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  • 1

    GERAO DISTRIBUDA: VANTAGENS E DESVANTAGENS

    Wilson Pereira BARBOSA Filho1

    ([email protected])

    Ablio Csar Soares de AZEVEDO2

    1Mestre em Gesto Ambiental. Fundao Estadual do meio Ambiente FEAM

    2Engenheiro Civil e Sanitarista. Fundao Estadual do meio Ambiente FEAM

    RESUMO

    O objetivo desse estudo visualizar as vantagens e desvantagens da interconexo da gerao

    distribuda (GD) com a rede eltrica, dentro do novo modelo institucional do setor, de forma a

    atender conceitos atuais de sustentabilidade. Segundo a pesquisa realizada as vantagens da

    utilizao da GD acentuadas pelos avanos tecnolgicos, tendem a difundir o seu emprego, o

    aumento da insero da energia de fontes renovveis na matriz energtica e a diminuio dos

    impactos ambientais. Esses fatores so determinantes no desenvolvimento de cidades de contexto

    sustentvel. As desvantagens do uso da GD para a sociedade esto ligadas ao custo de implantao

    do projeto e ao seu tempo de amortizao, porm com o desenvolvimento da curva de aprendizado,

    a tendncia a diminuio de custos e melhoria da tecnologia. Para o produtor independente, a

    interligao rede acarreta certa reduo de autonomia, por no poder mais agir visando apenas

    maximizao do prprio benefcio. Apesar da tendncia de uso da GD ser crescente, dependendo

    da cidade, poder ser insuficiente para atender todo o crescimento da demanda de energia e,

    portanto, no ir dispensar acrscimos da gerao centralizada, mas sim diminuir sua taxa de

    crescimento.

    Palavras-chaves: energia, planejamento energtico, sustentabilidade

    1 Introduo

    O objetivo desse estudo visualizar as vantagens e desvantagens da interconexo

    da gerao distribuda (GD) com a rede eltrica, dentro do novo modelo institucional do

    setor eltrico, de forma a atender conceitos atuais de sustentabilidade.

    O uso da energia est diretamente relacionado ao desenvolvimento econmico e

    industrial. Pases como EUA, Japo e o continente europeu que apresentam o maior

    desenvolvimento econmico so justamente aqueles que possuem os menores preos de

    energia e demandam os maiores consumos energticos. Historicamente, a revoluo

    industrial gerou uma mudana no uso da energia, impactando o preo de mercado. Outra

    mudana de paradigma ocorreu em 1973, quando da crise do petrleo que gerou uma

    necessidade de rever o mercado energtico mundial. No distante, em 2000, com a queda

    do leo e do gs natural, bem como, com o aumento do preo dessas fontes de energia,

  • 2

    outras fontes passaram a ser consideradas no planejamento estratgico. Diferentes vetores

    energticos passaram a ser maximizados no uso.

    A maneira organizacional adotada pelo sistema eltrico e obedecida ao longo de sua

    histria consiste em grandes centrais de gerao e uma extensa rede de linhas de

    transmisso e distribuio, conhecida como gerao centralizada de energia. Quando a

    demanda de energia aumenta, a resposta um aumento da gerao, porm quando a

    demanda excede os limites da capacidade do sistema, a soluo adotada sempre a

    construo de novas unidades de gerao, e por derivao o aumento do transporte e

    distribuio dessa maior energia comercializada. O questionamento quanto a essa forma de

    planejar a expanso da oferta de eletricidade do setor eltrico, aliada a introduo no

    mercado de novas tecnologias que reduzem significativamente o custo da energia

    produzida, localizadas prximas dos centros de carga, traduz o conceito de GD.

    2 Conceitos e tendncias

    A GD definida como o uso integrado ou isolado de recursos modulares de

    pequeno porte por concessionrias, consumidores e terceiros em aplicaes que beneficiam

    o sistema eltrico e ou consumidores especficos. O termo tem sintonia com outras

    expresses normalmente usadas como: autogerao, gerao in situ, cogerao e gerao

    exclusiva (EPRI, 1997, apud, OLADE, 2011).

