articulaÇÃo no semi-Árido brasileiro vi...e tem as bandas de pífaros do crato pra juazeiro....

20
ARTICULAÇÃO NO SEMI-ÁRIDO BRASILEIRO

Upload: vohuong

Post on 24-May-2018

216 views

Category:

Documents


2 download

TRANSCRIPT

ARTICULAÇÃO NO SEMI-ÁRIDO BRASILEIRO

2

Conviver no sem-áridoÉ um grande desafioNa aridez da caatingaOu mesmo próximo de um rioNo agreste e no sertãoOnde o clima é arredio.

Se a vida é por um fioNa dura realidadeDesse imenso territórioSeja no campo ou cidadeÉ pela concentraçãoDe terra e a desigualdade.

O povo com habilidadeJá consegue perceberQue só com luta é possívelNão apenas sobreviverMas, também ter vida dignaNesse espaço conviver.

3

É preciso conhecerA história de resistênciaDa luta do nosso povoContra toda prepotênciaDesde os colonizadoresQue trouxeram a violência.Devemos ter consciênciaDa nossa cidadaniaValorizar a culturaRegional que irradiaO calor do nosso climaE a luta do dia-a-dia.

4

O Estado da BahiaLutou contra os holandesesJá no século dezesseteE também contra inglesesDepois também resistiuA gana dos portugueses.

Lutando contra os burguesesDo capitalismo ruralConselheiro em CanudosE o povo com idealMostraram como é possívelViver sem o capital.

5

O Ceará por igualTem lutado e persistidoDesde o tempo do impérioLutas têm acontecidoConfederação do EquadorAqui foi constituído.

É um estado queridoE o povo não se atrasaBaião de dois com piquiE carne de sol na brasaÉ quem está sediandoO nosso VI ENCONASA.

6

Pode se sentir em casaToda representaçãoO estado da Paraíbaque Fez grande intervençãoem 1930Deflagra a revolução.

Na área da educaçãoFez uma grande investidaMerece grande destaqueA luta de MargaridaAlves, que pela justiçaDeu até a sua vida.

7

Revoltas, conspiraçõesEclodiram em PernambucoBatalha dos GuararapesO holandês no trabucoE a Guerra dos MascatesDeixa o invasor caduco.

8

Quem um dia ouviu o cantoDo saudoso juritiDeve conhecer a lutaDo povo do PiauíBatalha do JenipapoAconteceu logo ali.

Já que estamos aquiSem parar nem fazer corteVamos saudar com alegriaO Rio Grande do NorteCuja capital NatalResistiu desde seu forte.

9

Sem precisar de suporteO estado de SergipeFoi muito prejudicadoPor holandeses com gripeMas, ocorreram revoltasAté na época do jipe.

Alagoas tem cacifeNas lutas foi pioneiroO Quilombo dos PalmaresDeu um grito bem certeiroContra a escravidãoDo império açucareiro.

10

salve o bumba-meu-boido estado do MaranhãoOnde os franceses tentaramFazer a ocupaçãoPorém foram impedidosDe ficar na região.

Vale do JequitinhonhaDo estado Minas GeraisDa Guerra dos EmboabasOs bandeirantes venaisA Inconfidência MineiraNos tempos coloniais.

11

E é também semi-áridoO norte do Espírito SantoOnde José de AnchietaCatequizou com seu mantoMas, os índios resistiramLutando pelo seu canto.

Eu destaco sem espantoEssa história de lutasDesse povo tão guerreiroQue enfrentou forças brutasDo invasor estrangeiroNas milhares de disputas.

12

Hoje o povo desfrutaDe muita organizaçãoApoio dos movimentosCom toda articulaçãoConvivência sustentávelNessa bela região.

13

ASA a Articulaçãono Semi-Árido BrasileiroCongrega as experiênciasNeste Encontro verdadeiroDa agricultura familiarQue produz o ano inteiro.

São saberes e saboresDo povo que ama a terraProduzindo e preservandoNo baixio ou na serraCriando abelhas, cabrasE o bode que sempre berra.

14

Produção familiarDe mel, farinha e feijãoMilho, batata e arrozGergelim e algodãoJerimum e melanciaSem fazer transposição.

Processo de construçãoDa agroecologiaAgricultura FamiliarE a Sócio-Economia,Popular e SolidáriaO Mercado Justo cria.

15

O consumo sustentávelDo produto regionalCuscuz de milho e beijuFarofa, queijo e mingalVatapá e acarajéBuxada que não faz mal

Galinha ao molho pardoFarinha de mandiocaCarne de bode, pirãoMacaxeira e paçocaInhame, feijão tropeiroArroz doce e tapioca.

16

A produção culturalRepentista e violeiroForró pé de serra e xoteNo reisado tem pandeiro,E tem as bandas de pífarosDo Crato pra Juazeiro.

Folguedos, Coco e dançaDe São Gonçalo e axéMaxixe, frevo e cirandaCapoeira e candombléÁgua de coco e cachaçaFarinhada e Toré.

17

Com essa diversidadeA nossa luta é realContra toda injustiçaE contra o capital;Lutamos por igualdadeDe gênero e racial.

Viva a luta das mulheresContra a empresa AracruzQue faz o deserto verdeE pouca coisa produzQue explora os quilombolasE deixa os índios sem luz.

18

19

Viva o nosso semi-áridoViva a luta do povoVamos lutar pela vidaQuebrar a casca do ovoO planeta é nossa casaVamos no VI ENCONASAConstruir um mundo novo.

Autor: Rogaciano OliveiraTécnico do Esplar

Fortaleza-CE

Realização:

Parceiros: