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Artigo ENEPEA

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    O ensino de Paisagismo como Experincia Interdisciplinar A integrao da Arquitetura e Agronomia no ensino de Paisagismo no curso de

    Arquitetura e Urbanismo da Estcio - FIC

    FROTA JNIOR, Itamar (1); WEHMANN, Hulda(2)

    (1) Professor Doutor, Estcio-FIC; [email protected] (2) Professora Mestre, Estcio FIC, [email protected]

    RESUMO Este artigo tem por objetivo apresentar uma experincia de ensino de Paisagismo compartilhada no Curso de Graduao em Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitrio Estcio do Cear FIC. A disciplina de Ateli de Paisagismo faz parte de uma sequncia que se inicia na disciplina de Teoria e Histria do Paisagismo e prossegue at atingir a escala do Planejamento Urbano e Regional. Na proposta atual, esta disciplina compartilhada por dois docentes, uma mestra em arquitetura e planejamento espacial e um doutor em agronomia. Este documento prope apresentar os resultados iniciais desta parceria, bem como, apresentar possveis melhoramentos e aprofundamentos, considerando a validade da interdisciplinaridade inerente atividade de projeto paisagstico. PALAVRAS-CHAVE: ateli de paisagismo; interdisciplinaridade; metodologia de aprendizagem.

    1 INTRODUO

    De acordo com NIEMEYER (2011), afirma que a disciplina Paisagismo incorpora conhecimentos provenientes da arquitetura, design, agronomia, engenharia florestal, que abordam a organizao e composio espacial, estudos do solo, botnica e ecologia, alm de uma desejvel sensibilidade artstica. No mercado de trabalho, assim como em revistas especializadas, observa-se que boa parte dos projetos paisagsticos so realizados por arquitetos urbanistas, onde alguns escritrios possuem tambm um engenheiro agrnomo, profissionais que se preenchem no que diz respeito s exigncias de conhecimentos necessrios ao exerccio da profisso de paisagista. No entanto, em virtude ainda da no regulamentao da profisso de paisagista, o ofcio exercido por pessoas de outras reas de conhecimentos no afins, onde boa parte das mesmas sequer possui diploma universitrio. Nesse aspecto, foi aprovado em 20 de novembro de 2013, a proposta (PL 2043/11) que regulamenta a profisso de Paisagista no Brasil. De acordo com a mesma, poder exercer a profisso somente graduados em paisagismo, arquitetura da paisagem ou composio paisagstica. Caso cursem ps-graduao nessas reas, os formados em

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    curso superior de arquitetura, urbanismo, agronomia, engenharia florestal ou artes plsticas tambm podero exercer o ofcio. Antes mesmo da polmica proposta encaminhada e aprovada pela Comisso da educao, vrias lacunas no que diz respeito ao ensino do Paisagismo nas Faculdades de Arquitetura e Urbanismo de todo o pas de fato j existiam. Como ensinar alunos da Arquitetura Urbanstica somente conhecimentos inerentes ao curso, j que a profisso de paisagista exige muito alm? Como ensinar na escola de Arquitetura e Urbanismo noes de implantao de projetos paisagsticos onde de fato se faz necessrio conhecimentos de botnica, fisiologia, sistemtica vegetal, solos (adubao, correo de solos, drenagem), ecologia e outros saberes essenciais para o desenvolvimento satisfatrio dos elementos vegetais quer seja forrao, arbustos ou rvores? Como reordenar espaos pblicos por meio de intervenes paisagsticas dando-lhes funcionalidade sem que haja comprometimento ambiental? Outro aspecto importante a conscientizao dos alunos do curso a levarem em considerao em seus projetos a paisagem natural e seu entorno no que diz respeito vegetao nativa local. A partir de consideraes de MACEDO (1992) pode-se dizer que h efeitos da perda de laos entre a cidade e o campo geogrfico, laos estes que conferem cidade e ao campo, identidade e qualidades paisagsticas prprias, evoludas a partir de caractersticas que envolvem elementos fsicos como clima e solo, biolgicos como vegetao nativa e fauna e aspectos socioculturais. Essa perda foi fruto da crena na expanso ilimitada das cidades e das reas cultivadas, e da viso, que subsiste em muitas escolas e profissionais nelas formados, de que o Paisagismo destinado apenas a um tratamento cosmtico, luxo suprfluo, reservado a poucos, aplicado a uma paisagem obtida a partir do uso do territrio como recurso, e no como direito inalienvel da sociedade presente ou futura. Dessa viso de uso, originam-se prticas como a de eliminar a vegetao nativa e aplainar o terreno antes de iniciar qualquer atuao sobre o mesmo. Sendo visto como um recurso, o territrio utilizado at a exausto para a consecuo de objetivos vrios, geralmente imediatistas. A paisagem resultante, ento tende a ser instvel, pouco sustentvel. No campo da Arquitetura e Urbanismo, a conscincia da complexidade adquirida pelo territrio enquanto paisagem social vem forando a superao dos esquemas conceituais convencionais. Tais esquemas identificam o ensino do Paisagismo com a poltica verde ou com a reduzida dimenso da jardinagem prevalecendo como sinnimo de Paisagismo em contedos programticos de disciplinas e na mente de docentes e discentes. Ao planejamento de uso do solo nem sempre so oferecidas abordagens que contemplem seriamente o que est situado originalmente ou no acima da camada agricultvel, como sua histria, evoluo e perspectivas futuras. Nessa posio fica o prprio ser humano e sua convivncia com o meio, a qual ultrapassa os limites da produo. A agricultura uma forma de interveno sobre a paisagem tanto quanto a construo de um parque urbano ou um jardim interno. Fica patente, assim, a necessidade de oferecerem-se nas instituies acadmicas os instrumentos conceituais e tcnicos necessrios para a operao nos diversos setores e nas vrias

