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A História dos Sonhos e Seus Avanços Científicos Pablo Soares 1 Resumo Este artigo foi realizado no intuito de resumir brevemente a história dos sonhos e seus avanços científicos ao longo dos séculos até a contemporaneidade, além de contar um pouco sobre como as antigas civilizações viam os sonhos e o que significava para as suas vidas. Palavras-Chave: Sonhos; História; Civilizações Abstract This article was done in order to briefly summarize the story of dreams and their scientific advances over the centuries until nowadays, and tell a little about how the ancient civilizations saw dreams and what it meant for their lives. Keywords: Dreams; Story; Civilizations 1 Pablo Laffaet Stefanes Soares, Graduando do Curso de Psicologia na Faculdade São Francisco de Assis – UNIFIN.

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Page 1: Artigo Sonhos

A História dos Sonhos e Seus Avanços Científicos

Pablo Soares1

Resumo

Este artigo foi realizado no intuito de resumir brevemente a história dos sonhos e seus avanços científicos ao longo dos séculos até a contemporaneidade, além de contar um pouco sobre como as antigas civilizações viam os sonhos e o que significava para as suas vidas.

Palavras-Chave: Sonhos; História; Civilizações

Abstract

This article was done in order to briefly summarize the story of dreams and their scientific advances over the centuries until nowadays, and tell a little about how the ancient civilizations saw dreams and what it meant for their lives.

Keywords: Dreams; Story; Civilizations

1 Pablo Laffaet Stefanes Soares, Graduando do Curso de Psicologia na Faculdade São Francisco de Assis – UNIFIN.

Page 2: Artigo Sonhos

O Sonho Segundo os Povos Antigos

Os sonhos sempre foram um mistério para a humanidade e muitos tentaram explicar esse fenômeno que ocorre durante o sono. Diversas culturas antigas pensavam sobre os sonhos como um meio de se comunicar com outros planos, prever o futuro, comunicar-se com os deuses, cura para doenças e até mesmo templos eram erguidos para sonhar. Sociedades primitivas davam tanta importância para o sonho que a primeira atividade do dia era poder contar os sonhos que tiveram, coletivamente.

Os povos antigos, chineses, gregos, hindus e romanos consideravam os sonhos como mensageiros; para uns, mensageiros dos espíritos e demônios, para outros, mensageiros dos deuses. O comportamento desses povos era determinado pela compreensão dos sonhos.

Em: <http://sbpa-rj.org.br/site/?page_id=1661>. Acesso em: 25 de Março de 2015.

Desde os tempos mais remotos a humanidade vem agregando diferentes significados sobre o que significa o sonhar e, na maioria das vezes, como premonitórios. Os primeiros povos que se tem notícia sobre interpretação dos sonhos, por escrito, são os egípcios e os assírios, que consideravam ser uma maneira de comunicação com seus deuses, mas foram os romanos os primeiros a escreverem manuais sobre interpretação de sonhos.

O Sonho e o Cristianismo

Para a Igreja, alguns sonhos podiam ser interpretados como demoníacos, levando muitas pessoas a serem condenadas por bruxaria ou ligações com o Demônio. Para a Igreja, nenhuma forma de adivinhação ou interpretação dos sonhos deve ser aceita, essas práticas contradizem o respeito a Deus, pois somente a Ele possui o futuro e todos os cristãos devem abrir mão de sua curiosidade sobre o tempo, pois a Ele devem entregar suas vidas e seu futuro.

 “Os sonhos sexuais, muito comuns, eram interpretados como tentações diabólicas e deveriam ser suprimidos, o que é impossível, mas pelo menos confessados para obter um perdão, ou passar por um exorcismo. Na Antiguidade, a interpretação de que o sonho era uma comunicação com Deus foi suprimida pela Igreja, pois isso era considerado um privilégio somente dos sacerdotes”, afirma o professor.

SABBATINI, Renato. Do pecado à premonição: como os sonhos eram vistos na Antiguidade. Disponível Em: http://redeglobo.globo.com/globociencia/noticia/2012/07/do-pecado-premonicao-como-os-sonhos-eram-vistos-na-antiguidade.html>. Acesso em: 25 de Março de 2015.

Na Bíblia, muitos relatos de sonhos são mencionados e, mais uma vez, tratam-se de um deus que se comunica com a humanidade para dar uma missão ou predizer algo. José, pai de Jesus, foge para o Egito com sua família, após ser alertado em um sonho, para não cair nas mãos do rei que queria matar todos os recém-nascidos da região. O relato do sonho da

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mulher de Pilatos, o qual ela diz a seu marido que não condene Jesus, pois Deus havia lhe pedido em sonho para alertá-lo, embora alguns teólogos acreditam, na verdade, que quem a pediu teria sido Satanás para evitar a salvação. Portanto, mais uma vez, os sonhos, são mostrados como premonição e contato de um deus com seus fiéis, assim destacando novamente o que os sonhos significavam para a humanidade em tempos mais remotos e que sentido tinha para a cultura dessas pessoas.

