artes_un1_fasc1_mod1_proja_v7_ceja

32
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias • ART 1 / LIT 2 5 Módulo 1 • Unidade 1 Artes: Princípios e Linguagens Para início de conversa... Você já dançou de alegria ao ouvir uma música? Já chorou ou ficou agitado ao assistir a um filme? Ou se emocionou ao ler um lindo livro ou poema? Se a sua reposta foi “Sim”, você entenderá que estudar Arte envolve muito mais do que aprender definições e técnicas. Exige a experiência de cada um dian- te das muitas possibilidades da Arte em suas variadas linguagens. Experiência de perceber por meio dos sentidos (visão, olfato, audição, paladar e tato) acrescidos de conhecimentos diversos que são obtidos, tanto pela compreensão de concei- tos (História da Arte, Filosofia da Arte ou Estética), quanto pela aprendizagem de técnicas artísticas e, sobretudo, pelo contato com obras de arte. Ainda assim, cada pessoa tem sua forma singular de perceber. Suas experi- ências serão registradas, conforme suas escolhas, memórias, experiências de vida, práticas culturais e crenças. Diferente das áreas científicas ou das atividades prá- ticas, orientadas por teorias e técnicas mais rígidas e com poucas possibilidades de mudança, a experiência estética não pode deixar de considerar a participação ativa de “autoria”, seja o do artista seja o do fruidor. Em outros termos, é como se muitas obras só se concluíssem diante da apreciação do público.

Upload: hernandodenoronha

Post on 03-Sep-2015

212 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Ensino sobre antes

TRANSCRIPT

  • Linguagens, Cdigos e suas Tecnologias ART 1 / LIT 2 5

    Mdulo 1 Unidade 1

    Artes: Princpios e LinguagensPara incio de conversa...

    Voc j danou de alegria ao ouvir uma msica? J chorou ou ficou agitado

    ao assistir a um filme? Ou se emocionou ao ler um lindo livro ou poema?

    Se a sua reposta foi Sim, voc entender que estudar Arte envolve muito

    mais do que aprender definies e tcnicas. Exige a experincia de cada um dian-

    te das muitas possibilidades da Arte em suas variadas linguagens. Experincia de

    perceber por meio dos sentidos (viso, olfato, audio, paladar e tato) acrescidos

    de conhecimentos diversos que so obtidos, tanto pela compreenso de concei-

    tos (Histria da Arte, Filosofia da Arte ou Esttica), quanto pela aprendizagem de

    tcnicas artsticas e, sobretudo, pelo contato com obras de arte.

    Ainda assim, cada pessoa tem sua forma singular de perceber. Suas experi-

    ncias sero registradas, conforme suas escolhas, memrias, experincias de vida,

    prticas culturais e crenas. Diferente das reas cientficas ou das atividades pr-

    ticas, orientadas porteorias e tcnicas mais rgidas e com poucas possibilidades

    de mudana,a experincia esttica no pode deixar de considerar a participao

    ativa de autoria, seja o do artista seja o do fruidor. Em outros termos, como se

    muitas obras s se conclussemdiante da apreciao do pblico.

  • Mdulo 1 Unidade 16

    O que poetizar, fruir e conhecer Arte? Poetizamos quando nos encantamos, quando nos deixamos

    emocionar, imaginar. Somos fruidores da arte, quando aproveitamos o exato momento em que desco-

    brimos o prazer que a emoo de poetizar oferece-nos, como se suspirssemos de prazer. E conhe-

    cemos a Arte quando estamos aptos a juntar tudo isso, e todas as nossas experincias e passamos a

    atribuir sentidos e a entendermos a razo dessas vivncias.

    A Arte , portanto, uma das mais importantes manifestaes culturais e, se a entendermos como produo

    de obras e objetos destinados ao prazer da apreciao a encontraremos em todas as culturas de todos os povos

    do planeta.

    Nesta unidade, vamos identificar e refletir sobre o que se entende por Arte, suas diferentes linguagens e buscar

    reconhecer a importncia eparticipao da beleza e da criao artstica no nossocotidiano.

    Objetivos de aprendizagem

    Compreender a importncia da Arte para a formao humana;

    Identificar as diferentes linguagens da linguagem da Arte;

    Ampliar as possibilidades de percepo, da sensibilidade, da reflexo e de sua imaginao criadora;

    Compreender e contextualizar a arte como criao e manifestao sociocultural e histrica, utilizada por

    diferentes grupos sociais e tnicos, interagindocom o patrimnio nacional e internacional.

  • Linguagens, Cdigos e suas Tecnologias ART 1 / LIT 2 7

    Seo 1Mas, afinal, o que Arte?

    A arte pode ser ruim, boa ou indiferente, mas qualquer que seja o adjetivo empregado tem de cham-la de arte. A arte ruim arte, do mesmo modo como uma emoo ruim uma emoo.

    Marcel Duchamp

    Marcel Duchamp(Blainville-Crevon,28 de julhode1887 Neuilly-sur-Seine,2 de outubrode1968)

    foi umpintor,escultore poetafrancs(cidadonorte-americanoa partir de1955), inventor dosready

    made.

    Quando o assunto Arte, somos, quase sempre, levados a interpret-la de forma meio romntica e permitimo-nos

    entend-la conforme o nosso gosto, arbtrio e preferncias particulares. Isto porque, a opinio compartilhada pela maioria

    das pessoas, o chamado senso comum, associa a Arte ao belo, beleza e verdadeira expresso dos sentimentos humanos.

    E isso no de agora, a humanidade sempre se extasiou com a beleza e com a arte, e muitos foram os estudio-

    sos que buscaram entender a Arte, a partir do conceito de beleza.

    Senso comum(ouconhecimento vulgar)

    supostamente a primeira compreenso do mundo resultante das experincias passadas e atuais de um grupo social. O senso

    comum descreve as crenas e proposies que aparecem como normal, sem depender de uma investigao detalhada para

    alcanar verdades mais profundas como as cientficas.

    Mas e ento, o que belo?O conceito de beleza universal?

    H beleza no que consideramos feio?

