DESPORTO • 08 E 09© MANUEL DE ALMEIDA/LUSA

Depois de ter contratado Lumor, o Sporting derrotou (1-0) o V. Guimarães e subiu ao 1º lugar do campeonato

Colocação de médicos acaba nos tribunais Ordem avança com providência cautelar para evitar que médicos indiferenciados ocupem vagas de especialistas.

ATUALIDADE • 05

Importação de carros usados ganha terreno Por cada três automóveis novos que em 2017 foram comprados houve outro, com 5 a 10 anos de uso, que veio do estrangeiro.

ATUALIDADE • 06

Carris avança com gasto de 57 milhões de euros Transportadora vai adquirir, ainda este ano, 100 novos autocarros, mas número total de viaturas vai chegar aos 165.

CIDADES • 02

ATUALIDADE • 04

Oferta de estágios só dá para metade da procura A fase final do programa de estágios profissionais em 2017 teve 15 434 interessados para 7000 vagas. Este ano, apoio do Estado vai estar dividido em quatro períodos e o primeiro arranca hoje, com 30M€.

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«AGORA, DEITEI A MINHA VOZ CÁ PARA FORA»GUILLERMO DEL TORO EXPLICA TUDO SOBRE “A FORMA DA ÁGUA”ARTE&LAZER • 12 E 13

Diretor: Diogo Torgal Ferreira | Edição nº 3067. Jornal diário gratuito.

F iquei, como penso que a maioria dos portugue-ses, perplexo com

o “suposto” caso Centeno. O que nos é permitido conhe-cer através da comunicação social (sem qualquer desmen-tido) aponta para que o Minis-tério Público esteja a investi-gar o recebimento de vanta-gem indevida, por parte do Ministro das Finanças, a propósito de uma ida a um jogo do Benfica. Antes de avaliar a necessidade desta atuação, pergunto-me se era necessário que o Ministério Público o fizesse, com conhe-cimento da imprensa, na mesma semana em que Mário Centeno assumiu a Presidência do Eurogrupo. Não haveria outros métodos e calendários? É por demais evidente que a forma como este processo foi conduzido prejudicou a nossa imagem externa e atingiu a respeitabi-lidade e credibilidade do nosso ministro das Finanças e do país. Não se deve ter atenção ao impacto em função da gravidade do que está a ser investigado? Sobre este tema, ouviram-se ime-diatamente alguns comenta-dores dizendo que Mário Cen-teno deveria ter tido mais cautela e não ter aceite convi-tes. Pergunto-me se não é um uso e costume, absolutamen-te convencionado, que os clu-bes convidem personalidades públicas e membros do Go-verno para assistirem a jogos de futebol? E não é um uso e costume que essas personali-dades se façam acompanhar por familiares? Mário Cente-no é adepto do Benfica e, na-turalmente, durante o período em que é ministro tem de ter cuidados de segurança. Acho que faz bem em pensar as-sim. É preocupante pensar-se que está em causa uma van-tagem indevida ou que um ministro das Finanças poderia favorecer uma qualquer de-cisão por assistir a um jogo de um clube que sempre acompanhou.

Uso e costume

OPINIÃO

DUARTE CORDEIRO Vice-Presidente da Câmara de Lisboa

CIDADES 01.02.2018QUINTA-FEIRA www.destak.pt02

Associações representativas dos táxis reúnem-se amanhã para anali-sar o momento do sector e que for-mas de luta podem encetar, acusan-do as autoridades de continuarem «a não cumprir a lei» relativamente a pla-

taformas como a Uber ou Cabify. «Va-mos discutir o problema e ver que ini-ciativas vamos levar para a frente», disse à Lusa Carlos Ramos, da Fede-ração Portuguesa do Táxi, alegando que «tudo permanece na mesma».

Taxistas dizem que “tudo permanece na mesma” e analisam formas de luta

Setor está indignado com o Governo

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MOBILIDADE

REDAÇÃO redacao@destak.pt

Carris prevê investir 57 milhões em 2018

S egundo fonte do gabinete de comunicação da empresa, ci-tada pela Lusa, a Carris prevê ter 100 novos autocarros até

ao final deste ano – de entre os 165 que hoje serão alvo de um protocolo de aqui-sição por parte da Câmara de Lisboa e da transportadora–, «continuar a con-tratação de novos trabalhadores, con-tinuar a apostar no desenvolvimento das carreiras de bairro e na expansão da rede de elétricos». Prevendo um in-vestimento de 57 milhões de euros para 2018, «no 1º trimestre do ano será apre-sentada a ‘app’ Carris, com informação em tempo real útil aos clientes e, até ao final do Verão, toda a frota estará equi-pada com ‘wi-fi’», acrescentou ainda a mesma fonte.

Balanço de 2017 A Lusa contactou ainda a Carris para saber como correu o primeiro ano de-pois da transferência da gestão e admi-nistração da empresa para a alçada da Câmara de Lisboa, constatando-se uma

Um ano depois da transferência para a Câmara de Lisboa, empresa fala em 12 meses de crescimento, com mais passageiros, mais funcionários e de aumento da oferta.

apreciação global muito positiva: a ní-vel de passageiros, a Carris indica que transportou 122,4 milhões com título válido, acrescentando que «se verificou um crescimento dos clientes no último trimestre de 2017 face ao mesmo perío-do de 2016, sendo que o aumento da pro-cura de passageiros com título válido

foi de 4,3%» – a empresa recordou ain-da que estabeleceu passes gratuitos para crianças e descontos de 25% para estudantes dos 18 aos 23 anos e de 60% para idosos. Quanto a pessoal, fonte da empresa indicou que, em 2017, a Carris «contratou 126 trabalhadores, dos quais 102 são tripulantes».

Carris prevê a entrega de 100 novos autocarros à empresa até final deste ano

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ÍTO

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TRANSPORTES

EM DEZ SEGUNDOS

EDUCAÇÃO

Alunos dos PALOP do IPP com - 50% O Instituto Politécnico do Porto (IPP) anunciou a redução em 50% da pro-pina para estudantes dos Países Afri-canos de Língua Oficial Portuguesa e a «não-aplicação do estatuto de estu-dante internacional» a mestrandos.

