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Centro de Convenções Ulysses Guimarães Brasília/DF 16, 17 e 18 de abril de 2013 OTIMIZAÇÃO DE PROCESSOS COMO INSTRUMENTO PARA MELHORIA DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS E DA COMUNICAÇÃO COM O CIDADÃO NO GOVERNO DE MINAS GERAIS Ana Flávia de Castro Morais Andréa Mara da Cruz Rocha Rogério Luis Massensini Vanice Cardoso Ferreira

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  • Centro de Convenes Ulysses Guimares Braslia/DF 16, 17 e 18 de abril de 2013

    OTIMIZAO DE PROCESSOS COMO INSTRUMENTO PARA MELHORIA DA

    PRESTAO DE SERVIOS PBLICOS E DA COMUNICAO COM O CIDADO NO

    GOVERNO DE MINAS GERAIS

    Ana Flvia de Castro Morais Andra Mara da Cruz Rocha

    Rogrio Luis Massensini Vanice Cardoso Ferreira

  • 2

    Painel 51/194 Novos formatos, novas institucionalidades

    OTIMIZAO DE PROCESSOS COMO INSTRUMENTO

    PARA MELHORIA DA PRESTAO DE SERVIOS PBLICOS E DA COMUNICAO COM O CIDADO NO GOVERNO

    DE MINAS GERAIS

    Ana Flvia de Castro Morais Andra Mara da Cruz Rocha

    Rogrio Luis Massensini Vanice Cardoso Ferreira

    RESUMO O artigo analisa resultados alcanados a partir da otimizao de processos em duas organizaes do Poder Executivo Estadual, responsveis pelo registro de veculos e por ouvir, acompanhar e responder s manifestaes do cidado, apresentando, aos dirigentes mximos dos rgos e ao Governador, demandas advindas da populao. Em ambos os casos a motivao para realizao dos projetos surgiu por iniciativa da alta gesto. A otimizao perpassou as etapas de planejamento, mapeamento da situao atual, redesenho e definio de indicadores. A partir da reviso dos processos e atividades realizadas, da melhoria da estrutura de funcionamento dos mesmos e de sua gesto, foram elaborados planos de ao para a implantao de melhorias e alcance de maior qualidade, agilidade e comodidade no atendimento aos cidados; reduo de custos relativos aos processos; alinhamento das informaes disponibilizadas e maior controle e segurana das mesmas; alm de maior agilidade nos processos decisrios; aumento da produtividade e reduo de retrabalhos. Dessa forma, o trabalho aborda a contribuio da gesto e otimizao de processos para a melhoria da prestao de servios pblicos aos cidados.

  • 3

    INTRODUO

    A otimizao de processos tem sido um instrumento para melhoria da

    prestao de servios pblicos e da comunicao com o cidado no governo de

    Minas Gerais, a partir da simplificao, otimizao, inovao e racionalizao das

    atividades, contribuindo para uma melhor utilizao dos recursos disponveis e maior

    qualidade das entregas.

    A metodologia de Gesto de Processos desenvolvida pela Diretoria

    Central de Polticas de Otimizao de Processos - DCPOP, quando aplicada nos

    rgos estaduais, tem contribudo para a melhoria de processos estratgicos, de

    apoio e finalsticos, apresentando resultados significativos para o poder pblico e a

    sociedade.

    Neste trabalho sero apresentados dois casos que retratam mudanas

    substanciais promovidas por meio de projetos de melhoria de processos,

    proporcionando o aumento da eficincia, eficcia e efetividade nos servios

    prestados aos cidados, com vistas gesto para a cidadania.

    Em ambos os casos, a motivao para realizao dos projetos surgiu por

    iniciativa da alta gesto, que percebeu a necessidade de intervir sobre o

    funcionamento dos processos e aprimor-los, buscando a prestao de melhores

    servios. A otimizao perpassou as etapas de planejamento, mapeamento da

    situao atual, redesenho, definio de indicadores e implantao.

    A partir da reviso dos processos e atividades realizadas, da melhoria da

    estrutura de funcionamento dos mesmos e de sua gesto, foram elaborados planos

    de ao para a implantao de melhorias e alcance de maior qualidade, agilidade e

    comodidade no atendimento aos cidados; reduo de custos; alinhamento das

    informaes disponibilizadas e maior controle e segurana das mesmas; alm de

    maior agilidade nos processos decisrios; aumento da produtividade e reduo de

    retrabalhos. Assim, o trabalho aborda a contribuio da gesto e otimizao de

    processos para a melhoria da prestao de servios pblicos aos cidados.

    A estrutura do trabalho apresenta a metodologia e reviso terica, expondo

    uma breve reviso literria acerca das estruturas organizacionais, dos conceitos

    gerais referentes gesto de processos e mais especificamente dos projetos de

    melhoria de processos, como instrumentos para a entrega de melhores servios.

  • 4

    Em seguida, abordam-se os dois casos analisados, abrangendo o

    contexto geral de cada projeto, a divulgao dos seus resultados e a contribuio da

    metodologia de gesto de processos para a melhoria dos servios pblicos.

    Por fim, apresentam-se consideraes finais sobre os projetos realizados,

    os resultados j alcanados e esperados e a necessidade de se promover a gesto

    de processos nos rgos pblicos como elemento facilitador para tornar o Estado de

    Minas Gerais um melhor lugar para se viver.

    OBJETIVOS

    O artigo tem como objetivo geral apresentar a experincia e resultados

    alcanados a partir da otimizao de processos em duas organizaes do Poder

    Executivo Estadual de Minas Gerais, visando ilustrar o potencial dessas iniciativas

    para a prestao de servios pblicos de maior qualidade.

    Tm-se, ainda, como objetivos especficos:

    a. Apresentar uma breve reviso bibliogrfica sobre os temas: estruturas

    organizacionais; gesto de processos e projetos de melhoria de

    processos;

    b. Apresentar dois casos de aplicao da metodologia para melhoria de

    processos em organizaes do Governo de Minas Gerais;

    c. Apresentar resultados alcanados ou esperados nos casos abordados;

    d. Tecer consideraes acerca dos casos apresentados e das potenciais

    contribuies da gesto e otimizao de processos para a prestao de

    servios pblicos com maior valor agregado.

    Para facilitar uma melhor compreenso dos temas e casos prticos a

    serem tratados, importante abordar aspectos referentes reviso terica que

    embasam as discusses que seguem.

  • 5

    METODOLOGIA E REVISO TERICA: A GESTO DE PROCESSOS COMO INSTRUMENTO PARA A ENTREGA DE MELHORES SERVIOS

    A Gesto de Processos um modelo relacionado melhoria da

    produtividade e qualidade dos processos de negcio. Neste trabalho, tais melhorias

    encontram-se inseridas em um contexto de prestao de servio pblico associado

    ao alcance de metas e gesto por resultado. Para melhor entendimento dos

    aspectos abordados, faz-se necessrio compreender conceitos relacionados s

    diferenas entre as estruturas funcionais e sob perspectiva sistmica, bem como

    aspectos relativos gesto de processos e projetos de melhoria.

