Vivemos em um mundo onde o tempo é um recurso cada vez mais escasso.

Mas como assim? Desde o início do mundo, o tempo sempre teve o mesmo tempo...

Contudo, especialmente, nos últimos 50 anos, o número de atividades e papéis sociais

que desempenhamos cresceu vertiginosamente. Nesse sentido, não raras as vezes, nos

sentimos incomodados, estressados e irritados em não desempenhar satisfatoriamente

nossas atividades.

Já que é impossível ampliar o tempo e o número de atividades só cresce, nossa

única alternativa é gerenciar melhor o tempo disponível. Aliás, Gestão do Tempo é

uma das competências mais trabalhadas em programas de Coaching e, foco constante

de programas de treinamento. Por isso, compartilho com você, leitor, algumas dicas.

Meu amigo Andersom Bontorim, Editor-Chefe desta revista, sugere que

comecemos respondendo a nove perguntas:  

    COMEÇAR   CONTINUAR   ELIMINAR  

SER  O  que  você  NÃO  É  e  quer  começar  a  

ser?  

O  que  você  É  e  quer  CONTINUAR  

sendo?  

O  que  você  É  e  quer  PARAR  de  

ser?  

FAZER  O  que  você  NÃO  

FAZ  e  quer  começar  a  fazer?  

O  que  você  FAZ  e  quer  CONTINUAR  

fazendo?  

O  que  você  FAZ  e  quer  PARAR  de  

fazer?  

TER  O  que  você  NÃO  TEM  e  quer  

começar  a  ter?  

O  que  você  TEM  e  quer  CONTINUAR  

tendo?  

O  que  você  TEM  e  quer  PARAR  de  ter?  

Responder a essas nove perguntas significa focar esforços no que realmente

interessa. Ao identificarmos o que deve ser eliminado, devemos imediatamente partir

para a ação. Ou seja, abrir espaço (tempo) para aquilo que realmente nos importa.

Alguns hábitos também drenam nossas energias. Por isso, sempre que

possível, remova da sua frente o que impede sua realização. Conheço pessoas que

perdem horas procurando aquele comprovante de pagamento que estava em cima da

mesa... Ou então, guardam comprovantes para o imposto de renda no escritório,

cozinha e quarto... Tempo jogado fora.

Outra dica interessante é você ter reservas daquilo que usa. Se utiliza a

impressora com frequência, não deixe a tinta ou o papel acabar para comprar. O

mesmo vale para o combustível no carro e tantas outras rotinas que devemos realizar.

Supra a carência do que você realmente utiliza. O famoso pintor inglês, William

Blake, afirmou: “Você nunca sabe o que é suficiente, até você ter mais do que o

suficiente”.

Busque idealizar suas atividades ao longo do dia. O uso de uma agenda, por

exemplo, pode ajudar na priorização e acompanhamento das atividades. Lembre-se de

reservar um tempo para imprevistos. Simplifique sempre e delegue quando possível.

Dizer não ajuda a estabelecer uma relação mais saudável com o tempo. Por

isso, caso não possa ajudar ou fazer, não se comprometa.

Tenha foco. Ou seja, aprenda a gerenciar interrupções. Sejam de ordem interna

ou externa, acredite, elas acontecerão independente de sua vontade. Portanto, o que

vale é saber administrar essas interrupções.

Para finalizar, você pode identificar e registrar atividades rotineiras, momentos

de desenvolvimento de sua equipe, ocasiões para desenvolver relacionamentos com

clientes externos e internos, oportunidades de desenvolvimento pessoal e análise

relacionadas a seu cargo. Compare o tempo efetivamente gasto e o quanto deveria

gastar para cada atividade. Um líder deve se ocupar mais em desenvolver sua equipe

do que com rotinas e controles e, acima de tudo, deve liderar pelo exemplo.

Espero ter contribuído com dicas práticas no intuito de minimizar o estresse

provocado pela má gestão do tempo. Como diz o Andersom, não acredite em nada do

que escrevi. Ponha em prática e teste em sua realidade, se não fizer sentido, descarte e

não perca tempo....

Gabriel Santa Rosa  

gabriel@gabrielsantarosa.com

about.me/gabrielsantarosa