PORTO

Ilhas levam Moreira a S. Bento O presidente da Câmara do Porto vai ser ouvido dia 8 de fevereiro no Parla-mento para debater «a salvaguarda do direito à habitação e as políticas de requalificação e intervenção nas ilhas» da cidade, anunciou a autarquia.

MATOSINHOS

Desperdício alimentar na mira A Câmara de Matosinhos e a Asso-ciação Dariacordar-Associação para a Recuperação do Desperdício assi-naram ontem um protocolo de cola-boração para a concretização do Pro-jeto Zero Desperdício no concelho.

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ATUALIDADE 01.02.2018QUINTA-FEIRA www.destak.pt04

JOÃO MONIZ jmoniz@destak.pt

Procura é o dobro da oferta disponível

ESTÁGIOS PROFISSIONAIS

E ntre 15 de novembro de 2017 e 3 de janeiro de 2018, quan-do decorreu a segunda fase da medida, o Instituto do

Emprego e Formação Profissional (IEFP) recebeu 12 648 candidaturas de empresas, correspondentes a 15 434 vagas de estágios profissionais. Mas como este segundo período ti-nha uma dotação orçamental de 36,65 milhões de euros, para uma meta de cerca de 7000 estagiários, «as candi-daturas recebidas ultrapassam lar-gamente essa meta», explica o IEFP. Mais concretamente, a procura dois mais de duas vezes superior à oferta.

Segundo período de candidaturas do ano passado teve 15 434 interessados quando estavam previstas 7000 vagas. Primeira fase de 2018 arranca hoje.

Para o ano em curso, o organismo vai dividir as candidaturas por qua-tro períodos. O primeiro arranca hoje e termina a 1 de março; o segundo vai de 1 de maio a 1 de junho; o terceiro de 1 a 31 de julho; e o último de 1 de ou-tubro a 2 de novembro. Para esta pri-meira fase, o IEFP tem uma dotação de 30 milhões de euros (M€).

Destes, 11,55M€ são para a região Norte, 9,7M€ para Lisboa e Vale do Tejo, 5,7M€ para o Centro, 1,75M€

Candidaturas este ano estão divididas por quatro períodos. Para o primeiro estão disponíveis 30M€

para o Alentejo e 1,3M€ para o Algar-ve. Recorde-se que os estágios decor-rem durante 9 meses e destinam-se a desempregados inscritos nos cen-tris de emprego, sobretudo jovens en-tre os 18 e os 30 anos de idade ou en-tão desempregados de longa duração (há mais de 12 meses sem trabalho). O IEFP assegura, no mínimo, 65% do vencimento mensal.

Oposição à transmissão Já aprovado na especialidade, o di-ploma que concede o direito de opo-sição do trabalhador à transmissão do seu contrato, sempre que isso lhe cause «prejuízo sério», ficando na em-presa original, vai ser aprovado ama-nhã no plenário do Parlamento.

Apoio destina-se a desempregados inscritos nos centros de emprego, sobretudo jovens dos 18 aos 30 anos©

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EM DEZ SEGUNDOS

METEOROLOGIA

Precipitação abaixo da média em nove meses O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) informou que o mês de dezembro de 2017 em Portugal continental classifi-cou-se como seco, sendo o nono mês consecutivo com valores de precipitação abaixo do normal. Para hoje está prevista uma des-cida das temperaturas máximas.

LEGIONELA NA CUF

Três doentes mais graves e 14 infetados O número de casos diagnostica-dos de legionela com ligação ao Hospital CUF Descobertas voltou a subir até ao fim da tarde de ontem, fixando-se em 14 doentes infetados (9 mulhe-res e 5 homens), três dos quais estão em unidades de cuidados intensivos, informou a DGS.

PROGRAMA MAR 2020

Transferidos 52 milhões para as empresas A ministra do Mar revelou que já foram transferidos 52 milhões de euros no âmbito do programa Mar 2020, para empresas do setor das pescas e aquacultura. Segundo Ana Paula Vitorino, Portugal tem uma taxa de exe-cução do programa de 14,5% e 42,5% de taxa de compromisso.

Agência Portuguesa do Ambiente explica carga poluente no rio Tejo

«Confirma-se o acumular da carga orgânica com origem nas indústrias de pasta de papel»

Os interrogatórios aos arguidos da Operação Lex’ começaram ontem no Supremo Tribunal de Justiça. Recor-de-se que 5 dos 12 arguidos estão deti-dos preventivamente. O filho do presi-dente do Benfica garante não ter qual-

quer dívida fiscal que esteja na origem da ligação de Luís Filipe Vieira à Ope-ração Lex e que o pai é que tem um con-tencioso com o fisco, procurando recu-perar 1,6M€ que já pagou. O Benfica pediu a nulidade das buscas na Luz.

Filho de Luís Filipe Vieira garante que contencioso com o fisco é do pai

Arguidos começaram a ser ouvidos

© PEDRO CATARINO/CM

OPERAÇÃO LEX

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ATUALIDADE01.02.2018 QUINTA-FEIRA www.destak.pt 05

EM DEZ SEGUNDOS

DESEMPREGO NA UE

Portugal com 3ª maior descida A taxa de desemprego recuou em dezembro e em termos homólogos na Zona Euro e na UE, com Portugal a registar a 3ª maior quebra entre os Estados-membros. Segundo o Eurostat, na Zona Euro, a taxa de desemprego recuou para os 8,7%, face aos 9,7% de 2016. Em Portu-gal caiu de 10,2% para 7,8%.

© RICARDO ALMEIDA/CM

INSOLVÊNCIA

Ricon vendida na totalidade Declarado o encerramento da Ricon, o administrador de insolvência do grupo de Vila Nova de Famalicão quer «vender a empresa no seu todo», pois «há sempre interessa-dos para compras». Apenas os tra-balhadores da Delvest têm os salá-rios de janeiro garantidos.

ADMINISTRAÇÃO INTERNA

Resolver falta de helicópteros e mais antenas O ministro da Administração Interna admitiu ontem que toda a frota de helicópteros Kamov do Estado está parada e garan-tiu que vai responsabilizar a empresa responsável pela manutenção. Eduardo Cabrita também revelou que a rede SIRESP vai colocar 451 antenas satélite, a partir de março, nas áreas consideradas de risco de incêndio este ano.

