrescentam à certeza de que Ele em breve retornará a fim de levar Seu povo para o lar. A confiança em que Cristo está operando ativamente no sentido de consumar a redenção já alcançada na cruz, tem trazido grande encorajamento aos cristãos que contemplam o horizonte à espera de Seu retorno.

A Maneira do Retorno de Cristo. Assim como Cristo falou a respeito dos sinais que indicariam a proximidade de Sua vinda, mencionou também a preocupação de que Seu povo não fosse enganado por falsos indicadores. Advertiu que antes do Segundo Advento surgiriam "falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos". Ele

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advertiu: "Se alguém vos disser: 'Eis aqui o Cristo!' ou 'Ei-Lo ali!', não acrediteis" (Mateus 24:23 e 24). Estando previamente advertidos, estamos previamente armados. Tendo em vista habilitar os crentes para distinguirem entre o genuíno evento e as falsas demonstrações, várias passagens bíblicas revelam detalhes quanto à maneira do retorno de Cristo.

Retorno Literal e Pessoal.

Quando Jesus ascendeu numa nuvem, dois anjos dirigiram-se aos discípulos, que ainda contemplavam, pasmados, o Salvador que acabara de desaparecer lá no alto, dizendo-lhe: "Varões galileus, por que estais olhando para as alturas? Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao Céu, assim virá do modo como O vistes subir" (Atos 1:11). Em outras palavras, disseram que o mesmo Senhor que naquele momento os havia deixado - um ser pessoal, de carne e osso, e não uma entidade meramente espiritual (Lucas 24:36 a 43) - haveria de retornar à Terra. Seu Segundo Advento será tão literal e pessoal quanto foi Sua partida.

Retorno Visível.

A vinda de Cristo não será uma experiência interior, invisível, mas um real encontro com uma Pessoa visível. Não deixando qualquer terreno a dúvida quanto à visibilidade de Seu retorno, Jesus advertiu Seus discípulos contra o risco de imaginarem um retorno secreto, ao comparar Sua volta com a luminosidade e visibilidade do relâmpago (Mateus 24:27). A Escritura declara positivamente que tanto os justos quanto os ímpios testemunharão simultaneamente Sua vinda. João escreveu: "Eis que vem com as nuvens, e todo o olho O verá, até quantos O transpassaram" (Apocalipse 1:7). E Cristo mencionou a reação dos ímpios: "Todos os povos da Terra se lamentarão e verão o Filho do homem vindo sobre as nuvens do céu com poder e muita glória" (Mateus 24:30).

Retorno Audível.

Acrescentando informações ao quadro de um reconhecimento universal do retorno de Cristo, a Bíblia afirma que Sua vinda também se caracterizará por sons muito audíveis: "Portanto o Senhor mesmo, dada a Sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos Céus" (I Tessalonicenses 4:16). O "grande clangor de trombeta" acompanha a reunião de Seu povo. Nada há de secreto aqui.

Retorno Glorioso.

Ao Cristo retornar, vem Ele como um conquistador, com poder e "na glória de Seu Pai, com Seus anjos" (Mateus 16:27). O apóstolo João retrata a glória do retorno de Cristo de modo mais dramático. Ele traça o quadro de Cristo cavalgando um cavalo branco e conduzindo inumeráveis exércitos celestiais. O esplendor sobrenatural do Cristo glorificado é evidente (Apocalipse 19:11 a 16).

Retorno Súbito e Inesperado.

Os crentes em Cristo, tendo almejado e aguardado por tanto tempo o retorno de seu Senhor, saberão quando Ele Se aproximar (I Tessalonicenses 5:4 a 6). Mas em relação aos habitantes da Terra em geral o apóstolo Paulo escreveu: "O dia do Senhor vem como o ladrão de noite. Quando andarem dizendo: 'Paz e segurança', eis que lhes sobrevirá repentina destruição,

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como vem a dor do parto à que está para dar a luz; e de modo nenhum escaparão" (I Tessalonicenses 5:1 a 3; Mateus 24:42 e 43).

Alguns têm entendido que a comparação feita por Paulo, da vinda de Cristo com a chegada de um ladrão, deva significar que Ele retornará de alguma forma secreta e invisível. Entretanto, tal modo de ver as coisas contradiz o quadro bíblico de Cristo retornando em glória e esplendor, à vista de todos (Apocalipse 1:7). O ponto destacado por Paulo não é uma hipotética vinda secreta de Cristo, e sim o fato de que , para os que possuem mente mundana, será a Sua volta tão inesperada quanto o aparecimento de um ladrão.

Cristo salientou o mesmo ponto ao comparar Sua vinda com a inesperada destruição do mundo antediluviano pelas águas. "Portanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio, comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, senão quando veio o dilúvio e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do homem" (Mateus 24:38 e 39). Embora Noé tenha pregado durante tantos anos a respeito do dilúvio vindouro, a maioria das pessoas foi apanhada de surpresa pelo evento. Havia duas classes de pessoas sobre a Terra. Uma cria nas palavras de Noé e assim entrou na arca e escapou da destruição; a outra - a imensa maioria - decidiu ficar ao lado de fora da arca e assim "veio o dilúvio e os levou a todos" (Mateus 24:39).

Evento Cataclísmico

De modo semelhante ao dilúvio, o sonho de Nabucodonosor - a estátua de metal - retrata a maneira cataclísmica pela qual Cristo estabelecerá Seu reino de glória. Nabucodonosor viu uma grande imagem, cuja "cabeça era de fino ouro, o peito e os braços de prata, o ventre e os quadris de bronze; as pernas de ferro e os pés em parte ferro, e em parte de barro". Depois "uma pedra foi cortada sem auxílio de mãos, feriu a estátua nos pés de ferro e de barro, e os esmiuçou. Então foi juntamente esmiuçado o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro, os quais se fizeram como a palha das eiras do estio, e o vento os levou, e deles não se viram mais vestígios.

Mas a pedra, que feriu a estátua, se tornou em grande montanha que encheu a Terra" (Daniel 2:32 a 35). Através deste sonho, Deus concedeu a Nabucodonosor uma sinopse da história mundial. Entre os dias do rei e o estabelecimento do sempiterno reino de Cristo (a Pedra), quatro impérios principais, seguido de um conglomerado de nações fortes e fracas, ocupariam sucessivamente o palco dos eventos mundiais.

Mesmo nos dias de Cristo, os intérpretes já haviam identificado os quatro grandes impérios como sendo Babilônia (605 a 539 a.C.), Medo-Pérsia (539 a 331a.C.), Grécia (331 a 168 a.C.) e Roma (168 a.C. a 476 d.C.).1 Conforme profetizado, nenhum outro império sucederia Roma. Durante o quarto e quinto séculos de nossa era o império romano se fragmentaria em vários reinos menores, os quais mais tarde se tornariam as nações da Europa. Através dos séculos, poderosos governantes - Carlos Magno, Carlos V, Napoleão, Kaiser Guilherme e Hitler tentaram estabelecer outro império mundial. Todos eles fracassaram, pois a profecia advertira: "Não se ligarão um ao outro, assim como o ferro não se mistura com o barro" (Daniel 2:43 - veja também em Próximos do Fim: A História do mundo). Finalmente, o sonho passou a focalizar o clímax dramático: o estabelecimento do eterno reino de Deus. A Pedra cortada sem auxílio de mãos representa o reino de glória de Cristo (Daniel 7:14; Apocalipse 11:15), o qual será estabelecido sem qualquer esforço humano por ocasião do Segundo Advento. O reino de Cristo não deverá coexistir com qualquer império humano. Quando Ele esteve na Terra, ocasião em que o Império Romano dominava o mundo, o reino da "Pedra" que esmaga todas as nações ainda não havia aparecido. Somente depois da fase do ferro e do barro, presentes nos pés da estátua - o período das nações européias divididas - é que a Pedra entraria em cena. O reino de Cristo será estabelecido em Seu Segundo Advento, quanto Ele separar os justos dos ímpios (Mateus 25:31 a 34). Quando aparecer, esse reino atingirá a imagem "nos pés de ferro e de barro" e "esmiuçará e consumirá a todos estes reinos", deles não mais deixando nem "vestígios" (Daniel 2:34, 44 e 45). Efetivamente, o Segundo Advento é um acontecimento sensacional.

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Segunda Vinda de Cristo - Parte II

O Segundo Advento e a Raça Humana

O Segundo Advento de Cristo afetará as duas grandes divisões da humanidade - aqueles que O aceitaram e à salvação por Ele oferecida, e aqueles que Lhe volveram as costas.

A Reunião dos Eleitos.

Um aspecto importante do estabelecimento do reino de Cristo é o ajuntamento de todos os remidos (Mateus 24:31; Mateus 25:31 a 34; Marcos 13:27), que serão levados para o lar celestial preparado por Cristo (João 14:3). Quando o líder de uma nação visita outra, somente umas poucas pessoas podem participar da comitiva de recepção.

Contudo quando Cristo vier, todos os crentes que viveram em qualquer época - sem distinção de idade, gênero, nível de educação, situação econômica ou raça - participarão da grande celebração do Advento. Dois eventos tornarão possível esta reunião universal: a ressurreição dos justos mortos e a transformação dos justos vivos.

1. A ressurreição dos que morreram em Cristo

Ao soar a trombeta que anuncia o retorno de Cristo, os justos falecidos ressuscitarão incorruptíveis e imortais (I Coríntios 15:51 a 53). Naquele momento, "os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro" (I Tessalonicenses 4:16). Em outras palavras, eles ressuscitarão antes que os justos vivos sejam levados aos ares para o encontro com o Senhor.

Os ressuscitados unem-se novamente àqueles que choraram a sua partida. Neste momento eles exultam grandemente: "Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?" (I Coríntios 15:55). Não serão os corpos enfermos, envelhecidos ou mutilados que desceram à sepultura que se erguerão no momento em que os justos retornarem a vida: ao contrário, seus corpos serão novos, imortais, perfeitos, não mais revelando as marcas do pecado que os fizera entrar em decadência. Os santos ressurretos experimentarão o término da obra de restauração efetuada por Cristo, passando a refletir imagem de Deus na mente, na alma e no corpo (I Coríntios 15:42 a 54).

2. A transformação dos justos vivos.

Quando os mortos justos experimentarem a ressurreição, ocorre uma transformação dos justos que estiverem vivos sobre a face da Terra por ocasião do Segundo Advento. "Por que é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade" (I Coríntios 15:53). No retorno de Cristo, nenhum grupo de crentes assume precedência sobre qualquer outro grupo. Paulo revela que os justos vivos e transformados serão "arrebatados, juntamente com eles [os justos ressuscitados], entre as nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor" (I Tessalonicenses 4:17; Hebreus 11:39 e 40). Desse modo, todos os crentes estarão reunidos no grande encontro do Segundo Advento, tanto os justos ressuscitados de todas as eras quanto aqueles que estiverem vivos na chegada de Cristo.

A Morte dos Ímpios

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Para os salvos o Segundo Advento representará uma oportunidade de alegria e libertação, mas para os perdidos será um tempo de devastante terror. Eles resistiram ao amor de Cristo e os Seus convites de salvação durante tanto tempo que se deixaram enfeitiçar pelas ilusões enganadoras (II Tessalonicenses 2:9 a 12; Romanos 1:28 a 32). Quando virem Aquele a quem rejeitaram, vindo sobre as nuvens como Reis dos reis e Senhor dos senhores, saberão que terá chegado a hora de sua própria destruição. Esmagados pelo terror e desespero, clamarão às rochas inanimadas que os escondam. (Apocalipse 6:16 e 17).

Nessa oportunidade, Deus destruirá Babilônia, a união de todas as religiões apóstatas. Ela "será consumida no fogo" (Apocalipse 18:8). O líder dessa confederação - o ministério da iniqüidade, o homem do pecado - a este "o Senhor Jesus matará com o sopro de Sua boca, e o destruíra pela manifestação de Sua vinda" (II Tessalonicenses 2:8). Os poderes responsáveis pela imposição da marca da besta serão "lançados no lago de fogo e enxofre". O restante dos maus serão "mortos com a espada que saía da boca dAquele que estava montado no cavalo" - Jesus Cristo o Senhor (Apocalipse 19:20 e 21).

Sinais do Breve Retorno de Cristo

As Escrituras não somente revelam a maneira e o objetivo da vinda de Cristo, como também descrevem os sinais que indicam a proximidade desse evento épico. Os primeiros sinais indicadores da proximidade da volta de Jesus ocorreram de 1700 anos depois da ascensão de Cristo; outros mais seguiram-se, contribuindo para evidenciar que Seu retorno está próximo.

Sinais no Mundo Natural.

Jesus predisse: "Haverá sinais no Sol, na Lua, e nas estrelas" (Lucas 21:25), especificando que "o Sol escurecerá, a Lua não trará sua claridade, as estrelas cairão do firmamento e os poderes dos céus serão abalados. Então verão o Filho do homem vir nas nuvens, com grande poder e glória" (Marcos 13:24 a 27). Adicionalmente, João viu um grande terremoto que precederia a manifestação dos sinais no céu (Apocalipse 6:12). Todos esses sinais haveriam de assinalar o fim dos 1260 anos de perseguição. [Veja também em Guiados Para Vencer I: Os 1260 Dias e o Remanescente Fiel]. 1. O Testemunho da Terra. Em cumprimento a essa profecia, "o maior de todos os terremotos conhecidos" 1 ocorreu em 1.º de novembro de 1755. Conhecido como o Terremoto de Lisboa, seus efeitos foram observados na Europa, África e América, cobrindo uma área de mais de 46 milhões de quilômetros quadrados. Seu poder destruidor centralizou-se em Lisboa, Portugal, onde, em questão de minutos, arrasou edifícios públicos e residenciais, causando milhares de mortes.2 Embora os efeitos físicos do terremoto tenham sido imensos, seu impacto sobre o pensamento da época não foi menor. Muitos então que vivam reconheceram-nos como o sinal do fim 3 e passaram a dar consideração séria ao julgamento de Deus e aos últimos dias. O terremoto de Lisboa representou um fator de incremento no estudo das profecias. 2. O Testemunho do Sol e da Lua.

Vinte e cinco anos mais tarde, ocorreu o próximo sinal mencionado na profecia - o escurecimento do Sol e da Lua. Cristo havia indicado a ocasião do cumprimento deste sinal, observando que ele deveria vir em seguida à grande tribulação, os 1260 anos de perseguição papal mencionados em várias outras porções das Escrituras (Mateus 24:29). Mais Cristo dissera também que a tribulação que precederia estes sinais seria abreviada (Mateus 24:21 e 22).

Por meio da influência da Reforma e dos movimento que dela se originaram, a perseguição papal foi efetivamente abreviada, de tal modo que em meados do século dezoito ela praticamente cessara.

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Em cumprimento à profecia de Cristo, o dia 19 de maio de 1780 testemunhou uma extraordinária escuridão na porção nordeste do continente norte-americano.4 Rememorando esse evento, Timothy Dwight, presidente da Universidade de Yale, disse:

"O dia 19 de maio de 1780 foi memorável. Candeeiros foram acesos em muitas casas; os pássaros silenciaram e desapareceram, e as galinhas retiraram-se para os poleiros... A opinião geral prevalecente era de que o dia do juízo havia chegado." 5

Samuel Williams, de Harvard, relatou que a escuridão "aproximou-se com as nuvens do sudoeste 'entre as 10 e às 11 horas da manhã e prosseguiu até a meia-noite seguinte', variando de intensidade e duração em diferentes lugares. Em algumas localidades 'as pessoas não conseguiram enxergar o suficiente como para ler escrita comum ao ar livre'".6

Na opinião de Samuel Tenny, "a escuridão daquela noite foi provavelmente a maior jamais observada desde que o Todo-Poderoso deu origem à luz... Se todos os corpos celestes luminosos do Universo tivessem sido envoltos em nuvens impenetráveis, ou eliminados da existência, a escuridão não poderia ter sido mais completa".7 Às 9 horas da noite ergueu-se a Lua, mas a escuridão persistiu até á meia-noite. Quando a Lua se tornou visível, sua aparência era como sangue. João, o revelador, profetizara os extraordinários eventos deste dia. Depois do terremoto, escreveu ele, o Sol tornar-se-ia "negro como saco de crina, e a Lua... como sangue." (Apocalipse 6:12). 3. O Testemunho das Estrelas.

Tanto Cristo quanto João profetizaram a queda das estrelas, indicando o evento como um outro sinal do breve aparecimento de Cristo (Apocalipse 6:13; Mateus 24:29). O grande chuveiro de meteoros ocorridos em 13 de novembro de 1833 - o mais extraordinário espetáculo de estrelas cadentes de que há registro - cumpriu essa profecia. Estimou-se que um observador isolado poderia haver contado em média cerca de 60.000 meteoros por hora.8

O fenômeno foi observado desde o Canadá até o México, e do meio do Atlântico até o Pacífico, muitos cristãos reconheceram o cumprimento da profecia bíblica.9, 10

Uma testemunha ocular disse que "dificilmente se poderia perceber no céu um espaço que não estivesse instantaneamente ocupado por essas estrelas cadentes, tampouco se poderia perceber entre elas qualquer diferença particular no tocante à aparência, embora por vezes elas se projetassem em grupos - trazendo à memória a 'figueira que lança de si os seus frutos, quando sacudida por forte vento.'" 11 Cristo concedeu esses sinais com o intuito de alertar os cristãos quanto à proximidade de Sua vinda, de modo que pudessem regozijar-se e empreender cabal preparo para a mesma. Ele disse: "Ao começarem estas coisas a suceder, exultai e erguei as vossas cabeças, porque a vossa redenção se aproxima." E acrescentou: "Vede a figueira e todas as árvores. Quando começam a brotar, vendo-o, sabeis por vós mesmos que o verão está próximo. Assim também, quando virdes acontecer estas coisas, sabei que está próximo o reino de Deus." (Lucas 21:28 a 31). O testemunho singular da Terra, do Sol, da Lua e das estrelas, que ocorreu na exata seqüência e tempo preditos por Cristo, dirigiu a atenção de muitos para as profecias que diz respeito ao Segundo Advento.

Sinais no Mundo Religioso A Escritura prediz que certo número de sinais significativos no mundo religioso marcariam o tempo que precederia imediatamente o retorno de Cristo.

Um grande despertamento religioso.

O livro de Apocalipse revela o surgimento de um grande movimento religioso de extensão mundial, ocorrendo antes do Segundo Advento. Na visão dada a João, um anjo que anuncia a volta de Cristo simboliza este movimento: "Vi outro anjo voando pelo meio do Céu, tendo um evangelho eterno para pregar aos que se assentam sobre a Terra, e a cada nação, e tribo, e língua, e povo, dizendo em grande voz: 'Temei a Deus e dai-Lhe glória, pois é chegada a hora

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do Seu juízo; e adorai Aquele que fez o Céu, e a Terra, e o mar, e as fontes das águas." (Apocalipse 14:6 e 7). A própria mensagem indica quando ela deveria ser pregada. O evangelho eterno tem sido pregado ao longo dos séculos. Mas esta mensagem, enfatizando o aspecto do juízo dentro do evangelho, somente poderia ser pregada no tempo do fim, pois seria então verdade que "é chegada a hora do Seu juízo".

O livro de Daniel nos informa que no tempo do fim as suas profecias seriam abertas, retirando-se o "selo" de sobre as mesmas (Daniel 12:4). Nessa oportunidade, as pessoas compreenderiam os seus mistérios. A remoção do selo ocorreu quando chegou ao fim o período de 1260 anos de supremacia papal, mediante o aprisionamento do papa em 1798. A combinação entre aprisionamento do papa e os sinais ocorridos no mundo natural, conduziu muitos cristãos ao estudo das profecias relacionadas com os eventos da Segunda Vinda de Cristo, e isso resultou em uma nova oportunidade na compreensão dessas profecias. Esta focalização do segundo Advento também trouxe luz a um reavivamento mundial da esperança do Advento. Assim como os reformadores se ergueram independentemente nos vários países, assim ocorreu com o movimento adventista. A natureza mundial desse movimento é um dos mais claros sinais de que a volta de Cristo se aproxima. Assim como João Batista preparou o caminho para o primeiro advento de Cristo, assim o movimento adventista está preparando o caminho para o Segundo Advento - proclamando a mensagem de Apocalipse 14:6 à 12, o último apelo de Deus para todos se prepararem para o glorioso retorno do Salvador.13

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A Segunda Vinda de Cristo - Parte III

Pregando o Evangelho.

Deus "estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça" (Atos 17:31). Advertindo-nos quanto a esse dia, Cristo não disse que Ele chegaria quando o mundo inteiro se houvesse convertido, mas que "será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então virá o fim." (Mateus 24:14). Portanto, Pedro estimula os crentes a esperar e apresar a vinda do dia de Deus (II Pedro 3:10 a 13).

As estatísticas referentes à tradução e distribuição da Bíblia, dão conta do crescimento do testemunho do evangelho. Em 1900, a Bíblia achava-se disponível em 537 idiomas. Em 1980, ela havia sido traduzida - no todo ou em parte - para 1811 idiomas, representando aproximadamente 96% da população do mundo.

Semelhantemente, a distribuição anual das Escrituras passou de 5,4 milhões de exemplares em 1900 para cerca de 36,8 milhões de Bíblias e aproximadamente meio bilhão de porções da Bíblia em 1980.1

Adicionalmente, possui agora o cristianismo uma variedade sem precedentes de recursos para utilizar em sua missão: agências de serviços, instituições médicas e educacionais, obreiros nacionais e estrangeiros, emissoras de rádios e televisão e vultuosos meios financeiros. Nos dias de hoje, poderosas emissoras de rádio de ondas curtas podem levar o evangelho a praticamente todos os países ao redor do mundo. Utilizados sob a orientação do Espírito Santo, esses recursos jamais igualados, poderão tornar realidade o alvo de evangelizar todo o mundo em nossos dias. Os adventistas do sétimo dia, contando com membros que representam cerca de 700 idiomas e 1000 dialetos, estão proclamando o evangelho em 190 países. Quase 90% desses membros vivem fora da América do Norte. Por crermos que a obra médica e educacional desempenha papel essencial na pregação do evangelho, estamos operando cerca de 600 hospitais, casas de saúde, clínicas e dispensários, 19 lanchas médicas, 27 fábricas de produtos alimentícios saudáveis, 86 escolas superiores e universidades, 834 escolas secundárias, 4166 escolas fundamentais, 125 escolas bíblicas por correspondência e 33 institutos de idiomas. Nossas 51 casas editoras produzem literatura em 190 idiomas e nossas emissoras de rádio de ondas curtas atingem cerca de 75% da população mundial. O Espírito Santo tem abençoado grandemente o nosso impulso missionário.

Declínio Religioso.

A proclamação ampla do evangelho não significa necessariamente um crescimento maciço do genuíno cristianismo. Ao contrário, as Escrituras predizem um declínio da verdadeira espiritualidade no tempo do fim. Paulo disse que "nos últimos dias sobrevirão tempos difíceis; pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, antes amigos dos prazeres que amigos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder." (II Timóteo 3:1 a 5). Assim é que hoje o amor ao eu, às coisas materiais e ao mundo, tem suplantado o Espírito Santo em muitos corações. As pessoas não mais querem permitir que os princípios da Lei divina dirijam sua vida; a revolta contra a Lei predomina. "E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor se esfriará de quase todos". (Mateus 24:12).

