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Artigos Terapia ocupacional: produzindo uma clínica de atenção às dependências. Autora: Solange Tedesco, terapeuta ocupacional, graduanda em Saúde Mental na Unifesp,coordenadora técnica do CEIO. Endereço: R. Tamres Bastos 29 apto 53, Perdizes São Paulo - SP Resumo: o artigotmta da intenençãoe de uma prqxsta da amstrução de enunciadas da terapia ocujX1donal na clínica das dfp?ndências, ~mente da dínica de adde:rente; usuária; de suJ:i;tâncias químm. Procura descrever uma nova proposta de intervenção, que mesmo sendo cksenwlvida num centro de tratamento especificopara dependentes, pode servir de reflexãopara outras Práticas clínicas. Propõe um Projeto de im:estigação cient[fica na tentatim de utilização de instrumentos próprios da área da terapia ocupacional e criação de enunciados teóricos- técnicos. Palavras-chaves: Terapia Ocupacional- tEoriatécnica - adolescência - uso de drogas ORIGEM DA PROPOSTA O CETO vem se caracterizando como local de formação onde se destaca o estudo sobre o processo terapêutico e a clínica em terapia ocupacional. Observamos que inicialmente foi-nos possível,através da observação da clínica,compor e organizar técnicas de intervenção em terapia ocupacional. No segundo momento, passamos a nos interessar pelo desenvolvimento do que chamamos "cultura acadêmica da clínica" no CETO. Essa cultura tem nos possibilitado compartilhar abordagens de intervenção que possam ser reproduzidas, ensaiadas e enunciadas. A necessidade de associações clínico-teóricasnos remete a uma forma espeáfica de observação da clínicada terapia ocupacional, que passa a constituir um campo de investigação e ex:ç,erimenta;, nâo apenas de verificação00 confirmaçãode enunciaclc6, mas da prcrluçãodeses. A proposta aqui parte entâo da descrição de uma nova prática para a formulação de enunciados. Como parte deste trabalho, descrevo o projeto desenvolvido dentro do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes (PROAD)e de um programa espeáfico para adolescentes usuários de drogas. Generalizo a necessidade de discussão dentro de uma equipe interclisciplinardosencaminhamentos para práticas espeáficas. Particularizo a criação de um programa que inclui a terapia ocupacional como procedimento de intervenção cuja técnica possibilita a intensificação do contato terapêutico, facilitadorpara fases iniciaisou breves de tratamento, que inclua situações graves ou de crises. A TERAPIA OCUPAOONAL NA CLÍNICA DAS DEPENDÊNCIAS Tendo como objetivo discutir os procedimentos de intervenção da terapia ocupacional com adolescentes usuários de substâncias químicas e constituindo nossa intervençãonumprogramaambulatorial, partimosde dois pressupostospara a reflexãodesta proposta: 1) INDICAÇÃOTERAPÊUTICA: como em qualque! abordagem,os encaminhamentospara uma intervençb espeáfica de terapiaocupacional- individualou grupa:- se dá a partir de uma indicaçãoclínica.Essa indicaçã: terapêuticadeve fazer parte do projeto de tratamentc - projetosempre discutidoe reavaliadofrente a avaliaç:, 1 16 REVISTA DO CENTRO DE ESTUDOS DE TERAPIA OCUPACIONAL . Volume 2 . nO2 . 1997

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Page 1: Artigos Terapia ocupacional: produzindo uma clínica de ... · ambulatorial do Departamento de Psiquiatria e Psicologia Médica da Escola Paulista de Medicina - UNIFESP. No ... individual,

Artigos

Terapia ocupacional: produzindo umaclínica de atenção às dependências.

Autora: Solange Tedesco, terapeuta ocupacional,

graduanda em Saúde Mental na Unifesp,coordenadoratécnica do CEIO.

Endereço: R. Tamres Bastos 29 apto 53, PerdizesSão Paulo - SP

Resumo: o artigotmta da intenençãoe de uma prqxsta da

amstrução de enunciadas da terapia ocujX1donal na clínica

das dfp?ndências,~mente da dínica de adde:rente;

usuária;de suJ:i;tânciasquímm. Procura descrever uma

nova proposta de intervenção, que mesmo sendo

cksenwlvida num centro de tratamento especificopara

dependentes, pode servir de reflexãopara outrasPráticas

clínicas. Propõe um Projeto de im:estigaçãocient[fica na

tentatim de utilização de instrumentos próprios da área

da terapia ocupacional e criação de enunciados teóricos-técnicos.

Palavras-chaves: Terapia Ocupacional- tEoriatécnica -

adolescência - uso de drogas

ORIGEM DA PROPOSTA

O CETO vem se caracterizando como local de

formação onde se destaca o estudo sobre o processoterapêutico e a clínica em terapia ocupacional.Observamos que inicialmentefoi-nos possível,atravésda observação da clínica,compor e organizar técnicasde intervenção em terapia ocupacional. No segundomomento, passamos a nos interessar pelodesenvolvimento do que chamamos "culturaacadêmica da clínica" no CETO. Essa cultura tem

nos possibilitado compartilhar abordagens de

intervenção que possam ser reproduzidas, ensaiadase enunciadas.

A necessidade de associações clínico-teóricasnos remete

a uma forma espeáfica de observação da clínicada terapia

ocupacional, que passa a constituir um campo de

investigação e ex:ç,erimenta;,nâo apenas de verificação00

confirmaçãode enunciaclc6,mas da prcrluçãodeses.

A proposta aqui parte entâo da descrição de uma nova

prática para a formulação de enunciados. Como parte

deste trabalho, descrevo o projeto desenvolvido dentro

do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes

(PROAD)e de um programa espeáfico para adolescentes

usuários de drogas.Generalizo a necessidade de discussão dentro de uma

equipe interclisciplinardos encaminhamentos para práticas

espeáficas. Particularizo a criação de um programa que

inclui a terapia ocupacional como procedimento de

intervenção cuja técnica possibilita a intensificação do

contato terapêutico, facilitadorpara fases iniciaisou breves

de tratamento, que inclua situações graves ou de crises.

A TERAPIA OCUPAOONAL

NA CLÍNICA DAS DEPENDÊNCIAS

Tendo como objetivo discutir os procedimentos deintervenção da terapia ocupacional com adolescentesusuários de substânciasquímicas e constituindonossa

intervençãonum programaambulatorial,partimosde doispressupostospara a reflexãodesta proposta:

1) INDICAÇÃOTERAPÊUTICA:como em qualque!'

abordagem,os encaminhamentospara uma intervençbespeáfica de terapiaocupacional- individualou grupa:-se dá a partirde uma indicaçãoclínica.Essa indicaçã:-.terapêuticadeve fazer parte do projeto de tratamentc-projetosempre discutidoe reavaliadofrentea avaliaç:,1

16 REVISTA DO CENTRO DE ESTUDOS DE TERAPIA OCUPACIONAL . Volume 2 . nO 2 . 1997

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diagnósticada equipe que atende ao paciente e suaconsequentepropa;ta de intervenção.Podendo a equipediscurirdinamicamenteo diagnóstico,cada componentepode qualificara relaçãoa qualseu pacientevivefrenteaosintoma,ou freateao sistemaaiado pelo sintoma.:":mda; pontos p~tes na discussãopara indicaçãodainI~:enção da terapiaocupacionalparaindivíduousuáriode substânciaquímicaé o da avaliaçãoda necessidadede.;..~ abordagemque contextua1izaeste indivíduofrentea~-n projeto de vida, antigo ou inédito, e que.para ao:xx:retizaçãodesteprojeto,o indivíduoalvoda intervençãonecessitede uma nova otganizaçãocotidiana.O prinápioda construção dessa organização não é apenas aorganizaçãoinstitucional,familiar,profissional,mas, a dapossibilidadedesteindivíduoexperimentarfonnasde fazere que este seja seu fazer organizador. Para isso, osprodutos criados devem possibilitar um caminho deassociações que incluam as produções e os projetos,mesmo os que foramabandonados ou nunca acessadosdevidoao uso de drogas.Esse é o caminho que pode abrir a possibilidadedaconstrução de significaçõese sentidos para que esseindivíduopossa reescreversua forma de relaçãocom omundo,tambémcom os produtosque o mundo oferece,inclusiveasdrogas.Fst:ecaminho,que parteda criaçãodopróprioindivíduopara sua contexrualizaçãona culturaena sociedadeé amparado pelo procedimentotécnicodaterapia ocupacional (constituído pela relação triádicaterapeuta-atividades-paciente),na intersecção que estaabordagem proporciona entre o pedagógico e oterapêutico (1). Ensinara fazer atividades,aprender eapreender que o fazer se faz com as próprias mãos enessaprodução cada um escrevesua própriahistória.--\.identidadede "drogado","viciado","maluco-beleza",doidão",é adquiridatambém por um fazer,só que este

aprisionadoem sipróprio,não permitindoassodaçõesoutransformações. Na clínica da terapia ocupacional,construímosartesanalmente-poisé uma produçãoúnica- a possibilidade de cada um ser reconhecido e sereronhecer por outrosfazeres.

2) PROCEDIMENTO INS1ITUCIONAL: utilizando as

coocepções de Paul Fustier (2) podemos considerar a

institUição como uma estrutura de três patamares: a

superestlUtUra,que permite observar o funcionamentocotidianoe que se otganizaem dois níveisdiferentes,ainfraestrutura, que é imaginária, composta pelosorganizadorespsíquicosque resultamda relaçãodo afetocomatarefapropa;ta e umaZoml inJer1r1ediáriachamadade "ideológico-teórica", que capta as correntes depensamento,asteoriase asideologiasexternasà instituiçãoe as transformaem projetos próprios. Essa leituranospermite compreender que para o funcionamentoinstitucionalhá uma combinaçãoentre o exteriorsodal eum organizador psíquico. Podemos localizar aqui oprocedimentoinstitucionalcomoa formacoma qualumaequipe articulaa tarefae o desejoem lidarcom a tarefa.No nosso caso, a tarefaé o tratamentode adolescentes

usuáriosde drogas,incluindoosdependentes,os usuáriosrecreativose os usuáriosproblemáticos.Nossoobjetivoémanter desde o inícioa maiorpossibilidadede inserçãosodal destesadolescentes,diagnosticandováriassituaçõesde inserçãoproblemática.Apesar do uso de drogas, osadolescentesrelacionam-secom seus familiares,tentam

estudare trabalhar,têm amigos,turmas,habilidadescriativas.

São adolescentesque estão beirando uma desinserçãopela repetiçãode investimentosfracassados.O tratamentopode se tornar mais um investimentofracassado.Aqui,organizamoso grupo de terapiaocupacionalcomo umaabordagem que intervém nos momentos iniciais dotratamento,dandosustentaçãoparauma inserçãopossível.Paraesteensaioque se propõe a fazerassodaçõesteórico-técnicas, utilizareias observações feitas no que estouchamando de procedimento institucional.Fscolhemoscomo campo para intervençãoe observaçãoda clínicaapopulaçãode adolescentes,por serconsiderada,após umlevantamento bibliográfico,a de menor aderência aotratamento.O uso de drogasem populações jovens,e aqualidade dos produtos consumidos (ex: crack), têmmobilizado uma discussão crescente, não só entre osprofissionaisda saúde como em vários segmentos dasociedade.