    As estruturas funcional e sob perspectiva sistmica

    De maneira geral, as organizaes pblicas tendem a ser estruturadas de

    maneira funcional, dando nfase nas partes que as compem (as unidades

    funcionais), cada qual responsvel por desempenhar um papel especfico (Valle e

    Oliveira, 2009). Dessa forma, cada unidade funcional volta-se para as atividades que

    realiza e seus objetivos, podendo ocorrer de metas da unidade no serem

    condizentes com o melhor resultado para a organizao como um todo, o que deriva

    de certo grau de insulamento entre as unidades, e consequente dficit de

    comunicao entre elas. Nesse sentido, Mintzberg (2003) afirma que a perspectiva

    funcional e a caracterstica de se focar em objetivos prprios das unidades, em

    detrimento dos globais, poderiam levar ao enfraquecimento da organizao.

    Frente a um contexto em que a flexibilidade passou a ser um imperativo

    para lidar com a realidade contempornea nas organizaes (Valle e Oliveira, 2009,

    p.2), a baixa capacidade de oferecer respostas rpidas e de se adaptar com

    facilidade e agilidade a novas exigncias, passa a demandar uma estrutura

    organizacional mais dinmica. Nesse contexto, ganham foras as chamadas

    estruturas sob perspectiva sistmica.

    Estas estruturas adotam a idia central de nfase na existncia de um

    todo, ou seja, a idia de que tudo faz parte de um contexto maior (Valle e Oliveira,

    2009, p.2). Muda-se o foco das unidades funcionais para analis-las e compreend-

    las como parte de um contexto maior em que a organizao vista como um grande

  • 6

    sistema que, para funcionar bem, deve ter suas diversas partes trabalhando de

    maneira integrada.

    Neste sentido, Valle e Oliveira (2009) apontam o fortalecimento da idia

    de fluxo ou processo de transformao, iniciados com uma entrada advinda do

    ambiente, processada internamente organizao e resultaria, aps as vrias

    atividades de processamento, em uma sada a ser entregue novamente para o

    ambiente.

    Figura 1: Viso departamental x Viso de processos. Fonte: MALAMUT (2005) apud BALDAM et. al.,

    (2007, p. 25)

    Gesto de Processos

    Intuitivamente, percebe-se que o conceito de processo est relacionado a

    aspectos de transformao e a um conjunto de etapas que buscam produzir um

    resultado. Quando se fala de processo nas organizaes, est-se referindo ao

    processo de trabalho ou de negcio, isto , como e quais atividades so feitas para

    que a organizao obtenha determinado produto e resultado para a qual foi criada

    (MINAS GERAIS, 2011).

    Pode-se definir processos como:

    [...] uma sequncia organizada de atividades, que transforma as entradas dos fornecedores em sadas para os clientes, com um valor agregado gerado pela unidade; e um conjunto de causas que gera um ou mais efeitos. (ROTONDARO in CONTADOR et al, 2004, p.59).

    Dessa forma, os processos apresentam uma estrutura de incio, meio e

    fim em geral bem definidos, de forma que sua performance pode ser mensurada e,

    por meio de sua anlise, podem ser levantados pontos de gargalo, a ocorrncia de

    desperdcios e a relao entre o resultado que o processo est gerando e seu

    objetivo inicial. Essas informaes so importantes, pois, a partir delas, podem-se

    estabelecer aes de melhoria, visando aumentar a satisfao do cliente ou usurio.

  • 7

    Vale ressaltar que uma organizao em geral possui diversos processos.

    importante realizar uma priorizao que aponte quais processos devem ter mais

    ateno em determinado momento, ou por estarem diretamente ligados estratgia

    do rgo, ou por apresentarem desempenho menos satisfatrio (MINAS GERAIS,

    2011).

    Rummler (1994) sugere a classificao dos processos em trs tipos:

    i. processos primrios: esto diretamente ligados aos clientes, tendo interface direta com os mesmos, de maneira que qualquer problema no processo ser percebido pelo usurio imediatamente;

    ii. processos de apoio: como o prprio nome sugere, do suporte aos finalsticos, sendo necessrios para a subsidiar a execuo dos mesmos. Nesse caso, a ocorrncia de falhas no percebida imediatamente pelo usurio, mas podem ser no decorrer do tempo caso no sejam sanadas;

    iii. processos de Gesto: coordenam os dois tipos de processos supracitados. (RUMMHER apud HRONEC, 1994, p. 102-104).

    Uma outra caracterstica importante dos processos no setor pblico a

    sua, em geral, inter-funcionalidade (CAULLIRAUX e YUKI, 2004, p.47). Ou seja, os

    processos de negcio no setor pblico tendem a perpassar por diversas unidades ou

    reas funcionais, e em alguns casos, at mesmo por mais de uma organizao.

    Uma das decorrncias desse fato que a busca de timos locais pode levar a

    piores desempenhos globais (Caulliraux e Yuki, 2004, p.47). Assim, a correta

    definio e anlise do processo, considerando seu funcionamento ponta a ponta (do

    evento que o inicia at o evento que o encerra) fundamental para o alcance de

    melhores resultados.

    Martins e Marini (2010) afirmam a importncia dos elementos alinhamento e

    otimizao na gesto de processos no setor pblico. Com relao ao alinhamento,

    fundamental que os processos de trabalho finalsticos estejam calibrados para gerar

    os produtos de forma alinhada com a agenda estratgica, de modo a gerar valor para

    o beneficirio (MARTINS e MARINI, 2010, p.153). No tocante otimizao, Martins e

    Marini (2010) afirmam que ela vai de encontro ao imperativo de eficincia trazido pela

    gesto para resultados, que vislumbra fazer mais e melhor com menos recursos.

    Otimizar processos significa (re)configur-los, alterando suas regras e procedimentos, usualmente com o emprego de novas tecnologias para torn-los mais expeditos, confiveis, baratos, flexveis (capazes de incorporar novas demandas e solues) e integrados com processos no mbito de outras organizaes para tratamento de temas transversais. (MARTINS e MARINI, 2010, p.153).

  • 8

    Nesse contexto, quando se fizer necessria uma interveno estruturada

    em um processo, a fim de otimiz-lo, implementando no mesmo inovaes e

    mudanas de considervel impacto e nvel de complexidade e que, portanto, teriam

    menores chances de sucesso se implementadas isoladamente, sugere-se a

    realizao de um Projeto de Melhoria de Processos (MINAS GERAIS, 2012).

    Projetos de Melhoria de Processos

    Na literatura, alguns autores 1 apresentam maneiras alternativas de

    estruturao de projetos de melhoria de processos, mas que, de forma geral,

    perpassam as etapas de modelagem ou mapeamento; redesenho; implantao e

    definio de indicadores. No caso do presente artigo, foi utilizada como metodologia

    de trabalho a definida no Guia para Melhoria de Processos no Governo de Minas

    Gerais2, que envolve as etapas ilustradas na figura 2, quais sejam: planejamento;

    mapeamento; redesenho; padronizao e definio de indicadores; e implantao.