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Ressurgimento do Papado.

De acordo com a profecia bíblica, no final dos 1260 anos o papado receberia uma "ferida mortal", mas não chegaria a morrer. As Escrituras revelam também que essa ferida mortal seria curada. O papado experimentaria grande renovação de sua influência e respeito - "e toda a Terra se maravilhou, seguindo a besta" (Apocalipse 13:3). Já nos dias de hoje, muitos vêem o papa como líder moral da humanidade. Em grande medida, o crescimento da influência do papado ocorreu quando os cristãos substituíram a autoridade da Bíblia pelas tradições, padrões humanos e ciência. Ao assim procederem, tornaram-se vulneráveis ao "homem da iniqüidade" que opera "com todo o poder, e sinais e prodígios da mentira" (II Tessalonicenses 2:9). Satanás e seus instrumentos trarão à existência uma confederação do mal, simbolizada pela iníqua e tríplice união do dragão, besta e falso profeta, que enganará o mundo (Apocalipse 16:13 e 14; comparar com Apocalipse 13:13 e 14). Somente aqueles cuja a orientação provém da Bíblia e que "guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus" (Apocalipse 14:12) poderão resistir com êxito a essa arrasadora e enganosa confederação.

Declínio da Liberdade Religiosa.

O reavivamento do papado afetará dramaticamente o cristianismo. A liberdade religiosa, obtida a grande custo, assegurada pela separação entre Igreja e Estado, será solapada e finalmente abolida. Com o apoio de poderosos governantes civis, este poder apóstata tentará impor a sua forma de adoração a todas as pessoas. Todos terão de decidir entre a lealdade a Deus e Seus mandamentos e a lealdade à besta e sua imagem. (Apocalipse 14:6 a 12). A pressão para que a pessoa se adapte a estas imposições, incluirá restrição de direitos econômicos: "Para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca, o nome da besta, ou o número do seu nome" (Apocalipse 13:17). Com o decorrer do tempo aqueles que se recusarem à submissão defrontar-se-ão com a pena de morte (Apocalipse 13:15). Durante esse tempo de provação final Deus intervirá em favor de Seu povo e livrará todo aquele que tiver seu nome escrito no Livro da Vida (Daniel 12:1; Apocalipse 3:5; Apocalipse 20:15).

Aumento da Iniqüidade.

O declínio espiritual no seio do cristianismo e o reavivamento do homem da iniqüidade têm conduzido a crescente negligência da Lei de Deus na igreja e na vida dos crentes. Muitos têm chegado a crer que Deus aboliu a Sua lei e que os cristãos não mais se encontram sob a obrigação de observá-la. Esse desrespeito à Lei de Deus tem levado a grande aumento dos crimes e do comportamento imoral.

1. Rápido aumento dos crimes. O desrespeito à Lei de Deus que é corrente em vastos arraiais cristãos tem contribuído para o desprezo que a moderna sociedade vota à lei e à ordem. Em todo o mundo, o crime acha-se explosivamente fora de controle. Um relatório preenchido pelos correspondentes de várias capitais mundiais declara: "Tal como nos Estados Unidos, o crime acha-se em ascensão em praticamente todos os países do mundo." "De Londres a Moscou e Johannesburgo, o crime está se tornando rapidamente a maior ameaça, levando à alteração do modo de vida das pessoas." 2 2. Revolução sexual. A desconsideração para com a Lei de Deus também lançou por terra os parâmetros da modéstia e da pureza, resultando numa explosão de imoralidade. Hoje, é o sexo idolatrado e comercializado através de filmes, televisão, vídeo, músicas, revistas e propagandas. A revolução sexual resultou num espantoso incremento da taxa de divórcios, aberrações como "casamento aberto" ou compartilhamento de parceiros, abuso sexual de crianças, apavorante número de abortos, homossexualidade e lesbianismo generalizados, epidemias de doenças venéreas, e a recentemente surgida AIDS (síndrome da imuno-deficiência adquirida).

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Guerras e Calamidades.

Jesus apresentou ainda o seguinte quadro, que ocorreria antes de Sua volta: "Levantar-se-á nação contra nação, e reino contra reino; haverá grandes terremotos, epidemias e fome em vários lugares, coisas espantosas e também grandes sinais do céu" (Lucas 21:10 e 11; Marcos 13:7 e 8; Mateus 24:7). À medida que o fim se aproxima e se intensifica o conflito entre as forças divinas e as satânicas, essas calamidades também se tornarão mais severas e freqüentes, o que hoje pode ser visto como nunca dantes. 1. Guerras. Embora as guerras sempre tenham desgraçado a humanidade, nunca dantes na História foram elas tão globais e destrutivas. As duas guerras mundiais causaram maior número de baixas e sofrimentos do que todas as guerras anteriores combinadas.3 Muitos vêem hoje a perspectiva de um novo conflito de extensão mundial. A Segunda Guerra Mundial não erradicou as guerras. Desde então, ocorreram cerca de "140 conflitos desenvolvidos com armas convencionais, nos quais cerca de 10 milhões de pessoas morreram".4 A ameaça de uma guerra termonuclear de extensão todo-abrangente pesa sobre nossas cabeças como uma espada de Dâmocles. 2. Desastres naturais. Parece que os desastres sofreram acentuado aumento nos anos recentes. Cataclismas atuais da terra e da atmosfera, sobrepondo-se um a outro, têm levado alguns a perguntar-se se a Natureza perdeu o controlo - e se o mundo está experimentando alterações climáticas e estruturais profundas, as quais se intensificarão no futuro.5 3. Fomes. Fomes ocorreram muitas vezes no passado, mas nunca haviam se manifestado na escala presenciada durante o presente século. Nunca dantes tivera o mundo milhões de pessoas sofrendo tanto de inanição quanto de subnutrição.6 As perspectivas futuras não parecem mais de boas novas. A extensão sem precedentes da inanição assinala claramente que o retorno de Cristo é iminente.

Preparados Todo o Tempo A Bíblia assegura repetidamente que Jesus retornará. Mas, será que Ele virá daqui a um ano? Cinco anos? Dez? Vinte anos? Ninguém sabe ao certo. O próprio Jesus declarou: "A respeito daquele dia e hora ninguém sabe... senão somente o Pai (Mateus 24:36). Próximo ao final de Seu ministério terrestre, Cristo contou a parábola das dez virgens a fim de ilustrar a experiência da Igreja neste últimos dias. As duas classes de virgens representam duas espécies de crentes que professam estar aguardando o seu Senhor. São chamados de virgens porque professam fé pura. Suas lâmpadas representam a Palavra de Deus, e o óleo representa o Espírito Santo.

Superficialmente, ambos os grupos parecem iguais; ambos saem para encontrar o noivo, ambos possuem óleo em suas lâmpadas, e sua conduta não aparenta diferenças. Todos eles ouviram a mensagem do breve retorno de Cristo e aguardam a sua ocorrência. Mas quando acontece uma aparente demora - então a fé dos dois grupos é provada.

Repentinamente, à meia-noite - à hora mais escura da história terrestre - eles ouvem um clamor: "Eis o Noivo! Saí ao seu encontro" (Mateus 25:6). Agora torna-se evidente a diferença entre os dois grupos: algumas pessoas não estão preparadas para encontrar o Noivo. Estas virgens "néscias" não são hipócritas; elas respeitam a verdade, a Palavra de Deus. Entretanto, não possuem o óleo - não foram selados pelo Espírito Santo (Apocalipse 7:1 a 3). Esses cristãos se satisfizeram com um trabalho superficial e não se firmaram sobre a Rocha, Cristo Jesus. Eles possuem uma forma de piedade mas estão destituídos do poder de Deus. Ao chegar o Noivo, somente aqueles que estão prontos entram com Ele no salão da festa para celebrar o casamento, e então a porta se fecha. Depois de algum tempo as virgens néscias, que foram comprar mais óleo, retornam e clamam: "Senhor, Senhor, abre-nos a porta!" Mas o Noivo responde: "Em verdade vos digo que não vos conheço" (Mateus 25:11 e 12). Quão triste é pensar que ao retornar Jesus à Terra, pronunciará essas mesmas palavras a alguns que Ele ama. Ele advertiu:

"Muitos naquele dia hão de dizer-Me: 'Senhor! Porventura não temos nós profetizados em Teu nome, e em Teu nome não expelimos demônios, e em Teu nome não fizemos muitos milagres?' Então lhes direi explicitamente: 'Nunca vos conheci. Apartai-vos de Mim, os que praticais a iniqüidade.'" (Mateus 7:22 e 23).

Antes do dilúvio, Deus enviou Noé para alertar o mundo antediluviano da vindoura destruição. De modo similar, Deus está enviando a tríplice mensagem de advertência a fim de preparar o mundo para o retorno de Cristo (Apocalipse 14:6 a 16). Todos os que aceitam a mensagem de misericórdia de Deus regozijar-se-ão diante da perspectiva da Segunda Vinda. Pertence-lhes a certeza:

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"Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro" (Apocalipse 19:9). De fato, "Cristo... aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que O aguardam para a salvação" (Hebreus 9:28).

O retorno do Redentor representa o glorioso clímax da história do povo de Deus. É o momento de sua libertação, de modo que, cheios de alegria e senso de adoração eles exclamam: "Eis que este é o nosso Deus, em que esperávamos... Na Sua salvação exultaremos e nos alegraremos." (Isaías 25:9).

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EXISTE UMA IGREJA VERDADEIRA? Alejandro Bullón

"Pr. Williams Costa Jr.- Pastor Bullón, a pergunta que nos chega, muitas vezes, é: Qual é a verdadeira igreja de Deus, aqui na Terra? Pr. Alejandro Bullón - Pastor Williams, este é um assunto bastante delicado, porque politicamente correto, hoje, é dizer que todas as igrejas conduzem a Deus, que todas as igrejas são verdadeiras. Eu, para ser simpático com o público, gostaria de dizer isto. Porém, a Bíblia é bem clara ao dizer que Deus tem uma igreja nesta Terra. Agora, seria muito pretensioso da minha parte dizer que esta igreja é a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Na verdade, o assunto desta palestra tem como objetivo levar-nos a estudar a Palavra de Deus, a pesquisar a fundo a Bíblia. Porque em nenhuma passagem da Bíblia você encontra um versículo sequer onde se leia que todas as igrejas e todos os caminhos nos conduzem a Deus. Pelo contrário, a Bíblia é clara quando o sábio Salomão diz em Provérbios 14:12: "Há caminhos que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte." Eu sei que não é politicamente correto dizer que só existe uma igreja de Deus, e se você conhecer pelo menos um pouco que seja da Bíblia, você sabe que ao longo da História só existe a igreja de Deus e a igreja que não é de Deus. Desde o Jardim do Éden, desde os primeiros filhos de Adão, por exemplo: Caim, que decidiu não pertencer à igreja de Deus. A Bíblia define desde a Criação os que são filhos de Deus e os que são filhos dos homens: estes são os dois grupos. Quando Jesus esteve nesta Terra Ele apresentou diversos tipos de figuras: por exemplo, as ovelhas e os cabritos. Não são ovelhas, cabritos, girafas, elefantes. Eram somente ovelhas e cabritos, não existe um terceiro ou quarto grupo. Há também outra passagem onde o Senhor Jesus descreve as virgens prudentes e virgens loucas. Ele não diz virgens prudentes, virgens loucas, mais ou menos prudentes ou mais ou menos loucas. Eram somente virgens prudentes e virgens loucas. Outra citação diz trigo e joio. Não diz trigo, joio, centeio, cevada: mas, somente trigo e joio. Em Apocalipse, encontramos a passagem onde existem duas mulheres: a mulher vestida de branco, símbolo da igreja de Deus, e a mulher vestida de vermelho, símbolo da igreja que não é de Deus. Portanto, por mais que seja politicamente incorreto e por mais que seja desagradável dizer o que estou dizendo, a Bíblia ensina que Deus só tem uma igreja nesta Terra. A pergunta é a seguinte: qual? Pr. Costa Jr. - Muitas pessoas dizem o seguinte: "- Todas as religiões levam a Deus. A minha religião é fazer o bem para os outros, é não desejar o mal para ninguém. Isto é o que Deus está querendo de mim. Pastor, é assim mesmo ou as pessoas têm uma necessidade de pertencer a uma igreja, fazer parte de uma congregação? Qual é o plano de Deus e o que diz a Bíblia sobre isto? Pr. Bullón - Vamos ver no Evangelho segundo São Mateus 7:21, 22 e 23 que diz assim: "Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em Teu nome, e em Teu nome não expelimos demônios, e em Teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade." Qual é o pensamento central deste texto? É que não basta crer em Jesus, não basta louvar o nome de Deus, não basta fazer obras de caridade, não basta amar o próximo, não basta dizer Senhor, Senhor! Porque naquele dia, como diz o texto bíblico, "Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai." Aqui está um grupo de pessoas que tendo dito: Senhor, Senhor, se perderam. E por que se perderam? Porque foram adúlteros, fornicadores, feiticeiros, assassinos, ladrões, seqüestradores, prostitutas, homossexuais? Não! Eles não estão se perdendo por isto, pelo contrário, eles argumentam com Jesus. Porque eles dizem: não expulsamos demônios em Teu nome, em Teu nome não fizemos milagres, em Teu nome não profetizamos, portanto, estas pessoas não fizeram nada de moralmente errado, apenas não fizeram uma coisa: não fizeram a vontade do Pai. Este é um versículo que me faz tremer. Quer dizer, então, que eu penso que estou amando a Jesus, que estou seguindo ao Senhor Jesus, que estou pregando o Senhor Jesus, a Sonete cantando o Senhor Jesus e todos nós podemos estar completamente errados? Pois é o que o Senhor Jesus diz: "Naquele dia Ele dirá: não vos conheço, não sei quem sois." E diremos: "Mas, nós falávamos de Ti, nós acreditávamos em Ti, pertencíamos a uma igreja que falava de Ti." E Ele dirá: "Não vos conheço."

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Pr. Costa Jr. - Pastor Bullón, quais são as características da igreja verdadeira, segundo a Bíblia? Porque a Palavra de Deus deve dar alguma luz sobre as características desta igreja, para que nós saibamos, não é? Pr. Bullón - Em Apocalipse 12:1: "Viu-se um grande sinal no céu, a saber, uma mulher vestida do sol com a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça." Nem eu não preciso explicar muito e ninguém precisa entender muito de profecias para saber que estou falando da igreja de Deus. A igreja de Deus, desde o Jardim do Éden, quando Deus falou à serpente: "Porei inimizade entre ti e a mulher."(Gênesis 3:15). Não era a mulher Eva, mas a igreja. Biblicamente, mulher significa igreja. "Tu lhe ferirás o calcanhar, mas esta te ferirá na cabeça."(Gênesis 3:15). Aqui já surgia a igreja de Deus. E no capítulo 12 já está descrita a igreja de Deus. Como a igreja de Deus foi perseguida, maltratada e como, em um período da História, esta mesma igreja esteve escondida nos desertos, nas covas. Qual é o delito desta igreja de Deus, para ser perseguida? O único delito era obedecer a Bíblia e unicamente a Bíblia. Queridos, aqui está uma coisa muito delicada: a igreja verdadeira de Deus fundamenta seus ensinamentos unicamente na Palavra de Deus. E porque esta igreja verdadeira, em um período da História, não aceitou ensinamentos vindos de homens, foi perseguida, foi declarada como herege porque não aceitou o que a Santa Madre Igreja disse. De acordo com a Palavra de Deus, nenhuma igreja tem poder para determinar o que aconteceria aos seres humanos, portanto, se a Palavra de Deus é a única fonte de fé e doutrina da verdadeira igreja de Deus, como a minha igreja pode um dia se reunir e dizer: "Esta parte da Bíblia não vale." Ou então: "A partir de hoje nós vamos aumentar um mandamento ou vamos retirar outro mandamento." Que autoridade tem alguma igreja, ou até mesmo a igreja Adventista, para fazer isto? Ninguém tem esta autoridade. Se eu sou um homem sincero, vou procurar a igreja de Deus e descobrir a igreja que tem a lua embaixo de seus pés. A lua reflete o sol. O sol é a justiça. Deus é a justiça. Jesus é a justiça. O que reflete a luz do sol? Reflete a Sua Palavra, Seus ensinamentos. A igreja de Deus tem fundamentados os seus pés unicamente na Palavra de Deus. Não na tradição, não no que a igreja diz, não no que o pastor diz, não no que um grupo de pastores diz, não o que o Sinédrio diz, mas unicamente no que a Palavra de Deus diz. E aqui, na parte final da descrição da igreja de Deus, leiamos Apocalipse 12:17: "Irou-se o dragão contra a mulher e foi pelejar com os restantes da sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus." Isto quer dizer que hoje, se quisermos encontrar a verdadeira igreja de Deus, temos que procurar a igreja que crê em Jesus, acredita em Jesus, prega a Jesus, que relaciona sua vida com Jesus, mas que ao mesmo tempo, obedece aos Mandamentos de Deus, nesta Terra. Pr. Costa Jr. - Uma pessoa nos perguntou: "Por que eu tenho que fazer parte de uma igreja? Eu posso ler a minha Bíblia sozinho, fazer as minhas orações, fazer o bem para as pessoas. Por que eu tenho que fazer parte de uma igreja?" O que a Bíblia diz sobre isto, Pastor? Pr. Bullón - No Velho Testamento, Deus tinha o povo de Israel. Este povo tinha como função, refletir o caráter de Deus para o mundo daquele tempo. As pessoas deveriam se dirigir ao povo de Israel para ter conhecimento do verdadeiro Deus. O povo de Israel, desgraçadamente, fracassou. Então, Jesus veio e estabeleceu a Sua igreja sobre doze discípulos. Esta igreja de Deus foi crescendo e Jesus deu uma ordem a ela: "Portanto, agora ide e fazei discípulos a toda nação, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinando-os para que guardem todas estas coisas." (Mateus 28:19 e 20). Alguma coisa, no decorrer da História, ocorreu com esta igreja. O que nós precisamos saber para identificar a igreja verdadeira? Que a igreja diga: "Eu sou a igreja de Deus?" Não. Nenhuma igreja pode dizer: "Eu sou a igreja de Deus." Mas, quem tem direito de dizer que é a igreja de Deus? Somente a Palavra de Deus! Portanto, a igreja de Deus é aquela que toma a Bíblia e obedece à Bíblia. Agora, Deus é um Deus de organização e logicamente, a igreja de Deus nesta Terra, terá que estar organizada. O dever do cristão é procurar, através da Bíblia, qual é a igreja que respeita os princípios de Deus, que quer obedecer a Deus, porque aqui em Isaías há uma profecia muito, muito interessante. Isaías 4:1 diz que nos últimos dias: "Sete mulheres, naquele dia, lançarão mão de um homem, dizendo: Nós mesmas do nosso próprio pão nos sustentaremos e do que é nosso nos vestiremos; tão somente queremos ser chamadas pelo teu nome; tira o nosso opróbrio." Biblicamente, mulher quer dizer igreja; homem simbolicamente significa Jesus, nas profecias tudo é simbólico. Aqui está uma das coisas mais duras da Bíblia. Muitas igrejas lançarão a mão de Jesus e dirão: "Vamos comer do nosso próprio pão." O que é pão? Leia em Mateus 4:4: "...Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus." Qual é o pão espiritual? A Palavra de Deus. Mas, estas igrejas vão a Jesus e dizem assim: "Nós comeremos do nosso próprio pão. Não queremos o Teu pão. Guarda a Tua Bíblia. Nós não o queremos. A única coisa que queremos é o Teu Nome. Queremos ser chamados de igreja cristã. Queremos ser chamados de igreja de Deus, no entanto, não queremos o Teu pão. Portanto, leve a Tua Bíblia." Há igrejas que obedecem qualquer coisa, a qualquer tradição, menos à Palavra de Deus. Então, devemos ter muito cuidado e este programa deveria servir como um desafio espiritual para que as pessoas sinceras, naturalmente, procurem a Palavra de Deus e verifiquem se aquilo que elas

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querem está na Bíblia. Por que existem então tantas igrejas, se existe somente uma Bíblia? Eu lhe explico, de uma maneira bem interessante, provocando até um pouco de riso: uma pessoa abre a Bíblia, está escrito 'branco'. Está claro: b-r-a-n-c-o, branco. Não tem como negar que está escrito branco. Mas, a pessoa fecha a Bíblia e diz assim: "Sim, eu sei que está escrito branco, mas o branco é uma cor que não tem vida; o azul fica mais bonito. Então, fecha a Bíblia e diz: "Embora esteja escrito branco, vai ser azul." Aí aparece a igreja do azul. Então vem outro, abre a Bíblia: branco. Está escrito branco, não tem como negar. Fecha a Bíblia e diz assim: "Tudo bem, está escrito branco, mas Jesus morreu na cruz (e é verdade que Ele morreu na cruz). O sangue de Jesus é vermelho (e isto também é verdade). E já que o sangue de Jesus é vermelho, então vai ser vermelho." Mas isto não é verdade. Está escrito branco, mas fazem uma dedução, outra dedução, e chegam à conclusão de que é vermelho. Porém, se você abre e lê na Bíblia está escrito branco, não há como discutir. Então, aparece a igreja do vermelho. Já temos a igreja do azul e aparece a igreja do vermelho. Vem outro, abre a Bíblia, está escrito branco, não tem como negar. Reúne-se e diz: "Mas a Santa Madre Igreja diz que não é branco, é verde." Mas a Santa Madre Igreja não é autoridade! A única autoridade dos seres humanos é a Palavra de Deus, não é a Santa Madre Igreja Adventista, ou nenhuma Santa Madre Igreja. A única autoridade é a Palavra de Deus. Agora, se todos os seres humanos fossemos humildes e pegássemos a Bíblia e a lêssemos e obedecêssemos o que a Bíblia diz, haveria uma só igreja, que seria a igreja da Bíblia. E o desafio é: aquilo em que você crê está fundamentado na Palavra de Deus? Você tem base para crer naquilo que crê? Pr. Costa Jr. - Eu acho que não há dúvida de que nós temos que estar enraizados na Palavra de Deus. O objetivo do programa é que você viva baseado naquilo que está escrito, porque nada, ao longo dos séculos, pode superar a autoridade do que disse o Senhor através da Sua Santa Palavra. Que este programa leve você à reflexão na Bíblia, ao estudo, ao aprofundamento, mais do que fazer parte de uma igreja, mas que você tenha consciência de que acima de tudo, a nossa vida deve estar em humildade e em submissão ao Senhor Deus, soberano do Universo. E se o Espírito Santo falar ao seu coração, se a Palavra de Deus lhe convencer, aí sim, você tome uma decisão. Mas, tome uma decisão não porque seres humanos, pastores, seja lá quem for, esteja persuadindo, forçando ou mesmo tentando iludir você. E que Deus esteja com você e que Seu Espírito fale ao seu coração e que a Palavra de Deus seja exaltada. Pastor Bullón, o senhor poderia orar? Pr. Bullón - Sim, mas antes de orar, eu gostaria de contar uma pequena história: "Um garotinho de uns dez anos estava vendo sua irmã mais velha, de quinze anos, cortando a carne em forma de círculos, mas a assadeira era em forma retangular. O garotinho perguntou: "Minha irmã, se a assadeira é retangular, por que você está cortando a carne redonda?" Ela respondeu: "Eu não sei, a mamãe faz assim sempre." Então, o garoto foi onde a mãe estava: "Mãe, por que você corta a carne redonda, se a assadeira é retangular?" A mãe respondeu: "Eu não sei, meu filho. A minha mãe já fazia assim. Pergunte a ela." O garoto foi até a avó: "Minha avó, não estou entendendo as mulheres desta família, se a assadeira é retangular por que todo mundo corta a carne redonda?" A avó respondeu: "Meu filho, eu sinceramente não sei lhe responder. A minha mãe fazia assim, por isso eu faço." Por sorte do garoto a bisavó ainda vivia, e ele foi até ela e perguntou: "Bisa, me responda: se a assadeira é retangular, por que todas as mulheres desta casa cortam a carne redonda?" E a bisavó disse: "Filho, o problema é que quando eu era jovem, só havia uma assadeira, que era redonda, para que a carne coubesse eu cortava a carne redonda. Agora, porque a minha filha, a minha neta e a minha bisneta fazem isto, eu não sei!" Então, nesta vida, às vezes fazemos as coisas e nunca paramos para pensar: por que faço isto, por que creio naquilo, por que penso assim? Porque meu pai disse, meu avô disse, porque meu bisavô disse, porque meu pastor disse? Muito bem, eu sou o seu pastor e não acredite no que estou falando, se eu não comprovar que está escrito o que estou falando. Por isso que sempre terminamos o programa dizendo: "... está escrito." Confira se aquilo que falamos está realmente escrito na Palavra de Deus. Que Ele o abençoe.