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    escalas de atuao sobre a paisagem. Enfatiza-se esta necessidade nos centros de ensino agrcola. Dificuldades na aprendizagem do paisagismo tm se mostrado especialmente na formao de uma base de raciocnio espacial que resulte na habilidade do aluno em dividir, atribuir funo e articular o espao livre de edificao. Em segundo plano aparecem os problemas com a seleo de espcies vegetais para materializao das solues propostas para os espaos, tanto espcies nativas como as plantas ornamentais mais usuais, nesse aspecto, a atividade como qualquer outra, sofre as contingncias da poca e as modificaes que se do atravs dos anos. No decorrer do tempo, espcies de plantas ornamentais so substitudas por outras, como se ocorressem ciclos e modismos (LORENZI, 2008). Em terceiro, a falta de integrao de conhecimentos relativos aos aspectos fsicos e biolgicos do terreno e vegetao, como pedologia, climatologia, ecofisiologia e fitogeografia. No campo prtico, muitas vezes trabalha-se no mbito do que alguns denominam Micropaisagismo. Uma vez que os limites entre micro e macropaisagem no so bem definidos, isto poder significar projetos apresentados nas escalas de 1:100, 1:200, at 1:1000, com detalhes apresentados em 1:25 ou 1:20. Esta abordagem enfoca, inicialmente, alteraes locais ou pontuais. No se pode, entretanto, esquecer que a paisagem um todo contnuo e que a adio destas interferncias pontuais resultar em uma influncia de alcance muito maior. Da mesma forma, deve-se perceber que os princpios gerais empregados no planejamento de pequenas extenses de terreno aplicam-se tambm a extenses maiores, guardadas as propores e graus de complexidade. Desde agosto de 2013 o Centro Universitrio Estcio/FIC, vem desenvolvendo um projeto piloto com alunos da disciplina de Ateli de Paisagismo com a presena de dois docentes: um arquiteto e um engenheiro agrnomo, que vm desenvolvendo em conjunto, projetos com seus alunos conciliando saberes inerentes s duas profisses. importante destacar tambm que nesse aspecto, ambos os profissionais atuam em projetos paisagsticos em Fortaleza, o que repercute no ensino da disciplina e facilita aos alunos a apresentao de suas vivncias profissionais.

    2 Estruturao da Disciplina

    A proposta de interdisciplinaridade relativamente nova. Iniciou-se semestre de 2013.2, por iniciativa dos dois docentes, e somente neste semestre assumiu um carter mais organizado, com o planejamento do semestre j contemplando a diviso. Por isso, ainda uma experincia em andamento, cujos resultados apenas comeam a se delinear. Ainda assim, dada a originalidade da proposta, alguns aspectos j merecem destaque, conforme descrito a seguir.