    Figura 2: Etapas da Metodologia de Melhoria de Processos. Fonte: Minas Gerais, 2012.

    O planejamento refere-se definio de como ser feita a interveno e o

    que se pretende com a mesma. nesta etapa que so definidas as diretrizes a

    serem seguidas, estabelecida uma matriz de responsabilidades e um cronograma

    para o projeto de melhoria.

    1 A exemplo: Martins e Marini (2010); Rummler (1994); Oliveira (2007); Harrington (1993).

    2 Disponvel em:

  • 9

    A modelagem ou mapeamento de processos envolve a identificao de

    como o processo ocorre e sua posterior representao em um mapa ou fluxograma.

    Com o uso dos mapas de processo fica mais fcil identificar e tratar as armadilhas

    da narrativa/linguagem natural: falta de estruturao, ambiguidade, redundncia e

    omisses (VALLE e OLIVEIRA, 2009, p.40). Segundo os mesmos autores, o

    mapeamento de processos tem por objetivo compreender o funcionamento da

    organizao, e mais especificamente prover o entendimento sobre o funcionamento

    e comportamento dos processos, facilitando a identificao de requisitos,

    retrabalhos, gargalos e ineficincias; padronizar entendimentos e conceitos,

    compartilhando vises e sistematizando o conhecimento, unificando a linguagem

    entre os envolvidos; analisar as oportunidades de melhorias e controle dos

    processos; implementar solues estruturadas baseadas em tecnologia; melhorar a

    qualidade e produtividade dos produtos e servios, por meio da racionalizao dos

    processos; implementar a gesto estratgica, minimizando ameaas e

    potencializando oportunidades, introduzindo as melhores prticas, ou modelos de

    gesto, na cultura organizacional; e facilitar a identificao e soluo de problemas,

    por meio do uso de metodologias (VALLE e OLIVEIRA, 2009).

    Conhecendo-se o processo e as oportunidades de melhoria levantadas,

    parte-se para a etapa de redesenho e definio do processo futuro. Segundo

    Baldam (2007), o objetivo da fase de redesenho criar um ambiente de discusso

    entre os envolvidos (analistas de processos, gerentes, executores) sobre as

    atividades e procedimentos, a fim de aprimor-los, questionar a forma atual de

    funcionamento e analis-la de forma crtica, levando em conta os objetivos

    organizacionais.

    importante que as sugestes de mudana do redesenho sejam

    compreendidas e validadas pelos envolvidos, no intuito de reduzir resistncias

    no momento de sua implantao. Alm disso, vale ressaltar que as mudanas

    devem estar alinhadas com a estratgia organizacional, refletindo seus objetivos

    (Baldam, 2007).

    Davenport (1994) aponta que dependendo dos objetivos da organizao,

    vrias podem ser as abordagens para a melhoria de seus processos: abordagem de

    custos, com objetivo de reduzir custos a partir da sua anlise por atividade; a anlise

    de valor do processo, que visa simplific-lo e elevar o valor agregado por atividade e

  • 10

    nas entregas; a abordagem de melhoria contnua dos processos, que busca o

    aprimoramento gradual e ininterrupto dos mesmos; e a abordagem de engenharia de

    informao, que foca na construo de sistemas para apoio aos processos.

    Nos casos em estudo, a abordagem principal adotada foi a anlise de

    valor do processo com foco nas necessidades de seus usurios.

    A partir da definio da abordagem a ser adotada, Baldam (2007) coloca

    que o redesenho deve buscar, de forma geral, eliminar burocracias

    desnecessrias; analisar o valor agregado das atividades e do processo como um

    todo; eliminar tarefas duplicadas; simplificar mtodos e procedimentos; reduzir os

    tempos internos e de ciclo; testar para reduzir erros; simplificar os processos por

    reestruturao organizacional; usar linguagem simples para definio e

    documentao dos processos, bem como de suas atividades e procedimentos;

    padronizar as atividades; realizar parcerias com fornecedores e outros atores que

    se mostrarem interessantes; usar automao, mecanizao e tecnologia de

    informao aps as atividades serem otimizadas.

    A etapa de padronizao e definio de indicadores visa estabelecer

    controle sobre os resultados e remonta ideia de se monitorar o desempenho dos

    processos ao longo do tempo, registrando e controlando desvios, avaliando a

    trajetria de desempenho do processo e possibilitando o registro do conhecimento

    criado sobre os mesmos (Valle e Oliveira, 2009). Segundo os mesmos autores o

    jargo de que s se gerencia aquilo que se mede deve ser analisado com cautela,

    vez que a medio por si s nada representa. Portanto, medidas em excesso e sem

    objetivo no significam bom gerenciamento.

    Por fim, tudo o que foi feito at agora, desde o entendimento do processo

    com o seu mapeamento at as propostas de melhoria se encontram,

    majoritariamente, no plano das ideias (MINAS GERAIS, 2012, p.41). Isto , as

    mudanas propostas no redesenho necessitam do esforo de implantao para

    serem, de fato, colocadas em prtica.

    Para que o processo comece a funcionar com as melhorias propostas

    preciso elaborar um plano de ao de implantao que busque garantir a mudana

    de atitudes dos executores e gestores do processo, por capacitaes, treinamentos

    e adaptao dos demais recursos que o suportam, adequao da fora de trabalho

    envolvida em cada atividade, entre outros.

  • 11

    Percebe-se que a etapa de implantao fundamental para que as

    melhorias planejadas se concretizem, trazendo ganhos de desempenho e a

    possibilidade de entregas de maior qualidade.

    A OTIMIZAO DE PROCESSOS COMO INSTRUMENTO PARA MELHORIA DA PRESTAO DE SERVIOS PBLICOS

    A seguir so abordados dois casos de aplicao da metodologia

    apresentada para a otimizao de processos e melhoria da prestao de servios

    pblicos em organizaes do Governo de Minas Gerais.

    Melhorias na prestao de servios relativos ao registro de veculos

    Compete aos rgos ou entidades executivos de trnsito dos Estados e do

    Distrito Federal, dentre outras:

    Vistoriar, inspecionar quanto s condies de segurana veicular, registrar, emplacar, selar a placa, e licenciar veculos, expedindo o Certificado de Registro e o Licenciamento Anual, mediante delegao do rgo federal competente (Cdigo de Trnsito Brasileiro, artigo 22, inciso lll).

    Com este objetivo, a Diretoria de Registro de Veculos DRV, do DETRAN,

    responsvel pelo cumprimento desta competncia em Belo Horizonte. Alm disso, possui

    funo de modernizar e padronizar as atividades dos servios de habilitao e registro de

    veculos automotores, alinhados aos objetivos estratgicos definidos pela organizao.

    Em um contexto em que medidas tomadas pelo Governo Federal para estimular o

    crescimento econmico focado principalmente no corte de tributos e impostos impactou

    diretamente a demanda pelos servios prestados pela DRV, dado o aumento substancial na

    frota de veculos leves3 em Belo Horizonte, tornou-se fundamental a realizao de um projeto

    de melhoria dos processos relacionados. A motivao para o projeto ocorreu por iniciativa da

    alta gesto, vislumbrando obter melhores resultados e prestao de servios de maneira mais

    gil, possibilitando o aumento da satisfao dos usurios.