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POR QUE TANTAS DENOMINAÇÕES? George Vanderman

"Nos alpes do norte da Itália e ao sul da Suíça encontramos picos cobertos de neve em sua maravilhosa majestade, vales ricos em verde regados por límpidos regatos, enormes planícies acarpetadas de perfumadas flores silvestres e pomares e vinhedos repletos de deliciosos frutos. Esse é um território de Deus, quase o Céu na Terra. Mas uma coisa trágica aconteceu nesses alpes há muitos anos. A neve se tornou vermelha de sangue - o sangue do povo de Deus. Uma história comovente, e ao mesmo tempo inspiradora, nos aguarda. Além dela, também conhecemos uma fascinante profecia bíblica sobre os resgatadores da verdade negligenciada. Por que tantas denominações? Você já fez a si mesmo essa pergunta? A resposta não é difícil de se achar. Faremos uma pausa no exame das Igrejas individualmente para descobrir uma profecia no centro do livro de Apocalipse, que acabará com a confusão que muitas pessoas têm quando diante de tantas e diferentes "estradas para o Céu." Comecemos o estudo nos alpes onde, há muitos anos, viveu um povo gentil chamado os Valdenses. Por muitos séculos, eles mantiveram a luz da verdade brilhando no meio das trevas espirituais. Os Valdenses preservaram a antiga fé entregue aos santos por Jesus Cristo em pessoa e pelos apóstolos; a fé que havia sido negligenciada e mal utilizada pelos líderes religiosos. Agora, quero lhe fazer uma pergunta: a erosão da fé pela Igreja Cristã o surpreende? Afinal, os registros do Velho Testamento mostram uma ligação contínua com a apostasia. E o Novo Testamento predisse que a história se repetiria. Mais uma vez, um afastamento constante da verdade iria corromper a verdadeira fé. Os apóstolos Pedro e Paulo foram alertados disso. Bem, o livro de Apocalipse também predisse as lutas do povo de Deus durante a Era Cristã. "E viu-se um grande sinal no céu; uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça. E estava grávida, e com dores de parto, e gritava com ânsias de dar à luz." Apocalipse 12:1 e 2. Ora, quem é essa mulher? Bem, na Bíblia, Deus usa muitas vezes o símbolo da mulher para representar a Igreja. Uma mulher pura representa Seus sinceros seguidores, e uma mulher imoral representa o cristianismo caído. Portanto, esta mulher pura de Apocalipse 12 deve representar o povo fiel de Deus. E a mulher estava grávida. Logo, uma criança está sendo atacada. "E viu-se outro sinal no céu, e eis que era um grande dragão vermelho... e o dragão parou diante da mulher que havia de dar à luz, para que, dando ela à luz, lhe tragasse o filho." Apocalipse 12:3 e 4. O dragão é Satanás, o inimigo mortal da Igreja. Lembre-se como Satanás, trabalhando através de Herodes, o Imperador Romano, tentou destruir Cristo matando todos os bebês do sexo masculino em Belém? Mas o menino Jesus escapou com Sua mãe, Maria, e José. Você conhece a história. Depois que Cristo cresceu e começou Seu ministério, o inimigo O atacou com uma nova estratégia. Ele abordou o Senhor no deserto com várias tentações ardilosas. Mas Jesus não traiu Sua fé. Enfurecido, Satanás tentou ainda outra tática. Ele atraiu os líderes religiosos com seus enganos. Assim que obteve o controle da liderança religiosa da época, o inimigo usou os líderes para perseguir Jesus. Eles aparentemente venceram Cristo na cruz, mas Ele ressurgiu vitorioso do túmulo para ascender ao trono de Deus. "E deu (a Igreja) à luz um Filho, um varão que há de reger todas as nações com vara de ferro; e o seu Filho foi arrebatado para Deus e para o Seu trono." Apocalipse 12:5. O diabo ficou totalmente frustrado em seus ataques ao Filho de Deus. Assim, decidiu voltar-se contra a mulher, a Igreja. Ele atacou o povo de Deus com a mesma estratégia que havia usado contra Jesus. A história se repetia de uma maneira incrível. Primeiro, o diabo tentou matar a Igreja iniciante. Ele usou os líderes romanos como seus agentes, como havia feito contra o menino Jesus. Mas, apesar da feroz perseguição de Nero e seus sucessores, o cristianismo sobreviveu e cresceu. Satanás percebeu que não poderia destruir o povo de Deus pela violência. Assim, o inimigo se aproximou da Igreja com tentações sutis. Ele pretendia atrair os líderes fazendo concessões em sua fé. Muitos

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recusaram-se a ceder, permanecendo fiéis ao Senhor, como Jesus tinha sido quando tentado. Mas o inimigo conseguiu mais uma vez manipular os líderes religiosos da época. E, como no tempo de Cristo, a verdade ficou enterrada na tradição. O povo fiel de Deus, ao recusar participar da apostasia, foi marcado para morrer, como Jesus tinha sido. A história registra o fato trágico. Você pode encontrá-la em qualquer biblioteca. Os líderes religiosos martirizaram milhões de crentes sinceros sem nenhum crime, a não ser o de seguir a Palavra de Deus. Durante muitos séculos, os santos tiveram que viver escondidos. "E a mulher fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por Deus para que ali fosse alimentada durante mil duzentos e sessenta dias." Apocalipse 12:6. Há uma profecia de tempo, um período de perseguição durando 1.260 dias. Esses dias são literais ou simbólicos? É bom lembrar que o livro de Apocalipse lida com símbolos. Lembre-se também que a perseguição durou muitos séculos, muito mais que os 1.260. Mas na profecia simbólica, um dia representa um ano. Por isso, provavelmente sejam 1.260 anos. Isso é o que os reformadores ensinaram. Martinho Lutero e outros acreditavam que esse período de tempo representava 1.260 anos de opressão sobre a Igreja na Idade Média. A história confirma isso. No século seis, a Igreja foi influenciada pelo Imperador Justiniano ao expedir um decreto retirando toda a proteção aos hereges, como eram chamados os fiéis seguidores de Deus. Essa perseguição tinha atingido uma fúria incontrolável em 538 d.C. Somando 1260 anos com 538 isso nos leva a um pouco antes da nossa época: o ano de 1798. Exatamente nesse ano, Napoleão interrompeu o poder que vinha oprimindo os fiéis. Assim durante os séculos negros, como a profecia de Apocalipse (Apocalipse 16:23) predisse, o povo de Deus foi para os esconderijos. As montanhas dos alpes e de outros lugares remotos da Terra a protegeram a Igreja. Ela sobreviveu. Embora tenha ficado bem fraca, às vezes, a luz da verdade jamais se apagou por completo. Os Valdenses adoravam a Deus em uma capela secreta chamada "Chiesa de La Tanna", que quer dizer "Igreja da Terra". Só se consegue descer o túnel rochoso que leva ao salão de reuniões da Igreja apoiando-se nas mãos e nos joelhos. Nessa mesma caverna, camuflada pela Natureza, os Valdenses por muitos anos adoraram a Deus. Mas chegou finalmente o dia em que um grupo deles foi cercado por soldados que fizeram uma fogueira na abertura. O oxigênio foi consumido e os Valdenses cantaram louvores a Deus até deixarem de respirar. Estavam felizes por darem a vida em vez de renunciar à fé. Ninguém sabe quantos crentes verdadeiros derramaram seu sangue durante o longo exílio da Igreja no deserto. Mas, assim como Deus cuidou do Seu Filho, Ele também preservou Seu povo. E como Jesus saiu do túmulo vitorioso, a igreja finalmente emergiu de sua hibernação no deserto. A palavra Igreja, aqui, não significa Denominação Luterana, a Denominação Batista ou a Denominação Adventista. No Novo Testamento, a palavra Igreja, do termo grego Ecklesia, quer dizer simplesmente "os escolhidos". Você gostaria de ser um dos escolhidos de Deus? Suponhamos que você esteja em pé ao lado de uma colina vendo uma enorme planície numa extensão de quilômetros. Você nota uma estrada de ferro cruzando a planície e desaparecendo em um túnel. De repente, você ouve o som de um trem se aproximando. Uma enorme locomotiva antiga com dois vagões de passageiros passa velozmente. Agora, se a locomotiva, com seus belos vagões, desaparece num lado do tunel, você não esperaria que a mesma locomotiva, com os mesmos vagões, saísse do outro lado? É claro que sim. E se a locomotiva, com os dois belos vagões de passageiros, entrar por um lado da montanha, e do outro lado sair um trem diesel moderno puxando vários vagões? Você ia dizer: "Aconteceu algo com o trem dentro do túnel." E você estaria certo. Vamos esquecer os trens por um momento e imaginar que a verdadeira Igreja começasse a seguir o caminho do tempo no início da Era Cristã. Visualize a Igreja de Apocalipse 12 com sua fé pura viajando pelos séculos. E ali pelo ano 538 tornou-se necessário, a fim de preservar sua fé, que ela se

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escondesse. Por isso, ela desaparece no túnel do deserto por mais de mil anos. Você não esperaria que a mesma Igreja emergisse do túnel do deserto ensinando a mesma mensagem que os primeiros cristãos ensinaram? E se do túnel não saísse uma Igreja, mas muitas igrejas, muitas denominações diferentes? Você diria que alguma coisa devia ter acontecido dentro do túnel e você estaria certo. A história da Igreja revela que algo perturbador aconteceu durante a Idade Média. A verdade sofreu, se fragmentou mas sobreviveu. Temos notado como Deus interveio para restaurar a verdade negligenciada, parte por parte. Como Ele levantou reformadores, um por um, para trazer de volta a verdade que tinha sido esquecida durante os longos séculos no deserto. Martinho Lutero apareceu em cena para restaurar a pulsação do cristianismo. E a Reforma começou e mas ela só terminou no século 16. A luz apenas começava a surgir no deserto do túnel. Francamente, poderíamos esperar que todas as verdades escondidas por tanto tempo poderiam ser recuperadas de imediato? Não, provavelmente não. Lutero redescobriu que o perdão vem pela fé somente em Jesus Cristo. E assim temos a Igreja Luterana. Mas a importância de algumas outras verdades não foi vista claramente por Lutero. Algumas dessas verdades negligenciadas vieram depois, como o Batismo por imersão, que foi recuperado pelos Anabatistas. Os Anabatistas se aproximaram dos grandes estudiosos protestantes e tentaram convencê-los a aceitar essa nova luz, mas eles não aceitaram. Assim, nasceu a Igreja Batista. E, quando outras verdades vieram através de Wesley, as Igrejas estabelecidas as recusaram. Isso fez nascer os Metodistas. A história continua assim. É a triste tendência humana de confiar no passado, traçar um círculo em torno das crenças e chamá-las de credo. Esses credos originais ajudaram a reinstalar os alicerces do Cristianismo. Mas eles não fizeram provisão para a luz futura. Por isso, temos tantas denominações hoje. "Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito." Provérbios 4:18. Você pode ver o que Deus está tentando fazer com o Seu povo? Ele quer preservar cada raio de luz que cada reformador guardou tão cuidadosamente, acrescentando a ele novas verdades descobertas que também haviam se perdido através dos séculos. Ele quer apresentar essa mensagem em toda a sua beleza original ao mundo tão desesperadamente necessitado. E isso vem acontecendo. Lenta, mas seguramente, as verdades escondidas na confusão da Idade Média estão surgindo. Conforme as verdades adicionais são recuperadas, outros movimentos têm passado a existir; cada um liderando nova luz redescoberta. Vamos agora ler Apocalipse 12:17: "E o dragão (Satanás) irou-se contra a mulher (a igreja), e foi fazer guerra ao resto da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo." Temos uma descrição do último dia do povo de Deus. Lembre-se, não estamos falando especificamente sobre denominações, mas sobre o povo de Deus. Você notou quais são as marcas gêmeas? Guardar os mandamentos de Deus e a fé em Cristo. Os Dez Mandamentos poderão conter alguma verdade negligenciada? Não. E quanto ao quarto mandamento? Ele não é uma verdade muito negligenciada? Você já notou que o quarto mandamento, o que trata do sábado, é diferente dos outros? Nove dos mandamentos nos dizem o que devemos fazer para Deus e para o nosso próximo. Mas o mandamento do sábado nos diz o que Deus fez por nós. Ele nos convida a partilhar do descanso merecido por Deus por Sua obra. "Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra, mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; não farás nenhuma obra... porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra... e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou." Êxodo 20:8-ll. O sétimo dia, o sábado, nos convida a celebrar a obra de Deus como nosso Criador. E há uma outra razão por que adoramos a Deus, uma outra razão para santificarmos o sétimo dia. Vamos reverentemente até o calvário. É tarde de sexta-feira, perto da hora de saudar o sábado. Jesus,

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pendurado na cruz, relembra tudo o que fez por nossa salvação. Agonizando, Ele proclama: "Está Consumado!" Missão cumprida! Humanidade redimida. Outra vez, Jesus descansa no sábado em homenagem à Sua obra terminada, exatamente como fez após a criação. Só que dessa vez, descansa no túmulo. E, depois do descanso do sábado, Cristo levanta e se eleva ao o trono dos Céus. A idéia de adorar no sábado, o sétimo dia, pode ser nova para você. Ou você pode ter ouvido dizer que a guarda do sábado é legalista. Porém, nada poderia estar mais longe da verdade. A palavra sábado quer dizer descanso. É o oposto de trabalho. Cada semana, o sábado nos diz para nos afastarmos das obras humanas e descansar nas obras de Deus por nós. E isso é o Evangelho! Sem o descanso do sábado, a obediência à lei de Deus se torna legalista. Jamais esqueça disso: não somos salvos por guardar a lei de Deus. Somos salvos por descansarmos em Cristo. Isso é o Evangelho! E é também a mensagem do sábado. Entre os deveres essenciais esboçados na lei, o sábado nos oferece descanso nas obras de Cristo por nós. Agora entendemos por que Jesus proclamou-Se "Senhor do Sábado". Mostramos fé em Jesus, nosso Criador e Redentor, descansando no sétimo dia. Então já que o sétimo dia, que chamamos de sábado, é o dia de culto do Senhor, por que muitos cristãos guardam o primeiro dia da semana, o domingo? Bem, você sabe que a Igreja da Idade Média, sem autorização das Escrituras, assumiu a responsabilidade de mudar o sábado para o domingo. Por volta do século 16, alguns cristãos fiéis ainda guardavam o sétimo dia. Um grupo de Anabatistas, por exemplo, observava o sábado, apesar da feroz perseguição. Mas, finalmente, a verdade negligenciada e quase esquecida sobre o sábado, o sétimo dia, foi recuperada. Desde o século 19, milhões de cristãos ao redor do mundo têm começado a adorar no sábado da Bíblia. Que herança Deus tem para nós hoje? Destacando as verdades vitais recapturadas pelos grandes reformadores e nos gloriosos momentos finais da Reforma, ainda redescobrimos verdades. Não devíamos todos continuar avançando em direção da luz? Que desafio para o cristão! E agora, quando nos aproximamos do final, quero contar uma linda história que ocorreu não faz muito tempo. Um menino apascentava as ovelhas do pai. Não muito distante dali, naquele vale, um garoto vizinho apascentava as ovelhas do seu pai. Bem, os garotos ficaram muito amigos. Um dia, uma forte tempestade chegou de repente, e os garotos com suas ovelhas se refugiaram em uma grande caverna. Quando a tempestade passou e era hora de eles irem para casa, surgiu um problema. Eles não conseguiam separar as ovelhas. Eles conheciam algumas, mas tinham dúvida sobre outras. Finalmente, desesperados, com medo de apanhar de seus pais, eles foram para casa. Um seguiu por uma trilha e outro por outra. E o que você acha que aconteceu? Sim, as ovelhas se separaram sozinhas, cada uma seguindo seu próprio pastor. Você é uma das ovelhas de Cristo? Você é se O seguir quando Ele revela a verdade em Sua palavra, seja qual for essa verdade. E você pode tomar essa decisão perante o Senhor agora mesmo.

ORAÇÃO Querido Deus, obrigado por revelar provas de um grande designo, introduzindo-nos aos estágios finais do grande conflito entre Cristo e Satanás, no qual Jesus e sua verdade serão vitoriosos. Temos buscado em companhia de crentes de diversas religiões, as verdades esquecidas, a fim de estarmos preparados para aquele dia final. Nós agradecemos pelo que temos aprendido e fazemos de Jesus o nosso Salvador através de uma decisão pessoal agora mesmo. Em nome de Jesus nós pedimos. Amém.

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O SEGREDO DE FÁTIMA George Vanderman

""Este é o santo padre," anunciou Mikhail Gorbachev, ao apresentar o papa João Paulo II à sua esposa .O presidente soviético acrescentou solenemente, "estamos aqui com a mais elevada autoridade religiosa do mundo". Palavras incríveis vindas do líder mais poderoso do comunismo. O sorridente pontífice respondeu, "tenho certeza que a divina providência preparou o caminho para esta reunião." Inacreditável, inconcebível, sem precedentes! Não há palavras para descrever nosso espanto com esta conferência de paz entre dois rivais poderosos! Mas milhões de católicos suplicantes não ficaram surpresos. Eles estavam esperando por um encontro assim há décadas, por causa da profecia secreta de Fátima. "Os dois homens têm muito em comum. Ambos são líderes mundiais carismáticos. Ambos são eslavos. Ambos foram batizados enquanto bebês e cada um estudou teatro na juventude. Ambos subiram através de organizações hierárquicas até posições de enorme influência internacional. Mas um é papa, chefe da maior igreja da cristandade; o outro era o líder da União Soviética, que já foi o maior estado ateísta militante do mundo". Estas palavras são da revista Newsweek, que descreveu a reunião entre o presidente Gorbachev e o papa João Paulo II com palavras de perspicácia. Foi o primeiro encontro face a face entre líderes do Kremlin e do Vaticano. Os dois conversaram à sós em russo antes de reunir seus assessores para mais conversas. A reunião durou quase uma hora e meia, e quando ela acabou, eles anunciaram vários acordos. O pontífice abençoou a "Perestroika", apoiando o presidente Gorbachev e sua reestruturação da sociedade soviética. Gorbachev, por sua vez, saudou as relações diplomáticas com o Vaticano e levantou a possibilidade de uma visita do papa à União Soviética. Na noite anterior, o presidente Gorbachev havia surpreendido os repórteres ao reconhecer a falta de religião em sua nação. "Precisamos de valores espirituais," ele confessou, "precisamos de uma revolução da mente... "Já mudamos nossas atitudes perante algumas questões, como a religião, que nós, sem dúvida, tratávamos de forma simplista... Agora não somente acreditamos que ninguém deve interferir em assuntos de consciência individual, mas também achamos que os valores morais que a religião incorporou durante séculos, podem nos ajudar no trabalho de renovação do nosso país." Palavras surpreendentes! Alguns ouvintes ficaram imaginando, se o líder soviético era de fato um comunista. A declaração do presidente Gorbachev, sobre a importância da religião, preparou o clima para sua reunião com o papa no dia seguinte. Os dois saíram da biblioteca papal como se fossem velhos amigos. Apenas um ano antes, poucos observadores de assuntos internacionais poderiam imaginar que uma reunião desta seria possível. O florescimento da democracia e da religião na Europa Oriental surpreendeu o mundo. Mas milhões de católicos romanos em todo mundo esperam há muito tempo por um renascimento da religião atrás da Cortina de Ferro. Esta confiança baseia-se num acontecimento que ocorreu em 1917, nos arredores da cidade de Fátima em Portugal. Três crianças pastoras estavam cuidando de seu rebanho por volta do meio dia, no dia 13 de maio. Era um dia claro, de repente elas viram um flash de luz. Amedrontados, começaram a fugir. Mas então viram a forma de uma bela mulher jovem. Esta personagem sobrenatural, que se identificou posteriormente como sendo a virgem Maria, a mãe de Cristo, e declarou que trazia uma mensagem de grande importância para a Igreja Católica. Durante o tempo de seis visitas às crianças, ela revelou informações sobre o futuro do mundo e da igreja. Você já ouviu falar nestes fenômenos em Fátima? Os protestantes surpreendentemente não têm consciência deles e da importância profética que milhões de católicos atribuem à eles. Muitos livros e artigos já foram escritos sobre Fátima, há inclusive um filme ganhador de um prêmio Emmy. Alguns eruditos católicos chegaram a afirmar que o que ocorreu em Fátima é o evento espiritual mais significativo deste século. Bem, qual é a mensagem de Fátima? Parte dela ainda é segredo, mas eis o que é conhecido daquilo que as crianças pastoras ouviram. Ouça cuidadosamente: "a guerra, isto é, a primeira guerra mundial, terminará. Mas se as pessoas não pararem de ofender a Deus, uma guerra ainda pior poderá começar...E Deus irá punir o mundo por seus crimes através da guerra, da fome e da perseguição da Igreja e do santo padre. Se as pessoas não pararem de ofender a Deus, a Rússia irá disseminar pecados no mundo inteiro, e os bons se tornarão mártires. Várias nações serão destruídas, mas no