REDAÇÃO redacao@destak.pt

C onhecido o concurso em Lis-boa e Vale do Tejo para a contratação de mais de 3500 horas semanais de médicos

indiferenciados através de empresas para serem colocados a exercer me-dicina geral e familiar, a Ordem dos Médicos decidiu avançar com uma providência cautelar para travar o que considera ser uma ilegalidade. Além disso, se a Administração Re-gional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) insistir nesta deci-são «absurda», a Ordem vai solicitar a intervenção do Tribunal de Contas.

«Nem sequer conhecem a lei por-tuguesa, que é uma transposição da própria lei europeia. Não podem con-tratar médicos sem especialidade

para fazerem especialidade de medi-cina geral e familiar da forma que está planeado», explicou à Lusa o basto-nário dos Médicos. Por sua vez, a ARSLVT nega qualquer ilegalidade e defende que «seria inadmissível dei-xar que as 525 mil pessoas que não têm médico de família ficassem sem cuidados médicos ao nível dos cen-tros de saúde».

Vacinação sem perigo A Direção-Geral da Saúde (DGS) as-segura que «a interrupção temporá-ria» da avaliação do Plano Nacional de Vacinação (PNV) visa melhorar a qualidade da informação disponível e «não põe em causa a saúde públi-ca». Médicos de saúde pública quei-xaram-se da suspensão da avaliação do PNV e da impossibilidade de se sa-ber o estado vacinal das crianças.

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Ordem contra a colocação de médicos

Médicos discordam frontalmente de várias decisões administrativas

Providência cautelar contra contratação de médicos sem especialidade para os centros de saúde.

SAÚDE

Há diferenças entre rapazes e raparigas nos resultados dos testes PISA? Em média, sim: no ano de 2015, os rapazes tiveram mais 10 pontos do que as raparigas a Matemática e mais 10 pontos também a Ciências. Já ss raparigas tiveram mais 17 pontos do que os rapazes a leitura.

WWW.EDUCACAOEMEXAME.PT

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é o imposto pago. Uma «contradição» face às políticas ambientais do país.

Segundo os dados da ACAP, no ano passado, foram vendidos aproxima-damente 222 mil veículos novos. Já a importação de carros usados, impul-sionada com o desconto no ISV atri-buído a viaturas que tenham entre 5 e 10 anos, totalizou 66 193 unidades. Ou seja, a cada três carros novos que começaram a circular nas estradas portuguesas juntou-se-lhes uma via-tura usada vinda do estrangeiro.

Produção está a crescer Em 2017, foram produzidos em Por-tugal 175 mil veículos, mais 37% do que no ano anterior, e em 2018 «po-derão ser fabricados 240 mil veícu-los, o que corresponde a mais 37% do que no ano precedente». Em 2020, a ACAP aponta para 300 mil unidades.

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Importação de carros está a ganhar terrenoPor cada três carros novos vendidos no ano passado foi importado um automável usado, com 5 a 10 anos.

Aproximadamente 222 mil carros saíram dos stands para as estradas

JOÃO MONIZ jmoniz@destak.pt

D epois da grande recessão em 2012, que por sua vez levou a crescimentos re-cordes (como o de 30% em

2014), o mercado automóvel tem vin-do a estabilizar em Portugal, onde continua a predominar uma tendên-cia antiga: vendem-se mais viaturas usadas do que novas.

Para a Associação Automóvel de Portugal (ACAP), vários fatores ex-plicam o crescimento do mercado de usados. Por um lado, os portugueses estão a consumir mais, por outro a le-gislação favorece a compra destes veí-culos, pois quanto mais velhos menor

CONSUMO

FINANÇAS

MAIS NO MUNDO

BREXIT

Mais gastos para os outros O primeiro-ministro português defendeu em Bruxelas que, à luz da saída do Reino Unido da UE, os 27 estados restantes têm que estar preparados para aumentar as suas contribuições para o orça-mento comunitário, se quiserem corresponder aos «anseios legíti-mos» dos cidadãos.

RIO DE JANEIRO

Narcotraficante acaba morto Pelo menos três pessoas morre-ram ontem nos confrontos entre polícias e narcotraficantes nas proximidades da favela da Cidade de Deus, no Rio de Janeiro. De acordo com a imprensa local, “Rodolfinho”, um dos chefes do narcotráfico nesta área da cidade, é uma das vítimas mortais.

CATALUNHA

Puigdemont atira a toalha Em mensagens enviadas por telemóvel a um correligioná-rio e divulgadas pela estação Telecinco, o ex-presidente da Catalunha admite que se possam estar a viver «os últi-mos dias da Catalunha repu-blicana» e adianta que dedi-cará o resto da sua vida a proteger a sua reputação-

O investimento em imobiliário co-mercial em Portugal deverá ascen-der aos 2500 milhões de euros duran-te este ano, estima a consultora JLL, mais 31,6% do que o «volume históri-co» de 1900 milhões de euros no ano passado, quando já se verificou um crescimento de 50% face a 2016. O re-talho e os escritórios concentram 35% e 31% do investimento, sendo que 80% do montante total é internacional.

Investimento vai aumentar 31,6% para 2500M€/ano

Retalho e escritórios concentram dois terços do dinheiro aplicado

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IMOBILIÁRIO COMERCIAL

Apesar de o BE ter defendido um aumento dos salários na função pú-blica e no setor privado, o ministro das Finanças garantiu ontem que os salários médios estão a crescer (2% em 2017), o que também se vê por um aumento de 7% na carga salarial. Má-rio Centeno também disse que as ca-tivações ficaram em 560 milhões de euros no ano passado e que não ultra-passarão os 1086 milhões em 2018.

Centeno garante que salários estão a crescer

ATUALIDADE 01.02.2018QUINTA-FEIRA www.destak.pt06

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DESPORTO 01.02.2018QUINTA-FEIRA www.destak.pt08

JOÃO MONIZ jmoniz@destak.pt

Da defesa emergiu o melhor atacante

A o intervalo, em Alvalade pairava a ideia de que não há dois empatas sem três. Mas o 2º tempo trouxe ou-

tro enredo a um filme em que o Spor-ting acaba a 20ª jornada como prota-gonista. Embora com mais um jogo, os leões estão de volta à liderança do campeonato, com 1 ponto para o FC Porto e 3 para o Benfica.