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    2.1 A multidimensionalidade da Ementa

    As aulas de ateli de Paisagismo objetivam capacitar ao aluno para o desenvolvimento de projetos de interveno paisagstica, com a elaborao de uma base conceitual orientadora de sua produo tcnica e terica. Neste propsito, a disciplina estrutura em aulas tericas e prticas onde o aluno atravs de aulas de assistncia docente, em que adquire os conhecimentos necessrios para elaborao de projetos, incluindo a anlise do estado da arte da disciplina, as discusses contemporneas sobre o papel do projeto do espao livre, metodologias de leitura e proposio, alm do conhecimento das plantas ornamentais, nativas com aptido ornamental (fisiologia, morfologia vegetal e sistemtica), conhecimentos sobre edafologia (textura dos solos, adubao e correo), assim como irrigao de parques e jardins. A multidimensionalidade da disciplina implica que cada rea profissional desenvolve determinado olhar especfico sobre o mesmo objeto de estudo. Esta caracterstica a um tempo inerente ao desenvolvimento do indivduo dentro de sua rea de atuao, contradiz em parte a compreenso atual do que seja paisagem: uma interrelao dinmica de elementos naturais (fsicoqumicos e biolgicos) e antrpicos, em equilbrio ou no, promovendo percepes mentais e sensaes estticas (Hardt, 2004). a partir desta percepo que surge a proposta da diviso entre docentes de diferentes backgrounds acadmicos, visando proporcionar aos alunos uma maior riqueza conceitual e um conhecimento integrado da interveno na paisagem.

    2.2 Plano de Ensino

    A principal dificuldade de uma experincia compartilhada definir temas a serem trabalhados em especial dada a interdependncia dos assuntos de cada aula. A experincia do semestre anterior indicou a necessidade de uma correta programao do perodo letivo, evitando a repetio de contedos, sem acrscimo de informao. A partir de reunio e discusso sobre como trabalhar esta diviso, foi elaborada o seguinte plano aula-a-aula:

    Tabela 01: Plano de Aula-a-aula

    AULA UNIDADE / CONTEDO

    Aula 01 Apresentao da disciplina e elaborao de Diagrama Conceitual 01 - Nota 01

    Aula 02 Paisagismo contemporneo e proposies para a cidade de Fortaleza - Nota 02

    Aula 03 Elementos construdos/Morfologia vegetal

    Aula 04 A vegetao como elemento de composio/ Elementos vegetais utilizados no Paisagismo com nfase em vegetao nativa.

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    Aula 05 A vegetao como elemento de composio/ Elementos vegetais utilizados no paisagismo/Sistemtica vegetal.

    Aula 06 Apresentao de Projeto de rea de 25 m - Nota 03

    Aula 07 Projeto Paisagstico e a sustentabilidade/Ecologia.

    Aula 08 Metodologias de Leitura da Paisagem.

    Aula 09 Aula prtica visita tcnica (jardins da UNIFOR/viveirista).

    Aula 10 Tcnicas de representao /Edafologia aplicada ao paisagismo

    Entrega de relatrio da visita - Nota 04

    Aula 11 Metodologia de criao de projetos/Irrigao parques e jardins.

    Aula 12 Ateli (estudo preliminar, planta baixa, croquis, maquete).

    Aula 13 Seminrio- estudo preliminar, planta baixa, croquis, maquete. Nota 05

    Aula 14 Ateli anteprojeto

    Aula 15 Seminrio anteprojeto, planta baixa, croquis, 05 cortes Nota 06

    Aula 16 AV3 Detalhamento projeto Nota extra

    A proposta segue a necessidade, por razes institucionais, da diviso das horas/aula entre os dois docentes, sem possibilidade de unio de um mesmo dia de ateli sob a conduta de um nico docente. Ainda assim, determinados assuntos sero trabalhados por ambos, cada um dentro de um vis especfico. Outros, no entanto, so atribuies especficas de cada um, acompanhando suas especialidades.

    Um exemplo seria a aula 10, em que a docente de arquitetura trabalharia tcnicas de representao de elementos da paisagem e o docente engenheiro agrnomo apresentaria caractersticas de solo e suas interferncias no projeto paisagstico.

    Nos dias de avaliao, contudo, os dois docentes participariam, permitindo a anlise e o feed back imediato ao aluno, atravs de comentrios ao trabalho exposto, apresentando os diferentes pontos de vista de cada profissional. Conforme se observa, esta metodologia permite um melhor aproveitamento da experincia, uma vez que todos os alunos participam do momento e absorvem as opinies assim como, participam das discusses de cada projeto.