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fim, a Rússia irá se converter e um certo período de paz será dado ao mundo". Depois veio uma mensagem secreta especial somente para o papa. Nenhum pontífice jamais a revelou publicamente, mas pessoas de dentro do Vaticano relatam secretamente que ela prevê uma calamidade terrível com a qual Deus irá levar o mundo ao arrependimento. Bem, isto poderá vir junto com uma tentativa de assassinato do papa. Bem, esta realmente era uma mensagem muito séria para três crianças comunicarem! A mensageira sobrenatural prometeu voltar no futuro e esclarecer as mensagens. Ela também disse às crianças que no dia 13 de outubro, ela iria fazer um milagre dramático em público para comprovar a veracidade de suas mensagens. E foi assim que aconteceu. De acordo com vários artigos de jornais, no dia 13 de outubro de 1917, uma multidão vigilante de 70 a 80 mil pessoas afirmou ter visto um milagre no qual o sol parecia estar dançando. Se isto de fato aconteceu, não sabemos. Mas outros elementos da profecia de Fátima se realizaram sem sombra de dúvida. A Rússia de fato se tornou uma potência mundial, espalhando os pecados do ateísmo por toda parte. E houve outra guerra terrível, pior do que a primeira, da maneira prevista. E em nossa geração, o evento mais dramático ligado à Fátima foi a tentativa de assassinato do papa João Paulo II. E aconteceu, por sinal, no dia 13 de maio de 1981, o dia exato da suposta aparição em Fátima. Dezenove minutos depois das cinco naquela tarde, o pequeno papamóvel branco estava circulando a praça de São Pedro no meio de uma multidão que acenava e aplaudia. Ninguém percebeu quando uma bolsa foi aberta. Ninguém viu aquela mão pegando a pistola browing preta de dentro da bolsa. De repente ouviram-se tiros e o sorridente homem de branco fez uma expressão de dor. Seus ombros largos viraram e caíram lentamente. A alegria virou desespero. Em uma dúzia de línguas, o grito de terror soou pela multidão: "o papa foi baleado!", "o papa foi baleado"! O sangue vivo jorrava do ferimento aberto. Uma corrida para a vida até o hospital Gemelli começou. Uma cena de horror intenso. Morbidamente pálido e quase inconsciente, João Paulo sussurrou, "por quê fizeram isto?" Obviamente, alguém queria calar o papa, mas quem? As provas demonstraram que o assassino não agiu sozinho. Uma série de pistas o ligou a comunistas da Europa Oriental. Bem, o motivo pelo atentado nunca foi totalmente esclarecido, mas certamente era silenciar a maior ameaça ao comunismo internacional. Desde aquele atentado no dia 13 de maio de 1981, o papa tem comentado diversas vezes, sobre o fato dele ter ocorrido no aniversário da aparição de Fátima. E no dia 13 de maio de 1982, um ano depois, o papa João Paulo II fez uma peregrinação até Fátima. Lá, cercado por uma multidão de um milhão e meio de celebrantes, ele agradeceu à senhora de Fátima por preservar sua vida. O que irá acontecer agora? Os estudiosos de Fátima prevêem que os dramático envolvimento entre o Kremlin e o Vaticano são apenas o começo do que está por vir. Eles prevêem mais, muito, muito mais. Na verdade, eles acreditam que a União Soviética se tornará de fato uma nação cristã. E antes que isto aconteça, de acordo com a profecia de Fátima, o papa tem que fazer um apelo público específico pela conversão da União Soviética. Depois disto o milagre não tardará a chegar. Isto é o que milhões de cristãos católicos acreditam que irá acontecer muito em breve. Bem, agora que conhecemos a mensagem de Fátima, ninguém pode negar que a profecia tem sido incrivelmente cumprida até agora. Mas será que isto prova que veio de Deus? Talvez aquelas crianças tenham visto um ser sobrenatural, mas será que era mesmo a virgem Maria, ou um impostor? Um impostor! Como é que seria possível? Observe este surpreendente aviso em II Coríntios capítulo 11 verso 14: "e não é de admirar; porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz." Incrível mas verdadeiro, Satanás se disfarça em anjo de luz. O mesmo demônio que apareceu para Jesus como um anjo no deserto, tenta enganar cristãos inocentes hoje em dia, até crianças queridas. O inimigo da nossa alma é mais cruel do que imaginamos, e muito ardiloso. Eu não duvido da sinceridade e da integridade de ninguém que acredita que a mensagem de Fátima veio de Deus, mas um exame mais minucioso levanta algumas dúvidas. Em 1917, até mesmo o padre da paróquia local de Fátima inicialmente sugeriu que a aparição poderia ser uma manifestação do poder satânico. Será que ele estava certo ao levantar estas dúvidas? Eu lhe pergunto, por que o inimigo não tentaria enganar aquelas crianças, e milhões hoje em dia que aceitam o testemunho delas como palavra de Deus? Lembre-se, só porque algo é sobrenatural não significa que venha de Deus. Em I João 4:1 "Amados, não creiais a todo espírito, mas provai se os espíritos vêm de Deus; porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo". Não podemos acreditar em toda manifestação espiritual, precisamos testar os espíritos. E qual é o teste da Palavra de Deus? Os ensinamentos de Fátima e tudo mais que acreditamos devem estar em

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harmonia com a Bíblia Sagrada para que sejam de fato de Deus. O que é que a Bíblia ensina sobre os eventos do fim dos tempos? Ela prevê uma fraude religiosa maciça em proporções globais, envolvida com uma batalha chamada Armagedom. Vamos ler sobre ela no livro do Apocalipse, capítulo 16, versos 14 e 16: "pois são espíritos de demônios, que operam sinais os quais vão ao encontro dos reis de todo o mundo, para os congregar para a batalha do grande dia do Deus Todo-Poderoso. E eles os congregaram no lugar que em hebraico se chama Armagedom." Esta "batalha do grande dia do Deus Todo-Poderoso", é o conflito final da Terra meu amigo, forças mais que humanas estarão lutando, os exércitos espirituais de Deus e de Satanás entrarão em conflito. Armagedom culmina a grande controvérsia entre o bem e o mal. Bem, o texto disse que espíritos maus que fazem milagres irão reunir os líderes do "mundo todo." E isto inclui a União Soviética, é claro. Evidentemente, até os ateístas lá irão" se reunir", levados pelos milagres inegáveis das agências satânicas. O mundo inteiro será convertido para o culto falsificado, todos menos alguns mais fiéis que dependem somente da Bíblia para terem a verdade. Estas são as questões espirituais envolvidas em Armagedom. Poderá haver conflito físico também, é claro. Recentemente estivemos em Israel, em busca de Armagedom. Bem, quando é que acontecerá esta batalha? A história não nos dá nenhum registro de um lugar chamado Armagedom, mas a Bíblia nos dá algumas dicas. Nosso texto nos diz que a palavra "armagedom" vem do hebraico. Nesta língua, a palavra combina "har", que significa monte, e "magedon", que pode estar ligado a Megido. Portanto o nome Armagedom pode significar o "Monte de Megido". Nos tempos do velho testamento, Megido era uma pequena, mas poderosa fortaleza ao norte de Jerusalém perto da planície de Esdrélon. Na Bíblia em si, esta planície é chamada de Planície de Megido, pode parecer um local adequado para guerras, mas aí lembramos que armagedom não envolve uma planície e sim um monte. Precisamos achar o Monte de Megido. Um monte com um significado espiritual para os exércitos do céu. E como um vulto gigante sobre a paisagem de Megido está o monte Carmelo. Talvez o monte Carmelo resolva nosso dilema. Será que ele representa o monte Megido, o cenário do armagedom? Será que aconteceu alguma coisa no Carmelo que nos ajudaria a compreender Armagedom? Bem, há muito tempo neste monte, o monte Carmelo, Elias promoveu um confronto dramático entre Deus e seus inimigos. O profeta Elias convocou a nação para comparecer neste monte. Ele desafiou todos a julgarem entre os cultos verdadeiro e o falso. Seu apelo dramático está registrado em, 1 Reis 18:21 "...Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; se é Baal, segui-o." Deus ganhou uma grande vitória naquele dia no Carmelo. Ele derrotou os inimigos da Sua palavra, assim como Ele irá derrotá-los mais uma vez e para sempre em Armagedom. Na verdade, o livro comentário internacional sobre o novo testamento explica, " har, h - a - r, har" - magedom, simboliza a destruição final de todas as forças do mal, com a força e o poder de Deus ....Deus sairá vitorioso e levará com Ele todos aqueles que colocaram sua fé nEle." Então agora podemos entender Armagedom. É um confronto entre a verdade e o pecado, lealdade à Deus ou às forças do mal. Embora haverá com certeza batalhas devastadoras entre os exércitos na Terra, o tema principal na Bíblia é que Armagedom estará concentrado no conflito espiritual. E armagedom envolve cada ser humano pessoalmente. Para cada um de nós virá o desafio, "até quando coxeareis entre dois pensamentos?" Será que vamos fugir das falsidades da Babilônia ou pagar com a palavra da graça de Deus? Será que estaremos dentre os santos que irão guardar os mandamentos de Deus e a fé de Jesus? Sim, todos nós teremos um papel a desempenhar em Armagedom. Quando Deus dominar as forças do mal poderemos dominá-las com Ele! Podemos aproveitar o pedido da mensagem de Fátima para o arrependimento e a oração, mas outros elementos da mensagem trazem sérias dúvidas. Por exemplo, a mensagem de Fátima prevê que após a conversão da Rússia, um certo período de paz será concedido ao mundo. Bem, todos nós queremos paz, mas devemos ter cuidado. A Bíblia nos dá um aviso amedrontador em I Tessalonicenses 5:3" ...Pois quando estiverem dizendo: paz e segurança! Então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida; e de modo nenhum escaparão." Graças a Deus, não seremos pegos de surpresa, I Tessalonicenses 5:4 e 6 diz: "mas vós, irmãos, não estais em trevas, para que aquele dia, como ladrão, vos surpreenda; ...Não durmamos, pois, como os demais, antes vigiemos e sejamos sóbrios". Uma coisa é certa. O inimigo de nossa alma sabe o quê está fazendo. Ele tem uma estratégia global para ilusões no último dia, e não se incomoda em revelar estes planos com antecedência para

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conseguir a confiança de milhões antes de jogá-los nas profundezas da decepção. Nestes tempos solenes precisamos estar alerta para a crise final que nos aguarda antes da segunda vinda de Cristo. Daniel 12:1 diz: "...E haverá um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até aquele tempo; mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo..." Aqui encontramos boas e más notícias. Haverá um período de conflitos e não podemos fugir dele. Esta é a má notícia. Mas, graças a Deus, ele irá libertar o seu povo. Ele nos trará com segurança para o Céu. Apocalipse 7:9 a 14 diz o seguinte: "depois destas coisas olhei, e eis uma grande multidão, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, que estavam em pé diante do trono e em presença do cordeiro, trajando compridas vestes brancas, e com palmas nas mãos; e clamavam com grande voz: salvação ao nosso Deus, que está assentado sobre o trono, e ao cordeiro. ...E um dos anciãos me perguntou: estes que trajam as compridas vestes brancas, quem são eles e donde vieram? Respondi-lhe: meu senhor, tu sabes. Disse-me ele: estes são os que vêm da grande tribulação, e lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do cordeiro." Você consegue imaginar que maravilhoso será! Imagine você louvando a Deus com os santos de todos os tempos, uma grande multidão que ninguém consegue contar, acenando com palmas a vitória de Jesus. Quer queira ou não, meu amigo, neste momento você está decidindo o seu destino eterno. Eu lhe suplico para confiar a sua vida a Jesus e depois siga-o com todo seu coração.

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ALÉM DA VIDA

George Vanderman

"Durante longas e silenciosas horas, guardas mantêm quieta e cuidadosa vigília ao lado do túmulo do soldado desconhecido. Se o soldado desconhecido pudesse falar, o que diria sobre o desconhecido? Será que de onde está, ele sabe da troca da guarda? Será que tem consciência das homenagens à sua memória através de todos esses anos? Existe algum tipo de telefone mediúnico pelo qual podemos falar com esta honrada vítima da guerra? Estas perguntas sempre existiram: onde estão nossos parentes mortos? Eles voltarão para nós? Existe algo melhor após o difícil dia da despedida? Existem várias opiniões sinceras sobre a condição de uma pessoa na morte. Alguns dizem que se uma pessoa boa morre, sua alma vai imediatamente para o Céu e se uma pessoa má morre, vai na mesma hora para o inferno. Outros dizem que isso não é inteiramente verdade; afirmam que quando a pessoa morre, passa por um lugar chamado purgatório para ser purificada. Outros insistem que ela vai para o mundo dos espíritos onde é capaz de enviar mensagens a seus entes queridos. Outras ainda nos dizem tristemente que a morte é o final de tudo. Entretanto, há muitos que crêem sinceramente que quando uma pessoa morre, ela dorme em silêncio até o dia da ressurreição. Nem todas essas opiniões podem estar certas, pois são contraditórias. Certamente quem não morreu, não pode saber o que existe além da sepultura, você concorda? Tenho investigado muitas teorias sobre a morte. Tenho visto as tentativas da teosofia de fundir as maiores religiões na expectativa de encontrar a resposta. Tenho viajado ao Oriente e sentido o fascínio do apelo de suas religiões místicas. É difícil esquecer a falta de esperança estampada no rosto das pessoas durante as cerimônias de queima de cadáveres em Calcultá e Bombaim, por exemplo. Ou a confusão e desespero entre os pranteadores que foram ensinados a dizer: "a morte não existe". Tenho testemunhado com grande interesse o crescimento das sessões espíritas tanto na Europa como na América durante os últimos anos, especialmente desde o aumento da angústia provocada pelas guerras globais - uma oportunidade da qual o Espiritismo tem se aproveitado totalmente. Também tenho estudado os ensinos de várias igrejas, conversado com muitas pessoas e examinado meu próprio modo de pensar. Sou forçado a concluir que esse assunto pode nos levar facilmente a pisar em campo muito perigoso. Por isso, volto sempre ao terreno mais firme que conheço: a Palavra de Deus, com suas perguntas simples e respostas lógicas. Uma das mais antigas perguntas da humanidade está escrita em Jó 14, versículo 14: "Morrendo o homem, porventura tornará a viver"? O apóstolo Paulo, aquele gênio intelectual da fé cristã, dá a resposta de modo tão simples que ninguém pode deixar de entender: "Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. E ainda mais: os que dormiram em Cristo, pereceram. Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens". I Coríntios 15:16-19. Note o raciocínio claro e direto que Paulo usa. Ele diz que se tivermos esperança apenas nesta vida, somos os mais infelizes de todos os homens. Esta vida não é o bastante, ela não satisfaz, mesmo que seja excelente. Pense bem: se a vida se resume em construir um lar, estabelecer-se, obter sucesso material, alcançar destaque social e ir para a sepultura sem esperança no futuro, então não somos as pessoas mais infelizes? As melhores coisas da vida ficaram de fora. Sabe, quando Jesus esteve aqui, Ele falava com bastante freqüência sobre a casa de Seu Pai. Ele pedia que Seus seguidores olhassem para além da sepultura e da morte. Assim, numa das demonstrações mais profundas e milagrosas de todos os tempos, Ele entregou Sua própria vida e ao terceiro dia ressuscitou dos mortos. Naquele momento, o poder da morte foi quebrado. Agora, pela primeira vez na História da humanidade, brotou no peito do homem a convicção viva de que sua maior e tão acalentada esperança tinha finalmente se tornado realidade: os mortos poderiam voltar a ser vistos e amados. O profeta Isaías, muitos séculos antes, havia escrito: "Os teus mortos viverão, os teus mortos ressuscitarão. E a terra lançará de si os mortos." Isaías 26:19.

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"Os teus mortos viverão". Maravilhosa notícia! Isaías, olhando através dos séculos, havia declarado isto como certo. Mas Jesus foi além: Ele o demonstrou. É nesse irrefutável fato que o apóstolo Paulo apoia seu mais forte argumento voltado a trazer esperança a homens e mulheres consternados quanto ao final dos tempos. "Se os mortos não ressuscitam, então Cristo não ressuscitou". Você crê que Jesus ressuscitou dos mortos? Então lembre-se: a ressurreição de seus queridos é tão certa quanto a ressurreição de Cristo! Um dos incidentes mais fascinantes de uma geração passada nos conta a notável conversão de dois grandes homens céticos. Um era o eminente Gilbert West; o outro, lorde Lyttelton, o famoso jurista inglês. Esses dois homens combinaram que Jesus deveria ser destruído. Imagine! Mas eles também concordaram que para destruí-Lo, eram necessárias duas coisas: anular a ressurreição de Cristo e a conversão de Paulo. Dividiram a tarefa. West assumiu a responsabilidade pela ressurreição de Cristo e Lyttleton cuidou da experiência de Paulo na estrada de Damasco. Deram bastante tempo a si mesmos - um ano ou mais para cada um. Mas quando se reencontraram para comparar os dados, ambos haviam se tornado cristãos firmes e dedicados, testemunhando a notável mudança em suas vidas através do contato com o Cristo ressurreto. Se existe uma coisa que pode desestabilizar o cético, não será a discussão, por mais sadia e racional. Terá que ser o grau de convicção pessoal e tal convicção depende da realidade do compromisso com o Senhor ressurreto. Talvez alguém esteja dizendo: "Eu creio na ressurreição, mas estou confuso. O que acontece na morte"? Correndo o risco de ser repetitivo, quero enfatizar uma passagem básica, o texto mais simples em toda a Bíblia sobre o que acontece na morte: "E o pó volte à terra, como era, e o espírito volte a Deus, que o deu". Eclesiastes 12:7. Esta é uma descrição do que acontece com o homem quando morre. Mas surge naturalmente a pergunta: "Que espírito é esse que volta para Deus?" As palavras do apóstolo Tiago podem nos ajudar a entender: "Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta." Tiago 2:26. O espírito, então, é que mantém o corpo vivo. Algumas Bíblias apresentam notas explicativas de textos. Nessas notas, no livro de Tiago, você descobrirá que a palavra "espírito" pode também ser traduzida como "fôlego", pois o corpo sem fôlego está morto. Como vê, essas duas palavras "fôlego" e "espírito" são usadas intercaladamente nas Escrituras. Por exemplo, Jó 27:3 diz: "Enquanto em mim houver alento, e o sopro de Deus no meu nariz..." O espírito que o homem recebe de Deus e que volta para Deus quando morre, é o fôlego que Deus colocou em suas narinas. Portanto, vamos agora para o registro da criação do homem. O que Deus colocou nas narinas do homem? "Então formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra, e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente". Gênesis 2:7. Na criação, Deus soprou nas narinas do homem o sopro da vida. Então, na morte, essa fagulha ou fôlego, ou espírito de vida, retorna a Deus que o deu, quer tenha sido ele um santo ou um pecador. É o reverso da criação. "Então formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra". O homem saiu das mãos do Criador completo. Tem um cérebro pronto para pensar, mas não está pensando; tem sangue em suas veias pronto para circular, mas não está circulando; tem um coração em seu peito pronto para bater, mas não está batendo. Ele está pronto para viver, pronto para amar, pronto para agir, mas não está vivendo, não está amando, não está agindo ainda. A Bíblia diz: "E soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem passou a ser alma vivente". A partir desse momento, o homem passou a ter uma identidade, uma personalidade, um caráter. O homem se tornou alma vivente como resultado da união do corpo com o sopro da vida. Assim, quando o homem morre, de acordo com Eclesiastes 12:7, o pó retorna à terra como era, e o espírito da vida, ou o fôlego da vida, ou a fagulha da vida, quer o homem tenha sido um santo ou um pecador, retorna a Deus que o deu. A identidade não é perdida; o caráter é preservado. A personalidade está segura nas mãos de Deus. Mas o homem não está mais consciente porque a união do corpo e do fôlego que dá a

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vida e a mantém, foi quebrada. Em outras palavras, se a união do pó da terra e do sopro da vida dá ao homem uma alma vivente, o que acontece com essa alma quando esses dois elementos são separados com a morte? Bem, qualquer um pode ver que o homem simplesmente cessa de ser uma alma vivente até que o Doador da vida reúna os dois na manhã da ressurreição. Suponha que temos uma pilha de tábuas e um monte de pregos. Então pegamos essas tábuas e as pregamos juntas. Já não temos mais uma pilha de tábuas e um monte de pregos, temos agora uma caixa. De onde veio a caixa? "Ah", você dirá, "não veio de parte alguma. É simplesmente a união da pilha de tábuas e do monte de pregos". E você está certo. Vamos supor agora que não queremos mais a caixa, assim arrancamos os pregos e os colocamos deste lado e colocamos as tábuas aqui atrás. Para onde foi a caixa? Você dirá: "não foi a lugar nenhum. Ela simplesmente deixou de existir como caixa". E você está certo de novo. As tábuas ainda existem; os pregos ainda existem. Mas não pode haver a caixa até que eles sejam unidos novamente. Deste modo, no princípio, Deus formou o homem de duas coisas: do pó da terra e do fôlego da vida. Como resultado da união dos dois, o homem se tornou uma alma que vive, ama e age. Quando ele morre, as Escrituras dizem que eles se separam. A alma que vive, ama e age - a combinação do corpo e do fôlego - não vai a parte alguma, não vai para nenhum lugar. Ela simplesmente perde a consciência até a manhã da ressurreição quando o corpo e o fôlego são unidos novamente. Como vê, a Bíblia não apresenta a existência do homem entre a morte e a ressurreição. Ela afirma que ele está dormindo. Isso é bíblico, puro e simples. Evidentemente, por mais surpreendente que possa parecer para alguns, não temos a recompensa ao morrer. Sem dúvida, a morte é apenas uma cessação da vida até ser restaurada na ressurreição. Você crê que haverá uma ressurreição no último dia? Esse tem sido um dos pilares da fé cristã há séculos e em toda a Escritura é mostrada como a única esperança para o futuro. Mas por que precisaríamos de ressurreição no último dia se, como alguns acreditam, já fomos para o lugar de nossa recompensa ou punição ao morrermos? Se estivéssemos desfrutando a felicidade do lar dos salvos ou a punição no inferno, Deus nos devolveria para a sepultura para que pudéssemos ser levantados na ressurreição? Você já pensou nisso? Tem algo errado aqui e eu temo que esta inconsistência, que entrou na igreja cristã há séculos, tenha feito com que incontáveis homens e mulheres tenham perdido a confiança na igreja. Outra pergunta: você crê no julgamento no último dia? As Escrituras dizem: "Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo..." Atos 17:31 Mas por que essas pessoas precisariam de um julgamento se já foram recompensadas ao morrer? Elas já não foram julgadas? Cremos que Jesus voltará à Terra, e que a finalidade de Sua vinda é receber o Seu povo. Ele disse: "... virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também". João 14:3. Diga-me, você faria uma viagem para buscar seus entes queridos se já os tivesse consigo? Claro que não. Por que então Jesus precisaria voltar e chamar Seus filhos das sepulturas se já estão com Ele? Segundo as Escrituras, a morte não significa ir para o Céu; a morte não significa ir para o inferno. A morte não significa ir para o purgatório; a morte não significa ir para lugar nenhum. A morte significa simplesmente a cessação da vida até a ressurreição. Onde, então, está o soldado desconhecido? De acordo com as Escrituras, ele está apenas dormindo dentro de seu túmulo vigiado, inconsciente das homenagens feitas a ele; esperando quietinho a ressurreição. Jesus chamou a morte de sono. Ele disse: "... Lázaro, o nosso amigo, dorme, mas vou despertá-lo do sono". João 11:11. Seus discípulos não entenderam muito bem. Eles sabiam que Lázaro estava doente e acharam que seria melhor deixá-lo dormir. Note os versículos 12 a 14: "Disseram-lhe, pois, os discípulos: Senhor, se dorme, estará salvo. Jesus, porém, falara com respeito à morte de Lázaro; mas eles supunham que tivesse falado do repouso do sono. Então Jesus lhes disse claramente: Lázaro morreu". As irmãs de Lázaro pensavam que Jesus tinha chegado tarde demais. Mas Ele, ficando ao lado do