    Esse senso comum que associa a Arte beleza remonta aos primrdios da histria da humanidade, alguns

    sculos antes da nossa era, como atestam os estudos dos mais notrios pensadores gregos, Scrates, Plato e Arist-

    teles, considerados os pais da filosofia ocidental.

  • Mdulo 1 Unidade 18

    Somos os nicos animais que, ao fazer uma escolha ou executar algum trabalho, independente da sociedade

    ou cultura em que vivemos, temos por princpio um ideal de beleza, de perfeio, que nos encaminha e equilibra-nos

    emocionalmente na busca das nossas melhores solues. Certo que, ao longo do tempo, algumas caractersticas

    desse conceito variam, mas seus atributos mais importantes, a verdade, o bem, a perfeio, a harmonia, o equilbrio,

    a virtude, a unio, tal como foram estudados pelos citados filsofos, permanecem inalterados.

    O entendimento e estudo da Arte so inseparveis do conhecimento das ideias desenvolvidas pela filosofia

    a respeito da beleza e da experincia esttica assim, falaremos um pouco dos principais conceitos desenvolvidos ao

    longo da histria da filosofia ocidental sobre o campo da Arte.

    A experincia esttica no est relacionada s com a arte. O que sentimos, quando vemos a arte, ca-

    racteriza a nossa experincia esttica (sentir tristeza, alegria, dvida, inquietao e demais sentimen-

    tos humanos). No nosso cotidiano, podemos, por exemplo, olhar o mar e deslumbrarmo-nos com o

    horizonte, e isso caracteriza, tambm, uma experincia esttica. Uma poesia, uma paisagem, tambm

    podem ser experincias estticas. Quando buscamos combinar roupas e acessrios, somos guiados

    pelo sentido esttico.

    As pessoas tm sensaes diferentes diante de uma obra, porque a experincia esttica a soma do

    seu sentimento no momento com os valores que voc traz da vida e que aprendeu no seu meio de

    criao ou seu grupo social, no entanto, no existe senso esttico melhor ou pior, somente diferentes.

    A teoria da Arte, pelos entendimentos abstratos e variveis da beleza, passa, ento, a ser pensada pela filosofia,

    no seu campo denominado de Esttica.

    Para Plato, belo estava no plano do ideal, no seria materializvel, era to somente a ideia da perfeio. Para

    ele, ao plano sensvel, terreno, restava, somente, a mimesis, a cpia dessa beleza perfeita.

    O belo platoniano deveria se restringir ao mundo das ideias, sendo, portanto, inseparvel a unio entre o belo,

    a beleza, o amor e o saber.

    Mimesis

    Tanto Plato quanto Aristteles viam na mimesis a representao danatureza. Contudo, para Plato, toda a criao era uma

    imitao, at mesmo a criao do mundo era uma imitao da natureza verdadeira (o mundo das ideias). Sendo assim, a repre-

    sentao artstica do mundo fsico seria uma imitao de segunda mo. A palavra mimesis est ligada techn (arte) e physis

    (natureza).

  • Linguagens, Cdigos e suas Tecnologias ART 1 / LIT 2 9

    Escola de Atenas de Rafael Sanzio, 1509-1510, Vaticano.

    Essa pintura de Rafael Sanzio mostra, no topo e ao centro, os filsofos gregos Plato, com suas ideias

    metafsicas, apontando pra cima, para o mundo das ideias, e Aristteles, pensador terreno, de assun-

    tos de cunho sociais, apontando para a Terra, para o que concreto.

    Rafael Sanzio Nasceu e morreu na Itlia (1483-1520). Importante artista plstico da poca doRenas-

    cimento. Destacou-se como pintor e arquiteto, tendo sido sua arte reconhecida graas suavidade e

    perfeio de suas obras.

    Diferente de seu mestre Plato, Aristteles traz o entendimento da beleza para o mundo terreno, mundano.

    Desde ento, o belo deixa de ser abstrato e torna-se concreto. Pelo pensamento aristotlico, a beleza sai do mundo

    das ideias e entra no mundo da percepo sensvel (da sensibilidade, das sensaes) do mundo concreto a beleza

    ento seria uma qualidade do objeto e no dos ideais. Nessa concepo, um objeto seria belo se tivesse unidade,

    grandeza e a justa proporo entre suas partes e seu todo

  • Mdulo 1 Unidade 110

    A percepo sensvel, ou sensao (em grego, asthesis) um modo de contato e de conhecimento da rea-

    lidade por meio dos cinco sentidos: viso, audio, olfato, paladar e tato, comum aos seres humanos e aos animais

    (e ausente nas plantas). Essa percepo resulta da articulao entre os objetos sensveis (cores, sons, cheiros etc)

    e as partes do corpo capazes de perceb-los. (SAES, 2010:11).

    A Arte de perceber e imaginar

    No sculo XVIII, o filsofo Emanuel Kant inova e prope um novo olhar para a arte e para a beleza. Suas teorias

    foram determinantes na esttica moderna, em especial quando afirma que o campo esttico no se restringiria so-

    mente ao belo, mas tambm ao sublime, sendo o belo uma sensao desinteressada, serena e pura e o sublime, um

    sentimento esttico misturado de sensaes de prazer e de terror.

    Kant seria o primeiro filsofo a refletir sobre a beleza, entendendo que muitas imagens comumente conside-

    radas feias, cenas de guerra, sofrimentopor exemplo eacontecimentos ou fenmenos naturaiscomo uma tempes-

    tade, uma forte ressaca etc. poderiam ser considerados estticos e produzir sensaes semelhantes s belas imagens,

    ou seja, experincias estticas.

    Para Kant, a beleza ou valor esttico de uma obra de arte no teria outra funo alm da satisfao e emoo,

    que chamamos de experincia esttica.

    Para ele, abeleza ou valor esttico de algo no estaria, necessariamente, no objeto (obra de arte, fenmeno

    natural), mas na percepo do seu contemplador. A partir de seu pensamento, o gosto passa a ser um importante

    elemento da Esttica (parte da filosofia que se ocupa da Arte, da Beleza e agora tambm do Gosto).