    Contudo, observam-se ainda algumas dificuldades, principalmente pela inexistncia de tradio paisagstica na cidade, o que reduz as possibilidades dos alunos de vivenciarem e compararem espaos planejados conforme as teorias propostas, e a reduzida carga horria para a amplitude de conhecimentos referentes prtica paisagstica. Isto resulta na necessidade de complementao das aulas em sala atravs de pesquisas referenciais, prtica infelizmente pouco usual entre os estudantes. Por isso,

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    o plano de ensino inicial (Tabela 01) foi alterado, inserindo-se a pesquisa de projetos paisagsticos contemporneos, como parte das avaliaes do semestre. Certamente, para os semestres posteriores, estas e outras dificuldades devero ser contempladas j no planejamento inicial, favorecendo uma maior integrao entre os dois contedos.

    2.3 Aulas Prticas

    As aulas prticas so realizadas em duas modalidades. Uma delas a visita a viveiristas com nfase em plantas ornamentais e gramados, como orientao frente a procedimentos para escolha e compra de espcies. A outra o acompanhamento dos alunos a parques, praas e/ou outros locais de relevncia paisagstica, inclusive as reas escolhidas para os projetos de interveno do semestre (com espcies nativas). importante destacar que os projetos so realizados em locais onde haja possibilidade dos alunos realizarem estudos in loco, onde os mesmos trabalham: anlise e leitura da paisagem a partir de metodologia estudada em sala, anlise dos solos, estudo da incidncia solar, viabilidade de irrigao e implantao de projetos de luminotcnica, espcies vegetais, dentre outras exigncias necessrias para a realizao dos projetos e sua possvel implantao. As visitas de tipo 02 so especialmente importantes para o projeto de concluso do semestre. A partir dela, ser solicitado a elaborao de uma sntese diagnstico, que servir de orientao para o projeto final.

    2.3 Avaliaes

    O processo de avaliao realizado dentro de uma proposta de aprendizagem significativa (MOREIRA, 2006). A proposta ir apresentando o passo-a-passo da metodologia de projeto paisagstico em etapas, ressaltando seus aspectos especficos. Assim, o primeiro trabalho inicia-se j na primeira aula, quando solicitado aos alunos elaborar um diagrama mental dos conceitos que associa a paisagismo, conforme prtica inspirada em ROCHA (2010). A partir das idias apresentadas pelos prprios alunos que so trabalhados os conceitos de paisagem, de paisagismo, de arquitetura paisagstica e de intervenes em espaos livres. (Figuras 01 e 02).

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    Figura 01 Exemplo de Diagrama Conceitual como elemento de projeto

    Fonte: Turma 1001, semestre 2014.1

    Figura 02 Exemplo de Diagrama Conceitual como elemento de projeto

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    Fonte: Turma 3001, semestre 2014.1

    Num segundo momento, solicita-se aos alunos que realizem propostas fictcias para um espao da cidade que considerem necessitar de requalificao (Figura 3).

    Figura 03 Exemplo de proposta de interveno para espao residual

    Fonte: Arquivo dos autores

    Este exerccio se prope exercitar o aluno tanto em sua viso crtica do espao urbano, quanto ampliar sua viso de proposta paisagstica, de privilgio de espaos privados para direito de todos. Esta proposta, que visa inserir o conceito de espao residual e as possibilidades que este representa como espao de apropriao pblica. Posteriormente, realizam exerccio de percepo da paisagem com utilizao do conceito de viso serial, com a respectiva associao dos condicionantes geomtricos e de composio dos espaos desenhados com as sensaes percebidas. Por fim, pede-se que refaam os projetos de espaos residuais, desta vez utilizando-se de espcies adequadas e com detalhamento de trecho de no mnimo de 25 m. Essa primeira experincia de projeto apresenta aos alunos os elementos a serem observados, as dificuldades de tomada de deciso e os condicionantes de cada escolha efetuada. Solicita-se a elaborao de conceito e de partido, e a correta aplicao deste partido e da vegetao adequada para o espao e a proposta conceitual. A idia deste miniprojeto permitir ao aluno adquirir experincia para o projeto maior, de finalizao do semestre. Esta uma tentativa de minorar o problema observado quando os alunos transitam diretamente das anlises tericas para a proposio de um espao livre de grande porte, em cujas dimenses os alunos perdem em geral a noo de espao e as consequncias da interveno (Figura 4).

