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CARACTERSTICAS E COMPORTAMENTO DE QUEIMA DA FRAO GRANULOMTR

ANLISE DE WEIBULL DO COMPORTAMENTO EM TRAO DE FIBRAS DE BANANEIRA

Felipe Periss Duarte Lopes, Nathalia Carneiro Garcia Rosa, Lucas Barbosa de Souza Martins, Sergio Neves Monteiro

Universidade Estadual do Norte Fluminense, UENF

Laboratrio de Materiais Avanados, LAMAV

Av. Alberto Lamego, 2000, 28013-602, Campos dos Goytacazes/RJ, Brasil.

e-mail: [email protected]

Fibras extradas do caule da bananeira vm sendo pesquisadas como possvel reforo de compsitos devido resistncia trao relativamente elevada. Embora trabalhos anteriores j tenham sido realizados sobre as propriedades mecnicas, at agora no havia sido feita uma caracterizao da distribuio dimensional e do efeito do dimetro sobre a resistncia da fibra de bananeira. O objetivo deste trabalho foi caracterizar estatisticamente a distribuio do comprimento e do dimetro de um lote de fibras de bananeira. Com base nesta caracterizao, foram definidos intervalos de dimetro e analisou-se por meio do mtodo de Weibull a dependncia da resistncia destas fibras com o correspondente dimetro. Os resultados indicaram uma dependncia inversa na qual as maiores resistncias trao foram obtidas para as fibras mais finas. Alm disso, constatou-se que uma relao matemtica hiperblica ajustava bem esta correlao inversa da resistncia com o dimetro.Palavras-chave: Fibras de banana, Ensaio de trao, Estatstica de Weibull.1 INTRODUO

Fibras naturais com alto teor de celulose, conhecidas como fibras lignocelulsicas, consolidaram-se como potencial campo de pesquisa para substituio de fibras sintticas, em particular a fibra de vidro(1-5).

O emprego de fibras naturais em substituio s j existentes motivado pelas diversas vantagens, como boa tenacidade e menos desgaste de equipamentos utilizados no processamento de compsitos. No mais, so ambientalmente corretos por serem renovveis, biodegradveis, neutros em relao emisso de CO2.(6,3,5). Entretanto, estas fibras tambm apresentam desvantagens, tais como dificuldade de acoplamento com matrizes polimricas e heterogeneidades dimensionais(4,5). Este fato um empecilho ao uso destas fibras naturais, sendo motivo para que ocorra a reduo da capacidade de reforo, como indica a Regra das Misturas para compsitos. (7)

Recentes trabalhos com fibras de curau(8) e buriti(9) demonstram que a resistncia mecnica das fibras lignocelulsicas varia inversamente com a dimenso das mesmas. O que sugere uma escolha preliminar estratgica de fibras para uso especfico.2 MATERIAIS E MTODOS

Fibras extradas do caule da planta de banana (Famlia Musaceae), ilustrada na figura 1, foram adquiridas como um feixe atravs de um grupo com sede na Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF).

Fig. 1. (1A) Pseudocaule de uma bananeira, (1 B) com dimetro mdio de 15 X 30 cm, (1 C) secos ao sol por cerca de uma semana e (1 D) grupo de fibras aps o desfibrilamento.

Primeiramente, foi realizado o desfibrilamento de forma manual, alm disso, nenhum tratamento foi efetuado. Cem fibras foram retiradas aleatoriamente para realizar uma avaliao quanto distribuio dimensional (figura 2). Para obter-se o dimetro equivalente, a fibra foi medida em cinco posies ao longo do comprimento com o auxlio de projetores de perfil, sendo eles: Nikon modelo 6C e PANTEC PJ3150. Para cada posio, o dimetro foi medido duas vezes girando-se a fibra em 90, tomando-se a mdia para cada posio. Foram considerados os seguintes intervalos em mm de dimetros equivalentes: 0,03