    Em Kant, a beleza razo. E a beleza estaria no mais nos objetos nem

    nas ideias, mas nos olhos do seu contemplador. O juzo do gosto, a

    importncia da opinio daquele que contempla a obra artstica passa

    a ser considerada na avaliao da experincia esttica na Arte.

    A arte a mentira que nos permite conhecer a verdade.

    Pablo Picasso

  • Linguagens, Cdigos e suas Tecnologias ART 1 / LIT 2 11

    A frase do artistano se aproxima do pensamento de Kant, apenas explicita o poder metafrico da arte. Um

    drama, uma poesia podem ser imagens que apelam paraa intensidadeesttica sem descreverem, necessariamente um

    fato real, contudo, por sua fora de atrao e sensibilizao apresentam aspectos bastante significativos da realidade.

    O romance de Flaubert, Madame Bovary, uma obra de arte da literatura, contudo, ainda que ele tenha se

    baseado em fatos e pessoas para realiz-la, uma mentira, na medida em que integralmente criado pelo seu autor.

    No entanto, muito embora no seja uma histria real, ela ensina muito sobre certas verdades da vida...

    Pablo Diego Jos Francisco de Paula Juan Nepomuceno Mara de los Remedios Cipriano de la Sant-

    sima Trinidad Ruiz y Picasso, ou simplesmentePablo Picasso(Mlaga,25 de outubrode1881- Mou-

    gins,8 de abril de1973), artista espanhol, foi pintor,escultor, ceramista e desenhista, tendo, tambm,

    desenvolvido apoesia.

    Expoente do sculo XX, Picasso , sem dvida, um dos mais importantes artistas e mestres daArtede

    todos os tempos.

    considerado um dos artistas mais famosos e versteis de todo o mundo, tendo criado milhares de

    trabalhos, no somentepinturas, mas tambmesculturase cermica, usando, enfim, todos os tipos de

    materiais. Ele tambm conhecido como sendo o cofundador do Cubismo, junto comGeorges Braque.

    At aqui, resumimos os estudos que a humanidade vem empreendendo no sentido de melhor com-

    preender as origens e os fundamentos da Arte, manifestao exclusiva da raa humana na sua busca

    por sua prpria verdade de expresso.

    Gustave Flaubert(Ruo,Frana,12 de dezembrode1821-Croisset, Frana,8 de maiode1880) escri-

    tor francs que teve como ponto marcante em sua literatura a profundidade nas anlises psicolgicas

    de suas personagens, que espelhavam, cruamente, a realidade e os comportamentos sociais da poca.

    Trataremos, agora, das formas e prticas do campo das artes para melhor usufruirmos, fruirmos e interagirmos,

    nos nossos cotidianos.

    Por estabelecer vnculos muito estreitos com o cotidiano e com todas as outras formas de saber, a Arte um

    excelente caminho para entendermos nossa cultura, tanto local quanto global.

  • Mdulo 1 Unidade 112

    Sua participao , portanto, fundamental na nossa formao.

    As coisas so porque as vemos, e o que vemos, e como vemos,

    depende das artes que tenham infludo em ns.

    Oscar Wilde (Intention, 1891)

    Oscar Fingal OFlahertie Wills Wilde(Dublin,16 de outubrode1854-Paris,30 de novembrode1900)

    foi um escritorirlands.

    Vamos discutir em sala de aula como entendemos esta frase de Oscar Wilde?

    Escreva em casa como voc v e justifique sua opinio. Tente buscar as razes (as

    artes que te influram) que o levam a ver dessa forma.

    um grafite;

    uma pichao;

    uma noiva com vestido de noiva super curto;

    uma obra de arte que voc no entende;

    a Monalisa;

    uma cena violenta no cinema ou televiso;

    o funk.

  • Linguagens, Cdigos e suas Tecnologias ART 1 / LIT 2 13

    Seo 2A importncia da arte

    a. Em sua opinio, o que Arte?

    b. O agasalho protege-nos do frio, o alimento mata a nossa fome e a gua sacia a

    nossa sede.E a arte como nos afeta, atende a quais necessidades?

    c. Quais so as muitas formas, as linguagens da arte?

    d. Por que arrumamos a comida no prato antes de com-la? E por que nos enfeitamos?

    Para esta pergunta , at possvel, que um gourmet afirme que arrumamos o pra-

    to com o objetivo de apreciarmos, separadamente, os diferentes paladares dos

    alimentos. Se fosse somente este o critrio, bastaria enfileirar os alimentos e, no

    entanto, no assim que fazemos. E nem assim, tambm, que o feirante distri-

    bui seus produtos na feira, ou que o jornaleiro expe suas revistas e jornais em

    sua banca, ou o comerciante arruma a sua vitrine. Parece que o ser humano tem,

    sempre, uma preocupao em estetizar o resultado final do que faz e do que

    mostra. Ele busca a beleza, a harmonia, o convite visual.

  • Mdulo 1 Unidade 114

    No seria esse conceito de harmonia na apresentao que nos faz preferir uma

    loja outra ou uma banca de jornal e no a vizinha?

    As perguntas, a seguir, vo exigir de voc muita reflexo. Pense, tente compre-

    ender, sem censura, a razo das suas escolhas. No se acanhe de perguntar e,

    procure, bem dentro de voc, a resposta.

    ATENO: porque sim no diz muita coisa; tente justificar suas respostas.

    e. Voc costuma observar essas arrumaes de que falamos antes? Voc acha que

    a forma o atrai? A aparncia esttica determinante na sua deciso de escolher

    um prato de alimento ou de entrar em uma determinada loja ou banca de jornal?

    Por qu?

    f. Reflita e escreva, situaes, hbitos e cenrios, do seu cotidiano, que poderiam

    ser diferentes e que, no entanto, no o so, em funo, nica e exclusivamente,

    do ideal esttico:

    g. Num primeiro instante, somos levados a preferir pela aparncia? H quem diga

    que a forma do embrulho de um presente j a metade da satisfao de quem o

    recebe. Qual a sua opinio e por qu?

    A beleza, a harmonia, o equilbrio, as combinaes das formas e cores nos fazem escolher e orientam nossas pro-

    dues. No entanto, h diferentes escolhas de acordo com o grupo social ao qual se pertence, mas nenhum gosto esttico

    pode ser comprovado como sendo superior a outro.

    Esttico: (aisthsis:percepo,sensao) um ramo dafilosofiaque estuda a natureza dobeloe dos

    fundamentos daarte. Ela estuda o julgamento e a percepo do que considerado belo, a produo

    das emoes pelos fenmenos estticos, bem como as diferentes formas de arte e datcnicaartstica;

    a ideia de obra de arte e de criao; a relao entre matrias e formas nas artes.

    A esttica tambm pode ocupar-se do sublime ou do que pode ser considerado feio, ou at mesmo ridculo.

  • Linguagens, Cdigos e suas Tecnologias ART 1 / LIT 2 15

    A percepo das cores

    A percepo de cores um dos aspectos da percepo visual.

    Percepo da cor: a cor percebida atravs da viso. A percepo da cor muito importante para a

    compreenso de um ambiente.

    A cor to familiar que se torna, para ns, difcil compreender que ela no corresponde a propriedades

    fsicas do mundo, mas sim sua representao em nvelcerebral.

    Ou seja, os objetos no tm cor; a cor corresponde a uma sensao interna, provocada por estmulos

    fsicos. A cor no tem a ver s com os olhos e com a retina, mas tambm com a informao presente

    no crebro.

    Fique esperto! Adiante, ao estudarmos o Impressionismo, vamos saber mais sobre as cores. Pois, foi a

    partir de seu entendimento que surgiu aquele movimento nas Artes.

    Todos ns fazemos e deslumbramo-nos com a Arte. Alguns mais, outros menos, s uma questo de estar com os

    sentidos mais ou menos apurados. Qual de ns se arruma para sair feio de casa?

  • Mdulo 1 Unidade 116

    O ser humano pode e deve buscar desenvolver sua percepo, adotando o hbito de ver, de refletir, de observar

    de forma intencional, disciplinada e metdica. Devemos sempre e, antes de tudo, indagar, desconfiar do que nos vem

    pronto, com a certeza de que tudo na vida muito mais do que aquilo que se apresenta.

    Percepo

    a maneira como vemos, julgamos, conceituamos e qualificamos as coisas no mundo e em ns mesmos.

    atravs da percepo que um indivduo organiza e interpreta as suas impresses sensoriais para atribuir significado ao seu

    meio. Consiste na aquisio, interpretao, seleo e organizao das informaes obtidas pelossentidos.

    A Percepo do Som e da Msica

    ... E a beleza do lugar, pra se entender

    Tem que se achar

    Que a vida no s isso que se v

    um pouco mais

    Que os olhos no conseguem perceber

    E as mos no ousam tocar

    E os ps recusam pisar...

    (Sei l, Mangueira, msica e letra de Hermnio Bello de Carvalho e Paulinho da Viola.)

    A msica como sabemos, uma das muitas lin-

    guagens da arte. Gostamos de uma obra musical quando

    esta nos toca e emociona, no somente pela mensagem

    de sua letra, mas pela harmonia adequada da combina-

    o desta letra com a sonoridade. Nossos mais profundos

    sentimentos, medos, angstias, lembranas e alegrias

    tambm nos fazem eleger esta ou aquela obra musical.

    Dentre as linguagens artsticas, a msica aquela com maior poder de nos remeter s nossas memrias atem-

    poral e ancestral.

    Atemporal / Ancestral

    Atemporal: adj. Que independe do tempo ou no afetado por ele; intemporal.

    Ancestral: adj. Que diz respeito aos antepassados; antigo, primitivo

    Veja o vdeo com a cantora da MPB,

    Elza Soares que, em 1968, pela inter-

    pretao de Sei l, Mangueira no IV

    Festival da Msica Popular Brasileira

    ganhou o prmio Viola de Prata de

    melhor intrprete:

    http://www.youtube.com/watch?

    v=agSf-7mf0V4&feature=related

  • Linguagens, Cdigos e suas Tecnologias ART 1 / LIT 2 17

    Os ritmos, cadncias e algumas msicas, permanecem no imaginrio de grupos sociais por vrias geraes, cons-

    tituindo-se, sua repetio e evocao, elementos fortes para a manuteno dos laos de identidade cultural desses grupos.

    Identidade cultural

    o sentimento deidentidadede um grupo oucultura, ou de umindivduo, na medida em que ele influenciado pela sua per-

    tena a um grupo ou cultura e/ou seus mecanismos de afiliao/ excluso do mesmo.

    So exemplos as cadncias e ritmos das festas populares e as rimas simples e ingnuas das cantigas infantis.

    Atirei o pau no gato to to

    Mas o ga toto

    No morreu reu reu

    Dona Xi caca

    Admirou- sese

    Do miau

    Do miau que o gato deu.

    Festa popular

    pode ser definida como umamanifestao popular, cuja intensidade ultrapassa os limites de uma atividadefestivaindividual,

    abrangendo o coletivo. As festas populares so as tradies cultivadas por determinadas culturas e que, ao longo do tempo de

    sua realizao, vai sofrendo algumas interferncias em suas formas, mas, de maneira geral, mantm-se intacta em seu contedo

    narrativo.

    Voc se lembra de alguma cantiga de ninar ou rima que tem o poder de te remeter

    s brincadeiras, jogos, cheiros, amigos e cenrios infantis?

    Voc j parou para analisar o significado dessas cantigas? Teriam sido elas inventa-

    das como um mote repetidor para o movimento ou somente arte/som, sem preocupao

    com o sentido? Voc j pensou que essas repeties embalaram a construo do nosso

    imaginrio?

    Vamos reunir um conjunto de brincadeiras do imaginrio infantil?

  • Mdulo 1 Unidade 118

    Sob a forma de entrevistas, relatos orais, gravao, filme ou registro escrito, vamos

    reunir com os nossos familiares, vizinhos e amigos os tipos de cantigas, brincadeiras e jo-

    gos da infncia que eles conhecem para trazermos para a sala de aula.

    No se esquea de registrar o nome, a atividade que desempenha, a idade e o en-

    dereo de seus entrevistados. Mas deixe-o falar, tente no interferir muito. Busque que ele

    relate as experincias estticas que teve com as brincadeiras. Incentive-o a lembrar e des-

    crever, alm da forma da brincadeira, tambm as sensaes que ele experimentava, as suas

    experincias estticas, sensoriais.

    Quanto mais idoso for o seu interlocutor, mais ricas e diferentes sero as memrias. Se

    tiver possibilidade, enriquea a sua participao e registre suas entrevistas em udio (e ima-

    gem). Os silncios, olhares e gestos falam muito tambm. Pea que seu entrevistado autorize

    o uso de sua imagem. Seu professor poder lhe fornecer documento especfico para isso.

    h. Descreva sua mais antiga memria musical: Por que voc acha que ela permane-

    ceu no seu imaginrio?

    i. A que ritmo ou memria musical reporta-se o ritmo do funk? Os grupos nos

    quais se originou podem dar pistas de sua origem?

    O olhar descobridor assim, um hbito que desenvolvemos olhando. Passamos a ver uma paisagem, que a

    princpio recoberta por uma forte neblina, conforme permite o nosso olhar cinzento e, aos poucos, essa paisagem

    iluminada pelo sol, que acanhado e lentamente, vai permitindo que aqueles mesmos olhos passem a ver silhuetas

    e contornos mais ntidos.

    assim que, aos poucos, descobrimo-nos com um olhar curioso, desprovido de filtros, sem neblina, sem

    preconceitos.

    Um olhar vagabundo, que, sem esperar qualquer coisa, encontra tudo.

    Vemos melhorse desenvolvemos e aprimoramos nossas formas de olhar, mas ver em Arte tambm sentir e s

    sentimos, se, acima de tudo, acreditamos que somos capazes.

  • Linguagens, Cdigos e suas Tecnologias ART 1 / LIT 2 19

    Seo 3E as linguagens da Arte, quais so elas?

    Assim como todas as demais reas de saber, tambm a Arte tem suas prprias linguagens que so o conjunto

    de formas, tcnicas e materiais por meio dos quais o artista apresenta sua criao.

    As Artes visuais so aquelas apresentadas por meio de elementos tteis e visuais: imagens, volumes, cores e

    linhas. O artista plstico aquele que materializa o seu imaginrio, a sua criao potica por meio desses elementos.

    So consideradas Artes visuais: o desenho, a pintura, a escultura, a gravura, a fotografia, o cinema e formas,

    outras, de comunicao visual que, mais fortemente, caracterizam a arte contempornea. So elas as instalaes, as

    pichaes, os grafittes, a body art, os happenings, a arte urbana, a vdeo arte. Sem limites muito rgidos, podemos tambm

    incluir nesse rol, a arquitetura, o paisagismo, o web design e a moda.

    Piet Mondrian: Composio com vermelho, amarelo e azul, 1921.

    Pieter Cornelis Mondrian

    Pieter Cornelis Mondrian, geralmente conhecido por Piet Mondrian (Amersfoort,7 de Marode1872 -Nova Iorque,1 de

    Fevereirode1944) foi umpintorHolandsmodernista. Participou do movimento artsticoNeoplasticismoe colaborou com a

    revistaDe Stijl.

  • Mdulo 1 Unidade 120

    Constantin Brancusi La muse endormie

    Constantin Brancusi

    1876-1957 - Escultor abstrato Romeno, 1876-1957.

    A Dana e o Teatro so considerados Artes Cnicas. Muito embora, com frequncia, essas montagens apresen-

    tem sonoridades musicais e, em especial, a Dana, a msica no a linguagem central dessas formas de expresso,

    isto porque, apresentam outras caractersticas que mais se destacam na transmisso de suas narrativas, o conheci-

    mento de tcnicas corporais e gestuais, e o conhecimento de atuao em dramaturgia, a partir de um texto teatral.

    A Msica outra das linguagens artsticas e nela se incluem o canto e a msica instrumental, sejam eles

    eruditos ou no.

  • Linguagens, Cdigos e suas Tecnologias ART 1 / LIT 2 21

    Voc saberia dizer os nomes dos instrumentos musicais usualmente tocados em um

    chorinho? E saberia desenh-los? Saberia citar alguns compositores?

    Seo 4As linguagens da linguagem da arte

    Ainda que sem perceber, sem racionalizar, a arte envolve-nos, absorve-nos e ocupa nossas aes cotidianas. Na se-

    o 1, refletimos sobre a importncia da Arte nas nossas vidas e as possibilidades de ampliao da nossa fruio sensorial.

    Linguagem

    o meio ou a forma que algum usa para se comunicar, expressar e interagir com outros.

    A intensidade com que as artes tocam-nos da nossa responsabilidade, vai depender de ns. o nosso olhar

    ampliado, disciplinado e a nossa sensibilidade mais apurada que vai nos possibilitar olhar e tambm ver, para alm das

    aparncias.

    Muitas so as linguagens utilizadas para a comunicao e a sua utilizao no exclusividade dos seres humanos,

    os outros animais tambm se comunicam com a diferena que, desde que surgiram na Terra, utilizam as mesmas formas,

    por meio de expresses faciais, odores, sons para transmitir suas sensaes, sinalizar perigos no seu habitat ou demonstrar

    interesses de acasalamento.

    Os seres humanos, ao contrrio, esto sempre criando novas formas de linguagens, de se contatar, de apresentar

    suas ideias, muito menos por fragilidade das linguagens de que dispomos e muito mais por estarmos, sempre, ampliando

    as exigncias de pensar e de criar.

  • Mdulo 1 Unidade 122

    Gruta de Lascaux Frana

    Algumas das mais antigas formas de comunicao:

    Na pr-histria: Arte rupestre, desenhos nas paredes das grutas.

    Na Idade Antiga: a Pedra da Roseta, provavelmente as primeiras linguagens escritas do homem.

    Algumas vezes, parece que as linguagens (as ferramentas de comunicao de que dispomos) no do

    conta do que queremos dizer. E ento, inventamos outras formas de expresso para enriquecer, ou ampliar, as

    possibilidades daquelas linguagens que tambm inventamos nessa incessante construo cultural do homem.

    No entanto, algumas narrativas, sentimentos, deslumbramento e expresses do sublime acontecem, e s so

    possveis, no plano das artes e por meio de suas linguagens.

    A arte, resultado da imaginao do homem, de suas sensibilidades atravessadas por suas vivncias e conheci-

    mentos tcnicos, revela, por conseguinte, em suas fantasias e invenes, os modos de viver, as crenas, as contradi-

    es e os anseios do ser humano, por formas e caminhos, outros, s conseguidos por suas linguagens.

    Palavras escritas ou faladas certamente do conta de nos descrever a sexta sinfonia de Beethoven, a Pastoral, mas

    seriam capazes de nos provocar a mesma emoo?

  • Linguagens, Cdigos e suas Tecnologias ART 1 / LIT 2 23

    Beethoven(Bonn, 17 de dezembrode1770Viena,26 de marode1827) foi umcompositoralemo,

    do perodo de transio entre oClassicismo(sculo XVIII) e oRomantismo(sculo XIX). considerado

    um dos pilares damsica ocidental, pelo incontestvel desenvolvimento, tanto da linguagem, como

    do contedo musical, demonstrado nas suas obras, permanecendo como um dos compositores mais

    respeitados e mais influentes de todos os tempos.

    Oua a 6 Sinfonia de Bethoven, no endereo a seguir na Internet:

    http://www.youtube.com/watch?v=a9HWo4THnHA

    Perceba como os sons, primorosamente combinados,

    narram-nos a placidez e a calma dos ambientes rurais.

    Os violinos bordam frases sonoras to delicadas que

    parecemos ouvir o vento na relva e sentir o cheiro do orvalho

    nas folhas.

    a. Veja, oua e, em seguida, descreva a sensao de se ouvir um conjunto de instru-

    mentos e perceb-los como se fossem um nico som e, em alguns momentos,

    sons distintos.

    6

    A pichao, o grafite, o hip-hop e o funk so algumas das manifestaes artsticas

    que originadas e realizadas, mais notadamente, nas reas urbanas das grandes cidades tm

    nos jovens seus principais autores.

    Como podemos justificar a ocorrncia dessas manifestaes no tempo e no espao?

  • Mdulo 1 Unidade 124

    O funk um estilo musical que surgiu atravs da msica negra norte-americana, no final da dcada

    de 1960. Na verdade, o funk originou-se a partir da soul music, tendo uma batida mais pronunciada e

    algumas influncias do R&B, rock e da msica psicodlica. De fato, as caractersticas desse estilo musical

    so ritmo sincopado, a densa linha de baixo, uma seo de metais forte e rtmica, alm de uma percusso

    (batida) marcante e danante.

    O erudito e o popular nas artes

    O acervo artstico da humanidade, sem hierarquias de importncia, distingue-se, tambm, pelos seus diferen-

    tes nichos de produo cultural: a arte erudita (ou acadmica) e a arte popular.

    Veja e oua a ria da loucura da pera de Donizetti, numa montagem contempornea de 2010

    (http://www.youtube.com/watch?v=NYm7oJXVeks). A nfase do conhecimento da artista principal, a

    soprano Nathalie Dessay, a msica erudita. Notem como ela tambm uma atriz muito competente

    ao representar sua personagem, Lucia, que fica louca ao ser desprezada pelo noivo.

    ria / Soprano

    ria Trecho de uma pera ou oratrio executada por um solista. Eventualmente, composta como

    pea independente. No difcil encontrar coletneas, oferecendo as melhores rias de Verdi ou Puccini.

    Soprano o nome do registro davoz(ou naipe) feminina mais aguda. Avozde soprano normal-

    mente recobre a extenso do D3 ao D5 (os nmeros correspondem s oitavas do piano). Em

    termos gerais, corresponde faixa de emisso dotenor, no caso masculino, e o mais alto, ou seja, o

    mais agudo dentre os registros femininos, distinguindo-se desse modo das vozes demezzo-sopra-

    noe decontralto.

    Essa diferena est nas diferentes formaes dos artistas: aquele que detm os conhecimentos acadmicos

    (conhecimentos tcnicos e formais) e que criam obras de entendimento universal, global e aqueles artistas que, em-

    bora aprendam seu oficio sem terem frequentado escolas de artes, intuitivos, criam obras de reconhecidos valores

    esttico e artstico, retratando, normalmente, as crenas e prticas de seu universo local. Essa afirmao, entretanto,

    relativa.

    Nos tempos atuais, com as aproximaes geogrficas, cada vez mais estreitadas pela comunicao em tempo

    real, o local e o global atravessam-se e influenciam-se.

  • Linguagens, Cdigos e suas Tecnologias ART 1 / LIT 2 25

    Atualmente, as reas de saber atravessam-se e assim tambm se d nas Artes. muito comum um artista de

    teatro acumular, tambm, slidos conhecimentos de dana, canto, msica etc.

    As construes de personagens e de msicas, cada vez complexas e desafiadoras, tm exigido dos atores, can-

    tores, msicos, danarinos, permanente e variadas capacitaes em mltiplos saberes.

    Ainda que todas as linguagens da arte comportem ambas as formaes de artista, a erudita ou a popular, al-

    gumas reas das artes visuais, da msica e das artes cnicas exigem o conhecimento erudito, formal, como o caso,

    entre outras, da msica erudita e do bal clssico. Isto sem mencionar aquelas que tambm integram as Belas Artes,

    como exemplo da arquitetura, e que dependem de validao acadmica para o seu exerccio.

    O conceito deBelas Artesest associado ideia de que um certo conjunto desuportese de manifes-

    taes artsticas so superiores aos demais.