PROGRAMA ESPECÍFICO PARA

ADOLESCENTES usuÁRIos DE DROGAS

Fst:eprograma faz parte do Programa de Orientação eAtendimento a Dependentes - PROAD-=-C()ffió propa;ta

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ambulatorialdo Departamentode Psiquiatriae PsicologiaMédica da EscolaPaulistade Medicina- UNIFESP.No

Proad desenvolve-se programa de assistência,ensino,pesquisae prevençãona área das dependências,e é umdos programasde estágiopara o cursode especializaçãode terapeutasocupacionaisem saúde mentalda Unifesp.Há quatro anos inidamos u projeto de assitênda,comenfoque na adolescência, por acreditarmos naespecificidadedessademanda.Apartirda obselVaçãodocaminho institucionalperconido pelos adolescentesnoprogramageral,algunspontosforamfundamentaisparaaanálisee propostade um programaespeáfico:-baixaaderênda ao tratamento.

- procura da instituição de tratamento num momentode crise, no sentido abrupto e interruptivo de algumaesfera vital.

- abandono do tratamentono instantede uma primeiraaparenteadaptação(afrouxamentoda vigilândados pais,voltaà escola,retomadaao esporte).- permanência na instituição dependendo de umareotganizaçãopragmáticaou do tempo necessárioparadiminuira angústiaou a ansiedadedos pais.- os adolescentes chegavam ao programa geralmenteacompanhados por pais,familiares,amigos,etc.- os adolescentesque aderiamao tratamentoprocuravamtrazerao programaos amigosque também faziamuso dealgum prcx:iuto.- a alta incidênda de condutas de risco como: roubo,

prostituição, rruugina1idade.

-uso deváriassubstânciasconjuntamente,apesarda queixainicialse referira um prcx:iutoespeáfico.-a aceitaçãodo meiosociale familiardo usode substânciaslícitas, principalmente o álcool, mesmo que usadoabusivamente.

Inidamos uma discussãoa partirda constataçãode queestespontosalavam um fluxoparticular.Fezsentidoumacompreensão mais ampla da relação "adolescentes-usode drogas".Foi constituídauma equipe de profissionaisinteressadosnum trabalhocom essa população,mando-se um programaque enfatizaas intelVençõesterapêuticasdesde os momentos iniciaisdo tratamento.

Enquanto procedimento institucional enfocamos aintelVençãoda terapia ocupacional como fundamentalparasustentaçãoe aiação do quedenominamos"superflcie

de aderência", superfície que propicia um contatoterapêutico suportivo e facilitador para osencaminhamentos futuros.

O programade adolescentespartedos mesmosprinápiosclínicosque norteiamtodosos programasdo Proad:nossademanda é espontânea e a procura ao tratamentose dávoluntariamente.todos os adolescentesque procuram oProad são encaminhadospara um programa que inclui:Grupo de Acolhimento,Grupo de TerapiaOcupacional,Grupo de Familiares.A partirdo diagnósticofeitonestastrêsabordagens,o adolescenteé encaminhadoparaumatriagem individual,onde a partir daí, com a coleta detodos os dados clínicos,discute-seum encaminhamento

espeáfico para: acompanhamento clínico,psicoterapiaindividual, psicoterapia grupal, terapia ocupacionalindividual,terapiaocupacionalgrupal,terapiafamiliar.

ATENDIMENTO EM TERAPIA OCUPAQONAL

O parâmetro clínico que utilizo inicialmente é o daintervenção da Terapia Ocupacional na Crise(Benetton,l995)G), por acreditarque a proposta de umatendimentode terapiaocupacionalnas fases iniciasdotratamento proporcionam um espaço de suporteotganizadore reorientadorpara o paciente,sendo eficaztanto para o aumento da aderênda ao tratamentocomoparauma rápidareconstruçãoda realidadeexterna,trazidapeloadolescentecaoticamente.Essareconstruçãoviabilizaoutrasintervençõesterapêuticas,tantoparaosadolescentescomo para seus familiares,passando a ser o primeiromomento em que se pode olhar para uma realidadeconcretaonde existemoutrasdificuldadesalémdo uso de