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túmulo, gritou: "Lázaro, sai para fora"! E Lázaro levantou-se. Alguém sugeriu que foi bom Jesus especificar que estava falando apenas com Lázaro; do contrário, todos os túmulos no mundo teriam se aberto! Lázaro veio para fora. Tinha ele alguma história para contar de seus quatro dias além-túmulo? Jesus o chamou de volta das alegrias de uma vida melhor para voltar à existência neste planeta triste? Não. Jesus simplesmente o chamou do sono, um sono que só pode ser interrompido pelo Doador da vida. Mais de 50 vezes a Bíblia menciona a morte como um sono. Existe alguma coisa mais maravilhosa do que um sono tranqüilo e sem pesadelos? Todos os tumultos, preocupações e dores de cabeça são esquecidos; não há dor, nem lágrimas. Quando dormimos, não temos a sensação do passar do tempo. Mesmo assim, o cristão que morre, em um instante fecha os olhos no sono da morte e para ele parece que no próximo segundo ele acorda na ressurreição para o gozo da eternidade. Vai parecer um rápido cochilo, embora possa ter ficado no túmulo por muitos anos. O jeito de Deus é o melhor, não é? Pois Ele retira o peso da morte. Pense nisso. O cristão pode fechar os olhos no sono da morte durante cem anos talvez; entretanto, para ele parecerá o mesmo instante quando abrir os olhos e ver Jesus. Em poucos momentos poderá olhar o rosto do Salvador. Existe sofrimento nisso? Quando um cristão morre, ele sabe que na manhã da ressurreição sua vida não será apenas restaurada, mas ele receberá vida imortal. "Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos Céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre as nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor". I Tessalonicenses 4:16,17. Pode haver notícia melhor ou conforto maior? Visualize o Filho de Deus rasgando os Céus, descendo através do caminho estrelado, acompanhado por miríades de anjos. E então Ele brada com voz de trovão: "Acordai, vós que dormis no pó da terra. Levantai para a vida eterna". Efésios 5:14 E aquela voz chamando nossos parentes mortos será ouvida no mundo inteiro. Famílias serão reunidas; crianças levadas pela morte serão recolocadas nos braços das mães. Que reunião feliz será! O que isto significa para nós? Significa que existe algo melhor além da vida. Pense no que significará aquele dia para os aleijados, cegos, enfraquecidos por doenças e para as mentes confusas pelo medo. Pense no que significará ter os corpos sadios e fortes para aqueles que amam a vida e querem viver. A morte pode até parecer bem-vinda para um corpo destruído pela doença e pela dor. Mas para os fortes e jovens, a morte pode significar apenas esperanças desfeitas, desilusões e ambições esmagadas. Mas aqui está a resposta ao ferrão da morte. Não nas descobertas da ciência, não na exploração do espaço, não em obras que o homem possa fazer, mas na promessa da ressurreição feita por Aquele que demonstrou pessoalmente tal possibilidade. Esta é a nossa esperança!

Oração Senhor meu Deus e Pai, Te agradeço pelas notícias tão encorajadoras sobre o meu futuro. Ajuda-me a ajustar o meu despertador para a primeira ressurreição dos justos. Que o Salvador, ao reunir os seus fiéis, possa me levar contigo naquele alegre dia final. Senhor, que eu possa definitivamente tomar uma decisão ao lado do Teu Filho, garantindo assim a vida eterna num mundo melhor. Em nome de Jesus eu lhe peço. Amém.

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TEOLOGIA - Trindade - Uma Revelação Gradual

A obra redentora de Deus é um trabalho de equipe; o trabalho do Pai, Filho e Espírito Santo, unidos e interessados em nossa salvação. Rubem M. Scheffel Editor de Livros Denominacionais da Casa Publicadora Brasileira

ImImaginemos que Deus fosse apenas uma Pessoa. Isso significaria que Ele estivera, durante milhões e milhões dede anos, na imensidão vazia, antes de ter criado o Universo e os seres vivos. Mas a Bíblia diz que Deus é aamor, e o amor não pode se manifestar em solidão. É preciso ter alguém a quem amar, caso contrário, o amor

nãnão se desenvolve. E não tem chance de ser correspondido. Fica difícil imaginar um Deus de amor, que pepermaneceu por uma eternidade passada sem ter a quem amar.

A tendência de quem é sozinho é desenvolver o egoísmo, o orgulho, não o amor. Porque o amor precisa ser xpespresso e partilhado. Se Deus fosse um Ser solitário, talvez a Bíblia dissesse que Deus é orgulho, ou que é egegoísmo. Mas como Deus é amor, isso por si só já subentende que Ele, desde os tempos da eternidade, seSempre teve a quem amar e por quem ser amado. Assim, através da revelação, sabemos que Deus o Pai ama o Filho e o Espírito Santo, e é por Eles amado. Os três constituem a Divindade, sem no entanto serem três dedeuses.

SeSe fossem três deuses, eles provavelmente seriam rivais, cada um lutando pela supremacia no Universo. E se têttem poderes iguais, certamente acabariam dividindo o Universo em três territórios, e cada um seria o soberano ababsoluto do seu terço. Então o Universo não seria mais Universo, mas uma espécie de Multiverso, tendo cada terterritório as suas próprias leis e regulamentos.1

SeSegundo a Bíblia, Deus é um só, mas em três Pessoas. Essa família Trinitária serve de modelo para a família huhumana, pois Gênesis 2:24 diz que o homem se une à sua mulher, tornando-se “uma só carne”. Ora, marido e

mulher são duas pessoas, mas o amor substancia essa união, fazendo com que dois sejam um. Assim também é o amor que une a Trindade.

Contudo, é preciso admitir que a Trindade é um mistério, tal como o matrimônio também o é (Efés. 5:32). Um mimistério revelado, mas não explicado. A própria Bíblia diz que não podemos penetrar nos mistérios divinos: “os

meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os Meus caminhos, diz o SeSenhor, porque, assim como os céus são mais altos do que a Terra, assim são os Meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os Meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos.” (Isa. 55:8 e 9).

eNós ainda não conseguimos compreender bem o átomo, a eletricidade, e muito menos o Universo, deveríamos nenegar a Trindade só porque Ela transcende a nossa limitada compreensão?

Conhecimento progressivo Quando Adão e Eva foram criados, Deus não lhes deu uma aula completa, desvendando-lhes todos os segredos do Universo. Eles deveriam aprender aos poucos: “Enquanto permanecessem fiéis à lei divina, sua capacidade para saber, vivenciar e amar, cresceria continuamente. Estariam constantemente a adquirir novos tesouros de saber, a descobrir novas fontes de felicidade, e a obter concepções cada vez mais claras do incomensurável, infalível amor de Deus.” 2 Quando os remidos chegarem ao Céu, eles não receberão, logo no primeiro dia, uma dose maciça de informações que os coloque a par de tudo o que se passa no Universo. Eles estudarão os mistérios do Universo e do amor de Deus pelos séculos infindos da eternidade. E sempre “surgirão ainda novas alturas a atingir, novas maravilhas a admirar, novas verdades a compreender, novos objetivos a aguçar as faculdades do espírito, da alma e do corpo”.3 Ora, o conhecimento é progressivo não apenas para o homem, mas para todos os seres não caídos também. Eles estão há milênios pesquisando os mistérios do Universo e do amor de Deus. E estão sempre descobrindo e aprendendo coisas novas. E assim continuarão por toda a eternidade.

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Assim sendo, Deus, em determinado momento da eternidade, criou os anjos e revelou-lhes de início apenas o que eles precisavam saber para desenvolverem o seu trabalho no Céu. Deu um nome a cada um, indicou a sua atribuição, e estabeleceu algumas regras básicas. A vida transcorria serena, harmoniosa e feliz no lar celestial. Não sabemos quanto tempo durou essa paz. O fato é que um dia, Lúcifer, o primeiro dos querubins cobridores, e o mais elevado em poder e glória dentre os habitantes do Céu, “invejou a Cristo, e gradualmente pretendeu o comando que pertencia unicamente a Cristo”.4 Como poderia ter acontecido isto? Sendo Lúcifer de uma inteligência extraordinária, como pôde ele cometer o incrível erro de se comparar com Cristo, a ponto de considerá-Lo um rival, e a ponto de achar que teria competência para ocupar a Sua posição? Será que ele não sabia que era um ser criado? Não tinha ele conhecimento da infinita distância que há entre o Criador e a criatura? Uma parte da resposta está num dos aspectos mais fantásticos da natureza divina: Deus Se gloria na humildade. E Ele é humilde porque ama. Não temos dúvida quanto ao amor com que Deus nos amou. E por causa desse amor infinito, Cristo Se submeteu a uma infinita humilhação. Cristo disse: “Quem a si mesmo se exaltar será humilhado; e quem a si mesmo se humilhar será exaltado.” Mat. 23:12. Estas palavras se cumpriram com o próprio Cristo, conforme nos diz Paulo: “Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-Se; mas esvaziou-Se a Si mesmo, vindo a ser servo, tornando-Se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-Se a Si mesmo e foi obediente até a morte, e morte de cruz! Por isso Deus O exaltou à mais alta posição e Lhe deu o nome que está acima de todo nome.” (Filip. 2:5-9, NVI). Após a infinita humilhação de Cristo, na cruz, Ele ressuscitou, ascendeu aos Céus, e recuperou toda a glória que tinha junto ao Pai antes da criação do mundo. Ele foi exaltado acima de todos.

Na forma de anjo Quando Lúcifer saiu a disseminar a sua rebelião entre os anjos, certamente ainda não havia compreendido que a verdadeira glória está em ser humilde, e não em exaltar-se. E esta característica divina não surgiu como uma medida de emergência para salvar o homem. Jesus não Se tornou humilde por causa do surgimento do pecado. Ele é humilde. Haveria alguma evidência de que a humildade de Cristo não está ligada apenas à salvação do homem? Sim. Um dia, o grande Criador convocou para uma reunião especial, do conselho divino, um dos anjos, o arcanjo Miguel, O qual deveria “trabalhar em união com Ele na projetada criação da Terra e de cada ser vivente que devia existir sobre ela”.5 Deus estava planejando criar um novo mundo e uma nova ordem de seres. Mas por que teria Ele convocado o arcanjo Miguel para discutir esses planos com Ele, e não Lúcifer, “o primeiro dos querubins cobridores, e o mais elevado em poder e glória dentre os habitantes do Céu”? Não fazia sentido, não tinha lógica para a mente racional de Lúcifer, que Deus o tivesse ignorado e passado por cima da sua autoridade, desrespeitando assim a hierarquia celestial que Ele próprio havia estabelecido. Então Lúcifer, considerando essa atitude da parte de Deus uma “usurpação dos seus direitos”6, encheu-se de ciúme e saiu a disseminar o seu descontentamento por entre os demais habitantes celestiais, procurando demonstrar que Deus não era justo. Os seus argumentos pareceram tão lógicos que ele conseguiu persuadir uma terça parte dos anjos. O Céu agora estava dividido em anjos leais e anjos rebeldes. Estes últimos estavam dispostos a defender sua posição pela força. Nesse momento dramático, por amor aos anjos leais, Deus revelou um segredo celestial. Essa revelação não estava totalmente de acordo com o plano ideal de Deus. Mas não havia outra alternativa, em face das circunstâncias.7 Antes da grande luta, “todos deveriam ter uma apresentação clara a respeito da vontade dAquele cuja sabedoria e bondade eram a fonte de toda a sua alegria. O Rei do Universo convocou os exércitos celestiais perante Ele, para, em Sua presença, apresentar a verdadeira posição de Seu Filho, e mostrar a relação que Este mantinha para com todos os seres criados. O Filho de Deus partilhava do trono do Pai, e a glória do Ser eterno, existente por Si mesmo, rodeava a ambos. Em redor do trono reuniam-se os santos anjos, em uma

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multidão vasta, inumerável”.8 E aqui está o âmago da questão: os anjos não sabiam que o arcanjo Miguel, que eles tinham na conta de um companheiro, de um anjo como tantos outros, era na verdade o Criador deles, o Filho Unigênito de Deus, a segunda Pessoa da Trindade, o Verbo Divino, através do qual todas as coisas haviam sido criadas. Até aquele momento eles não sabiam que Deus era uma Trindade, e que uma das Pessoas da Trindade, a Segunda, habitava entre eles na forma de um anjo!

Evidências bíblicas Em Gên. 32:22-32 temos o relato da luta de Jacó junto ao ribeiro de Jaboque. Ele lutou a noite inteira com alguém que lhe pareceu ser um homem. Ao alvorecer, porém, ao ser ferido na coxa, Jacó discerniu o caráter do seu antagonista. “Soube que estivera em conflito com um mensageiro celestial. ... Era Cristo, o ‘Anjo do Concerto’, que Se havia revelado a Jacó.”9 Êxodo 23:20: “Eis que Eu envio um Anjo adiante de ti, para que te guarde pelo caminho e te leve ao lugar que tenho preparado.” Comentando este texto, Ellen White diz: “Durante todas as vagueações de Israel, Cristo, na coluna de nuvem e fogo, foi o seu dirigente.”10 Malaquias 3:1: “Eis que Eu envio o Meu Mensageiro, que preparará o caminho diante de Mim; de repente, virá ao Seu templo o Senhor, a quem vós buscais, o Anjo da aliança, a quem vós desejais.” A palavra anjo significa “mensageiro”. E Cristo sempre foi o Mensageiro de Deus a Israel. Judas 9: “Contudo, o arcanjo Miguel, quando contendia com o diabo e disputava a respeito do corpo de Moisés, não se atreveu a proferir juízo infamatório contra ele; pelo contrário, disse: O Senhor te repreenda!” Aqui também Ellen White diz: “Moisés passou pela morte, mas Cristo desceu e lhe deu vida antes que seu corpo visse a corrupção. Satanás procurou reter o corpo, pretendendo-o como seu; mas Miguel ressuscitou Moisés e levou-o ao Céu.”11 Apocalipse 12:7: “Houve peleja no Céu. Miguel e os Seus anjos pelejaram contra o dragão.” Em I Tessalonicenses 4:16 temos a declaração de que os mortos ressuscitarão quando ouvirem a “voz do arcanjo”. Em João 5:28 lemos que os mortos ressuscitarão ao ouvirem “a Sua voz”. O nome Miguel, em hebraico, significa “quem é como Deus?”, e é ao mesmo tempo uma pergunta e um desafio. Considerando que a rebelião de Satanás era, na verdade, uma tentativa de instalar-se no trono de Deus e ser “semelhante ao Altíssimo”, o nome Miguel é muito apropriado para Cristo – o único semelhante ao Altíssimo, e que assumiu a tarefa de vindicar o caráter de Deus, refutar as acusações de Satanás e confrontar a ambição deste de ser igual a Deus.

Jesus, o eterno mediador Os anjos ficaram assombrados com a revelação de que o arcanjo Miguel era o Filho de Deus e “alegremente reconheceram a supremacia de Cristo, e, prostrando-se diante dEle, extravasaram seu amor e adoração”.12 Mas o que estava Cristo fazendo entre eles, como anjo? Antes que o Verbo Se manifestasse na carne e habitasse entre os homens, Ele adotou a aparência de anjo e habitou entre os anjos, assumindo pela primeira vez o Seu papel de mediador. É preciso ter em mente que não só os seres caídos, mas também os não caídos têm necessidade de um mediador entre eles e Deus, pois “há misteriosos abismos a serem atravessados, mesmo onde o pecado não perpetrou a sua obra de ruptura nas mentes criadas! Obviamente, um enorme ato de mediação é necessário, a fim de cobrir as infinitas distâncias que inevitavelmente existem entre o Criador e Suas criaturas”.13 Nem todos os seres celestiais contemplam a face de Deus, a não ser, talvez, em ocasiões especiais, como a que já foi mencionada. Nem todos estão ao redor do trono de Deus. Muitos vivem nos confins do Universo, a milhões de anos-luz de distância, e precisam, portanto, de um mediador, de alguém que represente o Criador, que lhes revele o caráter de Deus e lhes dê a conhecer a Sua vontade. Isso era certamente o que Cristo fazia entre os anjos e outros seres que nunca pecaram, e também o que veio fazer entre nós, através da encarnação. Mas por que Deus não deixou isto tudo bem claro desde o início? Não teria Deus induzido Lúcifer em erro, ao permitir-lhe pensar que a sua autoridade estava sendo desrespeitada? Não, pois provavelmente este era o teste de lealdade, a que todos os seres celestiais foram submetidos. O princípio celestial é o do altruísmo.

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Portanto, quando o arcanjo Miguel foi convidado para o conselho divino, Lúcifer devia ter reagido assim: “Que bom que Ele foi honrado, e não eu.” Mas, infelizmente, Lúcifer falhou em seu teste. Ele permitiu que o egoísmo tomasse conta dele e o pusesse a perder. E por que Lúcifer não voltou atrás quando Deus revelou a verdadeira identidade do arcanjo Miguel a todos os anjos? Diz-nos Ellen White que Lúcifer “quase chegou à decisão de voltar; mas o orgulho o impediu disto”.14 Cristo lhe deu oportunidade de voltar atrás, depois que ele se convenceu “de que não tinha razão”. Mas o orgulho o impediu! Assim, pois, o conflito entre Cristo e Satanás foi na verdade um conflito entre o orgulho e a humildade, entre o egoísmo e o altruísmo. Lúcifer ambicionava a glória de Deus, mas não o Seu caráter. Ele foi excluído da glória suprema, porque se recusou a se humilhar, pois a glória divina envolve o humilhar-se a ponto de abandonar o trono de glória e morrer pela criatura! E o Espírito Santo? Nenhuma menção é feita na Bíblia e nos escritos de Ellen White sobre a obra do Espírito Santo antes da Criação. Ellen White diz apenas que “o Pai, o Filho e o Espírito Santo deram-se a Si mesmos ao estabelecerem o plano da redenção”.15 Entretanto, como sabemos pela Palavra de Deus que uma de Suas atribuições é “convencer o mundo do pecado, da justiça e do juízo” (João 16:8), podemos imaginar que durante a rebelião de Lúcifer o Espírito Santo atuou no coração e na mente dos anjos, incluindo o querubim cobridor, procurando convencê-los, “com gemidos inexprimíveis” (Rom. 8:26), de que Lúcifer estava enveredando pelo caminho do pecado e que Deus é justo. O Espírito de Deus conseguiu convencer dois terços de anjos, mas um terço, infelizmente, não Lhe deu ouvidos. Podemos concluir, portanto, que Lúcifer e seus anjos pecaram contra o Espírito Santo e não puderam mais permanecer na santa atmosfera do Céu.

No Antigo Testamento O Antigo Testamento dá ênfase ao fato de que há um só Deus: “Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor.” Deut. 6:4. “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro e Eu sou o último, e além de Mim não há Deus.” Isaías 44:6. Israel estava cercado por nações politeístas. Assim, a insistência do Antigo Testamento em dizer que Deus é um só tinha por objetivo combater a idéia desses deuses pagãos. Deus não queria que o Seu povo acreditasse que Ele fosse igual a esses supostos deuses, geralmente constituídos por um deus superior, masculino, sua esposa e filho e mais uma porção de deuses menores. Por isso, Deus insistiu na Sua unidade e absoluta soberania sobre toda a Criação. Mas “embora o Antigo Testamento não ensine explicitamente que Deus é triúno, ele alude à pluralidade interna da Divindade. Por vezes Deus utiliza pronomes e verbos no plural, tais como nestas expressões: ‘Façamos o homem à nossa imagem e semelhança’ (Gên. 1:26); ‘Eis que o homem se tornou como um de nós’ (Gên. 3:22); ‘Vinde, desçamos e confundamos ali a sua linguagem’ (Gên. 11:7)16.” Com quem Deus está falando? Só pode ser com os outros membros da Divindade. Entretanto, em Isaías 48:16 temos uma referência mais explícita à Trindade: “Agora, o Senhor Deus [o Pai] Me enviou a Mim [o Filho] e o Seu Espírito [o Espírito Santo]. A Trindade pode ser também inferida em referências separadas, em vários textos e situações. Enquanto o Pai aparece sentado em Seu trono (Isa. 6:1, Ezeq. 1:26-28, Dan. 7:9-10), Jesus é o que muitas vezes aparece em forma humana. O Senhor apareceu a Abraão, e quando este ergueu os olhos, viu três homens de pé, em frente dele (Gên. 18:1 e 2). Abraão argumentou com Ele (Gên. 18:20-32), e depois, “fez o Senhor chover enxofre e fogo, da parte do Senhor, sobre Sodoma e Gomorra” (Gên. 19:24). Jacó lutou com Ele (Gên. 32:22-30), Josué se encontrou com Ele como “Príncipe do Exército do Senhor” (Jos. 5:13-15) e os três companheiros de Daniel passearam dentro da fornalha de fogo ardente com Ele (Dan. 3:25).

No Novo Testamento A revelação da verdade é progressiva. Assim sendo, é no Novo Testamento que vamos encontrar as melhores evidências sobre a doutrina da Trindade. Quando o anjo Gabriel foi enviado a Maria, com o anúncio de que ela daria à luz um filho, O qual deveria se chamar Jesus, ele mencionou os três membros da Trindade, dizendo: “Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a Sua sombra; por isso, também o

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ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus.” Lucas 1:35. Temos outra evidência notória quando Jesus foi batizado, “e o Espírito Santo desceu sobre Ele em forma corpórea como pomba; e ouviu-se uma voz do céu: Tu és o Meu Filho amado, em Ti Me comprazo” (Luc.3:22). Há várias outras referências, como em Mateus 28:19, em que os crentes deveriam ser batizados “em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”; a bênção apostólica em II Coríntios 13:13, a saudação de Pedro em sua primeira epístola (1:2), Judas 20 e 21, e vários outros textos. “Portanto, o Novo Testamento reconhece o Pai como Deus (João 6:27; Efés. 6:23; I Ped. 1:2), a Jesus Cristo como Deus (João 1:1 e 18; 20:28; Rom. 9:5; Col. 2:2 e 9; Tito 2:13; Heb. 1:8; I João 5:20), e ao Espírito Santo como Deus (Atos 5:3 e 4; I Cor. 2:10 e 11; I Cor. 3:16).”17 Certa vez os judeus pegaram em pedras para apedrejar a Jesus porque Ele declarou unidade com Deus (João 10:30-33). Notem que os judeus responderam dizendo: “Não é por obra boa que Te apedrejamos, e sim por causa da blasfêmia, pois, sendo Tu homem, Te fazes Deus a Ti mesmo.” Os judeus, portanto, entenderam perfeitamente as palavras de Jesus, e reagiram à sua moda. Outros textos que provam a Divindade de Jesus no Novo Testamento, são: João 3:13; 5:21 e 26; 8:23 e 58; 10:30 e 33; 17:5; I João 5:20; Rom. 9:5; Heb. 1:8; Tito 1:3; 3:4; Col. 2:9; II Ped. 1:1.