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    Figura 04 Exemplo de Proposta Paisagstica para rea de 25 m

    Fonte: Turma 3001, semestre 2014.1

    Ao fim deste primeiro projeto, e aps sua entrega e apresentao na turma, aberto um espao de debate entre os alunos, em que se questiona quais as principais dificuldades encontradas. De forma geral, observou-se que a carncia de informaes para propostas e o desconhecimento de linguagens leva a uma reduo da variabilidade dos projetos. Questionamentos sobre funcionalidades diferenciadas da tradicional para os espaos pblicos (O que mais pode acontecer numa parada de nibus, alm de se esperar o nibus? ou O que acontecer no playground quando as crianas estiverem na escola?, por exemplo) suscita entre os alunos confuso e estranhamento. Por isso, solicitou-se, fora do plano proposto, como parte das avaliaes seriadas que compuseram a segunda metade do semestre, a pesquisa de referncias de projetos paisagsticos contemporneos, no Brasil e no exterior. A partir destas referncias, pediu-se aos alunos a realizao de um projeto para praa existente na cidade de Fortaleza (praa Rodrigues Sanches). A partir da leitura do espao existente (CENTRO PORTUGUS DE DESIGN, 2002) e da proposta de um conceito de uso para aquele espao urbano, pediu-se aos alunos a elaborao de um projeto em nvel de estudo preliminar, a se posteriormente detalhado num anteprojeto. Nesta proposio, os alunos estavam livres para todas as alteraes que conseguissem justificar, porm com a necessria manuteno dos espcimes de maior porte existentes, catalogados pela prpria turma (Figura 05).

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    Figura 05 Levantamento da Vegetao da Praa

    Fonte: Turma 3001, semestre 2014.1

    O projeto deveria ser antecedido pelo diagnstico resultante do cruzamento de todas as informaes levantadas pelas diversas equipes na fase de leitura, que resultaria no conceito e nas propostas de interveno do espao fsico. (Figura 06)

    Figura 06 Diagnstico como base para proposio

    Fonte: Turma 3001, semestre 2014.1

    importante destacar que nessa fase os alunos tiveram aulas tericas e prticas, inclusive no local da interveno com fins de catalogar as espcies vegetais existentes, incluindo as nativas, realizaram estudo local sobre incidncia solar, assim como puderam sugerir espcies que poderiam ser utilizadas no local, tendo em vista aula terica e prtica realizada em um viveirista e nos jardins do Campus da UNIFOR, em Fortaleza (Figura 7).

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    Figura 07 Visita tcnica jardins da UNIFOR

    Fonte: arquivo pessoal

    Essas visitas para o trabalho final dos alunos foram cruciais, a partir das mesmas, os alunos tiveram possibilidade de conhecer espcies nativas e preserv-las, intervindo no ambiente de maneira menos impactante e despertando tambm um pouco de conscincia ambiental. Conheceram tambm as espcies ornamentais mais utilizadas corriqueiramente no Paisagismo e que tambm puderam ser utilizadas no projeto.

    3 CONSIDERAES FINAIS

    Observou-se aprovao pela maior parte dos alunos, tendo em vista que a experincia disponibilizou conhecimentos sobre assuntos que, at ento, no eram explorados em disciplinas de Ateli de Paisagismo, principalmente no que diz respeito implantao dos projetos realizados pelos alunos. A sequncia desse trabalho seria a escolha de um dos projetos em questo, para a implantao do mesmo, onde poderamos sugerir a implantao desse projeto na prpria faculdade disponibilizando assim, ambientes funcionais para os prprios discentes.

    AGRADECIMENTOS

    Ao Centro Universitrio Estcio/Fic por apoiar iniciativas de melhorar o ensino do Paisagismo nas escolas de Arquitetura e Urbanismo do Brasil.

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    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    CENTRO PORTUGUS DE DESIGN. O Cho da Cidade: Guia de avaliao do design de espao pblico, 2002

    HARDT, L. P. A. Ecologia da paisagem: fundamentos gesto do espao urbano. OLAM Cincia & Tecnologia, Rio Claro, v.4, n.1, p.597-612, abr. 2004

    LORENZI, H.; SOUZA, H.M. Plantas Ornamentais no Brasil - arbustivas, herbceas e trepadeiras. 4a. edio. Nova OdessaSP: Instituto Plantarum. 2008,1121 pp.

    MOREIRA, M.A. e Masini, E.F.S. (2006) Aprendizagem significativa: a teoria de aprendizagem de David Ausubel. So Paulo: Centauro Editora. 2 edio

    NIEMEYER, C, A da C. Paisagismo no planejamento arquitetnico. Urbelndia:EDUFU, 2005

    ROCHA, F. O Uso de Diagramas Conceituais como Instrumento de Aprendizagem em Arquitetura e Urbanismo. In II Encontro de Prticas Docentes, Fortaleza: 23 de outubro de 2010.