    At meados dosculo XIX, as academiasclassificavam as artes em basicamente dois tipos: as belas

    artes e as artes aplicadas ou artes secundrias. As belas artes eram aquelas que, segundo o ponto

    de vista do perodo, possuam a dignidade danobreza. J as artes aplicadas, devido ao fato de serem

    praticadas por trabalhadores, eram desvalorizadas. Dessa forma, compunham as belas artes: apintura,

    aesculturae odesenho, todas elas subordinadas arquitetura.

    Faz parte da formao de cidado o conhecimento do patrimnio cultural, cabendo, sobretudo, ao estudo das

    artes, revelar a importncia e a utilidade desse acervo como fonte de conhecimento e prazer...

    Entende-se por Patrimnio Cultural e Artstico da Humanidade o conjunto de bens, materiais ou imateriais,

    tombados, ou no, e que detm valores representativos na nossa histria cultural.

    Patrimnio cultural

    Patrimnio cultural imaterial(oupatrimnio cultural intangvel) uma concepo depatrimnio culturalque abrange as expres-

    sesculturaise astradiesque um grupo de indivduospreserva em respeito da suaancestralidade, para as geraes futuras.

    So exemplos de patrimnio imaterial: ossaberes, os modos de fazer, as formas deexpresso,celebraes, as festas e danas

    populares, lendas,msicas,costumese outras tradies.

    O tombamento a preservao de bens de valor histrico, cultural, arquitetnico, ambiental e afetivo para a populao por

    meio de um ato administrativo, realizado pelo Poder Pblico, que determina que certos bens sero objeto de proteo especial.

  • Mdulo 1 Unidade 126

    O patrimnio a nossa herana do passado, com que vivemos hoje e que passamos s geraes vin-

    douras.

    Do patrimnio cultural, fazem parte bens imveis, tais como:castelos,igrejas,casas,praas, conjuntos

    urbanos e ainda locais, dotados de expressivo valor para ahistria, aarqueologia, apaleontologiae a

    cincia em geral.

    Nos bens mveis, incluem-se, por exemplo, pinturas, esculturas e artesanato. Nos bens imateriais, con-

    sidera-se aliteratura, amsica, ofolclore, alinguageme os costumes.

    7

    a. Voc saberia dar um exemplo de patrimnio imaterial do Brasil?

    b. De que forma as artes de um povo ajudam a contar a histria desse povo?

    c. Em sua opinio, que artes contama histria do lugar em que voc vive?

    Veja ainda...Recomendo que voc visite o site http://www.pintoresfamosos.com.br/ , para ter contato com as obras de

    diversos artistas mundialmente famosos.

    E para saber um pouco mais sobre a histria do compositor alemo Ludwig van Beethoven, recomendo que

    voc assista ao filme Minha Amada Imortal.

  • Linguagens, Cdigos e suas Tecnologias ART 1 / LIT 2 27

    Referncias

    SAES, Silvia Faustino de Assis. PERCEPO E IMAGINAO: Wmf

    Martins Fontes, So Paulo, 2010.

    Imagens

    http://www.sxc.hu/browse.phtml?f=view&id=992762 MajorosAttila.

    http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Escola_de_Atenas.jpg

    http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Pablo_picasso_1.jpg

    http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Gargouillou_de_l%C3%A9gumes.JPG

    http://commons.wikimedia.org/wiki/File:C%C3%ADrculo_Crom%C3%A1tico.gif

    http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Mondrianlike.png

    http://commons.wikimedia.org/wiki/File:La-muse-endormie-de-Constantin-Brancusi-1910.jpg

    http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Curitiba_-_Feira_do_Largo_da_Ordem_-_Grupo_de_Chorinho.JPG

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Lascaux_painting.jpg#file

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Beethoven.jpg

    http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Maracatu_performer.jpgMarcosAndr

    http://www.sxc.hu/photo/517386 DavidHartman.

    http://www.sxc.hu/985516_96035528.

  • Mdulo 1 Unidade 128

    Atividade 1

    Com o auxlio do professor, esteja preparado para a discusso em sala de aula. Voc

    dever preparar os argumentos para justificar suas respostas.

    O professor poder ser o relator das discusses do primeiro tema e, em seguida, sero

    os alunos. Algumas posies podero ser reavaliadas ou revistas, em funo das discusses.

    Ao relator, caber resumir as opinies (anotar no quadro), sempre em consenso com

    a turma. Cada aula poder tratar de dois ou trs temas. O resultado final dever ser compa-

    rado s anotaes iniciais.

    Voc sabe que a educao em artes objetiva, acima de tudo, o desenvolvimento

    e ampliao da sua capacidade criadora. Todas as artes que atravessam e constituem as

    nossas prticas cotidianas nos influenciam. Ento, pense nisso quando elaborar seus argu-

    mentos. A discusso em sala de aula dever ter um carter tcnico, buscando no se deixar

    influenciar por pr-conceitos de cunho pessoais, religiosos e particulares. Lembre-se que

    as discusses sero produtivas quando todos os alunos conseguirem, razoavelmente, de-

    senvolver as competncias necessrias para refletir sobre as reais razes de suas escolhas e

    tambm de elaborar ajustes nos seus focos de observao.

    Essa atividade objetiva estabelecer discusses acerca dos pr-conceitos e conserva-

    dorismos no gosto esttico.

    Atividade 2

    a. Nesta etapa, voc j capaz de entender a Arte como um produto cultural, de-

    monstrado nas produes do homem conduzidas pela sua imaginao, emoo

    e criao originais.

    b. Se a educao em arte propicia o desenvolvimento do pensamento artstico que

    caracteriza um modo particular de dar sentido s experincias das pessoas, voc,

    ento, j parou pra pensar que praticamente em tudo o que fazemos utilizamos

    a nossa sensibilidade artstica? No parece que alimentamos a nossa alma, ao

    estetizar cada gesto do nosso cotidiano?