    A GD oferece inmeras vantagens ao setor eltrico, visto que a disposio da

    unidade de gerao prxima a carga permite a diminuio das perdas associadas ao

    transporte de energia eltrica, alm de uma maior diversificao das tecnologias

    empregadas para produo de energia, e assim sua escolha pode ser realizada em funo

    dos requerimentos especficos da carga ou da disponibilidade dos recursos energticos

    locais (RODRIGUES, 2000, apud OLADE, 2011).

    As tecnologias de GD tm evoludo para incluir potncias cada vez menores. O

    conceito envolve, ainda, equipamentos de medida, controle e comando que articulam a

    operao dos geradores e o eventual controle de cargas (ligamento/desligamento) para que

    estas se adaptem oferta de energia. Com a GD, torna-se possvel obter maior eficincia

    energtica (INEE, 2001).

  • 3

    GD a gerao e armazenamento de energia eltrica em pequena escala, mais

    prximo ao centro de carga, com opo de interagir, ou seja, comprar ou vender com a

    rede, e, em alguns casos, considerando a mxima eficincia energtica (OLADE, 2011).

    GD a denominao genrica de um tipo de gerao eltrica que se diferencia da realizada

    pela gerao centralizada por ocorrer em locais em que no seria instalada uma usina

    geradora convencional, contribuindo assim para aumentar a distribuio geogrfica da

    gerao de energia eltrica em determinada regio (COGEN, 2013).

    Figura 1: Conceito de gerao distribuda

    Fonte: EPRI, 2009, apud OLADE, 2011

    Esses conceitos de gerao distribuda trazem em comum:

    proximidade com a regio de consumo;

    localizao: sistema eltrico da empresa ou stio do cliente. Quando o local for

    fora do alcance da rede distribuda, devem se utilizar os chamados sistemas

    isolados;

    produo em pequena escala, possibilitando conexo prxima aos diversos

    pontos da rede eltrica (alta, mdia e baixa tenso);

    potncia reduzida;

    emprego de diversas tecnologias.

  • 4

    Na tomada de conscincia sobre o esgotamento dos recursos no renovveis pelas

    usinas convencionais que utilizam combustvel fssil, a GD uma ferramenta de estratgia

    importante, no incentivo ao uso de recursos renovveis disponveis localmente ou mesmo

    na concepo de medidas de eficincia energtica. Em termos ambientais, na utilizao da

    GD, os recursos energticos distribudos podem e devem contribuir na reduo das

    emisses de GEE e para mitigar a mudana climtica.

    O incentivo inicial GD surgiu nos EUA com as mudanas na legislao, iniciadas

    pelo Public Utilities Regulatory Policies Act (PURPA) em 1978 e ampliadas em 1992 pelo

    Energy Policy Act, com a desregulamentao da gerao de energia. A difuso da gerao

    distribuda foi facilitada pelo progresso tecnolgico mundial no campo da computao,

    resultando em controle e processamento de dados mais rpido e mais barato, e no campo

    das telecomunicaes, oferecendo maior rapidez e menor custo na transmisso de maior

    volume de informao (INEE, 2001). No Brasil, as tendncias para o incremento da

    gerao distribuda decorrem de diversas causas, como:

    desejo dos consumidores de reduzir o custo do suprimento de energia eltrica e

    de melhorar a confiabilidade desse suprimento, face ao aumento dos preos

    aplicados pelas concessionrias e s deficincias das mesmas; em particular;

    reestruturao institucional do setor eltrico;

    disponibilidade crescente do gs natural para gerao, em virtude do aumento da

    oferta tanto de origem nacional como externa, da construo de gasodutos para

    transporte e do desenvolvimento das redes de distribuio (OLADE, 2011);

    crescente aumento e aperfeioamento de tecnologias para aproveitamento de

    energia a partir de fontes renovveis, em destaque para solar e elica;

    o baixo valor econmico da venda de energia, obtido atravs de leiles de

    energia para fontes renovveis;

    polticas pblicas de incentivo ao mercado de energia solar, que colocou o Brasil

    em destaque quanto ao aproveitamento da solar trmica;

    conscientizao dos problemas ambientais, promovendo solues que tendem a

    reduzir os impactos ambientais da gerao, dentre as quais as que permitem

    melhor aproveitamento da energia proveniente de combustveis quer fsseis quer

  • 5

    da biomassa; e da diminuio da utilizao e construo de grandes redes de

    distribuio;

    progresso da tecnologia eletrnica e consequente reduo nos custos de sistemas

    de controle, de processamento e de transmisso de dados, viabilizando a

    operao de sistemas eltricos cada vez mais complexos (INEE, 2001).