    3 Em 2011, a frota total de veculos da Regio Metropolitana de Belo Horizonte foi a que mais

    cresceu entre dezembro de 2002 e dezembro de 2011, passando de 1,08 milho de veculos para 2,28 milhes aumento mdio de 8,7% ao ano. Esses so dados preliminares do estudo "O Crescimento da Frota de Veculos nas Principais reas Urbanas Brasileiras: Panorama Histrico e Tendncias", do mestre em engenharia de transportes e professor da PUC Minas Paulo Rogrio da Silva Monteiro. Disponvel em:

  • 12

    As diretrizes definidas pela alta administrao, norteadoras da modelagem dos

    processos, foram as seguintes:

    i. Uniformizao de procedimentos;

    ii. Padronizao das informaes;

    iii. Elevao do nvel de informatizao dos processos;

    iv. Redefinio das atribuies entre os setores;

    v. Melhoria do ambiente de trabalho; e

    vi. Maior celeridade e confiabilidade do servio prestado ao usurio.

    Com a finalidade de conhecer o funcionamento dos processos e propor

    melhorias, foi definida uma equipe composta por representantes da DRV e da DCPOP.

    Foram priorizados inicialmente dez processos, que, no decorrer do mapeamento, foram

    agregados junto a mais cinco, que impactavam nos demais priorizados. Assim, o projeto

    englobou melhorias em quinze processos, a saber:

    i. Alterao de endereo do Proprietrio;

    ii. Alterao de dados: mudana de caracterstica do veculo;

    iii. Baixa de registro de veculo;

    iv. Primeiro Emplacamento: veculo zero km;

    v. Transferncia de propriedade de veculo;

    vi. Transferncia de veculo de outro estado para Minas Gerais: mesmo

    proprietrio;

    vii. Transferncia de veculo de outro estado para Minas Gerais: com

    transferncia de propriedade;

    viii. Transferncia para outro municpio do estado de Minas Gerais;

    ix. Segunda via do CRLV- Certificado de Registro e Licenciamento de

    Veculo;

    x. Segunda via do CRV- Certificado de Registro de veculo;

    xi. Vistoria de veculos;

    xii. Emplacamento;

    xiii. Regularizao de Chassi e Motor;

    xiv. Tramitao de Documentos

    xv. Devoluo de CRLV nas Unidades de Atendimento Integrado UAIs

  • 13

    Situao atual dos processos

    O mapeamento dos processos foi realizado a partir de reunies

    sistemticas, entrevistas com as equipes envolvidas, visita in loco, e informaes

    levantadas sobre os processos.

    O ano de 2010 foi utilizado para anlise do volume da demanda. Neste

    perodo, a DRV concluiu 196.516 atendimentos distribudos nos diversos servios,

    conforme Grfico 1.

    Grfico 1: mdia de atendimento por ms em 2010. Fonte: Grfico elaborado pela DCPOP a partir de dados da Virtual Sistemas

    Para anlise do tempo mdio de atendimento foi avaliado o 1 trimestre

    de 2011. Observa-se que a meta no estava sendo alcanada para os diversos

    servios prestados, com tendncia a piorar, com elevado registro de atendimentos

    de retorno (necessrios quando o cidado no est de porte da documentao no

    ato do primeiro atendimento).

  • 14

    Grfico 2: tempo mdio para concluso do atendimento ao usurio jan/2011. Fonte: Grfico elaborado pela DCPOP a partir de dados da Virtual Sistemas

    Grfico 3: tempo mdio para concluso do atendimento ao usurio fev/2011. Fonte: Grfico elaborado pela DCPOP a partir de dados da Virtual Sistemas

  • 15

    Grfico 4: tempo mdio para concluso do atendimento ao usurio mar/2011. Fonte: Grfico elaborado pela DCPOP a partir de dados da Virtual Sistemas

    Para melhor entendimento dos processos foi realizado um diagnstico

    que embasou a anlise preliminar, possibilitando verificar a capacidade instalada

    dos processos, os recursos disponveis frente demanda crescente, e as

    alternativas para se alcanar os resultados pretendidos. Dentre os principais

    problemas identificados e que afetam o cumprimento dos objetivos da unidade,

    pode-se destacar:

    i. Insuficincia do quadro de pessoal, agravada pela ocorrncia de

    absentesmo e alta rotatividade, resultando em guichs vazios;

    ii. Filas para atendimento e sobrecarga para os atendentes assduos;

    iii. Layout inadequado, dificultando maior fluidez ao fluxo do processo,

    alm de gerar aglomerado de pessoas em toda a unidade;

    iv. Ambiente insalubre, com pouca refrigerao e iluminao;

    v. Vistoriadores trabalhando sem equipamentos de proteo individual;

    vi. Mobilirio em estado de conservao ruim;

    vii. Equipamentos de informtica obsoletos;

    viii. Fluxo de informao e comunicao inadequado, gerando idas e

    vindas do usurio e afetando a imagem institucional.

  • 16

    A partir deste diagnstico concluiu-se que os ganhos esperados deveriam

    perpassar as etapas descritas na Figura 3:

    Figura 3: diretrizes para o projeto. Fonte: Elaborada pela DCPOP apresentando os ganhos esperados a partir das diretrizes do projeto. 2011

    Em relao aos processos e servios que poderiam ser realizados com o

    apoio das Unidades de Atendimento Integrado UAI4, identificou-se que a entrega

    dos Certificados de Registro e Licenciamento de Veculo CRLVs devolvidos pelos

    correios, desafogaria sobremaneira o atendimento, dado o volume relativo a este

    servio diariamente. Essa transferncia foi prontamente viabilizada, sendo

    centralizada na UAI, Unidade Praa 7, em julho de 2011. Posteriormente, a emisso

    da primeira via do CRLV foi tambm disponibilizada. Ambos os servios esto sendo

    plenamente atendidos pela UAI desde ento.

    Ressalta-se que no caso de CRLV devolvido pelos correios, o usurio no

    tem a opo de procur-lo na DRV, sendo a UAI o canal exclusivo para o usurio

    residente em Belo Horizonte. Essa medida contribuiu para a reduo de 10% do

    volume de atendimentos na DRV, que atualmente representa cerca de 1000

    atendimentos/ dia, excludos os atendimentos feitos atravs de despachantes.

    No tocante aos servios passveis de serem disponibilizados pela Internet,

    foram identificados dois servios: Alterao de Endereo e Comunicao de Venda

    4 As Unidades de Atendimento Integrado (UAI) representam um novo conceito de atendimento ao

    cidado em um nico local por meio de capacitao de servidores, otimizao do parque tecnolgico, disponibilizao de equipamentos de informtica com modelos de ltima gerao, implantao de cmeras de segurana e terminais de auto-atendimento, importantes para reduo e eliminao de filas e, conseqentemente, diminuio do tempo de espera do cidado. (MINAS GERAIS. Descomplicar: Unidade de Atendimento Integrado. Acesso em: 18 mar. 2013. Disponvel em: http://www.descomplicar.mg.gov.br/uais).