O Espírito Santo – uma Pessoa O Espírito Santo é mencionado na Criação da Terra, pairando sobre as águas (Gên. 1:2), habitando o coração de José (Gên. 41:38) e Josué (Núm. 27:18) e transformando Saul (I Sam. 10:6). Davi, após o seu pecado, suplicou: “Não... me retires o Teu Santo Espírito” (Sal. 51:11).18 A crença de que o Espírito Santo é apenas a “força ativa de Deus” ou uma “influência”, e não uma Pessoa, pode ser reprovada pelas seguintes evidências bíblicas: Atos 5:3: Ananias e Safira mentiram ao Espírito Santo. Só se pode mentir a um ser inteligente, que pode ser enganado e moralmente iludido. E o verso seguinte deixa claro que o Espírito Santo é Deus. Atos 13:1 e 2: “Disse o Espírito Santo: Separai-Me, agora, Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado”. Não costumamos citar palavras de seres impessoais, porque estes não falam. Aqui é o Espírito Santo que chama, o que designa uma Pessoa detentora de personalidade própria. Enumeramos, a seguir, vinte características e qualidades pessoais do Espírito Santo: • Tem mente e vontade. Rom. 8:27. • É tratado pelo pronome pessoal (Ele). João 16:14, Efés. 1:14. • Citado entre outras pessoas. Atos 15:28: “Pareceu bem ao Espírito Santo e a nós”. • Tem conhecimento. I Cor. 2:11. • Ensina. Luc. 12:12, João 14:26. • Convence. João 16:8, Gên. 6:3. • Impede. Atos 16:6 e 7. • Concede, permite. Atos 2:4. • Administra, distribui. I Cor. 12:11. • Fala. Atos 10:19, 13:2, João 16:13. • Toma decisões. I Cor. 12:11. • Guia. João 16:13, Gál. 5:18. • Anuncia. João 16:14 e 15. • É entristecido. Efés. 4:30. • Intercede. Rom. 8:26. • Chama. Apoc. 22:17. • Procura. I Cor. 2:10. • Agrada-Se. Atos 15:28. • É tentado pelo homem. Atos 5:9. • Pode ser difamado e blasfemado. Mat. 12:31 e 32.19 Uma “força” ou “influência” não poderia ter tais características pessoais. Mas os que crêem assim argumentam dizendo: Se o Espírito Santo é uma Pessoa, como é possível que habite dentro de outra pessoa, como nos diz Paulo em I Cor. 6:19?

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Ora, ninguém nega que Cristo é uma Pessoa. No entanto, o mesmo apóstolo Paulo diz, em Efésios. 3:17: “E, assim, habite Cristo no vosso coração, pela fé.” Se Cristo, sendo uma Pessoa, pode habitar em nosso coração, assim também o Espírito Santo.

No adventismo “A compreensão da doutrina da Trindade, entre os adventistas do sétimo dia, surgiu após um longo processo de pesquisa, rejeição inicial e posterior aceitação. Os primeiros adventistas não nutriam dúvidas quanto à eternidade de Deus o Pai, à divindade de Jesus como Criador, Redentor e Mediador, e à importância do Espírito Santo. Entretanto, eles não estavam inicialmente convencidos de que Cristo existia desde os tempos da eternidade, ou que o Espírito Santo é um Ser pessoal, e por isso rejeitaram a princípio o conceito da Trindade. ... Outro argumento contrário era a interpretação errônea de que essa doutrina ensinava a existência de três deuses.”20 Foi só em 1898, com a publicação do livro O Desejado de Todas as Nações, que os adventistas compreenderam e aceitaram a doutrina da Trindade. Logo no início de seu livro Ellen White abordou o assunto da preexistência de Cristo, dizendo: “Desde os dias da eternidade o Senhor Jesus Cristo era um com o Pai.”21 Mas esta declaração não foi suficiente para esclarecer o que a Sra. White pensava sobre a divindade de Cristo. Mais adiante, no mesmo livro, ao comentar a ressurreição de Lázaro, ela escreveu uma frase que mudou a teologia antitrinatariana dos adventistas: “Em Cristo há vida original, não emprestada, não derivada.”22 Não houve tempo em que o Pai existisse e o Filho não. Como homem na Terra, Cristo submeteu Sua vontade à vontade do Pai (João 5:19 e 30). Mas como Deus existente por Si mesmo, Ele tinha poder para dar a Sua vida e poder para tornar a tomá-la (João 10:18). Essas afirmações chocaram a liderança teológica da igreja, na época. M. L. Andreasen, um dos importantes autores e professores da Igreja, disse que o novo conceito era tão diferente dos anteriores, que alguns líderes duvidaram que Ellen White tivesse realmente escrito essas palavras. Em 1902 Andreasen fez uma viagem à residência da Sra. White, na Califórnia, para investigar esse assunto. E verificou que todas as citações sobre as quais pairavam dúvidas, haviam sido realmente escritas pelo próprio punho de Ellen White.23 Os novos conceitos providenciados pelo livro O Desejado de Todas as Nações levaram os adventistas de volta à Bíblia, e através de minuciosa pesquisa, eles descobriram grande quantidade de informações sobre a Trindade que não haviam notado antes. Graças a isso, nós hoje temos a alegria de crer que Deus não é um Ser solitário, mas uma família, composta por Pai, Filho e Espírito Santo. Uma família feliz, que serve de modelo para todas as famílias na Terra, porque é unida pelos sagrados laços do amor. Finalmente, poderíamos perguntar: Que importância tem a Trindade para a nossa salvação? Faz alguma diferença se eu acreditar que apenas o Pai é Deus? Essas perguntas poderiam ser substituídas pela seguinte: É importante ter uma noção correta de Deus? É óbvio que sim. Se você acreditar, por exemplo, que Deus é um tirano, cruel, que deixará os pecadores não arrependidos queimando eternamente no inferno, terá mais dificuldade para amá-Lo, não é verdade? Assim também, quando você olha para si mesmo, pensa nas suas deficiências, e se sente inseguro quanto à salvação, a aceitação da Trindade, e especialmente do fato de que Jesus é Deus e morreu por nós, expulsa para sempre esses temores. Porque nos assegura que a salvação é obra de Deus, e não nossa. Em outras palavras, a Trindade nos mostra que Deus não fica sentado em Seu trono enquanto manda outro, que não é Deus, para se humilhar e morrer em favor do homem. Não! O próprio Deus Se fez carne, viveu, morreu, e agora vive novamente. Enquanto Deus o Pai permaneceu em Seu trono para governar o Universo, Deus o Filho assumiu a forma humana, tendo sido gerado por Deus o Espírito Santo, O qual agora está presente em todo lugar para nosso benefício. Isso faz com que a obra redentora de Deus seja um trabalho de equipe, o trabalho do Pai, Filho e Espírito Santo, unidos e interessados em nossa salvação. E se aceitamos a salvação gratuita que o Deus triúno oferece, somos recebidos nessa maravilhosa família; e um dia estaremos para sempre juntos.

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Referências:

1 Beatrice S. Neall, “The Trinity – Heaven’s First Family”, Elder’s Digest, number 10, pág. 9. 2 Patriarcas e Profetas, pág. 51. 3 O Grande Conflito, pág. 677. 4 História da Redenção, pág. 13. 5 Idem, págs. 13 e 14. 6 Patriarcas e Profetas, pág. 40. 7 Carsten Johnssen. How Could Lucifer Conceive the Idea of a Rivalry With Jesus Christ? Andrews University (sem data), pág. 22. 8 Patriarcas e Profetas, pág. 36. 9 Idem, pág. 197. 10 Idem, pág. 311. 11 Primeiros Escritos, pág. 164. 12 Patriarcas e Profetas, pág. 36. 13 Carsten Johnssen, Op. Cit., págs. 19 e 20. 14 Patriarcas e Profetas, pág. 39. 15 Conselhos Sobre Saúde, pág. 222. 16 Nisto Cremos, pág. 41. 17 Alberto R. Timm, “A Trindade Sem Mistério”, Decisão, agosto de 1985, pág. 24. 18 Beatrice S. Neall, Op. Cit., pág. 10. 19 Arnaldo B. Christianini, Radiografia do Jeovismo, págs. 84 e 85. 20 Jerry Moon, “Heresy or Hopeful Sign?”, Adventist Review, 22/04/99, pág. 9. 21 O Desejado de Todas as Nações, pág. 19. 22 Idem, pág. 530. 23 Jerry Moon, Op. Cit., pág. 11.

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A Estratégia da Rebelião

Na primavera de 1943, o oficial comandante de um destróier japonês subiu a bordo do navio de combate Musashi, identificou-se e pediu uma audiência com o almirante Yamamoto. O imediato olhou para ele como se o pedido não fizesse o menor sentido. Houve um silêncio embaraçoso. Finalmente, o imediato pediu que o oficial o acompanhasse. Ele o conduziu por um labirinto de corredores e escadas até os aposentos do oficial da armada. Só então o visitante percebeu que havia algo errado, tragicamente errado.

Dentro da cabine suavemente iluminada do almirante Yamamoto havia uma mesa comprida e sobre ela sete esquifes cobertos de incenso. O almirante Yamamoto, comandante supremo da marinha japonesa, estava morto. O almirante, alguns dias antes, havia decidido visitar as instalações japonesas nas Ilhas Salomão. Ele planejou a viagem cuidadosamente e um itinerário detalhado, em código, foi enviado por rádio para cada base japonesa para que pudessem se preparar e acompanhar o almirante em sua visita.

Sem que o alto comando em Tóquio soubesse, os americanos tinham decifrado o código japonês. Eles estavam na escuta e anotaram os detalhes do itinerário. Alguém, comentando o incidente, conta o que aconteceu: "Naquela ocasião, em um dia de abril, um jovem piloto de caça chamado Tom Lanphier entrou em seu P-238, ligou os motores, e se dirigiu até a movimentada pista de Guadalcanal. Durante várias horas, sua esquadrilha voou de norte a oeste, vasculhando os céus em busca de algum sinal do vôo de Yamamoto, e perto da Ilha Bougainville eles avistaram seus aviões. Aceleradores e hélices foram ajustados, botões das metralhadoras ativados, e os caças americanos ficaram prontos para disparar.

Lanphier começou a disparar suas balas no espectro que ia crescendo na mira de sua metralhadora. E para o excelente piloto japonês veio a agonia de um avião não respondendo mais ao controle. A asa direita se soltou, e um vidro frontal despedaçou-se pouco antes da escuridão total. O comandante supremo da marinha japonesa estava morto. Por quê? Porque os planos e a estratégia dos japoneses não eram mais segredo!

Você sabia que possui ao seu alcance um documento que contém os detalhes da estratégia de uma rebelião na qual você também está envolvido?

O terceiro capítulo de Gênesis é muito mais do que um breve relato da queda do homem, é a revelação dessa estratégia. Olhando-se atentamente você poderá entender facilmente a estratégia usada no éden; ela permanece a mesma desde aquele tempo até agora. E é importante que todos nós saibamos que essa estratégia ainda é usada hoje.

O plano tão engenhosamente concebido não foi produto da mente humana. Ele foi concebido por uma mente incrivelmente inteligente, a mente de um anjo rebelde. Esse plano foi tão eficaz naquele primeiro encontro com a raça humana que nunca foi mudado! A queda do homem de sua elevada posição foi a maior tragédia que esta planeta já conheceu. Mas o instigador da tragédia espertamente a desmereceu, ridicularizou-a, ao ponto de impressionar a mente de milhões, convencendo-os de que aquilo que aconteceu no éden não passou de um mito e que a queda do homem foi uma piada. "O Jardim do éden? Onde Eva comeu a maça?" E em seguida um sorriso sarcástico. Quem acredita nisso? Milhões jamais leram a história. Eles se surpreenderiam ao saber que não há qualquer menção na Bíblia, no livro de Gênesis.

Jamais passou pela mente dessas pessoas que os problemas que enfrentamos começaram com um escolha deliberada por parte de duas pessoas reais em um jardim igualmente real que poderia ser chamado de paraíso. O instigador da rebelião não quer que a queda do homem se pareça realmente com uma queda. Se você duvida do sucesso da propaganda, considere isto: quase todas as escolas ensinam, como fato estabelecido, que o homem evoluiu sempre, desde o princípio, no obscuro passado. Segundo elas, o homem jamais caiu. Você entende? Não existe lugar na teoria da evolução para a queda do homem. E é claro, se o homem jamais caiu, ele não precisa de um Salvador. Ele pode se arranjar muito bem sozinho.

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A experiência do éden, em algumas versões da propaganda do anjo rebelde, é admitida livremente como fato. Mas é louvada como a corajosa quebra de todas as restrições por parte do homem, como se fosse a sua declaração de independência. Um triunfo em lugar de uma tragédia. Seja qual for o raciocínio, a expulsão de nossos primeiros pais geralmente é vista como uma coisa muito, muito trivial. Precisamos examinar o terceiro capítulo de Gênesis mais profundamente. Precisamos descobrir o que realmente aconteceu. Só assim entenderemos o seu significado. Mas primeiro precisamos do apoio de dois versículos do segundo capítulo de Gênesis.

"E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente; mas da árvore da Ciência do Bem e do Mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás." Gênesis 2:16 e 17. Muitas pessoas acham que Deus estava sendo um pouco exigente, injusto, em punir nossos primeiros pais e por conseqüência em nos punir também, por uma ofensa tão trivial como comer uma frutinha. Foi mesmo trivial?

Se Adão e Eva estivessem sem comida, com fome, a tentação de desobedecer a Deus poderia ter sido forte. Mas por todo o jardim havia árvores carregadas com frutos deliciosos. Apenas uma árvore estava proibida. Eles tinham liberdade para comer de todas as outras. Mas por que Deus proibiu que comessem do fruto de uma determinada árvore? Seria venenoso? Não. Deus não faz fruto venenoso. A restrição foi feita porque havia uma razão importante. Deus queria que eles vivessem para sempre. Mas não concederia a imortalidade ao homem e à mulher até que tivesse certeza de que lhes poderia ser confiada a vida eterna. Deus teria uma raça de imortais rebeldes nas mãos.

Teria que haver um teste. Era preciso que houvesse alguma regara que pudesse ser quebrada, algum mandamento que pudesse ser desobedecido. Teria que haver uma escolha. Uma decisão entre o certo e o errado. Sem essa escolha, a obediência deles não significaria nada. Seriam robôs!

Muitos crêem que Adão e Eva foram criados imortais, e que nós temos uma alma que não morre. Mas Deus disse claramente a Adão que a morte seria o resultado da desobediência. E Deus iria dizer isso a ele, se o tivesse criado imortal? Teria dito isso se fosse impossível para ele morrer?

Comer um frutinho parece uma pequena ofensa, mas a restrição também é pequena. Isso torna o desrespeito a ela tão monstruoso quanto inescusável. Deus deu tantas coisas a eles e lhes pediu tão pouco... E eles desobedeceram. Que tipo de lealdade é essa? E tem mais. Eva não poderia acreditar na serpente sem primeiro duvidar de Deus. Ela comeu o fruto somente quando concluiu que Deus havia mentido e estava tentando esconder alguma coisa dela, conforme a serpente havia declarado. Adão não foi enganado. Quando Eva lhe ofereceu o fruto, ele percebeu imediatamente o que havia se passado. Ele sabia que Eva deveria morrer. E às pressas, decidiu comer e morrer com ela.

A Bíblia descreve o que aconteceu. Gênesis (VT)3:1 a 6: "Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o Senhor tinha feito. E esta disse à mulher: é assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim? E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos; mais do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais. Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal. E vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela."

Esses seis versículos são um documento onde a estratégia do anjo caído se torna óbvia. A estratégia, o método de agir, a filosofia, a estrutura básica de sua propaganda, tudo aparece de forma muito clara. O modo como ele atuou no passado é o modo como atua hoje. Nada mudou. E note que Satanás não queria que sua verdadeira identidade fosse conhecida. Ele usou um disfarce. Ele usou o método da personificação. Será que ele ainda opera desse modo? "E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz." II Coríntios (NT) 11:14. Ele utiliza o disfarce, o médium, a personificação.

Ele usou um fenômeno mediúnico para atrair a atenção da sua vítima. A serpente, no jardim do éden, era sem dúvida um lindo animal. Mas a serpente não sabia falar, nem se comunicar. Foi isso que atraiu Eva: uma serpente falante.

Satanás utiliza o mesmo método sobrenatural hoje com infinitas variações. é assim que milhões são atraídos ao espiritismo e ao ocultismo. Você encontrará o mundo espírita divulgado nas principais revistas e livros nas bancas de jornais e livrarias. Satanás, falando através da serpente, não perdeu tempo em

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incutir dúvida na mente de Eva. Dúvida sobre a credibilidade da palavra de Deus. Observe o modo cínico como ele disse: "Deus não disse que você morreria se comesse deste fruto? Deus sabe que não, Ele sabe que você não morrerá. Ele sabe que se você comer deste fruto, você será igual a Ele." Satanás foi ao ponto de contradizer diretamente a palavra de Deus. Deus disse: "Se comer do fruto você morrerá." Satanás disse: "Você não vai morrer."

Satanás não diz a verdade. Cristo afirmou: "Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai; ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele; quando ele profere mentira fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira." São João (NT)8:44. Portanto, o anjo caído é um mentiroso. Ele usa meias verdades.

Quanto mais a verdade se misturar com o erro, mais atraente e perigosa é para suas vítimas. Havia uma insinuação de que Deus estava escondendo alguma coisa de nossos primeiros pais, algo que Ele não queria que soubessem. Deus realmente não queria que eles soubessem o que é ser assombrado pela culpa, ao ponto de não poderem dormir. Ele não queria que soubessem o que é ver um filho amado tirar a vida do próprio irmão. Ele queria evitar esse conhecimento deles e de nós.

Isso é tirania? Ou é amor? o que você acha? As palavras que Deus disse a Adão, registradas em Gênesis 2:17, não foram um ultimato arbitrário. Não foram uma ameaça. Deus não disse: "Adão, não se atreva a comer do fruto daquela árvore. Se comer, Eu mato você." As palavras de Deus foram uma advertência feita com amor sobre qual seria o resultado da desobediência. A morte não se segue à desobediência porque a advertência foi feita. Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isto também ceifará. Gálatas (NT) 6:7O que o homem semear, isso ele ceifará - essa é uma lei da vida que funciona com precisão matemática. "Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor." Romanos (NT) 6:23.

Lúcifer, no início de sua rebelião, saiba que o salário do pecado é a morte. Ele foi devidamente alertado para onde seus passos o estavam levando. Mas recusou-se a voltar. Agora, ele sabe que um dia terá que morrer. Ele decidiu que, se tem que morrer vai levar quantos puder consigo! Como ele se propõe a conseguir isso? Existem dois elementos-chave em sua estratégia, em sua filosofia, em sua propaganda.

O primeiro deles é: "Certamente não morrereis. Você não pode morrer. Deus fez você com uma alma imortal. A morte é impossível." Imagine o que o diabo pode fazer com essa filosofia, pois se o homem não morre quando morre, deve ser possível se comunicar com ele. Deve ser possível voltar à vida. Se não há morte, então podemos viver como bem quisermos, e nada nos acontecerá. Podemos rir das advertências de Deus.

Para onde isso nos conduz? Se homens e mulheres não podem morrer, se eles são imortais, então terão que viver para sempre em algum lugar. Assim, o anjo caído inventou um inferno de fogo eterno onde um Deus vingativo poderia se deliciar em ver o povo sofrer nas chamas que nunca acabam. Que insulto para o caráter de Deus! Que mentira!

Milhões acreditam sinceramente nisso. Somente Deus sabe quantos se afastaram de todas as religiões por não conseguiram aceitar tamanha tortura de um Deus de amor. Mas a Bíblia nada diz sobre tal lugar de tortura sem fim. Essa é uma invenção do anjo caído.

O segundo elemento-chave na estratégia do inimigo aparece em sua promessa mentirosa: "Sereis como Deus." Hoje somos bombardeados com essa filosofia. "Há uma fagulha de divindade dentro de você.",dizem. "Você deve trazê-la para fora. Você é um pequeno Deus." Essa fala tem milhares de variações. O que isso quer dizer? "Vá sozinho, seja independente. Você não precisa de Deus." Foi assim que começou a controvérsia neste planeta. O tema foi a autoridade de Deus. Seu trono, Sua lei e Seu caráter. O alvo principal da ira do inimigo foi o Filho de Deus, Seu posto e poder como Criador. O alvo da rebelião, no passado e agora, é o controle da mente dos homens, seu culto, seja por opção ou pela força. Você entende agora um pouco melhor a tragédia do éden?

Satanás tinha vencido a primeira etapa da luta. Ele havia persuadido nossos primeiros pais a se venderem à escravidão, que, sem a intervenção divina, não poderia ser interrompida. Mas a intervenção divina viria. Encontramos no mesmo capítulo de Gênesis a promessa de um Salvador: "E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar." Gênesis 3:15. Estas palavras, ditas a Satanás na audiência de Adão e Eva, eram um mistério para ele. O que poderiam significar? Quem feriria a sua cabeça? O que Deus iria fazer? Ele iria prover uma saída para

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o casal? Certamente Deus não iria se importunar com o povo deste minúsculo planeta. Provavelmente Ele iria expulsá-los e esquecê-los. Certamente o Filho de Deus não iria descer do Céu para desafiar o seu poder sobre a raça humana.

O coração egoísta de Lúcifer não poderia entender o amor. Ninguém estava mais inquieto sobre o que Deus iria fazer do que o culpado autor da rebelião. Não é de admirar que numa noite escura, muitos séculos depois, ele tremeu quando viu a luz brilhante sobre Belém e ouviu o cântico dos anjos.

Você não gostaria de agradecer a Deus por nos deixar saber do que se trata o conflito, bem como a estratégia do inimigo para que possamos escapar de seus enganos?