De todos os jogadores que estavam limitados, só Piccini – para além de Gelson e Podence – ficou de fora, numa equipa que voltou a ter Rúben Ribeiro como segundo avançado. Só que as coisas não saíram bem aos ver-de e brancos. Apesar do controlo es-magador do jogo (67% de posse de bola), o Sporting não conseguiu criar

Já sem Bas Dost e quando Douglas estava a parar os remates de todos os médios e avançados leoninos, Mathieu encontrou o caminho das redes e da liderança.

CAMPEONATO NACIONAL

uma única oportunidade de golo até ao intervalo.

Culpa da falta de velocidade e da es-cassa capacidade de desequilibrar pe-las alas, os leões foram batendo cons-tantemente na muralha do Vitória de Guimarães. A equipa de Pedro Mar-tins atuou mais retraída do que este gosta e só incomodou Rui Patrício em dois ou três rasgos – os vimaranenses fizeram 9 ataques na 1ª parte.

Douglas foi o melhor em campo Jorge Jesus terá pedido mais genica aos seus jogadores durante os 15 mi-nutos de descanso e terá dado indi-cações precisas para mais triangula-ções pelas faixas. Também por isso não terá tirado logo Bas Dost, que se

queixou de problemas físicos à beira do intervalo. Mas o holandês não aguentou e mal esteve em campo após o reatamento.

Para o seu lugar entrou Doumbia, uma vez que Montero também já en-trara. O Sporting perdeu peso na área, mas ganhou dinamismo nas zonas cir-cundantes e as oportunidades come-çaram a acumular-se. Aí surgiu Dou-glas a evitar golos de Acuña (50’ e 83’), Doumbia (59’) e Bruno César (74’), que já substituíra Battaglia, dando ain-da maior projeção ofensiva à equipa.

O golo decisivo (e justo) chegou aos 84’, quando Mathieu apareceu ao 2º poste, na sequência de um livre, a en-costar de primeira com o pé esquer-do um cruzamento de Acuña.

LIGA PORTUGUESA 20ª JORNADA

V. GUIMARÃESSPORTING

Douglas João Aurélio

Pedrão Jubal

Konan Wakaso

Rafael Miranda ‹ Rafael Martins, 86’ ›

Hurtado ‹ Hélder Ferreira, 75’ ›

Sturgeon Raphinha ‹

Rincón, 82’ › Tallo

01

Estádio de Alvalade, Lisboa

Jorge Jesus Pedro Martins

Rui Patrício Ristovski Coates Mathieu Fábio Coentrão William Carvalho ‹ Battaglia › Bruno César, 68’ Bruno Fernandes Acuña ‹ Rúben Ribeiro › Montero, 46’ ‹ Bas Dost › Doumbia, 48’

TREINADORES

Golos: Mathieu (84) Disciplina: Cartões amarelos: Wakaso (67’) e Jubal (70’)

Não consta que os ilícitos que levaram às movi-mentações no âmbito

da Operação Lex estejam rela-cionados com desporto ou com funções de arguidos em determi-nado clube, mas ainda assim ver dirigentes envolvidos não deixa de ser mais um prego na credibi-lidade do nosso futebol que se vê, involuntariamente ou não, mais uma vez ligado a questões de justiça. O presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, é arguido (tal como o vice-presidente para as modali-dades, Fernando Tavares) e as suspeitas que caem sobre Rui Rangel, também ele ligado ao clube (foi candidato à presidên-cia em 2012) não são bonitas: trata-se de receber dinheiro para decidir ou influenciar decisões. O que pode ser feito no mundo dos negócios ou no mundo do desporto. O clube fala em «per-seguição ostensiva» do Ministé-rio Público, quando quem está tranquilo simplesmente espera pelo desfecho dos casos. De res-to, a quantidade de vezes que esta semana os clubes portugue-ses ou seus atores já apareceram nas notícias por estarem a ser investigados ou com acusações em cima é, para um adepto, apenas cansativo, para lá de preocupante. Porque fica difícil continuar a viver com paixão o futebol, sabendo que paira no ar um per-manente clima de desconfiança. Porque são casos atrás de casos, são suspeitas atrás de suspeitas quando uma pessoa só queria mesmo ver 22 jogadores atrás de uma bola e a jogá-la da melhor forma possível.

Permanente desconfiança

OPINIÃO

LÍDIA PARALTA GOMES Jornalista do semanário ‘Expresso’

Bas Dost magoou-se ainda na 1ª parte e acabou substituído no início da 2ª

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CLASSIFICAÇÃO LIGA

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CLUBE P J V E D GM GS Sporting 50 20 15 5 0 43 11 FC Porto 49 19 15 4 0 46 9 Benfica 47 20 14 5 1 47 13 Sp. Braga 43 20 14 1 5 39 19 Rio Ave 33 20 10 3 7 27 21 Marítimo 29 20 8 5 7 18 22 Chaves 27 20 7 6 7 26 30 Boavista 27 20 8 3 9 22 26 V. Guimarães 26 20 8 2 10 27 35

P. Ferreira

Portimonense

Belenenses

Estoril

Sp. Braga

Moreirense

Boavista

Chaves

Sporting

2-1

4-1

1-1

3-0

2-0

0-0

2-1

2-2

1-0

Feirense

Rio Ave

Benfica

Tondela

Desp. Aves

FC Porto

Marítimo

V. Setúbal

V. Guimarães

RESULTADOS 20.ª JORNADA

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CLUBE P J V E D GM GS Tondela 22 20 6 4 10 23 32 Portimonense 21 20 5 6 9 28 32 Belenenses 21 20 5 6 9 17 26 P. Ferreira 21 20 5 6 9 23 35 Feirense 20 20 6 2 12 18 26 Moreirense 16 20 3 7 10 15 30 V. Setúbal 15 20 2 9 9 21 37 Estoril 15 19 4 3 12 18 38 Desp. Aves 14 20 3 5 12 16 33

GOLEADORESNOME EQUIPA GOLOS Jonas Benfica 24 Bas Dost Sporting 19 Marega FC Porto 15 Aboubakar FC Porto 14 Raphinha V. Guimarães 12 Fabrício Portimonense 9 Nakajima Portimonense 8 B. Fernandes Sporting 8 João Novais Rio Ave 7

1.º

2.º

préstimo de Osorio junto do Tonde-la – os dragões poderão exercer uma opção de compra pelo venezuelano no fim da atual temporada.

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Osorio já é dragão e Lumor vira leãoCentral venezuelano emprestado pelo Tondela ao FCP. Sporting paga 2,5M€ pelo lateral do Portimonense.

Aos 23 anos, Osorio junta-se a Felipe, Marcano e Reyes no eixo da defesa

JOÃO MONIZ jmoniz@destak.pt

N a atualização divulgada às 22h de ontem – a última foi feita à 1h, já depois do fecho desta edição – não consta-

va nenhuma surpresa face aos anún-cios oficiais já feitos pelo clube. Assim sendo, apenas Sporting e FC Porto, entre os três grandes, aproveitaram o último dia de mercado para refor-çar as respetivas equipas.

Depois de emprestar Jonathan Sil-va à Roma, o Sporting aceitou pagar 2,5 milhões de euros ao Portimonen-se para garantir os serviços de Lu-mor. O lateral ganês assinou por qua-tro épocas e meia. Já o FC Porto re-forçou o eixo da defesa, com o em-

EM DEZ SEGUNDOS

ARBITRAGEM

FC Porto pede reunião urgente O FC Porto pediu uma reunião com caráter de urgência ao pre-sidente do Conselho de Arbitra-gem da Federação Portuguesa de Futebol para expor erros dos árbitros. Os dragões dizem que o golo de Waris frente ao Morei-rense foi mal anulado.

FUTSAL

Portugal entra no Euro a vencer A seleção portuguesa de futsal estreou-se ontem com um triunfo na edição 2018 do Europeu, ao vencer a Roménia por 4-1, na 1ª jornada do Grupo C, disputado na Eslovénia. Portugal volta a jogar no domingo, com a Ucrânia.

MERCADO

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Na fase de vendas que terminou ontem, os adeptos portugueses requi-sitaram 17 608 bilhetes para o Mun-dial 2018 de futebol. Ao todo, a FIFA recebeu 4,9 milhões de solicitações, mais de metade das quais oriundas da Rússia, país que acolhe a prova. A venda direta arranca a 13 de março. Contudo, a competição poderá ficar marcada por uma praga de gafanho-tos, que poderá ser mais significati-va nos estádios situados na zona sul do país.

Portugueses solicitam quase 18 mil bilhetes

MUNDIAL NA RÚSSIA

Portugal está integrado no Grupo B

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DESPORTO01.02.2018 QUINTA-FEIRA www.destak.pt 09

EM DEZ SEGUNDOS

NOVELAS‘REVELAÇÃO’Pedrinho vai a casa buscar as suas coisas e Ana diz-lhe para levar tudo para não ter que vol-tar. Victória telefona a Fausto, mas ele mostra-se nervoso e hostil. Ermírio aconselha Lucas a tentar perdoar e com-preender Beatriz. Depois do telefonema a Fausto, Victória fica apreensiva. CMTV, 14H44

‘ESSAS MULHERES’Adelaide convida Eduardo para jan-tar em sua casa. Durante o jantar Adelaide anuncia que dará uma festa, mas que não será de noi-vado. Laura e Nina ficam depri-midas por terem deixado Mateus em casa de Alfredo. Aurélia acor-da Fernando que desperta de um sonho onde ele e Aurélia declara-vam o seu amor. CMTV, 19H07

NEGÓCIOS & TRAPOS

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BUDDY O carro elétrico com design e enge-nharia portugueses – produzido no Centro de Excelência para a Inova-ção da Indústria Automóvel, em Matosinhos – é conduzido por Matt Damon no novo Pequena Grande Vida – filme estreia a 22 de fevereiro.

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GEORGIA MAY JAGGER A famosa modelo britânica – filha de Mick Jagger e Jerry Hall – apre-sentou a sua nova e arrojada cole-ção Volcom x GMJ, inspirada na década de 90, e resultado da sua pareceria com a Volcom, famosa marca cafifornaina de ‘streetwear’.

CELEBRIDADES

Cláudia Vieira está noiva? A atriz e apresentadora Cláudia Vieira partilhou uma imagem nas redes sociais que está a dar muito que falar: tudo porque numa foto-grafia a atriz surge com um anel que tudo indica que seja de noivado.

POLÉMICA

Mãe de Angélico é absolvida Filomena Vieira, mãe de Angélico, cantor e ator falecido em 2011, foi absolvida pela Relação do Porto de pagar uma indemnização de 1,5M€ a Armanda Leite, a jovem que ficou ferida no trágico acidente de carro.

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FAMA&TV 01.02.2018QUINTA-FEIRA www.destak.pt10

de mais de 20 anos a partir dos três famosos álbuns que David Bowie compôs, em colaboração com o in-fluente Brian Eno, enquanto vivia em em Berlim: Low (1977), Heroes (1977) e Lodger (1979).

Relação cúmplice Amigos e admiradores recíprocos du-rante várias décadas, Philip Glass e Da-vid Bowie foram conversando sobre a criação daquelas peças sinfónicas e, se-gundo o jornal inglês The Guardian, ambos terão trocado ideias sobre a con-cretização desta terceira sinfonia.

De lembrar que David Bowie – de seu nome verdadeiro David Robert Jo-nes – morreu em janeiro de 2016 e, me-ses depois, a composição de Glass ins-pirada em Heroes foi a primeira obra sinfónica a ser interpretada no festi-val de Glastonbury, no Reino Unido.

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Glass completa trilogia dedicada a David BowieCompositor americano Philip Glass termina a trilogia de sinfonias que compôs em tributo ao “Camaleão”.

Philip Glass, 81 anos, é um dos mais importantes compositores do séc.XX

REDAÇÃO redacao@destak.pt

O prestigiado o compositor norte-americano Philip Glass vai estrear em 2019 a Sinfonia nº 12, que com-

pleta uma trilogia de tributo ao mú-sico britânico David Bowie, no âmbi-to da anunciada nova temporada do Southbank Centre de Londres: a es-treia europeia está marcada para 9 de maio de 2019 em Londres, com a London Contemporary Orchestra a interpretar a sinfonia que Glass es-creveu, inspirado no álbum Lodger (1979), de David Bowie.

Philip Glass completa, assim, as três sinfonias que escreveu ao longo

TRIBUTO

A próxima Festa do Jazz vai acon-tecer entre os próximos dias 23 e 25 de março, no Conservatório Nacio-nal e noutros espaços próximos, no Bairro Alto, em Lisboa, revelou à Lusa Carlos Martins, da associação Sons da Lusofonia – o certame sai, as-sim, do Teatro Municipal São Luiz, onde acontecia anualmente desde a sua primeira edição, em 2003. Carlos Martins informou ainda que a edição deste ano do festival, ainda sem progra-ma anunciado, contará com a partici-pação de escolas de jazz de todo o país.

Festa do Jazz no Conservatório e arredores

Alexandre Farto, mais conhecido como Vhils, inaugura hoje na Galeria Vera Cortês, em Lisboa, “Intrínseco”, exposição em que o artista português utiliza pela primeira vez o plástico como suporte, numa instalação na qual se propõe a fazer uma «quase re-flexão sobre a condição humana no espaço urbano». Segundo palavras de Vhils, citado pela Lusa, esta nova instalação faz parte de uma reflexão maior «sobre o modelo de desenvol-vimento vigente e o impacto que isso tem na identidade» de todos nós.

“Intrínseco”: Vhils inaugura hoje exposição

Alexandre Farto lançou-se pela primeira vez na utilização de plásticos

© ANTÓNIO COTRIM/LUSA

ARTE URBANA MÚSICA

REDAÇÃO redacao@destak.pt

600 mil euros para festivais “verdes”

O anúncio da decisão do Go-verno foi feito num aviso publicado ontem, em Diá-rio da República, relativo

ao “Regulamento do ‘Programa Sê-lo Verde’ e abertura de candidaturas à atribuição de apoio pelo Fundo Am-biental», dirigido a eventos de entre-tenimento ao ar livre, em recinto li-cenciado e com registo de entradas pagas, como festivais de música ou fei-ras medievais. Segundo o diploma, a dotação máxima afeta ao “Programa Sê-lo Verde 2018” é de 600 mil euros, sendo 30% desse valor destinado a promotores de eventos cuja lotação máxima diária de 5.000 a 25.000 es-petadores, ao passo que os restantes 70% serão alocados a promotores de espetáculos em recintos que alber-guem mais de 25 mil espetadores por dia – o programa aplica-se a eventos que decorram entre 1 de maio e 30 de setembro de 2018, e que tenham du-ração superior a um dia.

Boas prática ambientais O diploma define que o período para a receção de candidaturas decorrerá até às 17h do dia 16 de março, e que estas devem ser submetidas através da pá-gina eletrónica do Fundo Ambiental,

“Programa Sê-lo Verde 2018” vai atribuir 600 mil euros aos promotores de festivais de verão que apresentem candidaturas para adoção de boas práticas ambientais.

onde irá figurar o regulamento. O “Pro-grama Sê-lo Verde” é promovido pelo Ministério do Ambiente e visa incen-tivar a adoção de boas práticas, ino-vadoras e com impacto ambiental, so-cial e económico nos grandes even-tos, através do financiamento de me-didas verdes a adotar nesses espa-ços: estas medidas devem abarcar as áreas dos recursos; emissões; ener-gia e educação; estando prevista a di-visão igualitária da verba global do

programa (600 mil euros) por estas quatro áreas (150 mil euros para cada uma delas).

Por fim, de salientar que o regula-mento define ainda que a taxa máxi-ma de cofinanciamento das medidas é de 60% para as «medidas tangíveis» (recursos, energia e emissões) e 40% para as «medidas intangíveis», inci-dindo sobre o total das despesas ele-gíveis, com cofinanciamento limita-do a 20 mil euros.

Objetivo é motivar festivais a praticarem melhores práticas ambientais

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AO VIVO

Ano novo, vida nova, reso-luções novas. E eu estou a cumprir a minha: não

ir ao ginásio. Estas gordurinhas deram muito trabalho a ganhar e não vou abdicar delas assim tão facilmente. São gorduras loca-lizadas no local certo: em mim. Entre as resoluções de não poupar dinheiro, não ser Zen, não viajar e não aprender algo novo, não me sobrou um único minuto. Não fazer coisas consome muito mais tempo do que se imagina. Mas não se julgue que é fácil cumprir resoluções, porque não é. Requer esforço e sacrifício. Só eu sei as vezes que tive uma salada no prato e optei por comer uma pizza. Mas promessa é promessa. “Marcos, prometeste que não ias comer saudável, por isso não te deixes levar pela primeira salada apetitosa que te aparece à frente”, repito vezes sem conta. Resisto, mas fico a salivar com as doze calorias de verdura que me teriam levado ao céu. A vida nem sempre é fácil, mas é preciso estar à altura. Por isso, agora não vou correr e, em vez disso, vou para o sofá ver séries e ser infeliz.

Ano Novo, Vida Nova

VOZES DA RÁDIOMARCOS ANDRÉ (marcos.andre@rfm.pt) Oceano Pacífico (2ª-6ª, 23h-2h; dom, 22h-2h)

“NATAL A MEIAS” REÚNE QUASE 300 MIL EUROS! No final do ano passado a RFM e a Calzedonia desafiaram-te a fazer um “Natal a Meias” e a ajudar a Comunidade Vida a Paz a mudar a vida dos sem abrigo. Ao comprar um par de meias da EDIÇÃO ESPECIAL NATAL por 5€, estarias a dar 2,5€ à instituição que, não só ajuda, como dá ferramentas de formação e competência a quem quer sair da rua. O resultado foram mais de 100 mil meias vendidas e um cheque que entregamos hoje na RFM à comunidade Vida e Paz. Parabéns e obrigado!