  • 17

    de Veculos. Na avaliao dos canais de informao ao cidado detectou-se que a

    informao disponibilizada divergia quando comparada nos diversos canais

    existentes: site da organizao; cartilha fornecida aos atendentes; e central de

    atendimento eletrnico do Governo (155 LigMinas). O alinhamento das informaes

    gerou a reformulao da pgina eletrnica oficial da organizao, reviso da cartilha

    e capacitao dos envolvidos.

    Para avaliar a proporcionalidade da fora de trabalho alocada demanda,

    foi feito o dimensionamento de acordo com os processos e postos de trabalhos

    identificados. O objetivo foi adequar o quadro de pessoal que presta servio na DRV,

    redefinindo atribuies, competncias e perfis necessrios para atender s melhorias

    propostas na estrutura da unidade, em consonncia com as diretrizes definidas.

    Identificou-se que o rodzio entre os funcionrios gerado por absentesmo,

    dentre outros fatores, causava insatisfao e desmotivao da equipe. Como

    consequncia, havia baixa na produtividade, que impactava diretamente o

    atendimento prestado.

    Alm disso, os salrios eram padronizados independentemente da

    complexidade da atividade realizada, resultando em pouca competitividade interna.

    Em complemento, os funcionrios com maior tempo de servio e experincia,

    responsveis por capacitar os colegas entrantes, estavam no mesmo nvel salarial

    destes.

    Diante disto, foi submetida uma proposta de adequao do quadro de

    funcionrios de acordo com a demanda e os picos de trabalho identificados. A

    proposta foi aprovada e alguns funcionrios foram contratados, cabendo ainda

    outras alteraes complementares que se destacam como aes de longo prazo,

    vez que dependem da alterao do layout da unidade, ainda em implantao.

    A reestruturao do atendimento tambm foi fundamental para alcance

    das diretrizes, pois possibilitou ampliar o nmero de guichs de atendimento e o

    perodo de funcionamento da unidade, para suprir a demanda. O atendimento ao

    pblico, que terminava s 16:00h, foi ampliado para s 17:00h.

    Vale a pena ressaltar que foi determinante, em todas as etapas do

    projeto, a participao dos tcnicos responsveis pela execuo dos processos

    elencados, bem como dos demais stakeholders, para o delineamento das solues

    encontradas.

  • 18

    Perspectivas de Resultado

    A modelagem dos processos abriu oportunidades para se repensar a atuao do

    rgo num cenrio de escassez de recursos e demanda crescente, com usurios cada vez

    mais exigentes.

    Uma premissa para alcance das melhorias propostas foi a reviso do layout da

    DRV e proposio de reforma estrutural, proporcionando ao cidado maior conforto e, ao

    servidor, mais qualidade no ambiente de trabalho. Ambos impactam diretamente na

    melhoria dos ndices de qualidade do servio prestado sociedade e na adequao dos

    recursos para realizao das melhorias na infraestrutura e demais espaos da organizao.

    Ressalta-se que a alterao do layout da DRV oferecer grandes avanos

    quando concluda, pois a base fundamental para as propostas apresentadas. Mas, ainda

    antes de concludas as alteraes de layout e reforma do espao fsico, a implantao das

    melhorias de gesto e processos alcanadas por meio da modelagem j permitiu avanos,

    dentre os quais vale ressaltar:

    i. Fortalecimento da gesto com a redefinio dos papis e

    responsabilidades nos nveis estratgicos, ttico e operacional;

    ii. Repactuao de metas mais desafiadoras;

    iii. Ampliao de uma hora no tempo de atendimento por dia;

    iv. Organizao dos documentos e maior celeridade no encaminhamento

    para digitalizao;

    v. Definio de critrios para atualizao das informaes no sistema

    corporativo para atender s alteraes oriundas de normas;

    vi. Atualizao do site organizacional;

    vii. Ampliao do escopo de servios prestados atravs das UAI, gerando

    maior comodidade aos usurios ao permitir a retirada de documentos

    em rea central de fcil acesso;

    viii. Ampliao dos servios disponveis pela Internet, reduzindo o

    atendimento presencial;

    ix. Higienizao do sistema corporativo, reduzindo o custo com

    documentos emitidos indevidamente;

    x. Redefinio do nvel de acesso e permisso do sistema, evitando

    deslocamento do usurio para servios restritos Coordenadoria

    Administrativa de Trnsito;

  • 19

    xi. Promoo da incluso do cidado, que passa a utilizar os servios

    disponveis via Internet nos telecentros existentes nas Unidades de

    Atendimento Integrado; e

    xii. Capacitao dos atendentes, reduzindo o tempo de atendimento.

    Assim que concluda a reviso do layout, maiores so as perspectivas de

    ganhos, tais como uniformizao do atendimento aos usurios e despachantes em local

    nico; eliminao da "ficha verde" e uso exclusivo do cadastro inteligente no portal do site

    da organizao; disponibilizao do laudo de vistoria eletrnica, para tornar o processo de

    vistoria mais clere ao cidado; e disponibilizao do chek-list no site da organizao,

    informando ao usurio detalhes sobre os itens verificados na vistoria, o que pode reduzir a

    quantidade de retornos para concluso do servio.

    O projeto resultou na construo de trs planos de ao para implantao de

    todas as propostas de melhoria validadas, os quais foram acompanhados no decorrer do

    ano de 2012. Algumas aes de longo prazo ainda no se viabilizaram, principalmente as

    que necessitam de maiores recursos oramentrios, a exemplo da reviso do layout, citado

    anteriormente. Atualmente essas aes so acompanhadas por meio do Relatrio de

    Anlise de Desvio.

    Os indicadores foram definidos durante a execuo do projeto, sendo que o de

    tempo mdio de atendimento e o de espera dependem da reviso do layout, na qual sero

    ampliados os pontos de atendimentos. J o tempo mdio de realizao da vistoria passou a

    ser acompanhado junto aos gestores, apresentando melhoras em seus ndices, conforme se

    pode visualizar no Grfico 5.

  • 20

    Grfico 5: Tempo mdio de realizao da vistoria 2011. Fonte: Grfico elaborado pela DCPOP a partir de

    dados da Virtual Sistemas

    Grfico 6: Tempo mdio de realizao da vistoria 2012. Fonte: Grfico elaborado pela DCPOP a partir de

    dados da Virtual Sistemas

  • 21

    A otimizao de processos fortalecendo o canal de comunicao entre o Estado e a Sociedade

    A Ouvidoria Geral do Estado (OGE) foi criada em seis de agosto de 2004

    e representa um canal de interlocuo aberto e democrtico entre o cidado e o

    Governo de Minas. Suas aes so norteadas pelo princpio bsico de auxiliar o

    Poder Executivo na fiscalizao e aperfeioamento de servios e atividades

    pblicas.