  • Linguagens, Cdigos e suas Tecnologias ART 1 / LIT 2 29

    c. As artes manifestam-se sob muitas linguagens. So muitas e cada vez mais varia-

    das as formas de expresso que os artistas elegem para fazer mostrar sua arte. De

    que formas os artistas apresentam o produto de seus trabalhos?

    d. O que leva a todos, alm da vontade de sermos queridos, a se preparar para sair

    bonito de casa? s pra mostrar para os outros? Muitas pessoas arrumam-se

    para ficar s. Por qu? Seria a beleza uma necessidade bsica do ser humano em

    todos os tempos, idades e lugares?

    e. Voc deve refletir mais cuidadosamente para compreender as suas escolhas e como

    essas escolhas so influenciadas pelas suas necessidades de beleza. Com o passar

    do tempo e quanto mais olhamos, sofisticamos essas necessidades, no ?

    f. f ) Tudo o que utilitrio ou funcional poderia, em tese, ter uma nica forma e esta

    forma atender, exclusivamente, mesma funo para todo mundo. No entanto, no

    assim que ocorre. Cada qual faz de um jeito, utiliza objetos de formas diferentes

    para a mesma finalidade.

    g. g) Lembre-se: estar junto s suas escolhas, aos seus gostos, fazem-te sentir confort-

    vel, acolhido. Um embrulho caprichado no instiga a curiosidade? No agradvel

    pensar que algum se lembrou de ns de forma to atraente? Pense nisso!

    Atividade 3

    Aqui voc vai tentar recuperar as suas memrias estticas e sensoriais, bem como

    buscar nas pessoas entrevistadas o envolvimento e a riqueza de detalhes nos relatos, reco-

    nhecendo a importncia dos elementos e afinidades estticas para a fixao dessas lem-

    branas. Voc dever explorar a sua percepo sensvel nas entrevistas para que consiga

    perceber os silncios, gestos e olhares. Essa atividade poder contar, tambm, com a nar-

    rativa visual das brincadeiras, por meio de ilustraes e esquemas de jogos. Entregue-se a

    essas conversas, de forma delicada e sensvel

    a. .A memria sonora, tal e qual a visual, vai tambm necessitar de esforo e empe-

    nho para ser idealmente resgatada e reelaborada. Algumas pr- disposies de

    fatos espaciais, sociais ou mesmo afetivos devem, talvez, ser relembradas para

    que voc recupere a sua memria sonora.

  • Mdulo 1 Unidade 130

    b. O funk uma msica que tem origem nas camadas sociais mais jovens e de clas-

    se mais baixa. Ele veicula, de forma agressiva, sensual e corajosa, as dificuldades

    e realidade que esses jovens presenciam e que lhes pouco otimistas.

    Atividade 4

    O choro tem na flauta, nobandolime no cavaquinho seus instrumentos de centro,

    principais, com a marcao de ritmo pelo pandeiro. Contudo, outros instrumentos colabo-

    ram, nas apresentaes. Voc se lembra de algum outro?

    Alguns nomes importantes do chorinho: Chiquinha Gonzaga, Ernesto NazarethePi-

    xinguinha. Voc conhece outros?

    Atividade 5

    Preste ateno nos sons agudos e graves dos diversos instrumentos e como eles

    nos fazem sentir as muitas variedades de sons da natureza. Lembre-se: a esta pea, o autor

    atribuiu o nome de Pastoral (campo, natureza).

    Atividade 6

    A ocorrncia dessas manifestaes afeta, de maneira geral, as grandes cidades. Essas

    manifestaes de artes espelham, em suas produes, a avalanche de imagens e excesso

    de informaes das grandes cidades com suas assimetrias sociais.

    Atividade 7

    a. Tudo o que no material e precisa ser preservado enquanto cultura de um povo

    (um modo de fazer, uma msica, uma dana) pode ser um patrimnio imaterial.

  • Linguagens, Cdigos e suas Tecnologias ART 1 / LIT 2 31

    b. As histrias e as prticas de uma comunidade contam a sua histria. Pense nisso:

    as riquezas e afinidades locais determinam a arte de um povo. mais lgico que

    as artes de barro falem de um povo de uma regio rica nesse material, no ?

    Essa s uma forma de narrar um povo. Mas existem outras...

    c. Nas grandes cidades, as manifestaes urbanas contam a histria das pessoas

    das cidades grandes. Que manifestaes so essas?

  • Linguagens, Cdigos e suas Tecnologias ART 1 / LIT 2 33

    O que perguntam por a?

    Resposta: Letra C

  • Anexo Mdulo 1 Unidade 134

    Comentrio:

    Observe a adaptao feita ao quadro da Mona Lisa, uma das obras de arte mais famosas do mundo.

    Resposta: Letra D

    Comentrio:

    O Impressionismo foi um movimento artstico que surgiu na pintura europeia do sculo XIX. O nome do movi-

    mento derivado da obra Impresso, nascer do sol (1872), de Claude Monet.

  • Linguagens, Cdigos e suas Tecnologias ART 1 / LIT 2 35

    Caia na rede!Voc j ouviu falar no Museu do Louvre, que fica em Paris, na Frana?

    Por conter algumas das obras de artes mais famosas do mundo, como a Mona Lisa, de Leonardo Da Vinci, o

    Louvre tornou-se um dos museus mais famosos do mundo. Quer saber mais sobre esse museu?

    Acesse o site http://musee.louvre.fr/zoom/index.html , para visitar as pinturas mais famosas expostas no Lou-

    vre... Algumas so de tirar o flego!

    Como Fazer?

    Ao clicar no link informado ou digit-lo no seu navegador, voc ser direcionado para a seguinte pgina:

    Repare que h setas brancas nos lados direito e esquerdo da tela, voc deve clicar nelas para navegar pelas

    obras de arte e, para visualizar a tela em tamanho grande, basta clicar sobre ela.

  • Anexo Mdulo 1 Unidade 136

    Na parte de baixo da tela, voc vai encontrar as ferramentas de + e que iro possibilitar aumentar o zoom (+)

    ou diminu-lo (-).

    Para retornar pgina inicial e continuar a navegar por outras telas, basta clicar em Retour la galerie, no

    canto superior direito da tela.

    Aproveite a visita e divirta-se!