Os Sonhos na Modernidade

Em uma sociedade Newtoniano-Cartesiana, onde somente o que é real, o que pode ser medido e explicado por leis mecanicistas, desconsiderou a importância dos sonhos, afirmando que era algo irracional e que não merecia ser levado a sério. Sigmund Freud, em 1899 publicou (com a data de 1900) seu livro A Interpretação dos Sonhos, onde afirmava que o sonho era uma tentativa de realização de um desejo reprimido inconsciente, pois durante o sono a repressão diminui e conseguimos então sonhar com coisas que sentimos. Neste caso, se é assim, por que nossos sonhos parecem tão confusos? Freud explica que embora a repressão possa diminuir esta não cessa, e faz uma comparação com um regime ditatorial, como por exemplo, no caso da mídia e das músicas que devem ser escritas de modo a não chamar a atenção dos censores, com trocadilhos e figuras de linguagem. Na música brasileira do renomado cantor Chico Buarque, Cálice, a canção é assim: “Pai, afasta de mim esse cálice”, onde cálice pode ser substituído por “cale-se”, em alusão à repressão da ditadura. Portanto, Sigmund Freud explica que os sonhos devem ser interpretados por meio de associação livre, onde o analisando, com a ajuda do analista, irá associar livremente o que cada coisa do sonho lhe lembra e, assim, chegar ao verdadeiro sentido por trás de tudo o que foi sonhado.

 Outras regras são:

Condensação: condensação é o fato de que os elementos dos sonhos manifestos (imagens, sensações, sentimentos, etc) resultam da fusão de vários elementos dos sonhos latentes. A condensação pode ocorrer também em virtude de omissões no sonho manifesto de elementos presentes no sonho latente.

Deslocamento: causado pela variação de ênfase dos elementos dos sonhos. Fatores que parecem triviais aparecem nos sonhos como de grande importância e vice-versa. Esse mecanismo concorre para que os sonhos assumam uma aparência estranha.

Simbolização: os sonhos expressam suas ideias por símbolos. Há símbolos também em outras manifestações humanas como nos mitos, no folclore, nas lendas, nas frases idiomáticas, nos provérbios, nos chistes, etc. Os símbolos sempre têm uma relação alusiva com as coisas simbolizadas.

Associações: são aquelas ideias ou lembranças evocadas pelos sonhos. As associações são fornecidas pelo sonhador, enquanto que os símbolos têm de ser propostos pelo analista, quando for o caso. Certos fatos, por serem comuns a todas as pessoas, têm tendência a serem representados por símbolos mais ou menos idênticos, os símbolos universais.

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ABC.MED.BR, 2012. Os sonhos e suas interpretações. Disponível em: <http://www.abc.med.br/p/psicologia..47.psiquiatria/323265/os-sonhos-e-suas-interpretacoes.htm>. Acesso em: 25 mar. 2015.

Os Sonhos na Contemporaneidade

As últimas pesquisas mostram que os sonhos acontecem devido a determinadas reações do cérebro da parte que comanda as memórias, impulsos e medo, conforme explica a equipe do site Brasil Escola:

Por que sonhamos? O sistema límbico (hipocampo e amígdala) presente no cérebro é responsável por essa viagem da mente, esta mesma região é que comanda a construção da memória, dos impulsos sexuais e do medo. Entendeu a relação? Ela explica o porquê dos sonhos envolverem fantasias sexuais, fatos que ocorreram durante o dia (ou no passado) ou tensões para o primeiro dia de trabalho em uma nova empresa.

ALVES, Líria. Sonhos e Descobertas. Disponível Em: <http://www.brasilescola.com/curiosidades/sonhos-descobertas.htm>. Acesso em: 25 de Março de 2015.

Pesquisadores do Instituto de Psiquiatria Max Planck, em Munique (Alemanha), recentemente descobriram que regiões cerebrais específicas, são ativadas conforme a indivíduo se movimento no sonho, ou seja, a mesma área do cérebro que ativa quando se faz um movimento quando acordado, ativa também quando se está dormindo e se sonha fazendo o mesmo movimento, como levantar a mão direita. O estudo foi feito utilizando sonhadores lúcidos, pessoas que adquiriram a capacidade de dar-se conta que estão sonhando e ter controle sobre sua situação, para realizar a pesquisa, essas pessoas foram submetidas a um escaneamento do cérebro enquanto sonhavam e pode ser esse o primeiro passo para, no futuro, a ciência poder ler os sonhos.

Considerações Finais

Conforme foi mostrado nos tópicos acima, os sonhos sempre foram de grande significado para a humanidade e ainda são, dando um grande salto científico a partir do século XX, com o livro A Interpretação dos Sonhos, de Sigmund Freud, em tempos onde não existiam tecnologias como as atuais para examinar mais precisamente o cérebro humano. Atualmente, com uma tecnologia cada vez maior e melhorada, já se sabe muito mais sobre os sonhos, como qual a parte do cérebro é responsável por isso e já sendo possível medir quando uma pessoa está sonhando por meio de leituras de ondas cerebrais, com aparelhos específicos para isso. Para concluir, pode-se afirmar com toda a certeza que atualmente se tem muito mais condições de descobrir ainda mais sobre esse tema que tanto é caro à humanidade.

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Referencias

SABBATINI, Renato. Do pecado à premonição: como os sonhos eram vistos na Antiguidade. Disponível Em: < http://redeglobo.globo.com/globociencia/noticia/2012/07/do-pecado-premonicao-como-os-sonhos-eram-vistos-na-antiguidade.html>. Acesso em: 25 de Março de 2015.

REIS, Marfisa. Sonhos na Antiguidade. Disponível Em: <http://sbpa-rj.org.br/site/?page_id=1661>. Acesso em: 25 de Março de 2015.

Os Sonhos e Suas Interpretações. ABC.MED.BR. Disponível em: <http://www.abc.med.br/p/psicologia..47.psiquiatria/323265/os-sonhos-e-suas-interpretacoes.htm>. Acesso em: 25 mar. 2015.

ALVES, Líria. Sonhos e Descobertas. Disponível Em: <http://www.brasilescola.com/curiosidades/sonhos-descobertas.htm>. Acesso em: 25 de Março de 2015.