    Esse rgo tem como misso ouvir, acompanhar e responder s

    manifestaes do cidado, apresentando as demandas advindas da populao aos

    dirigentes mximos dos rgos e entidades e ao Governador. Alm disso, busca

    contribuir para o alcance da excelncia da gesto na administrao do Estado, por

    meio da vocalizao dos anseios do cidado em relao aos servios pblicos.

    A OGE composta por seis Ouvidorias Especializadas, responsveis por

    receber, tramitar e encaminhar as manifestaes dos cidados, bem como

    transmitir-lhes as solues tomadas, relativas aos servios e atividades da sua rea

    temtica, quais sejam: Ambiental; Educacional; Fazenda, Patrimnio e Licitaes

    Pblicas; Polcia (Civil, Militar e Bombeiros); Sade e Sistema Penitencirio.

    Tendo em vista a importncia da eficincia da atuao deste rgo, foi

    demandado pela alta administrao da OGE um projeto de melhoria dos processos

    relacionados ao atendimento das manifestaes do cidado. Este Projeto de

    Melhoria foi desenvolvido pela DCPOP em parceria com a OGE e teve como escopo

    os seguintes processos:

    i. Recebimento das manifestaes do cidado e encaminhamento para

    as Ouvidorias Especializadas;

    ii. Tratamento das manifestaes pelas Ouvidorias Especializadas (OE) e

    encaminhamento para os rgos e entidades responsveis;

    iii. Anlise, pelas Ouvidorias Especializadas, de suficincia da resposta

    elaborada pelo rgo ou entidade, devoluo para complemento, e

    encaminhamento da resposta ao cidado.

    O Projeto se iniciou com a definio pela alta gesto do rgo de uma

    diretriz para o redesenho dos processos: Tornar o processo de resposta ao

    manifestante mais clere, por meio da uniformizao dos processos de Recebimento

    das manifestaes do cidado e encaminhamento para as Ouvidorias

  • 22

    Especializadas e Tratamento das manifestaes pelas Ouvidorias Especializadas,

    encaminhamento para os rgos e entidades responsveis e encaminhamento da

    resposta ao cidado.

    Com vistas a atender a esta diretriz, foram definidos os objetivos a serem

    alcanados pelo projeto:

    i. Aumentar a produtividade atravs da modelagem de processos e

    utilizao de tecnologia;

    ii. Agilizar os processos decisrios;

    iii. Melhorar a qualidade dos servios prestados pela organizao;

    iv. Diminuir custos operacionais;

    v. Eliminar/reduzir retrabalho.

    Em seguida, passou-se execuo do Projeto, que envolveu as etapas

    de planejamento, mapeamento da situao atual, workshop: sesses de redesenho

    (levantamento das Oportunidades de Melhoria e elaborao do Plano de Ao de

    Implantao), definio dos indicadores e metas e identificao de atividades crticas

    para padronizao, trabalhando as metas pactuadas no Acordo de Resultados da

    OGE, conforme ser descrito no tpico a seguir.

    Situao atual dos processos

    Durante a etapa de mapeamento dos processos foram realizadas

    reunies sistemticas com as equipes envolvidas, considerando como escopo do

    processo desde o recebimento das manifestaes at o encaminhamento da

    resposta ao manifestante, excluindo-se as atividades realizadas externamente

    OGE. Durante essa etapa, foi imprescindvel compreender a realidade da execuo

    dos processos: volume de entradas de manifestaes; nmero de funcionrios;

    atividades desempenhadas e sua sequncia, alm das aladas de deciso.

    Primeiramente, foi mapeada a situao atual do processo de recebimento

    das manifestaes do cidado e encaminhamento para as Ouvidorias

    Especializadas, gerenciado pela Diretoria de Atendimento (DAT) subordinada

    Superintendncia de Apoio Tcnico. A DAT recebe as manifestaes e verifica se se

    trata de manifestaes Ouvidoria. Caso positivo, as mesmas devem ser inseridas

  • 23

    no sistema TAG 5 , respeitando a opo do manifestante (annima, sigilosa,

    identificada). Em seguida, so encaminhadas aos Coordenadores, que so

    responsveis por analisar a manifestao e encaminhar s Ouvidorias

    Especializadas. Caso haja necessidade, a manifestao pode ser desdobrada para

    uma ou mais ouvidorias especializadas. Quando a OGE recebe uma demanda que

    no de sua competncia, a mesma deve ser inserida no sistema TAG de acordo

    com sua especificao (trote, desistncia, ligao errada, informao) e o

    manifestante respondido pelo meio solicitado.

    O outro processo analisado foi o Tratamento das manifestaes pelas

    Ouvidorias Especializadas, encaminhamento para os rgos e entidades

    responsveis e encaminhamento da resposta ao cidado. No momento do

    mapeamento foram identificados oito fluxos distintos para este processo, como

    descrito de forma geral a seguir: as ouvidorias recebem a manifestao e

    desbloqueiam-na para anlise e tratamento das informaes. Em seguida, caso

    pertinentes, as manifestaes so direcionadas ao rgo ou entidade competente,

    para que eles providenciem a resposta, que analisada quanto a sua suficincia

    pelas Ouvidorias Especializadas. Por fim, tem-se o encaminhamento da resposta ao

    manifestante.

    Aps a fase de mapeamento, foi realizado workshop onde cada Ouvidoria

    Especializada apresentou o fluxo do seu processo atual, expondo-o para que os

    demais participantes sugerissem oportunidades de melhoria, as quais foram escritas

    em post-its e coladas nos fluxos. Depois de todas as apresentaes, as sugestes

    foram transpostas para o documento de Oportunidades de Melhoria e discutidas,

    luz da diretriz dada pela alta administrao, para a validao de quais seriam

    implementadas por meio do Plano de Ao.

    As oportunidades de melhoria identificadas nos processos foram

    caracterizadas dentre as seguintes causas:

    i. Papis e competncias: definio e distribuio equivocada das

    competncias e tarefas desempenhadas pelas Ouvidorias

    Especializadas;

    5 Sistema utilizado para o cadastro e tratamento das manifestaes Ouvidoria Geral do Estado.

  • 24

    ii. Tecnologia da informao TAG: rigidez no sistema, impossibilitando

    adequaes por parte da OGE de forma a facilitar sua utilizao;

    iii. Comunicao: a comunicao entre as Ouvidorias Especializadas e os

    rgos e entidades por vezes falha, os termos e meios de

    comunicao utilizados no so padronizados e falta divulgao da

    atuao e competncias da OGE;

    iv. Temporalidade: no cumprimento do prazo de resposta dos rgos e

    entidades s manifestaes, comprometendo tambm o prazo de

    resposta ao cidado;

    v. Padronizao do tratamento: falta de padronizao dos procedimentos

    para tratamento das manifestaes em todas as Ouvidorias

    Especializadas.