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ARTE&LAZER01.02.2018 QUINTA-FEIRA www.destak.pt 11

«Queria que houvesse sempre muita água»

Guillermo del Toro, filho de Guadalajara, estado de Jalisco, México, tem passado a vida a meter medo. Nas histórias dele

é fácil encontrar labirintos existen-ciais, fascismo espanhol, orfanatos, cenas do fim do mundo, vampiros, in-fernos, punhais, sangue e muita opressão vinda dos deuses poderosos -- alguns deles sob a forma de figura paternal doméstica, mas com jeito para a ditadura. Mas a nova aventu-ra é algo bem mais refrescante. Fala de uma trabalhadora modesta, mas rebelde, decidida a ver amor e com-paixão onde outros só encontram ameaça. Atenção ao dilúvio de água. O filme contem água nas ruas e chu-va nas janelas. Há igualmente lágri-mas, transpiração. E, quando ela ras-ga o calendário, a frase que fica à vis-ta diz «O Tempo é um rio que que cor-re vindo do passado». Água é amor. A Forma da Água tem a forma dos nossos afectos. O senhor Guillermo, recente vencedor do Globo de Ouro de melhor realizador do ano, explica--nos tudo o resto.

Diga-me como chegou àquela banda sonora fantástica do Alexandre Desplat. Suponho que, para além da importância que lhe conhecemos na história do cinema, a música tem aqui um valor acrescentado: porque estamos a ser elevados num ro-mantismo que transpõe barrei-ras e contornos tradicionais, porque também a protagonista de A Forma da Água se exprime com uma linguagem transna-cional, etc. Fale-me disto...

JOHN-MIGUEL SACRAMENTO, em Hollywood

Falámos com o cineasta Guillermo del Toro, a mente brilhante por detrás de “A Forma da Água”, aclamado filme protagonizado por Sally Hawkins, um comovente hino ao amor e ao respeito pelas diferenças de uns e de outros.

A música tem, na história que que-ro contar, importância absoluta. Repare que a música, num determi-nado sentido, iria ter por função ser a voz do filme. Ou seja, teria de fun-cionar em duas correntes emocio-nais. Por um lado teria de conjurar musicalidades fluídas e encantado-ras, exatamente como a água. Mas, por outro lado, teria de servir de voz à nossa interveniente principal. Seria a voz da Sally. É através da banda sonora que temos acesso aos labirintos emocionais que ela desbrava. Conseguimos compreen-der a Sally através da música.

Que orientações deu a Sally Hawkins? Quem eram os seus compositores favoritos? Quando o Alexandre Desplat me perguntou que tipo de música eu imaginava para a história, atirei com o nome de George Delerue. Compositor fantástico. Hoje, posso dizer que o Alexandre é o herdeiro mais direto de Georges Delerue. Depois, pediu-me outro nome. Disse: Nino Rota! Porque queria que o filme, ao lado da sua grande componente americana, tivesse um sabor a cinema europeu. Queria que tivesse uma grande sensualida-de, um grande amor pelo cinema, um grande amor pelo amor.

Uma pessoa sabe que o Guiller-mo, quando faz cinema, conta histórias de uma maneira que é só sua. Que elementos novos existem neste filme? Já faço filmes há 25 anos e, desta vez, foi como se todos os outros tra-balhos me tivessem levado a fazer este último. Há dias alguém disse-me que, com este filme, pude final-mente exalar. Foi como se, ao longo

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CINEMA

«Talvez [este filme] se pareça com uma carta de amor à grande variedade que existe na arte do cinema»

ARTE&LAZER 01.02.2018QUINTA-FEIRA www.destak.pt12

«É através da banda sonora que temos acesso aos labirintos emocionais que a Sally desbrava»

DRAMA ‘LINHA FANTASMA’ Depois do brilhante There Will Be Blood, o aclamado cineasta Paul Thomas Anderson e o genial ator Daniel Day-Lewis voltam a juntar esforços para um novo e comple-xo drama de época, ambientado no Reino Unido do prós-II Guerra Mundial. Um dos acontecimen-tos cinematográficos do ano.

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ANIMAÇÃO ‘PATRULHA DE GNOMOS’ Depois de mudar para uma nova, mas velha, casa com um jardim cheio de gnomos, Chloe, uma adolescente nor-mal, descobre que as pequenas criaturas têm... vida! Divertida animação com da equipa de produção responsável pelo mega-sucesso mundial Shrek.

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TERROR ‘VERÓNICA’ Na Madrid dos anos 90, depois de fazer uma sessão de Ouija com amigos, uma adolescente é assediada por perigosas presen-ças sobrenaturais que ameaçam fazer sofrer toda a família. Uma produção espanhola de sucesso inspirada em factos reais e em ar-quivos policiais nunca resolvidos.

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OUTRAS ESTREIAS

destes 25 anos, eu tivesse inspirado, absorvido, contido, guardado. Des-ta vez pude deitar essa minha voz cá para fora. Nesse sentido, este filme é mais exato que os outros. Há nele uma grande energia, uma quase ausência de fricção, um es-forço coletivo. É um tipo de obra muito difícil de concretizar. Se formos a ver o que o filme quer fazer, se tentarmos perceber quais são os objetivos e ambições, é uma peça que consegue fazer quase o impossível. Que alvo queria o filme atingir? Quase que se parece com um filme musical. Ou com um ‘thri-ller’. Ou com uma comédia. Talvez se pareça com uma carta de amor à grande variedade que existe na arte do cinema. Mas, para além dessas referências, queria que fosse um objeto sólido e único do ponto de vista emocional e artístico. Queria que fosse um momento de exaltação.

Fico com a impressão de que esta fase da sua vida parece ser um novo começo para si… Ainda não sei bem do que se trata, tudo isto. Mas é, de facto, uma fase nova. Tinha 52 anos quando dei co-migo a pensar: ora bem, que vou eu fazer com este filme? O que é que ainda não tentei antes? Portanto, sim, o filme aconteceu e foi produzi-

do na sequência de um propósito claro e que me chegou por vias mui-to conscientes. Queria, realmente, fazer algo diferente. Eu pelo menos, senti isso. Espero que também o es-pectador sinta de algo semelhante. Pode ser que, quando estamos a ver o filme, a viagem traga à memória outros temas que abordei anterior-mente. Nesse sentido, a nova histó-ria é uma súmula de muita coisa. É uma síntese. Uma síntese de muitos assuntos que, ao longo dos anos, fui aludindo nos trabalhos que ia fazen-do. No meio disso tudo, quera que o filme fosse uma novidade. Queria que nos trouxesse sensações novas.