    3 Mercado regulatrio de Energia

    Na dcada passada o setor eltrico brasileiro passou por uma grande reforma, que

    estabeleceu uma nova base para a criao de novas instituies, enquanto as j existentes

    sofreram reviso de suas atribuies. Esse novo modelo concebido pela Lei n 10.848/2004

    visa a garantia de segurana de fornecimento, o estabelecimento de tarifas justas e um

    novo planejamento para lidar com o crescimento da demanda.

    No intuito de regularizar o setor e atrair investimentos, a normativa inseriu no

    mercado econmico, dois novos ambientes, o ACR (Ambiente de Contratao Regulada) e

    o ACL (Ambiente de Contratao Livre). No ACR comercializa-se a energia eltrica

    utilizada pelas companhias distribuidoras para atender a seus respectivos consumidores

    finais. A venda de energia passou a ser realizada por licitaes, que consiste em leiles

    com contratos de longo prazo com durao de 15 a 35 anos e entrega a partir de 3 ou 5

    anos, visando direcionar os contratos de energia por empresas prestadoras de servios

    pblicos. Esse sistema tem desenvolvido um crescimento para empreendimentos de

    gerao de energia de fontes renovveis. No ACL comercializa-se a energia eltrica para

    atender aos consumidores livres, por intermdio de contratos bilaterais livremente

    negociados. O novo regulamento tem como base a Resoluo Normativa n 376/2009 da

    Agncia Nacional de Energia Eltrica (ANEEL), que trata das condies para contratao

    de energia eltrica por consumidores livres no Sistema Interligado.

    Em dezembro de 2012, entrou em vigor a Resoluo Normativa n 482, de

    17/04/2012, da ANEEL, que estabeleceu as condies gerais para o acesso de

    microgerao e minigerao distribuda aos sistemas de distribuio de energia eltrica,

    que visa reduzir as barreiras regulatrias existentes para conexo de gerao de pequeno

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    porte disponvel na rede de distribuio, bem como introduzir o sistema de compensao

    de energia eltrica (net metering), alm de estabelecer adequaes necessrias nos

    Procedimentos de Distribuio (PRODIST). Esse sistema funciona como um arranjo no

    qual a energia injetada por unidade consumidora com microgerao ou minigerao

    distribuda cedida distribuidora local e posteriormente compensada com o consumo de

    energia eltrica dessa mesma unidade consumidora ou de outra unidade de mesma

    titularidade (CNPJ ou CPF), ou na fatura do ms subsequente. Segundo a Resoluo

    Normativa n 517/2012 da ANEEL, os crditos da quantidade de energia gerada continuam

    vlidos para serem consumidos por um prazo de 36 meses. Esse sistema de compensao

    transforma o consumidor cativo em tambm um produtor de energia. Para efeito, o sistema

    de microgerao ou minigerao distribuda, quando da sua instalao, deve ser analisado

    previamente pela distribuidora local, pois seu funcionamento necessita de alguns

    requisitos, que incluem tambm um leitor de energia especfico.

    Vale salientar, que a microgerao distribuda consiste em uma central geradora de

    energia eltrica, com potncia instalada menor ou igual a 100 kW, e a minigerao

    distribuda para potncia instalada acima de 100 kW e menor ou igual a 1 MW, sendo

    ambas para fontes hidrulica, solar, elica, biomassa e cogerao qualificada.