    A avaliao da situao atual, perpassando todos os problemas

    identificados, forneceu elementos para a proposio de melhorias a serem

    implementadas nos processos trabalhados, buscando a uniformizao e otimizao

    dos mesmos, bem como a qualidade dos servios prestados. Assim, durante as

    sesses de redesenho, foram levantadas propostas a partir das sugestes que

    estivessem alinhadas s diretrizes da alta administrao da OGE, visando corrigir os

    problemas identificados, acima relatados.

    As principais propostas geradas se deram no sentido de reorganizar os

    papis no decorrer do tratamento das manifestaes, a partir da definio dos atores

    que as trataro nos rgos e entidades, e da distribuio das tarefas entre a equipe

    das Ouvidorias Especializadas, definindo os momentos em que imprescindvel a

    participao do prprio Ouvidor Especializado.

    Alm disso, foi proposta a padronizao da identidade visual da

    Ouvidoria, abrangendo os pareceres emitidos pelas Ouvidorias Especializadas e as

    cartas de resposta aos manifestantes; os termos utilizados na OGE, atravs de um

    glossrio a ser disponibilizado a todos os atores que acessam o sistema; e os

    procedimentos a serem adotados durante o tratamento das manifestaes.

    Com relao ao sistema de informao utilizado pela OGE, foram

    propostas adequaes, de forma que ele se torne mais gil; a criao de campos de

    preenchimento obrigatrio pelo manifestante, de acordo com o tipo de manifestao;

    alm da parceria com todos os rgos para que os mesmos tenham acesso ao

    sistema.

  • 25

    No que tange comunicao, foi sugerido que seja divulgada

    corretamente a atuao e competncia da OGE, por meio de um Plano de

    Comunicao a ser aplicado em todo o Estado, ampliando a divulgao tanto

    internamente aos rgos e entidades estaduais quanto aos cidados.

    Por fim, com relao temporalidade, foi sugerido que o prazo para

    tratamento da demanda nas Ouvidorias Especializadas, desde o recebimento da

    manifestao at o seu encaminhamento para os rgos, seja definido e

    padronizado, para tentar diminuir o tempo de resposta ao manifestante. Alm disso,

    foi sugerido que a DAT elaborasse e utilizasse um check list contendo quais

    informaes devem ser solicitadas ao manifestante de acordo com o tipo de

    manifestao, reduzindo a necessidade de parar a tramitao da manifestao para

    solicitar informaes complementares.

    Destaca-se que, para cada proposta de melhoria elencada acima, foram

    definidas aes, responsveis e prazos para implantao, conforme Plano de Ao

    que, na data de 17/03/2013, apresentava 68% das aes j implementadas, gerando

    resultados considerveis para o rgo e para os cidados.

    Aps a etapa de redesenho dos processos, passou-se anlise de

    indicadores e metas, que possibilitam definir o que ser medido no processo para

    controle de sua execuo e, consequentemente, tentar mant-la em conformidade

    com o que esperado e definido como diretriz.

    O ideal que sejam definidos alguns indicadores do processo que

    consigam captar e medir os efeitos das mudanas introduzidas. A OGE j

    apresentava dois indicadores de processo com os quais vinha acompanhando o seu

    desempenho (Tempo Mdio para concluso de manifestaes e ndice de

    Resolubilidade) e, assim, optou-se por mant-los e direcionar esforos para que as

    metas definidas fossem atingidas.

    Nota-se que, no incio da execuo do projeto (junho de 2012), os dois

    indicadores apresentavam os resultados ilustrados na Tabela 1.

  • 26

    Tabela 1: indicadores de tempo mdio e resolubilidade da OGE jun/2012. Fonte: Elaborada pela DCPOP a partir de dados da Assessoria de Gesto Estratgica e Inovao/OGE.

    Conforme averiguado durante acompanhamento realizado junto ao rgo

    aps a implantao de parte das aes do plano de melhoria (68%), tais indicadores

    sofreram as seguintes alteraes, conforme Tabela 2.

    Tabela 2: indicadores de tempo mdio e resolubilidade da OGE fev/2013. Fonte: Elaborada pela DCPOP a partir de dados da Assessoria de Gesto Estratgica e Inovao/OGE.

    Pode-se verificar que os ndices de tempo mdio para concluso das

    manifestaes e de resolubilidade das manifestaes melhorou consideravelmente,

    demonstrando que as aes de melhoria j implantadas trouxeram impactos

    positivos tanto no tempo gasto para tratar as manifestaes quanto na quantidade

    de manifestaes respondidas ao manifestante.

    Ouvidoria

    Especializada

    Tempo mdio para

    concluso de

    manifestaes

    (dias)

    Meta Farol

    ndice de

    resolubilidade

    (porcentagem)

    Meta Farol

    Ouvidoria Ambiental 90,42 100 J 93,81 94 LOuvidoria Educacional 90,36 56 L 91,22 93 LOuvidoria de Fazenda,

    Licitaes e Patrimnio

    Pblico

    23,32 52 J 98,79 95 JOuvidoria de Polcia 192,73 135 L 92,21 88 JOuvidoria de Sade 59,16 100 J 89,45 91 L

    Ouvidoria do Sistema

    Penitencirio 245,96 136 L 77,53 81 L

    Ouvidoria

    Especializada

    Tempo mdio para

    concluso de

    manifestaes

    (dias)

    Meta Farol

    ndice de

    resolubilidade

    (porcentagem)

    Meta Farol

    Ouvidoria Ambiental 58,1 100 J 96,17 94 JOuvidoria Educacional 56,14 56 L 94,45 93 JOuvidoria de Fazenda,

    Licitaes e Patrimnio

    Pblico

    16,72 52 J 98,97 95 JOuvidoria de Polcia 93,48 135 J 92,29 88 JOuvidoria de Sade 48,47 100 J 90,22 91 J

    Ouvidoria do Sistema

    Penitencirio 279,91 136 L 83,9 81 J

  • 27

    Entretanto, o acompanhamento destes indicadores deve ser contnuo, de

    forma que se possa traar metas mais desafiadoras e alcanar resultados ainda

    mais satisfatrios, garantindo prazos menores e maiores ndices de resolubilidade

    para as manifestaes.

    Resultados esperados

    A partir da implementao das sugestes de melhoria, busca-se

    aprimorar os servios prestados, tornando o processo mais clere e garantindo

    respostas de qualidade ao cidado.

    Busca-se, ainda, uniformizar o processo de tratamento das manifestaes

    nas Ouvidorias Especializadas, vez que foram mapeados oito fluxos distintos para o

    processo no decorrer do Projeto de Melhoria, os quais foram redesenhados e

    padronizados, para que o processo de tratamento das manifestaes seja o mesmo,

    independentemente da rea temtica.

    Atravs da padronizao dos fluxos tem-se como benefcio aproximar

    cada vez mais os servios prestados pelas Ouvidorias Especializadas, criando uma

    viso sistmica dos processos da Ouvidoria Geral, e garantindo maior qualidade s

    respostas dadas ao cidado.