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Advogado de Defesa Estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto Pai, Jesus Cristo, o justo. I S. João 2:1. Uma noite dessas telefonei para Steve, nosso segundo filho, que é advogado no Norte da Califórnia. Durante nossa conversa, perguntei com que tipo de processos ele andava trabalhando ultimamente. Contou que alguns dias antes havia servido de defensor para um réu envolvido na venda de um carro. O querelante havia decidido ser seu próprio advogado. Steve concluiu repetindo o velho adágio: "Aquele que age como seu próprio advogado, tem um insensato como cliente." É melhor encarregar outra pessoa de defender nosso caso, em lugar de tentar defendê-lo nós mesmos. Uma das mais emocionantes defesas de toda a história foi a que Judá fez para livrar Benjamim. Você recorda que Judá havia sido o instigador da conspiração para vender José como escravo, mas nos anos subseqüentes ele se convertera. Agora, diante de José, a quem ele não reconhece, implora para que Benjamim possa retornar a seu idoso pai (ver Gên. 37-45). No clímax de seu discurso, Judá diz: "Teu servo se deu por fiador por este moço para com meu pai, dizendo: Se eu o não tornar a trazer-te, serei culpado para com meu pai todos os dias. Agora, pois, fique teu servo em lugar do moço por servo de meu senhor, e o moço que suba com seus irmãos. Porque como subirei eu a meu pai, se o moço não for comigo? para que não veja eu o mal que a meu pai sobrevirá." Gên. 44:32-34. Que mudança em Judá! Que "mudança" em José, por causa da defesa de Judá! "José não podia mais agüentar tudo aquilo." Gên. 45:1, A Bíblia Viva. Enquanto testava seus irmãos, José parecia severo. Mas tendo eles passado no teste, José revelou abertamente o amor por seus irmãos - um amor que ele havia mantido aquele tempo todo. O Pai, diante de quem nosso Advogado defende nossos casos, pode parecer severo, assim como José. A justiça precisa ser executada, mas temos a certeza de que o próprio Pai nos ama (ver S. João 16:27). Assim, concluído o último julgamento, tendo satisfeito as exigências da justiça perante o Universo, Deus revela abertamente o Seu amor por aqueles que passaram no teste. (Ver Apoc. 20:11 a 21:5.) Brincar com Fogo Tomará alguém fogo no seio, sem que as suas vestes se incendeiem? Ou andará alguém sobre brasas, sem que se queimem os seus pés? Prov. 6:27 e 28. Você já ouviu falar de pessoas que andam sobre brasas e não se queimam? Talvez você já tenha visto, como eu, filmes de hindus que caminham sobre brasas vivas, aparentemente negando o adágio de Salomão. Não sei como o fazem; creio, no entanto, que de certa forma são ajudados pelo grande enganador. Fred Hardin, um colega meu na Universidade de Potomac, assistiu a uma cerimônia dessas no Sri Lanka, a qual confirmou a observação de Salomão. Ele e um missionário de outra denominação viram alguns homens desses caminharem sobre brasas extremamente quentes, sem sofrerem nenhum dano aparente em seus pés. O companheiro de Hardin decidiu fazer uma tentativa semelhante. Talvez tenha reclamado presunçosamente a promessa: "Quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti." Isa. 43:2, cf. Lev. 18:21. Tirou os sapatos e as meias, dirigiu-se ao terreno incandescente e, no instante seguinte, estava saindo aos pulos, com os pés gravemente queimados. As metáforas de Salomão em nosso texto referem-se ao sexo ilícito. Sabemos disso porque no versículo 29 ele fala do homem que comete adultério com a "mulher do seu próximo". Em um dos países onde morei, no qual a prostituição imperava, um dos missionários achou que Deus o estava chamando especialmente para ministrar às mulheres da rua. Foi advertido quanto ao perigo

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de envolver-se, mas ignorou as palavras de cautela - e durante algum tempo obteve grande sucesso. De tempos em tempos, relatava à sua esposa as maravilhosas vitórias que estava alcançando e as almas já conquistadas. Ela suplicava para que ele parasse com aquilo, mas foi em vão. Finalmente, o obreiro precisou deixar o campo missionário por ter caído em tentação. Salomão está certo, sim. Não se pode brincar com o fogo do qual ele fala, sem acabar sofrendo graves queimaduras. O melhor rumo a seguir é permanecermos afastados tanto quanto possível desse tipo de fogo "estranho". Cisternas Rotas e Água da Vida O Meu povo cometeu dois pecados terríveis: eles Me abandonaram, a Mim, a Fonte da água da Vida, e construíram para si poços furados, que não prendem a água! Jer. 2:13 (A Bíblia Viva). Alguns anos atrás, tive o privilégio de participar, junto com um grupo, de uma viagem às terras bíblicas. Em um de nossos passeios, visitamos Petra, a antiga capital dos edomitas. A cidadela daquele povo situava-se numa colorida mesa de arenito, cujo topo inclinava-se na direção de um brusco declive. Pequenos canais tinham sido feitos no arenito para conduzir a água da chuva a várias cisternas escavadas perto do declive. Aqueles reservatórios agora estavam totalmente secos, incapazes de reter água - se devido a terremotos ou à passagem do tempo, não sei. Em nosso verso, a água representa a verdade. O povo nos dias de Jeremias tinha abandonado a Deus, a Fonte da verdade, substituindo-O por deuses falsos e práticas religiosas associadas a eles. As mensagens de Jeremias tencionavam despertar o povo para a sua necessidade do Deus verdadeiro. Muitos anos atrás, uma casa perto de Bucyrus, Estado de Ohio, nos Estados Unidos, foi atingida por um raio. Em menos tempo do que se leva para contar a história, o raio queimou uma trilha pelos beirais da casa, através das calhas e para dentro da cisterna. Por sorte a casa não pegou fogo. Não muito tempo depois da tormenta, um dos filhos daquela família foi encarregado de pegar um balde de água e ele descobriu que a cisterna estava seca. Um exame mostrou que o raio havia queimado um buraco no fundo da cisterna, fazendo com que a água vazasse. Quando o pai desceu para vedar o vazamento, ouviu um som de água corrente. Depois de uma investigação, descobriu um lençol de água subterrâneo. Foi cavado um poço onde havia existido a cisterna, e daquele dia em diante a família teve abundância de água fresca, pura e límpida. Perderam uma cisterna, mas ganharam uma fonte inesgotável de água viva. Evidência Convincente Porém, se não fizerdes assim, eis que pecastes contra o Senhor; e sabei que o vosso pecado vos há de achar. Núm. 32:23. No tempo em que piratas e corsários singravam o Mar das Antilhas, o navio de guerra britânico "Sparrow" suspeitou que o brigue "Nancy" estava carregando contrabando e mandou-o parar ao largo da costa do Haiti. Um exame dos documentos e da carga revelou apenas evidência circunstancial. Apesar disso, o capitão do "Sparrow" achou que tinha motivo suficiente para rebocar o "Nancy" ao porto de Kingston, na Jamaica, e acusar o comandante e a tripulação de transporte ilegal de carga. Enquanto isso, o oficial responsável por uma barca auxiliar da fragata britânica "Abergavenny", que por acaso singrava as mesmas águas, observou que vários tubarões se alimentavam de um novilho morto. Decidiu tentar apanhar um dos predadores por esporte e ordenou que o navio se colocasse ao lado do animal morto. Os marinheiros conseguiram arpoar um dos tubarões. Trazendo-o a bordo, abriram-no e descobriram em seu estômago um maço de papéis. Uma verificação revelou que pertenciam ao "Nancy". Certo de que aqueles documentos seriam úteis, o comandante rumou para Kingston. O "Abergavenny" chegou ao porto não muito tempo depois que o "Nancy" começou a ser julgado. O comandante e a tripulação deste, bem como seus advogados, tinham certeza de que o caso seria arquivado por falta de provas. Mas qual não deve ter sido a sua consternação ao verem de repente os documentos encontrados na barriga do tubarão! Em vez de serem absolvidos, foram condenados. "Todos pecaram." Rom. 3:23. Sabemos disso. Também sabemos que há evidências abundantes contra nós. Não importa quão bem escondidos julguemos estar os nossos erros, a menos que sejam confessados, perdoados e abandonados, um dia eles nos acharão - se não nesta vida, então no dia do

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juízo (Ecle. 12:14). "Os pecados de alguns homens são notórios e levam a juízo, ao passo que os de outros, só mais tarde se manifestam." I Tim. 5:24. Ao procurar deixar as coisas em ordem na sua vida, permita que o Senhor o guie. Não seja apressado nem tardio, mas deixe que Ele o dirija passo a passo. Por que Deus nem Sempre Ouve Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o Seu ouvido, para não poder ouvir. Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o Seu rosto de vós, para que vos não ouça. Isa. 59:1 e 2. Pouco depois de eu ter começado a namorar Vesta, hoje minha esposa, passamos pela casa da avó dela em Lodi, Califórnia. Durante a visita, vovó Sanford serviu-nos o seu delicioso pão integral feito em casa. Na visita seguinte, vovó estava doente, na cama. Conversamos com ela por algum tempo, depois fomos para a cozinha, onde fiquei com água na boca desejando uma fatia daquele gostoso pão. Em voz baixa, perguntei a Vesta onde ela guardava o pão, esperando que me fosse oferecida uma fatia. - Está dentro do pote de cerâmica no guarda-louças, ao lado da pia - disse vovó lá do seu quarto, deixando-me assustado. Eu não podia acreditar. Havia falado em voz bem baixa, mas vovó tinha escutado a mais de 7 metros dali, dois quartos adiante! - Ela consegue ouvir-nos? - perguntei a Vesta, praticamente movendo só os lábios. Vesta disse que sim, com a cabeça. Na outra vez em que visitamos a vovó e fomos à cozinha, tomei a precaução de cochichar minhas "necessidades" a Vesta. Bem, vovó não conseguiu entender o que eu disse, mas me ouviu cochichando. E disse lá do seu quarto: - Don, se não vale a pena dizer em voz alta, então é porque não vale a pena ser dito. Algumas vezes, quando minhas orações não são atendidas, me pergunto se a audição de Deus não seria um pouco menos aguçada que a de vovó. Você já se sentiu assim? Será que Deus realmente ouve nossas orações? É lógico que ouve! "O que fez o ouvido, acaso não ouvirá?" Sal. 94:9. Por que, então, Ele nem sempre nos responde? Quando Deus parece não ouvir nem atender nossas orações, há duas razões: ou nossas preces são impedidas por algum pecado acariciado (ver I S. Ped. 3:7; Isa. 59:1 e 2) ou pedimos com motivos errados (ver S. Tiago 4:3). Em outras palavras, nós pedimos, mas não segundo a vontade de Deus (I S. João 5:14). Assim, se você quiser que Deus sempre ouça e atenda suas orações, confesse e abandone pecados conhecidos e submeta sua vontade à dEle, compreendendo que Ele sabe o que é melhor. Romper com o Pecado Portanto, ó rei, aceita o meu conselho, e põe termo em teus pecados pela justiça. Dan. 4:27. Uma das lembranças que meu pai me deixou foi uma agendinha que ele conservava desde a adolescência. Numa das páginas aparecem estas palavras escritas com uma letra que não era a dele: "Prometo deixar de fumar assim que meu estoque de tabaco se acabe. (Assinado) Dudley." Um dia perguntei a papai se o tal Dudley tinha cumprido a promessa. Ele respondeu que, aparentemente, sim - por algum tempo. E contou que uma ou duas semanas mais tarde encontrou Dudley com um maço de Bull Durham no bolso da camisa. Quando papai lhe perguntou por que andava com aquilo de um lado para outro, Dudley brincou: "Levo o maço comigo para o caso de eu ser tentado." Alguns podem achar engraçada a resposta de Dudley, mas abandonar o mal não é uma questão divertida. Pode haver conseqüências eternas. Quando se trata de pecado, a melhor coisa é romper definitivamente, em vez de "ir levando" até conseguir livrar-se. É triste dizer que, não muito tempo depois de tentar fazer com que Dudley parasse de fumar, papai fugiu de casa, andou pelos caminhos do mundo e ele próprio adquiriu o hábito de fumar. Fico feliz porque Deus, em Sua misericórdia, não O abandonou. Dez anos mais tarde, papai assistiu a algumas

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reuniões evangelísticas e, pela graça de Deus, rompeu com o hábito de uma vez por todas. Antes disso, papai havia tentado várias vezes parar de fumar, diminuindo aos poucos o número de cigarros fumados por dia. Não conseguiu. Não quero dizer que Deus não possa usar esse método com algumas pessoas. Creio que Ele pode e o faz. Com efeito, creio que Ele até mesmo ajuda as pessoas que alegam ter parado abruptamente, gabando-se de que Deus não teve nada a ver com isso. Como podem ter tanta certeza de que Deus não teve nada a ver? Depois de tudo, quem pode dizer que por trás dos bastidores Deus, em Sua misericórdia, não os tenha ajudado? Em qualquer caso, o conselho inspirado de Daniel sugere que o método preferido de Deus é o de "pôr termo" nos pecados de uma vez por todas, e não aos pouquinhos. Se a Língua Pecar... Ora, a língua ... é mundo de iniqüidade; ... contamina o corpo inteiro e não só põe em chamas toda a carreira da existência humana, como é posta ela mesma em chamas pelo inferno. S. Tiago 3:6. Há muitos anos, quando meus pais eram missionários na Ilha da Madeira, papai viu um cartão postal que o impressionou. (Esse postal está hoje comigo.) Retrata um marido, de martelo na mão e um sorriso satisfeito nos lábios, pregando a língua desmesuradamente grande de sua esposa na mesa da cozinha. Ela está ajoelhada, com as mãos amarradas para trás. Na época em que papai viu esse cartão, nossa igreja em Funchal estava tendo problemas com as fofoqueiras (lá, eram chamadas bilhardeiras). Papai não costumava errar, mas dessa vez ele errou. Imaginou que as fofocas cessariam se ele pregasse o cartão no quadro de anúncios da igreja. Não cessaram. O cartão serviu para inflamar ainda mais o problema. A principal fofoqueira aparentemente se reconheceu na gravura e considerou-a uma ofensa pessoal contra o seu caráter. Por coincidência, pouco depois disso, começamos a receber um jornal da América. Um dos exemplares causou uma impressão indelével sobre a minha mente; mostrava uma mulher segurando uma toalha sobre a boca; estava obviamente sentindo muita dor. A história sob a ilustração declarava que ela era uma enfermeira que havia decidido curar-se do hábito da fofoca, cumprindo literalmente a instrução dada em S. Marcos 9:43-48. Havia cortado a ponta de sua língua. Não fiquei sabendo se o seu ato teve como conseqüência um efeito salutar. E dessa vez papai não pregou o recorte no quadro de anúncios. Alguns homens parecem pensar que só as mulheres fofocam. Estão errados! O mexerico de modo algum se restringe apenas a elas. Já conheci homens mexeriqueiros (eu, inclusive); só que nós dávamos a esse hábito o nome de "informação". De alguma forma, a mudança do nome fazia com que o ato parecesse quase bom.

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O INFERNO TEM FIM? Pr. Finley

"O assunto inferno voltou à baila. Depois de muitos anos de silêncio embaraçoso sobre essa questão, cristãos conservadores estão tentando demonstrar que o inferno é bem real, e eterno. Um livro de suspense, de Paul Thigpen, chamado "Gehenna" causou sensação. Conta a angustiante jornada de um homem pelos vários estágios do inferno. O sr. Thigpen descreve, entre outras coisas, um grande juiz demoníaco, imagine, cujo assento judicial parece uma cadeira elétrica. Quando os amaldiçoados vêm a ele e confessam seus pecados, ele ruge de felicidade e os joga num abismo, então eles explodem no ar. O livro também mostra um "lago dos inocentes", onde bebês abortados bóiam. Cada um estende a mãozinha, apontando através da água cristalina, e para o fundo transparente do lago, aquela pessoa, que provocou sua morte, encolhida na escuridão abaixo. Você sabe o que costuma acontecer quando as pessoas tentam visualizar o inferno? Eles acabam tornando-o menos real. Você sabe por quê? Porque é quase impossível imaginar tormento eterno. Um pastor estava pregando à sua congregação sobre os tormentos do inferno. Ele dissertou eloqüentemente sobre o "choro e ranger de dentes". Naquele momento, uma velhinha falou com voz estridente: "Mas pastor, não tenho dentes!" O pastor encarou-a firmemente e proclamou: "senhora, os dentes serão providenciados." Podemos tentar descrever o inferno de forma que faça sentido, tentamos até providenciar dentaduras para o ranger de dentes, no entanto, algo está errado nesta cena. Veja uma opinião do século 19 sobre esse assunto. No tratado chamado "a visão do inferno", é declarado: "a pequena criança está no forno quente. Ouça como grita para sair; veja como se vira e se contorce no fogo. Bate sua cabeça contra o teto do forno. Bate seus pezinhos no chão." Ou então, esta declaração de um famoso pregador: "seu coração desfaleceria se você soubesse que depois de milhões e milhões de anos, seu tormento não estaria mais próximo do fim do que quando começou, e você nunca, nunca, nunca seria libertado!" Sim, amigo, este é um pensamento esmagador. Tanto é que a maioria das pessoas, ou tenta esquecê-lo, e desiste da religião como um todo, ou perde a cabeça. Simplesmente não podemos entender o inferno eterno. É tão grotesco, tão indescritivelmente cruel, que parece irreal. Há ainda outro desafio com o qual os cristãos se deparam ao tentar visualizar o inferno. Isto é, para muitas pessoas, isso não faz nenhum sentido. Parece, na realidade, tremendamente injusto. Eles dizem o seguinte: por que deveriam indivíduos que pecaram por 70 anos sersentenciados por um Deus santo a uma eternidade de tormentos? Você percebe o problema? A penalidade parece fora de proporção para o crime. Até nossos mais cruéis e tirânicos juízes na terra não condenam ninguém a uma vida de tortura. As pessoas têm tentado responder a essa objeção. Alguns teólogos têm dito que já que Deus é eternamente santo e eternamente justo, então faz sentido que a sentença aos condenados seja o tormento eterno. Que tipo de jogo de palavras é esse? Não me parece muito convincente, o que você acha? Justiça eterna não exige tormento eterno, assim como pastos verdes não exigem vacas verdes. Outros defensores explicam da seguinte forma: os que estão no inferno, à medida que queimam nas chamas, gritam e blasfemam contra Deus. Isto é, continuam pecando. Portanto, é claro que sua sentença continua. Eles têm que continuar pagando por suas contínuas faltas. Bem, esse pensamento também não é muito confortador. Ele traz à mente um pai abusivo que continua batendo e espancando seu filho, porque este, não pára de chorar enquanto o pai o espanca. No entanto, com Deus, este círculo vicioso continuaria para sempre.

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O tema do inferno enfrenta alguns duros obstáculos. É tão cruel e grotesco, e tão feio, que é impossível harmonizar com o caráter de um Deus amoroso. Para todos os padrões humanos, parece ser completamente injusto. Então deveríamos simplesmente descartar a idéia da destruição dos ímpios? Deveríamos passar por alto as partes da escritura que se referem às chamas do inferno? Não, creio que não devemos. Há um modo de tornar o inferno bem real hoje. E isto é simples dando a ele um fim. Tenho uma razão para afirmar isto. E aqui está o porquê de poder afirmar isso como alguém que aceita a autoridade da palavra de Deus. Se você crê na Bíblia literalmente, você não pode acreditar num inferno eterno. Muitos, lendo este relato podem ter suposto que precisam acreditar no tormento eterno porque devem crer na Bíblia literalmente. Mas eu gostaria de demonstrar agora mesmo que o oposto é verdade. Vamos ler alguns textos. Vamos começar com o próprio Jesus. Ele é a única autoridade neste assunto de vida após a morte, e na questão da destruição dos ímpios. Veja o que Jesus diz em Mateus 10:28. Aqui, Cristo revela claramente a questão da vida, morte e inferno. Vamos tentar entender literalmente as palavras de Jesus. Ele diz: "Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo." Aí está. De acordo com Jesus, o que acontece no inferno? Alma e corpo são ambos destruídos. Não adianta imaginar que, embora um mero corpo humano fosse consumido rapidamente no fogo e enxofre, a alma do ímpio continuaria sofrendo eternamente. Não, a alma, o fôlego de vida, é destruída. No sermão da montanha, quando Jesus falou sobre o destino da humanidade no fim dos tempos, Ele disse que a porta estreita leva à vida, e largo é o caminho que leva à destruição. (Mateus 7:13,14). No mais conhecido verso da Bíblia, João 3:16, Jesus explica que Deus deu Seu Filho unigênito para que todo aquele que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Dois destinos são contrastados. Vida eterna e morte. Se analisarmos estas passagens literalmente o que devemos concluir? Que o inferno resulta na morte dos ímpios. Isto é, na verdade, o que as Escrituras afirmam de forma bastante clara. Os ímpios morrerão; serão queimados, totalmente consumidos, se tornarão cinzas, serão devorados. O apóstolo Pedro falou do dia do julgamento e do dia da destruição dos "homens ímpios", II Pedro 3:7. O apóstolo Paulo escreveu sobre aqueles que se tornaram inimigos de Cristo: "Seu destino é a destruição." Filipenses 3:18. Intelectuais nos dizem que a palavra grega traduzida por destruição é a mais forte palavra que poderia ser usada para significar a completa perda da existência. Sabe, às vezes nossa maneira de encarar afirmativas das Escrituras me lembram pessoas que chegam a uma placa de trânsito. Aquela grande placa octogonal vermelha com a palavra "pare", é lida de muitas formas. Algumas pessoas acham que significa "reduza." Outros a interpretam "olhe para os dois lados e depois pise fundo." Outros ainda parecem pensar que 'pare' significa "olhe para ver se tem um guarda, e então continue." Porém, é claro que algumas vezes um desses guardas de trânsito acaba nos parando e nos dando uma multa que nos lembra que 'pare', significa 'pare' mesmo. Podemos supor que todas as passagens bíblicas sobre a morte dos ímpios não devem ser entendidas literalmente. Podemos supor que a morte não significa realmente morte, e destruição não significa realmente destruição. Podemos ler aquelas palavras "tormento eterno". Se vamos entender a Bíblia literalmente, amigo, não podemos acreditar em tormento eterno no inferno. O inferno tem um fim, uma grande placa que diz "pare", acaba com a morte dos ímpios. Alguns de vocês podem estar pensando: "mas não há passagens bíblicas que falam literalmente do sofrimento eterno no inferno?" Vamos analisar isso. Aqui está um dos textos mais usados: Marcos: 9:47,48. Jesus está dizendo que se sua mão

