FACULDADES PITÁGORAS – CAMPUS IPATINGA-MG

CURSO/HABILITAÇÃO: ENGENHARIA CIVIL

6° SEMESTRE

AUTORES

Angélica Daiane

Angélica Godoi

Jorge Fernando

Maurílio Mateus

Rosana Cristina

ARTIGO-TIJOLOS DE SOLO-CIMENTO

Atividade apresentada como requisito parcial para obtenção de aprovação na disciplina Materiais de Construção, no Curso de Engenharia Civil.

Prof. Romário Sales Pereira

Ipatinga, 2015

RESUMO

A indústria da construção com o intuito de exaltar a importância de métodos

construtivos sustentáveis vem inovando com novas tecnologias. O estudo de

tais métodos nos levou ao tijolo prensado de solo-cimento confeccionado com

resíduos de concreto, que através de pesquisas, testes e demais estudos,

pesquisadores puderam chegar à conclusão de ser um material menos

poluente, com melhores propriedades mecânicas e podendo ser mais viável até

economicamente, que os tijolos solo-cimento convencionais, favorecendo a

redução do consumo de cimento e a obtenção de tijolos de melhor qualidade.

Entretanto para que possa ocorrer o largo uso desse material é necessário

conhecer seu comportamento ao longo do tempo. É fundamental o

conhecimento das condições de uso e da durabilidade. Através de artigos,

relatórios e textos provenientes desses estudos foi redigito esse artigo.

Palavras-chave: métodos construtivos sustentáveis, tijolos solo-cimento, meio-

ambiente.

INTRODUÇÃO

A construção civil ocupa grande parte da economia mundial, isso também vale

para o brasil em que boa parte do seu PIB está ligado a este ramo, com isso

está atrelado que grande parte da degradação ambiental e ocasionada pela

indústria da construção.

Não existe construção que não gere impactos no meio ambiente, a busca é por

intervenções que o ocasionem em menor escala.

O uso de métodos construtivos sustentáveis vem cada vez mais tomando uma

importância considerável, tornando até um diferencial para empresas do ramo.

A terra crua como matéria prima no material de construção é uma das

alternativas, um material abundante e não gasta energia para ser queimado.

Os tijolos de solo cimento constituem uma das alternativas para a construção

em alvenaria. Esses elementos, após pequeno período de cura, garantem

resistência à compressão simples e similar a dos tijolos maciço e blocos

cerâmicos, sendo a resistência tanto mais elevada quanto maior a for a

quantidade de cimento empregada; esta, no entanto deve ser limitada a um

teor ótimo que confira ao material curado a necessária qualidade, sem aumento

do custo de fabricação.

DESENVOLVIMENTO

A indústria da construção civil representa uma significa parcela do Produto

Interno Bruto (PIB) nacional, cerca de 15%, e ocupa posição de relevo na

economia brasileira. Quanto aos impactos ambientais que gera, a indústria da

construção civil é hoje um dos grandes desafios para a sustentabilidade, por

isso se torna responsável pelo consumo de uma grande parcela dos recursos

naturais; cerca de 60 mil ton/ano de cerâmica, 40 mil ton/ ano de cimento e 200

mil ton/ ano de produtos a base de cimento. Construções ecologicamente

viáveis são metas da engenharia civil para o novo século. Essas construções

baseiam-se no aproveitamento e redução de resíduos, desenvolvimento de

tecnologias limpas, uso de materiais recicláveis ou reutilizáveis e aplicação de

resíduos como materiais secundários. Por esta razão diversas pesquisas vêm

sendo desenvolvidas na busca por materiais e técnicas construtivas que

minimizem os impactos ambientais decorrentes das construções, desde a

fabricação dos materiais até o acabamento da obra arquitetônica. Os tijolos de

solo-cimento, obtidos a partir da mistura de solo, cimento Portland e água,

ganham destaque entre os materiais de construção alternativa.

As primeiras pesquisas registradas sobre a utilização desse material são

datadas de 1935, feitas junto a PCA (Portland Cement Association), entretanto,

nos Estados Unidos, desde o início do século XX, o solo-cimento apresenta

grande utilização no ramo de construção civil, sem uma pesquisa mais

detalhada sobre a utilização deste material, até então.

(Centro de Pesquisas da PCA - Portland Cement Association em Washington

DC)

No Brasil, a partir de 1960, o solo-cimento passa a ser estudado com mais

abrangência, iniciando uma grande quantidade de pesquisas e estudos

científicos. Como principais instituições responsáveis pelo incentivo e

divulgação dessas pesquisas, podemos citar: IPT – Instituto de Pesquisas

Tecnológicas do Estado de São Paulo e a ABCP – Associação Brasileira de

Cimento Portland.

Sede do IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo

No passado muitas obras foram levantadas com métodos iguais ou parecido

aos usados para fabricação deste tipo de material nos tempos atuais.

Ele surgiu através de um processo evolutivo ao longo dos milhares de anos,

sendo a construção mais velha que se conhece, a da pirâmide Queops, no

Egito, construída à cerca de 2.600 anos a.C.. Esta técnica usada foi adotada a

partir de recursos naturais, onde eles pegavam conchas de mariscos e

trituravam. Em seguida, pegavam óleo de baleia e terra e juntavam às conchas

de mariscos trituradas. Quando estes três materiais estavam juntos, jogavam

água por cima formando uma grande masseira. Após todo esse processo,

estando a massa homogênea, eles faziam formas de 2 metros por 1 metro e

transformavam em milhares de blocos.