    Cabe ressaltar que o acompanhamento dos resultados alcanados, do

    Plano de Ao de Implantao e dos indicadores fundamental para garantir o

    cumprimento do que foi planejado, bem como para permitir a avaliao das aes

    propostas e implantadas, identificando possveis desvios e permitindo a adoo de

    medidas corretivas, sempre que necessrio, melhorando continuamente os

    processos e garantindo ao cidado um canal efetivo de comunicao com o Estado.

    CONSIDERAES FINAIS

    Este artigo teve como objetivo apresentar a experincia e resultados

    alcanados e esperados a partir da otimizao de processos em duas organizaes

    do Governo de Minas Gerais. Buscou-se, a partir da abordagem dos exemplos de

    casos prticos, ilustrar o potencial das iniciativas de gesto de processos para a

    prestao de servios pblicos de maior qualidade para os cidados.

  • 28

    Para possibilitar maior compreenso dos temas abordados, foi

    apresentada uma breve reviso bibliogrfica. A apresentao dos casos possibilitou

    demonstrar que a aplicao da metodologia para a realizao de projetos de

    melhoria facilita o alcance de melhorias de desempenho e resultados nos servios

    prestados, bem como favorece uma reviso de todo o contexto em que os processos

    so executados, a partir da realizao de um diagnstico no qual se avalia aspectos

    como fora de trabalho, estrutura de tecnologia e informao, estrutura fsica

    (layout), anlise de demanda, dentre outros.

    Assim, so avaliadas no apenas as atividades que compem os

    processos, mas toda a estrutura, recursos e elementos que exercem impacto sobre

    eles, permitindo uma anlise completa do contexto de prestao dos servios e

    maiores possibilidades de melhoria dos mesmos.

    Tecendo-se uma interface com a reviso literria realizada, percebe-se,

    nos casos apresentados, certa dificuldade em fazer com que gestores e executores

    adotem uma perspectiva mais sistmica com relao ao trabalho realizado,

    buscando o timo global em detrimento do local. Ao mesmo tempo, ambos os casos

    ilustram a importncia e benefcios de se adotar tal viso para a gerao de servios

    pblicos de maior qualidade, evitando-se retrabalhos e aprimorando a comunicao

    entre as unidades envolvidas nos processos.

    Foram tratados, em sua maioria, processos primrios, com interface direta

    com os cidados. Como visto, tais processos tendem a ser crticos, uma vez que

    desvios e erros so, em geral, diretamente percebidos pelos cidados, afetando a

    imagem e credibilidade da organizao (e por consequncia, do governo) junto aos

    mesmos. No caso do registro de veculos, o ndice de atendimentos de retorno

    ilustra esta situao, na medida em que evidencia a impossibilidade de concluso do

    servio em um nico atendimento, motivado principalmente por desalinhamento das

    informaes que chegam ao usurio. Neste caso, a viso sistmica do processo,

    compreendendo-se e analisando-se todas as etapas necessrias para a concluso

    do servio, desde a comunicao com o cidado, informando-o dos procedimentos e

    documentos necessrios, at a entrega efetiva do servio, mostrou-se fundamental

    para a melhoria do mesmo.

  • 29

    O fato de grande parte dos processos do setor pblico serem

    interfuncionais, e operados sob uma estrutura em geral hierrquica e funcional,

    representa um grande desafio para a otimizao de processos, exigindo um esforo

    considervel no sentido da integrao e comunicao entre as reas.

    Outro fator importante, observado em ambos os casos, refere-se ao

    alinhamento entre a agenda estratgica definida pela organizao e o projeto de

    melhoria de processos, com fins de se gerar maior valor aos beneficirios. Nos

    casos apresentados, ambas as iniciativas se deram por demanda da alta gesto,

    que patrocinou o projeto, sendo fundamental para que os resultados fossem

    possveis, mesmo em meio a um contexto de resistncias. O patrocnio da alta

    gesto foi tambm fundamental para permitir a reconfigurao de regras e

    procedimentos, possibilitando processos mais confiveis, flexveis e integrados.

    Os casos ilustraram ainda o quo fundamental que a conduo do

    projeto de melhoria seja realizada de forma participativa, envolvendo os principais

    atores em todas as etapas, desde o planejamento, mapeamento e proposies de

    melhorias no redesenho, at a implantao das mesmas. Desta forma, torna-se mais

    provvel que os atores sintam-se parte da mudana e no vtima dela, reduzindo-se

    possveis resistncias e alinhando-se expectativas e entendimentos quanto s

    diretrizes definidas e resultados esperados.

    Tal participao favorece, ainda, a implantao das propostas de

    melhoria, etapa essencial para o alcance efetivo de resultados. Em ambos os casos,

    o envolvimento dos atores foi fundamental para facilitar a implantao das melhorias

    e permitir o alcance de resultados.

    Por fim, percebe-se que, por vezes, alteraes relativamente simples

    (como a reviso e redefinio de responsabilidades e competncias, observadas em

    ambos os casos) podem gerar melhorias e resultados significativos, contribuindo

    para a reduo de desperdcios e retrabalhos e para a melhoria da comunicao

    entre as diversas reas envolvidas nos processos.

    Assim, a gesto e otimizao de processos apresenta considervel

    potencial para contribuir para a prestao de servios pblicos com maior qualidade,

    na medida em que favorece a anlise daquilo que agrega ou no valor, buscando

    eliminar o que no faz sentido.

  • 30

    Nos casos apresentados, pode-se elencar como principais resultados

    alcanados ou esperados a partir da gesto e otimizao de processos o

    fortalecimento da gesto e redefinio de papis e responsabilidades nos nveis

    estratgicos, ttico e operacional; a reviso e repactuao de metas mais

    desafiadoras; maior qualidade do atendimento prestado ao cidado; melhoria da

    comunicao entre as unidades e com os beneficirios; maior controle dos

    processos e atividades, gerando maior confiabilidade e segurana, e favorecendo a

    tomada de decises dos gestores; capacitao dos envolvidos, elevando o potencial

    dos mesmos para a realizao das atividades; melhor uso dos recursos disponveis

    (humanos, tecnolgicos e financeiros) e melhor alocao dos mesmos.

    Espera-se que o artigo tenha contribudo para demonstrar o potencial de

    gerao de melhores resultados que a gesto e otimizao de processos traz para

    as organizaes pblicas, com iniciativas relativamente simples e que no envolvem

    grande aporte de recursos adicionais, mas perpassam justamente a melhor

    utilizao daqueles disponveis. Ademais, espera-se ainda que o trabalho

    apresentado inspire gestores governamentais a repensarem a forma como

    gerenciam o funcionamento das organizaes sob sua responsabilidade e busquem

    a melhoria contnua da qualidade dos servios pblicos prestados, visando

    satisfao e ao atendimento das necessidades dos cidados, para a construo de

    um pas melhor para todos.

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    AUTORIA

    Ana Flvia de Castro Morais Especialista em Polticas Pblicas e Gesto Governamental.

    Endereo eletrnico: [email protected] Andra Mara da Cruz Rocha Rogrio Luis Massensini Vanice Cardoso Ferreira SEPLAG-MG /Diretora Central de Polticas de Otimizao de Processos.

    Endereo eletrnico: [email protected]