    Simultaneamente, foi publicada pela ANEEL a Resoluo Normativa n 481/2012,

    pela qual ficou estipulado, para a fonte solar cuja potncia injetada nos sistemas de

    transmisso ou distribuio seja menor ou igual a 30 MW, o desconto de 80% para os

    empreendimentos que entrarem em operao comercial at 31/12/ 2017, aplicvel nos dez

    primeiros anos de operao da usina, nas tarifas de uso dos sistemas eltricos de

    transmisso e de distribuio TUST e TUSD, sendo esse desconto reduzido para 50%

    aps o dcimo ano de operao da usina. E ainda, faro jus ao desconto de 50% nas

    referidas tarifas, os empreendimentos que entrarem em operao comercial aps 31 de

    dezembro de 2017.

    4 Resultados e Discusses

    4.1 Das vantagens

  • 7

    As vantagens atribudas GD so nesse estudo contempladas pela temtica da sociedade,

    do meio ambiente e do setor eltrico.

    Do lado da sociedade foram identificados:

    qualidade e confiabilidade superiores do abastecimento por meio de tecnologias

    de GD, porque seu sistema eltrico no aceita variaes de frequncia e/ou tenso;

    aumento da confiabilidade do suprimento aos consumidores prximos gerao

    local, por adicionar fonte no sujeita a falhas na transmisso e distribuio;

    a eletricidade gerada pela GD tem menor custo para o consumidor;

    contribuio para o aumento do mix da gerao, levando a um maior segurana do

    suprimento energtico;

    gerao de empregos e estabilidade na produo pela indstria nacional gerando

    desenvolvimento econmico;

    contribuio para o desenvolvimento local (social e econmico), devido ao uso de

    recursos prprios da regio na qual est inserida a instalao eltrica; (OLADE,

    2011).

    Do lado do meio ambiente:

    contribuio na reduo das emisses de GEE e para a mitigao da mudana

    climtica devido ao uso de recursos energticos distribudos..

    minimizao dos impactos ambientais, pela reduo das necessidades de grandes

    instalaes de gerao de cargas e extensas linhas de transmisso;

    diminuio do uso de fontes de energia no renovveis;

    diminuio do desmatamento;

    possibilidade de melhorar a eficincia energtica;

    uso adequado dos recursos renovveis.

    Do lado do setor eltrico:

    a GD economicamente atraente na medida em que reduz os custos, adia

    investimentos em subestaes de transformao e em capacidade adicional para

    transmisso, alm de reduzir perdas nas linhas de transmisso e distribuio,

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    perdas reativas de potncia e estabilidade na tenso eltrica. (HOFF et al., apud

    OLADE, 2011)

    a diversidade de investimentos privados gerados pela GD, tende a ampliar o

    nmero de agentes geradores e participantes do setor eltrico, distribudos

    regionalmente (COGEN, 2013);

    atendimento mais rpido ao crescimento da demanda (ou demanda reprimida)

    por ter um tempo de implantao inferior ao de acrscimos gerao centralizada

    e reforos das respectivas redes de transmisso e distribuio;

    diminuio da dependncia do parque gerador despachado centralizadamente,

    mantendo reservas prximas aos centros de carga (COGEN, 2013);

    agilizao no atendimento ao crescimento da demanda, inserindo menor prazo e

    menor complexidade no licenciamento e na liberao para implantao dos

    projetos (COGEN, 2013);

    aumento da estabilidade do sistema eltrico, pela existncia de reservas de

    gerao distribuda (INEE, 2001);

    reduo das perdas na transmisso e dos respectivos custos, e adiamento no

    investimento para reforar o sistema de transmisso (INEE, 2001);

    reduo dos investimentos para implantao, inclusive os das concessionrias para

    o suprimento de ponta, dado que este passa a ser compartilhado (peak sharing),

    e os de todos os produtores para reservas de gerao (que podem ser alocadas em

    comum) (INEE, 2001);

    reduo dos riscos de planejamento;

    o uso de unidades de menor capacidade propicia o equilbrio na busca de

    melhores taxas variveis de crescimento de demanda, contribuindo na reduo de

    risco associados a erros de planejamento e oscilaes de preos ao sistema

    eltrico. (WALTER et al., apud OLADE, 2011)

    contribuio para a abertura do mercado energtico, com a criao de

    regulamentao jurdica prpria, que podem representar uma grande oportunidade

    comercial.