drogas.Os adolescentese osfamiliarespodem compareceraos respectivosgrupos de acolhiméntoque acontecemduas vezespor semana.Paraos adolescentes,o grupo deacolhimento agrega duas abordagens: a verbal e osprocedimentosde terapiaocupacional.O acolhimentotem como propostageralcriarum espaçode suporte para a crisetoxicômana(DartiuSilveira,1986)(4)e serum espaçode compartilhamentode experiênciasde vida.ObselVamosque na abordagemverbal,o grupotende a polarizara experiêndado consumoda substânda-prazerx desprazer.Existeuma certahorizontalidadenas

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experiênciasrelatadase uma tentativainfundada de se

construirfalassobre o desejo. Pensamos que a fala doadQlescenteusuário de drogas pode representar suanecessidadee não o seu desejo. essa necessidade estámergulhadana ambivalênda,entre outrasa do querer -não querer consumir o produto. Como terapeutasocupadonais,estamosno grupo verbal,mesmo quandoo coordenamos, na espera de algum lapso ouafrouxamentodestaambivalêndae é nestelapsode tempoque pode aparecerurna construçãodesejante,que podeser individualou se tornargrupal.Este relaxamento daambivalência ocorre num instante muito breve e

rapidamente o adolescente e o grupo se voltam paraa circulação viciante da fala sobre sua experiênciacom a droga.Nós, terapeutas ocupadonais capturamos este instante,

verticalizamos o projeto manifestado como desejo,transformando-o em produção e é essa captura quelevamoscomopropostade construçãonogrupode terapiaocupadonal.

Ritualizamosestesdoismomentos,na mudançado setting,na mudançada coordenaçãodo grupoe no oferedmentoe indicaçãodas atividades.

A indicaçãode témicas individuaisem grupo ou grupaispara a utilizaçãodas atividadesexigem uma agilidadeeurnaposturaativada terapeuta.Aindicaçãodasatividadesnestaclínicatem como propósitoconstruirconcretamenteumcampode possibilidadesparaa recuperaçãoou criaçãode um projeto na realidadeexterna, um projeto de serconstruídopelo fazer.Entendemosque se não houver acaptura desse desejo e o suporte terapêuticopara a suaconcretização,ele novamentecai no vazio.

Na medida em que essa intelVençãovalidaa realizaçãode um projeto próprio, muitas vezes desconhecido,

inidamosum caminhode asseguramentoe manutençãopara condutassaudáveis.

Num projetopiloto,constatamosque a partirda criaçãodeste programa, a aderênda ao tratamento aumentou

significadamente. Com isto, passamos a procurarinstrumentos que pudessem auxiliar na verificaçãodaeficáda da clínicada terapiaocupadonal e na descriçãode seusprocedimentostémicos.Somentecomautilizaçãode instrumentos próprios da terapia ocupacional,poderemos transformar as experiências clínicas emenundados possíveisde seremdesenvolvidose ensinados.

INDICAÇÃO BIBliOGRÁFICA

(1) Bennetton, M).: A Terapia Ocupacional comoInstrumento nas Açees de Saúde Mental.Tese (doutorado):

Universidade Estadual de Campinas, 1.994.

(2) Fustier,P.:A InITa-estruturaImaginária das Instituições.

A Respeito da Infânda Desajustada. In "A Instituição e as

Instituições".Casa do Psicólogo, 1.991.

G) Bennetton, MJ.: A Crise na Terapia Ocupadonal ou a

Terapia Ocupadonal na Crise.In "Boletimde Psiquiatria",EPM, S. Paulo, 1995,voI. 28 no. 02.

(4) Silveira,DX.: Contribuições para urna Compreensão

Psicoclinâmicadas Farmacodependências. Tese (mestrado),

Unifesp, 1995.

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