Onde é que vê essas grandes novidades? Os nove filmes que tinha feito antes eram uma espécie de reencaminha-

mento, uma espécie de linguagem que encontrei para os meus gran-des mitos de infância. Foram nove filmes a contar a minha mitologia ancestral. Com este filme falo, pela primeira vez, como adulto.

O que é que, de maneira deliberada e consciente, achou que deveria ser dito? Achei que era muito importante falar de identidade, falar das outras partes do que somos, falar de com-preensão e empatia e intimidade e sexo, falar do verdadeiro significa-do de amor. Falar do ato de amar. Era essencial que, quase que de dois em dois minutos, o ecrã mos-trasse água. Queria que houvesse sempre muita água em movimento. E queria que o filme tivesse grandes painéis centrais com água, grandes peças centrais com água cheia de vida. É por isso, também, que o prólogo da história foi feito daque-la maneira. Em estilo musical, a câmara não se detém e flui como água. Sempre sobre carris e atra-vés de um guindaste. Flui por ali adentro. Quando a protagonista acorda, o sonho que estava a ter tinha muita água. Levanta-se, vai cozer ovos com água, masturba-se debaixo do chuveiro, passa uma camada de graxa líquida nos sapatos e vai para o emprego.

© FOTOS DR

ARTE&LAZER01.02.2018 QUINTA-FEIRA www.destak.pt 13

«Achei que era muito importante falar de identidade, (...) falar de compreensão e empatia e intimidade»

«Queria, realmente, fazer algo diferente. (...) Com este filme falo, pela primeira vez, como adulto»

CLASSIFICADOS

LISBOAHOJE 09º MÍNIMA

13º MÁXIMA

AMANHÃ 07º MÍNIMA

13º MÁXIMA

TEMPO

PORTOHOJE 06º MÍNIMA

13º MÁXIMA

AMANHÃ 03º MÍNIMA

12º MÁXIMA

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LEITOR01.02.2018 QUINTA-FEIRA www.destak.pt 15

PARTICIPE!

Lixeiras... nas linhas férreas!! É verdade. Na minha qualidade de utente diário, há já alguns anos, da Linha de Cascais, é com um profundo sentimento de revolta e tristeza que vejo há já bastante tempo a linha nº 3 (linha do meio) da estação de Oeiras ser um enorme vazadouro de tudo o que é possível lançar sobre aquela via.

De facto, podemos ver garrafas de vidro e plástico, de água, cerveja, etc, pacotes de vinho, embalagens de gelados, maços de tabaco, jor-nais, latas de refrigerantes, meias e, também, como já era de esperar, centenas de beatas, etc, etc.!!!

Ora tudo isto ainda é mais con-denável e estranho quando na plataforma existem vários caixotes para depositar o lixo!!!

Mas este espectáculo também pode ser visto na própria estação do Cais do Sodré, junto aos muros interiores que a circundam.

Aí também existem verdadeiras montanhas do mais variado lixo acumulado, o que, para além do mau aspecto que dão, são uma brutal agressão ao ambiente!!

Na esperança de que esta chamada de atenção possa melhorar a situação no futuro, aqui fica um apelo a todos os utentes, para que, em vez de atirarem tudo para a linha férrea, atirem sim, mas para os recipientes próprios para o efeito.

A vista e a atmosfera ..... AGRADECEM!!!

FERNANDO COSTA

Cascais

CARTAS DO LEITOR

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Preencha a grelha de modo a que cada linha, cada coluna e cada quadrado de 3x3 contenha todos os números de 1 a 9

SOLUÇÃO

Horizontais: 1. Dinheiro miúdo. Haste de plantas, talo. 2. Superiora de um convento. Baixio. 3. Inflamação do ouvido. Género de mamíferos cetáceos a que pertencem a toninha e o golfinho. 4. Móvel, normalmente de madeira, sobre que se come, escreve, etc. Apartamento com dois pisos. 5. Veículo de transporte público ou coletivo. Água no estado sólido. Graceja. 6. Além disso. Época notável. 7. Noroeste (abrev.). Género de árvo-res a que pertence o ulmeiro. Alguma. 8. Apologia. Acreditar. 9. Consentimento (fig.). Instrumento musical, de cordas, de sons mais graves que os da guitarra e de caixa em forma de 8. 10. Camareira. Soar. 11. Festa noturna em que há dança, música, canto, etc. Ermida.

Verticais: 1. Instrumento de sopro, formado por dois tubos recurvados que se encaixam um no outro e que se alongam ou encolhem. Aquelas. 2. Que te pertence. Árvore leguminosa cesalpinácea. 3. Que revela omissão, falta, lacuna. Pôr ovos. 4. Procura. Sulco na pele. 5. Composição poética de assunto elevado e destinada ao canto. Natural ou habitante da Galileia. 6. Designa diferentes relações, como posse, matéria, lugar, proveniência (prep.). Contr. do pron. pess. compl. me e do pron. dem. o. 7. Da cor do céu ou do mar. Espaço percorrido, voando. 8. Objetar. Cobiçar. 9. Respeitante à uva. Madrugada. 10. Ócio. Doçura (fig.). 11. A minha pessoa. Porção de líquidos contida numa xícara.

SOLUÇÃO Horizontais: 1. Troco, Caule. 2. Madre, Vau. 3. Otite, Roaz. 4. Mesa, Duplex. 4. Bus, Gelo, Ri. 6. Ora, Era. 7. NO, Ulmo, Uma. 8. Elogio, Crer. 9. Aval, Viola. 10. Aia, Ecoar. 11. Sarau, Orada. Verticais: 1. Trombone, As. 2. Teu, Olaia. 3. Omisso, Ovar. 4. Cata, Ruga. 5. Ode, Galileu. 6. De, Mo. 7. Cerúleo, Voo. 8. Opor, Ciar. 9. Uval, Aurora. 10. Lazer, Mel. 11. Eu, Xicarada.

SUDOKU ****

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