  • 9

    Tabela 1: Interfaces de conexo

    Tecnologia Fonte de Combustvel Interface 100 kW

    100 kW -

    1 MW 1 MW

    Pequenas turbinas a gs Comb. fssil e biogs Conexo direta x

    Motores recprocos com ger.

    sncronos ou de induo Comb. fssil e biogs Conexo direta x x x

    Geotrmico Renovvel Conexo direta x x

    PCHs Renovvel Conexo direta x x

    Elica Renovvel Inversor x x x

    Fotovoltaico Renovvel Inversor x x x

    Clulas a combustvel Comb. fssil e biogs Inversor x x x

    Solar trmico Renovvel Conexo direta x x x

    Armazenamento em baterias Rede Eltrica Inversor x x x

    Armazenamento em capacitores Rede Eltrica Inversor x x

    Micro turbinas Combustvel fssil Inversor x x

    Fonte: R. W. Beck & Distributed Utilities Associates, apud OLADE, 2011.

    A tabela 1 acima elucida as interfaces de conexo a rede conforme o tipo de

    tecnologia utilizada.

    4.2 Das desvantagens

    A GD acarreta desvantagens devidas ao aumento do nmero de empresas e entidades

    envolvidas, desvinculao entre interconexo fsica e intercmbio comercial e o custo da

    tecnologia:

    Do lado da sociedade:

    remunerao do custo da interligao da GD rede, que a princpio fica a cargo

    do proprietrio da GD (OLADE, 2011);

    possvel variao da tarifa em funo da taxa de utilizao da interconexo;

    possvel tempo de amortizao elevado devido ao custo do sistema;

    variaes na produo de energia do sistema, conforme a fonte energtica

    adotada (INEE, 2001).

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    Do lado do setor eltrico:

    a concessionria a qual vai se conectar um produtor independente pode ser

    apenas transportadora e no compradora da energia que lhe entregue por

    aquele produtor para um cliente remoto;

    maior complexidade no planejamento e na operao do sistema eltrico;

    maior complexidade nos procedimentos e na realizao de manutenes,

    inclusive nas medidas de segurana a serem tomadas e na coordenao das

    atividades;

    possvel diminuio do fator de utilizao das instalaes das concessionrias de

    distribuio, o que tende aumentar o preo mdio de fornecimento das mesmas;

    remunerao de investimentos de concessionrias, decorrentes ou afetados pela

    interconexo (INEE, 2001).

    Concluso

    Segundo a pesquisa realizada as vantagens da utilizao da GD acentuadas pelos

    avanos tecnolgicos, tendem a difundir o seu emprego, o aumento da insero da energia

    de fontes renovveis na matriz energtica e a diminuio dos impactos ambientais. Esses

    fatores so determinantes no desenvolvimento de cidades de contexto sustentvel.

    As desvantagens do uso da GD para a sociedade esto ligadas ao custo de

    implantao do projeto e ao seu tempo de amortizao, visto que um mercado novo,

    porm com o desenvolvimento da curva de aprendizado, a tendncia natural a diminuio

    de custos e melhoria da tecnologia. Para o produtor independente, a interligao rede

    acarreta obviamente certa reduo de autonomia, por no poder mais agir visando apenas

    maximizao do prprio benefcio, nos casos em que possa ser prejudicado o benefcio

    global de todos os usurios.

    Apesar da tendncia de uso da GD ser crescente, dependendo da cidade, poder ser

    insuficiente para atender todo o crescimento da demanda de energia e, portanto, no ir

    dispensar acrscimos da gerao centralizada, mas sim diminuir sua taxa de crescimento.

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    Referncias Bibliogrficas ANEEL. AGNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELTRICA. Legislao. Disponvel em http://www.aneel.gov.br/area.cfm?id_area=50. Acesso em: 10 set 2013.

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    INEE. INSTITUTO NACIONAL DE EFICINCIA ENERGTICA. Notas sobre gerao

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