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ou pé ou seus olhos fizerem com que você peque, seria melhor cortar fora um desses membros, do que ir para o fogo do inferno. Essa advertência é feita três vezes. O que essas passagens querem dizer? Por que às vezes parecem tão confusas? Bem, se estiverem fora do contexto da Bíblia, elas certamente parecerão confusas. Marcos 9:47,48 diz: "... seres lançado no inferno, onde não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga." O que significa um fogo que não se apaga? Muitos cristãos tomam estas palavras como uma descrição do tormento eterno. Eles imaginam um verme da consciência, atormentando os ímpios para sempre. Imaginam um fogo que não se apaga porque continua consumindo os perdidos para todo o sempre. O que o texto quer dizer literalmente? Você sabia que Jesus estava citando versos do livro de Isaías? Ele está se referindo à cena grotesca que o profeta descreve em Isaías 66:24: "Eles sairão, e verão os cadáveres dos homens que revaricaram contra mim; porque o seu verme nunca morrerá, nem o seu fogo se apagará..." O que está sendo descrito aqui? A condição de corpos sem vida, cadáveres. Ninguém está se contorcendo em agonia. Vermes, larvas estão destruindo carne morta; o fogo está consumindo os corpos. E qual é o sentido da passagem? Completa e total destruição. O verme não morre, o fogo não é apagado, até que tenham feito seu trabalho e nada sobre. Isto é o que a passagem descreve literalmente. Não fala de pessoas gritando em agonia e queimando no inferno. O texto concorda com todos os outros que dizem que os ímpios pereceram, foram destruídos. É preciso muita imaginação para supor que este verme realmente significa algo vivo dentro de uma pessoa, que não morre, mas continua sofrendo para sempre. No entanto, esta suposição é tão difundida que muitas pessoas a consideram um ensinamento bíblico. Isso me lembra a história que circulou, não faz muito tempo, sobre cientistas que cavaram um buraco muito fundo na Sibéria. Talvez você tenha lido esta história. Dizia-se que o buraco adentrava 14 quilômetros pelo interior da crosta terrestre. Dizia-se que chegava a um lugar onde a temperatura era de 1.100 graus centígrados. Os homens introduziram microfones naquela fenda e ouviram vozes humanas gritando, supostamente as pessoas atormentadas no inferno. Alguns insistiam que uma revista científica da Finlândia tinha documentado a descoberta. Bem, o documento nunca existiu. Era só o resultado de uma imaginação fértil. Obviamente a história era apenas um boato. Mas, sabe, acabou criando vida própria. E muitos, muitos crentes têm repetido isso como verdade bíblica. Amigo, um boato não se torna verdade só porque é repetido vez após vez. Temos que descobrir o que a Bíblia diz, literalmente. Alguns de vocês estão pensando, "um momento, o que dizer sobre aquele 'choro e ranger de dentes'?" Jesus não usa a frase punição eterna? Mark, como você vai explicar isto?" Bem, as expressões "choro e ranger de dentes" e "punição eterna" estão na Bíblia. Jesus as usou. Sim, haverá "choro e ranger de dentes", verdadeira angústia e horror, para aqueles que forem lançados nas "trevas exteriores". Quando Cristo vier em glória e os ímpios perceberem que não estarão desfrutando a eternidade com seu Deus, sua angústia será indescritível. Meu argumento é que Jesus não diz que o "choro e ranger de dentes" vai durar para sempre. Sim, Ele fala de punição eterna, ou ruína eterna. Mas essa frase sozinha não contradiz sua idéia de destruição dos ímpios. Note, a punição eterna é final. Um castigo que dura para sempre. Castigo eterno seria um estado de punição que continuaria para sempre. Se você é sentenciado à morte eterna, ou seja, se nunca mais voltará a viver, esta será uma sentença eterna. Temos alguns textos, no entanto, que nos dizem claramente que o fogo eterno do inferno resultará em total aniquilação. Em II Pedro 2:6, o apóstolo fala do Deus que: "... reduzindo a cinzas as cidades de Sodoma e Gomorra, ordenou-as à ruína completa, tendo-as posto como exemplo a quantos venham a viver impiamente." Parece que o destino de Sodoma e Gomorra é um exemplo do destino dos maus no fim dos tempos. Estão essas cidades ainda em chamas? Estão os ímpios cidadãos de Sodoma e Gomorra sendo atormentados ainda? Claro

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que não, seria ridículo pensar isto. Talvez eu esteja insistindo demais nesse texto. Vamos ler o verso 7 de Judas; aqui o escritor nos fala que Sodoma e Gomorra: "... são postas para exemplo do fogo eterno, sofrendo punição." Sodoma e Gomorra. Fogo eterno. Qual foi o resultado disso? Aniquilação total dos habitantes. Eles pereceram. Isto é o que devemos concluir sobre o inferno, se entendemos a Bíblia literalmente. Agora, vamos averiguar uma última evidência. Ela se encontra no livro do Apocalipse. Aqui está aparentemente a maior prova a favor do tormento eterno. Duas passagens em Apocalipse falam sobre o lago de fogo. Apocalipse 14 descreve aqueles que adoram a besta sendo consumidos pelo fogo e enxofre, e diz: "a fumaça do seu tormento sobe pelos séculos dos séculos." Apocalipse 19 fala da besta e do falso profeta e do diabo sendo atormentados para todo o sempre no lago de fogo. Esses textos certamente parecem descrever um inferno de sofrimento eterno. Há uma coisa, porém, que deveríamos manter em mente. O livro de Apocalipse está cheio de linguagem simbólica. Não é uma narrativa literal. É literatura apocalíptica, um tipo de escrito profético que mostra eventos através de imagens, vívidas, mas simbólicas. O Apocalipse nos apresenta um cordeiro que abre um livro, fala de escorpiões movendo-se num abismo sem fundo, um dragão fazendo guerra com uma mulher grávida, e bestas horrendas saindo do mar. Nenhum teólogo que eu conheço estuda estas imagens literalmente. Obviamente elas representam certos eventos importantes. O dragão e a besta que são atirados no lago de fogo são figuras simbólicas. A fumaça do tormento subindo pelos séculos dos séculos também é simbólica. É uma forma poética de falar sobre uma terrível conclusão, a natureza irrevogável do julgamento final. Afinal de contas, o profeta Isaías usou a mesma linguagem para falar do julgamento de Deus contra a ímpia Edom. Ele usou a expressão "para sempre". Isaías 34:9,10. A terra se tornaria "em piche ardente", ele disse, e não se apagaria de dia nem de noite; sua fumaça subiria para sempre. Isto é Edom. Hoje, porém, a terra de Edom não está em chamas. O fogo se apagou muito tempo atrás. O que Deus queria dizer, então? Ele estava usando linguagem poética para enfatizar a meticulosidade da destruição total. Ele estava falando de um julgamento que seria final. Isto é o que o lago de fogo bíblico quer dizer. Destruição completa e total. Apocalipse 21:8, nos diz claramente que o lago que queima com fogo e enxofre é a "segunda morte". Amigo, o inferno tem um fim. Os ímpios serão totalmente consumidos, morrerão, perecerão, serão aniquilados. Se quisermos acreditar num sofrimento sem fim no inferno, teremos que tirar os textos bíblicos de seu contexto, e distorcê-los. Teremos que usar textos altamente simbólicos do Apocalipse, ao pé da letra, e todos os textos literais da Bíblia, de forma simbólica. Isto é o oposto do que deveria acontecer. Se a Bíblia diz claramente, nos ensinos de Jesus, ou nas cartas de Paulo, que os ímpios perecem, são destruídos, são aniquilados, experimentam a morte, então devemos usar estas passagens para entender as vívidas imagens do Apocalipse, e, não o contrário, amigo. É por isso que posso dizer que, se você entender a Bíblia literalmente, não pode crer em tormento eterno. Amigo, eu creio que Deus irá secar toda lágrima. Creio que, depois que Jesus vier e acabar com o pecado, não haverá mais tristeza, ou choro ou dor. Creio que não haverá mais morte, porque tudo isso está literalmente prometido na Bíblia. Essas promessas, porém, não poderiam se cumprir. Seu cumprimento seria totalmente inviável se milhares de pessoas estivessem se contorcendo em agonia pelos séculos dos séculos. Sempre haveria lágrimas. Sempre haveria tristeza e dor. Eu nunca me esqueço de ter visto pela janela da minha sala as enormes chamas ardendo nas montanhas à distância durante os incêndios na Califórnia. Toda aquela fumaça crescendo em direção ao céu foi uma visão e tanto. Eu podia ouvir as sirenes dos carros de bombeiros que acorriam ao local, o ronco dos helicópteros carregando

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produtos que retardam o fogo. Depois que o fogo se apagou, pude ver quão negras as montanhas haviam se tornado. E posso dizer-lhe que foi um sentimento horrível. Numa hora assim você pensa nos lares que se tornaram lixo em poucos minutos. Você se pergunta quantos perderão a vida à medida em que o fogo é levado pelo vento em direção ao oceano. Numa hora como essa, só há um pensamento na mente: espero que eles apaguem o fogo a tempo. Oro para que não continue queimando. Você não pode imaginar um holocausto assim continuando por muito tempo, causando tanta ansiedade e sofrimento. Amigo, eu sei que o inferno precisa ter um fim. Tudo que Jesus nos mostra sobre Deus o Pai nos leva a crer nisso. Tudo que sabemos sobre justiça nos leva a crer nisso. Mas, acima de tudo, isto é o que a Bíblia ensina literalmente. Depois da vinda de Cristo, depois que este mundo for purificado pelo fogo, todas as coisas serão novas e maravilhosas. A Bíblia diz que, em lugar da ruína do pecado e da morte, a paz e o amor de Deus florescerão para todo o sempre. Sim, haverá choro e ranger de dentes. Sim, haverá um tragédia inconcebível se você perder a vida eterna que Deus preparou, perder aquela vida para sempre com Deus. Mas Deus acabará com todo o sofrimento. Ele apagará do universo o pecado e a morte. Não quero estar entre aqueles que perecerão no fogo do inferno. Não quero ser parte do problema que será resolvido com a purificação do fogo. Quero estar entre aqueles que se apegam a Deus o Pai, o Único que não quer que nenhum de seus filhos pereça. A vontade dEle para você é vida eterna com Cristo. Façamos a escolha deste destino agora mesmo.

ORAÇÃO: Pai, te agradecemos por nos advertir dos terrores da segunda morte, e por haver um fim para as lágrimas, o sofrimento e a morte. Não queremos nos afastar de Ti. Queremos dar-te nossa fidelidade, nossa confiança, nosso amor, em medida cada vez maior. Entregamos agora nossa vida a Jesus Cristo, nosso Salvador e Senhor. Obrigado pelo privilégio de recebê-Lo de braços abertos quando Ele vier para reinar. No nome de Jesus, amém.

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Verdades para um Mundo Assustado

Quase todo mundo está com medo. Medo de virar a última página da história e ler em grandes letras: fim. Medo de que as previsões dos cientistas, religiosos e ecologistas se concretizem de uma vez. Medo de ver o nosso planeta transformado em cinzas e condenado a girar para sempre pelo espaço a fora!

Por todos esses temores, faz sentido perder as esperanças? é razoável concluir que Deus não há nada além daquilo que podemos ver e tocar?

Jesus sabia que a nossa geração seria marcada pelo medo. Ele disse: "Homens desmaiando de terror, na expectação das coisas que sobreviverão ao mundo. Porquanto as virtudes do céu serão abaladas. E então verão vir o Filho do homem numa nuvem, com poder e grande glória." São Lucas (NT) 21:26 e 27.

Os homens estão temerosos diante do que está acontecendo e na expectativa do que vai acontecer. Nunca uma geração esteve tão irrequieta, tão sobressaltada quanto a nossa. Homens e mulheres estão pulando de teoria, de especulação, de culto para culto. Estão tentando encontrar algum sentido para a vida, alguma razão para a existência, alguma esperança.

Mas temos que viver de um lado para o outro como rolhas num mar de incerteza e medo? Não, não temos, pois no meio de todo esse desespero existe um livro muito diferente. é a Bíblia! Há certeza em cada uma de suas páginas e é um livro cheio de esperança! A Bíblia está cheia de esperança porque oferece uma saída para o nosso dilema. Está cheia de esperança por causa do Salvador que ela revela. Está cheia de esperança porque a cruz do Calvário está no centro de tudo!

A Bíblia é um livro que tem transformado inimigos em amigos; tem transformado assassinos em seguidores de Cristo e homens fracos e vacilantes em defensores destemidos da cruz. Este é o livro que estaremos estudando juntos.

Alguém pode dizer: "Não consigo entender a Bíblia. Com os Evangelhos não tenho dificuldade, mas não compreendo muita coisa além disso." Outros acham o Velho Testamento cansativo. E o que dizer do livro de Apocalipse, com todos os seus símbolos? O que devemos fazer? Como devemos estudar a Bíblia?

Todos podemos ler a Bíblia do começo ao fim. Podemos saber por nós mesmos o que existe lá. Também é muito gratificante estudá-la por livros ou capítulos separados. Entretanto, se quisermos descobrir o que a Bíblia ensina sobre um determinado assunto, existe um modo mais direto e Jesus o demonstrou no dia da Sua ressurreição.

Era tarde de domingo. Ele andava com dois de Seus seguidores pelo caminho de Emaús. Eles não sabiam quem era Aquele estranho e não podiam imaginar que fosse Jesus. Partilhavam com Ele do Seu desapontamento dizendo que qualquer outro homem. Eles achavam que tinham cometido um engano. E o que Jesus fez?

São Lucas (NT) 24:27 diz: "E começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dEle se achava em todas as Escrituras." Jesus queria que eles vissem que Ele era quem afirmava ser. Queria que eles vissem que Ele viera para morrer. Por isto Ele veio: para morrer em nosso lugar. Esse foi o assunto naquela estrada. E como Ele o desenvolveu? Reuniu o que Moisés, os profetas e todos os escritores da Bíblia tinham dito sobre Ele. Esse era Seu método de estudar a Bíblia. Esse método de estudar a Bíblia era novidade? Não. Encontramos o mesmo método descrito no livro de Isaías(VT), o profeta, no capítulo 28:9 e 10: "A quem pois se ensinaria a ciência? E a quem se daria a entender o que se ouviu? ao desmamado, e ao mandamento, mandamento sobre mandamento; regra sobre regra, regra sobre regra; um pouco aqui, um pouco ali."

Quem entenderá a mensagem? A quem Deus dará o conhecimento da Sua palavra e da Sua vontade? Temos sentido muitas vezes que somente os líderes religiosos e os rabinos, os ministros e doutores de teologia poderiam entender a mensagem e nós deixamos essa tarefa para eles. Porém, por mais entendidos que eles possam ser, é indispensável que pesquisemos a Bíblia por nós mesmos. Há tanta coisa em jogo que não podemos deixar apenas para os profissionais.

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O que a Bíblia sugere é que existe um método simples, direto e seguro de estudá-la. Sim, o modo seguro de estudar a Bíblia é deixá-la se explicar sozinha. A melhor maneira de entender sua mensagem é juntar tudo o que os vários escritores têm a dizer sobre um determinado assunto, preceito por preceito, linha por linha, um pouco aqui e um pouco ali.

O que é um preceito? Um preceito é uma declaração da verdade, uma ordem ou uma orientação para o nosso entendimento e comportamento. Assim, se um texto não traz um idéia muito clara, outras passagens o explicam. Podemos não entender uma declaração feita por Paulo, mas unida ao que Pedro e Tiago dizem, o assunto se esclarece. Pode haver uma passagem que jamais entenderemos se a lermos sozinha, isolada; mas se a juntarmos a outras passagens sobre o mesmo assunto, se tornará clara.

Suponhamos que você esteja junto a um católico romano sincero, a um bom amigo metodista e a um batista fiel. O católico entende a passagem de modo diferente do metodista, que por sua vez a entende diferente do batista. Agora qual da três pessoas está certa? Qual delas está vendo a verdade sobre esse texto?

Pense a respeito. O batista é fiel? O amigo metodista é fiel? O católico é fiel? O que você diria? Todos os três estão lendo a mesma mensagem, mas cada um de sua própria perspectiva, de seu próprio passado, de seu próprio doutrinamento; por isso cada um vê essa passagem de modo diferente. Portanto, o método que Jesus usou, proposto na própria Bíblia, na passagem que lemos há alguns instantes, resolve esse dilema.

Deus jamais quis que a verdade bíblica fosse descoberta pelo estudo de uma única passagem isolada de seu contexto. E jamais quis que estudássemos a Bíblia baseados apenas em nossa vivência denominacional. Em vez disso, devemos checar nossas crenças e descobrir o ensinamento claro das Escrituras ajuntando o que os seus vários escritores dizem a respeito de um determinado assunto.

Quanto mais passagens colocamos alinhadas sobre um único assunto, mais segura é a interpretação. Existem passagens que, vistas isoladamente, simplesmente não são claras. Não sabemos o que querem dizer. Existem pessoas que argumentam a respeito delas, especulam e a tendência é tentar fazê-las dizer o que querem que digam. Assim, é fácil errar. Mas, se usarmos o método que Jesus usou, estaremos seguros.

Alguns, por muito tempo, têm tentado entender a Bíblia por si mesmos. Entretanto, não têm sabido como proceder. Você sente que precisa de ajuda, precisa de um professor em quem possa confiar? Quem seria um professor imparcial? Existem tantas igrejas, tantas crenças, tantas vozes, todos afirmando estar certos, mas com tantas diferenças, tantas contradições. Então você se retrai e pensa: "Se eu estudar a Bíblia com um de meus amigos católicos, provavelmente me tornarei católico, mas se seu estudar com um amigo presbiteriano, as evidências apresentadas provavelmente me parecerão igualmente convincentes. E se o meu professor for testemunha de Jeová ou um mórmon? Eles também são convincentes. Eu sou um vítima da dúvida. Qual é o orientador que devo escolher? Posso ser malconduzido, apesar da minha sinceridade em querer achar a verdade? "

é simples entender como você se sente. Há uma passagem que irá deixá-lo tranqüilo. é uma promessa de Jesus Cristo e está em São João (NT) 7:17: "Se alguém quiser fazer a vontade dEle, pela mesma doutrina conhecerá se ela é de Deus, ou se eu falo de Mim mesmo.

Aí está um linda promessa! Se você quiser saber a vontade dEle e se estiver disposto a cumprir essa vontade, você não será malconduzido. você reconhecerá a verdade ou perceberá o erro. Isso não lhe traz confiança? Você pode testar tudo o que ouvir, tudo o que vir e tudo o que ler. Você pode testar tudo por esse método e, se fizer isso, não terá como errar.

Existem muitas coisas emocionantes pela frente, e isso não é nenhum exagero, porque a verdade para o final dos tempos é realmente empolgante. A segunda carta de São Pedro (NT) 1:12 diz: "Pelo que não deixarei de exortar-vos sempre acerca destas coisas, ainda que bem as saibais, e estejais confirmados na presente verdade." Destacamos as palavras "na presente verdade", ou seja , verdade para agora. Verdade que precisamos conhecer se quisermos estar preparados para o que vem adiante. Verdade contemporânea. Verdade para os nossos dias, dias dos mais importantes em toda a história, quando Jesus está para retornar, quando o tempo está se esgotando, quando o destino de cada homem, mulher e criança está sendo decidido.

Não existe nenhuma verdade ou mensagem especial para a mais significativa de todas as horas? Teria Deus Se esquecido de nós? Não. Deus tem uma mensagem especial e ela está na Bíblia, em Apocalipse (NT) 14:6 a 12. Comecemos com o versículo 6: "E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a Terra, e a toda a nação, e tribo, e língua, e povo."

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Essa mensagem é chamada de o evangelho eterno, não alguma coisa nova ou estranha, não algo que o homem tenha inventado. é o mesmo evangelho encontrado por todo Velho e Novo Testamentos, mas é dado com um novo senso de urgência para esta época em particular. é a presente verdade, verdade contemporânea para a era precária em que vivemos: e refere-se a questões de vida ou morte. Essa mensagem é tão importante, tão urgente, que deve ir, e irá, e está indo, para todas as nações, línguas e povos ao redor do mundo.

O versículo 7 diz: "Dizendo com grande voz: temei a Deus e dai-lhe glória; porque vinda é a hora do Seu juízo. E adorai Aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas."

Que mensagem é essa que vai com grande voz por todo o mundo? Tema a Deus, não tenha pavor dEle, mas O reverencie. Honre, adore, coloque a Deus em primeiro lugar e então, dê glória a Ele. Não a nós mesmos, não às nossas realizações, não à tecnologia, mas dê glória a Deus. E por que essa mensagem é tão urgente? Porque resta pouco tempo e chegou a hora do julgamento de Deus.

Agora os registros de homens e mulheres estão sendo revisados e seu destino decidido. Estamos no final dos tempos, não resta muita coisa mais. O que Deus nos pede para fazer neste final dos tempos? Adorar o Criador, Aquele que fez o Céu e a Terra. Esta geração está fazendo isso? Os estudantes nos grandes centros de aprendizagem estão sendo ensinados a adorar a Deus como Criador? Não. Eles estão sendo ensinados a reverenciar as longas teses do acaso e das transformações. Mas no passado, quando o Senhor Jesus mandou Seu anjo ao profeta João e deu a ele as Revelações do Apocalipse, Deus sabia o que era necessário hoje. Ele sabia que esta geração iria negar Seu ato criativo e Ele os chama de volta para adorarem o Criador do nosso mundo. Pode alguma coisa ser mais apropriada?

No versículo 8 encontramos a mensagem do segundo anjo. "Caiu Babilônia", o símbolo de todo culto falso. Tornou-se irremediavelmente corrupta. A seguir, a mensagem do terceiro anjo, que é encontrada nos versículos 9 a 11, é uma advertência solene contra a falsa adoração. é uma das advertências mais sérias encontradas em todas as Escrituras.

Essas mensagens, simbolizadas por três anjos voando pelo meio do céu, são o último chamado de Deus à raça humana. Mas quem dará essas mensagens? A que tipo de pessoa Deus confiará mensagens tão importantes, tão vitais. Encontramos uma boa pista no versículo 12: "Aqui está a paciência dos santos: aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus." Os mandamentos de Deus e a fé de Jesus, evidentemente, pertencem um ao outro.

Pode parecer coincidência, mas em Apocalipse (NT) 12:17 encontramos quase a mesma coisa. é sem dúvida alguma um sinal de identificação, mas como saberemos se esse é um povo dos últimos dias e que as mensagens dos três anjos são mensagens do final dos tempos?

O primeiro dos três anjos anuncia que a hora do juízo de Deus é chegada. Desde que Jesus disse que o juízo viria no final dos tempos, isso faz dela uma mensagem do final dos tempos. E sabemos também porque as mensagens simbolizadas pelos três anjos se seguem quase imediatamente, nos versículos 14 a 16 por uma descrição do Senhor Jesus descendo dos céus para colher a seara da terra.

Começando com o versículo 14, lemos: "E olhei, e eis uma nuvem branca, e assentado sobre a nuvem um semelhante ao Filho do homem, que tinha sobre a Sua cabeça uma coroa de ouro, e na Sua mão uma foice aguda. E o outro anjo saiu do templo, clamando com grande voz ao que estava assentado sobre a nuvem: Lança a Tua foice, e sega; é já vinda a hora de segar, porque já a seara da terra está madura."

Jesus disse que a seara é o fim do mundo e os ceifeiros são os anjos. A segunda vinda de Cristo, logo após a mensagem do final dos tempos, é o glorioso clímax. Esta é a esperança de cada cristão. O último chamado de Deus para este planeta rebelde foi e está sendo partilhado com todos!

Esta é a hora emocionante em que vivemos, uma hora quando os sons da Sua vinda já estão bem próximos de nós, pois tudo o que acontece, cada incêndio catastrófico, cada terremoto, cada vulcão em erupção, cada inundação devastadora, cada ameaça de guerra, tudo está dizendo uma coisa: Jesus virá em breve!

A maneira como reagiremos a tudo isso depende inteiramente do nosso relacionamento com o Senhor Jesus Cristo. Se O temos rejeitado e recusado o sacrifício que Ele fez por nós no Calvário, Sua volta não será bem-

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vinda, mas se fizermos dEle nosso Amigo e Salvador, os sons de Sua vinda serão para nós a confirmação de que a vida eterna é uma realidade.