Estudos recentes mostram que a incorporação de alguns resíduos ao solo-

cimento agrega ao material maior benefício ambiental e maior desempenho

tecnológico, dentre os resíduos estudados o resíduo de serragem de granito

destaca-se pelas suas propriedades e grande abundancia no Brasil.

SOLO - CIMENTO

Tijolos solo-cimento são obtidos pelas misturas de solo, agua e cimento;

compactados logo após a sua compactação passam por um processo de cura

e secagem eles não necessitam de queima, o que evidencia a sua vantagem

sobre tijolos queimados.

Apesar do tijolo solo-cimento ter vantagens sobre os tijolos queimados, o de

solo-cimento com resíduos de concreto tem ainda mais vantagens, pois além

dos benefícios que o comum tem, a adição de resíduos de cimento traz para

esse material melhoras nas propriedades mecânicas, além de é claro funcionar

como um meio para o reaproveitamento desses resíduos que seriam

descartados no meio ambiente.

Estudos feitos por pesquisadores da faculdade de engenharia/UNESP do

estado de são Paulo mostram essas melhoras mecânicas, para isso foram

feitos diversos testes em corpos de prova, com traços diversos conforme a

tabela 1:

USO E APLICAÇÃO DO SOLO-CIMENTO

O uso do solo-cimento representa diversas vantagens, destacando-se do ponto

de vista econômico, abundância do solo, principal componente, o baixo custo

de produção, redução do uso de argamassas, diminuição do desperdício nos

canteiros de obras e isenção de mão-de-obra especializada. Há também os

benefícios ecológicos como redução dos resíduos de construção, despensa da

queima em fornos, como acontece com os tijolos convencionais, entre outros.

Na construção civil, o solo-cimento possui hoje diversas aplicações como em

edificações, paisagismo, pavimentação, contenção de encostas, contenção de

córregos e pequenas barragens (CAMPOS, 2007).

No Brasil as principais formas de utilização do solo-cimento são:

Parede monolítica, onde o solo-cimento é compactado no próprio local, em

camadas sucessivas, no sentido vertical, com auxílio de formas e guias,

formando painéis inteiriços, sem juntas horizontais .

Tijolos ecológicos que são produzidos em prensas, dispensando a queima em

fornos. Podem ser maciços ou vazados. Além de grande resistência, outra

vantagem desse tijolo é o seu excelente aspecto .

Pavimentos, os quais são compactados no local, com auxílio de fôrmas, mas

em uma única camada. Eles constituem placas maciças, totalmente apoiadas

no chão.

No Brasil são produzidos diversos tipos de tijolos prensados de variados

tamanhos e modelos, que são escolhidos de acordo com as necessidades do

projeto, como mostra a Tabela.

Entre os testes feitos foram:

Analisa granulométrica

Teste de compactação

Limites de consistência

Teste de retração

Teste de compressão nos corpos de prova

Gráficos da figura 6 e da figura 7 mostram corpos de prova cilíndricos e tijolos

submetidos a testes de compressão.

E notável lendo-se os gráficos o aumento de resistência dos corpos no geral,

notamos também que a uma pequena mudança nos resultados na faixa 40%-

60%, por isso foi deduzido que exista um valor ótimo entre 40% e 60% a serem

contatados com mais testes.

Todos os corpos de teste e também as análises foram feitas seguindo normas

técnicas afim de se obter resultados mais precisos e satisfatórios precisos.

É importante salientar que o tal resíduo de concreto e proveniente da

demolição de blocos de concreto usados nas construções da região do estudo,

material esse que seria certamente descartado na natureza se não tivesse tido

esse destino.

BENEFICIO DO SEU EMPREGO

Principais benefícios dos tijolos de solo-cimento.

Não consomem combustível na fabricação, por dispensar a queima.

Utiliza basicamente a mão de obra não especializada.

Podem ser produzidos com o próprio solo loca e no canteiro de obras,

reduzindo ou evitando o custo com transporte.

CONCLUÇÃO

Fica evidente que a necessidade de procuramos métodos construtivos menos

poluentes é inevitável e que o uso de tijolos solo-cimento com resíduos de

concreto pode auxiliar-nos nisso, com o uso dessa alternativa diminuirá a

demanda por matéria primas e aumentara o uso de materiais reciclados

diminuindo assim o impacto ambiental.

Por fim os estudos feitos demostram que esse tijolo e uma excelente matiz

para aproveitamento de resíduos, já quem com a adição desses resíduos

observa melhoras nas propriedades mecânicas desse material.

BIBLIOGRAFIA

https://pt.wikipedia.org/wiki/Solo_cimento

http://biobloctijolosecologicos.blogspot.com.br/p/blog-page.html

http://www.scielo.br/pdf/rbeaa/v12n2/v12n02a14.pdf

http://www.ecooca.org/construo-sustentvel/tijolo-de-solocimento

GRANDE, F. M., Fabricação de Tijolos modulares de solo-cimento por

prensagem manual com e sem a adição de sílica ativa. Dissertação (mestrado).

EESC – Escola de Engenharia de São Carlos, São Carlos-SP, 2003.

CAMPOS, I. M. Solo-cimento, solução para economia e sustentabilidade.

Disponível em: http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=23,

2007 > acesso em abril de 2009.